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www.jornalpoiesis.com.br Página 2 Amigo Walmir cria leis em defesa dos animais Audiência pública debate lagoa de Araruama Página 3 Reprodução Camilo Mota Literatura, Pensamento & Arte Ano XXII- nº 230 - maio de 2015 - Saquarema, Araruama, Iguaba Grande, Cabo Frio, Arraial do Cabo, S. Pedro da Aldeia e Petrópolis Música O espírito dos hinos O escritor Gerson Valle escreve sobre os hinos, símbolos que, através da mú- sica, estabelecem uma forte relação entre o espírito de um povo e seus ma- zes históricos e culturais. Página 4. Música Maurício Luz e os ecos da cultura africana na América O cantor carioca, formado pela Escola de Música da UFRJ, traz no CD Ritos e Ritmos um reper- tório calcado nas sad songs dos tempos da escravidão. Confira na resenha de Marcio Pascho- al. Página 2. Sociedade O canto da sereia do capitalismo A sociedade brasileira está às voltas com o retrocesso dos direitos trabalhis- tas representado pela lei da terceiriza- ção. Em argo na página 4, o escritor e sindicalista Dino Gilioli traz algumas importantes reflexões sobre as ilusões do sistema capitalista. Fórum debate psicanálise transpessoal e terapias holísticas em Araruama Já estão abertas as inscri- ções para o I Fórum de Psicanálise Transpes- soal e Ciências Holís- ticas, que será realizado em Araruama nos dias 19 e 20 de junho. Realizado pela Associação Brasileira de Psicanálise Transpes- soal, o evento é aberto a todas as pessoas interes- sadas no desenvolvimen- to de sua qualidade de vida e que se importam com a construção de um novo paradigma que leve em consideração aspectos que vão além dos critérios positivistas ainda em vi- gor nas ciências, abrindo campo para investigações que consideram válidas as experiências a partir de fontes como intuição, ca- nalizações sensitivas e pa- ranormalidade, além dos componentes advindos das muitas experiências clínicas das chamadas te- rapias holísticas. Durante o encontro serão apre- sentados estudos sobre o uso de Florais de Bach, terapia de vidas passadas, engenharia consciencial, espiritualidade e ciên- cia, e o uso de terapias complementares no tra- tamento de dependentes químicos. Página 3. Camilo Mota Para superar a perda dos royalties, prefeitos vão a Brasília em busca de solução Prefeitos da Região dos Lagos e de outros muni- cípios do Estado do Rio estiveram em Brasília no início de abril para reuni- ões com o presidente da Câmara e com o senador Marcelo Crivella em busca de saída para a crise gera- da pela perda dos royalties do petróleo. Algumas cida- des tiveram perda de mais de 50% de receita, prejudi- cando a execução de vários projetos em andamento. Página 3. Sorriso Maroto faz show no aniversário de Saquarema Saquarema comemora 174 anos de emancipação no dia 8 de maio, e a Prefei- tura Municipal programou uma série de eventos para comemorar a data, que incluem inaugurações de creches e escolas, além de parte das obras no Centro de Bacaxá. O Grupo Sorri- so Maroto faz show no dia 7, véspera do feriado muni- cipal. Também é destaque na programação o Canta Saquarema, evento gospel que reunirá nomes como Ronaldo Santos, Grupo Kainón e Shirley Carvalha- es. Confira a programação completa na página 6.

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Edição de maio/2015

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Página 2

Amigo Walmir cria leis em defesa dos animais

Audiência pública debate lagoa de AraruamaPágina 3

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Literatura, Pensamento & ArteAno XXII- nº 230 - maio de 2015 - Saquarema, Araruama, Iguaba Grande, Cabo Frio, Arraial do Cabo, S. Pedro da Aldeia e Petrópolis

MúsicaO espírito dos hinos

O escritor Gerson Valle escreve sobre os hinos, símbolos que, através da mú-sica, estabelecem uma forte relação entre o espírito de um povo e seus ma-tizes históricos e culturais. Página 4.

MúsicaMaurício Luz e os ecos da cultura

africana na AméricaO cantor carioca, formado pela Escola de Música da UFRJ, traz no CD Ritos e Ritmos um reper-tório calcado nas sad songs dos tempos da escravidão. Confira na resenha de Marcio Pascho-al. Página 2.

SociedadeO canto da sereia do capitalismo

A sociedade brasileira está às voltas com o retrocesso dos direitos trabalhis-tas representado pela lei da terceiriza-ção. Em artigo na página 4, o escritor e sindicalista Dino Gilioli traz algumas importantes reflexões sobre as ilusões do sistema capitalista.

Fórum debate psicanálise transpessoal e terapias holísticas em Araruama

Já estão abertas as inscri-ções para o I Fórum de Psicanálise Transpes-soal e Ciências Holís-ticas, que será realizado em Araruama nos dias 19 e 20 de junho. Realizado pela Associação Brasileira de Psicanálise Transpes-soal, o evento é aberto a

todas as pessoas interes-sadas no desenvolvimen-to de sua qualidade de vida e que se importam com a construção de um novo paradigma que leve em consideração aspectos que vão além dos critérios positivistas ainda em vi-gor nas ciências, abrindo

campo para investigações que consideram válidas as experiências a partir de fontes como intuição, ca-nalizações sensitivas e pa-ranormalidade, além dos componentes advindos das muitas experiências clínicas das chamadas te-rapias holísticas. Durante

o encontro serão apre-sentados estudos sobre o uso de Florais de Bach, terapia de vidas passadas, engenharia consciencial, espiritualidade e ciên-cia, e o uso de terapias complementares no tra-tamento de dependentes químicos. Página 3.

Camilo Mota

Para superar a perda dos royalties, prefeitos vão a Brasília em busca de solução

Prefeitos da Região dos Lagos e de outros muni-cípios do Estado do Rio estiveram em Brasília no início de abril para reuni-ões com o presidente da Câmara e com o senador Marcelo Crivella em busca

de saída para a crise gera-da pela perda dos royalties do petróleo. Algumas cida-des tiveram perda de mais de 50% de receita, prejudi-cando a execução de vários projetos em andamento. Página 3.

Sorriso Maroto faz show no aniversário de SaquaremaSaquarema comemora 174 anos de emancipação no dia 8 de maio, e a Prefei-tura Municipal programou uma série de eventos para comemorar a data, que incluem inaugurações de creches e escolas, além de parte das obras no Centro de Bacaxá. O Grupo Sorri-

so Maroto faz show no dia 7, véspera do feriado muni-cipal. Também é destaque na programação o Canta Saquarema, evento gospel que reunirá nomes como Ronaldo Santos, Grupo Kainón e Shirley Carvalha-es. Confira a programação completa na página 6.

