prémio, edição especial conferência cv&a Álvaro uribe

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PRÉMIO COLÔMBIA a economia da colômbia é a quarta maior da américa latina, depois das do brasil, méxico e argentina. saiba quais as principais oportunidades de investimento. Conferência CV&A Álvaro Uribe “The rise of the South American emerging markets” Dossier bilingue Especial Especial mota-engil Diogo da Silveira Açoreana sobe à 4.ª posição do ranking do ramo Não Vida millennium bcp Carlos Santos Ferreira Recondução como presidente executivo santo andré Aidan Ravin A importância do sector industrial em São Paulo MAIO DE 2011 • ANO VIII • 0,01 EUROS • TRIMESTRAL • DIRECTOR ÁLVARO MENDONÇA

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Page 1: Prémio, Edição Especial Conferência CV&A Álvaro Uribe

PRÉMIOcongresso advogados lusófonos reúnem-se em lisboa

COLÔMBIAa economia da colômbia é a quarta maior da américa latina, depois das do brasil, méxico e argentina. saiba quais as principais oportunidades de investimento.

Conferência CV&A Álvaro Uribe“The rise of the South American emerging markets”

Dossier bilingue

Especial

Especial

mota-engil

Diogo da SilveiraAçoreana sobe à 4.ª posição

do ranking do ramo Não Vida

millennium bcp

Carlos Santos FerreiraRecondução como

presidente executivo

santo andré

Aidan RavinA importância do sector industrial em São Paulo

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6 A ABRIR10 ENTREVISTA Arnaldo Figueiredo,

presidente da Mota-Engil Indústria e Inovação

14 ANÁLISE O mais extremo mercado

emergente na terra26 PERFIL Álvaro Uribe

28 OPINIÃO Juan Gabriel Perez, director

da delegação Comercial da Colômbia para a Península Ibérica

30 VISTA ALEGRE Ministro colombiano visita

centenária fábrica portuguesa32 BANCA Millennium bcp 201136 SEGUROS Açoreana com 8% de quota

38 BEBIDAS Sagres & Luso World aposta

no exterior40 INDÚSTRIA Safina, um ‘player’ no

mercado mundial da relva artificial

42 AMBIENTE Ecodeal e Sisav tratam os

resíduos perigosos44 MARKETING Portugal2 potencia marcas

portuguesas

46 BRASIL Santo André, o tigre

económico do Brasil50 CUNHA VAZ & ASSOCIADOS Francisco de Mendia e Luís

Silva Lemos reforçam a administração

54 UNIVERSIDADES ISLA adere à rede Laureate56 OPINIÃO Nuno Vasconcellos,

presidente da Ongoing

58 ESCAPADELA Casa da Calçada, o charme

discreto de Amarante 60 GOURMET Vinhos portugueses brilham

no Brasil62 AUTOMÓVEIS Ferrari fora de estrada66 OPINIÃO José Cerdeira, director de

Contas da MyBrand

Maio 2011 » PRÉMIO » 3

SUMÁRIO

FICHATÉCNICA

MAIO

2011

DIRECTOR Álvaro Mendonça

DIRECTOR DE ARTE Pedro Góis

DESIGNER Ana Oliveira Pinto

SEDE/REDACÇÃO Av. Duque de Loulé, 123, 7.º 1050-089 Lisboa

IMPRESSÃO Sig, Sociedade Industrial-Gráfica, Lda.Rua Pêro Escobar, 21, 2680-574 Camarate - Lisboa

CRC LISBOA 13538-01

REGISTO ERC 124 353

DEPÓSITO LEGAL: 320943/10

PROPRIEDADE/EDITOR Just Leader, SA

CONTRIBUINTE 506 567 516

TIRAGEM 1500 exemplares

14 DOSSIER COLÔMBIA

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Page 4: Prémio, Edição Especial Conferência CV&A Álvaro Uribe

Editorial

4 » PRÉMIO » Maio 2011

A DÉCADA DA AMÉRICA DO SUL

Aeconomias crescem e a inflação deixou de ser uma dor de cabeça. O capital aflui à região. Só para o sectores ligados às matérias-primas estima-se que, de 2010 a 2015, os investimentos somarão mais de 150 mil milhões de dólares.

O crescimento bate a média mundial, devido às exportações, mas também às políticas económicas de ajuste dos últimos anos, que resultaram na redução drástica das dívidas externas e na acumulação de reservas.

No ano passado, segundo os dados do FMI, o Produto Interno bruto (PIB) agregado da região cresceu 6,1% e este ano deverá crescer mais 4,7% para, em 2012, progredir mais 4,2%. O fantasma de recessão induzida pela crise internacional, que fez a economia recuar 1,7% em 2009, está definitivamente afastado.

Há vinte anos, os três parágrafos acima referir-se-iam às então economias emergentes do sudeste asiático. Os analistas referir-se-iam aos tigres asiáticos e apontariam os nomes de Singapura, Taiwan, Coreia do Sul e dos seus vizinhos mais prósperos como protagonistas principais deste milagre económico.

Hoje, para espanto de muitos, é à América Latina que aquelas linhas se referem. Equilibrados entre o Atlântico e o Pacífico, os países da América Central e do Sul apresentam-se no top do ranking do crescimento mundial, disputando a primazia aos gigantes emergentes de outras zonas do globo.

E se o Brasil já marcava a presença do continente entre os chamados BRIC, o grupo de economias de elevado potencial que também agrega a Rússia, Índia e China, agora é a Colômbia a liderar entre os CIVETS (a par com a Indonésia, Vietename, Egipto, Turquia e África do Sul, South Africa em inglês), a sigla que integra os “senhores que se seguem da economia mundial”.

O ritmo de crescimento e de internacionalização da América do

Sul é impressionante. O Brasil cresceu 7,5% e a Argentina 9,2% e os restantes países progridem a um ritmo acima dos 5%. A única excepção é a Venezuela que, por motivos internos muito próprios, acusou uma redução de 1,9% no PIB em 2010. Mas há riscos.

A integração crescente da América Latina na economia global e a dependência das exportações das matérias-primas, tornam a região mais vulnerável ao que se passa na Europa, na Ásia e nos EUA. Em países como o Equador, Perú, Chile, Argentina e Venezuela, mais de metade das exportações são matérias-primas e uma inversão da alta

dos preços poderá arrefecer os ânimos e a economia.E há ainda que ter em conta o risco inverso, de um

sobreaquecimento económico, que já levou países como o Brasil e a Colômbia a adoptarem políticas para o controlo do crédito e da inflação. A próxima década poderá bem ser a década da América Latina.

Ultrapassadas décadas de desalento e de mau desempenho económico, o maior desafio está em saber gerir o futuro com cuidado. Ou, dito de outra forma, saber gerir este êxito.

Como referia recentemente o diário espanhol “El País”, num extenso trabalho sobre a década de oiro das economias da América latina: “O risco é morrer de êxito”.

Álvaro Mendonça

O maior desafio para o futuro da Região estará em saber gerir o sucesso com cuidado, pois o risco maior será padecer de tanto êxito.

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Rua Basilio Teles, nº 35 . 6º Dto 1070-020 LisboaTel. 210 123 400 Fax 210 123 444e-mail [email protected]

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Page 6: Prémio, Edição Especial Conferência CV&A Álvaro Uribe

6 » PRÉMIO » Maio 2011

A abrir» BREVESTROIKAPortugal fecha acordo com FMI, UE e Comissão

Em apenas 27 páginas, a Troika – composta por elementos do Fundo Monetário Internacional, da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu – traçou as medidas que irão contri-buir para que Portugal possa consolidar as contas públicas, reduzir o défice externo e devol-ver a confiança aos mercados. Da banca à fiscalidade, das parcerias público-privadas às privatizações, da reforma do poder local à dinamização do mercado de arrendamento, estas são algumas das áreas onde os próximos responsáveis políticos têm que actuar, de acordo com os objectivos apresentados. A Troika irá, trimestralmente, avaliar os progressos efectu-ados e os resultados obtidos. Da boa execução das metas traçadas dependerá a libertação das várias tranches financei-ras da ajuda, que ascenderá a um montante total de 78 mil milhões de euros. O triunvirato chefiado pelo dinamarquês Poul Thomsen – director do depar-tamento europeu do FMI e que também liderou as negociações com a Grécia – negociou um acordo com o Governo liderado pelo socialista José Sócrates e que mereceu já o apoio de Pedro Passos Coelho, líder do principal partido da Oposição (PSD) e de Paulo Portas, do Partido Popular. Qualquer que seja o próximo Governo a sair das eleições de 5 de Junho, terá pela frente a tarefa de executar este plano, que o Presidente Cavaco Silva e antigo primeiro-ministro, considerou ser ”vasto e muito exigente”.

Serviço Nacional de Saúde em análiseO livro “Três Olhares sobre o Futuro da Saúde em Portugal”, da autoria de João Varandas Fernandes, Pedro Pita Barros e Adal-berto Campos Fernandes, com prefácio de Daniel Serrão, vai ser editada pela Principia Editora e será lançada no próximo dia 31 de Maio, pelas 18h30, com apresentação do Prof. Marcelo Rebelo de Sousa, na Fundação Calouste Gulbenkian. Trata-se de uma obra multidisciplinar que reúne perspectivas médicas, aca-démicas e de gestão e pretende ser uma reflexão inédita sobre o panorama actual do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

MILLENNIUM BCP ANGOLA ATINGE OS 100 MIL CLIENTES

5.º Aniversário

O L

IVR

O

O Millennium Angola alcançou os 100 mil clientes activos, um marco histórico após cinco anos de actividade e que concretiza o objectivo estipulado para o primeiro semestre do ano. O banco, que tem como accionistas o português

Millennium bcp e os angolanos Sonangol e Banco Privado Atlântico (BPA), acaba de comemorar o seu 5.º aniversário.

Carlos Santos Ferreira, presidente do Millennium bcp, deslocou-se a Angola acompa-nhado por Paulo Macedo, vice-presidente do Conselho de Administração, Miguel Maya, vogal, e Vasco Fraga, do Conselho Geral e de Supervisão, para um jantar de comemora-

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Maio 2011 » PRÉMIO » 7

MILLENNIUM BCP ANGOLA ATINGE OS 100 MIL CLIENTES

Ciclo de ConferênciasCasa da América Latina

A Casa da América Latina, em parceria

com a Livraria Barata/Leya, está a promo-

ver um ciclo de conferências sobre os poetas

e romancistas latino-americanos agracia-

dos com o Prémio Nobel da Literatura,

contando com a colaboração do Instituto

de Estudos Ibéricos e Ibero-Americanos e

do Centro de Estudos Comparatistas. As

conferências vão decorrer às quintas-feiras

durante os meses de Maio, Junho e Julho às

19h na Livraria Barata/Leya.

O Prémio Nobel da Literatura de 2010 foi

atribuído ao peruano Mario Vargas Llosa,

65 anos, depois da chilena Gabriela Mistral

ter sido a primeira autora latino-americana

a receber o galardão. No total, seis autores

do subcontinente já receberam este prémio.

Com o objectivo de dar a conhecer as suas

obras ao público português, a Casa da Amé-

rica Latina promove o ciclo quinzenal sobre

estes poetas e romancistas, com a presença

de professores da Faculdade de Ciências So-

ciais e Humanas e da Faculdade de Letras

da Universidade Nova de Lisboa.

REDES SOCIAIS

Blaving dá voz aos portugueses Blaving é o nome da nova rede social de voz, que acaba de chegar a Portugal pelas mãos da PMovil, empresa sedeada em São Paulo e que detém o agregador de conteúdos Toing. A Blaving valoriza a expressão e a proximidade entre os utili-zadores que procuram rapidez e inovação nos serviços de mensagens breves na internet.Através da Blaving, o utilizador pode criar mensagens sobre o seu dia-a-dia e publicar notícias ou comentários. Além disso permite a interacção com outras redes sociais, como o Twitter, o Facebook e o Orkut.Lançado em Fevereiro de 2011, na América Latina, a nova rede social permite gravar mensa-gens de áudio com um máxi-mo de dois minutos através da internet ou do telemóvel e partilhá-las automaticamente com outras redes sociais.Com 80 mil utilizadores regis-tados o Blaving vai mobilizar um investimento global de cerca de 1,1 milhões de euros, no primeiro semestre de 2011. As previsões da PMovil apon-

tam para uma meta de 100 mil utilizadores portugueses no primeiro ano de operação.Segundo Fabian de la Rua, CEO da PMovil, “Portugal é um país estratégico para a entrada do Blaving no mercado europeu, não só pelo comportamento e adesão dos consumidores portugueses às redes sociais, mas por ser um país com uma relação de gran-de proximidade com o Brasil e com várias semelhanças em termos de cultura e do próprio povo. Posteriormente preten-demos lançar campanhas em

Espanha, no Reino Unido, em França e em Itália”. “O que estamos a lançar é uma plataforma inédita em redes sociais. Diferente de outros serviços de voz para internet focados em música, o Blaving é uma rede social completa e interactiva, que transporta o conceito de comunicação para um nível mais pessoal, mais próximo. Acreditamos que uma rede so-cial como o Blaving, que vem da expressão “Blá-Blá-Blá”, precisamente por estar ligada ao acto de falar, é ideal para dar resposta aos consumi-dores receptivos à inovação, que valorizam a interacção, a expressão e a aproximação com recurso à voz”, explicita Fabian de La RuaPara aceder ao Blaving basta fazer o registo gratuitamente em www.blaving.com e descar-regar a aplicação para utilizar o serviço através de telemó-vel. Disponível para iPhone, iPod Touch, iPad, Android (telefones e tablets), telefones Blackberry e Java.

ção, que decorreu no Complexo Hoteleiro da Endiama. Sob o lema “O Millennium Tem Talento”, o evento contou com a pre-sença de mais de 600 colaboradores locais do banco.

Sendo o mais jovem dos grandes bancos que operam no mercado angolano, o Banco Millennium Angola afirmou-se, ao longo destes primeiros cinco anos de actividade, através de uma aguerrida estratégia de crescimento. A rede comercial é composta por 39 balcões, distribuídos por 12 provín-cias, mas os objectivos passam por atingir a centena e cobrir a totalidade do território angolano.

Recentemente, o Banco Millennium An-gola foi considerado “Melhor Grupo Ban-cário em Angola 2011”, pela revista World Finance, que destacou a contínua aposta na inovação e na diversificação do leque de produtos e serviços financeiros, o reforço da posição de mercado, a expansão da rede comercial, o crescimento, a eficiência e a solidez de resultados.

O “World Finance Banking Awards” distingue anualmente os bancos com melhor desempenho, através de um painel de especialistas da área financeira. Desta forma, o Millennium Angola eleva para cinco as distinções recebidas, depois de em 2010 ter sido considerado “Banco do Ano” pela revista The Banker, “Melhor Banco Estrangeiro em Angola 2010” e “Banco Mais Inovador 2009”, pela revista EMEA Finance – e “Marca de Excelência” pela Superbrands.

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Page 8: Prémio, Edição Especial Conferência CV&A Álvaro Uribe

8 » PRÉMIO » Maio 2011

A abrir»

Activos sob gestão da F&C crescemO valor dos activos geridos pela F&C Investment aumentou de 105,8 mil milhões de libras (120,8 mil milhões de euros) para 106,1 mil milhões de libras (121,2 mil milhões de euros), no primeiro trimestre do ano. De acordo com a gestora de activos britânica, este aumento deveu-se ao impacto po-sitivo da apreciação do euro face à libra, a um aumento dos níveis do mercado de acções e a um crescimento do resultado líquido. A F&C Investment anunciou, tam-bém, um aumento dos fluxos de negócios que cresceram para 195 milhões de libras (222,8 milhões de euros), sem contabilizar os Fundos de Pensões. De acordo com o CEO da sociedade, Alain Grisay, “apesar do 1.º semestre ter ficado marcado pelos aconteci-mentos no Médio Oriente e Norte de África, pelo aumento do preço do petróleo, pela crise da dívida soberana Europeia e pelo desastre no Japão, os objectivos da F&C passaram sempre por gerar novos negócios e alcançar os melhores resultados nos seus investimen-tos”.

Rías Baixas promovem-se em PortugalO Governo da Província de Pontevedra, o Turismo das Rías Baixas, a Anfaco-Cecopesca – Associação Nacional de Fabricantes de Conservas e o Conselho Regulador Denomi-nação de Origem Protegida das Rías Baixas, juntaram-se, dia 12 de Abril, para apresentar os pro-dutos e o turismo desta região da Galiza.O Governo da Galiza tem vindo a realizar acções de modo a promover este destino.

A Cunha Vaz & Associados refor-çou, durante o

primeiro trimestre de 2011, a sua carteira de clientes com seis novos contratos. ThyssenKrupp Acessibi-lidades, Laureate Interna-tional Universities / ISLA Campus Lisboa, Safina, IBC Solar, Grupo Joaquim Moreira Pinto e Portugal ao Quadrado fazem agora parte da lista de empresas a quem a CV&A presta serviços de consultoria e de estratégia de imagem.

Já no segundo trimestre, destaque ainda para a contratação da CV&A pela Deputación de Pontevedra para a campanha de promoção da Rias Baixas, no Porto.

A ThyssenKrupp Acessibilidades comercia-liza equipamentos destinados a facilitar a acessi-bilidade de pessoas com mobilidade reduzida e opera no mercado unifamiliar (home elevators)

com soluções à medida de cada cliente. A IBC Solar é um integrador de sistemas de energia solar fotovoltaica. Com a Laureate, a CV&A reforça a sua experiên-cia na área do ensino e da educação. O Grupo Joaquim Moreira Pinto desenvolve a sua acti-vidade no segmento da indústria alimentar e a

Safina é uma empresa que oferece soluções ino-vadoras de relva artificial, enquanto o Portugal ao Quadrado é um projecto inovador de comu-nicação e potenciação de marcas portuguesas.

De acordo com António Cunha Vaz, pre-sidente da CV&A, “o crescimento da carteira de clientes ganha uma importância acrescida perante o momento tão específico da economia portuguesa”. Para o gestor, este é ainda um sinal de reconhecimento do mercado da qualidade dos serviços prestados pela consultora que dirige.

Bela Silva, Catarina Pestana, Elsa Rebelo, Fernando Brízio, Henri-que Cayatte, Joana Vasconcelos e Susanne Themlitz são os nomes dos proeminentes artistas portu-gueses convidados pelo Grupo Visabeira, que detém as Faianças Bordallo Pinheiro, a interpretar, cada um com a sua linguagem

própria, o universo bordaliano, no âmbito das comemorações dos 125 anos da criação da Fábrica Bordalo Pinheiro.As sete peças comemorativas, ao mesmo tempo utilitárias e deco-rativas, dos 125 anos da Fábrica Bordalo Pinheiro foram apresen-tadas num jantar evocativo no

MUDE – Museu da Moda e do Design de Lisboa, onde estiveram presentes algumas das mais importantes figuras da sociedade portuguesa. O jantar foi servido num serviço de mesa desenhado por Rafael Bordallo Pinheiro, re-cuperado propositadamente para esta ocasião.

Peças comemorativasBORDALLO PINHEIRO REINVENTADO NO SEU 125.º ANIVERSÁRIO

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Page 9: Prémio, Edição Especial Conferência CV&A Álvaro Uribe

Peixe em Lisboa regressa em 2012

ANA PAULA MARQUES

NOVA PRESIDENTE DA APRITEL

Associação Turismo de Lisboa

O Peixe em Lisboa comprovou, uma vez mais, o potencial gas-tronómico da capital e do país. O evento decorreu no passado mês de Abril no Pátio da Galé – Terreiro do Paço.A “Grande Caldeirada”, que reuniu os restaurantes que par-ticiparam em permanência no evento, e a apresentação de cozi-nha ao vivo do chefe Vitor Sobral foram os dois pontos fortes do último dia do Peixe em Lisboa. “O público já percebeu que o Peixe em Lisboa é um evento de referência na gastronomia.

Visita-o, portanto, com um interesse crescente, tentando captar as novidades, as novas tendências, o trabalho que vai sendo desenvolvido pelo chefes e os restaurantes. Em Abril de 2012 o evento estará de regresso ao Pátio da Galé, sendo que nos próximos meses o principal trabalho da organização será o de garantir que o programa da quinta edição volte a surpreen-der”, garante Duarte Calvão, director do Peixe em Lisboa.Com um total de cerca de 21.700 visitantes (8% dos quais

estrangeiros), o Peixe em Lisboa manteve em funcionamento permanente 13 dos melhores restaurantes da Grande Lisboa, recebeu 60 expositores de produtos ‘gourmet’ e de vinhos e convidou 23 chefes de cozinha para protagonizarem apresenta-ções ao vivo no Auditório, entre outras actividades.O Peixe em Lisboa é uma orga-nização da Associação Turismo de Lisboa, com os apoios da Câ-mara Municipal de Lisboa e do Turismo de Portugal e produção da Essência do Vinho.

