Aquiles GuimarãesArtista visual, compositor, fotógrafo.(acusmatismo, vídeo-arte, instalação, performance, arte sonora, fotografia, assemblagem)1976, Itapetininga-SPVive e trabalha em São Paulo.Contato: aquilesguimaraes@gmail.comTel. 11 3052 1817 Cel. 11 99729 5038Rua Bastos Pereira, 266. Vila Nova Conceição.CEP 04507-010 São Paulo – SP

Formação Acadêmica

Fotografia – FIAM/FAAM Composição e Regência (ênfase Música Eletroacústica) – IA/UnespOrientação: Prof. Dr. Florisvaldo Menezes Filho

Cursos/Oficinas

Museologia Social: Técnicas e práticas – Portal EducaçãoFundamentos de Áudio e Acústica – IAVHACKLAB/Sesc Pompéia – Orientação: Claudio Bueno e Radamés AjnaPure Data/MIS-São Paulo – Orientação: Prof. Dr. Alexandre Torres PorresComposing the composer – Ibrasotope – Orientação: Zbigniew Karkowski

.Residências Artísticas

NUVEM - Estação Rural de Arte e Tecnologia/Residências de Verão – 2015.

Prêmios

Prêmio FUNARTE de Composição 2014

Exposições

2015 – Coletiva Consequat – Galeria Paulista de Artes2014 – Fotografias, colagens & albúns (individual) – Espaço expositivo Ibrasotope2014 – Espectro (instalação) XII ENCUN – São Paulo2013 – Projeto + 1 Coletivo – Performance “Esperas efêmeras” - SESC – Ribeirão Preto2013 – Sapatos cegos - Cia. Aberta de Dança – PERFORMAPA/SESC-Ipiranga2013 – Entre eu e você - Cia. Aberta de Dança – PERFORMAPA/SESC-Ipiranga2012 – Spinhead: Primeiras Rotações – CINEUNDER/Rio de Janeiro2012 – Anfíbio – EIMAS – Encontro Internacional de Música e Arte Sonora – Juiz de Fora – MG2012 – Root Kit Zombie – FILE/SP – Hipersonica

Links

http://aquilesguimaraes.tumblr.com/https://www.flickr.com/photos/aquilesguimaraes/setshttps://soundcloud.com/aquilesguimaraeshttps://vimeo.com/user10125779/videoshttps://www.youtube.com/user/aquilesguimaraeshttps://nacaraecoragem.wordpress.com/2015/04/24/aquiles-guimaraes-god-pussy-live/

Acusmono [2013] (assemblagem em madeira, ferro, arame, caixa acústica, rodas de bicicleta, mixer & sintetizador analógico.)PERFORMAPA – SESC-Ipiranga

O Acusmono foi construído para uma performance com a Cia. Aberta de Dança. O instrumento é alimentado por baterias de 12V. Além de quatro canais onde podem ser conectados objetos sonoros variados, o Acusmono possui palhetas metálicas amplificadas que tangem os raios das rodas em movimento. As palhetas são controladas por extensores próximos ao guidão. A rotação das rodas gera uma sobreposição de dois ostinatos cujo andamento musical é controlado pela velocidade com que o executante empurra o guidão. A performance é gerada por ações que englobam nuances entre o caminhar e o correr.

Root Kit Zombie [2012](performance audiovisual, 720 x 480, 29fps, 44KHz-16 bit, stereo, 16 min.) FILE/SP Hipersonica 2012