2 nº 230 - maio de 2015

O Jornal Poiésis - Literatura, Pensamento & Arte é uma publicação da Mota e Marin Editora e Comunicação Ltda. Editor: Camilo Mota. Diretora Comercial: Regina Mota. Conselho Editorial: Camilo Mota, Regina Mota, Fernando Py, Sylvio Adalberto, Gerson Valle, Marcelo J. Fernandes, Marco Aureh, Francisco Pontes de Miranda Ferreira, Charles O. Soares. Jornalista Responsável: Francisco Pontes de Miranda Ferreira, Reg. Prof. 18.152 MTb.

EXPEDIENTERua das Bougainvilleas, 4 - Rio do Limão - Araruama-RJ CEP 28970-000 ( (22) 98818-6164 ( (22) 99982-4039 ( (22) 99770-7322 E-mail: [email protected] Site: www.jornalpoiesis.com.br. Facebook: www.facebook.com/jornalpoiesisDistribuição dirigida em: Saquarema, Araruama, São Pedro da Aldeia, Iguaba Grande, Cabo Frio, Arraial do Cabo e Petrópolis. Fotolito e Impressão: Tribuna de Petrópolis.

Colaborações devem ser enviadas preferencialmente digitalizadas, espaço simples, fonte Times New Roman ou Arial, corpo 12, com dados sobre vida e obra do autor. Os originais serão avaliados pelo conselho editorial e não serão devolvidos. Colaborações enviadas por e-mail devem ser anexadas como arquivo .doc ou .docx. Os textos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Jornal Poiésis.

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PSICANALISTA

MÚSICA

A afrodescendênciada canção das Américas

CRÔNICA

Jorge Costa E s c r i t o r , p u b l i c a o blog O Rescator, mora em A r a r u a -ma-RJ.

Aqui em Araruama tem um rapaz chamado Jú-lio César. Ele é um rapaz muito legal, vende doces deliciosos e algumas em-padinhas igualmente sabo-rosas...

Eu estava sentado em um banco da Praça João Hélio no escuro esperando começar uma reunião na Biblioteca e lá veio o Júlio César com suas caixas de doces coloridos...

Ele sempre aperta mi-nha mão e de uns tempos pra cá ele me faz pergun-tas diversas. Ele é um lei-tor ávido por respostas, lê coisas super complicadas e enquanto me oferece do-ces irresistíveis — daqueles que dá vontade de com-prar só pela beleza — me faz perguntas igualmente cabeludas e de irresistível resposta...

Ele me perguntou se a

Em março desse ano, a educadora iraniana Faran Hesami recebeu o RAHA Human Rights Award, prê-mio oferecido pela ONG austríaca Südwind para os que trabalham pela proteção dos direitos humanos no Irã.

Faran Hesami (39) é psi-cóloga e professora no Insti-tuto Bahá’í de Educação Su-perior (BIHE).Em 2011 ela foi sentenciada a quatro anos de prisão e cumpre a pena na ala feminina da prisão de Evin. A justificativa para a condenação é que seu mes-trado é ilegal e, portanto, seu trabalho também é ilegal.

Hesami graduou-se em Psicologia no BIHE e

Marcio Paschoale s c r i t o r , autor da biografia de João do Vale.

O timbre grave na voz do cantor Maurício Luz é a marca registrada neste CD “Ritos e Ritmos”.

Já faz tempo que um grupo vocal se sobres-saiu no cenário nacional explorando esse registro de baixo, os Cantores de Ébano.

De lá para cá, outras vozes de barítono fizeram a alegria dos ouvintes, coincidentemente negros, como Nat King Cole, Paul Robeson, entre outros.

Tentando fugir desse aparente clichê, o carioca Maurício Luz, enveredou pelo canto lírico. Forma-do pela Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), estreou como solista na ópera Porgy and Bess, no Municipal. Outros traba-lhos vieram, com desta-que para Carmen de Bizet (no papel de Zuniga) e na clássica de Mozart, Bodas de Fígaro (como Bartolo).

Maurício, aproveitan-do o timbre, também em-presta sua voz em dubla-gens de vários desenhos e filmes, notadamente da Dreamworks e estúdios Disney (O Rei Leão, A Bela e a Fera etc).

O repertório do CD é calcado nas sad songs dos tempos da escravi-dão, quando os lamen-tos ritmados em forma de canções ganhavam as lavouras do sul dos Esta-dos Unidos escravocrata. Nesse caso vicejava o cris-tianismo como moldura para a cultura africana, numa espécie de coloni-zação cultural.

Um dos melhores exemplos é a canção que abre o disco “Go Dowm Moses”, a tradicional “Let my people go”. Excelente interpretação. Mais triste e com caráter lenitivo, ou-tro marco desse cancio-neiro americano, a “Ain’t got time to die” (Senhor, estou ocupado louvando meu Jesus/ não há tem-po para morrer/ porque a doença se vai quando

estou a louvar Jesus/ não há tempo para morrer”).

A ótima “I want Jesus to walk with me” inspirou a quase herética, a stonia-na de Exile on Main St, em “I don’t want to talk about Jesus, Just wanna see his face”.

O rio Jordão, devido à cristianização, também é fortemente evocado, como na bela “Deep Ri-ver” (Rio profundo, meu lar está no Jordão...). O rio em que Baptista ba-tizou Jesus serve como abrigo espiritual, a terra prometida onde tudo é paz.

Depois da série dos spirituals, Maurício, acompanhado do pia-no (Eduardo Henrique) e contrabaixo acústico (Ricardo Cândido), enve-reda pelas canções brasi-leiras. O ritmo é marcado pela riqueza em ataba-ques e outros elementos percussivos a cargo de Paulo Bogado e Eliseu Costa. Algumas faixas com mais acerto que ou-tras. Os mestres Hekel Tavares e Waldemar Henrique foram os esco-lhidos. “Funeral de um rei nagô”, “Hei de seguir os teus passos” e “Perdão Abaluiaê” sobressaem.

Maurício já tem estra-da, principalmente na es-fera operística. Sua gra-vação do Réquiem (Padre Maurício) ganhou o elo-gio e o respeito dos críti-cos, e o poema sinfônico de Antonio Carlos Gomes “Colombo” levou-o ao Prêmio Sharp (1999).

“Ritos e Ritmos” mostra a influência inegável da cultura africana na Amé-rica e traz luz (sem troca-dilho) ao talento desse ex-celente operário do canto.