Ana Paula Marques,

administradora da Optimus, é

a nova Presidente da Direcção

da Associação dos Operadores

de Telecomunicações

(APRITEL). Com esta

nomeação, a Associação

pretende reforçar a sua

representatividade e influência

junto dos diversos agentes, de

forma a defender a concorrência

e o investimento do sector. De

acordo com Ana Paula Marques, “pretende-se

uma APRITEL mais virada para o exterior, que

fomente uma relação próxima e de diálogo

aberto com o legislador, o regulador, e

as entidades representativas do sector.

No momento em que se perspectiva

uma mudança de Governo e de

Regulador, a APRITEL assume ainda

maior relevância enquanto promotora

e mobilizadora do debate, na procura

de soluções que promovam o

desenvolvimento económico do País”.

O cargo de vice-presidente continuará

a ser ocupado por Paulo Neves da

Oni. A restante equipa directiva da

APRITEL é composta por representantes da

AR Telecom, Cabovisão, Portugal Telecom,

Vodafone e ZON.

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UCCLA deu apoio ao Fórum de Turismo em LuandaRealizou-se nos passados dias 10 e 11 de Maio em Talatona, Luanda, o Fórum de Turismo, organizado pelo Governo da Província de Luanda e pelo Ministério da Hotelaria e Turismo de Angola, com a Assistência Técnica da UCCLA (União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa). Em simultâneo ocorreu uma reunião da Comissão Executiva e a XXVIII Assembleia Geral que tomou importantes decisões para a dinamização da vida da União das cidades que falam português. O Fórum visou, sobretudo, reunir autoridades a nível nacional e local com empresários de vários países, reflectir sobre alguns temas da maior actualidade, dar a conhecer reali-dades turísticas de Angola, tornar explícito o que os municípios podem fazer pelo desenvolvimento do turismo e estabelecer contactos entre empresários para favore-cer a criação de parcerias.

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Page 10: Prémio, Edição Especial Conferência CV&A Álvaro Uribe

Entrevista Mota-Engil

10 » PRÉMIO » Maio 2011

Qual o objectivo da Mota-Engil em associar-se a este projecto?O grupo Mota-Engil tem como um dos seus pilares fundadores e base do seu crescimento a internacionalização, contando hoje com mais de mil portugueses a trabalhar fora do País.

Esta realidade potencia uma plataforma para a constituição de ‘clusters’ nacionais em mercados em que o Grupo Mota-Engil se en-contra presente. Simultaneamente, e através da Mota-Engil Indústria e Inovação, empresa constituída para este projecto, estaremos a ren-tabilizar os recursos que detemos em cada mercado onde marcamos presença.

Nesse sentido, e reunindo complementaridades de actuação com a Aicep e a Caixa Geral de Depósitos, este projecto representa uma oportunidade de poder alavancar as competências das diferentes en-tidades parceiras do projecto, proporcionando meios financeiros, de gestão e conhecimento local aos promotores dos projectos, fomentan-do a Internacionalização das empresas, processo determinante para a competitividade da economia nacional.

Qual vai ser o montante global do investimento? Como é que se vai materializar?Englobando o valor a investir por parte das PME nacionais que pretendam realizar parcerias para os processos de internacionalização, o valor global de investimento poderá atingir os 300 milhões de euros.

Que tipo de empresas é que se podem candidatar ao apoio à interna-cionalização?Este projecto pretende ser o mais abrangente possível, tendo como ponto de partida empresas de base industrial de todo e qualquer sector

de actividade. No entanto, o facto dos projectos fomentarem a dinami-zação do sector exportador nacional motivará maiores possibilidades de elegibilidade.

Quais os critérios de selecção de projectos?Em primeiro lugar, os projectos candidatos serão elegíveis se os mes-mos se destinarem a países onde o grupo Mota-Engil marca presença de forma a podermos garantir a disponibilização das condições de apoio adequado, através das estruturas locais, para a fase inicial de operação das empresas. Para além disso, será analisada a solidez das empresas e a capacidade de gestão e ‘know-how’ detido pelos promotores, a ava-liação da propensão exportadora dos negócios e o carácter inovador e tecnológico no sentido de verificação da diferenciação nos mercados de destino desses mesmos projectos.

De que forma é concedido o apoio? Vão ser constituídas sociedades para o efeito?Vão ser constituídas sociedades-veículo para cada projecto, sendo que a Mota-Engil Indústria e Inovação, a Caixa Capital e a Aicep Capital, a so-ciedade de capital de risco deste organismo, efectuarão um investimen-to de até 49% do capital destas sociedades. Desta forma, e assumindo a Mota-Engil Indústria e Inovação até 30%, e a Aicep Capital Global e a Caixa Capital, em conjunto, até 19% do investimento, este projecto propõe-se, através de um posicionamento de ‘Private Equity’, a partilhar os riscos associados.

Quais os mercados-alvo para este projecto de apoio?Os mercados-alvo são o Brasil, Perú, México e Colômbia na América

Tendo a internacionalização como um dos pilares base do seu crescimento, a Mota-Engil associou-se à Aicep e à Caixa Geral de Depósitos, para apoiar a expansão de PME nacionais para mercados onde o Grupo marca presença.

Grupo Mota-Engil apoia internacionalização de PME nacionais

ARNALDO FIGUEIREDO

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Page 11: Prémio, Edição Especial Conferência CV&A Álvaro Uribe

Maio 2011 » PRÉMIO » 11

Arnaldo Figueiredo, presidente da Mota-Engil Indústria e Inovação e vice-presidente do conselho de

administração da Mota-Engil SGPS

Latina, Angola, Moçambique, Malawi, Cabo Verde e S. Tomé e Príncipe em África e Polónia e República Checa na Europa Central.

Vão ser prestados outros tipos de apoio, para além do investimento financeiro?Sim. Através das participadas existentes em cada mercado destino de investimento, o grupo Mota-Engil disponibilizará o seu conhecimento de cada mercado, contribuindo inclusivamente com a designação de res-ponsáveis para a área financeira das empresas a constituir.

Para além disso, o envolvimento de entidades como a Caixa Ge-ral de Depósitos, a Aicep e o próprio Grupo Mota-Engil facilitarão os processos de financiamento a que uma PME portuguesa, sem ‘track record’ nestes mercados, teria dificuldade de aceder.

O apoio é prestado sob uma lógica de ‘Private Equity’. Qual vai ser a matu-ridade média dos projectos, com a consequente saída dos parceiros?O pressuposto inicial estabelece um prazo médio entre quatro e seis anos, a definir caso a caso. No entanto, se for consensualmente enten-dido e subsistirem razões para manter a parceria como, por exemplo, o caso de expansão da actividade para outros mercados, poderá ser asse-gurado o compromisso de prorrogação do investimento dos parceiros deste projecto.

Quantos projectos já foram analisados e em que áreas?Até ao final do mês de Abril foram recepcionados 45 projectos para ava-liação, sendo estes de diversos sectores, com diferentes origens do País e com forte presença da componente Industrial. Tendo em conta que

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Page 12: Prémio, Edição Especial Conferência CV&A Álvaro Uribe

a sessão pública de apresentação da parceria foi efectuada no início de Março, devo afirmar que estamos satisfeitos com a dinâmica que temos verificado nos contactos que têm sido estabelecidos com as entidades parceiras, tendo alguns projectos um trabalho de avaliação em fase já bastante desenvolvida.

Quais as mais-valias da Mota-Engil, CGD e Aicep enquanto parceiros na internacionalização?Penso que a nível nacional, e também nos mercados-alvo de destino deste projecto, as entidades parcerias são hoje reconhecidas, cada uma na sua função, como entidades credíveis, competentes e com uma soli-dez que assegura a confiança para as empresas e os empresários portu-gueses que pretendam empreender um processo sempre difícil que é o da Internacionalização.

Enveredar, ainda para mais num contexto adverso como hoje vi-vemos, pela entrada em novos mercados deve passar por garantir as parcerias mais adequadas. Penso que, nesta matéria, este projecto as-segura essa capacidade de apoio na implementação, aprofundando ain-da esse apoio através da partilha do investimento e do risco associado. Entendo este posicionamento como uma inequívoca mais-valia para as empresas nacionais.

A actual conjuntura vem dificultar potenciais novos projectos? O financiamento será mais difícil?Sendo sempre difícil um processo de internacionalização, e exi-gindo invariavelmente músculo financeiro, o financiamento será sempre um factor determinante para o sucesso dos projectos.

Assim, e independentemente da menor liquidez dos mer-cados e contracção de crédito bancário que verificamos existir a nível internacional, diria que o promotor do projecto estará sem-pre, independentemente da conjuntura, em vantagem compara-tiva quando associado em parceria do que como único promotor, factor que ganha proporção no caso das PME.

A Mota-Engil tem diversificado muito a sua base de negócios e tem realizado um forte crescimento internacional. Considera que

essa será a receita para que outros grupos portugueses possam superar esta crise?Não existem receitas mágicas. No caso da Mota-Engil, a internacionali-zação e a diversificação têm sido, a par do reforço do capital humano, os pilares primordiais na estratégia de desenvolvimento do Grupo. Assim, foi definida a consolidação da presença nos mercados definidos como estratégicos, detendo actualmente competências que vão desde a cons-trução à gestão e exploração de infra-estruturas, actuando em sectores diversos como a Engenharia e Construção, Portos e Logística, gestão ambiental através da gestão de concessões de águas e resíduos, a manu-tenção industrial ou sectores mais recentes no Grupo como a Energia e a Mineração. A diversificação da sua actividade nesses mercados é um efeito natural de expansão. Nesta fase, diria que as empresas que evidenciem solidez financeira e uma elevada capacidade propensa de exportação deverão procurar alargar o seu horizonte através da inter-nacionalização.

Devo, no entanto, alertar que apenas como uma sólida base nacio-nal de ‘know-how’ e com capacidade financeira deverá ser desencadea-do um processo de internacionalização.

Também por isso entendemos ser o projecto levado a cabo pela Mo-ta-Engil Indústria e Inovação um precioso apoio para as PME nacionais promoverem a sua actividade de expansão internacional.

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Entrevista Mota-Engil

A internacionalização e a diversificação têm sido, a par do capital humano, os pilares primordiais na estratégia de desenvolvimento do Grupo.

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Dossier Colômbia

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O MAIS EXTREMO MERCADO EMERGENTE

NA TERRAEL MÁS EXTREMO MERCADO EMERGENTE EN LA TIERRA

COLÔMBIA

Nos últimos seis anos o PIB per capita e o investimento directo estrangeiro duplicaram. Embora afectada pela crise económica internacional, a Colômbia não che-gou porém a entrar em recessão. Os elevados inves-timentos anunciados para o sector dos petróleos e do carvão suportarão um elevado crescimento médio do

investimento nos próximos anos e darão um impulso extra aos acordos de comércio livre com o Canadá, os EUA e a União Europeia, que se espera que sejam aplicados até ao final de 2012. Segundo as últimas estimativas, a economia poderá crescer 5% este ano, acima da média de crescimento previsto para o conjunto da América Latina, impulsionado sobretudo por uma procura interna firme.

Gigante sul-americanoA economia da Colômbia é a quarta maior da América Latina, depois das do Brasil, México e Argentina, sendo a sexta maior das Américas e a vigésima nona maior economia do mundo em termos de PIB. O actual presiden-te, Juan Manuel Santos, definiu cinco motores principais para estimular o crescimento da economia do país: indústrias extractivas, agricultura, infra- -estruturas, construção de habitação e inovação tecnológica. O país é o ter-ceiro exportador de petróleo para os Estados Unidos. É também um dos pa-íses mais ricos em recursos naturais da América do Sul. Além do petróleo, os principais produtos exportados são o carvão – com as maiores reservas da América Latina – café, cana-de-açúcar, ouro, esmeraldas – primeiro pro-dutor mundial – produtos químicos e têxteis e couro.

O sector agrícola tem produção diversificada, com culturas de café, ca-na-de-açúcar, banana, milho, tabaco, algodão, legumes, frutas e flores, com crescente exportação nos últimos anos.

A economia da Colômbia melhorou nos últimos anos, o investimento aumentou, passando de 15% do PIB em 2002 para 23% em 2010 e empre-

Derrotado o narcotráfico e tendo atravessado quase incólume a recessão mundial, a Colômbia vive um momento de auto-afirmação que altera radicalmente a percepção internacional sobre o País.Derrotado el narcotráfico y habiendo cruzado casi incólume la recesión mundial, Colombia atraviesa un momento de autoafirmación que altera radicalmente la percepción internacional sobre el País.

En los últimos seis años el PIB per cápita y la inversión direc-ta extranjera se han duplicado. Aunque afectada por la crisis económica internacional, Colombia sin embargo no llegó a entrar en recesión. Las altas inversiones anunciadas para el sector del petróleo y del carbón soportarán un elevado cre-cimiento medio de inversión en los próximos años y darán

un impulso extra a los acuerdos de libre comercio con Canadá, EE.UU. y la Unión Europea, que se espera que se apliquen hasta finales de 2012. Según las últimas estimaciones, la economía podrá crecer un 5% este año, por encima de la media de crecimiento previsto para el conjunto de América Latina, impulsado sobre todo por una demanda interna firme.

Gigante suramericanoLa economía de Colombia es la cuarta mayor de América Latina, después de Brasil, México y Argentina, siendo la sexta mayor de las Américas y la vigésima novena mayor economía del mundo en lo referente al PIB. El actual presidente, Juan Manuel Santos, definió cinco motores principales para estimular el crecimiento de la economía del país: industrias extracti-vas, agricultura, infraestructuras, construcción de viviendas e innovación tecnológica. El país es el tercer exportador de petróleo para Estados Unidos. También es uno de los países más ricos en recursos naturales de América del Sur. Además del petróleo, los principales productos exportados son el carbón – con las mayores reservas de América Latina – café, caña de azú-car, oro, esmeraldas – primer productor mundial – productos químicos y textiles y cuero.

El sector agrícola tiene una producción diversificada, con culturas de café, caña de azúcar, plátano, maíz, tabaco, algodón, verduras, frutas y flo-res, con una creciente exportación en los últimos años.

La economía de Colombia ha mejorado en los últimos años, la inversi-ón aumentó, pasando de un 15% del PIB en 2002 hasta un 23% en 2010

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Dossier Colômbiasas privadas foram reequipadas. Entretanto, o desemprego em 12% e a taxa de pobreza em 46%, em 2009, estão acima da média regional.

Este extraordinário desempenho económico foi impulsionado pelas reformas liberais introduzidas nos anos 90 e continuou durante a presi-dência de Álvaro Uribe. O actual governo, chefiado pelo presidente Santos Calderon, tomou posse em Agosto de 2010 e optou por “manter os princi-pais propósitos da política económica de Uribe: atracção de investimentos, promoção da estabilidade macroeconómica e melhoria do ambiente de negócios”, refere Álvaro Cunha, da Aicep, que em meados de Fevereiro integrou uma missão empresarial portuguesa à Colômbia.

“Com grandes carências em infra-estruturas, agravadas pelas catastró-ficas cheias deste Inverno, e necessidades de investimento em transportes públicos nas grandes cidades – Bogotá em particular – a Colômbia acolhe com total abertura e sem restrições as empresas estrangeiras que queiram investir nesses domínios – como, aliás, em todos os outros”.

Boas oportunidadesCom quase 47 milhões de habitantes, a Colômbia é o terceiro país mais populoso da América Latina, a seguir ao Brasil e ao México. É também um dos países do mundo com maior biodiversidade, dispondo de diversas fon-tes de recursos energéticos. A exploração do petróleo e do carvão são, aliás, duas das suas principais actividades económicas e dois dos motores das exportações do País. O ouro, níquel, cobre, prata e platina são outras pro-

y las empresas privadas fueron reequipadas. Mientras tanto, el desempleo llegó a un 12% y la tasa de pobreza a un 46%, en 2009, están por encima de la media regional.

Esta extraordinaria función económica ha sido impulsada por las refor-mas liberales introducidas en los años 1990 y continuó durante la presiden-cia de Álvaro Uribe. El actual gobierno, cuyo presidente Santos Calderón, tomó pose en agosto de 2010 y optó por “mantener los principales propó-sitos de la política económica de Uribe: atraer a la inversión, promoción de la estabilidad macroeconómica y una mejoría del ambiente de negocios”, se refirió Álvaro Cunha, de aicep, que a mediados de febrero formó parte de una misión empresarial portuguesa a Colombia.

“Con grandes carencias en infraestructuras, agravadas por las catastró-ficas inundaciones de este invierno, y necesidades de inversión en transpor-tes públicos en las grandes ciudades – Bogotá en particular – Colombia aco-ge con una total abertura y sin restricciones a las empresas extranjeras que quieran invertir en estos sectores – como, también, en todos los demás”.

Buenas oportunidadesCon casi 47 millones de habitantes, Colombia es el tercer país con más población de América Latina, después de Brasil y México. También es uno de los países del mundo con mayor biodiversidad, disponiendo de diversas fuentes de recursos energéticos. La explotación de petróleo y de carbón son además dos de sus principales actividades económicas y dos de los motores

Portugal de olho no potencial da ColômbiaPortugal con la mira puesta en el potencial de Colombia

Em Fevereiro, uma missão empresarial portuguesa, liderada pela Aicep, visitou a Colômbia,para analisar oportunidades de investimento. Veja quais os principais negócios em perspectiva.En febrero, una misión empresarial portuguesa, liderada por Aicep, visitó Colombia, para analizar oportunidades de inversión. Vea cuales son los principales negocios en perspectiva.

VISABEIRAVários projectos nos sectores da energia e das telecomu-nicações na

Colômbia, destacando-se a instalação de fibra óptica em 700 municípios, no âmbito da massificação do uso da Internet, foram alguns alvos de investimento identificados pelo Grupo Visabeira durante a visita da Missão da AICEP à Colômbia. De regresso a Por-tugal, Jorge Costa, adminis-trador do grupo, revela que a Visabeira prevê ainda, a breve prazo, constituir uma par-ceria local para participar na construção de infra-estruturas de energia e criar parcerias

com empresas portuguesas para concorrer a empreitadas. O administrador revelou ainda que os produtos da Vista Alegre Atlantis (empresa detida pelo grupo) já estão à venda na Colômbia, País onde “a marca tem uma grande notoriedade”.Varios proyectos en los sectores de la energía y de las telecomunicaciones en Colombia, destacándose la instalación de fibra óptica en 700 municipios, en el ámbito de la masificación del uso de Internet, fueron algunos de los objetivos de inversión identificados por el Grupo Vi-sabeira durante la visita de la Misión de AICEP a Colombia. De regreso a Portugal, Jorge

Costa, administrador del gru-po, revela que Visabeira prevé además, en un breve plazo, constituir una asociación local para participar en la construc-ción de infraestructuras de energía creando asociaciones con empresas portuguesas para competir con las subcon-tratas. El administrador reveló además que los productos de Vista Alegre Atlantis (empresa que posee el grupo) ya está a la venta en Colombia, País donde “la marca tiene una gran notoriedad”.

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As relações económicas entre Portugal e a Colômbia têm uma expressão muito reduzida, de acordo com os dados do INE. As exportações portuguesas para a Colômbia concentram-se nas máquinas e aparelhos e nos metais comuns que valem 56,2% do total. Em contraparti-da, Portugal compra à Colôm-bia combustíveis, minerais e produtos agrícolas. Estes tipos de produtos representaram em conjunto 97,1% do total das importações portuguesas da Co-lômbia, que em 2010 totalizaram 100,5 milhões de euros.Os últimos dados disponíveis, relativos ao período Janeiro – – Fevereiro de 2011, reflectem uma ligeira descida da posição da Colômbia como cliente de Portugal, classificando-se em 77º lugar, com uma quota de 0,03%, enquanto como fornecedor progrediu para o 28º lugar, com uma quota de 0,44%, refere o Aicep.Entre 2006 e 2010, a balança comercial foi sempre deficitária e os coeficientes de cobertura muito baixos (apenas no ano de 2010 subiu aos dois dígitos). Contudo, enquanto as exporta-ções tiveram um crescimento médio de 52,7%, as importações baixaram 7,5% (muito embora, em termos absolutos, os valores das exportações e das importa-ções não sejam comparáveis). Os últimos valores disponíveis, até ao final do mês de Fevereiro de 2011, quando comparados com o período homólogo do ano transacto, apresentam um qua-dro positivo. Assim, as exporta-ções portuguesas cresceram uns significativos 137,6% e as nossas compras à Colômbia cresceram também 82,1%, o que se reflecte no coeficiente de cobertura que

continua baixo (5,1%).Numa breve análise à evolu-ção das exportações nacionais em 2010, é possível constatar a concentração que se verifi-ca nos metais comuns, nas máquinas e aparelhos e nas pastas celulósicas e papel, cuja representatividade no total das nossas vendas atingiu 70,6%, o que já se verificava em 2009 com uma percentagem de 71,2% e em 2006 se fixava, um pouco abaixo, com 68,2%. A evolução

da representatividade destes três grupos de produtos deve-se aos acréscimos, em termos de quota, no último ano, mas com maior acuidade nos metais comuns, que cresceram 132,5% face a 2009 e nas pastas celu-lósicas e papel que cresceram acima dos 1000%.

