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1 PRÁTICA DOCENTE

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Page 1: Prática Docente

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PRÁTICA DOCENTE

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FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA

PRÁTICA DOCENTE

João José Saraiva da Fonseca Sônia Maria Henrique Pereira da Fonseca

FORTALEZA EDITORA FGF

2007

Page 4: Prática Docente

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Copyright 2007 by Editora FGF Esta obra ou parte dela não pode ser reproduzida por

qualquer meio sem a autorização do Editor.

FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA Diretora Geral

Renata Peluso de Oliveira

Diretora do Núcleo de Educação a Distância (NEAD) Marina Abifadel Barrozo

Direção Acadêmica

Paulo Roberto Melo de Castro Nogueira

Coordenação Pedagógica do Núcleo de Educação a Distância

João José Saraiva da Fonseca Sônia Maria Henrique Pereira da Fonseca

Editora Responsável

Renata Peluso de Oliveira Coordenação de Divulgação Acadêmica

Maria das Graças Freire de Oliveira Diagramação

Nívea da Silva Isídio

Capa Célio Gomes Vieira

EDITORA GRANDE FORTALEZA - FGF Av. Porto Velho, 401 - João XXIII-Fortaleza/CE - CEP. 60510040

Tel.(85)3299-990/Fax.(85)3496-4384 [email protected]

Catalogação de Publicação: Biblioteca Central Profª.Antonieta Cals de Oliveira – FGF

Fonseca,João José Saraiva da; Fonseca, Sônia Maria Henrique Pereira da Prática Docente

Fortaleza: Editora Grande Fortaleza FGF,2007. 58p. 21 cm.

Palavras-chave: 1.Educação; 2. Estágio Supervisionado 3. Prática

Docente; 4. Formação de Professores; 5 Memorial

CDD. 371.1

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SUMÁRIO

PRÁTICA DOCENTE Objetivos do Módulo .................................................9 INTRODUÇÃO AO ESTÁGIO SUPERVISIONADO Objetivos...................................................................10 Introdução.................................................................11 UNIDADE I ESTÁGIO: ESPAÇO DE FORMAÇÃO Objetivos específicos................................................16 TEMA 1REDIRECIONANDO O OLHAR Objetivos...................................................................17 1.1 Introdução...........................................................18 1.2 Guia de Observação da Escola...........................18 1.3 Observação de Sala de Aula ..............................18 1.4 Guia de Entrevista com o Professor....................19 1.5 Guia de Boas Práticas ........................................19 1.6 Memorial .............................................................20 1.7 Resumo ..............................................................20 1.8 Auto-avaliação ....................................................20 1.9 Bibliografia ..........................................................21 TEMA 2 OLHANDO COM OLHOS DE VER Objetivos...................................................................22 2.1 Introdução...........................................................23 2.2 Resumo ..............................................................23 2.3 Auto-avaliação ....................................................24 2.4 Bibliografia ..........................................................24 TEMA 3 OLHANDO O OUTRO Objetivos...................................................................25 3.1 Introdução ..........................................................26 3.2 Resumo ..............................................................26

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3.3 Auto-avaliação ....................................................27 3.4 Bibliografia ..........................................................27 TEMA 4 OLHANDO O QUE FAÇO Objetivos...................................................................28 4.1 Introdução...........................................................29 4.2 Resumo ..............................................................29 4.3 Auto-avaliação ....................................................29 4.4 Bibliografia ..........................................................30 TEMA 5 INTERIORIZANDO NOSSO OLHAR Objetivo ....................................................................31 5.1 Introdução...........................................................32 5.2 Resumo ..............................................................34 5.3 Auto-avaliação ....................................................34 5.4 Bibliografia ..........................................................34 UNIDADE II ESTÁGIO: ESPAÇO DE CONCRETIZAÇÃO Objetivo35 TEMA 1CONTEXTUALIZANDO O ESTÁGIO Objetivos...................................................................36 1.1 Atividade I Guia de Observação da Escola ........37 1.2 Atividade II Observação da Escola na sua Dinâmica de Organização e Recursos......................38 1.3 Atividade III Observação da Escola enquanto Concepção Pedagógica 1.4 Atividade IV Selecionando uma Unidade de Ensino e Estabelecendo Conexões Interdisciplinares..............39 1.5 Atividade V Refletindo sobre Quem Sou .............39 1.6 Resumo ..............................................................40 1.7 Auto-avaliação ...................................................40 1.8 Bibliografia ..........................................................41

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TEMA 2 REFLETINDO A ITNERVENÇÃO NA SALA DE AULA Objetivos...................................................................42 2.1 Atividade I Guia de Observação da Sala de Aula43 2.2 Atividade II Observação da Escola enquanto Espaço de Político, Social e Cultural. .........................................44 2.3 Atividade III Observação da Sala de Aula enquanto Concepção Pedagógica............................................44 2.4 Atividade I Planejando uma Unidade de Ensino..44 2.5 Atividade V Onde vivencio ..................................45 2.6 Resumo ..............................................................46 2.7 Auto-avaliação ....................................................46 2.8 Bibliografia ..........................................................46 TEMA 3 REFLETINDO A INTERVENÇÃO DO PROFESSOR NA ECOLA E NA SALA DE AULA Objetivos...................................................................47 3.1 Atividade I Guia de Entrevista com o Professor 48 3.2 Atividade II Observação da Escola Enquanto Espaço Físico e Temporal ....................................................49 3.3 Atividade III Entrevista Sobre o Papel do Professor .................................................................................49 3.4 Atividade IV Elaborando Materiais Didáticos.......49 3.5 Atividade V O Que Vejo .....................................50 3.6 Resumo ..............................................................51 3.7 Auto-avaliação ....................................................51 3.8 Bibliografia ..........................................................51 TEMA 4 REFLETINDO A INTERVENÇÃO DO PROFESSOR NA ESCOLA E NA SALA DE AULA Objetivos...................................................................52 4.1 Atividade I Guia de Boas Práticas para a Intervenção do Professor ..................................................................53

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4.2 Atividade II Observação dos Instrumentos de suporte pedagógico ...............................................................54 4.3 Atividade III Análise Comparativa entre a Relação do Professor com o feito e o dito ...................................54 4.4 Atividade IV Intervindo e Refletindo sobre a Prática .................................................................................54 4.5 Atividade V O que Faço e como Vejo o que Faço .................................................................................55 4.6 Resumo ..............................................................56 4.7 Auto-avaliação ....................................................56 4.8 Bibliografia ..........................................................56 TEMA 5 PARTILHA COLABORATIVA 5.1 Introdução...........................................................57 5.2 Resumo ..............................................................58 5.3 Auto-avaliação ....................................................58 5.4 Bibliografia ..........................................................58

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PRÁTICA DOCENTE

Objetivos do Módulo

Proporcionar aos alunos a aplicação dos conhecimentos científicos e competências pedagógicas, adquiridas ao longo do seu curso, às situações práticas vivenciadas nas escolas de ensino básico como um espaço de reflexão sobre a proposta do estágio em suas etapas de mediação entre os saberes que a ação docente exige sobre a pratica pedagógica do profissional em educação visando à integração teoria e prática, permanentemente, com momentos de análise e reflexão sobre as situações reais encontradas no espaço da sala da aula.

