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Aula 12 Português p/ INSS - Técnico de Seguro Social - Com videoaulas - 2015 Professor: Fabiano Sales

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Aula de português 12

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  • Aula 12

    Portugus p/ INSS - Tcnico de Seguro Social - Com videoaulas - 2015

    Professor: Fabiano Sales

  • Lngua Portuguesa para INSS

    Teoria e questes comentadas

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    AULA 12

    Ol, caro aluno e futuro Tcnico do INSS! Estamos em mais um encontro de nosso preparatrio de Lngua Portuguesa. Hoje, veremos o perfil da Fundao Carlos Chagas, seguido de orientaes para a resoluo das QUESTES elaboradas pela renomada banca examinadora. Mos obra!

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    Em 2014 e 2015, a banca organizou diversos certames. No ano vigente, os grandes destaques at o momento foram os certames do Conselho Nacional do Ministrio Pblico, cuja prova foi comentada na aula passada, e do Tribunal Regional do Trabalho da 3 Regio. com base neste ltimo que traaremos o perfil atualizado da Fundao Carlos Chagas. Embora diretores do INSS tenham se reunido recentemente com o CESPE, a FCC ainda est no preo, tendo grande probabilidade de ser escolhida como a banca do prximo concurso para o rgo. Em se tratando das provas de Lngua Portuguesa, os examinadores da FCC tm privilegiado questes que abordam os seguintes temas: compreenso/interpretao textual; significao contextual de palavras e expresses; referenciao textual; redao (confronto e reconhecimento de frases corretas e incorretas, tpico que abrange todo o contedo programtico dos editais da banca); concordncia; correlao de tempos e modos verbais; vozes verbais; valor semntico dos conectores; funes sintticas; regncia com pronomes relativos; e emprego dos sinais de pontuao.

    Certamente, esses so os itens que figuraro no vindouro caderno

    de questes para o INSS, em se confirmando a Fundao Carlos Chagas como organizadora. Para nossa prova, portanto, oriento a todos os candidatos a priorizar o estudo desses tpicos, sendo todos ilustrados na prova comentada a seguir. Bons estudos!

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    Tribunal Regional do Trabalho da 3 Regio (2015) Tcnico Judicirio: rea Administrativa

    Lngua Portuguesa

    Ateno: As questes de nmeros 1 a 8 referem-se ao texto que segue.

    O fim dos lbuns de fotografias

    Quando me pergunto o que dever desaparecer nos prximos anos, por conta dos avanos tecnolgicos que mudam ou suprimem hbitos e valores tradicionais, incluo os lbuns de fotografias. Na verdade, so as fotografias mesmas, aquelas reveladas em papel, que esto desaparecendo para dar lugar s imagens arquivadas num celular ou num computador. No mais o tempo que as torna apagadas ou amareladas; o nosso sbito desinteresse que as remove de vez ao toque de um GHOHWH1HPSHQVDUHPDUPD]HQi-las naqueles lbuns de capa dura e folhas de papelo, alguns encadernados em pano, lbuns de famlia, que se acumulavam em bas ou velhos armrios. So monumentos remotos, de um tempo em que a memria ia longe, chegava aos avs e aos bisavs.

    Pergunto-me se no a qualidade mesma da nossa memria, do nosso interesse pelas recordaes, se no o valor mesmo da memria que est mudando de forma radical. Parece estar havendo um crescente desprestgio de tudo o que se refere ao passado, ainda quando esse passado seja recente. Com isso, o tempo se reduz ao instante que est passando e ao aguardado amanh, do qual se exigem novas revelaes, novos milagres. Um lbum de fotografias, nessa velocidade, um objeto de museu, testemunha de tempos mais ingnuos e de imagens paralisadas.

    Enquanto no morrem de vez, ainda me detenho em alguns desses lbuns. Quase sempre so de gosto duvidoso, com capas pretensiosas, ilustradas com flores coloridas, gatinhos meigos, paisagens poticas e outros mimos. Dentro deles surpreendo a vida que j foi, os olhares que nos apanham em nossa vez de ser modernos. A me ocorre que nossas imagens no iro parar em lbuns caprichosos, talvez nem mesmo em arquivos digitais: no estaro em lugar nenhum. o preo que se paga pelo desapego memria.

    (Vitrio Damsio, indito)

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    1. O autor estabelece uma relao de causa e efeito entre: (A) o desprestgio por que momentaneamente passam os lbuns de fotografias e o mau gosto das capas que passaram a ostentar. (B) a perda da memria familiar, entre os que se iludem com o avano tecnolgico, e a possibilidade da restaurao de hbitos outrora prestigiados. (C) a nova tecnologia aplicada ao arquivamento de imagens e o crescente desinteresse pela revelao de fotos e por sua conservao em lbuns prprios (D) o preo que se deve pagar pelo desapego memria e o hbito, arraigado entre ns, de conservar em lbuns as velhas fotografias de famlia. (E) o desprestgio que vm atingindo as lembranas do passado recente e a revalorizao das lembranas registradas num tempo mais remoto. Comentrio: Questo sobre compreenso textual, item sempre recorrente nas provas da FCC. Logo em seu primeiro pargrafo, o texto deixa claro o desinteresse pela revelao de fotos (efeito) em virtude dos avanos tecnolgicos aplicveis ao arquivamento de imagens (causa). Nas linhas 4 DRDXWRUPHQFLRQDTXHVmRDV fotografias mesmas, aquelas reveladas em papel, que esto desaparecendo para dar lugar s imagens arquivadas num celular ou num computador. No mais o tempo que as torna apagadas ou amareladas; o nosso sbito desinteresse que as remove de vez ao toque GH XP GHOHWH 'HVVH PRGR Mi WHPRV GH LPHGLDWR Dletra (C) como resposta da questo. Gabarito: C. 2. Atente para as seguintes afirmaes: I. No 1o pargrafo, estabelece-se uma clara oposio entre as expresses imagens arquivadas num celular ou num computador e as imagens nos lbuns que se acumulavam em bas ou velhos armrios, evidenciando-se assim uma significativa mudana de hbitos. II. No 2o pargrafo, ao se valer da expresso um objeto de museu, o autor mostra que aceitvel e justa a depreciao crescente dos lbuns de fotografias, uma vez que se trata de registros familiares, sem interesse pblico. III. No 3o pargrafo, a expresso em nossa vez de ser modernos acusa, com alguma ironia, o fato de que tambm o nosso momento passageiro, que no podemos alimentar a pretenso de estarmos sempre no mesmo passo em que ocorrem as novidades.

