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Pesquisar CLAUDIOMARQUES 16 novembro 2014 | 18:12 Colaboradoras do Citibank têm filhas gêmeas e ambas receberam o benefício; políticas de RH para LGBT ainda são pouco difundidas O casal Karin e Glébia Bulcão, que teve duas filhas gêmeas. / FOTO: EVELSON DE FREITAS/ESTADÃO Guilherme Faria ESPECIAL PARA O ESTADO Em 2013, Glébia Bulcão decidiu que era hora de realizar o sonho de ser mãe. Após consultas com três médicos para avaliar a possibilidade de fazer um tratamento de inseminação artificial, recebeu a notícia de que poderia ter problemas nos rins caso engravidasse. A saída recomendada pelos médicos foi implantar seus óvulos em sua mulher, Karin Bulcão. O procedimento deu certo e, em fevereiro deste ano, ela deu à luz Maria Eduarda e Maria Luiza. Poucos dias antes do parto, as duas analistas de sistema do Citibank receberam licença-maternidade de sete meses. Casal de mulheres tem licença-maternidade OSVALDO FALCÃO 17 de Novembro de 2014 | 11h35 Criei meu cadastro no estadão só pra dizer ao Departamento de Mkt e de RH do banco que meus parabéns! As empresas precisam desses grandes exemplos! São pequenos processos que fazem com que o cotidiano do ser humano melhor. Não liguem para comentários preconceituosos com argumentos tolos. Vocês estão certos! Continuem assim. DENUNCIAR FABRICIO DE SOUZA MACHADO 17 de Novembro de 2014 | 09h17 Eu vejo as empresas fazendo bonito com estas causas de uma suposta diversidade, visando apenas angariar clientes e faturamento, enquanto pessoas com mais de 40 são consideradas obsoletas por alcançar tenra idade e demitidas sumariamente, por mais graduação, cursos e especializações que possuam. Isto sem falar da experiência em média de 20 anos. Isso também não é discriminação ? DENUNCIAR MIGUEL ARCANJO agosto 11, 2014 Salário: sites oferecem serviços de comparação novembro 16, 2014 Casal de mulheres tem licença-maternidade julho 19, 2014 Site permite que funcionários avaliem empregadores agosto 4, 2014 RH ainda é mal compreendido julho 23, 2014 “Saber lidar com as emoções é aprendizado… 6 COMENTÁRIO(S) DÊ A SUA OPINIÃO POSTS MAIS LIDOS 6 7 1.5k 0 310 ÚLTIMAS BLOGS COLUNAS Classificados ANUNCIE ASSINE O ESTADÃO SP 12º 25º Buscar Blogs Radar do Emprego POLÍTICA + ECONOMIA + INTERNACIONAL + ESPORTES + SÃO PAULO + CULTURA + MAIS + SERVIÇOS + OUÇA AS RÁDIOS

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CLAUDIOMARQUES

16 novembro 2014 | 18:12

Colaboradoras do Citibank têm filhas gêmeas e ambas receberam obenefício; políticas de RH para LGBT ainda são pouco difundidas

O casal Karin e Glébia Bulcão, que teve duas filhas gêmeas. / FOTO: EVELSON DE

FREITAS/ESTADÃO

Guilherme FariaESPECIAL PARA O ESTADOEm 2013, Glébia Bulcão decidiu que era hora de realizar o sonho de ser mãe. Após

consultas com três médicos para avaliar a possibilidade de fazer um tratamento de

inseminação artificial, recebeu a notícia de que poderia ter problemas nos rins caso

engravidasse. A saída recomendada pelos médicos foi implantar seus óvulos em

sua mulher, Karin Bulcão. O procedimento deu certo e, em fevereiro deste ano, ela

deu à luz Maria Eduarda e Maria Luiza. Poucos dias antes do parto, as duas

analistas de sistema do Citibank receberam licença-maternidade de sete meses.

Casal de mulheres temlicença-maternidade

OSVALDO FALCÃO17 de Novembro de 2014 |

11h35Criei meu cadastro no estadão

só pra dizer ao Departamento de Mkt e de RHdo banco que meus parabéns! As empresasprecisam desses grandes exemplos! Sãopequenos processos que fazem com que ocotidiano do ser humano melhor. Não liguempara comentários preconceituosos comargumentos tolos. Vocês estão certos!Continuem assim.DENUNCIAR

FABRICIO DE SOUZAMACHADO17 de Novembro de 2014 |

09h17Eu vejo as empresas fazendo bonito com estascausas de uma suposta diversidade, visandoapenas angariar clientes e faturamento,enquanto pessoas com mais de 40 sãoconsideradas obsoletas por alcançar tenraidade e demitidas sumariamente, por maisgraduação, cursos e especializações quepossuam. Isto sem falar da experiência emmédia de 20 anos. Isso também não édiscriminação ?DENUNCIAR

MIGUEL ARCANJOFENERICH17 de Novembro de 2014 |

09h16jamais nunca meu entendimento não aceita istoaté porque jamais teria conta em um bancodeste mas respeito as pessoas que assimfazem tal opiniãoDENUNCIAR

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agosto 11, 2014 Salário: sites oferecemserviços de comparaçãonovembro 16, 2014 Casal de mulheres temlicença-maternidadejulho 19, 2014 Site permite que funcionáriosavaliem empregadoresagosto 4, 2014 RH ainda é mal compreendidojulho 23, 2014 “Saber lidar com as emoções éaprendizado…

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Conduzido pelo setor de Diversidade do banco, o processo para obter a licença-

maternidade dupla das funcionárias é uma das séries de ações que a empresa

realiza em prol de seus servidores LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros).

