professora alzira

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A Revista do Colégio São Judas Tadeu | Ano I – Nº 5 | OUT 2010 Eu Faço assim Professor de informática ensina a fazer páginas na internet on- linE Conheça os serviços disponíveis no site do Colégio no mEu TEmpo... Empresário recorda seus tempos de aluno e de professor

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Page 1: Professora Alzira

A Revista do Colégio São Judas Tadeu | Ano I – Nº 5 | OUT 2010

Eu Faço assimProfessor deinformática ensina a fazer páginas na internet

on-linEConheça os serviços disponíveis no site do Colégio

no mEu TEmpo...Empresário recorda seus tempos de aluno e de professor

Page 2: Professora Alzira

2 Geração São Judas | out.2010 3Geração São Judas | out.2010

Nesta edição de Geração São Ju-das, prestamos uma homenagem à professora Alzira Altenfelder Silva Mesquita, uma das fundadoras do sólido Complexo Educacional São Judas Tadeu. A reportagem Viver para Educar faz uma relação entre a história da educação brasileira e de uma das mais importantes institui-ções de ensino de São Paulo.

Na seção Escola Cheia de Vida, co-nheça o psicólogo Jean Hristos Miha e saiba como foi sua palestra sobre sexo aos estudantes do Colégio. Em Eu Faço Assim, Leandro Coppola,

professor de informática, relata o projeto de criação de páginas para a internet, que desenvolveu com os estudantes do 8º e do 9º anos.

O Aluno Repórter desta edição é Erik Yudi Nakata, que, com a ajuda do amigo Thiago Gebrin, pesquisou sobre a vida dos funcionários da lim-peza da escola. São Judas On-Line mostra os serviços disponíveis no site, como impressão de segunda via de boleto e acesso ao boletim.

Em Fique por Dentro, saiba mais sobre a parceria do São Judas com a Seven Idiomas para o ensino da Lín-gua Inglesa e como foi o Fórum de Orientação Profissional, que aconte-ceu antes das férias escolares. O em-presário Hélio Moreira é o persona-

gem de No Meu Tempo. Ele recorda com saudades de seu tempo como aluno e também como professor.

Aproveite a leitura,Um abraço

Colégio SÃO JUDAS TADEURua Clark, 213 - Mooca

São Paulo - SP - 03167-070fone: 11 2174.6422 | fax: 11 2174.6424

[email protected] www.saojudas.br

SUPERVISÃO GERALIvan Galvão Bueno Trigueirinho

CONSELHO EDITORIAL

Cesar Farid HaddadDomingos da Silva BiondiErica Camocardi Licastro

Reginaldo Rodrigues de Oliveira

REVISÃOSadika Osmann

PROJETO GRÁFICO

Fred [email protected]

IMPRESSÃO

Agns Gráfica e Editorawww.agns.com.br

fone: 11 2966.0322

CRIAÇÃO, COORDENAÇÃO E TEXTOSo Ham – Comunicação para Educação

www.sohamcomunicacao.com.brfone: 11 3542.8322

A reprodução de textos desta edição é permitida, exclusivamente para uso editorial, desde que citada

a fonte. Textos assinados e fotos com crédito identificado somente podem ser reproduzidos com autorização, por escrito, de seus autores.

A Revista do Colégio São Judas Tadeu | Ano I – Nº 5 | OUT 2010

EU FAÇO ASSIMProfessor deinformática ensina a fazer páginas na internet

ON-LINEConheça os serviços disponíveis no site do Colégio

NO MEU TEMPO...Empresário recorda dos tempos de aluno e professor

ouTubro 2010 | nº 5

RepoRtagem de Capa

O Complexo Educacional São Judas Tadeu começou com uma sala de aula improvisada, na garagem da residência de seus fundadores 4

expediente

carta ao leitor

Conheça nossa história

Se quiser participar de nossa revista, escreva para [email protected] e sugira uma reportagem ou indique algum assunto de seu interesse para as seções.

