professor mário costa
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CURSO DE GRADUAÇÃO EM
PEDAGOGIA
MÓDULO:FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
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Filosofia da EducaçãoFilosofia da EducaçãoFACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS DE CRUZEIRO
FACIC 2011 Prof. Mário Costa
APRESENTAÇÃO:
Mário Flávio Silva CostaMário Flávio Silva Costa Graduado em Filosofia com Habilitação em História (2002);
Pedagogia com Habilitação em Supervisão Escolar(2006); Especialização em Gestão Administrativa da Educação (2009) e cursando Psicopedagogia Institucional
Leciono Filosofia e Cultura Religiosa desde 2001; atuei em Escolas Públicas e Privadas nos segmentos de Ensino Fundamental e Médio (6º ao 9º anos e E.M.);
Atuei na Coordenação Pedagógica Escolar (2001-2003) Atuei na na Coordenação Pedagógica da Secretaria Municipal de
Cruzeiro (2010-2011) Professor da FACIC desde 2007 nos cursos de Administração, Ciências
Contábeis, Direito e Engenharia de Produção.
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PROGRAMA DE AULA: Apresentação da Disciplina: (20minutos)
Objetivos, finalidade e dinâmica das aulas; Dinâmica de Integração; (20minutos) Socialização da Dinâmica; (20minutos) Intervalo (15minutos) Unidade I – Cultura e Cultura brasileira (30minutos) Atividade (20minutos) Intervalo (15minutos) Unidade II – Filosofia e Filosofia da Educação
(40minutos) Atividade (entrega na próxima aula) Unidade III – Teoria do Conhecimento (40minutos) Atividade (entrega na próxima aula)
TEMPO TOTAL PREVISTO: 3h40min
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FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
A Filosofia da Educação, inserida no contexto educacional, especificamente na formação de professores, tem a pretensão de discutir o entendimento de Filosofia e suas contribuições na melhor compreensão do fenômeno da Educação e da Pedagogia.
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OS PRINCIPAIS TEMAS A SEREM ABORDADOS SERÃO:
Filosofia e Educação: onde se darão reflexões introdutórias; Educação e Sociedade: onde abordaremos os pressupostos
filosóficos da Educação e as concepções contemporâneas de Educação;
Os conceitos básicos da Filosofia da Educação: abordando os conceitos de Educação, Pedagogia e o que se entende por prática docente, sobretudo na formação do professor;
O conceito antropológico de cultura: versando sobre os tipos de educação informal e não formal; a instituição escolar por uma leitura crítica sobre os excluídos da escola como as mulheres, os negros e os indígenas;
As relações entre política e educação: procurando responder às questões de ordem interventiva no cenário político educativo;
As principais teorias pedagógicas: permeando as teorias tradicionais até as mais contemporâneas, investigando como os conceitos são vistos até então, bem como sua aplicabilidade de modo variado nas diversas tendências.
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PRESSUPOSTOS METODOLÓGICOS:
Dinâmica em aula visando: Proporcionar levantamento de conhecimento prévio; Mobilizar o grupo para o trabalho com os temas
abordados. Aula expositiva e Atividades (classe e extra-classe)
visando: A Problematização dos conteúdos e; A sistematização das aulas.
Avaliação: Atividades em classe; Atividades extra-classe.
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UMA PRIMEIRA
PROVOCAÇÃO:
Objetivos da Dinâmica: Conhecer as diferentes situações que
caracterizam o todo da vida humana: a realidade da educação, seus aspectos geográficos, políticos e econômicos, sociais e culturais;
Oportunizar o desenvolvimento da escuta, fala e fusão das idéias divergentes e convergentes, produzindo um trabalho coletivo e favorecendo a comunicação entre os participantes do grupo.
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Intenções: Aprender a olhar a realidade na qual
estamos inseridos, bem como as realidades exteriores, interpretando-as e tornando-as visíveis ao grupo de pertença.