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INTRODUÇÃO AO ESTÁGIO SUPERVISIONADO

A teoria na prática, O desafio do estágio supervisionado.

Objetivos

• Compreender o desafio da reflexão sobre a pratica pedagógica na sala de aula.

• Compreender a proposta de trabalho a que o estágio obedece.

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Introdução A ação docente quando se dá a partir do processo

de reflexão significa dizer que o profissional está investigando sua prática na sala de aula e é nesse momento que ele adquire as condições para articular a teoria e a prática numa dimensão de problematização da ação docente que o possibilitará a construção de novas situações de ensinar e aprender.

O estagio é o espaço responsável pela construção de saberes significativas no processo de formação dos professores, além de promover a aproximação do profissional à prática docente e possibilitar a reflexão sobre os pilares do conhecimento, necessário a sua formação docente são: conhecer, fazer, viver e ser, a formação didática e os saberes específicos da área do conhecimento enquanto fundamentos pedagógicos são ainda temas nos cenários de debates sobre que profissional estamos formando. A reflexão pode fazer parte da prática docente. No pensamento de Paulo Freire a ação docente sem a práxis torna-se um ativismo:

“Nunca me foi possível separar em dois momentos o ensino dos conteúdos da formação ética dos educandos. A prática docente que não há sem a discente é uma prática inteira. O ensino dos conteúdos implica o testemunho ético do professor. A boniteza da prática docente se compõe do anseio vivo de competência do docente e dos discentes e de seu sonho ético. Não há nesta boniteza lugar para a negação da decência, nem de forma grosseira nem

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farisaica. Não há lugar para puritanismo. Só há lugar para pureza (Freire, 1996, p. 37)”.

(Re) pensar a formação de professores, significa encontrar alternativas para uma ação docente reflexiva, a partir da compreensão que sua experiência possa ter relevância teórica com sua postura de professor reflexivo, a nova tendência pedagógica. A reflexão como elemento da prática docente, perceber como se dá, no âmbito mesmo da docência, o saber para ensinar e sua elaboração no cotidiano do professor, procurando entender os saberes empíricos e os saberes científicos alguns limites que se apresentam no momento da articulação: Prática Análise Prática

A exigência da reflexão crítica na prática docente implica num movimento dialético entre o fazer na perspectiva de análise do professor sobre como ocorre as questões do cotidiano no âmbito da sala, nesse movimento ele está refletindo, está buscando uma interpretação para aquilo que é vivenciado e estas atitudes reflexivas permitiram ao mesmo tempo uma ação refletida para produzir outros saberes resultantes da prática. A ação refletida é necessária como diz Freire, para que o aprendiz de educador assuma que o indispensável pensar certo não é presente dos deuses nem se acha nos guias de professores, iluminados intelectuais.

O reconhecimento que a docência se dá pela prática da crítica sobre o discurso teórico de modo que ação e reflexão possam se confundir entre si, para valorização do conhecimento, que surge a partir do movimento: prática - teoria - análise - prática, este

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processo na formação do profissional assume um papel relevante no cenário do projeto político pedagógico do Estagio Supervisionado, daí a preocupação para que este momento seja um espaço dialético para que se possa construir a ponte entre o saber fazer e o saber teórico na realidade, e experiências vividas ao longo de toda vida.

Você é convidado a transformar seu ambiente de

trabalho num espaço de Ação e Reflexão, na tentativa de ser um eterno aprendiz.

O estágio dos alunos do curso especial de formação de professores da FGF decorre ao longo de cinco meses na escola onde você leciona, ou em outra escola escolhida por você e que aceite a realização do estágio sendo que, em ambos os casos, é indispensável uma declaração com a aprovação formal da instituição de ensino, conforme modelo disponível na sala virtual.

Em cada mês deverá realizar um conjunto de atividades que lhe possibilitarão refletir na e sobre a ação educativa pressupondo a capacidade de uma atividade cognitiva consciente do professor no seu cotidiano, quer no contexto da sala de aula, como da escola como um todo. Deverá refletir a realidade da escola e da comunidade ao seu redor e a própria atividade de professor, a partir de um novo olhar.

Partindo dos princípios da pesquisa participante, propomos que se integre na vivência da escola como observador das suas dinâmicas de funcionamento, organização e relações. Pretendemos que se estabeleça uma forte vinculação entre essa análise e a sua atividade no cenário da escola.

Na tabela a seguir encontrará a dinâmica que irá

estar subjacente ao estágio.

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Contextualização Intervenção Partilha colaborativa

1º mês 2º mês 3º mês 4º mês 5º mês

I Redirecionando os

olhares

Guia de observação da escola

Observação de sala de aula

Guia de entrevista com

professor

Guia de boas prática

s para a intervenção do

professor

Memorial e plano de ação

II Olhando com olhos de ver

Observação da escola na sua dinâmica organizativa e

recursos

Observação da escola enquanto espaço de

político, social e cultural

Observação da escola enquanto

espaço físico e temporal

Observação dos instrum

entos de suporte

pedagógico

III

Olhando o outro

Observação da

escola enquanto concepção pedagógica

Observação

da sala de aula enquanto concepção

pedagógica

Entrevista

sobre o papel do professor

Análise

comparativa entre a relação

do professor com

o feito e o dito

IV

Olhando o que faço

Selecionando uma

unidade de ensino e estabelecendo conexões interdisciplinares

Planejando

uma unidade de ensino

Elaborand

o materiais didáticos

Intervi

ndo e refletindo sobre a

prática

Planejando a oficina de apresentação do trabalho

realizado na escola e no encontro

presencial

IV

Interiorizando nosso olhar

Quem sou Onde

vivencio

O que

vejo

O que

faço e como vejo o

que faço

O que

proponho mudar

Momento

presencial de apresentação

do memorial

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A nota final do estágio será contabilizada a partir dos seguintes fatores:

- Avaliação do portfolio (50%) - Atividades desenvolvidas em cada mês (5 x 5% = 25%) - Participação nas atividades de interação na sala virtual (5X5% = 25%)

O estágio engloba quatro grandes momentos que

estarão presentes transversalmente durante todo o estágio e que serão explicados em cada um dos temas seguintes da unidade deste módulo:

* Redirecionado o olhar * Olhando com olhos de ver * Olhando o outro * Olhando o que faço * Interiorizando nosso olhar

Bibliografia

Freire, P. Pedagogia da Autonomia. 8ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

Pimenta S. G. O estágio na formação de professores: unidade teoria e prática? 5ª ed. São Paulo: Cortez, 2002.