Las relaciones económicas entre Portugal y Colombia tienen una expresión muy reducida, de acuerdo con los datos del INE. Las exportacio-nes portuguesas a Colombia se concentran en máquinas y aparatos y en los metales comunes que valen un 56,2% del total. En contrapartida, Portugal le compra a Colom-bia combustibles, minerales y productos agrícolas. Estos tipos de productos represen-

taran en conjunto un 97,1% del total de las importaciones portuguesas de Colombia, que en 2010 tuvieron un total de 100,5 millones de euros.Los últimos datos disponibles, referentes al período de enero – febrero de 2011, reflejan una ligera bajada de la posición de Colombia como cliente de Portugal, clasificándose en el 77º lugar, con una cuota de un 0,03%, mientras que como suministrador subió hasta el 28º lugar, con una cuota de un 0,44%, como hace referencia el aicep.Entre 2006 y 2010, la balanza

comercial siempre fue defi-citaria y los coeficientes de cobertura muy bajos (tan sólo en el año 2010 subió hasta los dos dígitos). Sin embargo, mientras que las exportaciones tuvieron un crecimiento medio de un 52,7%, las importaciones bajaron hasta un 7,5% (aun-que, en términos absolutos, los valores de las exportaciones y de las importaciones no se puedan comparar). Los últi-mos valores disponibles, hasta finales del mes de febrero de 2011, comparados con el perío-do homólogo del año pasado, presentan un cuadro positivo. De esta forma, las exportacio-nes portuguesas crecieron un significativo 137,6% y nuestras compras a Colombia crecieron también un 82,1%, lo que se refleja en el coeficiente de cobertura que continúa bajo (5,1%).En un breve análisis a la evolución de las exportaciones nacionales de 2010, es posible constatar la concentración que se comprueba en los metales comunes, en las máquinas y aparatos y en las pastas celu-lósicas y papel, cuya represen-tación en el total de nuestras ventas alcanzó un 70,6%, lo que ya se había comprobado en 2009 con un porcentaje de un 71,2% y en 2006 se fijó, un poco por debajo, con un 68,2%. La evolución de la representatividad de estos tres grupos de productos, se debe a los incrementos, en términos de cuota, en el último año, aunque con mayor intensidad en los metales comunes, que han crecido en un 132,5% fren-te a 2009 y en las pastas celu-lósicas y papel que han crecido por encima de un 1000%.

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Portugal-ColômbiaUma fonte de petróleo Una fuente de petróleo

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Dossier Colômbia

duções relevantes, com peso nas exportações do País. A agricultura, e em particular as bananas, o café e o chá, a produção animal, a indústria flores-tal e a pesca complementam o cabaz de produtos vendidos para o exterior.

A balança comercial da Colômbia, durante o período em 2006-2010, apresenta saldos geralmente positivos. As exportações colombianas estão bastante concentradas em três países – EUA, Venezuela e Holanda –, res-ponsáveis por cerca de 56% das vendas totais ao exterior. As importações encontram-se centralizadas em quatro países fornecedores – EUA, China, México e Brasil –, que somam 54% das compras da Colômbia ao estran-geiro.

Relativamente às trocas comerciais, assumem especial destaque nas exportações o petróleo e seus derivados, que representaram 48% das ex-portações da Colômbia em 2009. Do lado das importações, destacam-se os bens de equipamento, consequência do esforço de modernização que as estruturas produtivas atravessam.

Os principais países investidores na Colômbia em 2009 foram os EUA, a China e a França e os sectores mais importantes para a aplicação do IDE são o petróleo, o sector mineiro e as telecomunicações.

A Colômbia apresenta várias insuficiências no domínio das vias de transporte, há muito diagnosticadas e agravadas pelos temporais do último Inverno, que destruíram numerosas estradas e viadutos. As necessidades de investimento em infra-estruturas viárias, férreas, fluviais e marítimas, aeroportuárias e urbanas, são avaliadas pelo Ministério dos Transportes da Colômbia em 46,4 mil milhões de dólares, para o período 2011- 2018. E é também para este período que está prevista a primeira fase da construção

Portugal de olho no potencial da Colômbia Portugal con la mira puesta en el potencial de Colombia Portugal de olho no potencial da Colôm-RENA REN - Redes Energéti-cas Nacionais, uma das empresas líderes mundiais

na prestação de serviços de redes energéticas, é outra das

empresas nacionais que estuda a fundo as poten-cialidades de negócio no mercado colombiano. Jor-

ge Borrego, Director-geral da empresa, considerou – em declarações a uma pu-blicação da AICEP – como factor essencial a “clareza de objectivos estratégicos para o sector da Ener-gia” e a “linearidade nos procedimentos regulamen-tares e administrativos” para os investidores em infra-estruturas eléctricas. A REN decidiu avançar

para o mercado colombia-no com a constituição de parcerias, nomeadamente na prestação de serviços de assistência técnica nas áreas de transporte de energia (gás natural e electricidade) e de gestão eficiente de redes.Redes Energéticas Nacio-nais, una de las empresas líderes mundiales en la prestación de servicios de

redes energéticas, es otra de las firmas naciona-les que estudia a fondo las potencialidades de negocio en el mercado colombiano. Jorge Borre-go, Director-general de la empresa, consideró – en declaraciones a una publi-cación de AICEP – como factor esencial la “clareza de objetivos estratégicos para el sector de la Ener-

gía” y la “linealidad en los procedimientos reglamen-tares y administrativos” para los inversores en infraestructuras eléctricas. REN decidió avanzar en el mercado colombiano con la constitución de asocia-ciones, principalmente en la prestación de servicios de asistencia técnica en las áreas de transporte de energía (gas natural y

de las exportaciones del País. El oro, el níquel, el cobre, la plata y el platino son otras producciones relevantes, con peso en las exportaciones del País. La agricultura, y en particular el plátano, el café y el té, la producción ani-mal, la industria forestal y la pesca complementan el conjunto de productos vendidos para el exterior.

La balanza comercial de Colombia, durante el período entre 2006-2010, presenta saldos generalmente positivos. Las exportaciones colom-bianas están bastante concentradas en tres países – EE.UU., Venezuela y Holanda –, responsables aproximadamente de un 56% de las ventas totales al exterior. Las importaciones se encuentran centralizadas en cuatro países suministradores – EE.UU., China, México y Brasil –, que forman un 54% de las compras de Colombia al extranjero.

En lo referente a los intercambios comerciales, asume especial desta-que en las exportaciones el petróleo y sus derivados, que representaron un 48% de las exportaciones de Colombia en 2009. En las importaciones, se destacan los bienes de equipamiento, consecuencia del esfuerzo de moder-nización que las estructuras productivas atraviesan.

Los principales países inversores en Colombia en 2009 fueron EE.UU., China y Francia y los sectores más importantes para la aplicación del IDE son el petróleo, el sector minero y las telecomunicaciones.

Colombia presenta varias insuficiencias en el sector de vías de trans-porte, hace mucho tiempo diagnosticadas y agravadas por los temporales del último invierno, que destruyeron numerosas carreteras y viaductos. Las necesidades de inversión en infraestructuras viarias, férreas, fluviales y marítimas, aeroportuarias y urbanas, están valoradas por el Ministerio de

Segundo as últimas estimativas, a economia poderá crescer 5% este ano, acima da média de crescimento previsto para o conjunto da América LatinaSegundo as últimas estimativas, a economia poderá crescer 5% este ano, acima da média de crescimento previsto para o conjunto da América Latina

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MOÇAMBIQUE

MALAWI

PERU

BRASILANGOLA

S. TOMÉ E PRÍNCIPE

CABO VERDE

IRLANDA

PORTUGAL ESPANHA

ESLOVÁQUIA

HUNGRIA

POLÓNIA

ROMÉNIA

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MÉXICO

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Dossier Colômbia

do Metro de Bogotá, com cerca de 20 quilómetros e 19 estações, num inves-timento avaliado em 2.500 milhões de dólares.

Líder dos novos BricsA Colômbia viveu um profundo processo de transformação nos últimos anos, estando agora o país a consolidar, como afirmou o presidente Juan Manuel Santos, a política de “Prosperidade Democrática”. É deste modo que é chamado o Plano de Desenvolvimento 2010-2104, que tem como principal objectivo dar continuidade às mudanças iniciadas pelo seu ante-cessor, Alvaro Uribe Vélez, com o seu modelo de “Segurança Democrática”, melhorando assim a qualidade de vida dos colombianos através da criação de emprego sustentável.

No âmbito da nova era da economia global, em que se verificam signifi-cativas mudanças a nível mundial, a Colômbia lidera actualmente o grupo dos “novos BRIC”, um grupo de economias de enorme potencial denomi-nado CIVETS, que agrega a Colômbia, Indonésia, Vietname, Egipto, Tur-quia e África do Sul (South Africa em inglês). Esta situação de destaque, verificada na sequência da política de confiança que a Colômbia inspira ao

Transportes de Colombia en 46,4 mil millones de dólares, para el período de 2011- 2018. También es para este período que está prevista la primera fase de la construcción del Metro de Bogotá, con cerca de 20 quilómetros y 19 estaciones, en una inversión valorada en 2.500 millones de dólares.

Líder de los nuevos BricsColombia vivió un profundo proceso de transformación en los últimos años, estando ahora el país consolidándose, tal y como afirmó el presidente Juan Manuel Santos, la política de “Prosperidad Democrática”. Es de este modo como se le llama al Plan de Desarrollo 2010-2104, que tiene como principal objetivo dar continuidad a los cambios iniciados por su antecesor, Álvaro Uribe Vélez, con su modelo de “Seguridad Democrática”, mejoran-do así la calidad de vida de los colombianos a través de la creación de em-pleo sustentable.

Dentro del ámbito de la nueva era de la economía global, en la que se comprueban significativos cambios a nivel mundial, Colombia lidera actualmente el grupo de los “nuevos BRIC”, un grupo de economías de enorme potencial denominado CIVETS, que reúne a Colombia, Indonesia,

Por detrás do sucesso da melhor equipa de futebol português do momento, o Futebol Clube do Porto, estão três trunfos prove-nientes da Colômbia. O avançado Radamel Falcão, de 25 anos, nascido na localidade colombiana de Santa Marta é o ponta-de- -lança titular indiscutível da equipa que esta época conquistou o seu 25º título de cam-peão nacional em Portugal e que deslum-brou na Liga Europa. Travo colombiano tem também o meio-campo do FC Porto, onde Fredy Guarín, nascido em Puerto Boyocá, é o principal armador do jogo ofensivo do clube. O terceiro colombiano do FC Porto é James

Rodriguez, o jovem médio-ala de apenas 19 anos de idade, que o clube campeão de Portugal foi buscar, esta época, à Argentina. Rodriguez, que foi campeão argentino da época passada, nasceu em Cúcuta e é o único dos três colombianos do FC Porto que ainda não foi chamado a representar a selecção nacional da Colômbia. Por detrás del éxito del mejor equipo de futbol portugués del momento, el Club de Futbol de Oporto, hay tres triunfos prove-nientes de Colombia. El delantero Radamel Falcão, de 25 años, que nació en la localidad colombiana de Santa Marta y el delantero

centro titular indiscutible del equipo que esta época conquistó su 25º título de campeón nacional en Portugal y que deslumbró en la Liga Europea. Travo colombiano tiene también el mejor centro campista del FC Oporto, donde Fredy Gua-rín, que nació en Puerto Boyocá, es el prin-cipal armador del juego ofensivo del club. El tercer colombiano del FC Oporto es James Rodriguez, el joven extremo de apenas 19 años de edad, que el club campeón de Por-tugal fue a buscar, esta época, a Argentina. Rodriguez, que fue campeón argentino de la temporada pasada, nación en Cúcuta y es el único de los tres colombianos del FC Oporto que todavía no ha sido llamado para repre-sentar a la selección nacional de Colombia.

O Aroma colombiano do campeão portuguêsEl Aroma colombiano del campeón portugués

electricidad) y de gestión eficiente de redes.

RIOPELEA Riopele Textil, grupo nortenho que trabalha com as principais marcas de roupa internacionais, está a apostar forte no mercado colombiano e já se posicionou, de forma destacada, na rota das

trocas comerciais entre os dois países. A Riopele exporta actualmente 90% de toda a sua produção.

Riopele Tex-til, grupo del norte que tra-baja con las principales

marcas de ropa internacio-nal, está apostando fuerte en el mercado colombiano

y ya se ha colocado, de una forma destacada, en la ruta de los intercambios comerciales entre los dos países. Riopele exporta actualmente un 90% de toda su producción.

SONAE SIERRAA Sonae Sierra está presente na Colômbia desde 2010. João Pessoa

Jorge, responsável pelos Serviços de Development em Novos Mercados, ex-plicou que a entrada neste

mercado foi feita através da Sierra Central, empresa de-

tida em partes iguais pela Sonae Sierra e pela Central Control, uma empresa lo-

cal que já opera no sector. Gestão e remodelação de centros comerciais serão as áreas de negócio da So-nae Sierra, num País onde a indústria dos centros co-merciais apresenta grande potencial de crescimento”.

GRUPO AZEVEDOSO Grupo Azevedos, um dos mais antigos grupos

Portugal de olho no potencial da Colômbia Portugal con la mira puesta en el potencial de Colombia Portugal de olho no potencial da Colôm-

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22 » PRÉMIO » Maio 2011

Portugal de olho no potencial da Colômbia Portugal con la mira puesta en el potencial de Colombia Portugal de olho no potencial da Colômbia Portugal con la mira puesta en el potencial de Colombia Portugal de olho no potencial da Colômbia Portugal con la mira puesta en el potencial de Colombiafarmacêuticos na Europa, está à procura de novos parceiros locais para

distribuição dos seus produtos. O Grupo já tem um

cliente na Colômbia, mas procura novos parceiros para aprofundar trocas comerciais ou avaliar investimentos.

El Grupo Azevedos, uno de los más antiguos grupos farmacéuticos en Europa, está buscando nuevos asociados locales para la distribución de sus pro-ductos. El Grupo ya tiene un cliente en Colombia, pero busca nuevos asocia-dos para profundizar en intercambios comerciales o valorar inversiones.

PESTANA HOTÉIS E RESORTSO grupo hoteleiro Pestana

retomou os contactos directos com as autoridades

colombianas no sentido de criar uma operação na capital, Bogotá. Apesar de procurar uma boa localiza-ção para possível inves-

timento, o mesmo deve ser “olhado com cautela”, devido ao elevado número de projectos que estão a entrar no mercado, acres-centou Miguel Emauz, responsável do Grupo, que se manifestou “impressio-nado” com o crescimento económico da Colômbia.El grupo hotelero Pestana retomó los contactos directos con las autori-

dades colombianas con el sentido de crear una operación en la capital, Bogotá. A pesar de buscar una buena localización para una posible inversi-ón, éste se debe “ver con cautela”, debido al elevado número de proyectos que están entrando en el mer-cado, incrementó Miguel Emauz, responsable del Grupo, que se manifestó

Onde estão as oportunidadesDONDE ESTÁN LAS OPORTUNIDADES

Existem boas oportunidades de investimento na Colômbia nos seguintes sectores:Existen buenas oportunidades de inversión en Colombia dentro de los siguientes sectores:

TurismoHá 30 anos de isenção de impostos nos projectos de construção de novos hotéis ou ampliação dos existentes, e 20 anos para projectos de eco-turismo.Hace 30 años que existe la exención de impuestos en los proyectos para la construcción de nuevos hoteles o ampliación de los que ya existen, y 20 años para proyectos de eco-turismo.

SoftwareA Colômbia dispõe de engenheiros qualificados com as remunera-ções mais atractivas da América Latina, assim como 13 mil licen-ciados em Tecnologias de Informação, e uma indústria madura. O Gartner Group, uma empresa internacional de ‘research’ na área das tecnologias de informação, considera a Colômbia como um

investimento, conduziu o país para um contexto de mudanças estruturais, especialmente em matéria de desempenho económico.

Graças à estratégia iniciada pelo anterior governo, foi conseguido, entre outras coisas, que a Colômbia seja considerada pelo Banco Mundial como o país latino-americano com melhor ambiente para fazer negócios e também o que oferece melhores condições de segurança aos investidores. O que levou a revista americana BusinessWeek a classificar a Colômbia, em Maio de 2007, como “o mais extremo mercado emergente na Terra”.

Vietnam, Egipto, Turquía y África del Sur (South Africa en inglés). Esta situación de destaque, comprobada como consecuencia de la política de confianza que Colombia inspira a los inversores, condujo al país hacia un contexto de cambios estructurales, especialmente en materia de función económica.

Gracias a la estrategia iniciada por el anterior gobierno, se consiguió, entre otras cosas, que Colombia esté considerada por el Banco Mundial como el país latinoamericano con mejor ambiente para hacer negocios y también el que ofrece mejores condiciones de seguridad a los inversores. Lo cual llevó a la revista americana BusinesWeek a clasificar a Colombia, en mayo de 2007, como “el más extremo mercado emergente en la Tierra”.

A agência de comunicação IBCOM foi criada em parceria pela Cunha Vaz & Associados e pelo Grupo Albión, de Madrid, para implementar es-tratégias de comunicação corporativa na Península Ibérica e na América Latina. Nos países de língua portuguesa actua com a marca Cunha Vaz & Associados, enquanto nos de língua espanhola apresenta-se como IBCOM. A IBCOM Colômbia resulta de uma parceria com uma empresa colombiana do sector.La agencia de comunicación IBCOM fue creada en asociación por Cunha Vaz & Associados y por el Grupo Albión, de Madrid, para implementar estrategias de comunicación corporativa en la Península Ibérica y en América Latina. En los países de lengua portuguesa actúa con la marca Cunha Vaz & Associados, mientras que en los de lengua española se pre-senta como IBCOM. IBCOM Colombia es el resultado de una asociación con una empresa colombiana del sector.

Dossier Colômbia

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Portugal de olho no potencial da Colômbia Portugal con la mira puesta en el potencial de Colombia Portugal de olho no potencial da Colômbia Portugal con la mira puesta en el potencial de Colombia Portugal de olho no potencial da Colômbia Portugal con la mira puesta en el potencial de Colombia“impresionado” con el crecimiento económico de Colombia.

PT INOVAÇÃOPara a PT Inovação a visita à Colômbia foi de prospecção – segundo as declarações emanadas no

site da Aicep. A empresa está a avaliar oportu-nidades naquele país desde 2010, com visitas a operadores de telecomuni-cações e a fornecedores de infra-estruturas e de outros equipamentos, segundo adiantou Alcino Lavrador, CEO da empresa.Para PT Inovação la visita a Colombia fue de prospec-ción – según las declara-

ciones que aparecen en el site de AICEP. La empresa está valorando oportuni-dades en aquel país desde 2010, con visitas a ope-radores de telecomunica-ciones y a proveedores de infraestructuras y de otros equipamientos, según adelantó Alcino Lavrador, CEO de la empresa.

EFACECA aposta da Efacec no mer-cado colombiano vai para

as centrais de geração e subestações, estações de tratamento

de águas e valorização de resíduos sólidos e de Logística industrial e aero-portuária.La apuesta de Efacecno

mercado colombiano va hasta las centrales de ge-neración y subestaciones, estaciones de tratamiento de aguas y valorización de residuos sólidos y de Logística industrial y aero-portuaria.

dos países mais competitivos da região e o The Datamonitor Group, coloca-o como um país Tier 2 na América Latina.Colombia dispone de ingenieros calificados con las remuneraciones más atractivas de América Latina, así como 13 mil licenciados en Tecnologías de Información, y una industria madura. Gartner Group, una empresa internacional de ‘research’ en el área de las tecnologías de información, considera a Colombia como uno de los países más competitivos de la región y The Datamonitor Group, lo coloca como un país Tier 2 en América Latina.

BPO (outsourcing de processos) e Call CenterA Colômbia tem o custo mais competitivo por trabalhador nestes serviços (325 euros, incluindo encargos fiscais), e conta com mais de 800 mil estudantes universitários matriculados ao ano, sete cidades com mais de meio milhão de habitantes e cinco cabos submarinos.Colombia tiene el coste más competitivo por trabajador en estos servicios (325 euros, incluyendo cargas fiscales), y cuenta con más de 800 mil estudiantes universitarios matriculados al año, siete ciudades con más de medio millón de habitantes y cinco cabos submarinos.

Produtos farmacêuticos e cosméticaA Colômbia abre aos investidores um mercado com 1,2 mil milhões de consumidores, dado que é o País líder em matéria de biodiversida-

de na América Latina e o segundo país, a nível mundial, oferecendo acesso preferencial a uma enorme variedade de flores e a mais de 50 mil espécies vegetais conhecidas, das quais 18 mil só se encontram na Colômbia.Colombia le abre a los inversores un mercado con 1,2 mil millones de consumidores, dado que es el País líder en materia de biodiversidad en América Latina y el segundo país, a nivel mundial, ofreciendo ac-ceso preferencial a una enorme variedad de flores y a más de 50 mil especies vegetales conocidas, de las cuales 18 mil sólo se encuentran en Colombia.