Ivan TrigueirinhoDiretor do Colégio São Judas Tadeu

C aro leitor,

escola cheia de vida

E m maio deste ano, as turmas do 6º ao 9º ano, do perío-do matutino, do Colégio São Judas Tadeu, bateram um papo esclarecedor sobre sexo com o psicólogo Jean Hristos Miha, de 44 anos. “Considero o tema

essencial de ser abordado com adolescentes e jovens porque a mídia, que tem tanto espaço na vida deles, trata o assunto com bastante futilidade”, explica. Jean cursou Psicologia na Universidade São Judas Tadeu. Durante o estágio no curso superior, tratou o mesmo tema em duas escolas de Ensino Fundamental.

O foco de sua exposição foi o ser humano na sexualida-de, mais especificamente, sua fisiologia e o comportamento pelo ponto de vista psicológico. Depois de os pais autoriza-rem a palestra, Jean levantou os assuntos que seriam abor-dados. Para isso, pediu que os estudantes registrassem suas dúvidas em papéis. “Fiz isso para evitar constrangimento, pois é comum alguém querer perguntar algo em público e

sentir vergonha”, conta. “Mesmo assim, alguns deixaram a folha em branco.” Além de falar sobre reprodução hu-mana, o psicólogo também abordou as verdades e os mitos sobre doenças sexualmente transmissíveis, sobre gravidez e, principalmente, sobre prevenção.

Para falar sobre comportamento, por diversas vezes, provocou a inversão de papéis. “Colocando eles na situa-ção do sexo oposto, é possível que cada um compreen-da o que se espera do parceiro.” Surpreendentemente, no fim de sua fala, ao contrário do esperado, diversas pergun-tas foram feitas sem qualquer constrangimento. Os alunos, sem dúvida, aprenderam muito com as informações com-partilhadas. “Tenho certeza de que consegui fazer esses adolescentes terem uma imagem melhor sobre o sexo, sem a deturpação que os meios de comunicação impõem”, co-memora. “Agradeço a essa instituição, ao público e a todos que colaboraram para a execução de meu trabalho.” •

Educação sexualPsicólogo formado na Universidade São Judas Tadeu fala sobre sexualidade com os estudantes do Colégio

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8Eu Faço assimProfessor ensina aos alunos comandos HTML e a construir site

10aluno REpóRtERAluno pesquisa a vida de funcionários da limpeza da escola

10são Judas on-linEConheça os serviços que estão disponíveis no site do Colégio

10FiquE poR dEntRoNotas sobre a Seven Idiomas e o Fórum de Orientação Educacional

no mEu tEmpo 11Empresário recorda de seu tempo como aluno e como professor

3Psicólogo fala sobre sexualidade com os estudantes do ColégioEscola chEia dE Vida

Page 3: Professora Alzira

4 Geração São Judas | out.2010 5Geração São Judas | out.2010

reportagem de capa

De uma escola improvisada na garagem de casa a um sólido complexo educacional: a história da professora Alzira e de seu esposo, professor Mesquita

S ão Carlos, interior de São Paulo, 1937. Nesse ano, dois jovens – Alberto Mesquita de Camargo e Alzira Altenfelder Silva – casavam-se e davam início a uma trajetória incrível, que acabaria por influenciar a vida

de milhares de pessoas. Mais precisamente, 66,3 mil, pois esse é o número de alunos que estudaram no Colégio São Judas Tadeu desde sua fundação. Isso sem contar os estudan-tes da Universidade e tantas outras pessoas beneficiadas pelas ações do casal e do próprio complexo educacional ao longo das últimas décadas.

O Professor Mesquita e a Professora Alzira tiveram, ainda em São Carlos, seus quatro filhos: Ana Maria, José Christia-no, Maria da Conceição e Alberto Filho. A vinda da família para São Paulo só ocorreu em 1946, quando Mesquista as-sumiu a cadeira de Português do Colégio Estadual de São Paulo, que ficava no Parque D. Pedro II.

