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HISTÓRIA GERAL 1 – CONCEITOS E TEORIAS CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS – HISTÓRIA – TEXTOS & QUESTÕES 1 | P á g i n a Profº Jorge Marcos "História é passado e presente; um e outro inseparáveis." Fernand Braudel 1. HISTÓRIA A palavra História é de origem grega "historie", que significa "conhecimento através da investigação”, e deriva de histor: “sábio ou conhecedor”. A História é uma ciência que investiga o passado da humanidade e o seu processo de evolução, tendo como referência um lugar, uma época, um povo ou um indivíduo específico. É tudo o que se refere ao desenvolvimento das comunidades humanas, assim como os acontecimentos, fatos ou manifestações da atividade humana no passado, cujo objetivo é entender o presente. Esse passado, é um passado vivo, que está presente em nós, que faz parte de nossas vidas. Aurélio Buarque de Holanda define a história como uma “narração metódica dos fatos notáveis ocorridos na vida dos povos, em particular, e na vida da humanidade, em geral”. Para ele, o historiador e sociólogo, “a história é o estudo do que os homens do passado fizeram, da maneira pela qual viviam, das ideias que tinham”. A história é feita por todos nós - homens, mulheres, crianças, ricos e pobres; por governantes e governados, por dominantes e dominados, pela guerra e pela paz, por intelectuais, negros e brancos e principalmente pelas pessoas comuns, desde os tempos mais remotos. A história faz parte de nosso cotidiano e serve de alerta à condição humana de agente transformador do mundo. A História deve servir como instrumento de conscientização dos homens para que possam construir uma sociedade, um mundo melhor e uma sociedade mais justa. A ciência da história é puramente humana. A História procura analisar os processos históricos, os personagens e os fatos. Desta forma podemos compreender melhor um determinado período histórico, cultura ou civilização. Dentre os principais objetivos da História é investigar os mais diversos aspectos culturais de um determinado povo ou região, possibilitando o entendimento do processo de desenvolvimento. Entender o passado também é importante para a compreensão do pressente. Heródoto, historiador grego, é considerado o "pai da História". A ele são atribuídas as primeiras pesquisas sobre o passado do homem, tornando-se pioneiro no estudo da história. O historiador é um observador dos homens, incluindo a si mesmo. Ele observa os momentos e as situações que ele está inserido, analisa como o todo nas diversidades individuais e coletivas. TEXTO COMPLEMENTAR Ao se contar a história de uma vida, o mais sério desafio é trabalhar ao mesmo tempo com a cronologia linear, que parece ser “unidirecional”, e com o percurso da vida, que não é linear; pergunto-me sempre como trabalhar com o contínuo e o descontínuo, como pensar as diferentes temporalidades? Como conseguir “um relato impressionista (...) que se recusa a pôr ordem na desordem da vida”? É imprescindível deixar claro, ao terminar estas considerações teórico-metodológicas,

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HISTÓRIA GERAL 1 – CONCEITOS E TEORIAS

CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS – HISTÓRIA – TEXTOS & QUESTÕES 1 | P á g i n a

Profº Jorge Marcos

"História é passado e presente; um e outro inseparáveis." Fernand Braudel

1. HISTÓRIA

A palavra História é de origem grega "historie",

que significa "conhecimento através da

investigação”, e deriva de histor: “sábio ou

conhecedor”.

A História é uma ciência que investiga

o passado da humanidade e o seu processo de

evolução, tendo como referência um lugar, uma época,

um povo ou um indivíduo específico.

É tudo o que se refere ao desenvolvimento das

comunidades humanas, assim como os

acontecimentos, fatos ou manifestações da atividade

humana no passado, cujo objetivo é entender o

presente. Esse passado, é um passado vivo, que está

presente em nós, que faz parte de nossas vidas.

Aurélio Buarque de Holanda define a história

como uma “narração metódica dos fatos notáveis

ocorridos na vida dos povos, em particular, e na vida

da humanidade, em geral”. Para ele, o historiador e

sociólogo, “a história é o estudo do que os homens do

passado fizeram, da maneira pela qual viviam, das

ideias que tinham”.

A história é feita por todos nós - homens,

mulheres, crianças, ricos e pobres; por governantes e

governados, por dominantes e dominados, pela guerra

e pela paz, por intelectuais, negros e brancos e

principalmente pelas pessoas comuns, desde os

tempos mais remotos. A história faz parte de nosso

cotidiano e serve de alerta à condição humana de

agente transformador do mundo.

A História deve servir como instrumento de

conscientização dos homens para que possam

construir uma sociedade, um mundo melhor e uma

sociedade mais justa. A ciência da história é

puramente humana.

A História procura analisar os processos

históricos, os personagens e os fatos. Desta forma

podemos compreender melhor um determinado

período histórico, cultura ou civilização. Dentre os

principais objetivos da História é investigar os mais

diversos aspectos culturais de um determinado povo

ou região, possibilitando o entendimento do processo

de desenvolvimento. Entender o passado também é

importante para a compreensão do pressente.

Heródoto, historiador grego, é considerado o

"pai da História". A ele são atribuídas as primeiras

pesquisas sobre o passado do homem, tornando-se

pioneiro no estudo da história.

O historiador é um observador dos homens,

incluindo a si mesmo. Ele observa os momentos e as

situações que ele está inserido, analisa como o todo

nas diversidades individuais e coletivas.

TEXTO COMPLEMENTAR

Ao se contar a história de uma vida, o mais sério

desafio é trabalhar ao mesmo tempo com a cronologia

linear, que parece ser “unidirecional”, e com o

percurso da vida, que não é linear; pergunto-me

sempre como trabalhar com o contínuo e o

descontínuo, como pensar as diferentes

temporalidades? Como conseguir “um relato

impressionista (...) que se recusa a pôr ordem na

desordem da vida”? É imprescindível deixar claro, ao

terminar estas considerações teórico-metodológicas,

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HISTÓRIA GERAL 1 – CONCEITOS E TEORIAS

CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS – HISTÓRIA – TEXTOS & QUESTÕES 2 | P á g i n a

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que a biografia que é vista hoje como de ponta não é

aquela com “uma cronologia ordenada, uma

personalidade coerente e estável, ações sem inércia e

decisões sem incertezas”. (Vavy Pacheco Borges.