Infra-estruturasCom o objectivo de reduzir a carência do país em infra-estruturas, o governo da Colômbia tem estado a implementar grandes projectos cuja execução ficará a cargo do sector privado. Neste momento, calcula-se que o investimento em projectos e programas em hidro-carbonetos, minérios, energia, portos, estradas, aeroportos, sistemas de transportes urbanos e outras infra-estruturas, rondará 13 mil milhões de euros.Con el objetivo de reducir la carencia del país en infraestructuras, el gobierno de Colombia ha estado implementando grandes proyectos cuya ejecución estará a cargo del sector privado. En este momento, se calcula que la inversión en proyectos y programas en hidrocarbo-netos, de minería, energía, puertos, carreteras, aeropuertos, sistemas de transportes urbanos y otras infraestructuras, rondará los 13 mil millones de euros.

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Dossier Colômbia

“Colombia, el riesgo es que te quieras quedar” o, con una traducción literal, “Colombia, o risco é que queiras ficar”. Este es el nuevo ‘slogan’ de promoción turística de Colombia. El objetivo es enterrar bien hondo la imagen del País como centro del narcotráfico internacional de droga y revelar la nueva realidad, de un país moderno y abierto al exterior, con una economía sólida y en auténtico crecimiento.Los niveles de violencia se han reducido drásticamente en los últimos años. La capital Bogotá, principal desti-no turístico del País, hoy es más segura que Washing-ton o Miami, según Proexport, la entidad colombiana para la promoción del turismo, del comercio externo y de la inversión extranjera. Según las estadísticas del Ministerio de Comercio, Indus-tria y Turismo de Colombia en 2009 el número de visitan-tes extranjeros creció un 10,7%, más de 1,35 millones.La capital Bogotá es el principal destino turístico, aco-giendo más de la mitad de sus visitantes extranjeros. Cartagena (11,5%) y Medellín (10,6%) son otros desti-nos relevantes. Las atracciones turísticas más popula-res son el barrio histórico de Candelaria en el centro de Bogotá, la ciudad amurallada y las playas de Cartagena, las ciudades coloniales de Santa Fé de Antioquia, Popayán, Villa de Leyva y Santa Cruz de Mompox, Santuario de Las Lajas y Catedral de Sal de Zipaquirá. Cartagena y Santa Marta ahora son escalas regulares de los navíos de Cruceros que cruzan el Caribe.La diversidad de la flora y de la fauna ha sido el resultado del desarrollo de una serie de destinos eco-turísticos muy populares, como el litoral del Caribe, los parques naturales de Tayrona, Amacayacu, de Malpelo, de la isla Gorgona, de Sierra Nevada y de Santa Marta, de los Corales de Rosario y San Bernardo, el volcán Nevado del Ruiz, el valle Cocora, o el desierto Tatacoa. Colombia tiene siete locales clasificados como Patri-monios Mundiales de la Unesco y reclama el título del segundo país mundial en términos de biodiversidad.

Turismo

“O risco é que queiras ficar”“EL RIESGO ES QUE TE QUIERAS QUEDAR”

“Colômbia, el riesgo es que te quieras quedar” ou, numa uma tradução à letra, “Colômbia, o risco é que queiras ficar”. Este é novo ‘slogan’ de promoção turística da Colômbia. O objectivo é enterrar bem fundo a imagem do País como centro do narcotráfico internacional e revelar a nova realidade, de um país moderno e aberto ao exterior, com uma economia sólida e em franco crescimento.Os níveis de violência reduziram-se drasticamente nos anos mais recentes. A capital Bogotá, principal destino turístico do País, é hoje mais segura que Washington ou Miami, segundo a Proexport, a entidade colombiana para a promoção do turismo, do comércio externo e do investimento estrangeiro. Segundo as estatísticas do Ministério do Comércio, Indústria e Turismo da Colômbia, em 2009 o número de visitantes estrangeiros cresceu 10,7%, para mais de 1,35 milhões.A capital Bogotá é o principal destino turístico, acolhendo mais de metade dos visitantes estrangeiros. Cartagena (11,5%) e Medellin (10,6%) são outros destinos relevantes. As atracções turísticas mais populares são o bairro histórico de Candelaria no centro de Bogotá, a cidade murada e as praias de Cartagena, as cidades coloniais de Santa Fé de Antioquia, Popayán, Villa de Leyva e Santa Cruz de Mompox, Santuário de Las Lajas Sé e Catedral de Sal de Zipaquirá. Cartagena e Santa Marta são agora escalas regulares dos navios de Cruzeiros que cruzam as Caraíbas.A diversidade da flora e da fauna resultou no desenvolvimento de uma série de destinos eco-turísticos muito populares, como o litoral do Caribe, os parques naturais de Tayrona, Amacayacu, de Malpelo, da ilha Gorgona, da Sierra Nevada e de Santa Marta, dos Corais de Rosário e San Bernardo, o vulcão Nevado del Ruiz, o vale Cocora, ou o deserto Tatacoa. A Colômbia tem sete locais classificados como Património Mundial da Unesco e reclama o título de segundo país mundial em termos de biodiversidade.

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Área: 1.038.700 km2Población: 44,7 millones de habitantesDensidad de población: 43,1 habitantes/km2

Capital: Bogotá (8,3 millones habitantes)Otras ciudades importantes: Medellín (3,5 millones hab.) Cali (2,4 millones hab.) y Barranquilla (1,8 millones hab.)

Presidente Juan Manuel Santos Calderón (desde el 7 de agosto de 2010)Vicepresidente: Angelino GarzónFecha de la actual Constitución: 5 de julio 1991 (con varias actualizaciones)

Área: 1.038.700 km2População: 44,7 milhões de habitantesDensidade populacional: 43,1 habitantes/km2

Capital: Bogotá (8,3 milhões habitantes)Outras cidades importantes: Medellín (3,5 milhões hab.) Cali (2,4 milhões hab.) e Barranquilla (1,8 milhões hab.)

Presidente Juan Manuel Santos Calderon (desde 7 de Agosto de 2010)Vice-presidente: Angelino GarzónData da actual Constituição: 5 de Julho 1991 (com várias actualizações)

Religião: A população é maioritariamente católica (90%)Língua: O idioma oficial da Colômbia é o Castelhano, mas existem no país cerca de 500 mil falantes de idiomas indígenas.

Unidade monetária: Peso Colombiano (COP) = 100 centavos1 euro = 2.614,05 COP (cotação média de Março de 2011)

Ranking em negócios EIU: Índice 6,39 (10 = máximo)Ranking geral EIU: 49º entre 82 paísesRisco de crédito COSEC: 4 (1 = risco menor; 7 = risco maior)

Fuente: AICEP, en base a datos de The Economist Intelligence Unit (EIU), Banco de Portugal, COSEC, UNCTAD, INE y OMC.

Fonte: Aicep, com base em dados da The Economist Intelligence Unit (EIU), Banco de Portugal, COSEC, UNCTAD, INE e OMC.

Religión: La población en su mayoría es católica (90%)Lengua: El idioma oficial de Colombia es el Español, aunque existen en el país cerca de 500 mil hablantes de lenguas indígenas.Unidad monetaria: Peso Colombiano (COP) = 100 centavos1 euro = 2.614,05 COP (cota media de marzo de 2011)

Ranking en negocios EIU: Índice 6,39 (10 = máximo)Ranking general EIU: 49º entre 82 paísesRiesgo de crédito COSEC: 4 (1 = riesgo menor; 7 = riesgo mayor)

Juan Manuel Santos Calderon

Angelino Garzón

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Dossier Colômbia

ÁLVARO URIBE

As receitas do mais popular Presidente das Américas

LAS RECETAS DEL MÁS POPULAR PRESIDENTE DE LAS AMÉRICAS

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PERFIL

A política corre nas veias de Álvaro Uribe Vélez, 58 anos. Corre quente e veloz. O ex-Presidente da República da Colômbia eleito demo-craticamente que mais tempo liderou este País da América Latina e o tirou

do medo, do desespero e da pobreza, desde jovem mostrou ter a fibra, a motivação e o brilho que dis-tingue os grandes líderes.

Com apenas 30 anos, Uribe foi nomeado alcai-de da sua cidade natal – Medellín – e nela imprimiu uma revolução urbana ímpar, conseguindo, inclusi-ve, que seja a única da Colômbia com metropolitano. Aos 34 anos foi eleito Senador e contribuiu para a modernização da legislação laboral, da segurança so-cial, da banca, dos seguros, da aviação civil, obtendo ainda protecção social para as mulheres, com leis que as reconhecem oficialmente como cabeça de família.

O seu brilhantismo legislativo valeu-lhe em 1990, então com 38 anos, a eleição pelos seus pa-res como “Senador Estrela”. Em 1992 foi premiado pelo Senado com o título de “Senador com as Me-lhores Iniciativas”. Um ano depois eleito “Melhor Sena-dor”. Ao longo dos oito anos de trabalho nesta Câmara foi sempre considerado (informalmente) pelo povo como sendo o “Melhor Senador da República”.

O futuro sorria para este genial advogado que vira o pai, Alberto Uribe Sierra, ser morto em 1983 num rancho da família às mãos das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), o movimento guerrilheiro que Álvaro elegeu como seu inimigo público número um.

La política corre por las venas de Álvaro Uribe Vélez, 58 años. Corre cálida y ve-loz. El ex-Presidente de la República de Colombia elegido democráticamente que más tiempo lideró este País de América

Latina y lo sacó del miedo, del desespero y de la po-breza, desde joven mostró tener garra, motivación y el brillo que distingue a los grandes líderes.

Con tan sólo 30 años, Uribe fue nombrado alcal-de de su ciudad natal – Medellín – y en ella imprimió una revolución urbana sin igual, consiguiendo, incluso, que sea la única de Colombia con metropolitano. A los 34 años fue elegido Senador y contribuyó en la moder-

nización de la legislación laboral, de la seguridad social, de la banca, de los seguros, de la aviación

civil, obteniendo además protección social para las mujeres, con leyes que las re-

conocen oficialmente como cabeza de familia. Su brillantez legislativa le valió en

1990, entonces con 38 años, la elección por sus pares como “Senador Estrella”. En 1992 fue premiado por el Senado

con el título de “Senador con las Me-jores Iniciativas”. Un año después fue

elegido “Mejor Senador”. A lo largo de los ocho años de trabajó en esta Cámara siempre fue considerado (in-formalmente) por el pueblo como el “Mejor Senador de la República”.

El futuro le sonreía a este genial abogado que vio a su padre, Al-

Álvaro Uribe é a prova acabada de que um homem consegue, com motivação e convicção, pegar num País com medo e à beira da falência e, em oito anos, transformá-lo numa Nação vibrante, mais segura e no

caminho certo da prosperidade. Por João Bénard GarciaÁlvaro Uribe es la prueba final de que un hombre consigue, con motivación y convicción, coger un País con

miedo y al borde de la quiebra y, en ocho años, transformarlo en una Nación vibrante, más segura y en el camino apropiado de la prosperidad.

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Antes de chegar à Casa de Nariño, sede do Governo colombiano, Ál-varo foi ainda Governador de Antioquia e aí gerou um espírito reformista que revolucionou a face desta província, colocando-a na dianteira do de-senvolvimento, num País então destroçado por quase quatro décadas de barbárie e medo impostos pelas guerrilhas e pelos narcotraficantes.

Nas eleições de 2002, Álvaro Uribe apresentou-se finalmente como candidato independente de todos os partidos tradicionais às eleições pre-sidenciais. Contava somente com o apoio do movimento cívico “Primeiro Colômbia”, um espaço livre que albergou cidadãos de todas as vertentes ideológicas nacionais.

Uribe escreveu pelo seu punho as medidas reformistas e propôs 100 pontos que se tornaram no seu guião de governação. A semente estava lançada: 5.862.655 colombianos (54,51% dos eleitores) concordaram com ele e a 26 de Maio de 2002 elegeram-no Presidente da República à pri-meira volta, facto inédito neste País.

Oito anos que mudaram a face da ColômbiaAs políticas que Álvaro Uribe aplicou durante oito anos de governação na Colômbia foram muitas vezes comparadas ao efeito de um “rolo com-pressor” – uma ferramenta de uso agrícola que nivela terrenos ou destrói ervas contaminadoras dos solos. Num País pobre, desigual, onde grassa-va a insegurança, a corrupção e a burocracia, Uribe introduziu medidas duras que criaram um clima de paz e segurança e que fizeram renascer a economia e consolidar a democracia.

Com medidas duríssimas, conseguiu vergar a espinha dorsal do nar-cotráfico e da guerrilha, expulsar das cidades os “senhores da droga”, se-

questradores e combatentes das FARC e do ELN (Exército de Libertação Nacional) e empurrá-los para a selva e para as montanhas, eliminando alguns dos seus cabecilhas. Fechou a janela à violência e aos ataques às in-fra-estruturas económicas. Abriu a porta à produtividade, ao investimento estrangeiro, às reformas e à prosperidade.

O resultado das suas medidas corajosas espelha-se nos indicadores económicos colombianos recentes: o investimento estrangeiro cresceu dez vezes em apenas sete anos e atingiu os 9,5 biliões de dólares em 2010, impulsionado pelos sectores da mineração, petróleo, indústria e comér-cio. A agência de rating Standard & Poor’s elevou em 2010 a qualificação da dívida da Colômbia para o grau de “investimento”, uma compensação e reconhecimento pelo esforço do País no sentido de reduzir o seu endivi-damento e melhorar os seus indicadores económicos.

Quando a 7 de Agosto de 2010 deixou a segurança de Casa de Nariño, Álvaro Uribe era o mais popular e respeitado Presidente das Américas, com sondagens a darem-lhe 95% de aprovação dos eleitores colombia-nos. Nem o popular ex-Presidente brasileiro Luís Inácio “Lula” da Silva conseguiu tamanha margem de popularidade.

berto Uribe Sierra, ser asesinado en 1983 en un rancho de la familia a manos de las FARC (Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia), el movimiento guerrillero que Álvaro eligió como su enemigo público número uno

Antes de llegar a la Casa de Nariño, sede del Gobierno colombiano, Álvaro fue además Gobernador de Antioquia y desde allí desarrolló un espíritu reformista que revolucionó la imagen de esta provincia, colo-cándola a la delantera del desarrollo, en un País entonces destrozado por casi cuatro décadas de barbarie y miedo impuestos por las guerrillas y por los narcotraficantes.

En las elecciones de 2002, Álvaro Uribe se presentó finalmente como candidato independiente de todos los partidos tradicionales a las elecciones presidenciales. Contaba tan sólo con el apoyo del movimien-to cívico “Primero Colombia”, un espacio libre que abarcaba a ciudada-nos de todas las vertientes ideológicas nacionales.

Uribe escribió con su puño y letra las medidas reformistas y pro-puso 100 puntos que se convirtieron en su guión de gobernación. La semilla estaba lanzada: 5.862.655 colombianos (54,51% de los electores) concordaron con él y el 26 de mayo de 2002 lo eligieron Presidente de la República en la primera vuelta, hecho inédito en este País.

Ocho años que cambiaron la imagen de ColombiaLas políticas que Álvaro Uribe aplicó durante ocho años de gobierno

en Colombia fueron muchas veces comparadas al efecto de un “rollo compresor” – una herramienta de uso agrícola que nivela terrenos o destruye las hierbas contaminadoras de los suelos. En un País pobre, desigual, donde abundaba la inseguridad, la corrupción y la burocracia,

Uribe introdujo medidas duras que crearon un clima de paz y de seguridad y que hicieron renacer la economía y consolidar la demo-cracia.

Con medidas durísimas, con-siguió doblegar la espina dorsal del narcotráfico y de la guerrilla, expulsar de las ciudades los “seño-res de la droga”, secuestradores y combatientes de las FARC y del

ELN (Ejército de Liberación Nacional) y empujarlos hacia la selva y ha-cia las montañas, eliminando a algunos de sus cabecillas. Le cerró la ventana a la violencia y a los ataques a las infraestructuras económicas. Le abrió la puerta a la productividad, a la inversión extranjera, a las re-formas y a la prosperidad.

El resultado de sus valientes medidas se refleja en los indicadores económicos colombianos recientes: la inversión extranjera creció diez veces en tan sólo siete años y alcanzó los 9,5 billones de dólares en 2010, impulsado por los sectores de la minería, petróleo, industria y comercio. La agencia de rating Standard & Poor’s elevó en 2010 la calificación de la deuda de Colombia hasta el grado de “inversión”, una compensación y reconocimiento por el esfuerzo del País con el sentido de reducir su endeudamiento y mejorar sus indicadores económicos.

Cuando el 7 de agosto de 2010 dejó la seguridad de Casa de Nariño, Álvaro Uribe era el más popular y respetado Presidente de las Américas, con sondeos que le daban el 95% de la aprobación de los electores co-lombianos. Ni el más popular ex-Presidente brasileño Luís Inácio “Lula” da Silva consiguió tan gran margen de popularidad.

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Uribe introduziu medidas duras que criaram um clima de paz e segurança e que fizeram renascer a economia e consolidar a democracia.

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Um país atractivo para o investimento estrangeiroUn país atractivo para la inversión extranjera

Juan Gabriel PerezDirector da delegação Comercial da Colômbia para a Península IbéricaDirector de la delegación Comercial de Colombia para la Península Ibérica

Dossier Colômbia

A Colômbia viveu um profundo processo de transformação nos últimos anos, estando agora a consolidar, o que o pre-sidente Juan Manuel Santos apelidou de política de “Pros-peridade Democrática”. É deste modo que é chamado o Plano de Desenvolvimento 2010-2104, que tem como prin-

cipal objectivo dar continuidade às mudanças iniciadas pelo seu anteces-sor, Alvaro Uribe Vélez, com o seu modelo de “Segurança Democrática”, melhorando assim a qualidade de vida dos colombianos através da criação de emprego sustentável.

No âmbito da nova Era da economia global, em que se verificam sig-nificativas mudanças a nível mundial, a Colômbia lidera actualmente o grupo dos “novos BRIC”, os denominado CIVETS, sigla que agrega a Colômbia, Indonésia, Vietname, Egipto, Turquia e África do Sul, (South Africa, em inglês). Esta situação de destaque, verificada na sequência da política de confiança que a Colômbia inspira ao investimento, conduziu o País para um contexto de mudanças estruturais, especialmente em maté-ria de desempenho económico.

Graças à estratégia iniciada pelo actual governo foi conseguido, en-tre outras coisas, que a Colômbia seja considerada pelo Banco Mundial como o País latino-americano com melhor ambiente para fazer negócios e também o que oferece melhores condições de segurança aos investi-dores.

O investimento estrangeiro, o comércio e o turismo constituem o eixo em torno do qual gira actualmente o desenvolvimento económico do País. Na realidade, a estabilidade social e o seguro quadro jurídico que são oferecidos aos investidores estrangeiros geraram um círculo virtuoso em matéria de investimentos. Prova disso são as mais de 300 empresas euro-peias que se instalaram no País. Isto acontece também porque a Colômbia conta com um acordo de protecção dos investimentos e com incentivos muito atractivos para promover o investimento estrangeiro, bem como

Colombia vivió un profundo proceso de transformación en los últimos años, estando ahora a consolidar, lo que el presiden-te Juan Manuel Santos, ha titulado como política de “Prospe-ridad Democrática”. Es de este modo que el llamado Plan de Desarrollo 2010-2104, que tiene como principal objetivo dar

continuidad a los cambios iniciados por su antecesor, Álvaro Uribe Vélez, con su modelo de “Seguridad Democrática”, mejorando así la calidad de vida de los colombianos a través de la creación de empleo sustentable.

Dentro del ámbito de la nueva Era de la economía global, en la que se comprueban yse verifican significativos cambios a nivel mundial, Colom-bia lidera actualmente el grupo de los “nuevos BRIC”, los denominados CIVETS, sigla que agrega a Colombia, Indonesia, Vietnam, Egipto, Tur-quía y África del Sur, (South África, en inglés). Esta situación de destaque, comprobada como consecuencia de la política de confianza que Colombia inspira como inversión, condujo al País hasta un contexto de cambios estructurales, especialmente en materia de ámbito económico.

Gracias a la estrategia iniciada por el actual gobierno se consiguió, en-tre otras cosas, que a Colombia la considere el Banco Mundial como el País latino-americano con mejor ambiente para hacer negocios y también el que ofrece mejores condiciones de seguridad a los inversores.

La inversión extranjera, el comercio y el turismo constituyen el eje al-rededor del cual gira actualmente el desarrollo económico del País. En realidad, la estabilidad social y el seguro cuadro jurídico que se le ofrecen a los inversores extranjeros generaron un círculo virtuoso en lo relacio-nado con las inversiones. Prueba de eso son las más de 300 empresas europeas que se han instalado en el País. Esto también ocurre porque Colombia cuenta con un acuerdo de protección de las inversiones y con incentivos muy atractivos para promocionar la inversión extranjera, así como con sistemas especiales de comercio externo dentro del ámbito de una creciente estabilidad económica, jurídica, política y social.