A trajetória de vida do professor e de sua esposa é forte-mente marcada por acontecimentos históricos que dizem res-peito à educação no país. Por isso, caro leitor, Geração São Judas convida você para uma viagem no tempo. Isso é funda-mental para compreender a importância do Complexo Edu-cacional São Judas Tadeu para a cidade e para a comunidade na qual está inserido.

Educação rígida

Duas décadas antes do nascimento do Professor Mesquita (em 1908), o Brasil passava por uma grande transformação política: era proclamada, em 1889, a primeira República do país. Com isso, a educação – vivia um período obscuro (veja

quadro da página 7) – passou a sofrer influência da filosofia positivista, ou seja, a pregar a liberdade e o ensino laico (prin-cípios existentes na Constituição). A reforma do ensino visa-va substituir a predominância literária por disciplinas cientí-ficas. Porém, devido às críticas, o que se viu foi um acréscimo de matérias – e não a substituição delas, o que tornou o ensi-no enciclopédico. Os alunos tinham aulas de Latim, Francês, Grego, Literatura Brasileira e Universal, Geometria, Lógica, entre outras, e a metodologia focava-se na memorização. Foi dentro dessa filosofia educacional que o Professor Mesquita iniciou sua vida acadêmica.

Nascido em 1908, em Cabreúva, no interior de São Paulo, ele era o filho caçula de uma numerosa família. Na cidade natal, cursou o primário (hoje, Ensino Fundamental I) no Grupo Escolar de Cabreúva. Planejando tornar-se sacerdote da igreja católica, concluiu o Ensino Fundamental no Semi-nário Menor de Pirapora do Bom Jesus, também no interior do estado.

Na década de 1920, a efervescência dos movimentos políti-cos, filosóficos e artísticos fez com que a característica literá-ria e clássica da educação fosse perdendo espaço. Começava uma nova era. Nessa época, em 1926, o jovem Mesquita veio para a capital paulista pela primeira vez, para completar os estudos no Seminário Maior de São Paulo, onde cursou filo-sofia durantes três anos – sendo que todo o curso foi minis-trado em Latim. Porém, logo ele desistiria do sacerdócio.

Com a Revolução de 1930, o capitalismo ressalta a urgên-cia de mão de obra qualificada. A necessidade de educar a população fez criar-se, em 1930, o Ministério da Educação e

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D. Alzira e Mesquita com o Professor Altenfelder Silva nos anos 50

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6 Geração São Judas | out.2010 7Geração São Judas | out.2010

rEprEssão: sonho adiado

Com a ditadura militar, instituída em 1964, o Professor Mes-quita decidiu interromper os trâmites para abrir uma Faculda-de fora das dependências do colégio. O clima de incerteza do-minava o mundo acadêmico. Muitos professores foram presos e demitidos; universidades, invadidas; estudantes, presos, feri-dos e até mortos. Em 1968, a reforma universitária deu mais respaldo à iniciativa privada. E foi apenas em julho de 1971, onze anos depois, que passaram a funcionar as Faculdades de Ciências Contábeis e Administrativas São Judas Tadeu. Hoje, a Universidade é composta por cinco faculdades, que oferecem à população 30 cursos.

Além da criação do nível superior, o Professor Mesquita e a Professora Alzira fundaram, em 1972, a unidade Dente de Leite (leia mais sobre o assunto na Ed. 3 de Geração São Judas, disponível no site do Colégio). Visionários, deram atenção a um segmento até hoje invisível para boa parte da sociedade e que, até então, estava diretamente vinculado à assistência social, e não à educação.

Com o passar dos anos, a abertura política do país, em 1985, trouxe de volta a possibilidade de discussões no campo educacional. Em 1988, foi promulgada a nossa atual Consti-tuição Federal. As leis do país avançaram e, hoje, o país cami-nha para a melhora dos índices de analfabetismo e de exclu-são educacional.