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    Em relao ao texto est correto o que se afirma APENAS em (A) I. (B) I e II. (C) II. (D) III. (E) I e III. Comentrio: Novamente, uma questo sobre compreenso textual. Analisando as assertivas, identificamos que apenas a afirmao II est incorreta. Ainda que guardem registros familiares, sem interesse pblico, os lbuns de famlia tm seu valor. De acordo com o autor, os lbuns de IRWRJUDILD VmR WHVWHPXQha de tempos mais ingnuos e imagens SDUDOLVDGDV Nas demais afirmaes: I. Correta. O primeiro pargrafo faz uma RSRVLomR HQWUH DV LPDJHQVDUTXLYDGDV HP XP FHOXODU RX QXP FRPSXWDGRU H DV LPDJHQV TXH VHDFXPXODYDPHPED~VRXYHOKRVDUPiULRVO autor menciona que estas ~OWLPDV HVWmR GDQGR OXJDU jV SULPHLUDV SRU FRQWD GRV DYDQoRVWHFQROyJLFRVTXHPXGHPRXVXSULPHPKiELWRVHYDORUHVWUDGLFLRQDLV III. Correta. $RPHQFLRQDUDH[SUHVVmRHPQRVVDYH]GHVHUPRGHUQRVo autor faz apenas uma aluso nossa efemeridade de nosso tempo, fazendo um comparativo com a YLGDTXHMiIRLUHJLVWUDGDnos lbuns de fotografias. Dessa forma, nosso gabarito encontrado na letra (E). Gabarito: E. 3. Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento do texto em: (A) por conta dos avanos tecnolgicos (1o pargrafo) = a despeito dos progressos da cincia. (B) para dar lugar s imagens arquivadas (1o pargrafo) = para ocupar o espao de fotos classificadas. (C) um crescente desprestgio (2o pargrafo) = uma resistente desagregao. (D) testemunha de tempos mais ingnuos (2o pargrafo) = que assistiu a pocas mais simples. (E) no iro parar em lbuns caprichosos (3o pargrafo) = no detero arquivos presunosos.

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    Comentrio: Questo sobre significao contextual de palavras e expresses. De acordo com a superfcie textual, o YRFiEXORWHVWHPXQKDHDH[SUHVVmRTXHDVVLVWLXVmRHTXLYDOHQWHVFRQWH[WXDOPHQWH$GHPDLVWHPSRV PDLV LQJrQXRV H pSRFDV PDLV VLPSOHV WDPEpP DSUHVHQWDPsignificado equivalente no contexto em apreo. Nas demais opes: a) DH[SUHVVmRSRUFRQWDGHH[SULPHYDORUGHFDXVDDRSDVVRTXHDGHVSHLWRGHH[SUHVVDYDORUGHFRQFHVVmR E GDU OXJDU H RFXSDU HVSDoR VmR DQW{QLPRV FRQWH[WXDLV $GHPDLVDUTXLYDGDVQmRVHHTXLYDOHDFODVVLILFDGDVQRFRQWH[WR FFUHVFHQWHHUHVLVWHQWHQmRVHHTXLYDOHPFRQWH[WXDOPHQWH H D H[SUHVVmR QmR GHWHUmR DUTXLYRV SUHVXQoRVRV HVWi WRWDOPHQWH HPdesconformidade com a informao original. Gabarito: D. 4. Na frase o preo que se paga pelo desapego memria, que finaliza o texto, a expresso sublinhada est se referindo ao fato de que (A) custoso desviar nossa ateno das velhas fotografias e dos velhos lbuns. (B) as imagens de ns mesmos talvez no sejam preservadas de forma alguma. (C) os velhos lbuns so testemunhos do mau gosto de uma poca. (D) costumam ser enganosas as imagens guardadas em lbuns. (E) os registros em arquivos de papel esto longe de ser confiveis. Comentrio: 1R FRQWH[WR e R preo que se paga pelo desapego PHPyULDDH[SUHVVmRGHVWDFDGDVHUHIHUHjVimagens de ns mesmos, TXH WDOYH] QmR VHMDPSUHVHUYDGDV GH IRUPD DOJXPD (VVD DILUPDomR pencontrada no ltimo pargrafo do trecho, notadamente no seguinte H[FHUWR $t PH RFRUUH TXH QRVsas imagens no iro parar em lbuns caprichosos, talvez nem mesmo em arquivos digitais: no estaro em lugar nenhum Desse modo, a letra (B) gabarita a questo. Gabarito: B.