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Desenvolvimento: Leitura em grupo da questão
“provocativa” oferecida para discussão; Organizar as falas individuais para que
todos sejam ouçam e se façam ouvir; Registrar as idéias individuais e, após
tal registro, organizá-las de forma homogênea, refletindo agora um posicionamento do grupo, procurando contemplar todas as falas, sem fragmentação;
Apresentar o produto final à classe e ao Professor.
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TEMPO
Vocês terão 20 minutos para a discussão e elaboração do texto conclusivo...
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Encaminhamento: O produto final das discussões permeará
as discussões das aulas, sendo o ponto inicial das reflexões filosóficas sobre a Educação e modo que a mesma é enxergada no grupo de trabalho.
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GRUPO 01
Como vocês avaliam semelhanças e diferenças entre:
Uma Escola Municipal; Uma Escola Estadual; Uma Escola Particular?
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GRUPO 02Vocês conhecem a realidade
estatística dos alunos que concluem o Ensino Médio e ingressam na Faculdade?
Se sim, apresente-as com a discussão acerca da leitura que fazem de tais índices.
Se não, apresente a idéia que vocês possuem sobre a situação apresentada, fazendo sua avaliação sobre os fatores determinantes de tal realidade.
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GRUPO 03
Independente das teorias educacionais e filosóficas vigentes ou não vigentes e, desconsiderando ainda projetos político-pedagógicos utópicos, para vocês, qual o REAL sentido da Educação?
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GRUPO 04
Numa avaliação abrangente (saindo do ambiente particular de atuação e/ou conhecimento) quais as principais falhas, problemas e desafios que vocês enxergam na Educação Brasileira?
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FATORES PREPONDERANTES QUE PERMEIAM NOSSAS
AVALIAÇÕES:
Nossa Cultura é nosso Universo, nosso Cosmo, portanto:É o modo como respondemos ao desafio da
nossa existência;Possui características próprias e um
entendimento próprio;O entendimento da cultura é propiciado e
comunicado pela linguagem, que também é própria e intransferível;
Nossa natureza humana proporciona uma linguagem simbólica, devido ao fato de sermos seres espirituais.
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Entendendo tais vertentes da manifestação humana e, de modo mais significativo e relevante, entendendo
“Quem é o ser humano cultural a quem ‘Educamos’”, nos tornamos mais
eficazes em nossa ação pedagógica. Entretanto, não é o que presenciamos
em nossas salas de aula!
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INTERVALO:RETORNO EM 15 MINUTOS
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UNIDADE ICULTURA: O COSMO HUMANO
Cultura é o conjunto de saberes coletivos, compartilhados pelos membros de uma
sociedade.
Diante dessa afirmação, podemos afirmar que há uma ‘cultura brasileira’?
Em um país historicamente marcado pela miscigenação, como seria essa ‘cultura’?
A diversidade de povos presentes na história do Brasil proporciona uma ‘democracia racial’?
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UNIDADE ICULTURA: O COSMO HUMANO
Cultura é o conjunto de saberes coletivos, compartilhados pelos membros de uma
sociedade.
Diante dessa afirmação, podemos afirmar que há uma ‘cultura brasileira’?
Em um país historicamente marcado pela miscigenação, como seria essa ‘cultura’?
A diversidade de povos presentes na história do Brasil proporciona uma ‘democracia racial’?
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Cada uma dessas perguntas nos
remetem a uma reflexão sobre nossa
Identidade Nacional!
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O QUE É CULTURA?
Quando se fala de cultura de um povo, o que se entende por cultura?
Talvez uma resposta razoável para essa questão seja a seguinte:
A cultura de um povo é o conjunto de saberes coletivos desse povo.
E o que são saberes coletivos de um povo?São os modos comuns de pensar, sentir e agir que seguem
modelos para a vida em sociedade.
Esses modelos, entretanto, são mutáveis (dinâmicos).25
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A CULTURA BRASILEIRA
A cultura brasileira, portanto, é o conjunto de saberes coletivos dos brasileiros, mesmo diante das grandes diferenças culturais em nosso país.