Nessa trajetória de mais de 70 anos, a Professora Alzira con-solidou, ao lado do esposo, o Professor Mesquita, um comple-xo educacional forte, cuja base foi o ideal de oferecer educação de qualidade e o esforço de toda uma vida. O resultado é que, da Educação Infantil à Pós-Graduação, o São Judas formou, forma e ainda formará milhares de paulistanos. Esta edição de Geração São Judas é uma homenagem à Professora Alzira, chanceler da Universidade, e que, até hoje, tem um papel fun-damental para os rumos deste sólido complexo educacional. •

reportagem de capa

Da esquerda para a direita: Os noivos Mesquita e Alzira, em 1937; Alzira, seus quatro filhos e seu pai, em 1946; Casa onde se iniciou o curso de admissão do casal, na Mooca, em 1946; Aula de Ed. Física na Rua Clark, em 1959;

Da esquerda para a direita: Faculdades SJT, na Rua Javari com Taquari, em 1974; USJT, fundada em 1989; Novo Campus Butantã, de 2007; Capa do livro de Matemática escrito por Alzira, em 1960

Saúde Pública. O país sequer tinha universidade. Só em 1934 surgiu a Universidade de São Paulo. Um ano mais tarde, o educador Anísio Teixeira, então Secretário de Educação do Distrito Federal (que, na época, era o Rio de Janeiro), criou a Universidade do Distrito Federal, que contava com uma Fa-culdade de Educação.

1937: Estado novo E casamEnto

Nesse ano, o Professor Alberto Mesquita e a Professora Alzi-ra Altenfelder se casaram. O Brasil passava por grandes trans-formações políticas e a nova Constituição, publicada no mesmo ano, reafirmava o objetivo de formar mão de obra. Isso causava uma distinção perversa: o trabalho intelectual era exclusivo das classes mais ricas e o manual, voltado aos mais pobres.

Em 1946, com o fim do Estado Novo, uma nova Constitui-ção foi criada. Ela determinava a educação como um direito de todos e a obrigatoriedade da conclusão do ensino primá-rio à população. No mesmo ano, chegava a São Paulo a famí-lia Altenfelder Silva e Mesquita. No país, uma reforma edu-cacional começava a se desenhar por iniciativa do educador Lourenço Filho. As discussões giravam em torno da respon-sabilidade do Estado quanto à educação e a participação das instituições privadas de ensino.

Mesquita, Alzira e seu pai, o Professor José Altenfelder Silva, lecionavam em escolas próximas. Logo que chegou a São Paulo, o casal percebeu o déficit educacional da capital, em especial da Zona Leste. Além de não haver vagas suficientes, os estu-dantes ainda enfrentavam um fantasma: o exame de admissão. Tratava-se de uma prova rigorosa, que peneirava o contingente de estudantes que concluíam o primário. Só podia prosseguir nos estudos quem passasse na avaliação. “Por isso, em 1947, criamos um cursinho preparatório, em uma sala de aula impro-visada na garagem de casa”, conta a professora Alzira.

Com o sucesso da iniciativa, foi preciso reformar o porão da casa, criar mais duas novas salas de aula e convidar o pai de Alzira e outros mestres conhecidos para reforçar o qua-dro docente. “Nossa casa era toda uma escola, uma vez que

nossa vida ali estava e nós vivíamos o magistério”, conta a Professora Alzira. E foi assim, acumulando as funções de filha, es-posa, mãe, dona de casa e profissional, que Alzi-ra Altenfelder Silva Mes-quita ajudou o marido a construir um sólido complexo educacional.

uma Escola na mooca

A construção da Avenida Radial Leste trouxe desenvolvi-mento para a região e uma dor de cabeça: a obra passaria pelo local onde estava a residência da família. A escola pararia de funcionar. Por isso, o professor Mesquita comprou um terre-no, na Rua Clark, e decidiu construir. No dia 2 de janeiro de 1953, os alunos do curso de admissão, criado na garagem de casa, foram transferidos para o novo prédio, que contava com seis salas de aula, laboratório de ciências, biblioteca, secretaria, tesouraria e cantina. Nascia o Instituto São Judas Tadeu, cujo nome foi dado a pedido da mãe da Professora Alzira, que era muito devota do santo.