still frames

https://vimeo.com/37476114

Root Kit Zombie propõe uma experiência audiovisual densa e monolítica. Suas imagens remetem a interação cibernética (homem-máquina), o pós-humano, Dorian Gray, Frankenstein etc. Uma existência renovada pela desconstrução. O trabalho começou a surgir de uma seleção de material sonoro a ser usado em improvisações em live-electronics. Somente a voz humana foi utilizada para sua composicão e todo seu material foi gerado através de software TTS (Text-to-Speech) disponível online. As linhas de texto pronunciadas pelas vozes TTS são trechos do código-fonte de um rootkit. O rootkit consiste num programa que tem a capacidade, entre outras, de se esconder dentro do sistema operacional permitindo acesso remoto a este sistema de maneira privilegiada.Os sistemas operacionais infectados com um rootkit são chamados vulgarmente de "zumbis". O título é uma metáfora a respeito do processo de obsolescência e aprisionamento do compositor dentro do gênero, neste caso a música eletroacústica, suas inflexões, timbres, modus operandi, enfim, o tipo de ação que a caracteriza enquanto tal. Tais características passam a ter o papel de limites e são fatores de adequação para que a obra se estabeleça dentro do gênero. Root Kit Zombie, apesar de se utilizar de processos acumulados dentro de uma experiência eletroacústica, tenta transpor o gênero ou ao menos dilatá-lo rumo a uma outra coisa. São suprimidas as elaborações do timbre, visto que a parte musical se utiliza apenas do som da voz e da expansão de suas frequências para além de sua tessitura natural, aceleração e desaceleração. A utilização de efeitos restringe-se ao uso do pitch shifter e reverberação. A maior parte da elaboração da peça foi dedicada ao aspecto estrutural das camadas e à forma. A estrutura da peça consiste na sobreposicão de duas grandes camadas (camada A e camada B) divididas em 23 blocos, cada um destes blocos possui 4 camadas com dinâmicas distintas cada uma, graduada em 9 níveis (ppp, pp, p, mp, mf, f, ff, fff e ffff) e fixadas após processo de randomização. Cada um dos 23 blocos possui um b.p.m (batidas por minuto) específico:- na camada A, o b.p.m. varia de 42 à 966, de 42 em 42 b.p.m., temos assim: 630, 462, 252, 378, 672, 42, 504, 714, 294, 840, 882, 924, 420, 126, 336, 966, 546, 168, 210, 84, 588, 798 e 756, já numa ordem randomizada.- na camada B, o b.p.m. varia de 45 à 945, de 45 em 45 b.p.m, temos assim: 225, 945, 405, 900, 135, 180, 540, 495, 630, 765, 450, 810, 360, 315, 45, 90, 270, 585, 675, 855, 720, 90 e 45, também numa ordem randomizada.As frequências dos blocos (quatro frequências sobrepostas por bloco) na camada A variam de 6 à 120(escala MIDI) de 6 em 6 graus(4a aumentada) e as frequências dos blocos na camada B variam de 5 à 125, de 5 em 5 graus(4a Justa).As durações(segundos) dos blocos na camada A seguem a seguinte sequência: 14',28', 28', 28', 14', 28', 42', 42, 42', 28', 42', 1:10', 1:10', 1:10', 42', 28', 42', 42', 42', 28', 28', 28'e 42'. Esta sequência segue uma razão que corresponde as proporções anatômicas do corpo humano. A camada B foi realizada em tempo real sobre a camada A pré-gravada e editada. A filmagem da execucão da camada B consiste em parte do material utilizado para elaboração do vídeo.

Vestimenta #1: projeções [2015] – Work in progress(traje de algodão cru, performance)NUVEM - Estação Rural de Arte e Tecnologia/Residências de Verão - 2015.

No começo deste ano (2015) estava um pouco desgastado do trabalho de edição e programações frente ao computador e decidi abandoná-lo temporariamente. Esta mudança para uma ferramenta tecnológica um tanto antiga e familiar( a máquina de costura), ainda não explorada, direcionou a redescoberta de elementos constitutivos do meu processo criativo dentro de um novo contexto. Alguns dias antes de partir para esta residência artística eu havia ganho de minha mãe uma máquina de costura que ela tinha sobrando. Assisti durante parte da minha infância minha mãe e avós operando máquinas e sempre me surpreendeu aquela paciência em ficar horas "a fio" costurando. Um ritual familiar dentro da casa de minha bisavó era a feitura anual da pamonha: meu irmão e eu ajudávamos a encher com o caldo as cascas de milho costuradas a máquina. Foram desenvolvidas algumas ações com a vestimenta. A ação que considerei mais importante foi a construção de um mastro onde a roupa ficou suspensa. Esta ação gerou impressões nos residentes que através de conversas me ajudaram a elaborar um corpo simbólico para a obra. Meditando um pouco sobre a ação de "projetar ao céu" a roupa percebi conexões com uma ação/objeto presente em outro trabalho motivado pela seguinte história: os chineses empinam uma pipa (pandorga, papagaio) quando se sentem muito tristes. O ato de empinar a pipa representa uma projeçãode si mesmo no espaço enquanto ato libertador. Neste trabalho eu realizava várias ações que considerei terapêuticas em relação ao estado emocional que me encontrava. Uma destas ações foi a construção de uma pipa sem o papel de seda, apenas armação, forma de representação de uma impossibilidade.

CorporificaçãoRepresentação do corpo na obra. Não somente o corpo-corpo, mas o corpo-espírito, o corpo-ideia, o corpo-sentido, o corpo-emoção, o corpo-gesto. Este ato pode acontecer de forma inconsciente ou racional. Certa vez ouvi de um amigo pesquisador que no fim da vida, velho e doente, Marechal Rondon elaborou um grande mapa de suas rotas de campanha. Os mapas de campanha de Marechal Rondon foram estudados como representações de seu corpo no espaço geográfico. A marca do corpo no espaço. O trajeto.