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    5. Est inteiramente clara e correta a redao deste livre comentrio sobre o texto: (A) Os lbuns de famlia, que para muita gente parece apenas uma relquia intil, estariam condenados desaparecer, em funo de seu descrdito em nome da tecnologia. (B) Ser negligente com nossa memria, tal como parece estar ocorrendo em nossos dias, implica negligenciar o prprio sentido da nossa histria, a prpria formao da nossa identidade. (C) Os instantneos obtidos por celulares, ao contrrio dos antigos lbuns fotogrficos, dispensam de serem revelados, ao passo que nestes ainda exigem um papel especial. (D) Se continuarmos a desleichar com nossa documentao atravs de fotografias, haver de chegarmos ao momento onde nenhuma memria de ns resistir ao tempo. (E) O fraglante de uma cena familiar pode ser precioso, ao documentar um momento cuja lembrana ningum poder se esquecer, eternizando para sempre uma situao especial. Comentrio: Questo hbrida, abordando diversos assuntos. Inicialmente, DV YtUJXODV TXH LVRODP R WUHFKR WDO FRPR SDUHFH HVWDU RFRUUHQGR HPQRVVRV GLDV IRUDP FRUretamente empregadas, a fim de no separar o VXMHLWRGRSUHGLFDGR$GHPDLVRYHUERLPSOLFDUIRLXWLOL]DGRQDDFHSomRde acarretar, sendo transitivo direto. Com relao s demais opes, seguem as respectivas correes: a) Os lbuns de famlia, que para muita gente parecem apenas uma relquia intil, estariam condenados a desaparecer (...) c) Os instantneos (...) dispensam de ser revelados (...) ao passo que estes ainda exigem um papel especial. d) Se continuarmos a desleixar (...) ao momento em que (...) e) O flagrante de uma cena familiar pode ser precioso ao documentar um momento de cuja lembrana ningum poder se esquecer (...) Gabarito: B. 6. As normas de concordncia verbal esto plenamente respeitadas na seguinte frase: (A) J quase no se coleciona em lbum, em funo das tcnicas digitais, as fotografias familiares que tanto contavam de nossa histria. (B) Para muita gente j no so mais necessrios conservar os velhos lbuns de fotografias, substitudos que foram pelos arquivos digitais. (C) Aquelas velhas fotos no convm ningum desprezar, esto sendo cada vez mais raras, e algum dia acabar por converter-se num precioso documento.

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    (D) Uma sucesso de fotos pode ilustrar um segmento importante de uma histria familiar, qual pertenceram aqueles velhos rostos e expresses. (E) A todas as pessoas deveriam caber, em respeito aos que as antecederam, conservar as imagens de outro tempo, de outros hbitos. Comentrio: Questo sobre sintaxe de concordncia, a qual foi integralmente respeitada na assertiva (D). Nessa opo, o sintagma DTXHOHVYHOKRVURVWRVHH[SUHVV}HVH[HUFHDIXQomRGHVXMHLWRGRYHUERSHUWHQFHUUD]mRSRUTXHRYHUERIRLFRUUHWDPHQWHIOH[LRQDGRQRSOXUDO Nas demais opes, as respectivas correes so: a) se colecionam (...) as fotografias familiares b) j no mais necessrio conservar (...) c) e algum dias (aquelas velhas fotos) acabaro (...) e) deveria caber (...) conservar as imagens Gabarito: D. 7. Os tempos e modos verbais encontram-se adequadamente articulados na frase: (A) Se algum me perguntasse a respeito da necessidade de se preservar em lbuns as fotos familiares, no hesitarei em lhe dizer que eu alimentasse grande simpatia por esse hbito. (B) A cada vez que algum me perguntar se estou entusiasmado com as novas tcnicas digitais, eu teria dito que no, que tenho preferncia pelas velhas fotos em papel. (C) Quando eu me punha a examinar os velhos lbuns de fotografia, era tomado por uma grande nostalgia, e passava a reconstituir histrias at ento esquecidas. (D) Caso todos prefiram aderir aos arquivos de computador, as velhas fotografias teriam sido relegadas a um cruel desaparecimento. (E) Talvez ainda venha a ocorrer a revalorizao das velhas fotografias, caso as pessoas percebessem que estas contam uma histria preciosa. Comentrio: Questo sobre correlao verbal. $VIRUPDVYHUEDLVSXQKDH SDVVDYD HVWmR FRUUHWDPHQWH DUWLFXODGDV QR SUHWpULWR LPSHUIHLWR GRindicativo, mantendo a correta correlao verbal. Nas demais opes, as respectivas correes so: a) no hesitaria (futuro do pretrito);

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    b) eu direi (futuro do presente); d) sero relegadas (futuro do presente); e) caso as pessoas percebam (presente do subjuntivo). Gabarito: C. 8. Transpondo-se para a voz passiva a forma verbal sublinhada na frase Dentro deles surpreendo a vida que j foi, obtm-se a expresso (A) tenho surpreendido. (B) fora surpreendida. (C) estou surpreendendo. (D) ser surpreendida. (E) surpreendida. Comentrio: Questo sobre transposio de vozes verbais. No trecho RULJLQDORYHUERVXrSUHHQGHUHVWiFRQMXJDGRQRSUHVHQWHGRLQGLFDWLYRtempo que dever ser mantido na locuo verbal de voz passiva. Assim, j descartamos as letras (B) e (D).