GABRIELLE BRUNE –SIELER, UMA VIDA (1874 -

1940): Os desafios da biografia)

2. FONTES HISTÓRICAS

Os homens sempre deixaram suas marcas por

onde passavam, desde as pinturas nas cavernas até a

criação de micro chip. São os documentos históricos.

Os documentos são a principal fonte de

informações para qualquer pesquisador, pois trazem

relatos de situações cotidianas e especiais, que podem

dar uma ideia aproximada de como era a vida dos

povos antigos.

Outras formas de desvendar a história são as

mais diversas formas de expressão cultural como

contos, lendas e fábulas.

São as chamadas fontes orais, nas quais, muitas

vezes, ocorre entrevistas com pessoas mais idosas, que

tiveram acesso às informações, que passaram de

geração a geração.

Fazer, construir a história é buscar informações

do passado, que possam ajudar a explicar aos povos

atuais o que aconteceu, como era o cotidiano das

pessoas, o que faziam, o que sabiam e no que

acreditavam os povos do passado.

TEXTO COMPLEMENTAR

Desde o primeiro rabisco feito por nossos

antepassados nas paredes das cavernas até a mais

recente crônica de jornal, ironizando a atitude pré-

histórica de alguns políticos, não faltam registros

escritos para contar um pouco da realidade vivida em

cada época pela humanidade.

A simples existência desses relatos indica a

importância da leitura nas aulas da disciplina.

Navegar pela maior diversidade de fontes possível é

importante (leia o quadro abaixo), mas não é tudo.

O essencial é colaborar para que a turma possa

analisar, questionar, confrontar e contextualizá-las,

entendendo que as relações entre presente, passado e

futuro vão além de uma mera sequência de fatos em

ordem cronológica. Em poucas palavras, é preciso

levar a moçada a pensar

historicamente. http://revistaescola.abril.com.br/hist

oria/pratica-pedagogica/leitura-critica-fontes-

historicas-526597.shtml. Acessado em 28/02/2014)

3. TEMPO HISTÓRICO

Tempo histórico é

aquele que está relacionado às

mudanças nas sociedades

humanas. Revela e esclarece o

processo pelo qual passou ou

passa a realidade em estudo. O

historiador deve construir um

terceiro tempo, entre o tempo da

Física, natural, e o tempo da

Filosofia, da consciência. Este será

o tempo histórico.

Definimos um limite de tempo para estudar os

seus acontecimentos característicos, levando em conta

que, naquele momento escolhido, muitos seres

humanos viveram, sonharam, trabalharam e agiram

sobre a natureza e sobre as outras pessoas, de um jeito

específico. O modo de medir e dividir o tempo varia

de acordo com a crença, a cultura e os costumes de

cada povo.

O historiador precisa construir o tempo

histórico para não reviver, mas compreender a

experiência. O tempo histórico servirá de referência

comum aos membros de um grupo.

Em algumas civilizações, a ideia de que houve

um início em que o mundo e o tempo se conceberam

juntamente vem seguida pela terrível expectativa de

que, algum dia, esses dois itens alcancem seu fim. Os

historiadores não têm interesse pelo tempo

cronológico, contado nos calendários, pois sua

passagem não determina as mudanças e

acontecimentos (os tais fatos históricos) que tanto

chamam a atenção desse tipo de estudioso.

A organização feita pela ciência histórica leva

em consideração os eventos de curta e longa duração.

Dessa forma, o historiador se utiliza das formas de se

organizar a sociedade para dizer que um determinado

tempo se diferencia do outro.

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HISTÓRIA GERAL 1 – CONCEITOS E TEORIAS

CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS – HISTÓRIA – TEXTOS & QUESTÕES 3 | P á g i n a

Profº Jorge Marcos

“O passado é definitivo, mas a história não é o

passado. É o passado visto pelo presente. Este presente

que amanhã será passado, obrigando a história a

recomeçar, quando a história de hoje passar a ser

também fato histórico. O historiador trabalha no seu

tempo, e não na eternidade. A vida está presente e

contagia seu pensamento e sua visão. (Eduardo

D’Oliveira França).

4. MEMÓRIA

A Memória, no sentido primeiro da expressão,

é a presença do passado. A memória é uma construção

psíquica e intelectual que acarreta de fato uma

representação seletiva do passado, que nunca é

somente aquela do indivíduo, mas de um indivíduo

inserido num contexto familiar, social, nacional.

Toda memória é “coletiva”. As memórias são

construções dos grupos sociais. São os grupos sociais

que determinam o que é “memorável” e as formas

pelas quais será lembrado. Seu atributo mais imediato

é garantir a continuidade do tempo e permitir resistir à

alteridade, ao ‘tempo que muda’, as rupturas que são

o destino de toda vida humana; em suma, ela constitui

um elemento essencial da identidade, da percepção de

si e dos outros”.

Segundo Jacques Le Goff, a memória é a

propriedade de conservar certas informações,

propriedade que se refere a um conjunto de funções

psíquicas que permite ao indivíduo atualizar

impressões ou informações passadas, ou

reinterpretadas como passadas.

A memória está nos próprios alicerces da

História, confundindo-se com o documento, com o

monumento e com a oralidade.

Uma distinção entre História e memória está no

fato de a História trabalhar com o acontecimento

colocado para e pela sociedade, enquanto para a

memória o principal é a reação que o fato causa no

indivíduo. A memória recupera o que está submerso,

seja do indivíduo, seja do grupo, e a História trabalha

com o que a sociedade trouxe a público.