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UNIDADE I ESTÁGIO: ESPAÇO DE FORMAÇÃO

Objetivos específicos

• Articular a prática de formação e as atividades de trabalho acadêmico com o estágio supervisionado; • Possibilitar no momento estágio a (re) significação da prática pedagógica do profissional de educação; • Orientar o planejamento de suas atividades durante a interação com os diferentes segmentos da comunidade; • Compreender a escola com instituição social responsável pelo processo educativo na concretização do seu projeto político pedagógico.

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TEMA 1 REDIRECIONANDO O OLHAR

Objetivos

• Questionar a realidade educativa para nela saber intervir;

• Elaborar adequadamente técnicas e instrumentos de observação e avaliação;

• Compreender o espaço de intervenção do estagiário da escola.

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1.1 Introdução

O estágio constitui uma oportunidade para você construir, colaborativamente com seus colegas, guias de observação, de entrevista, de boas práticas e a estrutura básica de um memorial.

Para a consecução de cada uma dessas tarefas você terá de partilhar suas experiências, pesquisar e trabalhar em conjunto com seus colegas.

1.2 Guia de Observação da Escola

A escola deverá ser analisada a partir dos princípios orientadores do projeto político pedagógico e considerando que ela está inserida num contexto sociopolítico, educacional e num espaço e num tempo concretos. Enquanto instituição social, marcada por múltiplas influências e onde se entrecruzam diversos grupos que interagem e compartilham normas, crenças, valores e interesses, a escola deverá ser compreendida na sua função político e social, visando repensar a prática e os fundamentos da área específica de formação.

1.3 Observação de Sala de Aula

A sala de aula deverá ser analisada enquanto espaço de encontro com o outro e considerando os desafios que isso envolve no planejamento pedagógico; nas formas de relação professor-aluno; nos materiais didáticos utilizados; no espaço atribuído à participação dos alunos considerados na sua diversidade. A sala deve ser encarada enquanto espaço de ensino,

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aprendizagem e pesquisa do professor, em domínios tais como a avaliação, tempo do aluno, afetividade, interdisciplinaridade, multiculturalidade, comunicação, uso de materiais etc.

1.4 Guia de Entrevista

com o Professor

O professor deve ser encarado como alguém comprometido com a difusão do conhecimento, mas também enquanto um ser criativo e crítico, produtor do mesmo, tanto na área de conhecimento de sua formação, quanto no sentido amplo de conhecimento. Deverá também ser capaz de interpretar a cultura e a sociedade da época em que vive, para poder assumir um posicionamento crítico diante da mesma para que a sua ação jamais seja neutra do ponto da visão política. A atuação do professor na sala de aula deverá ser encarada enquanto espaço de mediação do conhecimento crítico e emancipatório em que o professor surge enquanto orientador do processo ensino-aprendizagem, motivando os alunos a buscarem novos conhecimentos numa proposta didática que fomente o aprender a apreender, visando contribuir para que atinjam a autonomia intelectual.

1.5 Guia de Boas Práticas

para a Intervenção do Professor

A intervenção do professor em sala de aula deverá ser orientada por princípios básicos que servirão de referencial de análise para a sua ação. Partindo de Paulo Freire deixam-se algumas palavras-chave: diálogo, crítica, democracia, interação, cultura,

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curiosidade, respeito, comunicação, emancipação, mudança.

1.6 Memorial

O memorial envolve o registro de um processo, envolvendo acontecimentos dos quais você foi protagonista. Deverá ser encarado enquanto contribuição para refletir as relações entre a sociedade e a educação, bem como para, individualmente, você tomar consciência do caminho que já percorreu e de quanto pode certamente percorrer. Contudo, o memorial não deve se resumir ao relato, seu interesse reside também nas propostas que das experiências vividas poderão resultar.

1.7 Resumo Utilizar adequadamente técnicas e instrumentos de observação é fundamental não só para uma reflexão sobre a realidade da escola, como para motivar o professor para a realidade da pesquisa.

1.8 Auto-avaliação

1 – Comente a frase: “O professor deve ter plena consciência da relação entre a prática discursiva e a realidade da ação”.

2 – Qual a relevância do memorial incluir um plano de ação.

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1.9 Bibliografia

LIMA, M. S.L. (Org.). A Hora da Prática: Reflexões sobre o estágio supervisionado e ação docente. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2001 Cortez, 2002. PIMENTA, S. G., O estágio na formação de professores: unidade teoria e pratica? 5ª ed. São Paulo: Cortez, 2002. PIMENTA, S. G.; LIMA, M. S. L. L.. Estágio e Docência. São Paulo: Cortez, 2004.

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TEMA 2 OLHANDO COM OLHOS DE VER

Objetivos

• Identificar a escola enquanto espaço dinâmico de relações institucionais e pessoais;

• Elaborar propostas que possibilitem a escola atender às exigências sociais;

• Caracterizar a dinâmica de funcionamento do cotidiano escolar de modo a atender as exigências de uma educação de qualidade

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2.1 Introdução

O estágio será o momento para a realização de um estudo exploratório do cotidiano escolar com a utilização dos instrumentos de registro do cotidiano escolar. Deverá estar atento à dinâmica de funcionamento institucional da escola, à realidade política, econômica, social e cultural que a envolve e à articulação desta com a comunidade onde se insere. É importante compreender a importância da infra-estrutura da escola e não esquecer de refletir sobre os espaços e tempos que nela se cruzam. Transversal a este momento encontra-se a análise do projeto político pedagógico

Para a consecução deste olhar com olhos de ver

propomos que, individualmente, observe a escola enfocando pormenores tais como:

- dinâmica organizativa e recursos - espaço político, social e cultural - espaço físico e temporal - instrumentos de suporte pedagógico

2.2 Resumo

A análise da realidade vivenciada pela escola durante o estágio, mais do que criar representações de seu valor em relação a outras escolas, ou a uma referência abstrata, ou a objetivos a ela atribuídos, envolve, sobretudo, o desejo de abraçar coletivamente novas práticas a partir da reflexão individual, rumo a

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uma nova educação que subsidie uma transformação social.