O CD de Maurício Luz é baseado nas sad songs do período

da escravidão

Divulgação

Rod. Amaral Peixoto, km 70Bacaxá - Saquarema - RJ

( (22) 2653-0845

Tudo em Mármore e Granito

Direção: Jaime Vignoli

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A Queda de Anteu e a Força de Júlio César“Quanto Mais eu caio ao chão mais forte eu fico.”

frase “quanto mais eu caio mais me fortaleço” tem al-guma coisa a ver com Mi-tologia Grega.

E eu disse que sim, que era a história mítica de An-teu, filho de Gaia, deusa re-gente da terra (no sentido de solo, chão), e Poseidon, o deus regente do mar.

Anteu era muito forte e bom de luta. Ele chamava ou provocava todos os pas-santes para brigar com ele e sempre vencia e com os ossos dos derrotados que-ria construir um templo para seu pai Poseidon.

De certa forma, olhando por uma ótica mais moder-na, Anteu era um valentão.

Vez por outra ele encon-trava um adversário mais forte que ele e melhor de luta e mesmo assim ele in-variavelmente vencia.

O que acontecia era o seguinte: ele extraía a sua força da terra que era re-gida por sua mãe. Então, cada vez que algum adver-sário o jogava ao chão, ele ficava mais forte, e este era o truque de Anteu: quanto mais ele caía, mais forte fi-cava.

Bom, um dia ele lutou contra o herói Hércules

que sabendo de seu ponto fraco que ao mesmo tempo era seu ponto forte, ergueu Anteu ao ar e o asfixiou sem deixar que ele encos-tasse no chão.

Anteu morreu, mas dei-xou um legado às avessas muito interessante que chegou ao conhecimento

do nosso doce vendedor de doces Júlio César, que andando pelo chão de Araruama cada vez fica mais forte e me encanta com sua doçura, seus do-ces, suas empadas e sua vontade de saber cada vez mais sobre o ser humano e sua alma.

DIREITOS HUMANOSEducadora bahá’í presa no Irã recebe

prêmio de direitos humanos

completou o mestrado na mesma área naUniversida-de de Carleton (Canadá). Depois de retornar ao Irã ela iniciou sua colaboração

com a comunidade local e complementou suas ativi-dades com traduções, pro-dução de artigos educacio-nais e de capacitação. Além

disso, ela escreveu quatro livros, sendo que dois fo-ram reimpressos enquanto a autora estava na prisão.

Os pais e a irmã de He-sami também foram pre-sos no início da década de 1980. Com nove anos, a psicóloga testemunhou a invasão de sua casa pe-las forças de segurança e a prisão dos familiares. O marido de Hesami, Ka-mran Rahimian, também formado pela Universida-de Carleton, está na prisão de Rajai Shahr, acusado de colaboração com o BIHE. Atualmente, o filho peque-no do casal está aos cuida-dos da avó paterna.

Animais abandonados são uma das preocupações do vereador Amigo Walmir

POLÍTICA

Desde a aprovação em Araruama da Lei numero 1.686 de 2012, que institui o Código Municipal de Defesa e Bem Estar Animal, inicia-tivas vem sendo tomadas para que ela venha a ser im-plementada e os direitos dos animais sejam preservados.

Dentro dessa iniciativa o vereador Amigo Walmir já aprovou duas leis referentes ao assunto. A Lei de número 1.781, de sete de outubro de 2013, institui a política de es-tímulo a adoção de animais domésticos em Araruama.

Segundo a lei, poderão ser disponibilizados espaços

nos parques e praças para a realização de feiras e cam-panhas de estímulo à ado-ção e guarda responsável. O Executivo poderá também promover palestras que vi-sem à conscientização da população com relação ao

tratamento que deve ser dis-pensado aos animais, bem como sobre temas voltados à transmissão, epidemio-logia, patogenia, controle e prevenção de doenças.

A investigação e controle de foco do vetor do mosquito palha e o controle populacio-nal de cães e gatos através da esterilização também são assuntos abordados na refe-rida Lei. Inserido no mesmo contexto ficou estipulado que o Dia Municipal de Pro-teção aos Animais deve ser comemorado no dia 4 de ou-tubro.

A Lei de número 1.709,

de 22 de março de 2013 dis-põe sobre a obrigatoriedade da fixação de placas em pet shops, veterinárias, banho e tosa e estabelecimentos que comercializem produtos, medicamentos e alimentos para animais, chamando a atenção para o fato de maus tratos e animais ser crime.

Nessa segunda Lei o verea-dor Amigo Walmir se baseou na Lei Federal de número 9.605/98, onde o artigo 32 enfatiza: “É crime praticar ato de abuso, maus tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos.”

3nº 230 - maio de 2015

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POLÍTICA

Mortandande de peixes na lagoa de Araruama é tema de audiência pública na AlerjA Comissão de Assun-

tos Municipais e Desen-volvimento Regional da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) visitará os seis municípios da Região dos Lagos que estão sendo afetados com a mortan-dade de peixes na Lagoa de Araruama. O anúncio foi feito pela presidente da comissão, deputada Marcia Jeovani (PR), em audiência pública realiza-da no dia 14 de abril.

“Vamos ouvir gestores e sociedade civil. É um problema muito sério, já que a nossa lagoa não

Camilo Motaé apenas atração turísti-ca, mas também fonte de renda para muitas famí-lias da região e os nossos pescadores sobrevivem dali. A falta de oxigenação da Lagoa é um dos princi-pais problemas e a draga-gem do Canal de Itajuru é fundamental”, afirmou a deputada Marcia Jeovani.

Durante a audiência, o prefeito de Araruama se solidarizou com os pesca-dores e também defendeu o balizamento da Lagoa, para possibilitar a navega-ção turística de São Pedro da Aldeia até Araruama.

O prefeito de Araruama, Miguel Jeovani, representou o poder Executivo dos municípios do entorno da lagoa

“O encontro foi uma óti-ma oportunidade de partici-pação de pescadores, socie-

dade civil e representantes do Consórcio Lagos de São João, concessionárias, FI-

PERJ e Governo do Estado. Entre os temas abordados, destaco o reuso da água que é tratada nas ETEs, como forma de minimizar o im-pacto ambiental na lagoa. Em Araruama, já estamos utilizando essa água para la-var as ruas”, disse.

Segundo a parlamen-tar, as primeiras cidades a receberem a visita da comissão serão São Pe-dro da Aldeia e Arraial do Cabo. Os outros mu-nicípios a serem visitados são: Saquarema, Araru-ama, Iguaba Grande e Cabo Frio.