O investimento estrangeiro, o comércio e o turismo consti-tuem o eixo em torno do qual gira actualmente o desenvolvi-mento económico da Colômbia.

La inversión extranjera, el comercio y el turismo constituyen el eje alrededor del cual gira actualmente el desarrollo econó-mico de Colombia.

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O investimento estrangeiro, o comércio e o turismo constituem o eixo em torno do qual gira actualmente o desenvolvimento económico do País.

Colombia hoy dispone del sistema de Zonas Francas más competitivo de América Latina. Se creó la figura de Zona Franca Empresarial, la cual elimina las restricciones geográficas permitiendo a las empresas insta-larse en cualquier punto del país y beneficiarse de un impuesto de un 15 por ciento, contra el actual impuesto de sociedades, que es de un 33 por ciento, así como estar exentos de IVA sobre materias-primas, productos

agrícolas y productos acabados, estar exentos de impuestos aduaneros y del permiso de vender la totalidad de

la producción nacional en el mercado. Adicio-nalmente permite que las exportaciones

realizadas a partir de las Zonas Francas para terceros países se beneficien de

los acuerdos comerciales preferen-ciales con Estados Unidos y la Unión Europea, que abarcan a Colombia.

Las oportunidades de ne-gocio en el País, sumadas a excelentes condiciones de seguridad, crecimiento de la economía por encima de la-tinoamericana y a una fuerza laboral cualificada y dinámica,

centrada en la satisfacción del cliente, hacen de Colombia el país

de América Latina “más amigo” para hacer negocios.Una consecuencia fue que en mar-

zo de 2011, Standard & Poor’s decidió atribuirle a Colombia la categoría de país fa-

vorable para la inversión. Esta certificación está au-mentando la confianza de los inversores y constituye solo

por él mismo una aval para la dinámica, que impuso el gobierno colom-biano, para firmar nuevos acuerdos de inversión, acuerdos comerciales preferenciales con Estados Unidos y la Unión Europea, que abarcan a Colombia.

Por todo lo que ha quedado dicho, Colombia se consideró, por tercer año consecutivo, por la publicación “Doing Business”, del Banco Mun-dial, como el País de América Latina que más reformas ha emprendido en materia de facilidad de negocios. Bajo este prisma, continúa creando instrumentos destinados a mejorar las condiciones propicias para la in-versión y para la presencia de los empresarios extranjeros.

com regimes especiais de comércio externo no âmbito de uma crescente estabilidade económica, jurídica, política e social.

A Colômbia dispõe hoje do regime de Zonas Francas mais competi-tivo da América Latina. Foi criada a figura de Zona Franca Empresarial, a qual elimina restrições geográficas permitindo às empresas instalar-se em qualquer ponto do país e beneficiar de um imposto de 15 por cento, contra o actual imposto sobre as sociedades, que é de 33 por cento, bem como de isenção de IVA sobre as matérias-primas, produtos agrícolas e produtos acabados, isenção de impostos aduaneiros e a permissão de vender a totalidade da produção nacio-nal no mercado. Adicionalmente permi-te que as exportações feitas a partir das Zonas Francas para países terceiros beneficiem dos acordos comer-ciais preferenciais com os Estados Unidos e a União Europeia, que abrangem a Colômbia.

As oportunidades de negócio no País, somadas a excelentes condições de segurança, cresci-mento da economia acima da mé-dia latino-americana e a uma força laboral qualificada e empenhada, focada na satisfação do cliente, fa-zem da Colômbia o país de América Latina “mais amigo” para fazer negó-cios.

Uma consequência foi que, em Março de 2011, a Standard & Poor’s decidiu atribuir à Colômbia a categoria de país favorável para inves-timento. Esta certificação está a aumentar a confiança dos investidores e constitui só por si um aval à dinâmica, que impôs o go-verno colombiano, de assinar novos acordos de investimento, acordos comerciais preferenciais com os Estados Unidos e a União Europeia, que abrangem a Colômbia.

Por tudo isto, a Colômbia foi considerada, pelo terceiro ano consecu-tivo, pela publicação “Doing Business”, do Banco Mundial, como o País da América Latina que mais tem empreendido reformas em matéria de facilitação de negócios. Neste sentido, continua a criar instrumentos des-tinados a melhorar as condições propícias ao investimento e à presença dos empresários estrangeiros.

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O Ministro do Comércio e Indústria da Colômbia, Sergio Días-Granados, visitou no passado mês de Abril, a convi-te do Grupo Visabeira, a fábrica secular da Vista Alegre, em Ílhavo. Num encontro que teve como anfitriões o Presidente e o CEO do Grupo Visabeira, Fernando Nu-

nes e Paulo Varela, o responsável colombiano realçou a importância dos mercados emergentes como a Colômbia, e do contributo muito impor-tante que estes mercados podem ter nas exportações das empresas portu-guesas via identificação de novas oportunidades de negócio.

“A Colômbia é um mercado potencial de 45 milhões de pessoas, no qual o Grupo Visabeira e, concretamente, a Vista Alegre Atlantis, poderão encontrar muitas oportunidades de crescimento”, afirmou em Ílhavo Ser-gio Dias-Granados, destacando as oportunidades de expansão da marca secular de porcelanas portuguesa na Colômbia, tanto no segmento tradi-cional como, também, na linha destinada ao sector da hotelaria.

Esse aumento das exportações da Vista Alegre Atlantis pode ser ala-vancado na notoriedade que os produtos da VAA já têm naquele país, acredita o responsável do Governo colombiano.

Esta deslocação de Días-Granados a Ílhavo decorreu de um convite endereçado pelo Grupo Visabeira, no âmbito de uma missão empresarial realizada a Bogotá, no passado mês de Fevereiro.

A aceitação do convite por parte do ministro da Indústria e Comércio da Colômbia demonstra, também, o interesse de economias emergentes mundiais em produtos nacionais. “Esta minha visita é uma visita de reco-nhecimento de uma indústria de tradição que é indissociável da História de Portugal. Estou aqui também para que Portugal veja que da crise podem também surgir oportunidades, e que os mercados emergentes assumem, no contexto internacional, particular relevância”, rematou Días-Granados.

El Ministro de Comercio e Industria de Colombia, Sergio Dí-as-Granados, visitó el pasado mes de abril, por invitación del Grupo Visabeira, la fábrica secular de Vista Alegre, en Ílhavo. En un encuentro que tuvo como anfitriones al Presidente y el CEO del Grupo Visabeira, Fernando Nunes y Paulo Varela,

el responsable colombiano realzó la importancia de los mercados emer-gentes como Colombia, y la importante contribución que estos mercados pueden tener en las exportaciones de las empresas portuguesas mediante la identificación de nuevas oportunidades de negocio.

“Colombia es un mercado potencial de 45 millones de personas, en el cual el Grupo Visabeira y, concretamente, Vista Alegre Atlantis, podrán encontrar muchas oportunidades de crecimiento”, afirmó en Ílhavo Ser-gio Dias-Granados, destacando las oportunidades de expansión de la mar-ca secular de porcelanas portuguesa en Colombia, tanto en el segmento tradicional como, también, en la línea destinada al sector de la hostelería.

Ese aumento de las exportaciones de Vista Alegre Atlantis se puede apoyar en la notoriedad que los productos de VAA ya tienen en aquel país, cree el responsable del Gobierno colombiano.

Este desplazamiento de Días-Granados a Ílhavo es consecuente de una invitación realizada por el Grupo Visabeira, en el ámbito de una misi-ón empresarial realizada a Bogotá, el pasado mes de febrero.

La aceptación de la invitación por la parte del ministro de Industria y Comercio de Colombia demuestra, también, el interés de economías emer-gentes mundiales en productos nacionales. “Mi visita es una visita de recono-cimiento de una industria de tradición que es indisociable de la Historia de Portugal. Estoy aquí también para que Portugal vea que de la crisis también pueden surgir oportunidades, y que los mercados emergentes asumen, en el contexto internacional, particular relevancia”, remató Días-Granados.

Dossier Colômbia

Durante a visita à fábrica de Ilhavo, Días-Granados demonstrou o interesse de economias emergentes mundiais em produtos nacionais, como é o caso da Vista Alegre.Durante la visita a la fábrica de Ílhavo, Díaz-Granados demostró interésa en las economías emergentes mudiales en los productos nacionales, como es el caso de Vista Alegre.

VISTA ALEGRE

MINISTRO COLOMBIANO VISITA FÁBRICA EM ÍLHAVO

Paula Varela e Álvaro Tavares com o ministro colombiano durante a visita à fábrica.

Paulo Varela y Álvaro Tavares con el ministro colombiano durante la visita a la fábrica.

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Negócios banca

32 » PRÉMIO » Maio 2011

Um mega aumento do capital social, a recondução do CEO Carlos Santos Ferreira e o reforço do Conselho Geral e de Supervisão com alguns peso- -pesados da gestão em Portugal. É o Millennium bcp do futuro.

Foi quase um atrevimento. Em plena negociação do resgate financeiro a Portugal, Carlos Santos Ferrei-ra, presidente do Millennium bcp, avançou com a proposta de aumen-

to do capital social do banco de 1,12 a 1,37 mil milhões de euros. A confiança dos accionistas no CEO deu luz verde ao presidente para avançar com a operação.

Na assembleia-geral de accionistas, realiza-da em meados de Março no edifício da antiga Alfândega do Porto, cidade onde o banco nas-ceu há mais de 25 anos, Carlos Santos Ferreira foi reconduzido como presidente executivo, ao mesmo tempo que o Conselho Geral e de Super-visão era reforçado com nomes de enorme peso e prestígio.

No Conselho Geral e de Supervisão do banco deram entrada, como membros independentes, o embaixador António Monteiro, nomeado pre-sidente, e Leonor Beleza, presidente da Fundação Champalimaud, que assumiu uma das duas vi-ce-presidências. Neste importante órgão de fisca-lização e acompanhamento da actividade do ban-co passaram a participar ainda, como membros independentes, outros pesos-pesados da gestão em Portugal, como Álvaro Barreto, António Pi-nho Cardão, Daniel Bessa, Luís Champalimaud, Manuel José de Mello, António Correia Faustino e Vasco Fraga.

João Loureiro, José Xavier de Basto, José Vieira dos Reis e Thomaz Pães de Vasconcelos, os restantes quatro membros independentes do CGS, integraram a Comissão para as matérias

Financeiras, o primeiro como presidente e os res-tantes como vogais. Manuel Vicente, como vice-presidente, Carlos José da Silva, António Mexia, Joseph Olius Creus e Pansy Ho, como vogais, representam os principais accionistas no CGS.

Ao nível do Conselho de Administração Exe-cutivo, Carlos Santos Ferreira vê reconhecido pelos accionistas o trabalho de reestruturação do banco, sendo reconduzido como presidente e ficando com Paulo Macedo e Vítor Fernandes como vice-presidentes.

Entre os vogais, mantêm-se Luís Pereira Coutinho, Miguel Maya e António Ramalho, que assume o importante pelouro financeiro, uma das áreas estratégicas para os próximos anos, e entram Rui Teixeira – ex-administrador do Mil-lennium na Polónia – e Júlio Iglesias Soares, ex-quadro do BCP e ex-administrador do Banco Atlântico Europa.

Reforço do capitalO aumento de capital será concretizado em três tranches. Da primeira, num total de 120,4 mi-lhões de euros realizados através da incorporação de reservas, resultará a emissão de novas acções sem valor nominal.

A segunda tranche passará pela conversão em capital, da dívida titulada por valores mobiliá-rios perpétuos subordinados com juros condicio-nados. Uma proposta com sentido, uma vez que esses títulos são eles próprios convertíveis em acções. Para o efeito, a administração avançará com uma Oferta Pública de Troca (OPT), onde os detentores da dívida receberam acções, por troca

com os seus títulos de dívida perpétua.O BCP tem emitidos mil milhões desta dí-

vida. Se todos os detentores destes títulos troca-rem os seus valores por acções, o banco emitirá 1,6 mil milhões de acções, uma vez que o ban-co entregará 1600 novas acções por cada 1000 euros em títulos de dívida perpétua. Esta relação pressupõe uma cotação de 0,625 euros por título. De acordo com o BCP “o rácio de troca proposto representa um prémio de cerca de 41,08%”, face às cotações em Bolsa.

O objectivo dos 1000 milhões de reforço do capital ficou logo garantido, uma vez que os ac-tuais accionistas se revelaram dispostos a cobrir a diferença não realizada através da OPT por entradas em dinheiro, numa terceira tranche do aumento.

Resultados superam previsõesOs resultados trimestrais anunciados entretanto superaram as previsões dos analistas. De registar a recuperação da margem financeira do banco, bem como o desempenho das receitas com co-missões. A margem financeira cresceu 17,9% numa base anual, com um aumento de 23,6% em Portugal. As comissões bancárias aumenta-ram 1,8%, para 162,7 milhões de euros.

O banco obteve resultados líquidos de 96,4 milhões de euros, nos primeiros três meses do ano, acusando uma queda de 19,4% face ao pe-ríodo homólogo. Os analistas sublinharam a inversão continuada das principais tendências negativas no desempenho do banco durante a crise financeira de 2008-2010. Os recursos de

ESTRATÉGIA

MILLENNIUM 2011

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Maio 2011 » PRÉMIO » 33

Carlos Santos Ferreira reconduzido como presidente executivo do Millennium bcp

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34 » PRÉMIO » Maio 2011

Negócios banca

clientes de balanço subiram 1,1% face ao tri-mestre homólogo e os proveitos base, que re-sultam da soma da margem financeira com as comissões, progridem 10%, para 597 milhões de euros, o valor mais alto em termos anuais. Os custos operacionais, por seu lado, descem 6,8%, premiando a estratégia de melhoria da eficiência do banco. O crédito a clientes acusa uma diminuição de 2,4%, mas manteve-se acima dos 75 mil milhões de euros. A subida de 3,8% no crédito à habitação, não compen-sou a quebra de 6,1% no crédito às empresas, o segmento mais impactado pela crise.

Cada vez mais internacionalO contributo das operações externas para os resultados voltou a aumentar, para 22% do total, em linha com a importância crescente da inter-nacionalização do banco. De destacar a recupe-ração da performance do Millennium Bank, na Polónia, onde os resultados subiram 10,1%, em termos homólogos, para 25,6 milhões de euros e os proveitos base progrediram 11%, para 107 milhões. Os recursos de clientes na Polónia as-cendem a quase 10 mil milhões e o crédito ultra-passou a barreira dos 9 mil milhões, crescendo 10% face ao primeiro trimestre do ano passado.

Em Moçambique, os resultados aumenta-ram 34%, para 20,6 milhões de euros, com os recursos de clientes a atingirem os 968 milhões, mais 23% que há um ano, e o crédito a clientes a subir 27%, para 846 milhões, garantindo o Mil-lennium bim a liderança do mercado e o título de “Bank of The Year” da revista The Banker, pelo

terceiro ano consecutivo.Em Angola, o Millenium fechou o trimestre

com uma subida de 48,8% nos seus resultados líquidos, para 7,3 milhões de euros e de 30,6% no produto bancário, para 26 milhões. Os recur-sos de clientes e o crédito bruto progrediram a taxas de 30%. Em Março, o Millennium Angola tinha já 39 sucursais dispersas pelas principais Províncias angolanas, mantendo-se o objectivo de chegar às 100.

Finalmente, na Grécia, o Millennium acusou um prejuízo de 10,7 milhões de euros, afectado pela grave crise económica do País. A margem financeira, o crédito a clientes e os recursos de clientes também acusaram perdas.

Top-of-Mind entre os bancosA solidez do bcp foi confirmada pelos rácio de capital, que se mantiveram aos níveis de 2009.

O rácio total ascendeu a 11,3%, o TIER I a 9,3% e o CORE TIER I a 6,4%. Antecipando os efeitos da crise, o bcp optou pelo reforço das dotações para imparidades. No final do trimestre, o bcp tinha o melhor nível de provisionamento entre todos os grandes bancos ibéricos. Mais importante, segun-do os analistas, é o facto de 51,2% das fontes de financiamento do banco resultarem dos depósitos dos seus clientes e de 7,2% serem capitais pró-prios.

O BCP lançou entretanto uma mega-cam-panha institucional, recorrendo à imagem de sucesso do treinador português José Mourinho. De acordo com os resultados do estudo Brands-core 2010, o Millennium bcp era o banco líder em termos de recordação espontânea. Com um score Top-of-Mind de 26,9%. Foi também a úni-ca marca bancária em Portugal que aumentou de valor em 2010.

Reforço da liderança em Portugal, crescimento em Angola e Moçambique, com par-ceiros de referência, e uma aposta reforçada na Polónia. Estas são as traves-mestras do plano estratégico do Millennium bcp para o triénio 2011-2013, apresentado por Carlos Santos Ferreira aos accionistas do banco. Em Portugal, o modelo de negó-cios será reformulado com base em seis pilares, que passam por uma nova seg-mentação da base de clientes, pela reformulação da oferta de produtos e serviços, pelo estabelecimento de parcerias para a distribuição de produtos, pela optimiza-ção de rede de distribuição, pela realocação de recursos com o reforço do serviço a clientes e pela expansão do modelo de negócios do Activobank, alicerçado em plataformas online e mobile.

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Negócios seguros

36 » PRÉMIO » Maio 2011

O braço do Grupo Banif para a área dos seguros sobe à 4.ª posição do ranking em Não Vida e transforma-se num dos principais players do mercado de seguros português.

Quando anunciou a compra da Global, há um ano, a Açoreana sabia que iria mudar o mapa das seguradoras em Portugal. Feito o investimento e postas as mãos

à obra para integrar os processos de ambas as seguradoras, hoje são já visíveis resultados: A se-guradora do grupo Banif conquistava no final de Março uma quota de mercado de 7,6% em Não Vida e o 4.º lugar do ranking em Portugal perten-ce-lhe. A dimensão agora adquirida abre portas a novos horizontes.

No final do primeiro trimestre deste ano, a Companhia de Seguros Açoreana apresentava-se com lucros de 2,4 milhões de euros. Um volte face em relação aos prejuízos de 2,3 milhões em igual período do ano anterior depois de a segu-radora ter sido fortemente penalizada. Agora em 2011 com um novo fôlego, depois de um bem su-cedido processo de integração da Global feito em tempo recorde, Diogo da Silveira, Presidente da Comissão Executiva, considera que está na hora de pensar em novos mercados, embora para já apenas numa postura prospectiva. “Analisaremos ao longo deste ano a possibilidade de presença in-ternacional”, explica.

É, sobretudo, uma fase importante de de-senvolvimento da seguradora, de acordo com o gestor. Depois de um reforço do capital social em 25 milhões de euros no ano passado, a Açoreana apresenta-se agora com uma margem de solvên-cia de 162%, uma posição de grande conforto face aos 100% exigidos no mercado. Há espaço para

AÇOREANA

AÇOREANA CONQUISTA 7,6% DO MERCADO SEGURADOR

Uma companhia que bate o mercado (evolução por Ramo, no trimestre)

Principais indicadores (valores em milhareseuros)

Mar/11 Mar/10 Var.

Resultado líquidos 2 386 -2 340 202%

Prémios Brutos Emitidos 152 746 148 272 3,00%

Gastos gerais 16 431 17 785 -7,60%

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Maio 2011 » PRÉMIO » 37

AÇOREANA CONQUISTA 7,6% DO MERCADO SEGURADOR A Companhia de Seguros Açoreana apresenta nes-

te momento uma margem de solvência de 162%, depois do aumento de capital no ano passado.

crescer num futuro próximo, embora este ano, de acordo com Diogo da Silveira, o grande objectivo seja o de não perder quota de mercado. “Afinal de contas, terminamos agora um processo de fusão, com o impacto natural nestes casos, e o mercado vive dias de incerteza”.

Melhor que o mercadoPara já fica o balanço de um primeiro trimestre em que o comportamento da Açoreana marcou um contraciclo em relação ao mercado em mui-tos dos segmentos Não Vida. A seguradora regista um crescimento de 10,3% dos prémios em Aci-dentes Pessoais, um sector que em média perdeu 9%. Em Saúde, a empresa regista um crescimen-to de 5,5%, quando o mercado não conseguiu mais do que um aumento de 0,7%.

Fruto de uma gestão cuidada e de um critério rigoroso na selecção de carteiras, estes indicadores fazem transparecer uma companhia de seguros preparada para os principais desafios do sector segurador.

Alterações na Comissão ExecutivaApós a integração, a Companhia de Seguros Aço-reana elegeu para os próximos três anos uma nova Comissão Executiva, que vê agora reduzido para cinco o número de elementos que a com-põem. Mantêm-se do mandato anterior Diogo da Silveira, Carlos Brites e João Ribeiro, reconduzi-dos nos seus cargos, e juntam-se agora à equipa executiva António Lourenço e Maurício Oliveira. Esta é a Comissão Executiva que fará agora face aos principais desafios agora delineados para a Açoreana e a sua nova dimensão.