2.3 Auto-avaliação

1 – Comente a frase: “O projeto político-pedagógico funciona como elemento de referência para qualquer análise da escola”

2 – Apresente argumentos que sustentem a afirmação de que: “A escola deve ser analisada enquanto um espaço de relações pessoais e sociais”

2.4 Bibliografia LIMA, M. S. L. (Org.) A Hora da Prática: Reflexões sobre o estágio supervisionado e ação docente. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2001 Cortez, 2002. PIMENTA, S. G. O estágio na formação de professores: unidade teoria e prática? 5ª ed. São Paulo: Cortez, 2002. PIMENTA, S. G. ; LIMA, M. S. L. L. Estágio e Docência. São Paulo: Cortez, 2004.

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TEMA 3 OLHANDO O OUTRO

Objetivos

• Relacionar a realidade teórica e a realidade concreta do exercício da escola e dos professores

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3.1 Introdução

O estágio proporciona a oportunidade de conhecer

melhor você ao olhar o outro. Neste momento propomos que utilizando os instrumentos de observação desenvolvidos colaborativamente, observe e registre aulas ministradas por um colega e identifique e analise as concepções pedagógicas que permeiam a prática desse professor, bem como as características da turma. Por outro lado, deverá realizar uma análise comparativa entre o discurso do professor e a sua prática, como suporte para que possa refletir sobre a sua própria prática.

Para a concretização desta atividade propomos que individualmente observe:

• A escola enquanto concepção pedagógica • A sala de aula enquanto concepção pedagógica para complementar sua observação: • Entreviste o professor sobre o seu papel • Analise comparativamente o feito e o dito do

professor.

3.2 Resumo

Observar o ambiente escolar, ou uma sala de aula envolve assumir o compromisso de promover uma reflexão conjunta com todos os participantes na comunidade educativa procurando um novo entendimento para a função social da escola e para a ação de ensinar e aprender.

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3.3 Auto-avaliação

1 – Qual a importância do estágio lhe proporcionar

a oportunidade de “conhecer melhor você, ao olhar o outro”.

2 – Comente a afirmação: “A observação da ação do professor deverá envolver o conhecimento prévio dos alunos”

3.4 Bibliografia

LIMA, M. S. L.. (Org.) A Hora da Prática: Reflexões sobre o estágio supervisionado e ação docente. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2001 Cortez, 2002. PIMENTA, S. G. O estágio na formação de professores: unidade teoria e prática? 5ª ed. São Paulo: Cortez, 2002. PIMENTA, S. G. ; LIMA, M. S. L. L. Estágio e Docência. São Paulo: Cortez, 2004.

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TEMA 4 OLHANDO O QUE FAÇO

Objetivos

• Organizar, planejar e implementar situações de

aprendizagem de acordo com propostas pedagógicas inovadoras;

• Relacionar o processo desenvolvido, reformulando-o quando necessário.

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4.1 Introdução A ação docente é um espaço com particular foco

na mediação procurando, entre outras, a contextualização de experiências, o conhecimento dos atores envolvidos no processo de ensino aprendizagem, a identificação crítica de elementos que a favorecem ou dificultam, na direção de um desempenho melhor. Neste momento do estágio deverá desenvolver não só o planejamento de uma unidade de ensino e elaborar seu material didático, mas refletir sobre os resultados conseguidos, face aos objetivos propor alterações que possam melhorar o seu desempenho.

Para a concretização desse momento deverá: • Selecionar uma unidade de ensino e estabelecendo conexões interdisciplinares; • Planejar uma unidade de ensino; • Elaborar materiais didáticos; • Refletir criticamente sobre esse momento de prática.

4.2 Resumo

O estágio proporciona as condições para que

reflita sobre a sua prática a partir do planejamento de uma unidade de ensino e da sua autocrítica visando promover uma constante atualização das ações, considerando a dinâmica ação-reflexão- ação.

4.3 Auto-avaliação

1 – Apresente argumentos que o possam ajudar a defender o papel que o material didático deverá ter no planejamento de uma unidade de ensino.

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2 - Qual a contribuição que a ação-reflexão-reflexão pode dar para a permanente atualização da ação pedagógica.

4.4 Bibliografia LIMA, M. S. L.. (Org.) A Hora da Prática: Reflexões sobre o estágio supervisionado e ação docente. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2001 Cortez, 2002. PIMENTA, S. G. O estágio na formação de professores: unidade teoria e prática? 5ª ed. São Paulo: Cortez, 2002. PIMENTA, S. G.; LIMA, M. S. L. L. Estágio e Docência. São Paulo: Cortez, 2004.

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TEMA 5 INTERIORIZANDO NOSSO OLHAR

Objetivo • Elaboração e organização do relatório final do

estágio (memorial).

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5.1 Introdução A organização do estágio conduz a que neste

momento você tenha a oportunidade de analisar e sintetizar a pluralidade dos saberes elaborados e/ou repensados no seu desenrolar. É a oportunidade para a construção, desconstrução e reconstrução das experiências vividas, buscando mudanças na forma como compreender a si próprio, aos outros e à escola. No relatório final do estágio que assumirá característica de memorial, propomos que relate as experiências vividas durante o Estágio e o caminho acadêmico percorrido por ele até o momento de sua realização, assim como as perspectivas futuras em relação à sua profissão. Mas o memorial deverá ir mais além e, a partir das experiências vivenciadas e das dificuldades encontradas, lançamos o desafio para que proponha intervenções que contribuam para a solução das dificuldades e apresente resoluções inovadoras (plano de ação).

O memorial escrito individualmente é o momento para registrar a experiência vivida por cada aluno durante o curso. Nele devem constar os acontecimentos relevantes que aconteceram em todas as etapas do ato de ensinar e aprender considerando a sensibilização, reflexão e intervenção. A entrega do memorial será no final do curso e deve explicitar de que forma e em que intensidade o curso influenciou para a sua transformação pessoal e profissional.

O memorial é um documento que deverá ser entregue no final do estágio, mas sua elaboração ocorrerá passo a passo, durante o estágio. É uma construção contínua, no qual registrará suas impressões sobre sua aprendizagem, os acertos, as vitórias, os avanços e recuos (os momentos difíceis, as dúvidas). É

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uma espécie de “diário” no qual você tem a oportunidade de guardar suas reflexões sobre os vários momentos do curso e sua relação com a implantação e organização da rede. O memorial possibilita que você se conscientize do que aprende, de como aprende e das conseqüências disso para a sua formação:

O memorial deverá seguir as seguintes seções:

• Quem sou enquanto cidadão e professor? • Onde vivencio a minha intervenção social, cultural e educacional? • O que vejo enquanto cidadão e professor nesse espaço onde me movimento e intervenho? • O que faço e como vejo o que faço enquanto professor? • O que proponho mudar nas minhas práticas e posturas?