Marcia Jeovani tam-bém apresentou na Alerj dois projetos importan-tes que afetarão positi-vamente os municípios banhados pela lagoa. Um deles autoriza o governo estadual a criar os fri-goríficos pesqueiros. O outro permite o reuso de água não potável, que vai evitar que a água tratada nas estações de tratamen-to não sejam despejadas na lagoa, mas possam ter outros destinos, como a indústria, a agricultura e até mesmo para lavar ruas.

Campanha de vacinação contra influenza acontece

de 4 a 22 de maioComeça no próximo dia

4 a 17ª Campanha Nacio-nal de Vacinação contra a influenza, coordenada pelo Ministério da Saúde. A Secretaria Municipal de Saúde de Araruama oferecerá a vacina em to-dos os postos de saúde e no CIMI. No dia “D”, 9 de maio, também haverá atendimento na Secreta-ria da Terceira Idade.

A vacina contra in-fluenza é destinada a in-divíduos com mais de 60 anos, trabalhadores da área de saúde, povos indígenas, crianças de seis meses a menores de 5 anos, gestantes, puér-

peras (até 45 dias após o parto), grupos portadores de doenças crônicas não transmissíveis, popula-ção privada de liberdade e funcionários do sistema prisional.

A meta para o municí-pio é de vacinar 80 por cento do público alvo, que poderá se dirigir aos pos-tos de vacinação até o dia 22 de maio.

A influenza é uma do-ença respiratória infec-ciosa de origem viral, que pode levar a complicações graves e óbito, especial-mente nos grupos de alto risco para as complica-ções da infecção.

POLÍTICA

Prefeitos buscam apoio em Brasília para superar perda dos royalties do petróleo

A recente perda de recei-ta proveniente dos royal-ties do petróleo está pro-vocando a mobilização de prefeitos de todo o Estado do Rio para enfrentar a cri-se. Chefes do Executivo de municípios da Região dos Lagos e do Norte e Noro-este Fluminense estiveram em Brasília no início de abril em busca de apoio e solução em reuniões com o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha, e com o senador Marcelo Crivella.

O prefeito de Araruama, Miguel Jeovani, participou do encontro e destacou a importância a união dos dirigentes municipais na busca de soluções.

Prefeitos se reuniram com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha

Camilo Mota

“A situação de crise é bastante grave em alguns municípios que tiveram metade de seu orçamento anual comprometida. O encontro em Brasília foi significativo pelo movi-mento de união dos pre-feitos para buscar uma so-lução concreta que evite a insolvência e a instalação

de um caos administrativo e social a curto prazo”, des-tacou.

No encontro com Eduar-do Cunha, os prefeitos dis-cutiram questões relativas ao Fundo de Participação dos Municípios e a Lei de Responsabilidade Fiscal. O presidente da Câmara su-geriu um debate amplo so-

bre essas questões envol-vendo todo o Legislativo e o Executivo para que haja alguma flexibilização e me-lhoria a partir de 2016.

Em reunião com o sena-dor Marcelo Crivella foi re-forçado o pedido para que os municípios consigam a antecipação dos royalties para superarem a cri-se atual. O senador ace-nou positivamente para a aprovação de resolução no Senado que permita a contração de empréstimo, com diluição do endivida-mento a longo prazo. O tema da reunião também ficou de ser levado por Crivella ao conhecimen-to da presidenta Dilma Roussef.

Fórum discutirá Psicanálise Transpessoal e terapias holísticasAcontece nos dia 19

e 20 de junho de 2015 o I Fórum de Psicanálise Transpessoal e Ciências Holísticas da Região dos Lagos, com o tema cen-tral “Um novo paradigma para a compreensão do ser humano”. O evento é uma realização do Ela-boração Terapias e Cur-sos, com a chancela da Associação Brasileira de Psicanálise Transpessoal, e será realizado no muni-cípio de Araruama-RJ, no auditório da Universidade Cândido Mendes.O evento é destinado aos profissio-nais da área de saúde, es-tudantes e demais pessoas interessadas no desenvol-vimento humano. A taxa é de inscrição é de R$ 80 sendo de R$ 50 para estu-dantes universitários.

Com palestrantes con-vidados de São Paulo, Salvador, Saquarema e Araruama, a propos-ta visa apresentar novos conceitos teóricos e prá-ticos para a compreensão do ser humano, além de estratégias terapêuticas e educacionais capazes

de conduzi-lo a uma vida mais saudável e feliz. Com o surgimento do chamado “paradigma emergente”, a partir da primeira me-tade do século XX, fruto da falência dos critérios positivistas de aferição da realidade, que foram for-temente abalados pela Fí-sica Quântica e seu prin-cípio de incerteza, fontes oriundas da observação, da intuição, das canaliza-ções sensitivas, das expe-riências com a paranor-malidade vêm trazendo uma grande contribuição para a expansão do saber humano em suas mais di-versas facetas.

O fórum irá tratar de psi-canálise, espiritualidade, terapias energéticas, edu-cação, estruturação psíqui-ca, com a abertura que os novos tempos exigem, sem preconceitos, mas aberto a todas as expressões do co-nhecimento humano.

As inscrições e mais in-formações podem ser ob-tidas através do site www.abpt.com.br/forum2015.

Confira ao lado os temas e os palestrantes.

Palestra: Florais de Bach: Prática Clínica e ExperimentalMartha MendesPedagoga, psicanalista, pós graduada em psicossomá-tica e psicobiosfísica, espe-cialista em Florais de Bach e TVP, pesquisadora , escrito-ra, autora da Psicobiosofia® ,Diretora do Harmonia Cur-sos e Terapias Complemen-tares e Presidente da EARTh do Brasil (EuropeanAssocia-tion for RegressionTherapy,

in Brazil

Seminário: Engenha-ria Consciencial: Física Quântica e Novos Con-ceitos da RealidadeIvan Bruno Guerra Pe-reiraEngenheiro Elétrico, pós graduado pela FATEC, dire-tor do Projeto Sistemas de Energia Inteligente, em Goi-ás, autor do seminário “En-genharia Consciencial” apre-sentado em diversos estados do Brasil e em Portugal.

Palestra: Psicanálise e terapias alternativas no tratamento das de-pendências químicasFabio CoutoPsicanalista, Bacharel em Teologia, massoterapeuta, auriculoterapeuta, profes-sor de anatomia e fisiolo-gia aplicada à psicanálise na Sociedade Brasileira de Psicanálise Reflexológica.