O historiador (e a história) tem a preocupação

com a junção de fatos oficiais e documentos

fragmentados, que organizados passam a enredar a

história pela narrativa do historiador dando-lhe os

contornos necessários. A memória difere da história,

pois o personagem é o foco principal, é ele que dá voz

a própria história, pois vivenciou os acontecimentos

como personagem principal.

A Memória histórica pode ser compreendida

como a sucessão de acontecimentos marcantes na

história de um país. O termo memória histórica seria

uma tentativa de agrupar questões opostas.

A memória pode ser representada pela vida pois

é carregada por grupos vivos, a história se apresenta,

por conseguinte, como uma representação

problemática e incompleta do que não existe mais.

LEITURA COMPLEMENTAR

A UTILIDADE DA HISTÓRIA

Quem disse que História é tão e somente o estudo do

passado? Não demos a ela uma definição que nos

induz a acreditar que a História nos tem pouca

utilidade, ou nenhuma. Não a estudaríamos se ela não

fosse útil. Certamente não perderíamos o nosso

precioso tempo. Certo dia o filho perguntou ao seu pai

para que serve a História. Sua resposta rendeu um

livro. Para alguns ela serve como passa tempo; Para

outros, para matar a curiosidade; Mas nunca diga que

a História não serve para nada; ou então que quem

vive de passado é museu. a utilidade da História é

inegável, e vivemos como vivemos por causa do

passado que tivemos. Nunca me esquecerei da data em

que nasci, da minha infância, da adolescência, da

juventude, das experiências que tive, dos objetivos

alcançados e dos frustrados. O que eu sou hoje

dependeu totalmente do que eu fui. E o meu passado

me é útil na medida em que eu saberei dos acertos e

dos erros que cometi e por isso não os cometerei mais.

Terei condições de saber quem eu sou e porque eu sou

como sou e, principalmente, saberei onde preciso

mudar. Uma pessoa que esquece seu passado é

alguém que está sujeita aos mesmos erros e não sabe

a medida exata daquilo que ele precisa para atingir

seus objetivos. O objetivo principal desse blog é

ajudá-lo a entender o quanto que a história está tão

presente no presente, que ela não apenas se confunde

com o presente como se torna o presente. Aquele pai

disse ao seu filho que a História é a ciência dos

homens no tempo. Isso porque a história acompanha

as transformações sofridas pelo homem através de

suas gerações, ela então vence as barreiras da linha

que divide o tempo em passado, presente e futuro. Se

devemos dar a Cezar o que é de Cezar, então daremos

também à História o grau de relevância que ela

merece.(

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HISTÓRIA GERAL 1 – CONCEITOS E TEORIAS

CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS – HISTÓRIA – TEXTOS & QUESTÕES 4 | P á g i n a

Profº Jorge Marcos

http://ahistoriaeopresente.blogspot.com.br/2009/07/q

uem-disse-que-historia-e-tao-e-somente.html,

Acessado em 28/02/2014)

5. PATRIMÔNIO

Podemos dividir o patrimônio de duas

maneiras:

Material - são os aspectos mais concretos da

vida humana, e que fornecem informações

sobre as pessoas. Cultura material é o mesmo

que objeto ou artefato.

Imaterial - é o conjunto de manifestações

populares de um povo, transmitidos oral ou

festualmente, recriados e modificados ao longo

do tempo.

5.1. Patrimônio Histórico.

Podemos definir Patrimônio Histórico como um

conjunto de bens que contam a história de uma

geração através de sua arquitetura, vestes,

acessórios, mobílias, utensílios, armas, ferramentas,

meios de transportes, obras de arte, documentos.

O Patrimônio Histórico é fundamental,

importante para que tenhamos uma compreensão da

identidade histórica, para que os seus bens não se

desarmonizem ou desequilibrem, e para manter vivos

os usos e costumes populares de uma determinada

sociedade.

Um exemplo de patrimônio histórico é a Praça

São Francisco, localizada no centro de São Cristóvão,

antiga capital do estado, quarta cidade criada no Brasil

(1590).

http://osvaldofotoart.wordpress.com/galerias/paisage

m-urbana/patrimonio-historico4/

5.2. Patrimônio Cultural.

Vamos definir aqui como sendo um conjunto de

bens materiais e/ou imateriais, que contam a história

de um povo através de seus costumes, comidas típicas,

religiões, lendas, cantos, danças, linguagem

superstições, rituais, festas.

Uma das principais fontes de patrimônio

cultural está nos sítios arqueológicos. Aqui em Sergipe

mercê destaque o Sítio do Justino, Canindé do São

Francisco.

Através do patrimônio cultural é possível

promover uma conscientização das pessoas,

possibilitando as mesmas a aquisição de

conhecimentos para a compreensão da história local,

adequando-os à sua própria história.

5.3. Patrimônio Ambiental ou Natural.

É a inter-relação do homem com seus

semelhantes e tudo o que o envolve, como o meio

ambiente, fauna, flora, ar, oceanos, manguezais, e tudo

o que eles contêm. Esses elementos estão em contato

com o homem, e acabam interagindo, e até mesmo

interferindo no seu cotidiano.

O Parque Nacional da Serra de Itabaiana é uma

unidade de conservação, como Estação Ecológica,

anterior a 2005. Sua proteção legal restringia-se a

apenas 288,53 hectares. Pelo Decreto Presidencial de

15 de junho de 2005, a área foi ampliada para 7.966

hectares. É uma área de transição entre Mata Atlântica

e Caatinga.

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HISTÓRIA GERAL 1 – CONCEITOS E TEORIAS

CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS – HISTÓRIA – TEXTOS & QUESTÕES 5 | P á g i n a

Profº Jorge Marcos

O Parque Nacional abriga uma grande

biodiversidade - 16 espécies de répteis, 24 de anfíbios,

uma de quelônio, 62 de mamíferos e 123 de aves.