Compartilhamos o idioma, música popular, esportes e, com a globalização, as informações e entretenimento disponibilizados nas vias públicas de informação (jornais, revistas, rádio, TV, internet...).
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As diferenças existem e não devem ser descartadas, são elas que conferem identidade aos diferentes grupos, colocando identidade e
cultura quase em pé de igualdade.
Há uma ligação muito forte entre Sociedade e Cultura e, por vezes, vemos e ouvimos a troca de expressões como ‘sociedade brasileira’ por ‘cultura brasileira’. Entretanto, quando falamos
em cultura focamos a identidade coletiva, quando falamos em sociedade estamos
focando as relações entre os grupos diferentes e seu modo de interação.
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O QUE NASCEU PRIMEIRO: O QUE NASCEU PRIMEIRO: A CULTURA OU A A CULTURA OU A
SOCIEDADE?SOCIEDADE?
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A CULTURA COMO HERANÇA SOCIAL PODE SE DIVIDIR EM:
cultura material (artefatos que as pessoas elaboram);
cultura imaterial (língua de um povo, seus valores morais, suas expressões artísticas).
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CULTURABRASILEIRA
A base da cultura de nosso país, conforme conhecemos em nossa história, foi formada pela mestiçagem entre índios, africanos e
portugueses, com uma discreta participação francesa e holandesa. Os dois primeiros
séculos da formação do Brasil foram determinantes para a formação de nossa
sociedade que, a partir daí, a cada estrangeiro recebido, reforçava sua
característica miscigenada.
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Originada de três culturas distintas, havia uma semelhança entre tais etnias, que apesar de curiosa, hoje nos permite entender de outra formas os rumos que o Brasil tomou de sua
colonização até os dias atuais.31
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A semelhança curiosa que unia índios, africanos e portugueses era o privilégio ao tempo presente, sem pensamento muito
elaborado para o tempo futuro.
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O POVOINDÍGENA:
Vivia em aldeias saudáveis, ambiente farto, dominado por
eles. Com sobrevivência garantida pela natureza, não
fazia sentido preocupar-se com o amanhã. 33
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O POVOAFRICANO:
Trazido à força, pensava em sobreviver até o dia seguinte. O futuro era a triste perspectiva de viver no trabalho escravo,
sem família e sem vida própria, portanto, deveria ser eliminado.
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O POVOPORTUGUÊS:
Movidos pela ‘febre do ouro’, vieram aventurar-se no Brasil. Ao descobrirem as grandes minas
de Vila Rica, tinham pressa em aproveitar a ‘terra sem lei’. Supõe-se a estadia portuguesa
no Brasil numa perspectiva de curto prazo: gozar o dia de hoje numa terra sem pecado e
sonhar a sorte do amanhã.35
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MARCA BRASILEIRA
Hoje, marca da cultura brasileira, a perspectiva do curto prazo tornou-se marca importante na formação da
cultura brasileira.
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IMIGRAÇÃO E SUACONTRIBUIÇÃO
Século XIX:
Alemães, italianos, judeus, árabes e japoneses humildes se instalaram em regiões brasileiras, determinados a construírem um mundo mais próprios para si mesmos e suas famílias.
Para eles a perspectiva de longo prazo era essencial, e sua estratégia era construir o futuro em nome do qual abandonaram sua pátria. Enfrentaram um mundo estranho e hostil, mas seu sucesso e traço cultural influenciaram no padrão cultural brasileiro.
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ATIVIDADE
Em grupos de no máximo 05 (cinco) pessoas, agrupem-se e, após receber a ficha,
executem a atividade...39
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UNIDADE IICONSCIÊNCIA CRÍTICA E FILOSOFIA: A DIALÉTICA DO EU E DO MUNDO
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O que é uma consciência crítica?
Em que consiste a atividade da Filosofia?
Qual a relação da Filosofia com a Educação, com a Pedagogia?
Em que a Filosofia se aproxima de nossas experiências cotidianas?