Palestra: Um novo pa-radigma para a com-preensão do ser hu-

manoJoão Carvalho NetoPsicanalista, Psicopeda-gogo, Terapeuta Floral, Terapeuta Regressivo, Mestre em Psicanálise, autor da tese “Fatores que influenciam a aprendi-zagem antes da concep-ção”, autor da tese “Es-truturação palingenésica das neuroses”, autor do Modelo Teórico para Psi-canálise Transpessoal, autor dos livros “Psica-nálise da alma” e “Casos de um divã transpessoal”. Presidente da Associação Brasileira de Psicanálise Transpessoal.

Palestra: Construindo o diálogo entre ciência e espiritualidadeCamilo de Lélis Men-donça MotaPsicoterapeuta Holístico, Psicanalista Integrativo, Reiki Master, Terapeuta Floral, faz atendimento em Saquarema-RJ e Ara-ruama-RJ. Autor do livro Para Viver a Sinceridade. É diretor e fundador da As-sociação Brasileira de Psi-canálise Transpessoal

4 nº 230 - maio de 2015

CRÔNICAA REPRESENTATIVIDADE DOS NOSSOS HINOS

Gerson ValleE s c r i t o r , membro da Academia Pe-tropolitana de Letras

O artista plural Antônio Nóbrega, na linha de Má-rio de Andrade, Guerra Peixe e Ariano Suassuna, costuma dizer sobre nossa música, que as raízes por-tuguesas, mouras e negro-africanas possibilitaram a aparição de um ritmo tendentemente sincopado, criando um gingado pró-prio na dança. Esta, talvez, a característica artística mais acentuada do Brasil. E esta, sobretudo, a nossa maior graça.

Vejam-se outras mani-festações musicais moder-nas, a partir do “rock”. Há uma batida igual e cons-tante, dura, sem ginga ne-nhuma, apenas a afirmati-va barulhenta e repetitiva, as mais das vezes, inclusi-ve, sem grande variedade de percursos melódicos, e com uma harmonia sim-plista. Não quero com isto sobrepor patriotadas nem desfazer do que não seja nacional. Mesmo porque não só o “rock” como ou-tras modalidades da mú-sica contemporânea nem sempre seguem tal simpli-ficação genérica. Mas, isto serve como um parâmetro para a colocação de nos-sas singularidades. E para a questão: por que, diante de nossas riquezas varia-das, temos a mania de que-rer macaquear até a “sen-gracice” de outras plagas? São modalidades impostas pelo capital, formadoras de gostos tiranicamente? Imposições econômico--culturais?

Essas indagações me vieram a propósito de um comercial que assisti na te-levisão. Vou historiar:

Quando me mudei para Petrópolis, conheci o hino da cidade de autoria de Geraldo Ventura Dias. Foi um espanto agradável.

Apesar da marcialidade de qualquer outro hino, o da-qui possui umas “quebri-nhas” rítmicas de marcha rancho. Um hino com leve gingado! Ora, que outra finalidade musical teriam os hinos senão representa-rem as terras que exaltam? Senti ser um hino repre-sentativo de terras brasi-leiras!

Outro dia, no entanto, assisto na televisão um comercial, onde aparecem imagens turísticas da ci-dade, e isto, felizmente, não podem mudar. Mas o ritmo e o arranjo do hino não só mudam, como des-caracterizam seu gingado, levando-o para sequências tendentes à uniformização dos gostos importados!!! Como é possível tanta in-sensibilidade? A chave de ouro, “Quem pensa que é feliz em outra terra / é porque / ainda não viveu aqui”, perde seu ritmo da passagem de um decassí-labo para a “quebradinha” do “é porque” sem a elisão (e com a leve parada) para o “ainda não viveu aqui”. O ritmo está inerente no verso, no sentido, na cida-de brasileira! E, no entanto tentaram mudá-lo como de propósito para diminuir nossa personalidade!

Esta chave de ouro exaltante me lembra uma outra manifestação de or-gulho do “Inno à Roma” (de 1919) com música do grande Giacomo Puccini: “Tu non vedrai nessuna cosa al mondo / maggior di Roma”. Tais versos, aliás, foram tomados do clássico poema “Carmen Saeculare”, de Horácio. É importante salientar que esta exaltação patriótica é anterior à marcha à Roma, que encheu de poderes Mussolini, e ninguém pode afirmar se Puccini vives-se mais tempo iria aderir ao fascismo. A mim, me parece que não, tal como seu amigo Toscanini não aderiu, indo viver nos Es-tados Unidos. E isto por-que, nos dois últimos anos

de vida, enquanto cresce a fama de Mussolini, Puccini encontra-se às voltas com a dificuldade em musicar exatamente o triunfo do amor sobre a tirania, que é o dueto final de Turan-dot, deixando-a inconclusa quando morre de câncer em 1924. Por que o com-positor do eterno lirismo da Bohème, se interes-sou em escrever um peça tão marcial como o “Inno à Roma”? Para começar não era um fato novo. Em Gianni Schichi há também um exaltado hino pela Flo-rença renascentista, dando vivas à ascensão da bur-guesia (“la gente nuova”). Hinos de amor aparecem sempre em suas óperas. O que desejo expressar aqui é que cada hino tem sua forma de ser representa-tiva de um lugar ou situa-ção, razão a mais de se elo-giar o “gingado” no Hino de Petrópolis. Mas, para concluir o caso do “Inno à Roma”, Mussolini o ado-tou e chegou até a ser co-nhecido como o “Inno del Duce” e foi gravado pelo tenor Beniamino Gigli, que gravou também a famosa “Giovinezza”. Aí também, apesar de exaltar o fascis-mo, a beleza da juventude e a espontaneidade italia-na estão presentes. Mal ou bem é representativo do povo, mesmo que a repre-sentação seja mal empre-gada pelo regime tirano. Há hinos muito represen-tativos das alegrias juvenis alemães mesmo no tempo nazista. Sobre o tenor Gi-gli, é curioso lembrar que quando respondeu a um processo como colabora-cionista de Mussolini, de-fendeu-se cantando a ária de “Andrea Chénier” de Giordano: “Si, fui soldato”, e foi absolvido por repre-sentar pelo canto uma rea-lidade nacional que trans-cende as políticas!

