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Festival de Fotografia de Tiradentes 2017 Convocatória: apresentação de portfólio Portfólio Sereno Caleri

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Festival de Fotografia de Tiradentes 2017

Convocatória: apresentação de portfólio

Portfólio

Sereno Caleri

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Kuarup: a celebração da vida

O parque Indígena do Xingu foi fundado em 1961, e esta localizado no coração do Brasil, e ocupa uma área de 27.000 km quadrados, ao norte do

estado do Mato Grosso. Atualmente, tem uma população de 5.500 índios de quatorze etnias diferentes pertencentes aos quatro grupos lingüísticos: caribe,

arauaque, tupi e macro-jê. No território do parque existem diversas tribos oriundas destes quatro troncos lingüísticos: cuicuros, calapalos, nauquas, matipus

icpengues (caribe), meinacos, uauras, iaualapitis (arauque), auetis, camaiuras, juruna, caiabis (tupi), trumais (língua isolada), suias (macro-jê).

O Kuarup é uma celebração anual que reúne todas as aldeias do Xingu para homenagear o espírito de três figuras importantes que faleceram no

decorrer do ano. O que parece ser uma cerimônia para os mortos, resulta na verdade na celebração da vida. A festa dura três dias. Este ensaio fotográfico

registra a celebração ocorrida em agosto de 2015 na aldeia Cuicuro.

A cerimônia começa quando integrantes da aldeia anfitriã carregam os três troncos de kuarup (nome da madeira que nomeia a festa e que representa

aqueles que se foram) até o centro da aldeia. A partir daí, o que se observa, é um cuidado e uma devoção àqueles troncos, que são pintados, enfeitados e

adorados durante o dia inteiro. Cantam, dançam e percorrem toda a aldeia celebrando o fim do luto. Durante toda a noite, familiares se reúnem ao redor do

tronco para as ultimas lagrimas e lamentos dedicados aos seus entes queridos.

Alto Xingu, Brasil 2015.

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Teranga

Teranga é um projeto fotográfico que procura retratar a transformação de um espaço histórico da diáspora Africana em um lugar de memória e

patrimônio histórico mundial da UNESCO (desde 1978). A costa atlântica do Senegal foi um dos principais centros de comércio de escravos da costa Oeste

Africana por mais de três séculos. Na ilha de Gorée, estimasse que sete milhões de africanos escravizados foram vendidos e embarcados nos navios com

destino às colônias europeias no continente americano. A porta do não retorno, encontrado na parte inferior da antiga casa de escravos (agora um museu), é

um rito de transformação, que, por um lado, assinalou o fim de uma vida feita de identidades e referências, e também marca o início de uma nova vida, cheia

de incertezas.

Esta parte do passado de Senegal ainda se faz muito presente. No antigo porto de Gorée, a espera ainda representa uma grande parte de suas vidas.

Casas construídas na forma de navios negreiros antigos ainda estão de pé. Com o passado nas costas e o futuro por diante, Teranga é o termo em wolof que

melhor define a relação entre estas pessoas e este lugar histórico, a palavra significa hospitalidade, tolerância e harmonia como quase uma filosofia de vida.

Assim, a ideia de Jean Paul Sartre de que "não importa o que eles fizeram com você, mas o que você faz com o que fizeram com você", tem como

consequência a transformação de um lugar histórico em lugar de memória da escravidão africana.

Onde antes escravos eram negociados, agora se vende peixe e frutos do mar; no mesmo terreno de areia, onde se escolhia os melhores escravos,

agora, crianças livres jogam futebol; e no sul do país, uma ilha feita de conchas abriga um cemitério misto, onde muçulmanos e cristãos são enterrados sob o

mesmo baobab.

Senegal, 2013-14.

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Gorée vista desde sua chegada a partir de Dacar.

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Pescadores na praia de M`bour, Senegal.

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Mulher espera o retorno dos barcos com a pesca do dia em M`bour.

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Homem prepara a rede na Ilha das Conchas, em Joal-Fadiouth, ao sul do Senegal.

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Mercado de peixes de M`bour.

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Passado, presente e futuro na Ilha de Gorée.

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A espera no porto de Gorée com as construções coloniais ao fundo.

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Celas de cativos antes do embarque rumo às colônias na Casa dos escravos em Gorée.

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Porta do não-retorno em Gorée.

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Crianças e mulheres ficam nas aldeias enquanto os homens vão para o mar. Vila Serer, Senegal.

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Rue Saint Germain em Gorée.

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Celebração de ano novo na casa do Alex e sua família. M`bour, Senegal (2013-14).

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Cemitério misto muçulmano/cristão ao sul do pais.

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Terreno onde escravos eram selecionados e comprados por mais de três séculos em Gorée.

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Baobab e um poço construído por ONGs francesas perto da Vila Serer.