Destas, três são restritas à Mata Atlântica e uma

endêmica da caatinga.

LEITURA COMPLEMENTAR

PATRIMÔNIOS NATURAIS E VALORES

Compreender a constituição de Patrimônios

Culturais Naturais – os monumentos da natureza, as

paisagens notáveis, os sítios de beleza singular –

como produto de um processo de valoração de

aspectos da natureza, é a intenção que orientou as

reflexões contidas neste trabalho.

Patrimônio cultural, no caso específico,

patrimônio natural, é uma condição a que um aspecto

da natureza é alçado em dado momento, em

decorrência de um valor que se dá a esse objeto.

A Serra do Mar, designação corrente do

extenso conjunto de montanhas do Maciço Atlântico

que se estende pelo litoral brasileiro desde o Espírito

Santo até o norte do Rio Grande do Sul, constitui-se

num acidente geográfico notável no contexto do sul

sudeste do Brasil.

Paisagem notável, interpondo-se entre o litoral

e o planalto, passou a ser vista, mais

contemporaneamente, como recurso paisagístico a ser

protegido, havendo nela parcelas expressivas da parte

mais conservada da Floresta Atlântica.

Constitui-se num patrimônio natural – pelas

suas matas, pela sua fauna, pelos conjuntos históricos

e pré-históricos que abriga-, sendo tombada na

maioria dos estados em que se encontra.

A Serra do Mar é, pois, patrimônio cultural dos

brasileiros, constituindo-se num objeto com atributos

especiais, que deve ser protegido de forma a ser

legado para os pósteros.

Encontrar elementos para a melhor

compreensão teórica deste processo de valoração de

um objeto da natureza, revestido de um ritual técnico

no âmbito do aparelho de estado, é a preocupação

principal deste trabalho.

Pretende-se compreender as práticas de

proteção ao patrimônio natural na região litorânea do

Paraná, especialmente a respeito do tombamento da

Serra do

http://www.patrimoniocultural.pr.gov.br/modules/co

nteudo/conteudo.php?conteudo=266Mar. Acessado

em 28/02/2014

6. CULTURA

A palavra Cultura significa cultivar. Vem do

latim colere. Entre os romanos tinha o sentido de

agricultura, que se referia ao cultivo da terra para a

produção.

Para o senso comum, cultura tem um sentido de

erudição, uma instrução vasta e variada adquirida por

meio de diversos mecanismos, principalmente o

estudo.

De uma forma genérica, cultura é todo aquele

complexo que inclui o conhecimento, a arte, as

crenças, a lei, a moral, os costumes e todos os hábitos

e aptidões adquiridos pelo homem não somente em

família, como também por fazer parte de uma

sociedade como membro dela que é.

Assim, podemos definir cultura como o

conjunto de atividades e modos de agir, costumes e

instruções de um povo. É o meio pelo qual o homem

se adapta às condições de existência e transforma sua

realidade.

Entre os iluministas franceses, a cultura

caracteriza o estado do espírito cultivado pela

instrução. “A cultura, para eles, é a soma dos saberes

acumulados e transmitidos pela humanidade,

considerada como totalidade, ao longo de sua história.

A palavra também estava associada às ideias de

progresso, de evolução, de educação e de razão.

Cultura pode ser definida com um processo em

permanente evolução, dinâmico, diverso e rico. É o

desenvolvimento de um grupo social, uma nação, uma

comunidade; ela é fruto do esforço coletivo pelo

aprimoramento de valores espirituais e materiais.

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HISTÓRIA GERAL 1 – CONCEITOS E TEORIAS

CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS – HISTÓRIA – TEXTOS & QUESTÕES 6 | P á g i n a

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É o conjunto de fenômenos materiais (e

imateriais) e ideológicos que caracterizam e marca um

determinado grupo étnico ou uma nação como língua,

costumes, rituais, culinária, vestuário e religião,

estando em permanente processo de mudança.

Cultura, em ciências sociais, pode ser definida

como um conjunto de ideias, comportamentos,

símbolos e práticas sociais, aprendidos de geração em

geração através da vida em sociedade. A cultura é

definida como um sistema de signos e significados

criados pelos grupos sociais.

Na filosofia a cultura é o conjunto de

manifestações humanas que contrastam com a

natureza ou o comportamento natural. É uma atitude

de interpretação pessoal e coerente da realidade,

destinada a posições suscetíveis de valor íntimo,

argumentação e aperfeiçoamento.

Na antropologia é compreendida como a

totalidade dos padrões aprendidos e desenvolvidos

pelo ser humano. É uma rede de significados que dão

sentido ao mundo que cerca um indivíduo, ou seja, a

sociedade. Em termos antropológicos, não falamos em

Cultura, no singular, mas em culturas.

Cultura é a maneira pela qual os humanos se

humanizam por meio de práticas que criam a

existência social, econômica, política, religiosa,

intelectual e artística.

Faz parte da cultura: a religião, a culinária, o

vestuário, o mobiliário, as formas de habitação, os

hábitos à mesa, as cerimônias, o modo de relacionar-

se com os mais velhos e os mais jovens, com os

animais e com a terra, os utensílios, as técnicas, as

instituições sociais (como a família) e políticas (como

o Estado), os costumes diante da morte, a guerra, o

trabalho, as ciências, a Filosofia, as artes, os jogos, as

festas, os tribunais, as relações amorosas, as diferenças

sexuais e étnicas.

As funções da cultura são:

satisfazer as necessidades humanas;

limitar normativamente essas necessidades;

implica em alguma forma de violação da

condição natural do homem.

