poluiÇÃo luminosa - soluÇÕes · a poluiÇÃo luminosa e o projeto elp -education on light...

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ESCOLA SECUNDÁRIA FILIPA DE VILHENA A POLUIÇÃO LUMINOSA E O PROJETO ELP - EDUCATION ON LIGHT POLLUTION POLUIÇÃO LUMINOSA - SOLUÇÕES AUTORES: Carolina Corvaceira, Diogo Vilarinho e Edgar Rocha PROFESSORES: Raúl Lima 1 ; Salvador Bará 2 ; Rui Carvalho 3 e Fátima Simões 3 1 Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico do Porto; 2 Universidade de Santiago de Compostela: 3 Escola Secundária Filipa de Vilhena Em janeiro de 2013 França cria uma lei para diminuir o consumo de energia elétrica e a poluição luminosa “Todos os imóveis não residenciais da França deverão desligar as luzes do seu interior até uma hora depois da saída do último funcionário. As luzes externas serão desligadas até 1:00 h da manhã”. A lei preserva datas festivas, como o Natal, eventos e todos os serviços necessários para a segurança da população. A poluição luminosa, apesar de ainda pouco debatida, já é uma preocupação no mundo inteiro. A solução para o combate à poluição luminosa é, principalmente, investir em sistemas de iluminação racionais, com a escolha adequada na correta instalação da iluminação e nos tipos de lâmpadas. A iluminação correta é aquela que faz incidir a luz, única e exclusivamente, na área que precisa ser iluminada, utilizando lâmpadas que oferecem a definição de cores necessária para a aplicação específica. O que as autarquias têm que fazer Instalar boas práticas de iluminação. Utilizar a menor quantidade possível de luz para reduzir a reflexão no solo e o encandeamento. Evitar o uso, no exterior, de luz branca, isto é, evitar toda a luz que contenha comprimentos de onda inferiores a 500 nanómetros, no espectro. Utilizar sensores de movimento sempre que possível. Utilizar lâmpadas de vapor de sódio de alta e baixa pressão ou LED âmbar ou pc-âmbar. Utilizar sistemas com possibilidade de regulação do fluxo (menos luz ou desligamento total nas horas de menor movimento). Promover e valorizar a qualidade do céu noturno do município, candidatando-se a selos de qualidade ou reservas de céu escuro. Implementar o uso de LED de temperatura de cor mais elevada (3000K) apenas nas horas de maior movimento que serão desligados e substituídos por LED de temperatura de cor mais quente (âmbar) durante o resto da noite. Eliminar progressivamente os candeeiros com emissão de luz para cima ou para os lados. Utilizar apenas candeeiros que emitem luz para baixo. Introduzir regulamentação regional para evitar a introdução de iluminação com fins publicitários ou outra. Reduzir, eliminar ou evitar a iluminação cénica. Respeitar os ecossistemas e zonas ecologicamente mais sensíveis. O que cada um de nós pode fazer Acender a luz apenas do compartimento onde é necessário estar. Usar luz direcionada para o local onde é necessária. Instalar sensores, detetores de movimento, nos locais escuros - o sensor acende a luz apenas quando uma pessoa passa por perto. Evitar trabalhar, debaixo de luzes artificiais, durante a noite. Fechar, sempre que possível, os estores/persianas das divisões iluminadas. Foi realizado um estudo, em duas cidades da Galiza, em 2017 (Salvador Bará et al, 2018, LR&T) que concluiu - 25% do brilho total do céu resulta deste tipo de iluminação. Refere, ainda, que esta contribuição é máxima nas primeiras horas da noite e que vai diminuindo com o avançar da noite. Evitar o uso de luz supérflua (flashs dos telemóveis, por exemplo) nas regiões de céu escuro. O que a Associações ambientalistas, astronómicas, moradores ou outras podem fazer Alertar os municípios para as situações de iluminação excessiva ou branca nas suas localidades/vila/cidade. Reivindicar o direito a usufruir-se de um céu estrelado. Alertar para as consequências na saúde, ecológicas, na astronomia, no bem-estar e na economia. Utilizar filtros especiais de redução da poluição luminosa Um bom candeeiro Luz direcionada para o chão Diferentes sistemas de iluminação das nossas ruas 1 - satisfatório; 2 - muito bom; 3 - fraco; 4 - ineficaz e prejudicial Lâmpada de vapor de sódio. É uma lâmpada de descarga em meio gasoso que utiliza um plasma de vapor de sódio para produzir luz. Existem duas variantes: de baixa pressão e de alta pressão. Estas lâmpada causam menos poluição luminosa Filtro antipoluição luminosa ou filtros LPR (do inglês Light Polution Filter) Iluminação LED nas cidades está a substituir o “brilho amarelado” das lâmpadas de vapor de sódio por um brilho "luz branca" das lâmpadas LED. A luz branca é a principal fonte de poluição luminosa. Fechar, sempre que possível, os estores/persianas das divisões iluminadas França cria lei para diminuir o consumo de energia elétrica e a poluição luminosa