    Na sequncia, devemos observar que o objeto direto da voz ativa o sintagma DYLGDTXHMiIRL$RFRQYHUWHUDIUDVHSDUDDYR]SDVVLYDentretanto, esse sintagma desempenhar a funo de sujeito, o que nos leva a ter cuidado com a concordncia verbal: A vida que j foi surpreendida dentro deles. Logo, nosso gabarito a letra (E). Gabarito: E. Ateno: As questes de nmeros 9 a 15 referem-se ao texto que segue.

    Lies dos museus

    Os museus, ao contrrio do que se imagina, so uma inveno moderna: nasceram durante a Revoluo Francesa, no final do sculo XVIII. Os parisienses revoltados arrebentaram as casas dos nobres e se serviram de bens, mobilirio e objetos de arte. O quebra-quebra era um jeito de decretar que acabara o tempo dos privilgios. A Assembleia Nacional debateu durante meses para chegar concluso de que os restos do luxo dos aristocratas deviam ser considerados patrimnio da nao. Seriam, portanto, reunidos e instalados em museus que todos visitariam, preservando agradavelmente a lembrana de tempos anteriores.

    A questo em debate era a seguinte: ser que fazia sentido preservar o passado, uma vez que estava comeando uma nova era em que os indivduos no mais seriam julgados por sua origem, mas por sua capacidade e potencialidades pessoais? No seria lgico destruir os vestgios de pocas injustas para comear tudo do zero? Prevaleceu o

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    partido segundo o qual era bom conservar os restos do passado inquo e transform-los em memrias coletivas.

    Dessa escolha nasceram os museus e, logo depois, a deciso de preservar os monumentos histricos. Na mesma poca, na Europa inteira, ganhou fora o interesse pela Histria. A justificativa seria: lembrar para no repetir. No deu muito certo, ao que tudo indica, pois nunca paramos de repetir o pior. No fundo, no queremos que o passado decida nosso destino: o que nos importa, em princpio, sempre o futuro.

    (Adaptado de: CALLIGARIS, Contardo. Terra de ningum. So Paulo: Publifolha, 2004, p. 330-331) 9. Os museus nasceram durante a Revoluo Francesa e foram criados depois de debates da Assembleia Nacional, findos os quais se concluiu que (A) a guarda dos bens da aristocracia deveria caber provisoriamente ao Estado, que decidiria o futuro do que pertencia aos antigos aristocratas. (B) os bens dos antigos aristocratas deveriam ser mantidos como um patrimnio coletivo, prestando-se conservao da memria histrica. (C) a destruio de todos os vestgios da antiga nobreza era necessria para a preservao das liberdades conquistadas pelos revolucionrios. (D) o futuro, embora se anunciasse melhor do que o passado, deveria ser alimentado pela memria dos privilgios de que os nobres eram merecedores. (E) o passado, apesar das amplas lies que pode inspirar em tempos futuros, s deve ser preservado quando documenta os feitos dos cidados comuns. Comentrio: Questo sobre compreenso textual. No incio do texto, o autor abordou a origem dos museus, afirmando que eles tm uma FDUDFWHUtVWLFDPRGHUQD2VPXVHXVDRFRQWUiULRGRTXHVHLPDJLQDVmRuma inveno moderna: nasceram durante a Revoluo Francesa, no final do VpFXOR;9,,,Ainda com relao ao primeiro pargrafo, depreende-se a ideia de que, a princpio, houve uma apropriao de carter particular dos bens dos nobres, ao passarem s mos dos revolucionrios, conforme UDWLILFD R H[FHUWR RV SDULVLHQVHV UHYROWDGos arrebentaram as casas dos QREUHVHVHVHUYLUDPGHEHQVPRELOLiULRHREMHWRVGHDUWH Na sequncia e ainda dH DFRUGR FRP R WH[WR GXUDQWH D 5HYROXomR )UDQFHVD DAssembleia Nacional debateu durante meses para chegar concluso de que os restos do luxo dos aristocratas deviam ser considerados SDWULP{QLRGDQDomR$VVLPYDOLGD-se a letra (B) como gabarito. Gabarito: B.

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    10. Atente para as seguintes afirmaes: I. Da leitura do 1o pargrafo, depreende-se que, a princpio, os bens dos nobres passaram s mos de revolucionrios, configurando-se ento uma apropriao de carter particular, ainda no pblico. II. No 2o pargrafo, informa-se que a posio vencida nos debates da Assembleia Nacional foi a de quem advogava em favor da preservao dos bens apreendidos, para que no se perdesse a memria dos mritos da aristocracia. III. No 3o pargrafo, manifestando uma opinio pessoal, o autor do texto julga imprescindvel a existncia de museus, uma vez que eles acabam exercendo uma funo educativa, cuja importncia h muito vem se demonstrando. Em relao ao texto, est correto o que se afirma APENAS em (A) I. (B) II. (C) III. (D) I e II. (E) II e III. Comentrio: Questo sobre interpretao textual. Vamos analisar as assertivas. I. Correta. No tocante ao primeiro pargrafo, embora a Assembleia 1DFLRQDO WHQKD GHFLGLGR TXH RV UHVWRV GH OX[R GRV DULVWRFUDWDV GHYLDPVHU FRQVLGHUDGRV SDWULP{QLR GD QDomR GHSUHHQGH-se a ideia de que, a princpio, houve uma apropriao de carter particular dos bens dos nobres, ao passarem s mos dos revolucionrios, conforme ratifica o H[FHUWRRVSDULVLHQVHVUHYROWDGRVDUUHEHQWDUDPDVFDVDVGRVQREUHVHVHVHUYLUDPGHEHQVPRELOLiULRHREMHWRVGHDUWH II. Errada. A afirmao contida neste item contraditria em relao s ideias do texto, em que o autor nos mostra a prevalncia do partido segundo o qual era bom conservar os restos do passado inquo e transform-ORVHPPHPyULDVFROHWLYDV III. Errada. Novamente, temos uma contradio no tocante s ideias do texWR 6HJXQGR R FRUSXV WH[WXDO R DXWRU DILUPD TXH QR IXQGR QmRqueremos que o passado decida nosso destino: o que nos importa, em SULQFtSLRpVHPSUHRIXWXUR Gabarito: A.