Podemos definir alguns tipos de cultura:

cultura de elite – é a cultura dominante,

hegemônica; considerada superior à do povo. A

hegemonia econômica da elite ratifica sua

hegemonia cultural e vice-versa. Para que sua

cultura se sobressaia, deprecia a do povo. A elite

denominou a cultura do povo de cultura popular.

cultura popular - a cultura popular tem suas raízes

nas tradições, nos princípios, nos costumes, no

modo de ser daquele povo. Ela não se esgota em

si mesma. Quando se diz cultura popular, quer

dizer que está no povo, mas não foi

necessariamente produzida pelo povo; e, quando

se diz cultura do povo, se quer dizer que é do povo

e também foi produzida por ele. É confundida

com a cultura de massa

Cultura de massa - é produto da indústria cultural;

refere-se aspectos superficiais de lazer, gosto

artístico e vestuário. A indústria cultural está

sempre “fabricando” modas e gostos, a cultura de

massa só é viável em razão da invenção da

comunicação em massa. A cultura de massa é

divulgada como a cultura dos alienados, dos “sem

rosto”.

7. PROCESSO HISTÓRICO

É representado por acontecimentos, cada fato é

a sequência ou sucessão, do que já ocorreu. O processo

histórico se transforma, deixa de ser equilibrado, com

as mudanças qualitativas, é um período de transição

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CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS – HISTÓRIA – TEXTOS & QUESTÕES 7 | P á g i n a

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onde as transformações acontecem rapidamente,

mudando o caráter.

http://vejahistoria1.blogspot.com.br/2010_09_01_archive.htm

l

http://amparonews.spaceblog.com.br/52/

A História é um processo contínuo, não tem

divisões. Porém, para se estudar a evolução da

humanidade, é costume dividi-la em épocas ou idades.

Esta divisão, meramente com a finalidade de facilitar

os estudos da História, é feita buscando-se as

características de determinados períodos e é usada,

exatamente, para nos mostrar o significado da referida

época.

Vale ressaltar que a História segue seu curso

permeado por ações humanas, legadas e interligadas

em um tempo e, em cada espaço específico, ou seja,

ela é um processo em construção paralela.

Tradicionalmente dividimos o processo

histórico em duas grandes fases: Pré-História e

História. Esta divisão utiliza-se de critérios políticos e

metodológicos

Entende-se por Pré-História o período

compreendido entre o aparecimento do homem, cerca

de 4 milhões de anos a.C. até a invenção da escrita,

que ocorreu por volta de 4.000 a.C. A característica

marcante deste período é a dificuldade de fontes

históricas escritas, que permitam a reconstituição dos

humanos da época. A Pré-História compreende os

períodos do Paleolítico (Selvageria) e do Neolítico

(Barbárie), primeiros estágios da vida humana.

A História, propriamente dita, começa com a

invenção da escrita e dura até os dias atuais.

Sua divisão reconhece 4 grandes fases:

Idade Antiga, com início na invenção da escrita

e termina no século V d.C. Abrange o

aparecimento das primeiras civilizações; o

desenvolvimento de grandes impérios (egípcio,

mesopotâmico, persa); a Grécia e Roma.

Termina com a destruição do Império Romano,

no ano 476 d.C.

Idade Média, (século V ao século XV). Seu

início é determinado pela destruição do Império

Romano do Ocidente. O termino é marcado pela

tomada de Constantinopla pelo Império Turco

Otomano 1453.

Idade Moderna, iniciou no século XV e

terminou no século XVIII. Inicia-se com

declínio do Feudalismo, queda do Império

Bizantino. Seu final é marcado pela Revolução

Francesa.

Idade Contemporânea, do século XVIII aos dias

atuais. Começa com a Revolução Francesa até

os dias atuais.

8. CIVILIZAÇÃO

Page 8: PRE SEED - 2014 - CONCEITOS BÁSICOS

HISTÓRIA GERAL 1 – CONCEITOS E TEORIAS

CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS – HISTÓRIA – TEXTOS & QUESTÕES 8 | P á g i n a

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http://www.historiadomundo.co

m.br/egipcia/

http://shabestan.blogs.sapo.pt

/9051.html

http://catracalivre.com.br/geral/urbani

dade/barato/brasilidade-retrato-de-

uma-civilizacao-por-antonio-vargas-

em-santos/

O vocábulo “civilização” deriva do latim civita

(cidade) e civile (civil) o habitante da Civita. A palavra

civilização surgiu como resultado da “cultura clássica”

(greco-romana). Nestas civilizações, ser civilizado é

viver conforme os padrões das polis (cidade) ou das

cevitas.

A civilização é um processo social em si,

próprio dos grupamentos humanos que tendem sempre

a evoluir com a variação das disponibilidades

econômicas, principalmente alimentares e sua

decorrente competição por estes com os grupamentos

vizinhos.

Civilização é o estágio de desenvolvimento

cultural em que se encontra um determinado povo.

A civilização é o estágio da cultura social e da

civilidade de um agrupamento humano caracterizado

pelo progresso social, científico, político, econômico

e artístico.

Civilização pode ser definida como uma

sociedade humana que desenvolveu certo nível de

cultura. Civilização é a fase de desenvolvimento com

respeito à cultura de um povo.

Etimologicamente, a expressão civilização

significa ato ou efeito de civilizar, ou o processo de se

tornar civilizado; a palavra civilizado se opõe a

expressão bárbaro (selvagem), que os romanos,

reservaram para indivíduos incapazes de assimilar os

costumes da cíveis.

O termo civilização passou a ser utilizado pelas

Ciências Humanas, para indicar o desenvolvimento

intelectual e cultural de um indivíduo ou de um povo

por mais primitivo que seja.

Uma civilização não se faz de repente, é o

resultado de um processo longo e lento influenciado

por fatores como recursos naturais, o clima, uma

liderança firma, o acumulo de riquezas e poder,

conhecimentos que sejam úteis ao povo; domínio

militar e a qualidade de vida.