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Page 1: POLUIÇÃO LUMINOSA - SOLUÇÕES · A POLUIÇÃO LUMINOSA E O PROJETO ELP -EDUCATION ON LIGHT POLLUTION POLUIÇÃO LUMINOSA -SOLUÇÕES AUTORES: Carolina Corvaceira, Diogo Vilarinho

ESCOLA SECUNDÁRIA FILIPA DE VILHENAA POLUIÇÃO LUMINOSA E O PROJETO ELP - EDUCATION ON LIGHT POLLUTION

POLUIÇÃO LUMINOSA - SOLUÇÕESAUTORES: Carolina Corvaceira, Diogo Vilarinho e Edgar Rocha

PROFESSORES: Raúl Lima1; Salvador Bará2; Rui Carvalho3 e Fátima Simões3

1 Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico do Porto; 2 Universidade de Santiago de Compostela: 3 Escola Secundária Filipa de Vilhena

Em janeiro de 2013 França cria uma lei para diminuir o consumo de energia elétrica e apoluição luminosa “Todos os imóveis não residenciais da França deverão desligar asluzes do seu interior até uma hora depois da saída do último funcionário. As luzesexternas serão desligadas até 1:00 h da manhã”. A lei preserva datas festivas, como oNatal, eventos e todos os serviços necessários para a segurança da população.

A poluição luminosa, apesar de ainda pouco debatida, já é uma preocupação no mundo inteiro.

A solução para o combate à poluição luminosa é, principalmente, investir em sistemasde iluminação racionais, com a escolha adequada na correta instalação da iluminação enos tipos de lâmpadas. A iluminação correta é aquela que faz incidir a luz, única eexclusivamente, na área que precisa ser iluminada, utilizando lâmpadas que oferecem adefinição de cores necessária para a aplicação específica.

O que as autarquias têm que fazerInstalar boas práticas de iluminação.Utilizar a menor quantidade possível de luz para reduzir a reflexão no solo e o encandeamento.Evitar o uso, no exterior, de luz branca, isto é, evitar toda a luz que contenha comprimentos deonda inferiores a 500 nanómetros, no espectro.Utilizar sensores de movimento sempre que possível.Utilizar lâmpadas de vapor de sódio de alta e baixa pressão ou LED âmbar ou pc-âmbar.Utilizar sistemas com possibilidade de regulação do fluxo (menos luz ou desligamento total nashoras de menor movimento).Promover e valorizar a qualidade do céu noturno do município, candidatando-se a selos dequalidade ou reservas de céu escuro.Implementar o uso de LED de temperatura de cor mais elevada (3000K) apenas nas horas demaior movimento que serão desligados e substituídos por LED de temperatura de cor maisquente (âmbar) durante o resto da noite.Eliminar progressivamente os candeeiros com emissão de luz para cima ou para os lados.Utilizar apenas candeeiros que emitem luz para baixo.Introduzir regulamentação regional para evitar a introdução de iluminação com fins publicitáriosou outra.Reduzir, eliminar ou evitar a iluminação cénica.Respeitar os ecossistemas e zonas ecologicamente mais sensíveis.

O que cada um de nós pode fazerAcender a luz apenas do compartimento onde é necessário estar.Usar luz direcionada para o local onde é necessária.Instalar sensores, detetores de movimento, nos locais escuros - o sensor acende a luz apenas quando uma pessoa passa por perto.Evitar trabalhar, debaixo de luzes artificiais, durante a noite.Fechar, sempre que possível, os estores/persianas das divisões iluminadas.Foi realizado um estudo, em duas cidades da Galiza, em 2017 (Salvador Bará et al, 2018, LR&T) que concluiu - 25% do brilho total do céuresulta deste tipo de iluminação. Refere, ainda, que esta contribuição é máxima nas primeiras horas da noite e que vai diminuindo com oavançar da noite.Evitar o uso de luz supérflua (flashs dos telemóveis, por exemplo) nas regiões de céu escuro.

O que a Associações ambientalistas, astronómicas, moradores ou outras podem fazerAlertar os municípios para as situações de iluminação excessiva ou branca nas suas localidades/vila/cidade.Reivindicar o direito a usufruir-se de um céu estrelado.Alertar para as consequências na saúde, ecológicas, na astronomia, no bem-estar e na economia.Utilizar filtros especiais de redução da poluição luminosa

Um bom candeeiro Luz direcionada para o chão

Diferentes sistemas de iluminação das nossas ruas1 - satisfatório; 2 - muito bom; 3 - fraco; 4 - ineficaz e

prejudicial

Lâmpada de vapor de sódio.É uma lâmpada de descarga emmeio gasoso que utilizaum plasma de vapor de sódiopara produzir luz. Existem duasvariantes: de baixa pressão ede alta pressão. Estas lâmpadacausam menos poluição luminosa

Filtro antipoluição luminosa ou filtros LPR (do inglês Light

Polution Filter)

Iluminação LED nas cidades está asubstituir o “brilho amarelado” daslâmpadas de vapor de sódio por umbrilho "luz branca" das lâmpadas LED.A luz branca é a principal fonte depoluição luminosa.

Fechar, sempre que possível, os estores/persianas das divisõesiluminadas

França cria lei para diminuir o consumo de energia elétrica e a poluição luminosa