Esses princípios ainda são raridade, já que poucas companhias adotam práticas

voltadas para seus colaboradores homossexuais. E grande parte dos setores de

recursos humanos desconhece os princípios jurídicos para aplicar benefícios

trabalhistas a esses empregados.

Na avaliação da diretora de Diversidade da Associação Brasileira de Recursos

Humanos (ABRH), Jorgete Lemos, a carência de práticas corporativas para

minorias começa na formação dos profissionais que atuam no departamento

pessoal. Ela lamenta a ausência do tema na grade curricular dos cursos de

administração.

“A diversidade é pouco abordada nos meios acadêmico e corporativo, porque

grande parte das organizações não julga que essa área seja relevante”, alega a

especialista. Jorgete afirma que a orientação sexual é parte das “informações

globais” dos funcionários, e é fundamental que quem lida com a gestão de pessoas

leve esse fator em conta.

Mesmo sem ter condições de conceber as gêmeas, Glébia fez tratamento para

amamentá-las. Por isso, o casal avaliou que pediria a licença dupla, mesmo

receosas de poderem causar problemas com a empresa pelo pedido de

afastamento.

Inicialmente, elas procuraram o departamento de Recursos Humanos, que não

soube lidar com a questão e encaminhou o caso para o setor de Diversidade da

instituição.

INSS aprova. Depois de realizar pesquisa a respeito dos trâmites legais e apurar

como foram os procedimentos em outros casos semelhantes, o especialista em

Diversidade do banco, Adriano Bandini, consultou o INSS e conversou com a

médica do casal. De posse do parecer favorável da Previdência, Bandini protocolou

o pedido da licença dupla para a empresa e recebeu uma resposta favorável. O

período de afastamento começou a vigorar no dia 14 de fevereiro deste ano.

O casal conseguiu seis meses de licença-maternidade e um mês de férias e as duas

puderam se dedicar ao nascimento das gêmeas, que ocorreu quatro dias depois do

início do afastamento. “Poder passar sete meses junto das nossas filhas foi uma

experiência maravilhosa. Não sei como seria ficar longe delas no começo. Com

certeza teria ficado muito mal”, conta Glébia. Segundo Karin, a divisão das tarefas

maternas no período propiciou tranquilidade ao casal. “Uma só não daria conta

de cuidar das gêmeas”, diz.

De acordo com o especialista em direito do trabalho Rafael de Oliveira, ainda não

há regras específicas para amparar os funcionários LGBT. “Não temos ainda um

ambiente jurídico de segurança para tratar desta questão. Para julgar os casos,

está havendo uma extensão dos direitos dos casais heterossexuais”, conta o

advogado.

No caso do Citibank, o banco adotou a causa LGBT como “pilar” no ano passado.

Entretanto, segundo Bandini, casais homossexuais já usufruíam dos mesmos

benefícios de casais heterossexuais há dez anos, como a inclusão do cônjuge no

plano de saúde. “Nossas ações são para garantir a igualdade de oportunidades e

reforçar o respeito. O código de conduta é muito explícito: não toleramos nenhum

tipo de discriminação”, diz.

Mesmo sem as leis existentes que amparam a maternidade citarem os casais

homoafetivos, o jurista afirma que os ganhos de causa para esses profissionais vêm

aumentando, o que cria uma jurisprudência favorável a quem entra com ações

desse tipo. “Tudo isso vai de acordo com o princípio constitucional da igualdade, e

pensar de forma contrária seria discriminatório”, pondera o advogado. Ele afirma

que os pareceres vêm mudando desde que a nova lei de adoção foi aprovada, em

2009.

Jorgete Lemos reconhece as boas práticas dos departamentos de Diversidade nas

empresas que os possuem, mas defende que não há a necessidade de um setor

específico para políticas voltadas às minorias.

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“A diversidade tem de ser transversal à gestão de pessoas, portanto é uma questão

a ser tratada pelo setor de recursos humanos”, opina. Após voltarem de licença,

Glébia e Karin trabalham de casa três dias da semana. Elas ressaltam a

importância de ficarem dois dias da semana longe das filhas, que aos poucos vão

aprendendo a lidar com a ausência das figuras maternas durante a semana. O

especialista de Diversidade do Citibank, que periodicamente promove treinamentos

e rodas de bate-papo nos departamentos para tratar do tema, garante que

conversou com os gestores do casal. “Queremos garantir que não haja qualquer

tipo de desconforto à Glébia e à Karin no retorno”, completa.

O casal torce para que esses benefícios sejam concedidos a mais pessoas que

tenham histórias parecidas com a delas. “Nesses casos, mãe não é só quem dá à

luz”, pontua Karin. / COLABOROU DIEGO MOURA

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Tags: Casal gay, Citibank, LGBT, RH

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