9. ORIGEM DO HOMEM

Criacionismo Evolucionismo

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HISTÓRIA GERAL 1 – CONCEITOS E TEORIAS

CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS – HISTÓRIA – TEXTOS & QUESTÕES 9 | P á g i n a

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Discutir a origem do homem não tarefa das mais

fáceis. É muito delicada para alguns. Ela nos remete a

um amplo debate, no qual filosofia, religião e ciência

entram em cena e constroem diferentes

concepções/caminhos sobre a existência da vida

humana. É um dos maiores mistérios que sempre

intrigaram o homem ao longo de sua história é a sua

origem.

9.1. O CRIACIONISMO

A explicação dada pelo criacionismo é base de

crenças de três grandes religiões monoteístas do

mundo: judaísmo, cristianismo e islamismo. Segundo

o Criacionismo, a origem do Universo, do planeta

Terra e de todas as formas de vida através da criação

de Deus. Na religião judaico-cristã, esta crença tem

como base às explicações que fazem parte do livro de

Gênesis (Velho Testamento da Bíblia Sagrada - “o

homem foi criado à imagem e semelhança de Deus”).

Segundo a narrativa bíblica, o homem foi

concebido depois que Deus criou céus e terra. O

primeiro versículo da Bíblia já diz: “No princípio criou

Deus os céus e a terra”.

Também feito a partir do barro, o homem teria

ganhado vida quando Deus assoprou o fôlego da vida

em suas narinas. Outras religiões contemporâneas e

antigas formulam outras explicações, sendo que

algumas chegam a ter pontos de explicação bastante

semelhantes. Sendo um tema polêmico e inacabado, a

origem do homem ainda será uma delicada questão

capaz de se desdobrar em outros debates. Dessa forma,

cabe a cada um julgar e adotar, por meio de critérios

pessoais, a corrente explicativa que lhe parece mais

plausível.

Vale aqui um lembrete: é preciso dissociar o

criacionismo com o cristianismo, pois a teoria

criacionista prega que todas as coisas foram criadas

substancialmente por um Criador onipotente, não

sendo, necessariamente, o Deus dos cristãos. (Ver

mais em

http://www.historiadetudo.com/criacionismo-

evolucionismo.html)

9.2. TEORIA EVOLUTIVA

A teoria

evolucionista é fruto de

um conjunto de

pesquisas iniciadas pelo

legado deixado pelo

cientista inglês Charles

Robert Darwin, mas

ainda em

desenvolvimento. O

que Charles Darwin

procurou fazer foi

estabelecer um estudo

comparativo entre espécies aparentadas que viviam

em diferentes regiões.

Diante disto ele percebeu a existência de

semelhanças entre os animais vivos e em extinção. Ele

então concluiu que as características biológicas

(genética) dos seres vivos passam por um lento e

dinâmico processo onde diversos fatores de ordem

natural seriam responsáveis por modificar os

organismos vivos.

Ele levantou a ideia de que os organismos vivos

estão em constante concorrência e, a partir dela,

somente os seres melhores preparados às condições

ambientais impostas poderiam sobreviver.

Em sua obra, A Origem das Espécies, ele sugere

que o homem e o macaco, devido suas semelhanças

biológicas, teriam um mesmo ascendente em comum.

Darwin nunca afirmou que o homem é descendente do

macaco, mas, teriam uma mesma ascendência a partir

da qual as duas espécies se desenvolveram. (Ver mais

em

http://historiageralcomgd.blogspot.com.br/2009/07/te

orias-evolucionistas-e-criacionistas.html).

9.3. A QUESTÃO DA ARQUEOLOGIA

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CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS – HISTÓRIA – TEXTOS & QUESTÕES 10 | P á g i n a

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De uma forma geral, afirmamos que entre

homens (hominidae) e os grandes macacos (pongidae)

há um tronco comum. Em um determinado momento

da evolução, os dois grupos se separaram e cada um

apresentou sua evolução própria.

Os grandes macacos (pongidae) apresentaram

a forma do gorila, chimpanzé e orangotango e os

homens (hominidae ou hominídeos), a forma do atual

homo sapiens.

Segundo os atuais achados arqueológicos,

podemos fazer a seguinte classificação dos

hominídeos:

Australopithecus - Trata-se do mais antigo

hominídeo que se conhece. Foi encontrado na

África do Sul e viveu entre 1 milhão e 600.000

a.c.. Era bípede e postura mais ereta;

Homo Habilis - Viveu há cerca de 2,5 milhões

de anos e contemporâneo do australopitecos.

Esta incluiu carne em sua alimentação, o que

provocou mudanças em sua arcada dentária;

Homo Erectus - Viveu entre 500.000 e

200.000 a.c. Possuía maxilares maciços e

dentes grandes, cérebro maior que o tipo

anterior e membros mais bem adaptados à

postura ereta.

Homo Neanderthalensis - Encontrado em

Neanderthal (Alemanha). Deve ter existido

entre 120.000 e 50.000 a.c. Este hominídeo

possuía capacidade craniana elevada e já vivia

em cavernas e deixou inúmeros traços de sua

existência.

O Cro-Magnon - Com o homem de Cro-

Magnon atinge-se o Homo Sapiens.

Chegamos a este estágio por volta de 40.000

a.c., possuía altura acentuada, membros retos

e peito amplo, como também, a maior

capacidade craniana encontrada até então, o

que provou através da arte, da magia e da vida

social.

EXERCICIOS

1) Leia o texto abaixo depois responda às perguntas:

Os idosos Envelhecer é uma grande vitória. Significa

estar vivendo há muito tempo, já ter passado por várias

experiências e testemunhado inúmeros

acontecimentos. Conviver com os idosos é um

privilégio, pois temos a possibilidade de partilhar toda

essa memória, esse conhecimento acumulado sobre o

mundo.

Para a história, os idosos significam uma

oportunidade única para recuperar informações sobre

o passado. Mais do que isso, é a chance de preservar

testemunhos e experiências de sujeitos que, em sua

memória, nunca tiveram a oportunidade de registrar

seu modo de vida, sua história.