Muitos italianos reco-nhecem seu vigor próprio no “Inno à Roma” e deseja-riam que fosse o Hino Ita-liano. Mas este tem a letra

de um jovem, Mameli, que morreu (em 1849) lutando pela unificação da Itália. Outros lá gostariam que o hino fosse o “Va pensiero” do Nabuco de Verdi (1842), que também foi importan-te no período de unificação italiana. Porém, como diz o maestro Riccardo Mutti, tal peça descreve os he-breus no cativeiro da Ba-bilônia. Apesar da beleza e humanismo extremos do referido coro, não repre-senta um país livre. Ver-di, aliás, escreveu muitos coros patrióticos e muitas marchas, alguns também achando que a Marcha Triunfal de Aida (1872) de-vesse ser o hino da Itália. Ora, é uma peça cênica que procura simular uma mar-cha do Antigo Egito. Não seria representativa da Itália! De qualquer forma, Verdi subscreve o “Inno di Mameli” citando-o numa cantata de 1859 (“Inno delle Nazioni”), quando nem existia a Itália como estado. Na mesma cantata representa a França com a “Marseillaise”, que na época não era o hino oficial francês. Mas que repre-sentação maior do orgu-lho libertário francês? E a Inglaterra, evidentemente, com a lenta ponderação do “God save the Queen”.

Serenamente equilibra-do é também o hino que o “pai” de todo o classicismo (Mozart, Beethoven, Schu-bert, etc.), Joseph Haydn, escreveu em 1797 para homenagear o imperador da Áustria (pai de nossa imperatriz Leopoldina), e que se tornou no Hino da Áustria. Tão nobre que um alemão, von Fallers-leben, resolveu “alema-nizar “ a letra em 1841, começando com a exalta-ção “Alemanha, acima de tudo”! Logo popularizou--se como sendo a “Canção da Alemanha”, tanto que, quando termina o Império Austro-Húngaro ao fim da primeira guerra mundial, o governo de Weimar re-solve torná-lo no Hino da

Alemanha, que continuou sendo durante o nazis-mo, e, tão linda melodia do clássico dos clássicos perdurou na Alemanha Ocidental e na atual unifi-cada! Os horrores nazistas não foram suficientes para destruir a beleza da me-lodia de Haydn, e o hino representa (naturalmente sem a letra da patriota-da agressiva da primeira parte) a musicalidade uni-versal do povo germânico (austríaco e alemão).

A França produziu os dois hinos de maior fervor revolucionário, a “Mar-seillaise” e a “Internacio-nal”. Esta, de autoria de Pierre Geyter e de Eugène Pottier (que participou da Comuna de Paris), foi lan-çada em 1896 no Congres-so do Partido Operário Francês, logo contagiando com sua vibrante melodia representativa da letra de lutas contra a burguesia e pela supremacia das clas-ses trabalhadoras, todos os socialistas, inclusive anarquistas e comunistas. Chegou a ser o Hino da União Soviética e aparece sempre em toda manifes-tação de esquerda mais radical. Independente-mente de todos os crimes de Stálin sob a sombra deste hino, ele sobressai fortes tendências contra a desigualdade e injustiça. A música, os hinos, sem-pre representando, quan-do autênticos, uma forma de ser significativa para o lugar e a ocasião onde se inserem, como acho que o gingado do hino de Pe-trópolis toca a população a que se destina.

Mas, por que Ancelmo Góes, em sua coluna de “O Globo”, que sempre critica expressões estran-geiras inseridas no nosso vernáculo como sendo “o cacete”, não escreve tam-bém que “Rock in Rio” é o cacete? Por causa da linha do jornal, que incentiva esse mega evento, com a violência de suas batidas, em letras usualmente anti-

-sentimentais, em canto-res fantasiados de horro-res como que voltados às drogas e desrespeito às al-teridades, numa constante alusão à competição que dá razão a quem saca a arma primeiro como sen-do a grande manifestação cultural de nosso tempo, abarcando globalmente o mundo todo, inclusive o Brasil? É verdade que te-mos sido comercialmente induzidos a tal tempera-mento de agressão (e até língua de gringo como se fosse a nossa). Te juro que na minha infância, mesmo com toda pobreza, analfa-betismo, ignorância, havia muito mais cordialidade em todos. Os sambas dos morros não agrediam com a imoralidade e violência dos bailes “funk”! Que ne-nhum idiota venha dizer que em todo tempo os ve-lhos sentiram saudades da juventude, achando que tudo esteja piorando. Es-tude História! Toda civi-lização tem sua ascensão, plenitude e decadência. O Império Norteamericano, com tanta analogia com o antigo Império Romano (Como demonstrou Ray-mond Aron) passa e nos leva à sua grande deca-dência. Igual ou pior que os romanos, malgrado os avanços tecnológicos. Por que não ensinamos ao mundo, mesmo com a péssima herança da escra-vidão, a convivência entre os contrários, que fazia com que nossas avós ne-gras estupradas não vies-sem a se vingar dos avôs brancos estupradores, na certeza de que as novas gerações trazem um pou-co de cada parte, e assim se juntam na miscigena-ção “gingada” renovadora da nação!? Por que uma parte de si lutará contra a outra parte de si mesma? Um grande empresário será o que instituir o mega evento “MPB EM NOVA IORQUE”, que pode tra-zer reconciliação e alegria de vida a todo o mundo!!!

O capitalismo e o canto da sereiaSOCIEDADE

Dinovaldo GilioliPoeta, autor do livro Cem p o e m a s (Editora da UFSC), en-tre outros

Na mitologia, sereias são criaturas metade pei-xe, metade mulher. Ine-briados por seu canto, marinheiros lançam-se às águas e, como diz a can-ção, “vão com elas pro fundo do mar”. Mais do que nunca, o mito é opor-tuno nos dias de hoje, em que tantos são seduzi-dos pelo canto da sereia. Aventurar-se faz parte da vida, assim como su-cumbir ao canto da sereia também, pois o que está no inconsciente da huma-nidade está em nós. O que fica de lição, numa leitura psicológica do mito das sereias, é que a vida está para ser vivida o mais inteiramente possível, e

isso pressupõe naufrá-gios e um enorme esforço para chegarmos inteiros a praia, nos adverte Vera Souza Dantas em seu arti-go Olhai o canto da sereia!

O que tem a ver essa per-sonagem da mitologia com o sistema capitalista, com o tal mundo globalizado, onde dizem que as frontei-ras se dissiparam no ar?

No seu mais fino estágio de sedução e no auge de mais uma de suas profun-das crises, o capitalismo tem buscado envolver os trabalhadores na tentati-va de escamotear as suas contradições, de amenizar conflitos, de confundir a cabeça desses trabalhado-res e de (re)definir o pa-pel de suas entidades de classe (sindicatos). Não é à toa, que vez ou outra, (e quase sempre), escutamos as famosas frases de efei-to: o sindicalismo precisa se modernizar, mudar as suas formas de atuação, de luta, afinal o mundo

mudou. Veja só, não so-mos mais chamados pelos patrões de trabalhadores. Agora, somos todos co-laboradores - simpático, não?