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    11. A frase Ser que fazia sentido preservar o passado, uma vez que estava comeando uma nova era? tem seu sentido preservado numa nova e correta redao em (A) Teria sentido caso se conserve o passado na medida em que comea um novo tempo? (B) Que sentido poderia haver o passado quando se preserva numa nova etapa histrica? (C) Assim que se principia um novo tempo, faria sentido ainda quando se preservasse o passado? (D) Em virtude dos novos tempos que estavam chegando, faria sentido manter vivo o passado? (E) Porque faria sentido alimentar velhos tempos, conquanto uma nova era principiasse? Comentrio: Questo sobre valor semntico dos conectivos. A expresso FRQMXQWLYD XPD YH] TXH H[SULPH YDORU GH FDXVD PDWL] VHPkQWLFRWDPEpPH[SUHVVRSHODORFXomRSUHSRVLWLYDHPYLUWXGHGHFRQVWDQWHGDassertiva (D). Ademais, tambm foi o correto o emprego da vrgula antes GH IDULD PDUFDQGR D DQWHFLSDomR GD RUDomR VXERUGLQDGD DGYHUELDOcausal. Nas demais opes: a) RWHUPRFDVRH[SUHVVDYDORUGHFRQGLomR ERWHUPRTXDQGRH[SULPHPDWL]GHWHPSR FDORFXomRDVVLPTXHGHQRWDYalor semntico de tempo. HR WHUPRFRQTXDQWRH[SUHVVDYDORUGHFRQFHVVmR$GHPDLVD IRUPDSRUTXH MXQWD H VHP DFHQWR GHYH VHU VXEVWLWXtGD SHOD HVWUXWXUD SRUTXHVHSDUDGDHVHPDFHQWRMiTXHHVWDPRVHPFRQWH[WRLQWHUURJDWLYR Gabarito: D. 12. A frase em que ambos os elementos sublinhados exercem a funo de ncleo do sujeito : (A) Os bens dos aristocratas deviam ser considerados patrimnio de quem os tomou. (B) Os parisienses revoltados arrebentaram as casas dos nobres. (C) Os museus, ao contrrio do que se imagina, so uma inveno moderna. (D) Muitos acham que no justo apagar os vestgios do passado. (E) Dessa escolha da Assembleia Nacional nasceram os museus. Comentrio: Questo sobre funes sintticas. Na letra (A), os termos EHQVHTXHPH[HUFHPDIXQomRGHQ~FOHRGRVXMHLWRQRWDGDPHQWHHPUHODomRjVIRUPDVYHUEDLVGHYLDPHWRPRXUHVSHFWLYDPHQWH

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    Nas demais opes: b) HPGRVQREUHVRWHUPRdestacado ncleo com adjunto adnominal. c) HPLQYHQomRPRGHUQDRWHUPRGHstacado predicativo do sujeito. GHQTXDQWRMXVWRpSUHGLFDWLYRRWHUPRYHVWtJLRVpQ~FOHRGRREMHWRGLUHWRGHDSDJDU e) PXVHXVpQ~FOHRGRVXMHLWRHQWUHWDQWRHVFROKDpQ~FOHRGRREMHWRindireto. Gabarito: A. 13. Est plenamente adequada a pontuao da seguinte frase (A) Depois de muitos debates, os membros da Assembleia Nacional instalada pela Revoluo Francesa, decidiram criar museus pblicos, para preservar o passado. (B) Embora muitos imaginem, que os museus so instituies antiqussimas, eles de fato nasceram, to somente no sculo da Revoluo Francesa. (C) Se era para comear tudo do zero, mais lgico seria naquele momento revolucionrio, deixar que se apagassem todos os vestgios do passado. (D) No apenas os museus como tambm os monumentos histricos, constituem formas de uma memria histrica, que no se deseja perder. (E) Sempre haver quem acredite que a memria do passado histrico, quando bem preservada, ajuda-nos a evitar os graves erros que foram outrora cometidos. Comentrio: Questo sobre emprego dos sinais de pontuao. No FRQWH[WRDRUDomRTXDQGREHPSUHVHUYDGDpVXERUGLQDGDDGYHUELDOHpor estar intercalada, foi corretamente isolada por vrgulas. Nas demais opes: a) IDOWRXXPDYtUJXODDQWHVGHLQVWDODGDLniciando a orao subordinada reduzida de particpio. b) KRXYH R HPSUHJR LQDGHTXDGR GD YtUJXOD DSyV LPDJLQHP SRUexemplo. F IDOWRX XPD YtUJXOD DQWHV GH QDTXHOH PRPHQWR UHYROXFLRQiULRisolando o adjunto adverbial intercalado. d) houve o emprego inadeTXDGR GD YtUJXOD DQWHV GH FRQVWLWXHPseparando sujeito e predicado. Gabarito: E.

