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População estelar em galáxias Universidade Federal do Rio Grande do Sul Departamento de Astronomia Rogério Riffel www.if.ufrgs.br/~ riff Santo Antônio de Pádua, 04 de Abril 2014.

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Page 1: População estelar em galáxias Universidade Federal do Rio Grande do Sul Departamento de Astronomia Rogério Riffel  riffel Santo Antônio

População estelar em galáxias

Universidade Federal do Rio Grande do SulDepartamento de Astronomia

Rogério Riffel

www.if.ufrgs.br/~ riffel

Santo Antônio de Pádua, 04 de Abril 2014.

Page 2: População estelar em galáxias Universidade Federal do Rio Grande do Sul Departamento de Astronomia Rogério Riffel  riffel Santo Antônio

Por que é importante saber as características das estrelas que compõem a luz de uma galáxia?

Auxilia na compreensão da formação da galáxia.

Pode ser utilizada para compreender como as galáxias evoluem.

Nos ajuda a compreender como a Via-Láctea se formou e como evolui.

Ajuda a compreender e entender os processos físicos que ocorrem no Sol.

Nos permite compreender como o Universo é hoje e como foi no passado.

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Síntese de População Estelar

O termo população tem distintas definições.

Em Estatística define-se população como o conjunto de todos os elementos ou resultados sob investigação.

Em Biologia define-se como um grupo de indivíduos que acasalam uns com os outros, produzindo descendência.[1]

Em Sociologia define-se como um conjunto de pessoas “restritas” à um determinado espaço, num dado tempo. [2]

Em Astronomia quais as características (idade e composição química) das estrelas que compõe uma galáxia.

Qual a idade e composição química das estrelas que compõe uma galáxia?

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Como obter informação do passado com observações do presente?

Paleontologia (do grego palaiós, antigo + óntos, ser + lógos, estudo) é a ciência natural que estuda a vida do passado da Terra e o seu desenvolvimento ao longo do tempo geológico, bem como os processos de integração da informação biológica no registro geológico, isto é, a formação dos fósseis.

E.g. Informações sobre o passado dos dinossauros obtidas de fósseis encontrados hoje & agora.

Wikepedia

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Mas, tchê, qual a relação disto com as estrelas de uma galáxia?

O método Fóssil:

estrelas = memória fóssilEspectro da galáxia = dados do fóssil

História da Galáxia

1) Estrelas evoluem.2) Galáxias = S de estrelas de diferentes idades/metalicidades

3) distribuição de idades informações da evolução 4) Recuperar a história da galáxia apartir de suas estrelas

Lgal( )l = S L*(l;age,Z) N*(age,Z)

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Lgal( )l = S L*(l;age,Z) N*(age,Z)

Page 7: População estelar em galáxias Universidade Federal do Rio Grande do Sul Departamento de Astronomia Rogério Riffel  riffel Santo Antônio

Lgal( )l = S L*(l;age,Z) N*(age,Z)

Page 8: População estelar em galáxias Universidade Federal do Rio Grande do Sul Departamento de Astronomia Rogério Riffel  riffel Santo Antônio

Lgal( )l = S L*(l;age,Z) N*(age,Z)

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Espectro de uma Galáxia

Kennicutt 92

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Espectros de Galáxias

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Espectros de Galáxias

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Hummm....

O que posso fazer com isso?Que tipo de informação posso tirar deste espectro?Como determino a idade da galáxia?.....

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Espectros de galáxias: estrelas + Gás + ...

• Mistura da Pop. Estelar – Star Formation History (SFH)• Propriedades do gás– Fonte de ionização: estrelas x AGN • Cinemática & Poeira – s*, AV

Informações sobre:

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estrelas continuo+ linhas de absorção

Gás: Regiões HII / AGNLinhas de emissão

Espectros de galáxias: Stars + Gas + ...

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Síntese de População Estelar

= x1 + x2 + x3 + ...

= S ’s

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Síntese de População estelar: Receita básica

= S ’s (+ gás + poeira +

...)

Lgal(l) = SL*(l)

O “Teorema Fundamental” da Síntese de Pop. Estelar:

+ extinção x 10-0.4 A(l)

& cinemática x (v*,s*,vrot)

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= S ’s

Lgal(l) = SL*(l)

• Estrelas individuais• Espectros de

Aglomerados observados

• Espectros de modelos de Aglomerados

• ...

Síntese de População estelar: Receita básica

O “Teorema Fundamental” da Síntese de Pop. Estelar:

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Lgal( ) = l S L*( ) l = S N*(m,t,Z) L*(l ; m,t,Z) * m,t,Z Epect.Gal.