O memorial poderá ainda incluir: • As suas reações, dificuldades e facilidades encontradas no decorrer da realização das atividades do estágio; • As mudanças na sua atuação docente que tenham relação com o curso; • As relações do estágio com a sua experiência anterior; • As trocas de experiência entre você e outros colegas de curso; • As reações dos alunos e da escola às propostas de mudança por si, apresentadas no momento de partilha colaborativa.

Page 35: Prática Docente

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5.2 Resumo O memorial é um documento que você elabora passo a passo e no qual apresenta uma reflexão sobre suas experiências no estágio. Procura-se que você reconstrua a sua trajetória pessoal a partir da reflexão promovida durante o módulo.

5.3 Auto-avaliação

1 - Quais as contribuições do memorial para a mudança de suas práticas e posturas?

2 - Como visualiza poder utilizar o memorial enquanto instrumento pedagógico na sua sala de aula.

5.4 Bibliografia

ALARCÃO, I. Professores reflexivos em uma escola reflexiva. São Paulo: Cortez, 2003. LIMA, M. S. L. (Org.). A Hora da Prática: Reflexões sobre o estágio supervisionado e ação docente. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2001 Cortez, 2002. PIMENTA, S. G. O estágio na formação de professores: unidade teoria e prática? 5ª ed. São Paulo: Cortez, 2002. PIMENTA, S. G. ; LIMA, M. S. L. L. Estágio e Docência. São Paulo: Cortez, 2004.

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UNIDADE II

ESTÁGIO: ESPAÇO DE CONCRETIZAÇÃO

Objetivo

• Compreender a dinâmica de funcionamento do estágio.

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TEMA 1

CONTEXTUALIZANDO O ESTÁGIO

Objetivos

• Caracterizar a instituição escolar nas diversas dinâmicas da sua atuação;

• Caracterizar a comunidade envolvente da escola e a articulação da escola com ela;

• Elaborar instrumentos de registro de observação; • Identificar as concepções pedagógicas que

permeiam a prática da escola e do professor; • Confrontar as práticas e os discursos dos

intervenientes no processo educativo; • Organizar e implementar situações de

aprendizagem de acordo com proposta pedagógica inovadoras;

• Analisar criticamente as práticas da escola; • Analisar criticamente a sua prática.

Olá, seja bem-vindo ao estágio!

Neste primeiro momento, o estágio irá contemplar o desenvolvimento de atividades que lhe possibilitarão os elementos básicos para a contextualização da realidade, e que lhe darão subsídios para a intervenção que realizará subseqüentemente.

Na tabela abaixo poderão encontrar as atividades que serão desenvolvidas durante este primeiro momento do estágio.

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1.1 Atividade I Guia de Observação da Escola.

Esta atividade decorrerá da primeira semana e

prevê a elaboração colaborativa de um guia de observação da escola. Será aberto um fórum de discussão onde se discutirão aspectos fundamentais para a elaboração de um guia de observação da escola, tais como:

- O que observar? - Qual o foco dessa observação? - Qual o posicionamento que o observador deve assumir? - Onde coletar os dados?

Contextualização

I Redirecionando olhares

Guia de observação da escola

II - Olhando com olhos de ver

Observação da escola na sua dinâmica de organização e recursos

III - Olhando o outro

Observação da escola enquanto concepção pedagógica

IV - Olhando o que faço

Selecionando uma unidade de ensino e estabelecendo conexões interdisciplinares

IV - Interiorizando nosso olhar

Refletindo sobre quem sou.

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1.2 Atividade II Observação da Escola na sua Dinâmica

de Organização e Recursos.

Nesta atividade, que decorrerá a partir da segunda semana, propomos que individualmente observe a organização da escola enquanto espaço de relações e os recursos que ela dispõe envolvendo domínios tais como, recursos financeiros, patrimoniais, como também o quadro de profissionais professores e funcionários. Por outro lado, será interessante refletir sobre como a dinâmica de organização e os recursos que interferem na atuação da escola e sugerir alterações que possibilitem a escola otimizar os seus processos de organização e de aproveitamento dos recursos. Essa observação terá por subsídios a discussão mantida na Atividade I

1.3 Atividade III Observação da Escola enquanto

Concepção Pedagógica. Esta atividade envolve a análise individual da

proposta pedagógica da escola e decorrerá desde a segunda semana. A partir dos subsídios da atividade I e da análise de documentos norteadores da atividade pedagógica da escola, bem como da interação com os responsáveis pela definição da atuação da escola no ponto de vista da prática pedagógica, em geral, e nas diferentes áreas de conhecimento, propomos que trace um panorama da realidade da escola do ponto de vista pedagógico, considerando os referenciais gerais e específicos em relação à sua área de conhecimento. Propomos que, desde já, inicie um processo de reflexão visando melhorar a qualidade da proposta pedagógica

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da escola e visualizar um papel para si nesse processo de mudança da realidade da escola.

1.4 Atividade IV Selecionando uma Unidade de Ensino e

Estabelecendo Conexões Interdisciplinares.

O estágio envolve a transposição para a prática da reflexão e aprendizado realizado durante o curso. Nesta atividade propomos que, a partir da segunda semana inicie o processo de reflexão conducente ao planejamento de uma unidade de ensino. É fundamental definir qual a unidade de ensino e estabelecer com ela ligações interdisciplinares.

1.5 Atividade V Refletindo sobre Quem Sou.

Nesta atividade se inicia o processo de reflexão

que favoreça a elaboração do memorial. Propomos que a partir da primeira semana se questione sobre quem é. Enquanto ser humano, cidadão, profissional, formador de opinião. De que modo cada uma dessas dimensões se relaciona e contribui para a sua atuação docente.

As atividades de II a V deverão ser disponibilizadas na sala virtual até ao final deste momento do estágio, sendo que poderão ser alteradas ao longo do tempo, de modo a que possam melhorar permanentemente o seu portfolio, revelando a evolução do seu desempenho, crescimento pessoal e profissional, finalidade última do estágio.

Durante este primeiro momento do estágio estarão disponíveis fóruns de discussão, onde se propõe que discuta:

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• Semana I – O posicionamento do estagiário face à escola.

• Semana II - Em que o estágio pode auxiliar o professor na sua condição de “eterno aprendiz” e de “bom professor”.

• Semana III – A reflexão sobre a escola enquanto momento condicionado por envolventes humanos, políticos, econômicos, sociais e culturais.

• Semana IV - A escola enquanto espaço coletivo na promoção da qualidade na educação.