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    14. Est correto o emprego do elemento sublinhado na seguinte frase (A) Os debates da Assembleia Nacional, que se refere o autor, foram calorosos. (B) As casas dos nobres de cujas se lanaram os revoltosos foram saqueadas. (C) O tempo com que frequentemente nos importamos no o passado, mas o futuro. (D) H no passado muitas lies histricas em cujas podemos aprender. (E) Os museus e os monumentos so instituies aonde algum aprendizado da histria sempre se d. Comentrio: Questo sobre regncia, mesclada com o emprego dos pronomes relativos. 2YHUERLPSRUWDU-VHUHJHRHPSUHJRGDSUHSRVLomRFRPWHUPRTXHDQWHFHGHXFRUUHWDPHQWHRSURQRPHUHODWLYRTXH Nas demais opes, as respectivas correes so: a) (...) a que se refere o autor ... b) As casas dos nobres em que se lanaram ... d) (...) histricas que podemos aprender. e) (...) so instituies em que algum aprendizado da histria sempre se d. Gabarito: C. 15. Est plenamente correta a redao da seguinte frase (A) No se sabe o por qu de tanto desprezo em relao ao passado, que tanto poder-nos-iam ensinar. (B) Sim, sabe-se que privilgios sempre existem, e lhes desfrutam e os abusam os que chegam ao poder. (C) Aos franceses, a Revoluo propiciou-os afastar privilgios de quem lhes gozava injustamente. ' 4XDQWR DR OHPD OHPEUDU SDUD QmR UHSHWLU PXLWRV OKHadotam por que acreditam na pedagogia da Histria. (E) Cabe aos museus a preservao de obras de arte; sempre haver quem as ame e por elas se interesse. Comentrio: 4XHVWmR VREUH UHGDomR FRQIURQWR H UHFRQKHFLPHQWR GHfrases corretas e incorretas). 1R FRQWH[WR R YHUER FDEHU IRLcorretamente mantido no singular, concordando com o sujeito posposto DSUHVHUYDomRGHREUDVGHDUWH Nas demais opes, seguem as respectivas correes:

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    a) No se sabe o porqu (...) que tanto nos poderia ensinar. b) Sim, sabe-se que privilgios sempre existem e (que) os desfrutam e os abusam (...). c) Aos franceses, a Revoluo propiciou-lhes (...) de que os gozava injustamente. d) (...) muitos o adotam porque acreditam (...). Gabarito: E.

    Por hoje s! Grande abrao! Fabiano Sales.

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    LISTA DAS QUESTES APRESENTADAS NA AULA

    As questes de nmeros 1 a 8 referem-se ao texto que segue.

    O fim dos lbuns de fotografias

    Quando me pergunto o que dever desaparecer nos prximos anos,

    por conta dos avanos tecnolgicos que mudam ou suprimem hbitos e valores tradicionais, incluo os lbuns de fotografias. Na verdade, so as fotografias mesmas, aquelas reveladas em papel, que esto desaparecendo para dar lugar s imagens arquivadas num celular ou num computador. No mais o tempo que as torna apagadas ou amareladas; o nosso sbito desinteresse que as remove de vez ao toque de um GHOHWH1HPSHQVDUHPDUPD]HQi-las naqueles lbuns de capa dura e folhas de papelo, alguns encadernados em pano, lbuns de famlia, que se acumulavam em bas ou velhos armrios. So monumentos remotos, de um tempo em que a memria ia longe, chegava aos avs e aos bisavs.

    Pergunto-me se no a qualidade mesma da nossa memria, do nosso interesse pelas recordaes, se no o valor mesmo da memria que est mudando de forma radical. Parece estar havendo um crescente desprestgio de tudo o que se refere ao passado, ainda quando esse passado seja recente. Com isso, o tempo se reduz ao instante que est passando e ao aguardado amanh, do qual se exigem novas revelaes, novos milagres. Um lbum de fotografias, nessa velocidade, um objeto de museu, testemunha de tempos mais ingnuos e de imagens paralisadas.

    Enquanto no morrem de vez, ainda me detenho em alguns desses lbuns. Quase sempre so de gosto duvidoso, com capas pretensiosas, ilustradas com flores coloridas, gatinhos meigos, paisagens poticas e outros mimos. Dentro deles surpreendo a vida que j foi, os olhares que nos apanham em nossa vez de ser modernos. A me ocorre que nossas imagens no iro parar em lbuns caprichosos, talvez nem mesmo em arquivos digitais: no estaro em lugar nenhum. o preo que se paga pelo desapego memria.

    (Vitrio Damsio, indito)

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    1. O autor estabelece uma relao de causa e efeito entre: (A) o desprestgio por que momentaneamente passam os lbuns de fotografias e o mau gosto das capas que passaram a ostentar. (B) a perda da memria familiar, entre os que se iludem com o avano tecnolgico, e a possibilidade da restaurao de hbitos outrora prestigiados. (C) a nova tecnologia aplicada ao arquivamento de imagens e o crescente desinteresse pela revelao de fotos e por sua conservao em lbuns prprios (D) o preo que se deve pagar pelo desapego memria e o hbito, arraigado entre ns, de conservar em lbuns as velhas fotografias de famlia. (E) o desprestgio que vm atingindo as lembranas do passado recente e a revalorizao das lembranas registradas num tempo mais remoto. 2. Atente para as seguintes afirmaes: I. No 1o pargrafo, estabelece-se uma clara oposio entre as expresses imagens arquivadas num celular ou num computador e as imagens nos lbuns que se acumulavam em bas ou velhos armrios, evidenciando-se assim uma significativa mudana de hbitos. II. No 2o pargrafo, ao se valer da expresso um objeto de museu, o autor mostra que aceitvel e justa a depreciao crescente dos lbuns de fotografias, uma vez que se trata de registros familiares, sem interesse pblico. III. No 3o pargrafo, a expresso em nossa vez de ser modernos acusa, com alguma ironia, o fato de que tambm o nosso momento passageiro, que no podemos alimentar a pretenso de estarmos sempre no mesmo passo em que ocorrem as novidades. Em relao ao texto est correto o que se afirma APENAS em (A) I. (B) I e II. (C) II. (D) III. (E) I e III.