De forma explícita ou velada, vão imprimindo no inconsciente de cada um de nós “novos” con-ceitos que visam adoçar a

nossa relação com o sis-tema - que alguns acredi-tam que pode ser demo-cratizado, humanizado. E você, como trabalhador, como vendedor da força de trabalho que é mais, ou menos explorado, (mas sempre explorado) pelo capitalismo, acredita nis-so? Você acredita que é

possível democratizar um sistema que só sobrevive pela imposição autoritária e violenta de suas regras? Você acredita que é possí-vel humanizar um sistema que só sobrevive porque exclui no mundo dois ter-ços de seres humanos a uma vida digna? Entre o mundo real e o apregoado

pelos detentores do poder, do capital, há um profun-do e mal cheiroso abismo que, usando de seus mais criativos e perfumados disfarces, o sistema tenta esconder: o que é, não é o que parece ser.

É inegável, o capitalis-mo tem seus encantos: di-nheiro, poder, proprieda-des, prestígio. Mas nunca podemos esquecer, como trabalhadores que somos, que isto é para poucos. E um sistema voltado para manter a ganância e opu-lência de alguns privile-giados, deve ser perma-nentemente repudiado e combatido pelos trabalha-dores, suas entidades de classe e por todos que tem como perspectiva uma so-ciedade socialmente justa e feliz.

Não se deixe enganar, a luta de classes não aca-bou: capitalista é capita-lista, trabalhador é tra-balhador. Cuidado com o canto da sereia!

5nº 230 - maio de 2015

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Tu te abriste como uma florAo paiE geraste o filhoNa paz do Espírito Santo.E desde entãoTua vida foi pura doaçãoAo pai, ao filho e ao Espírito Santo.Explodiste em versosCriaste um mundoSuperaste teus limites,Mas continuasteRenunciando a tiPelo pai, pelo filho e pelo Espírito Santo.Lutaste pela igualdadeFincaste tua bandeiraPisaste firme o chão,Mas não cessaste de doar-teAo pai, ao filho e ao Espírito Santo. Plantaste o grãoColheste o trigoAmassaste o pãoMas para sempreHá de negar-teEm nome do PaiDo FilhoE do Espírito Santo!

Carmen Felicetti reside em Petrópolis-RJ, é membro titular da Academia Brasileira de Poesia.

PARECE MAS NÃO É(Sansara)

Geraldo Chacón

Parece que tudo passaporque vês o imanente,mas tudo fica eternose miras o transcendente.O fogo que na tarde ardeserá cinza no outro dia,mas seu calor aquece a terraque sem ele seria fria.

Geraldo Chacón é professor, palestran-te, escritor e ator, reside em Ararua-ma-RJ.

ESCOVANDO OS DENTES E O SORRISO COM ÁCIDO SULFÚRICO

Matheus José Mineiro

com uma teimosia incubada a 58 graus me liquidifico , mix desprovido de inquietação.contrario a obturações feitas a base de argamassa .este urro da metrópole não é extensão da nossa pulsação .por istoamigo &amiga estejam debaixo da minha língua, amargotal um doce ácido lisérgico.

ser aluzcinação grudada nas minhas pupilas.

magnetita que brota na costela da minha montanha.opala de fogo formada no dorso.

a gente é para ser galho de fogueira na serra do órgãos [e no freezer dos dias. aquelas engrenagens na constelação da máquina pneumática são lavadas com enxofre e zinco refinado e graxae ainda assim

sulfuricamente

gargalham .

aqui na Terra mandíbula e maxilar fazem de tudo para se contorcerem mais para o verbo sorrir do que para o verbo chorar.

Sentir ânimo, é água de pia escorrendo no rosto pela manhã [escura do Mundo.

Matheus José Mineiro, radicado na Serras dos Órgãos (RJ), é poeta, autor do livro A Cachoeira do Poema na Fazenda do Seu Astral.

A PELE

Leandro Garcia Rodrigues

A pele que habito não é minha.Trata-se de uma substância que envolve o mais íntimo da minha história.Porém, minha história se mostrou ficção, representação, encenação, texto.A pele que cismo em habitar chegou sem que eu a quisesse, e pousou muda sobre a minha quietude, sobre o meu silêncio, sobre a minha incapacidade de comunicar-me honestamente.A pele que ainda habito vai acabar, assim como também acabará a minha capacidade de amar, de esperar, de crer, de tentar ser.Porque esta pele miserável, fruto de tua vontade preconceituosa que eu fosse o seu personagem, esta pele já cheira mal e precisa morrer.

Leandro Garcia Rodrigues é poeta, doutor e pós-doutor em Estudos Literários pela PUC-Rio, autor de “Alceu Amoroso Lima: cultura, religião e vida literária”, entre outros.

ENCANTAMENTO

Luiz Otávio Oliani

no balde de juçaraso homem buscaa água de que precisa

no terreno secoprocura o vento

encontra Deusdisfarçado de sabiá

Luiz Otávio Oliani é autor de “A eternidade dos dias” (Multifoco, 2012)

MOVIMENTO DAS ÁGUAS

Camilo Mota

Criança em beira de rio faz voar pedras e torna as águas sólidas : em instantes ondula o tempo.Pés descalços fazem entender a palavra seixo. — É o vento, menino, que faz a folha mover.Pensa que árvore não anda?É que ela se move noutra direção.

Camilo Mota é poeta, editor do Jornal Poiésis, psicanalista e membro da Academia Brasileira de Poesia.

O POETA VOLTA AO RECIFE

Iacyr Anderson Freitas

A tarde continuacomo na infância, linda,dançando em plena ruaum frevo vivo ainda.O resto está perdido.Nada aguarda esta vinda.Nem o lume ou vagidode uma cidade finda.

Iacyr Anderson Freitas mora em Juiz de Fora-MG, é autor de “Viavária” (2010), de onde extraímos o poema acima.

6 nº 230 - maio de 2015

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Falta de livros didáticos em Saquarema é preocupação para o vereador Bruno PinheiroO vereador Bruno Pi-

nheiro (PRB), após ser abordado por vários pais de alunos da rede municipal de ensino de Saquarema, tanto pessoalmente como atra-vés de correios eletrônicos enviados ao seu gabinete, teve a iniciativa de fazer um requerimento à Secreta-ria Municipal de Educação questionando sobre a falta de livros didáticos.