O bate-papo será um momento de interação síncrona, em que os alunos terão a oportunidade de esclarecer dúvidas e de debater a importância do estágio para quem já exerce o magistério.

1.6 Resumo

O estágio é um elemento fundamental de reflexão sobre a escola nas suas diferentes variáveis e sobre o profissional educador. Nesse processo, é fundamental refletir, colaborativamente e individualmente, o papel da escola enquanto articuladora de diversos olhares sobre a sociedade, a educação e a pessoa.

1.7 Auto-avaliação

1 - Em sua memória procure quem foi um “bom professor”.

2 - Tendo como referencial as características desse “bom professor”, procure preencher uma tabela em que refira: “O que já tenho” e “O que me falta”.

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1.8 Bibliografia LIMA, M. S. L.. (Org.) A Hora da Prática: Reflexões sobre o estágio supervisionado e ação docente. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2001 Cortez, 2002. PIMENTA, S. G. O estágio na formação de professores: unidade teoria e prática? 5ª ed. São Paulo: Cortez, 2002. PIMENTA, S. G.; LIMA, M. S. L. L. Estágio e Docência. São Paulo: Cortez, 2004.

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TEMA 2 REFLETINDO A INTERVENÇÃO

NA SALA DE AULA

Objetivos

• Caracterizar a instituição escolar nas diversas dinâmicas da sua atuação;

• Caracterizar a sala de aula nas diversas dinâmicas que nela se visualizam;

• Elaborar instrumentos de registro de observação; • Identificar as concepções pedagógicas que

permeiam a prática da escola e do professor; • Confrontar as práticas e os discursos dos

intervenientes no processo educativo; • Organizar e implementar situações de

aprendizagem, de acordo com propostas pedagógicas inovadoras;

• Analisar criticamente as práticas da escola e propor alterações inovadoras.

Olá, seja bem vindo ao segundo momento do estágio!

Este segundo momento do estágio irá contemplar

o desenvolvimento de atividades que lhe possibilitarão os elementos básicos para a análise e intervenção na realidade, no sentido de visualizar práticas inovadoras que possam incrementar a qualidade da educação.

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Na tabela abaixo poderão encontrar as atividades que deverão desenvolver durante este primeiro momento do seu estágio.

2.1 Atividade I

Guia de Observação da Sala de Aula

Esta atividade decorrerá na primeira semana e prevê a elaboração colaborativa de um guia de observação da sala de aula. Para tal, será aberto um fórum de discussão no qual discutirão aspectos fundamentais para a elaboração de um guia de observação da sala de aula, tais como:

- O que observar? - Qual o foco dessa observação? - Qual o posicionamento que o observador deve

assumir? - Onde coletar dados?

I - Redirecionando olhares

Observação de sala de aula.

II - Olhando com olhos de ver

Observação da escola enquanto espaço de político, social e cultural.

III - Olhando o outro Observação da sala de aula enquanto concepção pedagógica.

IV - Olhando o que faço Planejando uma unidade de ensino.

V - Interiorizando nosso olhar

Onde vivencio.

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2.2 Atividade II

Observação da Escola enquanto Espaço de Político, Social e Cultural.

Esta atividade propõe que, a partir da segunda

semana, individualmente observe de que modo a escola se relaciona com as entidades regulamentadoras e com a comunidade, bem como identifiquem as escolas enquanto espaço social e cultural e a importância que práticas inovadoras poderão ter para o incremento da qualidade da educação.

2.3 Atividade III Observação da Sala de Aula enquanto

Concepção Pedagógica

Nesta atividade, que decorrerá a partir da segunda semana, propomos que individualmente observe a aula de um colega, tendo como objetivo analisar a sala de aula enquanto espaço de ensino e aprendizagem, mas também todas as envolventes a esse processo. Essa observação terá por subsídios a discussão mantida na atividade I. Não será necessário identificar a pessoa do professor a cuja aula o aluno assistiu.

2.4 Atividade IV

Planejando uma Unidade de Ensino O estágio envolve a transposição para a prática da reflexão e aprendizado realizado durante o curso. Nesta atividade propomos que, a partir da segunda semana inicie o planejamento de uma unidade de ensino.

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2.5 Atividade V Onde vivencio

Nesta atividade, o processo de reflexão

conducente se focaliza na reflexão sobre a realidade da escola onde trabalha, ou em que está estagiando, nas múltiplas variáveis que a envolvem e na qual você, certamente, tem poder de influência.

As atividades de II a V deverão ser disponibilizadas na sala virtual até ao final deste momento do estágio, sendo que, poderão ser alteradas ao longo do tempo, de modo a que possam melhorar permanentemente esse seu portfolio, revelando a evolução de seu crescimento pessoal e profissional, finalidade última do estágio.

Durante este primeiro momento do estágio estarão disponíveis fóruns de discussão, onde se propõe que discutam:

• Semana I – O posicionamento do estagiário face

à sala de aula. • Semana II – A sala de aula enquanto espaço

social e cultural. • Semana III – O ato de ensinar e aprender

enquanto momento condicionado por envolventes humanos, políticos, econômicos, sociais e culturais.

• Semana IV – O papel individual do professor na transformação das práticas da escola.

O bate-papo será um momento de interação

síncrona em que os alunos terão a oportunidade de esclarecer dúvidas e de debater o papel da escola do professor no novo milênio.

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2.6 Resumo

O estágio é um elemento fundamental de reflexão

sobre o ato de ensinar e aprender. Nesse processo é fundamental refletir, colaborativamente e individualmente, como ensinar e aprender na sala de aula e visualizar esse momento dentro de uma dinâmica mais ampla, que envolve a comunidade escolar como um todo.

2.7 Auto-avaliação

1 - Apresente três questões que gostaria de ter

colocado ao professor da aula que observou, de modo a entender melhor a sua atuação na sala de aula.

2 – Tendo como referencial as características desse “bom professor”, procure preencher uma tabela em que refira.

“O que o seu colega já tem” e “O que lhe falta”.

2.8 Bibliografia

LIMA, M. S. L. (Org.) A Hora da Prática: Reflexões sobre o estágio supervisionado e ação docente. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2001 Cortez, 2002. PIMENTA, S. O estágio na formação de professores: unidade teoria e prática? 5ª ed. São Paulo: Cortez, 2002. PIMENTA, S. G.; LIMA, M. S. L. L. Estágio e Docência. São Paulo: Cortez, 2004.