Numa sociedade em que as atribuições femininas se resu-miam aos cuidados do lar ou aos estudos das letras e das artes, a jovem Professora Alzira decidiu inovar: em 1955, lançou a primeira edição de um livro para o ensino da Matemática, dis-ciplina até então exclusiva do universo masculino. Ao lado do esposo, fez o colégio prosperar e, aos poucos, foi possível ofe-recer os cursos Científico, Clássico e Normal.

Visando a expansão do complexo educacional, em 1960, Mesquita realizou a aula inaugural de uma Faculdade de Ciên-cias Econômicas. Para ele e sua esposa, a ação tinha um com-promisso com a inclusão educacional dos moradores da região. “Todas as faculdades vão sempre para o lado de lá. Aluno da Zona Leste não tem oportunidade”, afirmava.

A EDUCAÇÃO DESDE 1500

Desde a época em que o Professor Mesquita começou os seus estudos, ainda menino em Cabreúva (SP), muita coisa aconteceu na história da educação no Brasil. Tudo começou em 1549, quando os jesuítas vieram alfabetizar, em Língua Portuguesa, catequi-zar e ensinar os costumes europeus aos índios que aqui viviam. Eles conduziram a educação no país por 210 anos e, em 1759, foram expulsos por ordem de Sebastião José de Carvalho, o Marquês de Pombal, primeiro-ministro de Portugal. Para ele, as motiva-ções de fé dos jesuítas não estavam alinhadas com as questões do estado. Isso causou uma grande ruptura. Mas, no lugar do modelo educacional existente, pouca coisa foi colocada.

Apenas com a vinda da Coroa Portuguesa para o Brasil, a questão educativa recebeu mais atenção. Entre 1808 e 1821, algumas instituições de ensino foram fundadas, além da primeira biblioteca, da Academia de Marinha, do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, e dos cursos em áreas como Medicina, Agricultura, Artes e Economia. No entanto, nem mesmo essas ações ou a proclamação da Indepen- dência, em 7 de setembro de 1822, fez o povo brasileiro sair da ignorância.

Apesar da primeira Constituição, de 1824, que deter-minava “instrução primária e gratuita para todos os cidadãos”, dos cerca de cinco milhões de habitantes do Brasil, um milhão eram escravos e 800 mil, índios. Todos excluídos de qualquer serviço ou direito público. Cinquenta anos depois, o primeiro censo populacio-nal revelava uma taxa de analfabetismo em torno de 78% entre pessoas com 10 anos ou mais. Em 1900, o índice ainda era de 75%. Escola era privilégio de poucos e essa realidade se manteve intacta por mais de 150 anos, uma vez que a universalização do ensino fundamental só ganharia força na década de 1970.

LEIA Universidade São Judas Tadeu 1971-2001, livro que retrata a história do Complexo Educacional São Judas Tadeu e que embasou esta reportagem.

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9Geração São Judas | out.2010

Professor ensina aos alunos

comandos HTML e a construir site

8 Geração São Judas | out.2010

por Leandro Coppola*

eu faço assim

Fiquei surpreso com a capacidade de alguns estudantes no que diz respeito à criatividade e à busca por novos comandos, como postar filmes do Youtube, por exemplo

*Leandro Coppola é professor de informática e trabalha no Departamento de Informática do Colégio São Judas Tadeu. Leciona para alunos do Ensino Fundamental II (manhã e tarde) e dos Cursos Profissionalizantes de Informática, Publicidade e Mecatrônica