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O QUE É FILOSOFIA?
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Considerando a disciplina deste módulo Filosofia da Educação e, considerando ainda que, em módulos anteriores o conceito de Educação já foi abordado e esclarecido, é relevante abordar e esclarecer o que o termo Filosofia significa, sobretudo aplicado à prática pedagógica, à Educação.
FILOSOFIA E GRÉCIA
Lembrada historicamente pela sua característica cultural e seus
desenvolvimento, a Grécia Antiga se destaca como “Berço das Civilizações”
e “Pólo Cultural” de sua época. Destarte, mesmo com tanto
desenvolvimento e cultura, o povo grego explicava as questões humanas
através dos Mitos. Tais explicações eram sagradas, pois diziam respeito aos deuses, a quem, pela sua força,
não se permitia questionar. 43
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OS MITOS
“O mito não se importava com contradições, com o fabuloso e o incompreensível, não só porque esses eram traços próprios da narrativa mítica, como também porque a confiança e a crença no mito vinham da autoridade religiosa do narrador. A Filosofia, ao contrário, não admite contradições, fabulação e coisas incompreensíveis, mas exige que a explicação seja coerente, lógica e racional; além disso, a autoridade da explicação não vem da pessoa do filósofo, mas da razão, que é a mesma em todos os seres humanos.”
CHAUI, Marilena. Filosofia. São Paulo: Ática, 2005.
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A PALAVRA
A palavra Filosofia é grega e significa “amor à sabedoria”
(philos=amigo + Sophia=sabedoria).
Ponto de partida para o que se chama ‘pensamento ocidental’, tem como princípio,
segundo o pensamento dos antigos, na Admiração, palavra de origem grega que pode traduzir-se espanto, assombro,
encanto ou maravilhamento. 45
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FILOSOFIA NÃO É
Uma visão de Mundo; Um conjunto de verdades; Um conjunto de idéias sobre as
coisas; Uma Ideologia; Uma verdade de fé (religião); A coletânea de valores que
guiam nossa vida (“filosofia de vida”).
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A FILOSOFIA É:
Um conhecimento crítico que toma distância do Senso Comum, da nossa experiência cotidiana e das opiniões. A característica do filósofo é a dúvida, reformulada por Sócrates na máxima:
“Só sei que nada sei”.47
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A Filosofia é, portanto, a fonte das idéias que dão origem a novas idéias, seja no campo político, ético ou científico, criando as matrizes do nosso
modo de pensar.
Daí sua íntima ligação com a Pedagogia!
Tarefa perpétua da Filosofia é pensar sobre si mesma, sobre o que é o conhecimento, a verdade
e a linguagem, sempre buscando novos conhecimentos, provenientes de conceitos originais
e fundamentais.
VALIDADE DO CONHECIMENTO
FILOSÓFICO
Para que o conhecimento filosófico tenha caráter de
VALIDADE e VERDADE, ele precisa ser IMPARCIAL,
o que o distingue dos outros modos de conhecimento, interpretação e interação
com a realidade, como a Religião e a Arte.
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A Filosofia distingue-se pela forma racional de conhecer o mundo e as realidades que nos
cercam, expondo seus fundamentos à discussão pública, aspirando a
UNIVERSALIDADE
de idéias, diferentemente das crenças, dogmas e opiniões.
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A ATITUDE FILOSÓFICA
As Atitudes Filosóficas são atitudes de questionamento diante do mundo,
buscando o conhecimento fundado na razão, podendo ser compartilhado com
todos.
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A HISTÓRIA DA FILOSOFIA NO BRASIL
No Brasil o registro de questionamentos filosóficos remonta à chegada dos
portugueses, uma vez que os habitantes do Brasil, os indígenas, explicavam seu mundo por meio de mitos, sem terem
desenvolvido explicações racionais sobre sua origem e vida em sociedade. 52
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Como também os portugueses iniciaram o processo de colonização fortemente influenciados por explicações míticas, não havia preocupação
com a busca de respostas para os
problemas coloniais, fundamentados em critérios racionais.