Espectro estelar como função de

m, t & Z

Soma sobre cada

estrela

Soma sobre m, t & Z’s

• computando o espectro de uma galáxia IMF & SFH

Síntese de População estelar: Receita básica

Page 20: População estelar em galáxias Universidade Federal do Rio Grande do Sul Departamento de Astronomia Rogério Riffel  riffel Santo Antônio

S N*(m,t,Z) L*(l ; m,t,Z) = NSSP(t,Z) LSSP(l ; t,Z) m,t,Z espectro de uma SSP(t,Z)

• População estelar simples: integrada

Lgal( ) = l S L*( ) l = S N*(m,t,Z) L*(l ; m,t,Z) * m,t,Z Epect.Gal.

Espectro estelar como função de

m, t & Z

Soma sobre cada

estrela

Soma sobre m, t & Z’s

• computando o espectro de uma galáxia IMF & SFH

Síntese de População estelar: Receita básica

Page 21: População estelar em galáxias Universidade Federal do Rio Grande do Sul Departamento de Astronomia Rogério Riffel  riffel Santo Antônio

www.starlight.ufsc.br

Aplicações na região óptica

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Posso aplicar isso ao infravermelho próximo?

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Primeiro estudo de população estelar no NIR usando todo o intervalo espectral.

A população estelar no NIR é dominada por estrelas de idade intermediária (~ 1 Gyr).

Os modelos teóricos desenvolvidos no NIR servem para ter uma estimativa da população estelar.

Riffel et al., 2008, MNRAS, 388, 803

Starburst

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É possível explicar a SED do NIR das galáxias Seyfert com: modelos de população estelar + AGN?

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Núcleo Ativo de Galáxia (AGN)São galáxias que emitem a maior parte de sua energia com espectro não térmico. Ou seja, a radiação proveniente do um AGN não pode ser explicada apenas por processos térmicos gerados no interior das estrelas.

“Fauna” de AGNs X Modelo Unificado

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Síntese de galáxias Seyfert- SP + AGN

NÃO

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De volta à prancheta

Page 28: População estelar em galáxias Universidade Federal do Rio Grande do Sul Departamento de Astronomia Rogério Riffel  riffel Santo Antônio

As principais componentes da SED do NIR são:

1- Estrelas; (Bojo)

2- Lei de Potência; (SMBH-AGN)

Mas estamos analisando o infravermelho? Será que tem mais uma componente?

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As principais componentes da SED do NIR são:

Precisamos nos preocupar com a emissão térmica da poeira!

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As principais componentes da SED do NIR são:

1- Estrelas; (Bojo)

2- Lei de Potência; (SMBH-AGN)

3- Poeira quente. (Toróide)

Fig: AGN news

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Efeito da poeira quente na SED

NGC 7714 + poeira quente (800 K / 1200K)

Riffel et al., 2008, 2009.

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Spectral Synthesis

Synthesis code

Base Set

STARLIGHT: models the whole underlying spectrum , excluding emission lines and spurious data (Cid Fernandes et al., 2004, 2005).

Stellar Population (SP): The most recent EPS models of Maraston (2005). They include the effects of TP-AGB stars and are able to fit the observations (Riffel et al, 2007, 2008).

Featureless continuum (FC): Power Law of the form F ~ -1.5 ; represents the non-thermal contribution of the AGN (e.g. Cid Fernandes et al., 2004).

Planck distribution (BB): 700 ≤ T ≤ 1400 K; to represent the hot dust.

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IAUS262 – RJ, Brazil, 2009.

Resultados

Riffel et al., 2009, MNRAS,400,273

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Resultados

Riffel et al., 2009, MNRAS,400,273

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IAUS262 – RJ, Brazil, 2009.

Resultados

Riffel et al., 2009, MNRAS,400,273

Page 36: População estelar em galáxias Universidade Federal do Rio Grande do Sul Departamento de Astronomia Rogério Riffel  riffel Santo Antônio

Podemos fazer síntese espacialmente resolvida?

Page 37: População estelar em galáxias Universidade Federal do Rio Grande do Sul Departamento de Astronomia Rogério Riffel  riffel Santo Antônio

Podemos fazer síntese espacialmente resolvida?

=

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Page 40: População estelar em galáxias Universidade Federal do Rio Grande do Sul Departamento de Astronomia Rogério Riffel  riffel Santo Antônio

Resultados Gerais – SP – IFU – 900 espectros (25 pc)

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Resultados Gerais – SP – IFU – Exemplo do ajuste

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Resultados Gerais – SP - IFU

Poeira quente.

Não resolvido.

Massa: 1200 x 10-5 Msol

Page 43: População estelar em galáxias Universidade Federal do Rio Grande do Sul Departamento de Astronomia Rogério Riffel  riffel Santo Antônio

Analisar as componentes da SED em ULIRGS e Elípticas no NIR

Estudar em detalhes estas componentes no núcleo de galáxias com IFUs.

Atualizar a base de elementos usando modelos de SED que levem em conta a transferência radiativa.

Continuar testando os modelos de SSPs.

Estudar as “variações” espaciais da SED em AGNs.

e ...

Perspectivas

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Obrigado!

[email protected]

www.if.ufrgs.br/~riffel