Criatividade em sitesAbaixo, alguns modelos de site produzidos pelos alunos durante as aulas de informática.Bruno Canalli Zagueto (9EFMA) www.brunozc.xpg.com.brBruno Dell Aquilla Mastrorosa (9EFMA) www.brunodell.xpg.com.brKaren Yauti Guidelli (9EFMA) www.karenguidelli.xpg.com.brMariana Marie Iha (9EFMA) www.mari29.xpg.com.brNathalia Passos Caputo (9EFMA) www.nathaliacaputo.xpg.com.brGabrielle Matias Fernandes (9EFMB) www.gabisdreams.xpg.com.brBruna Caprioli (9EFTA) www.brunacaprioli.xpg.com.brUriel Cério Liguori (9EFTA) www.escotismo10.xpg.com.brFilipe Shoji Saruwataru (8EFMB) www.brasilnascar.xpg.com.brLuis Felipe Calouche Motta (8EFMB) www.wwefan.xpg.com.brGiovanna Sgueglia Oliveira Pereira (8EFMB) www.festade15.xpg.com.brVinicius Moreno Trigueirinho (8EFMB) www.f1nobrasil.xpg.com.brThais Faya Silva (8EFMA) www.thaisfaya.xpg.com.brVitor Pantosi D’Amato (8EFMA) www.vitorpantosi.xpg.com.brCamila Aparecida de Oliveira Alberissi (8EFTA) www.sweetdreamspage.xpg.com.brNicole Beatriz Dorgam Iasbech (8EFTA) www.interligadocomballet.xpg.com.brPedro Kuroki Cominato (8EFTA) www.pedrokc.xpg.com.br

A internet é, sem dúvida, o meio de comunicação mais utilizado (e tam-bém o mais rápido) atualmente. Desde o início do segundo trimestre, iniciei um trabalho com os alunos dos 8º e 9º anos do Ensino Funda-mental II (matutino e vespertino). A proposta era ensinar comandos

HTML (também chamados de TAG) para que os estudantes pudessem criar páginas na internet e publicá-las.

O primeiro passo foi compartilhar o conteúdo programático com as turmas. A cada semana, distribuía uma apostila com os comandos HTML. Ao fim do projeto, tínhamos 15 folhas não só com os comandos, como também com ex-plicações de utilização de cada exemplo. O conteúdo aprendido em sala era tes-tado no laboratório de informática, com a resolução de diversos exercícios. A maior dificuldade encontrada pelos estudantes foi lidar com a especificidade de cada comando, pois qualquer caractere digitado errado, ele não funciona. Para um cabeçalho, por exemplo, é necessário digitar <H1> até <H6> e, para criar um parágrafo, é preciso digitar <P> (veja os conteúdos no infográfico abaixo).

No fim de junho, solicitei que cada um elaborasse um projeto de site durante as férias escolares, incluindo estrutura, conteúdo e escolha de imagens, para apresentar no começo de agosto. O tema foi livre. De volta às aulas, conhe-ci os trabalhos e aproveitei para fazer a revisão de cada um. Times de fute-bol, cantores, personagens de filmes... Os alunos elaboram os sites com seus temas preferidos. Depois, ensinei como registrar o domínio e hospedar os ar-quivos em um servidor onde todos pudessem ter acesso. O site utilizado foi o www.xpg.com.br, que permite domínios gratuitos.

Também ensinei à turma a fazer pesquisa de sites para buscar referências e a realizar a manutenção do site. Fiquei surpreso com a capacidade de alguns estudantes no que diz respeito à criatividade e à busca por novos comandos, como postar filmes do Youtube, por exemplo. A nota da minha disciplina foi aliada à construção do site e a uma prova, que consistiu em montar uma página em HTML no laboratório de informática. •

FOrMATAçãO DA PágINA – Fundo e texto<HTML><HEAD> <TITLE>Especialidades Escoteiras</TITLE></HEAD><BODY BGCOLOR=”SandyBrown” TEXT=”SaddleBrown”>