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TEMA 3 REFLETINDO A INTERVENÇÃO DO

PROFESSOR NA ECOLA E NA SALA DE AULA

Objetivos

• Caracterizar a função do professor e a sua

atuação docente dentro e fora da sala de aula; • Caracterizar a escola enquanto espaço físico e

enquanto espaço de dinâmicas temporais múltiplas; • Elaborar instrumentos de registro de observação; • Identificar as concepções pedagógicas que

permeiam a prática da escola e do professor; • Confrontar as práticas e os discursos dos

intervenientes no processo educativo; • Organizar e implementar situações de

aprendizagem, de acordo com propostas pedagógicas inovadoras;

• Elaborar materiais didáticos enquadrados a propostas educacionais inovadoras. Olá, seja bem vindo ao terceiro momento do estágio!

Este terceiro momento do estágio, irá contemplar o desenvolvimento de atividades que lhe possibilitarão os elementos básicos para analisar como o professor se visualiza no seu papel político, social, educacional e cultural. Terá também, a oportunidade de analisar a escola enquanto espaço físico e local, onde múltiplas

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relações temporais se encontram. Enquanto momento de interação entre a teoria e a prática, neste momento do estágio terá a oportunidade de construir os materiais didáticos visando a sua utilização na sala de aula.

Na tabela abaixo poderão encontrar as atividades que deverão desenvolver durante este primeiro momento do seu estágio.

3.1 Atividade I Guia de Entrevista com o Professor

Esta atividade decorrerá na primeira semana e

prevê a elaboração colaborativa de um guia de entrevista com um professor, procurando averiguar como ele encara a sua profissão do ponto de vista político, social, educacional e cultural. Na elaboração do guia deverão ser considerados pormenores, tais como:

- Qual o papel na escola? - Qual o papel na sala de aula? - Qual o papel na comunidade? - Qual o papel face aos pais?

I - Redirecionado olhares Guia de entrevista com professor.

II - Olhando com olhos de ver

Observação da escola enquanto espaço físico e temporal.

III - Olhando o outro Entrevista sobre o papel do professor.

IV - Olhando o que faço Elaborando materiais didáticos.

IV - Interiorizando nosso olhar

O que vejo.

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- Qual o papel face aos colegas? - Qual o papel face à ética?

3.2 Atividade II Observação da Escola Enquanto

Espaço Físico e Temporal

Esta atividade propõe que, a partir da segunda semana, individualmente, observe a escola enquanto espaço físico e espaço de diferentes vivências temporais e de que modo esses espaços podem influenciar a atuação da escola.

3.3 Atividade III Entrevista Sobre o Papel do Professor

Nesta atividade, que decorrerá a partir da segunda

semana, propomos que individualmente aplique o questionário elaborado na atividade I a um professor da escola onde trabalha, ou na qual está realizando o estágio. Não será necessário identificar a pessoa do professor a cuja aula o aluno assistiu.

3.4 Atividade IV Elaborando Materiais Didáticos

O estágio envolve a transposição para a prática da

reflexão e aprendizado realizado durante o curso. Nesta atividade propomos que a partir da segunda semana inicie a elaboração do material didático a ser utilizado na sala de aula.

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3.5 Atividade V

O Que Vejo

Nesta atividade o processo de reflexão visando à elaboração do memorial, se focaliza na reflexão sobre o seu posicionamento pessoal enquanto educador e cidadão, face à educação de um modo geral e à vivência na escola onde trabalha, ou em que está estagiando.

As atividades de II a V deverão ser disponibilizadas na sala virtual até ao final deste momento do estágio, sendo que poderão ser alteradas ao longo do tempo de modo a que possam melhorar permanentemente esse seu portfolio, revelando a evolução de seu crescimento pessoal e profissional, finalidade última do estágio.

Durante este primeiro momento do estágio estarão disponíveis fóruns de discussão, onde se propõe que discutam:

• Semana I – A função social do professor. • Semana II – Os diferentes espaços temporais

que se cruzam da escola. • Semana III – Os materiais didáticos enquanto

elementos não neutrais no processo de ensinar e aprender.

• Semana IV – A sala de aula enquanto espaço de pesquisa.

O bate-papo será um momento de interação síncrona em que os alunos terão a oportunidade de esclarecer dúvidas e de debater a importância do laboratório na escola e na sala de aula.

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3.6 Resumo

O professor deve ter uma clara consciência da função social que a sua profissão apresenta. Nesse sentido deve procurar, permanentemente, analisar a escola sob diversas variáveis, incluindo a estrutura física e a temporalidade da educação, face aos diferentes intervenientes no processo de ensino-aprendizagem. Nesse processo de reflexão do professor, não deve estar ausente a seleção e a elaboração consciente de materiais didáticos que oportunizem uma prática mais significativa para os alunos.

3.7 Auto-avaliação

1 – Comente a frase: “O material didático não é neutro”.

2 – Apresente argumentos para defender a importância do professor enquanto elemento promotor da educação para a cidadania.

3.8 Bibliografia

LIMA, M. S. L. (Org.) A Hora da Prática: Reflexões sobre o estágio supervisionado e ação docente. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2001 Cortez, 2002. PIMENTA, S. G. O estágio na formação de professores: unidade teoria e prática? 5ª ed. São Paulo: Cortez, 2002.

PIMENTA, S. G.; LIMA, M. S. L. L. Estágio e Docência. São Paulo: Cortez, 2004.

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TEMA 4 REFLETINDO A INTERVENÇÃO DO

PROFESSOR NA ESCOLA E NA SALA DE AULA

Objetivos

• Caracterizar a função do professor e a sua atuação docente dentro e fora da sala de aula;

• Caracterizar os instrumentos de suporte pedagógico ao dispor do professor;

• Identificar as concepções pedagógicas que permeiam a prática da escola e do professor;

• Confrontar as práticas e os discursos dos intervenientes no processo educativo;

• Organizar e implementar situações de aprendizagem, de acordo com propostas pedagógicas inovadoras;

• Utilizar materiais didáticos enquadrados a propostas educacionais inovadoras. Olá, seja bem vindo ao quarto momento do estágio!

Este quarto momento do estágio irá contemplar o desenvolvimento de atividades que lhe possibilitarão os elementos básicos para confrontar as práticas e os discursos dos intervenientes no processo educativo. Por outro lado, permitirá se inteirar dos instrumentos de suporte pedagógico, comumente disponíveis nas escolas. Enquanto momento de interação entre a teoria e a prática, nesta fase do estágio terá a oportunidade de refletir sobre a aplicação na prática do plano da unidade de ensino, bem como dos materiais didáticos e sobre a

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necessidade de realizar alterações a partir do referencial de boas práticas elaborado colaborativamente.

Na tabela abaixo poderão encontrar as atividades que deverão desenvolver durante este primeiro momento do seu estágio.