Ao trabalhar com o relato de pessoas idosas, o

historiador estará utilizando uma fonte:

[a] Oral

[b] Textual

[c] Visual

[d] Mídia interativa

[e] Arqueológica

2) A relação entre os fatos e as estruturas não

apresenta uma das características abaixo:

[a] Os fatos são uma manifestação exterior das

estruturas.

[b] A partir dos fatos, somos capazes de penetrar

nas estruturas.

[c] Somente compreendemos a História quando

captamos a estrutura dos sistemas.

[d] A partir da compreensão da estrutura, temos

uma perfeita inteligibilidade dos fatos.

[e] É a compreensão dos fatos que nos dá a real

compreensão do processo histórico.

3) Quando um historiador se debruça sobre a

História, qual o conceito que se torna

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CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS – HISTÓRIA – TEXTOS & QUESTÕES 11 | P á g i n a

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fundamental para compreender os momentos

vitais do processo histórico?

a) Sistema

b) Estrutura

c) Subsistema

d) Transição

e) Processo

4) (UnB) Pode-se dizer em relação à História que:

1. (V) – (F) Hoje, ela está voltada preferencialmente

para o estudo dos grandes fatos políticos, com

destaque para a biografia dos governantes.

2. (V) – (F) Tendo em vista sua atual opção por

compreender globalmente a sociedade, a História

não mais se preocupa com a investigação dos

eventos.

3. (V) – (F) Ao contrário do que ocorreu no século

passado, hoje a História busca um caminho

próprio, desvinculado das demais ciências

sociais.

4. (V) – (F) A chamada História Nova recusa-se a

admitir a História como ciência do passado e a

"reduzir o presente a um passado incoativo".

5. (V) – (F) O estudo das fontes e a crítica dos

documentos são partes fundamentais do processo

de produção historiográfica.

5) (OSEC)

"Se o conhecimento da História nos apresenta uma

importância prática, é porque nela aprendemos

conhecer os homens que, em condições diferentes e

com meios diferentes, no mais das vezes inaplicáveis

à nossa época, lutaram por valores e ideais análogos,

idênticos ou opostos aos que possuímos hoje; o que

nos dá consciência de fazer parte de um todo que nos

transcende, a que no presente damos continuidade e

que os homens vindos depois de nós continuarão no

porvir. A consciência histórica existe apenas para

uma atitude que ultrapassa o eu individualista; ela é

precisamente um dos principais meios para realizar

essa superação." Lucien Goldman

De acordo com o texto, podemos afirmar que:

[a] a História é importante porque fornece à

atualidade os meios de resolver seus problemas;

[b] o estudo da História mostra a universalidade e a

identidade dos valores e ideais humanos;

[c] tem consciência o homem que conhece os fatos

históricos de sua época;

[d] a consciência histórica existe na medida em que

o homem é capaz de se reconhecer no

processo histórico;

[e] a importância prática da História se relaciona

com o estudo e o conhecimento do presente.

6) Na reconstrução do processo social:

[a] o historiador deve limitar-se a transcrever os

documentos, submetendo-os à crítica da

veracidade;

[b] compete ao pesquisador selecionar nos

documentos, mediante técnicas específicas, os

fatos históricos mais importantes;

[c] a elaboração de conceitos constitui uma etapa no

processo de apreensão do real;

[d] a formulação da hipótese de trabalho deve

anteceder qualquer contato com a realidade a ser

estudada;

INSTRUÇÃO: Com base no texto abaixo, responda

as questões 07 a 09, marcando E para as frases erradas

e C para as frases certas.

“Pode-se dizer que a "nova" História Econômica

apresenta três aspectos. Na sua forma mais simples,

pouco mais é do que a classificação e processamento

do material primário e secundário existente. Mais

sofisticados são os projetos que impõem "a

reconstrução de medidas que podiam ter existido no

passado mas que não existem mais", muitas vezes com

a ajuda da Teoria Econômica e da Estatística. Em

terceiro lugar, e mais ambicioso, temos o emprego do

conceito contrafactual condicional, começando com a

premissa de que só podemos compreender o

significado daquilo que aconteceu se o compararmos

com aquilo que poderia ter acontecido, continuando

com a quantificação "daquilo que poderia ter

acontecido". (A Nova História Econômica, ou

História Contrafactual, E. H. Hunt)

7) (C) – (E) A História Econômica visa em segunda

instância reconstruir as medidas existentes no

passado.

8) (C) – (E) Num terceiro momento, a História

Econômica visa à compreensão do passado

através de uma análise por absurdo, supondo

condições que não ocorreram para analisar as que

efetivamente aconteceram.

9) (C) – (E) De uma maneira geral, a História

Econômica tem por objetivo a apreensão do

processo histórico nos seus momentos cruciais,

isto é, nos momentos de transição.

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10) Assinale as afirmações corretas:

Os principais conceitos a serem dominados pelo

historiador ou estudioso da História, a fim de poder

compreendê-la com maior profundidade, são os

seguintes:

1. (V) – (F) Por processo histórico entende-se a

sequência dos principais sistemas ocorridos na

História, desde a Antiguidade até a atualidade.

2. (V) – (F) Pela ordem, os principais sistemas

ocorridos na História foram: sistema primitivo,

asiático, escravista, feudal, capitalista e

socialista.

3. (V) – (F) O sistema é constituído por um conjunto

de partes que estão integralmente relacionadas,

tais como economia, sociedade, política, religião

e cultura.

4. (V) – (F) A cada uma das partes de um sistema

costumamos dar o nome de subsistema; e é

exatamente a somatória dessas partes que

constitui um sistema.

5. (V) – (F) A estreita relação existente entre as

partes de um sistema e que dá mais profunda

compreensão da História constitui a estrutura de

um sistema.