Uma companhia que bate o mercado (evolução por Ramo, no trimestre)

Principais indicadores (valores em milhareseuros)

Analisaremos durante este ano a hipótese de presença da Açoreana em mercados internacionais

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Negócios bebidas

A Sociedade Central de Cervejas e Bebidas (SCC) reposicionou a sua área de exportação pas-sando a designá-la como Sa-gres & Luso World (SLW). A

missão da SLW é conquistar a ‘fair share’ das marcas Sagres e Luso nos mercados de ex-portação de cervejas e águas de origem portu-guesa, procurando a liderança, que já detém em ambas as categorias no mercado domésti-co português. Até 2014, a SLW quer garantir a liderança onde as marcas portuguesas esti-verem presentes, à semelhança do que já se verifica em Portugal, na Ásia, na América e em todos os países da Europa, com excepção de França.

“O reposicionamento desta área teve como base dois pilares fundamentais: cresci-mento do negócio e crescimento das marcas. O crescimento do negócio internacional re-quer um enorme foco estratégico e ‘expertize’ para fazer face às especificidades e heteroge-neidade dos diferentes mercados. O cresci-mento das marcas tem como pilar uma visão de médio e longo prazo. O firme propósito

de conduzir as marcas Sagres e Luso a uma liderança nos mercados internacionais, onde as marcas portuguesas estiverem presentes, torna necessário um trabalho profundo de adequação às exigências e expectativas dos consumidores em cada geografia”, explica Jorge Tojo, manager da Sagres & Luso World.

Para 2011, a SCC estima um crescimento internacional de cerca de 80% em cervejas e de cerca de 20% em águas. “São objectivos ambiciosos, mas exequíveis, variando em função do potencial e dos recursos que alo-carmos localmente a cada um dos diferen-tes”, precisa o responsável da SLW.

No curto e médio prazo, a SCC está a de-senvolver vários projectos que permitam ace-lerar crescimentos nos mercados-foco, bem como explorar as oportunidades existentes em novos mercados de elevado potencial, como é o caso dos BRICS, o grupo de economias emergentes que reúne o Brasil, a Rússia, a Ín-dia e a China, e nas quais se perspectivam ta-xas muita altas de crescimento dos consumos.

As marcas cerveja Sagres e Água de Luso, símbolos da portugalidade, são as que a equi-

pa Sagres & Luso World irá disponibilizar ao Mundo Global Português.

Novidades Luso e SagresNo início de Abril, a Água de Luso, água mineral natural e primeira marca nacional em águas engarrafadas, apresentou uma nova visão, que passa pela renovação da sua imagem, uma nova assinatura e uma nova campanha.“Água de Luso, Gerações Saudá-veis”, é a nova assinatura da campanha, que tem como objectivo apelar aos hábitos saudá-veis, das famílias Portuguesas, ajudando-as no seu dia-a-dia.

A nova imagem resultou da conjugação da modernização do logótipo e do reforço dos valores fundamentais inerentes à marca como o Património, Origem e Tradição. “Nos últimos anos, a comunicação da Luso passou essencialmente por produtos de inovação, como Formas e Ritmo Luso. Ao fim de seis anos achámos que chegou a altura de voltar a comunicar a marca-mãe. Luso é a referência das águas engarrafadas em Portugal e, como tal, tem a responsabilidade de se modernizar

SAGRES & LUSO WORLD REFORÇAM APOSTA

NO EXTERIORNão se trata de uma nova área de negócio, mas do

reposicionamento da área de Exportação da Sociedade Central de Cervejas e Bebidas (SCC), responsável pela produção da

Água de Luso e da cerveja Sagres.

38 » PRÉMIO » Maio 2011

CENTRAL DE CERVEJAS

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Page 39: Prémio, Edição Especial Conferência CV&A Álvaro Uribe

Maio 2011 » PRÉMIO » 39

O objectivo, até 2014, é crescer e conquistar a “quota justa” das marcas Luso e Sagres nos mercados de exportação de cervejas e águas de origem portuguesa.

e de se adaptar às novas necessidades dos consumidores”, explica Alberto da Ponte, pre-sidente da SCC. “Desde sempre que a Água de Luso aposta em inovação. Com este novo posicionamento será mais uma oportunidade para a marca apostar em produtos inovadores e que vão ao encontro das necessidades dos consumidores dos dias de hoje”, adianta.

No final do mês de Março, a cerveja Sa-gres apresentou uma nova assinatura e um novo hino. A nova campanha publicitária da cerveja Sagres está no ar com uma nova as-sinatura “Sagres Somos Nós”, pretendendo desta forma reforçar a personalidade da mar-ca líder de cerveja do mercado nacional, que assume a Portugalidade no seu ADN. Luís Figo, Soraia Chaves, João Manzarra, Expensi-ve Soul e Rita Andrade são protagonistas des-ta nova campanha.

De acordo com os dados AC Nielsen, para o ano completo de 2010, a cerveja Sa-gres manteve 45,7% de quota total de merca-do português em valor e a cerveja Heineken uma quota de 1,2. A Água de Luso registou 15,3% de quota.

Jorge Tojo, manager da Sagres & Luso World

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Negócios indústria

Depois de conquistar o mer-cado espanhol, francês e ita-liano, a Safina, empresa de produção de relva artificial fundada em Ovar, em 1971,

alargou nos últimos anos o seu negócio aos mercados do Magreb e de Cabo Verde. Para 2011, o objectivo passa por conquistar os Emirados Árabes Unidos e a América do Sul.

O que começou por ser uma empresa de cariz familiar, inicialmente especializada em

produção de alcatifas, passadeiras e tapetes, foi estendendo a sua actividade às áreas de extrusão de fios sintéticos e tapetes em cai-ro, e é hoje um dos players de referência no mercado europeu de relva desportiva e paisagística. Em 2010, o segmento de relva artificial, actualmente o ‘core business’ da empresa, representou a maior fatia, cerca de 80%, nos resultados da Safina. “Este é um segmento em crescimento e expansão e que muito tem contribuído para afirmar e fortale-

cer a presença da Safina no mercado ibérico e em novos mercados internacionais”, refe-re António Pedro Coelho, CEO da empresa, adiantando que “o segmento da relva artifi-cial continuará a ser estrategicamente rele-vante na facturação da empresa, e que o mais provável será que os restantes segmentos, dada a maturidade de actuação, representem uma fatia menor nos resultados da Safina”.

Durante este ano, a Safina pretende con-solidar o crescimento e o volume de negó-

UM PLAYER NO MERCADO EUROPEU DE RELVA

ARTIFICIALCom as exportações a representarem 67% no total da sua actividade, a produtora portuguesa de relva artificial quer

conquistar novos mercados em 2011. Emirados Árabes Unidos e da América do Sul são os próximos alvos.

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Actualmente, as exportações representam 67% das vendas da empresa.

Paisagistica Decorativa Desportiva

cios dos últimos anos, assim como fortalecer a sua presença em mercados como França ou Itália. “No entanto, estamos atentos a novas oportunidades e é bem possível que possamos aumentar a facturação no exte-rior”, acrescenta Pedro Coelho. Hoje, as ex-portações valem 67% das vendas totais da empresa.

Em 2010 o volume de negócios da Safina ultrapassou os 10 milhões de euros. “Os pri-meiros meses de 2011 já estão a ser demons-

trativos do crescimento desejado. Em Janeiro foi registado um crescimento homólogo de 30%, a que se seguiu um ganho de 10% em Fevereiro”, avança o CEO.

O ano de 2010 foi ainda marcado pela aprovação de um relvado FIFA, pelo início de trabalho comercial com um agente para o mercado francês, pela realização do primeiro negócio em Marrocos na área desportiva e pela nova candidatura ao SI Inovação, com um in-vestimento global de 3 milhões de euros.

O investimento em Investigação & De-senvolvimento (I&D) é um compromisso es-tratégico da Safina, estando neste momento a desenvolver parcerias de I&D com outras en-tidades. “Em resultado do forte investimento em inovação, a relva artificial produzida pela Safina assemelha-se à relva natural e benefi-cia dos mesmos resultados, com a vantagem de ter maior durabilidade, óptima absorção de choque, ser mais resistente e não necessitar de manutenção”, explica este responsável.

VOLUME NEGÓCIOS:

10 milhões de euros

Facturação estimada para 2014: 15 milhões de euros

Facturação global da empresa nos últimos 5 anos: de 4 milhões

para 10 milhões de euros

Facturação de relva artificial nos últimos 5 anos: passou de 15%

para 80% do volume de vendas

Colaboradores: 80

Mercados onde operam: 4

Exportação no total da actividade: 67%

Safina em números

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Page 42: Prémio, Edição Especial Conferência CV&A Álvaro Uribe

Negócios ambiente

42 » PRÉMIO » Maio 2011

Portugal possui as melhores instalações da Europa para o tratamento de resíduos industriais perigosos. Os CIRVER privilegiam a reutilização, a reciclagem e a valorização em detrimento da eliminação de resíduos.

Com mais de 240 mil toneladas de resíduos industriais perigo-sos produzidos todos os anos em Portugal foi necessário criar Cen-tros Integrados de Recuperação,

Valorização e Eliminação de Resíduos Indus-triais Perigosos (CIRVER). Em 2004, o Minis-tério das Cidades, Ordenamento do Território e

do Ambiente lançou um concurso, coordenado pelo Instituto dos Resíduos (Inr), para o licen-ciamento da instalação e exploração, pelo prazo de dez anos, de dois centros CIRVER.

Os consórcios Ecodeal e SISAV (Sistema Integrado de Tratamento e Eliminação de Resí-duos, S.A.) foram os vencedores do concurso e, em 2008, construíram na Chamusca, após um

processo de avaliação de impacte ambiental, dois centros para tratarem de grande parte dos resí-duos perigosos que são exportados para incine-ração ou aterro. A localização destas unidades na Chamusca deve-se ao facto de ter sido o único concelho do País que se mostrou disponível para receber este tipo de unidade, depois de esclare-cidas todas as dúvidas e receios das populações.

CIRVER

A SOLUÇÃO PARA OS RESÍDUOS INDUSTRIAIS PERIGOSOS

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Page 43: Prémio, Edição Especial Conferência CV&A Álvaro Uribe

O consórcio SISAV é constituído pelas em-presas EGEO, EGEO SGPS, SARP Industries e Câmara Municipal da Chamusca, enquanto o Ecodeal integra a FCC âmbito, Grupo Nel-son Quintas, Quimitécnica Ambiente, FCC Servicios Ciudadanos e Câmara Municipal da Chamusca.

Portugal ficou assim equipado com as me-lhores instalações da Europa para o tratamento de resíduos industriais perigosos com estes dois operadores, privilegiando a reutilização, a reciclagem e a valorização em detrimento da eliminação.

O centro do consórcio Ecodeal dispõe de sete unidades de tratamento de resíduos: clas-sificação, triagem e transferência, desconta-minação de solos, valorização de embalagens contaminadas, tratamento de resíduos orgâni-cos, tratamento físico-químico, estabilização e aterro de resíduos industriais.

O centro industrial do SISAV é compos-to por 12 unidades, entre as quais o aterro de resíduos industriais perigosos e as unidades

de estabilização, de tratamento físico-químico inorgânico e orgânico, de trituração e valori-zação de embalagens, de tratamento biológico e de evapo-oxidação. “Com uma área total de 34 hectares, este centro tem uma capacidade média para tratamento de 150 mil toneladas de resíduos industriais por ano, e é um dos moto-res de desenvolvimento local, com a criação de 60 postos de trabalho directos, entre técnicos especializados e não especializados”, explica Filipe Serzedelo, presidente da EGEO, accio-nista do SISAV.

O funcionamento dos centros é constan-temente avaliado e fiscalizado pelas autorida-des competentes e ainda por um observatório dos CIRVER, composto por diversas entidades como ONG’s, a Agência Portuguesa do Am-biente, autarcas e outras autoridades regionais.

“Os resíduos que entram nos CIRVER so-frem uma pré-aceitação, através da análise de uma amostra, só após esta diligência, o pro-dutor do resíduo pode enviar os resíduos para os CIRVER. Em qualquer caso, à chegada dos

camiões, procede-se à amostragem e análise dos resíduos para verificar se cumprem as con-dições definidas e apenas depois se procede à sua descarga”, refere Manuel Simões, o direc-tor-geral da Ecodeal.

As quantidades de resíduos industriais perigosos recepcionados nestes mais de dois anos de exploração estão abaixo das 254 mil toneladas referidas no estudo de mercado que serviu de base ao concurso público e ao dimen-sionamento e construção dos CIRVER. “Este desvio nas quantidades recepcionadas de re-síduos e a ausência de resíduos em algumas unidades, levou a que os CIRVER tenham pe-dido às autoridades competentes medidas no sentido de melhorar a fiscalização da correcta gestão de resíduos perigosos em Portugal, de adoptar o princípio europeu da proximidade e da auto-suficiência na eliminação de resíduos, e de reforçar os procedimentos de controlo da efectiva recuperação e valorização de resíduos para defender a moderna infra-estrutura de tra-tamento de resíduos que tanto dinheiro e tem-po custaram ao país”, explica Manuel Simões.

Para os próximos três anos, Filipe Serzede-lo, presidente da EGEO, aposta na melhoria da eficiência de todos os processos de gestão e da eficácia dos métodos industriais, investimen-tos que potenciem uma maior eficiência ener-gética e o fomento de parcerias de I&D com outras entidades, para dinamizar os processos de tratamento de resíduos. “Os próximos três anos serão decisivos na consolidação da solu-ção nacional de tratamento de resíduos perigo-sos”, conclui.

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Ano Total (t) % Cap. Lic. Produção corrente (t) Passivos Ambientais (t) Clientes

2008 15 000 7% 15 500 0 120

2009 106 000 50% 49 000 57 000 483

2010 86 000 40% 62 000 24 000 421

Resíduos Geridos Ecodeal

Inauguração do CIRVER Ecodeal, em Junho de 2008

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Marketing

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As marcas portuguesas foram a inspiração para o lançamento do “Portugal ²”, um projecto que pro-cura potenciar o valor de todas as

marcas nacionais e democratizar o acesso à publicidade, através de um espaço de visibi-lidade exclusivo. A escolha recaiu na maior

empena publicitária do país, situada em Lis-boa, no cruzamento da Avenida da República com a Avenida de Berna. O nome do projecto (lê-se “Portugal ao quadrado”), remete para o facto da gigantesca tela publicitária dispo-nibilizar 1500 posições publicitárias com um metro quadrado cada uma, um espaço total com 1500 metros quadrados de área.

Esta é uma iniciativa pioneira em todo o mundo, tanto no formato como nos seus ob-jectivos. As mais-valias do investimento que as marcas fizerem, que se estima que possa atin-

gir até 400 mil euros, reverterão para um veí-culo de apoio a empresas start up portuguesas. “Desta forma, agiremos como um verdadeiro incentivo ao empreendedorismo, à inovação e ao crescimento de Portugal, gerando mais em-prego, mais riqueza e mais valor acrescentado”, explica João Cunha, o promotor desta iniciativa.

O projecto terá a duração de um ano e cada marca pode adquirir no máximo até 30 metros quadrados, num investimento de 60 euros/mês

por metro quadrado. “A tela será descerrada na semana de 10 de Junho, Dia de Portugal, Ca-mões e das Comunidades Portuguesas, se até lá conseguirmos preencher os 1.500 espaços dis-poníveis”, adianta João Cunha.

Para além de ser a maior tela publicitária do país, o “Portugal ²” é um suporte multi-meios que se multiplica em várias dimensões. Uma rede de 18 ecrãs digitais exteriores de grande for-mato permite transmitir conteúdos personaliza-dos sobre cada uma das marcas por períodos de 15 segundos, com uma cadência de 7.920 spots

As mais-valias vão reverter para apoiar empresas start up nacionais.

diários. O showroom é outro dos multiplicado-res da iniciativa, consistindo num espaço com ferramentas interactivas para comunicar cada uma das marcas individualmente, dentro do próprio edifício onde está localizada a empena. O site oficial será outra destas dimensões, onde a homepage será a própria empena, em formato virtual com visualização diurna e nocturna.

Para além destas, existe ainda uma aplica-ção para smartphones e telemóveis, um ‘Wish Corner’, onde os visitantes podem fazer suges-tões com vista ao desenvolvimento das marcas nacionais, e ainda as redes sociais, com novida-des e passatempos.

Este projecto integrará ainda os roadshows do Aicep e IAPMEI, através de um filme pro-mocional que dará a conhecer as marcas por-tuguesas a diferentes públicos e encerrará com uma conferência dedicada às marcas portugue-sas, com oradores especialistas e representan-tes das marcas participantes no projecto.

O “Portugal ²” conta como parceiros com a Câmara Municipal de Lisboa, Investlisboa e Associação Empresarial de Portugal, neste caso, no âmbito do programa “Compro o que é nosso”, de incentivo ao consumo de produtos nacionais.

O POTENCIADOR DAS MARCAS

PORTUGAL AO QUADRADO

A maior tela publicitária do país e um conjunto de multiplicadores interactivos e iniciativas vão promover

as marcas portuguesas. Conheça o projecto “Portugal ²”, um expoente, que quer potenciar o valor do “made in Portugal”.

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Entrevista Brasil

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A cidade de Santo André é uma espécie de tigre económico do Estado de São Paulo. Com uma forte raiz industrial, a cidade é um foco de empreendedorismo e criação de empregos, explica o Prefeito, Aidan Ravin.

“Metade da criação de riqueza no município está vinculada à indústria”

AIDAN RAVIN, PREFEITO DE SANTO ANDRÉ

Prefeito de Santo André, Aidan Ravin

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Santo André está localizada a 18 quilómetros da cidade de São Paulo, inserida numa das regiões mais prósperas do Brasil, o Gran-de ABC, conhecida pela sua forte

matriz produtiva. Esta cidade possui um dos maiores parques industriais da Região, con-tribuindo para o crescimento da economia no Grande ABC.

Qual o contributo da Indústria de Santo André para o Grande ABC?Santo André é uma das mais importantes cida-des no Estado de São Paulo, que compõe a área metropolitana conhecida como Grande ABC. A cidade é hoje conhecida como o maior centro de negócios na Região e tem uma das taxas mais altas de desenvolvimento humano do Brasil.

Considerando os dados oficiais mais re-centes, divulgados pela Fundação do Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE), o Pro-duto Interno Bruto (PIB) de Santo André ronda os 6,6 mil milhões de euros. Deste total, 30% são oriundos da indústria e 56% do comércio e serviços. Um estudo elaborado pela Prefeitura de Santo André revela que, do total do sector de comércio e serviços, 19% são actividades de prestação de serviços ligadas à indústria, como serviços técnicos profissionais, selecção de mão--de-obra, limpeza, vigilância, telecomunicações, serviços financeiros e bancos, informática, ma-nutenção e reparação, entre outras. Portanto, somando essa procura industrial por serviços com a indústria de transformação é possível concluir que da criação de riqueza no municí-pio 49% estão vinculados ao sector secundário.

Qual a dimensão industrial da cidade? Que sec-tores industriais são mais importantes?Santo André possui um dos maiores e mais sólidos parques produtivos do Estado de São Paulo e do Brasil. São quase duas mil unida-des industriais, com destaque para o Pólo Pe-troquímico do Parque de Capuava, que reúne 14 grandes empresas do sector, que recebeu nos últimos anos significativos financiamen-tos para ampliação e modernização do seu processo produtivo. Além da forte presença da indústria química e petroquímica, desta-cam-se ainda os sectores de borracha e dos pneumáticos e do material de transporte e metalurgia.

Considerando os dados relativos à com-brança do IPI, os Impostos sobre Produtos Industrializados, em 2010, o sector químico

e petroquímico foi res-ponsável por cerca de 50% da actividade in-dustrial do município, destacando-se espe-cialmente os produtos do Pólo Petroquímico e a fabricação de fi-bras sintéticas. Em se-gundo lugar aparece a metalurgia, devido ao peso dos fornecedores de peças e componen-tes para a indústria automóvel, e que re-presentaram 22% da actividade industrial. A produção de bens derivados da borracha re-presentou 19% da actividade industrial, com destaque para a produção de pneus. O fabrico de plásticos vale 2%. No total, estes sectores representaram mais de 90% da actividade in-dustrial de Santo André em 2010.

Quais os atractivos de Santo André para atrair novos investimentos?Santo André concentra uma série de factores qualitativos, tais como a localização, a logísti-ca, a qualificação da mão-de-obra, a estrutura produtiva instalada, o potencial de inovação e de consumo, a rede educacional ou a qua-lidade de vida, que a colocam como uma das cidades mais atraentes para receber novos in-vestimentos.

Situada apenas a 18 quilómetros da ca-pital São Paulo, o município apresenta uma área total de 174,38 quilómetros quadrados, sendo 66,45 de área urbana. Dotada de uma malha viária que possibilita um acesso fácil aos municípios vizinhos do Grande ABC e às principais rodovias estaduais e federais, assim como à capital e a outras cidades da Grande São Paulo e do interior, Santo André também conta com ferrovias e corredores de autocarros modernos, que permitem uma rápida interligação com o sistema de metro e rodoviário da Região Metropolitana de São Paulo. Além disso, o município está próximo do Porto de Santos pelo sistema Anchieta-Imigrantes, o maior da América Latina, e be-neficia da proximidade da auto-estrada Rodo-anel, já em funcionamento, o que torna mais rápido e eficiente a ligação com as cidades do interior e reduz significativamente os custos de transporte da produção local.