4.1 Atividade I Guia de Boas Práticas para a

Intervenção do Professor

Esta atividade decorrerá na primeira semana e

prevê a elaboração colaborativa de um guia de boas práticas para a intervenção do professor que possa nortear a sua intervenção e o confronto da entrevista do professor com a sua prática. O guia deverá contemplar aspectos tais como:

- Como organizar as unidades de estudo? - Como definir objetivos? - Como definir o tempo? - Como definir estratégias? - Que referenciais pedagógicos?

I – Redirecionado o olhar

Guia de boas práticas para a intervenção do professor.

II - Olhando com olhos de ver

Observação dos instrumentos de suporte pedagógico.

III - Olhando o outro Análise comparativa entre a relação do professor com o feito e o dito.

IV - Olhando o que faço

Intervindo e refletindo sobre a prática.

IV - Interiorizando nosso olhar

O que faço e como vejo o que faço.

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- Como selecionar e elaborar materiais? - Como avaliar?

4.2 Atividade II

Observação dos Instrumentos de suporte pedagógico

Esta atividade propõe que a partir da segunda

semana, individualmente analise os instrumentos de suporte pedagógico existentes na escola e faça uma comparação com as necessidades para atender as demandas dos referenciais de boas práticas elaborado na Atividade I.

4.3 Atividade III Análise Comparativa entre a Relação do

Professor com o feito e o dito

O estágio envolve, neste momento, a análise comparativa entre o que o professor fez na aula que foi observada e o que disse na entrevista realizada. Deseja-se que, a partir da segunda semana, se analise a coerência entre o discurso e a prática.

4.4 Atividade IV Intervindo e Refletindo sobre a Prática

O estágio enquanto espaço de relação entre a

teoria e a prática propõe, a partir da segunda semana, uma reflexão sobre a concretização do planejamento efetuado envolvendo a sugestão de proposta de aperfeiçoamento ou de reestruturação.

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4.5 Atividade V O que Faço e como Vejo o que Faço

Esta atividade alarga o espaço de reflexão

proposto na Atividade IV e propõe o questionar da realidade da atuação do professor na escola e na sala de aula, face aos pressupostos de boas práticas elaborados na atividade I.

As atividades de II a V deverão ser disponibilizadas na sala virtual até ao final deste momento do estágio sendo que, poderão ser alteradas ao longo do tempo, de modo a que possam melhorar permanentemente o portfolio, revelando a evolução do seu crescimento pessoal e profissional, finalidade última do estágio.

Durante este primeiro momento do estágio estarão disponíveis fóruns de discussão, onde se propõe que discutam:

• Semana I – A atuação do professor em sala de aula face à diversidade;

• Semana II – A comunidade enquanto “instrumentos de suporte pedagógico”;

• Semana III – A relação teoria e prática na sala de aula;

• Semana IV – O professor enquanto pesquisado e pesquisador.

O bate-papo será um momento de interação síncrona em que os alunos terão a oportunidade de esclarecer dúvidas e de debater as diferentes fases por que passa o docente ao longo da sua atuação docente

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4.6 Resumo

A atuação do professor deve ter por referencial um conjunto de boas práticas que o oriente na sua atuação e que o oriente no momento de reflexão sobre o que ele faz e o que ele pensa ser o correto e refletir sobre as influências a que possa estar sujeito.

4.7 Auto-avaliação

1 – Apresente argumentos que sustentem a frase: “O processo de ação-reflexão-ação é fundamental para a atuação do professor”.

2 – Apresente soluções para quebrar a rotina na atuação da escola e do professor.

4.8 Bibliografia

LIMA, M. S. L.. (Org.) A Hora da Prática: Reflexões sobre o estágio supervisionado e ação docente. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2001 Cortez, 2002. PIMENTA, S. G. O estágio na formação de professores: unidade teoria e prática? 5ª ed. São Paulo: Cortez, 2002. PIMENTA, S. G.; LIMA, M. S. L. L. Estágio e Docência. São Paulo: Cortez, 2004.

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TEMA 5 PARTILHA COLABORATIVA

5.1 Introdução

Olá! Chegou o momento de partilhar com a escola

onde você estagiou, com os seus colegas e com a FGF o resultado de seu trabalho.

Você terá quatro semanas para refletir sobre a

importância do memorial e do plano de ação para a mudança da prática da escola e do professor, bem como para planejar e apresentar o trabalho realizado para a sua escola e preparar o momento de apresentação do memorial para os seus colegas, no momento presencial. Neste último momento do estágio e, visando terminar o seu portfolio, lançamos o desafio que sintetize as propostas de alteração à sua atuação e à atuação da sua escola, considerando a necessidade de ela atender melhor às expectativas e às necessidades que visualizamos para ela.

Nesse período, terá à disposição um fórum para o esclarecimento sobre a oficina de apresentação dos resultados do estágio à escola e sobre a apresentação do memorial, no momento presencial. Por outro lado, teremos um fórum aberto para discutir a importância do estágio para mudar a sua prática.

Não esqueçam de disponibilizar o portfolio pronto, bem como todas as atividades solicitadas até ao último dia anunciado na sala virtual. Nesse dia, a sala encerrará não sendo mais possível o acesso.

Agora que terminou o seu estágio, desejamos que ele tenha contribuído para o seu crescimento pessoal e profissional.

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Saudações a todos vocês! 5.2 Resumo

O estágio é um espaço privilegiado para uma reflexão individual e colaborativa entre você e seus colegas, mas a importância do estágio fica reforçada com a partilha de suas conclusões com a escola. Desse modo a escola receberá um feedback de seu estágio e você poderá se constituir como um fator de mudança da realidade educacional.

5.3 Auto-avaliação

1 – Como organizar o momento de partilha colaborativa para que ele se torne significativo, enquanto momento de retorno à escola, das conclusões do trabalho desenvolvido durante o estágio?

2 – Como organizar o momento presencial para que a apresentação do seu memorial seja interessante e possa enriquecer o conhecimento de seus colegas?

5.4 Bibliografia

LIMA, M. S. L. (Org.) A Hora da Prática: Reflexões sobre o estágio supervisionado e ação docente. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2001 Cortez, 2002. PIMENTA, S. G. O estágio na formação de professores: unidade teoria e prática? 5ª ed. São Paulo: Cortez, 2002. PIMENTA, S. G.; LIMA, M. S. L. L. Estágio e Docência. São Paulo: Cortez, 2004.

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Partilha colaborativa V

I - Redirecionado olhares

Memorial e plano de ação

II - Olhando com olhos de ver III - Olhando o outro IV - Olhando o que faço

Planejando a oficina de apresentação do trabalho realizado na escola e no encontro presencial

V - Interiorizando nosso olhar

O que proponho mudar

Momento presencial de apresentação do memorial.

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