O requerimento à mesa diretora foi feita em mar-ço, de forma regimental, onde Bruno solicitou à prefeita Franciane Motta que envie um ofício à re-ferida Secretaria solicitan-do esclarecimentos sobre a falta de livros. Segundo

o requerimento, ele foi informado que algumas escolas receberam livros de diversas disciplinas em quantitativo inferior ao número necessário para atendimento à totalidade de alunos matriculados.

O requerimento faz re-ferência a alguns diretores que solicitaram, por várias

vezes, a complementação do número de livros didáti-cos, o que também foi feito pelos pais, sendo tais soli-citações ficando sem serem atendidas.

“A minha preocupação é que o ano letivo iniciou em fevereiro e até agora não temos resposta nenhuma e os alunos estão sendo pre-judicados pela falta de ma-terial para estudar. Preci-samos saber também quais as medidas emergenciais que estão sendo tomadas para solucionar o proble-ma e qual o prazo estabe-lecido pela Secretaria Mu-nicipal de Educação para resolvê-lo definitivamen-te”, disse Bruno Pinheiro.

Saquarema faz 174 anos com inaugurações e show

do Sorriso MarotoNo dia 8 de maio, sexta-

feira, Saquarema comple-tará 174 anos de emancipa-ção político-administrativa. Para comemorar, a Prefei-tura preparou uma progra-mação especial com inau-gurações, evento gospel, mostra de carros antigos e show com a banda Sorriso Maroto.

Programação:

1/5 - 17 às 20 hs – Festa do Trabalhador – Basiléa – Sampaio Corrêa (em frente ao campo de grama sintéti-ca).1 a 3/5 - 8 às 17 hs – VII Mostra de Carros Antigos de Saquarema – Praça do Coração – Centro – Saqua-rema4/5 – 18h – Inauguração das obras de reforma e am-pliação do Posto de Saúde Municipal Felinto Antunes de Mattos – Rio Mole – Es-trada de Rio Mole, ao lado da Escola Municipal Maria Luiz de Amorim Mendon-ça.4/5 - 19 à 01 h – Canta Sa-quarema – Terminal Ro-doviário de Bacaxá. Shows

com: Ronaldo Santos, Gru-po Kainón e Shirley Carva-lhaes.5/5 – 20h – Inauguração de trecho de obras de reur-banização da Rua Professor Souza – Bacaxá.6/6 – 8h – Café da Manhã do Idoso – Praça do Bem Estar – Saquarema.6/6 – 20h – Inauguração da Creche Municipal Maria Ca-tharino Gonzaga – Sampaio Corrêa – Pólo Industrial – Rodovia Amaral Peixoto.7/5 – 6h – Aniversário do Café da Amanhã do Tra-balhador – Av.Saquarema, 5.123 – Ao lado da Secre-taria de Desenvolvimento

Social.7/5 – 17h – Inauguração das Obras de Reforma e Ampliação da Escola Mu-nicipal Edilson Vignoli Ma-rins – Rio de Areia – Estra-da Latino Melo.7/5 – 22h – Show com a banda Sorriso Maroto – Praça do Coração – Centro – Saquarema.8/5 – 10h – Missa solene em homenagem ao 174º Aniversário de Saquarema – Igreja Matriz de Nossa Senhora de Nazareth – Sa-quarema.8/5 - 14 às 20h – Desfile cí-vico escolar – Praça do Co-ração – Saquarema.

Daumas Academia recebe 12 premiações em São Paulo

A Daumas Academia, de Itaúna, Saquarema, participou no dia 18 de abril do V Taboão Fest Dance, realizado em Santo Amaro, São Pau-lo, pela Escola de Ballet Sonia Almeida no Teatro UníItalo, antigo Paulo Autran, recebendo doze prêmios em várias mo-dalidades.

Foram vários meses de treinamento, que, se-gundo a diretora da aca-demia, Rita Daumas, va-leu à pena. “Eles foram preparados para serem contemplados e assim o fizeram”, disse ela. Os bailarinos encantaram o público presente e principalmente os jura-dos que, ao analisarem os requisitos inseridos nas normas do festival, condecoraram os jovens pela beleza e perfeição de seus movimentos.

As coreografias ven-cedoras foram: João e

Maria, ballet clássico, com Raphaela Lindgren e Tiago Tononi; Voan-do, contemporâneo, com Ariel Machareth, Brayen Catharino, Leiliane Fi-gueiredo, Tiago Tononi, Ingrid Oliveira, Giovan-na Liberato e Raphaela Lindgren; Corsário e So-litas, clássico repertório e contemporâneo, com Tiago Tononi; Mulher, contemporâneo, com Leiliane Figueiredo; Bo-das de Aurora e Lamen-

to, clássico de repertório e contemporâneo, com Ingrid Oliveira; Somos, livre, com Brayan, In-grid e Leiliane; Ave Ma-ria, contemporâneo, com Brayan e Ingrid Oliveira; Opostos, contemporâ-neo, com Ariel, Tiago, Giovanna, Leiliane e Ra-phaela; Mary Poppins, clássico, com Giovanna e Raphaela; pela diver-sidade dos trabalhos a Daumas Academia tam-bém recebeu troféu.

Divulgação

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Dia 23/05em Araruama

Dia 24/05em Saquarema

Cultura - A Oficina de Ma-rketing Cultural e Mobiliza-ção de Recursos, em par-ceria entre as Secretarias de Cultura de Araruama e a de Estado, através do Rio Criativo, aconteceu na Casa de Cultura de Araru-ama, onde reuniu pessoas ligados à cultura de Saqua-rema, Cabo Frio e outras cidades vizinhas.

Sempre presentes - O se-cretário de Administração de Araruama, Roberto Quintanilha e sua esposa, Ana Lucia, estão sempre presentes nos eventos re-alizados no município. A simpatia e a maneira de tratar os que os cercam é o que os tornam mais queri-dos ainda.

Festa de São Jorge - O ve-reador Amigo Walmir rea-lizou uma belíssima festa em homenagem a São Jorge no dia 23 de abril. O Marouche, ao lado da Lagoa de Araruama, ficou completamente lotado por populares, autoridades e amigos que se reuniram para festejar e brindarem louvor ao santo guerreiro.

Que seja sempre próspera, Saquarema,terra de gente feliz!

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Parabéns, Saquarema,pelos 174 anos!

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Saquarema é uma pintura da natureza.

Que neste aniversário

sua população comemore a bênção de viver num lugar de ser

feliz.Camilo e Regina Mota

Jornal Poiésis

Parabéns, Saquarema, pelos 174 anos de emancipação política!

Prosperidade e paz para essa cidade tão amada e para todos os

seus moradores.

São os votos de Bruno e Renata Pinheiro