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    3. Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento do texto em: (A) por conta dos avanos tecnolgicos (1o pargrafo) = a despeito dos progressos da cincia. (B) para dar lugar s imagens arquivadas (1o pargrafo) = para ocupar o espao de fotos classificadas. (C) um crescente desprestgio (2o pargrafo) = uma resistente desagregao. (D) testemunha de tempos mais ingnuos (2o pargrafo) = que assistiu a pocas mais simples. (E) no iro parar em lbuns caprichosos (3o pargrafo) = no detero arquivos presunosos. 4. Na frase o preo que se paga pelo desapego memria, que finaliza o texto, a expresso sublinhada est se referindo ao fato de que (A) custoso desviar nossa ateno das velhas fotografias e dos velhos lbuns. (B) as imagens de ns mesmos talvez no sejam preservadas de forma alguma. (C) os velhos lbuns so testemunhos do mau gosto de uma poca. (D) costumam ser enganosas as imagens guardadas em lbuns. (E) os registros em arquivos de papel esto longe de ser confiveis. 5. Est inteiramente clara e correta a redao deste livre comentrio sobre o texto: (A) Os lbuns de famlia, que para muita gente parece apenas uma relquia intil, estariam condenados desaparecer, em funo de seu descrdito em nome da tecnologia. (B) Ser negligente com nossa memria, tal como parece estar ocorrendo em nossos dias, implica negligenciar o prprio sentido da nossa histria, a prpria formao da nossa identidade. (C) Os instantneos obtidos por celulares, ao contrrio dos antigos lbuns fotogrficos, dispensam de serem revelados, ao passo que nestes ainda exigem um papel especial. (D) Se continuarmos a desleichar com nossa documentao atravs de fotografias, haver de chegarmos ao momento onde nenhuma memria de ns resistir ao tempo. (E) O fraglante de uma cena familiar pode ser precioso, ao documentar um momento cuja lembrana ningum poder se esquecer, eternizando para sempre uma situao especial.

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    6. As normas de concordncia verbal esto plenamente respeitadas na seguinte frase: (A) J quase no se coleciona em lbum, em funo das tcnicas digitais, as fotografias familiares que tanto contavam de nossa histria. (B) Para muita gente j no so mais necessrios conservar os velhos lbuns de fotografias, substitudos que foram pelos arquivos digitais. (C) Aquelas velhas fotos no convm ningum desprezar, esto sendo cada vez mais raras, e algum dia acabar por converter-se num precioso documento. (D) Uma sucesso de fotos pode ilustrar um segmento importante de uma histria familiar, qual pertenceram aqueles velhos rostos e expresses. (E) A todas as pessoas deveriam caber, em respeito aos que as antecederam, conservar as imagens de outro tempo, de outros hbitos. 7. Os tempos e modos verbais encontram-se adequadamente articulados na frase: (A) Se algum me perguntasse a respeito da necessidade de se preservar em lbuns as fotos familiares, no hesitarei em lhe dizer que eu alimentasse grande simpatia por esse hbito. (B) A cada vez que algum me perguntar se estou entusiasmado com as novas tcnicas digitais, eu teria dito que no, que tenho preferncia pelas velhas fotos em papel. (C) Quando eu me punha a examinar os velhos lbuns de fotografia, era tomado por uma grande nostalgia, e passava a reconstituir histrias at ento esquecidas. (D) Caso todos prefiram aderir aos arquivos de computador, as velhas fotografias teriam sido relegadas a um cruel desaparecimento. (E) Talvez ainda venha a ocorrer a revalorizao das velhas fotografias, caso as pessoas percebessem que estas contam uma histria preciosa. 8. Transpondo-se para a voz passiva a forma verbal sublinhada na frase Dentro deles surpreendo a vida que j foi, obtm-se a expresso (A) tenho surpreendido. (B) fora surpreendida. (C) estou surpreendendo.

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    (D) ser surpreendida. (E) surpreendida.

    As questes de nmeros 9 a 15 referem-se ao texto que segue.

    Lies dos museus

    Os museus, ao contrrio do que se imagina, so uma inveno moderna: nasceram durante a Revoluo Francesa, no final do sculo XVIII. Os parisienses revoltados arrebentaram as casas dos nobres e se serviram de bens, mobilirio e objetos de arte. O quebra-quebra era um jeito de decretar que acabara o tempo dos privilgios. A Assembleia Nacional debateu durante meses para chegar concluso de que os restos do luxo dos aristocratas deviam ser considerados patrimnio da nao. Seriam, portanto, reunidos e instalados em museus que todos visitariam, preservando agradavelmente a lembrana de tempos anteriores.