Corpo Simbólico (em expansão: palavras e impressões colhidas, percebidas e imaginadas.)-estandarte -projeção -prontidão -guerreiro -totem -cruz -asa -vôo -céu -chão -medieval -direção -destino -liberdade -forte -navegação -religioso -ritual -fantasma -alerta -guerra -olho -astral -sopro -círculo -estrutura -vazio -volta -mastro -altitude -território -ascensão -espantalho ...

A realização desta obra foi feita a partir de um roteiro de ficção: o espectro de um médico hipnotista persiste em habitar seu antigo gabinete. A atmosfera é sugestiva, quase hierática, e a sua visitação é feita uma pessoa por vez. A fundamentação conceitual deste trabalho surgiu a partir da leitura do livro “ Psicoterapias e estados de transe” (Summus, 1985), cujo foco é a hipnose. A instalação tenta refletir sobre este estado psicológico e seu trajeto histórico. Do assassínio a cura, da técnica neurolinguística a simples persuasão social do cotidiana, sua condição intrínseca, a hipnose serviu a muitas finalidades. O ambiente da instalação é composto por objetos simbólicos que convidam o espectador a fazer associações. A voz do hipnotista surge e ressurge em meio ao som de gotas d'água lentamente ritmadas. A projeção do laser verde é feita por um dispositivo eletrônico criado através da programação de um microprocessador Arduino. Este dispositivo controla as intervenções ópticas que difratam o laser e regula o seu movimento sobre a parede da sala.

Espectro [2014](instalação sonora, fotografias, projeção laser.) XII ENCUN - Ibrasotope

Pataphysica [2014](obra acusmática para oito caixas acústicas, 10 min.)Prêmio FUNARTE de Composição 2014.Bienal de Música Brasileira Contemporânea – Sala Cecília Meireles.

Partitura gráfica.

A obra octofônica Pataphysica fez uso de softwares de conversão imagem-som, para tal, foram realizadas uma série de partituras gráficas que são escaneadas, renderizadas e geram o material sonoro da peça. Este material é desconstruído e recombinado até se chegar a uma forma final. A partitura gráfica permite a elaboração de texturas sonoras, direcionalidade das camadas e gestualidade. É uma abstração visual da forma musical possível. Este procedimento faz referência ao antigo sistema UPIC, desenvolvido pelo arquiteto e compositor Iannis Xenakis. O termo “patafísica” foi criado por Alfred Jarry, poeta e dramaturgo francês. Ele definia a patafísica como a ciência das soluções imaginárias e é considerado um dos precursores da poética do absurdo. Sob este apanhado de inspirações a obra se estrutura em três episódios distintos. O primeiro, de caráter introdutório, inicia com um fragmento rítmico que desencadeia dissoluções de camadas sonoras. O segundo episódio, imaginário, apresenta densas camadas metálicas, formando harmonias, e processamento de sons de bicicleta. A última seção, absurda, apresenta uma atmosfera de vozes humanas, infantis, grotescas, sarcásticas, extraídas de sonoplastias cinematográficas.

Cielovistas [2014](série fotográfica, 6 fotografias 30 x 20cm )

(série fotográfica, 10 fotografias 60 x 60cm )

Hypérion [2015]

Anfíbio [2012](vídeo-performance, estereofônica, 15 min.)

https://vimeo.com/97676261

Still frame.

Murex Pecten [2012](vídeo-instalação, estereofônica, 9 min., looping.)

https://vimeo.com/44573783

...way out to a clearing... [2013 - 2014]( vídeo, 1920 x 1080, 29 fps, som estéreo, 28 min.)

Still frames.

https://www.youtube.com/watch?v=IlUAVDCh6xE

Tangrarcos [2014](colagem fotográfica e acrílica sobre papel, 42 x 30 cm.)

Ok, ok [2014](Fotografia, carimbo, nanquim e acrílica sobre papel, 42 x 30 cm.)

Tensão estrutural #2 [2014](Colagem fotográfica e acrílica sobre papel, 42 x 30 cm.)

Aurea [2014](Colagem fotográfica, nanquim e acrílica sobre papel, 42 x 30 cm.)

Intra [2015](cianotipia, 42 x 30 cm.)

Termodinâmica [2015](têmpera sobre papel, 42 x 30 cm.)

Cidade Arquipélago [2015](fotolivro artesanal, 30 x 21 cm, 16 p.– colagem, fotografia, xerox, acrílica, grafite, nanquim e fuligem sobre papel canson preto e papel canson branco; encadernação capa-moldura recoberta com algodão cru.)

Este trabalho foi executado para o disco homônimo do compositor e músico experimental Paulo Dantas, lançado pela Seminal Records. Os textos são de autoria da poetisa carioca Gabriela Nobre.