Que tipo de incentivos são concedidos aos empresá-rios que se queiram esta-belecer nesta cidade?Santo André promove o investimento dos empre-sários através da conces-são de incentivos fiscais, de acordo com o Plano de Investimento apresenta-do pela empresa ao muni-cípio. Os incentivos fiscais podem atingir os 60% do montante a ser investido pelos empresários.

Para além disso, existem diversas leis federais de incentivos fis-cais para as empresas que queiram investir nos sectores de informática, automação, pesquisa e inovação tecnológica e para aquelas empresas que realizarem investimentos em produção para exportação. No âmbito estadual existem leis específicas de incentivo fiscal para inves-timentos no sistema de parques tecnológicos, indústria de exploração de gás e petróleo, in-dústrias de veículos automotores, revitalização de áreas urbanas e o PAC – Programa de Acção Cultural.

Como município, o nosso trabalho passa por auxiliar o empresário na procura de incenti-vos fiscais e de toda a documentação necessária para a abertura de uma nova empresa.

Que outros sectores estão em expansão?Nas últimas décadas, com a reestruturação pro-dutiva, diversos sectores de prestação de servi-ços especializados e de comércio expandiram-se no município. Destacam-se o turismo de negócios e o entretenimento, o sector hoteleiro, a abertura de dois centros comerciais, diversas redes hospitalares, produtos de informática, eletroelectrónicos, químico e petroquímico e a construção civil.

Santo André ocupa a 13.º posição entre as cida-des que mais exportam no Estado de São Paulo. Qual o peso das exportações e para que países se destinam?Em 2010 as exportações equivaleram a cerca de 468 milhões de euros e as importações a 463 milhões. Os EUA absorvem 23% das ex-portações da Região e a Argentina 21%. Outros países da América do Sul – como a Paraguai, Ve-nezuela, Chile, Colômbia e Perú – somam mais

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Entrevista Brasil21%. De destacar o peso crescente da China, que já acolhe 4% das exportações da região. Por produtos, a maioria das exportações são peças e componentes para a indústria automóvel.

Como promovem Santo André para atrair novos investidores?No site da Prefeitura é disponibilizada uma pá-gina exclusiva da Secretaria de Desenvolvimento Económico e Trabalho, onde os empreendedo-res podem conhecer os principais atractivos e a legislação de incentivo a novos investimentos. Depois há o Portal de Negócios, com orientações sobre a abertura de novas empresas na cidade.

Que outros indicadores expressam a realidade sócio-económica de Santo André? A nossa cidade tem um índice de Potencial de Con-sumo, isto é, soma dos recursos disponíveis para aquisição de produtos e serviços, que a coloca em 5.º lugar no ‘ranking’ estadual e na 17ª posição a ní-vel nacional. Nos últimos anos, o sector dos serviços tem evoluído bastante, tornando a cidade num local atractivo para as empresas de prestação de serviços. Além disso, o nosso Índice de Desenvolvimento Humano é de 0,835, o que nos coloca em 24.º no ranking estadual e em 93.º no ranking nacional.

Santo André ocupa a 13ª posição no ranking estadual de geração de riqueza calculada com base no índice de Participação dos Municípios No ranking populacional, Santo André ocupa a 5ª posição no Estado e a 25ª no Brasil, com cerca de 674 mil habitantes.

Como se tem comportado a economia de Santo André em termos de criação de novos empre-gos? Fomos uma das cidades que mais gerou empre-go em todo o Estado de São Paulo. De Janeiro de 2009 a Março de 2011, criámos quase 18 mil postos de trabalho, de acordo com os dados oficiais mais recentes divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Mi-nistério do Trabalho e Emprego.

E no que respeita ao ritmo de criação de novos negócios? Santo André contabilizou a abertura de 12777

empresas dos mais diversos tamanhos e sec-tores de actividade em 2009 e 2010, de acordo com os registos do Departamento de Tributos da Secretaria de Finanças. Isto significa que o empreendedorismo avança no município.

Existem relações internacionais com alguma ci-dade de Portugal?Sim, e gostaríamos de ampliá-las. Temos uma relação muito próxima com Portugal. O Departamento de Relações Internacionais da Secretaria de Desenvolvimento Económico trabalha com as cidades irmãs portuguesas de Braga e Vouzela.

PARCERIAS PÚBLICO PRIVADAS (PPPS) A Prefeitura de Santo André tem formalizado o interesse em estabelecer parcerias com grupos privados na materialização de projectos prioritários para a população. Até à data, o Conselho Gestor de PPPs autorizou as empresas a apresentarem projectos ligados à colecta e tratamento de esgotos, além de projectos ligados à deposição final de resíduos sólidos.

PARQUE TECNOLÓGICOPermitirá o desenvolvimento da capacidade de geração de novos produtos, novas tecnologias e inovações a partir da aproximação do sector produtivo, da universidade e do sector público para geração de novos conhecimentos e avanço tecnológico.

CIDADE PIRELLIO Projecto Cidade Pirelli está a ser desenvolvido numa área original-mente industrial situada na Vila Homero Thon, que está a ser total-mente recuperada para a construção de um mega-complexo residencial, comercial e de serviços. O passo mais importante já foi dado, com a venda de 46 mil metros quadrados a uma das maiores imobiliárias do Brasil. O projecto encontra-se em fase de execução e a expectativa é que fique concluída num prazo de três anos.

POUPATEMPO DE SERVIÇOSEm parceira com o Governo do Esta-do de São Paulo, concentrará, num único local, a grande maioria dos serviços procurados pelos cidadãos, empresários e empreendedores, proporcionando rapidez, economia e eficácia no atendimento.

projectos futuros O Prefeito Aidan Ravin criou mecanismos para que a iniciativa privada tenha interesse em investir na cidade.

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Informações e reservas

707 200 201www.halcon.pt

O preço inclui: Avião Lisboa-Riga / Tallin-Lisboa. Transferes. Estadia de 2 noites em Tallin em regime APA no Hotel Ulemiste *** (ou similar); Estadia de 2 noites em Riga em regime APA no Hotel Martime Park *** (ou similar); visitas de acordo com o programa; transfer para Tallin com almoço em Parnu. Taxas de aeroporto incluídas(49€, por pessoa).

O preço não inclui: “Catering” a bordo (pago conforme consumo). Despesas de carácter pessoal. Bebidas no almoço em Parnu.

624€Preço por pesso

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em quarto duplo

Desde

De 22 a 27 Junho

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Perfil

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OS NOVOS ADMINISTRADORES DA CV&A

A CV&A cresceu rapidamente em poucos anos e tornou-se líder do mercado nacional. Quando António Cunha Vaz, o mentor da consultora de comunicação,

percebeu que ainda era possível crescer dentro de portas, mas não com os níveis a que a em-presa se habitou, procurou novas geografias. Aventurou-se em novos mercados, estudou as suas oportunidades e apostou em empresas na-cionais que se estão a internacionalizar.

As constantes deslocações do CEO (Chief Executive Officer) da CV&A à volta do Mundo obrigaram-no a tomar, recentemente, a decisão de delegar em dois dos seus mais próximos colaboradores a missão de administrarem a CV&A. Um deles é Francisco de Mendia, 39 anos, licenciado em Economia pela Universi-dade Autónoma de Lisboa e desde há seis se-nior manager na empresa e responsável pela política de comunicação estratégica financeira e investor relations do Grupo Mota-Engil, Millen-

nium/bcp, HPP Saúde, Associação Portuguesa de Seguradores entre outros.

“Nós, portugueses, sempre fizemos isso. Sempre fomos à frente. Essa preocupação e esse compromisso com o crescimento das empresas portuguesas no estrangeiro é fruto da visão de António Cunha Vaz. Primeiro com ligações ao mercado espanhol, depois a África e mais recen-temente à América Latina”, refere Francisco de Mendia, que conheceu Cunha Vaz, em meados na década de 90, quando dava os primeiros pas-

FRANCISCO DE MENDIA“Gosto de decidir rápido, mas tento decidir bem”Francisco de Mendia, o especialista na área financeira, fala à Prémio da sua carreira, dos seus valores, convicções, reconhe-cendo ser uma pessoa muito positiva, um optimista nato e um diplomata por excelência, para quem a verdade é um valor inquebrável.

No desporto e na política a emo-ção anda muito colada à razão. É preciso ter discernimento para, no momento certo, por muita paixão que tenhamos

nas coisas, fazer prevalecer a razão”. As pala-vras são do novo administrador da CV&A, Luís Silva Lemos, 39 anos, licenciado em Direito pela Universidade Internacional de Lisboa, o profissional que tem ajudado a imprimir à

marca Cunha Vaz & Associados a chancela de “fazedora de vencedores”: foi assim duas vezes com Luís Filipe Vieira no Sport Lisboa Benfica (SLB), duas vezes com António Car-mona Rodrigues na Câmara de Lisboa, apoiou Luís Filipe Menezes para chegar à liderança do PSD, assessorou Fernando Seara em Sin-tra, coordenou a comunicação da Federação Portuguesa de Futebol durante o Mundial de 2010 e recentemente ajudou Godinho Lopes

a vencer no Sporting Clube de Portugal (SCP).Primeiro o desporto – e depois a política –

foram as duas paixões que cruzaram os desti-nos de Luís Silva Lemos e de António Cunha Vaz. Conheceram-se em 2004 mas logo cria-ram uma empatia que perdura. Luís Lemos era então quadro e adepto convicto do SLB, clube onde tinha crescido, e António Cunha Vaz es-tava encarregue de dirigir a campanha de Luís Filipe Vieira à presidência do clube encarnado.

Especialista em ganhar eleições e ensinar a comunicarIntegridade, honestidade, bom senso, equilíbrio e ambição são alguns dos valores que regem a vida de Luís Silva Lemos, o novo administrador da CV&A: o profissional que o olheiro António Cunha Vaz descobriu no Benfica e contratou para a sua equipa de “fazedores de vencedores”.

LUÍS SILVA LEMOS

A nova estratégia de expansão internacional da CV&A abriu portas à nomeação de mais dois administradores, Francisco de Mendia e Luís Silva Lemos, que se juntam a Assunção Sá da Bandeira e David Seromenho. Por João Bénard Garcia

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Francisco de Mendia, o especialista na área financeira

e institucional

Luís Silva Lemos, o especialista em comunicação política e marketing desportivo

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OS NOVOS ADMINISTRADORES DA CV&A

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sos no jornalismo económico e era este quem liderava a comunicação institucional do Banco Comercial Português (BCP).

Apesar dos estreitos laços profissionais e também de amizade estabelecidos entre ambos durante a passagem de Mendia como jornalista da área económica por publicações como o jor-nal Semanário, Fortunas & Negócios ou Diário Económico, seria uma sequência de episódios por este vivida no Verão de 2004 que deter-

minaria a união futura dos dois profissionais. “Sempre tive uma grande proximidade com António Cunha Vaz, mas durante a minha passagem pelo Governo, quando fui assessor da Sr.ª ministra da Educação, a Dr.ª Maria do Carmo Seabra, e ocorreu a crise do concurso de colocação de professores, falei muitas vezes com ele e trocámos muitas impressões”, revela, sublinhando a utilidade dos conselhos: “Tinha sempre uma palavra sensata que eu escutava

com atenção. A comunicação é um exercício de bom senso. É sempre bom ouvirmos e apren-dermos com as pessoas. Devemos sempre pro-curar uma segunda opinião, nem que seja para solidificarmos as nossas convicções”.

O respeito por uma segunda opinião não significa que Francisco de Mendia não seja cé-lere a tomar decisões ou pronto a aconselhar. “Gosto de decidir rápido, mas tento decidir bem. Às vezes também erro. Só não erra quem não decide. Tento é sempre pensar e pesar todas as consequências das minhas decisões”, explica o novo administrador da CV&A que é também consultor pessoal de SAR, o Duque de Bragan-ça, para assuntos de comunicação e estratégia e membro do seu Conselho Privado. “A minha ligação ao Senhor D. Duarte de Bragança surge num momento em que foi bastante ‘atacado’ pela imprensa. Propus-lhe ajuda nessa altura e hoje continuo a ser seu conselheiro”, conta.

Conselheiro do Rei por convicçãoO apoio dado pelo consultor ao Chefe da Casa Real portuguesa é mais do que meramente profissio-

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Perfil

O gosto por desafios e aventuras é algo que marca definitivamente a nossa vida, confessa Luís Silva Lemos.

Estabeleceram “laços de cumplicidade”, como refere Luís Lemos, e um dia Cunha Vaz convi-dou-o para, a seu lado, “experimentar outro tipo de desafios” e Lemos aceitou ser sénior mana-ger da CV&A.

Luís Lemos, que entre 2002 e 2009 foi consultor do Grupobra e é con-sultor internacional da Asso-ciação da Indústria Brasileira de Hóteis, assegura não con-seguir viver sem criar laços de amizade com os clientes. Mas avisa-os antecipadamen-te de que chegará o momento da separação das águas: “No mundo dos negócios já tive várias vezes de lembrar os meus clientes de que só o lado da razão deve prevalecer. En-tão nas áreas do desporto e da política facilmente as fortes convicções se parecem querer impor à razão. Tenho então que assumir o papel de ‘advo-

gado do diabo’ e travar os ânimos”, confidencia.Além de ter liderado equipas de campanhas

eleitorais, a Luís Lemos tem cabido os clientes corporate da CV&A (tais como o Grupo Visabei-ra, Grupo Ramos Catarino, Corticeira Amorim, Safina e Águas de Gaia) e tem-se destacado

igualmente como orador convidado de inúme-ras autarquias nacionais e formador de asses-sores de imprensa ao nível local e regional, por inerência de tutelar a conta da Associação Na-cional de Municípios Portugueses (ANMP). Em cada intervenção, Lemos tenta passar a mensa-

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gem de que para se ser assessor de uma autar-quia não basta enviar press-releases, mas a de que se deve fazer uma comunicação integrada, transmitindo confiança e exercendo influência. Sempre com o objectivo de provarem que o po-der local é útil às pessoas e credível perante a opinião pública”, sublinha o também responsá-vel, entre outras áreas da empresa, pelo departa-mento de media training da CV&A.

Habituado a vencer na adversidadeRegendo a sua vida pelos valores da integrida-de/honestidade, bom senso e equilíbrio e pela ambição, o fervoroso adepto benfiquista Luís Lemos mostrou recentemente profissionalis-mo ao conduzir, com sucesso, a campanha da lista de Godinho Lopes à Presidência do SCP. “Fiquei impressionado com as quali-dades do novo líder sportinguista. Admiro a sua frontalidade e coragem para ter assumido este difícil desafio; a dignidade que manteve ao longo da campanha, apesar dos ataques de que foi alvo; e sobretudo a sua determinação

em querer devolver o orgulho aos sportinguis-tas”, revela.

Já foi director do jornal do Benfica, mas presentemente é apresentador do programa “Zona de Decisão”, o mais visto na Benfica TV, e é com “grande satisfação”, diz, já ter entrevis-tado figuras públicas como Jerónimo de Sousa, Fernando Seara, Hermínio Loureiro, Bagão Fé-lix, Marinho e Pinto e Luís Filipe Vieira, entre muitos outros.

O gosto por desafios e aventuras é algo que marca a vida de Luís Silva Lemos desde, pelo

menos, os seus tempos de criança no Colégio Valsassina. Ainda hoje o consultor guarda com orgulho o prémio conquistado aos 11 anos, a meias com o colega, amigo e hoje seu cliente Tiago Campos, quando a escola foi desafiada pela Editorial Caminho a escrever uma história com crianças. O trabalho de Lemos e Campos acabou vencedor e escolhido para integrar o livro “Uma Aventura no Ribatejo”, obra da co-nhecida dupla de escritoras Ana Maria Maga-lhães e Isabel Alçada, a última actual Ministra da Educação.

nal. Francisco de Mendia fá-lo também por con-vicção: “Sou defensor de um regime monárquico em detrimento de um republicano que não serve o País, como aliás se tem visto recentemente”, frisa.

O agora administrador da CV&A garante não se reger por um lema de vida, assegura ser uma pessoa “muito positiva”, considera que “a verdade

é um valor inquebrável” e jura ser “um optimista nato”. Como mais-valia pessoal, no trabalho e na amizade, salienta uma característica que reconhe-ce possuir: “Tenho uma grande capacidade de me enquadrar nos ambientes e isso facilita muito as coisas. Além disso, acredito que a diplomacia re-solve grande parte das situações”, diz, adiantando

haver no seu dia-a-dia três va-lores inabaláveis: “família, fé e trabalho”.

Pai de três crianças peque-nas, tem-se ainda dedicado a algumas instituições ligadas à Igreja Católica, nomeadamente a Ordem do Santo Sepulcro de Jerusalém. Nesta situação, tal como na vida profissional, apli-ca os seus conhecimentos como gestor e comunicador, muitos deles adquiridos nas áreas de corretagem e de gestão de acti-vos no private banking, quando era quadro do Banco Finantia, e na gestão da Agefinan, SA, de que foi co-fundador, a primeira agência financeira em Portugal

que, ligada ao Grupo Media Capital, operou em todos os canais de comunicação.

Em 1999, quando a nova unidade monetária europeia ainda não tinha entrado no léxico, e no bolso, dos portugueses, Mendia foi autor do livro “O Euro para Todos”, uma obra com a chancela da Dividendo Edições.

A comunicação é um exercício de bom senso. É sempre bom ouvirmos e aprendermos com as pessoas, diz Francisco de Mendia.

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Ensino

A entrada da Laureate Interna-tional Universities em Por-tugal, através da aquisição do ISLA, agora denominado ISLA Campus Lisboa, repre-

senta um investimento em contraciclo no Ensino Superior privado e promete dinami-zar este sector, bastante afectado nos últimos anos pelo encerramento de alguns estabele-cimentos de ensino e pelo aumento de vagas no sistema público.

A integração do ISLA Campus Lisboa na rede Laureate oferece a oportunidade para

os actuais e futuros estudantes de uma edu-cação internacional única. Com uma equipa gestão 99% portuguesa, Nelson Santos Brito, director-geral da Laureate em Portugal, des-taca que a abordagem da rede é centrada no estudante, dando grande ênfase à inovação e qualidade do ensino. “Partilhamos o compro-misso com a excelência académica, qualidade de ensino e interacção com o mundo empre-sarial e de negócios. O ISLA Campus Lisboa e a Laureate irão trabalhar em conjunto, no sentido do aumento da empregabilidade dos nossos licenciados”, refere.

Líder global na oferta de instituições de Ensino Superior, a rede Laureate Internatio-nal Universities inclui mais de 55 universi-dades e centros de excelência frequentadas por mais de 600 mil estudantes, distribuídos por 28 países na América do Norte e Latina, Europa, África do Norte, Ásia e Médio Orien-te. Isto traduz-se numa escolha ampla para os estudantes – que têm inúmeras possibi-lidades de mobilidade entre as instituições da rede Laureate – com a oferta de mais de 130 bacharelatos, licenciaturas, programas de mestrado e de doutoramento, em áreas tão

ISLA INTEGRA REDE UNIVERSITÁRIA LAUREATE Primeira instituição privada de ensino superior em Portugal, o Instituto Superior de Línguas e Administração (ISLA), acaba de integrar a maior rede internacional de ensino universitário, a Laureate International Universities. Uma aposta clara na internacionalização.

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O ISLA dispõe de amplas instalações em Lisboa, onde estudam 2600

alunos.

INTERNACIONALIZAÇÃO

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A rede Laureate permite que os estudantes iniciem a licenciatura no ISLA e possam terminá-la noutra universidade da rede.

distintas como a Arquitectura, Gestão, Ges-tão Hoteleira, Design, Engenharia, Ciências da Saúde e Medicina e Direito. O ex-Presi-dente norte-americano Bill Clinton detém o cargo de Chanceler Honorário da Laureate International Universities, desempenhando funções de aconselhamento em matérias de Responsabilidade Social, liderança juvenil e aumento do acesso ao Ensino Superior.

Fundado em 1962, o ISLA foi a primeira instituição privada de Ensino Superior a abrir em território nacional. Hoje, funciona num palacete do século XVIII recuperado, no qual estudam cerca de 2600 alunos, distribuídos por nove licenciaturas e cinco mestrados nas áreas de Protecção Civil, Gestão de Empresas, Gestão de Recursos Humanos e Organização Estratégica, Secretariado e Comunicação Em-presarial, Gestão Hoteleira, Turismo, Marke-

ting, Publicidade e Relações Públicas, Infor-mática de Gestão e Sistemas de Informação, Web e Multimédia.