6. (V) – (F) Quando da passagem de um sistema

para outro, rompe-se a estrutura do sistema,

quebra-se sua estabilidade, ocorrendo então uma

transição, momento privilegiado porque revela a

realidade histórica em sua profundidade.

11) "Do ponto de vista da ação sobre o pensamento

científico, as diferentes perspectivas e ideologias

não se situam no mesmo plano. Certos juízos de

valor permitem maior compreensão da realidade

do que outros." Com esta afirmação, Lucien

Goldman:

a) nega o fenômeno da determinação social do

conhecimento;

b) admite que todo conhecimento e, em última

instância, subjetivo;

c) propõe que a compreensão da realidade

fundamenta, de maneira lógica, a validade de

todos os juízos de valor;

d) reconhece, implicitamente, a possibilidade de

escolha entre métodos com diferentes alcances na

abordagem do real;

GABARITO

1. A

2. E

3. D

4. EEECC

5. D

6. C

7. C

8. C

9. E

10. VVVVVV

11. D

QUESTÕES PROPOSTAS

1) Assinale V para as alternativas verdadeiras e V

para as alternativas falsas:

1. ( V ) – ( F ) O estudo da história fundamenta-se

apenas no passado descartando qualquer análise do

presente.

2. ( V ) – ( F ) Uma avaliação criteriosa do passado

pode ser muito importante para tentar resolver

problemas presentes como a fome, a violência, as

guerras dentre outros.

3. ( V ) – ( F ) A maioria das sociedades antigas por

não terem domínio da escrita deixaram poucas

informações sobre seu passado o que nos impede

de conhecermos melhor nossos antepassados.

4. ( V ) – ( F ) Os fatos históricos só têm validade se

puderem ser comprovados, assim pessoas de baixa

renda que não possuem documentos nem objetos

de valor ficam de fora de todo processo histórico.

5. ( V ) – ( F ) Analisar o passado comparando com o

presente, observando as permanências e rupturas é

o grande desafio do historiador que com um

trabalho minuciosa tenta desvendar informações

sobre tempos passados.

6. ( V ) – ( F ) História é uma ciência humana que

estuda o desenvolvimento do homem no tempo. A

História analisa os processos históricos,

personagens e fatos para poder compreender um

determinado período histórico,

cultura ou civilização.

2) Sobre as fontes históricas, assinale V para as

alternativas verdadeiras e V para as alternativas

falsas:

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HISTÓRIA GERAL 1 – CONCEITOS E TEORIAS

CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS – HISTÓRIA – TEXTOS & QUESTÕES 13 | P á g i n a

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1. ( V ) – ( F ) O estudo da História conta com um

conjunto grande de fontes para serem analisadas

pelo historiador. Estas podem ser: livros, roupas,

imagens, objetos materiais, registros orais,

documentos, moedas, jornais, gravações, etc.

2. ( V ) – ( F ) Os historiadores e arqueólogos

analisam fontes materiais (ossos, ferramentas,

vasos de cerâmica, objetos de pedra e fósseis) e

artísticas (arte rupestre, esculturas, adornos)

buscando uma análise detalhada de tempos

passados.

3. ( V ) – ( F ) Qualquer objeto antigo é aceito como

uma fonte confiável e assim ajudar na

interpretação do passado histórico.

4. ( V ) – ( F ) As fontes históricas são vestígios do

passado e auxiliam o historiador em sua pesquisa

de interpretação do passado histórico.

QUESTÕES DISCUSSIVAS

3) A História não passa de uma área de

conhecimento preocupada em estudar o passado?

Justifique a sua resposta.

4) Os fatos históricos só podem ser reconhecidos nas

ações dos grandes acontecimentos e

personagens? Justifique a sua resposta através de

um exemplo.

5) Estabeleça a diferença existente entre o tempo

cronológico e o tempo histórico.

6) Aponte a divisão do tempo histórico usualmente

utilizada pelos historiadores e demais estudantes

dessa área do conhecimento.

GABARITO DAS QUESTÕES PROPOSTAS

1. FVFFVV

2. VVFV

3. Não. Apesar de trabalhar com dados que se

encontram no tempo passado, a ciência histórica

é uma importante ferramenta para que possamos

repensar a situação presente do homem. Sempre

que nós voltamos àquilo que já foi feito,

procuramos informações e desdobramentos

daquele ato em nosso tempo presente. De tal

forma, tem grande importância na reflexão das

experiências vividas e na obtenção de respostas

que possam reorientar nossas ações e

comportamentos.

4. Não. A realização dos fatos históricos podem

acontecer pela ação de pessoas completamente

desconhecidas ou por coletividades. Em um

processo eleitoral, por exemplo, várias pessoas

determinam a escolha de um governante através

de uma ação individual. Dessa forma, vemos que

elas participam de um importante fato político

sem que para isso, tenham que ser reconhecidas

ou responsáveis por uma ação de grande impacto.

5. O tempo cronológico trabalha com unidades de

tempo constantes que buscam um padrão válido

para um grande número de pessoas. Dessa forma,

ao falarmos do tempo cronológico, fazemos

referência aos minutos, horas, dias, meses, anos...

Já o tempo histórico tem uma forma de

organização dinâmica, que varia de acordo com

as transformações mais significativas para uma

sociedade. Nesse caso, vemos que cada povo tem

autonomia para estabelecer a divisão do seu

tempo histórico.

6. Os historiadores costumam dividir o tempo

histórico da seguinte forma: Pré-História, que vai

do surgimento dos primeiros hominídeos (4

milhões de anos atrás) até a invenção da escrita

(4000 a.C.); Idade Antiga, que vai de 4000 a.C.

até o século V d.C.; Idade Média, compreendida

entre os séculos V e XV; a Idade Moderna, que

fica entre os séculos XV e XVIII; e a Idade

Contemporânea, que vai dos fins do século XVIII

até os dias atuais.