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INÍCIO DA FILOSOFIA
O início do ensino dos conceitos filosóficos no Brasil teve início com a educação jesuítica, mas sua característica era o
distanciamento da Filosofia em relação à realidade
brasileira. Em Portugal, a educação jesuítica seguia a
tradição aristotélica, que havia tomado forma desde a fundação da Universidade de Coimbra, mas no Brasil, a Ratio Studiorum imperou
do século XVI ao século XVIII.
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PADRE ANTÔNIO VIEIRAVale ressaltar aqui a presença
de pensadores que buscaram ultrapassar os limites da fé e
dos dogmas religiosos por meio da razão. O Padre
Antônio Vieira é o principal nome desta ‘resistência’. Mesmo sem abandonar os pressupostos filosóficos da
escolástica (doutrina de origem medieval que procurava conciliar os
ensinamentos cristãos com a Filosofia greco-romana), foi perseguido pela inquisição, acusado de cometer crime contra excessiva liberdade
de pensamento, valorização da experiência em
detrimento da fé, defesa ao culto livre, entre outros.
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ATIVIDADE
Em casa, leia o texto “História do Futuro”, do Padre Antônio Vieira, e realize a atividade.
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UNIDADE IIITEORIA DO CONHECIMENTO:
INVESTIGANDO O SABER
O que é conhecer? Como o conhecimento é possível? O que garante que um conhecimento seja
verdadeiro? É possível distinguir o sujeito do objeto do
conhecimento?
Vamos pensar nesta Unidade como o próprio pensamento torna-se objeto da Filosofia e
como a razão deixa de se submeter a qualquer autoridade.
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O QUE É CONHECER?
Uma das respostas mais radicais para essas questões foi formulada pelo filósofo francês René Descartes, que precisou enfrentar o
prestígio aristotélico junto à Igreja na Idade Média. A Filosofia Moderna inaugurou um novo
modo de conceber e compreender o conhecimento.
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O SÉCULO XVII VIU NASCER O MÉTODO EXPERIMENTAL E A POSSIBILIDADE DE EXPLICAÇÃO MECÂNICA E MATEMÁTICA DO UNIVERSO, QUE DEU
ORIGEM A TODAS AS CIÊNCIAS MODERNAS.
Identificam-se duas correntes ora complementares, ora antagônicas:
O Empirismo: que afirma a possibilidade de conhecimento por meio da experiência sensível. As coisas precisam passar pelos sentidos antes de chegarem ao intelecto, e a experiência é o critério último de verdade;
O Racionalismo: que sustenta que há um tipo de conhecimento que emana diretamente da razão. No racionalismo as intuições são fonte de outros conhecimentos que podem ser deduzidos dela, havendo casos em que o conhecimento transcende a sensação.
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SUJEITO COGNOSCENTE
O elemento comum entre tais teorias é a preocupação com o entendimento
humano, ou seja, o conhecimento é seu objeto de estudo, e o sujeito cognoscente
é seu próprio objeto de estudo.61
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“PENSO, LOGO EXISTO!”A expressão ‘Penso, logo existo’ é
uma das mais conhecidas de toda a história da Filosofia, e sintetiza a revolução que a descoberta do sujeito do
conhecimento trouxe, não só para a Filosofia, mas para a
Humanidade.
O que René Descartes fez foi provar que existe diferença entre aquilo que pensa (o sujeito) e aquilo que é
pensado (o objeto), demonstrando a autonomia do
pensamento, criou um novo alicerce para a Filosofia. O
pensamento determinado a se conhecer, debruça-se sobre si
mesmo.62
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RACIONALISMO CLÁSSICO
Esse período ficou conhecido como Racionalismo Clássico,
característico pela reflexão sobre o conhecimento, a natureza, a política e a moral.
Os saberes não eram separados e autônomos como são hoje, devendo o mundo moderno a
esse período boa parte dos conceitos e ferramentas que utiliza pra pensar o mundo.