Imagem<CENTER><IMG SRC=”areas.jpg></CENTER>

Cabeçalho e animação no texto<H1><MARQUEE BEHAVIOR=”SLIDE”><FONT COLOR=”SaddleBrown”>Especialidades Escoteiras</FONT></MARQUEE></H1>

Link<A HREF=”http://www.escoteiros.org.br”>Para mais informação sobre escotismo</A>

Tabela<TABLE BORDER=”1” BORDERCOLOR=”SaddleBrown” ALIGN=”CENTER”> <TR> <TD BGCOLOR=”WHITE”><IMG SRC=”ciencia1.gif”></TD> <TD BGCOLOR=”ORANGE”>O ramo Ciência e Tecnologia inclui todos os assuntos de natureza científica ou tecnológica, e cobre temas que vão desde a agricultura até a cibernética.</TD>

Parágrafo e formatação de fonte e estilo<P ALIGN=”JUSTIFY”><FONT FACE=”TAHOMA” SIZE=”2”>Especialidade é um<B>conhecimento</B> ou uma <B>habilidade</B> particular que se possuisobre um determinado tema”></FONT></P>

Linha horizontal<HR>

Page 6: Professora Alzira

10 Geração São Judas | out.2010 11Geração São Judas | out.2010

E studei no Colégio São Judas Ta-deu entre 1968 e 1970. Cursei Química e, depois, fiz o curso superior de Engenharia Quími-

ca. Em seguida, consegui emprego no Centro de Pesquisa do Instituto Mauá de Tecnologia, onde fiquei até 1996. Tenho certeza de que o início da minha carreira só aconteceu por causa da for-mação técnica recebida no São Judas. Afinal, tudo vem da base!

Em 1976, voltei ao Colégio e, dessa vez, como professor. Dei aula por 10 anos. Ao mesmo tempo em que era-docente do São Judas, também era da Mauá. Por isso, muitas vezes, as aulas eram as mesmas. Não é à toa que os es-tudantes me achavam bem durão. Mas valeu! Hoje em dia, tenho vários ex-alu-

nos que são meus colegas na indústria de tintas.

Iniciei um mestrado na área de corro-são, mas não levei adiante por causa de um convênio da Mauá com o Departa-mento de Estradas de Rodagem (DER). O objetivo era desenvolver tintas para demarcação de asfalto e, como eu che-fiava o Laboratório de Química naque-la época, fui encarregado de cuidar da parceria. Isso aconteceu em 1978.

A afinidade com o assunto foi aumen-tando. Em 1990, fiquei quatro meses no Centro de Pesquisa do Governo Federal Americano para me especiali-zar em materiais de demarcação. Cinco anos mais tarde, me aposentei como professor e logo em seguida fui con-vidado a dirigir a empresa como um

dos sócios. Aceitei o desafio e estou aqui até hoje.

Dois de meus filhos estudaram no Colégio entre 1992 e 1994. Um de-les, o Heverton, retornou em 1996 para cursar o técnico e, assim, seguir a mesma carreira que a minha. Há dois anos, tirei ele da Mauá e o trouxe para trabalhar comigo, justamente no mo-mento em que preciso de ajuda, pois estamos investindo na expansão da fá-brica da Indutil. •

no meu tempo...fique por dentro

Hélio Moreira recorda com saudades de seu tempo como aluno e como professor

élio Moreira tem 62 anos. Ele é diretor administrativo e industrial da Indutil (Indústria de Tintas). Cursou Técnico em

Química (atual Curso Profissionalizante) no Colégio São Judas Tadeu, entre 1968 e 1970. Logo depois, fez Engenharia Química e ingressou no Centro de Pesquisas do Instituto Mauá de Tecnologia. Nesse meio tempo, também lecionou no São Judas. É casado há 38 anos. Tem três filhos e uma neta. Para conhecê-lo melhor, acesse seu site pessoal – www.heliomoreira.com.br – ou escreva para [email protected].