Segundo Nelson Santos de Brito, a van-tagem de integrar a rede Laureate reside no facto de os estudantes poderem iniciar uma licenciatura no ISLA e terminá-la noutra Uni-versidade que integre a rede, permitindo o duplo reconhecimento dos cursos. O inverso

também pode acontecer, podendo os alunos da rede universitária terminar o seu curso no ISLA Campus Lisboa.

A multiculturalidade da Laureate permite que os estudantes se internacionalizem desde cedo, aproximando-os ao mercado de traba-lho. “O ISLA Campus Lisboa, como membro da rede universitária Laureate, irá estreitar a sua relação com o mercado de trabalho e refor-çar a empregabilidade dos nossos estudantes”.

Aos 39 anos, Nelson Santos de Brito, torna-se CEO da Laureate International Universities para Portugal. Com um trilho profissional assente na área empresarial, o ensino é ainda um desafio recente na sua vida. Aos 22 anos inicia o seu percurso profissional na Larbrinca Utilidades Domésticas para o Lar, tornando-se director financeiro ao fim de um ano. Em 1998 integra a Kraft Foods Portugal como director financeiro, chegando a director-geral da empresa seis anos depois. Permaneceu nesta empresa até 2010, altura em que lhe chega o desafio de assumir a gestão do ISLA Campus Lisboa. Nos últimos seis anos foi também membro da Centromarca, onde trabalhou a causa da defesa das marcas

Nelson Santos de Brito, o gestor dos saberes

originais versus marcas brancas. Com uma formação de cariz militar, fruto da sua experiência no Instituto Pupilos do Exér-cito, onde estudou desde criança até ao seu bacharelato em Contabilidade e Administração, licenciou-se em Economia na Universidade Lusofona e especializou-se em Brand Value pela Kellog School University. A sua ambição pro-fissional é “tornar as marcas e as pessoas com quem mais trabalho, marcas de maior prestígio e profissionais de maior valor”. Para liderar, considera que é necessário ter uma grande capacidade mobilizadora e ser disciplinado, para que as boas estratégias sejam executadas de forma excelente.

ESCOLA REAL MADRID, UM CENTRO DE EXCELÊNCIA Nos centros de excelência Laureate, surgem as grandes referências de Ensino Superior, como a escola de hotelaria da Suíça Les Roches, a NABA, a Academia de Belas Arte e a Domus Academy de moda e design, ambas em Milão, ou a Escola de Estudos Univer-sitários Real Madrid, uma marca ímpar de notoriedade no mercado interna-cional. A Escola Real Madrid permite o intercâmbio numa área em desenvolvi-mento, a indústria do desporto, com a criação de programas estratégicos que visam colmatar as lacunas do mercado, alcançando assim uma maior empre-gabilidade dos estudantes. Todas as es-pecificidades do desporto e respectivos aspectos técnicos são aprofundadas nas diversas especializações na Escola Real Madrid, algo que ainda não é possível em território nacional, sendo esta uma excelente alternativa para quem ambicio-na profissionalizar-se em desporto.

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A Língua Portuguesa como Mercado

Os dicionários mais antigos definem mercado, apenas, como o local onde compradores e vendedores se encon-tram para trocar os seus bens. Esta é uma definição que ainda se mantém válida, mas que se tornou incompleta

com o passar do tempo, porque a palavra, no seu uso, evoluiu e é hoje utilizada com outros significados: por exemplo, para designar todo um sector ou um determinado conjunto de potenciais consumidores.

Henrique Coelho Neto, escritor nascido no brasileiro Maranhão, diz que “a língua não se fixa; evolve, mas sempre à custa da seiva que recebe das raízes e dos benefícios que tira do ambiente”. Foi o que aconteceu a esta palavra, mercado, que evoluiu, do mesmo modo que a realidade que designa: um mercado, hoje, graças à transformação das comunicações, não é, necessariamente, um sítio físico, mas um ponto de encontro imaterial de vontades.

Este é um exemplo do processo evolutivo a que estamos a assistir, que altera até as palavras, que está a mudar a forma como nos relacio-namos, como trabalhamos, como aprendemos, como nos divertimos.

O desenvolvimento tecnológico, alicerçado na capacidade instala-da dos sistemas de telecomunicações, está a criar uma estrutura que permite novas formas de consumo de conteúdos, fazendo com que cada vértice deste triângulo virtuoso que resulta da convergência e inte-gração dos sectores das Telecomunicações, Media e Tecnologia (TMT) constitua uma oportunidade concreta.

Os conteúdos necessitam de boas plataformas e tecnologias para chegarem às pessoas e as plataformas necessitam de excelentes con-teúdos para serem competitivas. Aproveitando a crescente capacidade disponibilizada pelas telecomunicações, os conteúdos vêm despontar um mundo novo, global, para se expandirem, aproveitando renovadas

soluções tecnológicas que, por sua vez, garantem o aprovei-tamento da capacidade de comunicação que está a ser instalada.

Esta tendência, global e cada vez mais visí-vel, cria um novo mercado, centrado nos serviços, mas faz mais do que isso, porque altera as fronteiras anteriormente existentes, obrigando-nos a lidar com novas geometrias, em que a base de operação deixa de ser o espaço físico, passando a inclusão a ser determi-nada por outros factores. Por isso, quando defini a aposta na complementaridade e interdependência entre as TMT, estabeleci, também, a matriz genética lusófona do Grupo Ongoing, tendo por base uma aliança entre as suas unida-des brasileira, portuguesa e africana. Decidimos, assim, que as balizas do nosso mercado preferencial seriam diferentes, aproveitando exactamente o alargamento da capacidade de actuação que poderia ser libertado pelo de-senvolvimento tecnológico: por isso, a língua portuguesa como o nosso campo de actuação.

O português é língua oficial em nove países de quatro continentes. Na Europa, é o idioma falado em Portugal, o país que o fez nascer; na Ásia, pontifica na jovem república de Timor-Leste; na América, está o Brasil, onde reside cerca de 80 por cento dos que falam português. Finalmente, temos África, onde a língua de Camões é oficial em Cabo Verde, na Guiné-Bissau, em S. Tomé e Príncipe, em Angola e em Mo-çambique. E, agora, também na Guiné Equatorial, a par do espanhol e do francês, na ambição de integrar a Comunidade dos Países de Língua

Nuno VasconcellosPresidente do Grupo Ongoing

Opinião

Brasil

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Cada vértice do triângulo que resulta da convergência dos sectores Telecomunicações, Media e Tecnologia(TMT) é uma oportunidade concreta.

Portuguesa (CPLP), uma organização que pretende, exactamen-te, dar uma dimensão política aos laços cria-dos por uma língua comum.

Hoje, o português é falado por mais de 230 mi-

lhões de pessoas, nos países onde o idioma é língua oficial, mas também em outros: por influência histórica, como a China (por causa de Macau) ou a Índia (através de Goa), mas, especialmente, através da diáspora, portuguesa, brasileira e africana. Esta migração traduz-se em comunida-des significativas em países como França, Estados Unidos da América, Canadá, Reino Unido, Alemanha ou Japão. No total, serão mais de 250 milhões de falantes de português (como primeira e segunda língua), o que o torna a sexta língua mais falada do mundo.

Todas estas pessoas lêem, vêem, ouvem, falam português. Ou seja, consomem livros e jornais, televisão e cinema, música e Internet em português. Estamos a falar de um mercado multi-geográfico com uma dimensão idêntica a dois terços do mercado norte-americano, que terá pouco menos de metade do grande mercado da União Europeia. E este mercado da língua portuguesa, segundo todas as projecções, está a crescer, todos os anos, a um ritmo que supera a média dos países

industrializados.O exemplo marcado desse cres-

cimento é o Brasil, que representará, actualmente, cerca de três quartos do grande mercado global dos que falam português, constituindo, de facto, o motor deste conjunto.

A população brasileira cresceu 25,8%, em pouco menos de duas décadas, chegando aos 190,7 mi-lhões de habitantes. Se olharmos com atenção para os últimos dados disponíveis, verificamos que mais de metade desta po-

pulação tem menos de 30 anos de idade.

O crescimento eco-nómico, num período

dominado por uma grave crise mun-dial, mostrou-se

sustentado, tendo chegado aos 7,5%

por cento – o ritmo mais robusto em 24

anos –, o que fez com que, em sete anos, a economia brasileira deixas-se de ser a 15ª economia mundial para se tornar na 7ª.

A classe média, que já representava 37% da população, em 2003, constituirá a maioria da população em 2014.

Pela expressão deste poder, o diálogo, geograficamente, far-se-á, cada vez mais, de Sul para Norte, do Oeste para Este, se olharmos para um mundo em que o Brasil se afirma como uma potência re-gional dominante, com um papel internacional activo. Mas, no novo mundo que se pode ver através do desenvolvimento tecnológico, o importante é que esse diálogo será falado em português, nos quatro cantos do mundo.

Brasil

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São Tomé e Príncipe

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Lifestyle escapadela

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Visitar a Casa da Calçada é uma ode aos sentidos. Um solar com história, onde se pode saborear pratos ‘gourmet’ confeccionados por um ‘Chef’ com estrela Michelin e beber os néctares da casa.Por João Bénard Garcia

CASA DA CALÇADA

EM VISITA À FAMÍLIA

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Passar uns dias na Casa da Calçada, no centro histórico de Amarante – com o olhar debruçado sobre o rio Tâmega, en-trecortado por arvoredo e montanhas e pincelado pelo casa-rio de granito escurecido –, transmite uma nostalgia idêntica à de viagens visita aos parentes na terra. Com uma enorme

vantagem: é que esta casa de família é grande, recheada de quadros de ancestrais “parentes” nobres em poses aristocráticas e a decoração de cada um dos 30 quartos não se confunde entre si. A garrafeira também não foi descurada e a figura da cozinheira anafadinha que, neste tipo de casas, só confeccionava pratos pesados – à boa moda do Norte – foi substituída pela de Vítor Matos, um jovem ‘Chef’ com a responsabilidade de honrar a estrela Michelin, um dos óscares da culinária mundial, que o restaurante reconquistou em 2009.

Depois, quando se percorre os longos corredores do Boutique Hotel Casa da Calçada, unidade integrada na conceituada cadeia hoteleira Relais & Châteaux, custa a acreditar no tumulto aqui vivenciado aquando das Invasões Napoleónicas, no raiar do século XIX. Conta-se em duas pincela-das: à medida que as tropas francesas marchavam por vales e montanhas minhotos tomando as terras lusitanas, as tropas aliadas, comandadas pelo Marechal Wellesley, assentaram arraiais nesta casa senhorial e aqui se aquartelaram, durante somente três dias, até que o imóvel, original qui-nhentista, ardeu quase por completo no calor da batalha.

Numa pequena sala, no interior do extraordinário hotel, os responsá-veis preservaram, naquilo que se poderia apelidar de “pequeno museu”, apontamentos da memória deste edifício erigido no século XVI. Memó-rias mais recentes. Tudo por força de as do inicial palácio dos Condes de Redondo se terem esfumado nas vicissitudes dos tempos. Restam vestígios dos momentos áureos do espaço. Aqueles deixados pela família Lago Cerqueira, de Amarante, que por imposição das chamas reconstruiu a casa duas vezes: primeiro após as invasões napoleónicas e depois em

1916, quando o fogo revisitou o espaço. Durante quase um século, até se transformar em hotel, a Casa da Calçada fervilhou com o liberalismo novecentista e depois vibrou com a República, tendo-se tornado ponto de encontro e paragem obrigatória de artistas, de intelectuais, de políticos e de muitos conspiradores.

Tão íntimo como na casa da avó A luz cálida que emana dos ‘abatjours’ convida à dolência e só apetece aconchegarmo-nos, tal como fazíamos em pequenos, no velho canapé, poltrona ou divã das nossas avós. As paredes irradiam cores quentes. Aquela mesma luz cálida acentua-lhes a cromática. As fotografias a preto e branco e os quadros quebram a rotina do olhar em redor. Numa mesa ao lado da antiga poltrona repousam um igualmente antigo livro aberto… que lá fica nesse estado – com as letras presas – e uma lupa imóvel ao lado.

Os sentidos despertos são agora outros. A literatura pode bem esperar. No “Largo do Paço”, o requintado restaurante do imponente solar, compra-do na segunda metade do século passado pelo empresário António Manuel da Mota, as mesas estão servidas ao milímetro, sob orientação de Adácio Ribeiro, Chefe de Sala e Escanção. Tudo na perfeição. Para nos oferecer uma experiência gastronómica exclusiva pela mão exímia do criativo ‘Chef’ Matos e da sua cozinha típica gourmet do Douro, bem aliada aos criterio-samente vinhos seleccionados, com os verdes-branco e os espumantes de excepção das vinhas da casa a marcar pontos na carta, atempadamente aprumados pelas papilas gustativas do enólogo Jorge Sousa Pinto.

Mas afinal parar neste fascinante solar é assim tão bom que nem de lá apetece sair? Nada disso. Além dos jardins refrescantes e dos cinco hec-tares de vinhas para passear, a Casa da Calçada possui ainda um campo de golfe com 18 buracos, duas piscinas com vista para as vinhas, solário e bar, oferecendo ainda a oportunidade de pedalar à aventura em seu redor, visitando variado e rico património histórico e arquitectónico.

Casa da Calçada Relais & Châteaux

Largo do Paço, 64600-017 Amarante,

Porto - Portugal

Telefone: (+351) 255 410 830Fax: (+351) 255 426 670

[email protected]

Georeferenciação: GPS 41º 16’06.00’’ N 8º 4’41.03” W

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Lifestyle gourmet

VINHOS PORTUGUESES BRILHAM NO BRASIL

EXPO VINIS

Dão, Estremadura e Beira Interior foram as regiões vinícolas portuguesas que apostaram forte na edição deste ano da maior feira de vinhos da América Latina, em São Paulo. O vinho Kosher de Belmonte, o raríssimo branco da casta Fonte Cal da Quinta dos Termos e o escanção João Pires, marcaram pela positiva a presença lusa. Por João Bénard Garcia

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Os vinhos portugueses voltaram a ser estrelas na 15.ª edição da Expo Vinis Brasil, o maior salão profissional de vinhos da Amé-rica Latina. No final de Abril, os

néctares lusitanos brilharam no complexo Expo Center Norte, em Vila Guilherme, São Paulo, perante os mais de 17 mil visitantes e os 350 ex-positores do certame. Os ‘stands’ dos vinhos do Dão, Estremadura e Beira Interior estiveram en-tre os mais procurados, mas as novidades que agitaram a curiosidade de paulistas e forasteiros foram o vinho branco de uva quase extinta, o pri-meiro rótulo Kosher português produzido em Belmonte sob a chancela da Adega da Covilhã, e a super concorrida palestra do consagrado ‘mas-ter sommelier’ João Pires, o melhor Escanção de Portugal e responsável, desde Janeiro de 2011, pela carta de vinhos do londrino restaurante Dinner, no Mandarin Oriental Hotel (ver caixa).

Os responsáveis pelos néctares do Dão, região que este ano comemora o seu cente-nário como região demarcada, fizeram-se representar pela Adega de Penalva do Cas-telo, que se apresentou com o tinto Reserva 2007, o branco Encruzado 2009 e o rosé DOC 2009. A vinícola Silgueiros seleccio-nou o Dom Daganel, a Adega de Mangualde levou o Foral D. Henrique Garrafeira 2007,

a Caves Arcos Rei apresentou o Dão Valmon-te Tinto 2009, 100% de casta Alfrocheiro, a Vinícola de Nelas levou o Dão Oiro da Beira, Escanção, Status e Quinta das Estrémuas. Além destes, a FTP Wines, importadora de vinhos sedeada no Brasil, mas com ADN por-tuguês, mostrou os rótulos Terras de Penalva DOC Tinto Reserva, Tinto e Branco, Quinta do Serrado DOC Tinto Reserva, Quinta do Serrado Reserva e Picos do Couto Reserva.

A Comissão Vitivinícola Regional de Lisboa apresentou o Colheita Tardia e um espumante da centenária Região Demarca-da de Bucelas, o Critterium Reserva 2008 e o Reserva da Família 2008, um Quinta

Os vinhos do Dão, Estremadura e Beira Interior estiveram entre os mais procurados.

do Carneiro Reserva 2007 e um Cabernet Sauvignon/Syrah 2008, da Companhia Agrícola do Sanguinhal, vinho premiado com ouro no Berliner Wein Trophy 2011.

Vinhos raros procuradosA Adega de Covilhã revelou em estreia mun-dial o tinto Terras de Belmonte, primeiro vinho Kosher elaborado em Portugal nos últimos 500 anos e a Quinta dos Termos levou um Quinta dos Termos Fonte Cal Reserva Branco 2009, vinho branco feito com a Fonte Cal, uma cas-ta tradicional da Beira Interior praticamente extinta por ser pouco produtiva e que está a ser recuperada por possuir aromas e sabor ex-cepcionais e por ser um vinho único, não ha-vendo mais nenhum produtor a vinificar esta casta em regime monovarietal. Ambos gera-ram imensa curiosidade entre os visitantes.

A Adega do Fundão apresentou-se no sa-lão com cinco vinhos medalhados com ouro: o 60º Aniversário 2005, Fundanus Prestige 2008, Praça Velha Garrafeira 2007, Alpedri-nha Tinto 2007 e Alpedrinha Branco 2008. Ao lado dos néctares lusitanos estiveram presentes vinhos de Espanha, França, Itália, Chile, Argentina, África do Sul, Brasil e Nova Zelândia, alguns dos produtores que tentam cativar as papilas gustativas dos brasileiros.

Aproveitando ao máximo de sua presença na Expo Vinis Brasil, João Pires, o mais famoso dos escanções portugueses e o único com o título, desde 2009, de ‘master sommelier’ (apenas existem 170 em todo o mundo) ministrou, perante uma sala lotada e uma plateia siderada, uma palestra para espe-cialistas do sector, onde mostrou todas as vantagens financeiras de investir num bom ‘sommelier’. Além disso, destacou a imagem que um Chefe Escanção angaria em termos de prestígio para um restaurante ou unidade hoteleira. Pires abordou ainda outros temas de interesse para os peritos, tais como seja o conceito do ‘sommelier’ no mundo: luxo ou prestígio; e a engenharia da construção de uma carta de vinhos para alcançar sucesso.

Escanção português deu ‘show’

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Lazer automóveis

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Lazer automóveis

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AS PÉSSIMAS NOTICIAS SOBRE A ECONOMIA PORTUGUESA LIMITAM A CAPACIDADE DAS MARCAS SE PROJECTAREM NO ESTRANGEIRO?

José Cerdeira Director de Contas na MYBRAND

Opinião

Obviamente que a percepção “País de origem” tem valor, mas a experiência da marca vai muito além dessa dimensão.

Não. Mas podem servir de desculpa para muitas ineficiên-cias. A crise não pode e não deve servir de desculpa para não se fazer o “trabalho de casa” convenientemente, no-meadamente trabalhar os aspectos básicos do negócio:

que mercados, que oportunidades, que objectivos, quão diferenciador? Estas perguntas têm que ser respondidas, em qualquer contexto, crise ou não, antes de se to-marem decisões de ir a novos mercados.

Não há motivo plausível para, uma marca portuguesa não ter sucesso nos mercados em que pretenda estar, se trouxer valor para esse mercado. Provavelmente os motivos do insu-cesso terão mais a ver com uma incorrecta avaliação dos parâmetros de gestão de marke-ting ou, mais a montante, da qualidade e dis-ponibilidade de recursos para dar esse passo.

Na era do digital (e, convenhamos, muito antes, desde a era da “colonização”do espaço audiovisual europeu e japonês pela produção norte-americana) muitas marcas tornaram-se “supranacionais”, não estando portanto de-pendentes da sua nacionalidade como ponto diferenciador. Frequentemente, nem sequer é correctamente identificada a sua origem; e que importa isso, quando a marca foi prova-velmente desenhada na Europa, financiada

nos EUA e fabricada no extremo oriente? De que nacionalidade é a Fly London? A Shell? A Massimo Dutti? A Ferrero Rocher? A Kia? E quem conduz orgulhosamente o seu “camião” BMW X5 ou X6, será que sabe que são exclusivamente fabricados na Carolina do Sul, EUA? E importa?

Os consumidores identificam-se com Marcas e as experiências que elas proporcionam, pela sua compra e consumo ou, pela forma como se movimentam na socie-dade que aquele consumidor frequenta (ou, quer frequentar). É uma relação mais frequentemente de pertença, de grupos, de tribos e não de nacio-nalidades.

Obviamente que, a percepção “País de ori-gem” (Portugal, sol e fado; Alemanha, rigor e solidez; Itália, elegância e gelados; …) tem valor, na mente do consumidor, como referencial. Mas esta é uma percepção que, demora muito tempo a construir – muito mais tempo a construir que a destruir. A experiência da marca vai no entanto muito para além dessa dimensão.

Por isto, a exportação e os mercados externos são e serão uma boa opção, desde que haja re-cursos, se identifique uma boa oportunidade, se posicione correctamente. Em suma, que se faça um bom trabalho; que se faça bem, a respeito do marketing, o que os nossos governantes não sou-beram fazer pela economia.

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