Destacaram-se nomes como o de Francis Bacon, Blaise Pascal, Thomas Hobbes, Baruch Espinosa,
Gottfried Leibniz, Jhon Locke e David Hume.63
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RAZÃO AUTÔNOMA
Pela primeira vez na história a Razão deixou de submeter-se a qualquer
autoridade externa, a qualquer dogma religioso ou qualquer injunção política.
Só a própria razão pode julgar a si mesma.
A consciência se torna, ela própria, objeto do conhecimento.
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O EU QUE PENSA
A descoberta desse “Eu que pensa” é a base do edifício cartesiano. Descartes
argumenta primeiramente que a percepção (o conhecimento que temos
por meio dos órgãos dos sentidos) é falha. Quando penso que algo é real, posso
estar sonhando, tendo visões, ardendo em febre ou mergulhado na loucura.
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O GÊNIO MALIGNO
Por tal pensamento Descartes criou a imagem de um gênio
maligno que está sempre disposto a nos enganar.
Somente sobre uma coisa não seríamos enganados: sobre
nossa capacidade de pensar.
Mesmo que nos enganemos sobre o que pensamos, não
podemos negar que estamos pensando, ou seja, “Penso,
logo existo”, afirmando que é o pensamento que me
permite apropriar-me de minha existência. 66
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AS POSSIBILIDADES DA CONSCIÊNCIA
A atitude filosófica é a capacidade de fazer perguntas, de buscar os
fundamentos, de indagar como é possível conhecer as coisas. Os filósofos propõem formas de conhecer as coisas e
lidar com os problemas, por isso dificilmente a Filosofia dá respostas
fechadas. 67
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No século XVIII o filósofo alemão
Immanuel Kant propôs a existência de uma consciência como um complexo de funções lógicas comuns a todas as
consciências empíricas.
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Entretanto, o surgimento da Psicanálise e as descobertas de Sigmund Freud
mostraram que a consciência não abarca toda a realidade. O conceito de
inconsciente tira a soberania da consciência.
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INCONSCIENTE COLETIVO
Desta forma, os processos psíquicos passam a ser inconscientes, sendo apenas uma parte da
vida psíquica consciente. Com Carl Jung, o conceito de inconsciente coletivo afirma a
existência de conteúdos preexistentes em relação à consciência, impessoais e comuns a
todos os seres humanos.70
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A questão da consciência, derivada do cogito cartesiano recebe formulações diversas entre os filósofos contemporâneos:
Edmund Husserl: a consciência se identifica com a experiência vivida, além de investigar a experimentação da consciência pelo homem;
Karl Jaspers: a subjetividade é condição de todos os objetos possíveis.
Assim, torna-se importante refletir sobre as relações entre um EU e um OUTRO. O Eu deixa de ser autônomo como concebido na tradição cartesiana, e passa a incluir a
experiência do Outro, dentro de sua própria existência.71
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OS RESQUÍCIOS FILOSÓFICOS NA FORMALIDADE
EDUCACIONALAinda hoje vemos a defesa das disciplinas
exatas, em detrimento das humanas, sobretudo disciplinas periféricas, mas tão
importantes quantos as matrizes de base mas que, por não comporem os valores de
fundamentação capitalista (da aprovação no vestibular, do concurso público, etc) acabam sendo desconsideradas em nossas escolas e, mais tristemente, pelos próprios professores em suas salas de aula, conselhos de classe e até em conversas informais entre seus pares.
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ATIVIDADE
Em casa, assista ao filme “A vida de David Gale”, e realize a atividade solicitada.
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‘Filosofar’ a Educação seria questionar tal cenário, mas provocar uma ação que
reverta tal situação, renovando a prática pedagógica brasileira.
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OBRIGADO PELA ATENÇÃO!
Bom fim de semana a Bom fim de semana a todos!todos!
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FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS DE CRUZEIRO - FACIC 2011 - Prof. Mário Costa