Afinal, tudo vem da base!Desigualdade social.

Até na escola?

Segunda língua

O Colégio São Judas Tadeu oferece, desde o início deste semestre, mais uma opção de curso extracurricular. Em parceria com a escola de idiomas Seven, os alunos do São Judas têm desconto de 25% na mensalidade. Além disso, poderão cursar inglês com mais comodidade e segurança, pois as aulas acontecem dentro da escola. Para mais informações, acesse o site www.sevenidiomas.com.br ou ligue no telefone (11) 2091-7569.

eSColha da pRofiSSão

Todos os anos, o Colégio São Judas Tadeu promove na escola o Fórum de Orientação Profissional. O objetivo é orientar os estudantes sobre as possibilidades do mercado de trabalho, sobre as diversas carreiras que existem e sobre os currículos dos cursos superiores. Este ano, nos dias 28, 29 e 30 de junho, aconteceu a 15ª edição, que contou com a presença de profissionais de diversas áreas e professores de Ensino Superior.

Os estudantes se interessaram muito pela palestra de Ricardo D’Agostino Garcia, que falou sobre a profissão do farmacêutico, pela de Elias Julio Pozenato, que tratou sobre Administração, e pela de Jorge Luis Pirolla, que trouxe informações sobre computação. Os alunos também receberam dicas, para cursar uma boa faculdade, de José Carlos Jadon, souberam mais sobre a carreira de um advogado, com Adriana Schlabendorf, e também conheceram mais sobre o que faz quem atua com turismo, com Antonio de Souza Ferreira.

Tudo pela internet

São Judas on-line | www.csjt.com.br

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aluno repórter Erik Yudi Nakata, 13 anos, 8ª EFTAArquivo CSJT

M uitas pessoas ignoram os funcionários da limpeza, como se eles não fossem nada e como se isso fosse

normal. Na verdade, é falta de educa-ção! Eles não são diferentes de nós. Somos todos iguais, somos gente. Eles só trabalham no local no qual nós estu-damos e esse não deve ser o motivo de faltar com respeito.

Já ouvi muitas histórias sobre essas pessoas. Uma vez, uma funcionária disse para uma amiga minha: “Só você quem me cumprimenta”. Outra vez, a tia Con nos contou que um dia viu uma funcionária sentada, chorando muito e ela perguntou o motivo. Depois de alguma insistência, a mulher respon-deu: “É que uma pequenininha sua

colocou a mão em meu ombro e disse: ‘Tia, você tá cansada?’” A funcionária estava emocionada com a sensibilidade da garotinha.

Tudo isso já faz algum tempo que aconteceu, mas eu não esqueci. Para escrever este texto, pedi ajuda a meu amigo Thiago Gebrin. Nós conversa-mos com o funcionário Jovino Souza Botelho e descobri que nem sempre as histórias são ruins. Ele trabalha há quatro anos na escola e disse que sua relação com os alunos é muito boa. Até confessou que conta piadas aos estudantes.

Devemos respeitar um ao outro como queremos que nos respeitem. Vamos mudar isso! Vamos respeitar os mais velhos e tratar todos com educação! •

Você sabia que no site do Colégio São Judas Tadeu você pode imprimir segunda via de boleto bancário, ter acesso ao boletim, saber horário de provas e até acompanhar os estudos com os conteúdos disponibilizados pelos professores? Para isso, basta clicar em São Judas On-line, no menu que fica à esquerda da página inicial do site. Depois, entre com número de RA e senha. Pronto! É só navegar. Vale destacar que lá você também acessa a ficha de emergência, com informações de saúde. Ela deve ser preenchida e alterada sempre que houver novos dados sobre o aluno.

Em plena adolescência, com a turma no Laboratório de Química

Hélio (ao centro) e seus dois filhos, que também estudaram no São Judas

Depois de alguns anos, Hélio volta ao São Judas como professor

Page 7: Professora Alzira