    A questo em debate era a seguinte: ser que fazia sentido preservar o passado, uma vez que estava comeando uma nova era em que os indivduos no mais seriam julgados por sua origem, mas por sua capacidade e potencialidades pessoais? No seria lgico destruir os vestgios de pocas injustas para comear tudo do zero? Prevaleceu o partido segundo o qual era bom conservar os restos do passado inquo e transform-los em memrias coletivas.

    Dessa escolha nasceram os museus e, logo depois, a deciso de preservar os monumentos histricos. Na mesma poca, na Europa inteira, ganhou fora o interesse pela Histria. A justificativa seria: lembrar para no repetir. No deu muito certo, ao que tudo indica, pois nunca paramos de repetir o pior. No fundo, no queremos que o passado decida nosso destino: o que nos importa, em princpio, sempre o futuro.

    (Adaptado de: CALLIGARIS, Contardo. Terra de ningum. So Paulo: Publifolha, 2004, p. 330-331) 9. Os museus nasceram durante a Revoluo Francesa e foram criados depois de debates da Assembleia Nacional, findos os quais se concluiu que (A) a guarda dos bens da aristocracia deveria caber provisoriamente ao Estado, que decidiria o futuro do que pertencia aos antigos aristocratas. (B) os bens dos antigos aristocratas deveriam ser mantidos como um patrimnio coletivo, prestando-se conservao da memria histrica. (C) a destruio de todos os vestgios da antiga nobreza era necessria para a preservao das liberdades conquistadas pelos revolucionrios.

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    (D) o futuro, embora se anunciasse melhor do que o passado, deveria ser alimentado pela memria dos privilgios de que os nobres eram merecedores. (E) o passado, apesar das amplas lies que pode inspirar em tempos futuros, s deve ser preservado quando documenta os feitos dos cidados comuns. 10. Atente para as seguintes afirmaes: I. Da leitura do 1o pargrafo, depreende-se que, a princpio, os bens dos nobres passaram s mos de revolucionrios, configurando-se ento uma apropriao de carter particular, ainda no pblico. II. No 2o pargrafo, informa-se que a posio vencida nos debates da Assembleia Nacional foi a de quem advogava em favor da preservao dos bens apreendidos, para que no se perdesse a memria dos mritos da aristocracia. III. No 3o pargrafo, manifestando uma opinio pessoal, o autor do texto julga imprescindvel a existncia de museus, uma vez que eles acabam exercendo uma funo educativa, cuja importncia h muito vem se demonstrando. Em relao ao texto, est correto o que se afirma APENAS em (A) I. (B) II. (C) III. (D) I e II. (E) II e III. 11. A frase Ser que fazia sentido preservar o passado, uma vez que estava comeando uma nova era? tem seu sentido preservado numa nova e correta redao em (A) Teria sentido caso se conserve o passado na medida em que comea um novo tempo? (B) Que sentido poderia haver o passado quando se preserva numa nova etapa histrica? (C) Assim que se principia um novo tempo, faria sentido ainda quando se preservasse o passado? (D) Em virtude dos novos tempos que estavam chegando, faria sentido manter vivo o passado? (E) Porque faria sentido alimentar velhos tempos, conquanto uma nova era principiasse?

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    12. A frase em que ambos os elementos sublinhados exercem a funo de ncleo do sujeito : (A) Os bens dos aristocratas deviam ser considerados patrimnio de quem os tomou. (B) Os parisienses revoltados arrebentaram as casas dos nobres. (C) Os museus, ao contrrio do que se imagina, so uma inveno moderna. (D) Muitos acham que no justo apagar os vestgios do passado. (E) Dessa escolha da Assembleia Nacional nasceram os museus. 13. Est plenamente adequada a pontuao da seguinte frase (A) Depois de muitos debates, os membros da Assembleia Nacional instalada pela Revoluo Francesa, decidiram criar museus pblicos, para preservar o passado. (B) Embora muitos imaginem, que os museus so instituies antiqussimas, eles de fato nasceram, to somente no sculo da Revoluo Francesa. (C) Se era para comear tudo do zero, mais lgico seria naquele momento revolucionrio, deixar que se apagassem todos os vestgios do passado. (D) No apenas os museus como tambm os monumentos histricos, constituem formas de uma memria histrica, que no se deseja perder. (E) Sempre haver quem acredite que a memria do passado histrico, quando bem preservada, ajuda-nos a evitar os graves erros que foram outrora cometidos. 14. Est correto o emprego do elemento sublinhado na seguinte frase (A) Os debates da Assembleia Nacional, que se refere o autor, foram calorosos. (B) As casas dos nobres de cujas se lanaram os revoltosos foram saqueadas. (C) O tempo com que frequentemente nos importamos no o passado, mas o futuro. (D) H no passado muitas lies histricas em cujas podemos aprender. (E) Os museus e os monumentos so instituies aonde algum aprendizado da histria sempre se d.

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    15. Est plenamente correta a redao da seguinte frase (A) No se sabe o por qu de tanto desprezo em relao ao passado, que tanto poder-nos-iam ensinar. (B) Sim, sabe-se que privilgios sempre existem, e lhes desfrutam e os abusam os que chegam ao poder. (C) Aos franceses, a Revoluo propiciou-os afastar privilgios de quem lhes gozava injustamente. ' 4XDQWR DR OHPD OHPEUDU SDUD QmR UHSHWLU PXLWRV OKHadotam por que acreditam na pedagogia da Histria. (E) Cabe aos museus a preservao de obras de arte; sempre haver quem as ame e por elas se interesse.