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Planos de Recursos Hídricos José Luiz Gomes Zoby Brasília 11 de dezembro de 2012

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Planos de Recursos Hídricos

José Luiz Gomes Zoby Brasília

11 de dezembro de 2012

Desafios da Gestão de Recursos Hídricos

Base Legal

Etapas de Elaboração

Conclusões

SUMÁRIO

Desafios da Gestão de Recursos Hídricos

Norte: grande parte dos recursos hídricos estão concentrados na bacia amazônica

Nordeste: região mais seca

Sul e Sudeste: poluição urbana e industrial

Centro-Oeste: expansão da fronteira agrícola

Atendimento da demanda de água: 2.373 m3/s (ano 2010)

54%

6% 1% 22%

17%

Vazão de retirada (ano 2000): 1.568m3/s

Fonte: ANA, 2011

Garantia de água em quantidade

Balanço Quantitativo

Fonte: ANA, 2011

Garantia de água em qualidade

Fonte: ANA, 2011

Enfrentamento de eventos hidrológicos críticos

Cheias /inundações (ano 2011)

1

2

3

Número de municípios com cheias: 754 (13%)

Região Serrana do Rio de Janeiro (jan. 2011) Fonte: Marcos Rosa

Itajaí, Santa Catarina (set. 2011) Fonte :

http://raposasdoplanalto.blogspot.com/2011/ 09/estado-de-calamidade-em-blumenau-

maior.html

Palmares, Pernambuco (mai. 2011) Fonte: s2nerd.wordpress.com

754 municípios

Enfrentamento de eventos hidrológicos críticos

Secas/estiagens (ano 2011)

Fonte: Três cidades gaúchas decretaram situação de emergência

por causa da estiagem: Candiota, Pedras Altas e Herval

Foto: Mari Stela/Especial para Terra

Fonte: Rio Santa Maria, perto da fronteira com o Uruguai

Foto: Jorge Garcia/Especial para Terra

125 municípios

Gestão compartilhada entre União e Estados

Rio estadual

Rio federal

A água é bem público de dupla dominialidade:

- Estadual (águas subterrâneas e superficiais);

- Federal (águas superficiais).

Lei 9.433 /1997 da Política Nacional de Recursos Hídricos

Resolução 17/2001 do Conselho Nacional de Recursos Hídricos

Planos de Recursos Hídricos - Base Legal

• Os Planos de Recursos Hídricos;

• O Enquadramento dos Corpos de água;

• A Outorga dos direitos de uso dos recursos

hídricos;

• A Cobrança pelo uso dos recursos hídricos;

• O Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos.

Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos (Lei no 9.433/97 - Artigo 5o )

Planos de Recursos Hídricos

Proposta

Enquadramento

Banco de dados

Sistema de Informações

Diretrizes

Outorga

Diretrizes

Cobrança

Interfaces com Instrumentos

Objetivo dos Planos de Recursos Hídricos

Realidade Desejada

Realidade Atual

Plano

Aponta caminhos para a materialização de

uma nova realidade

Compatibilização de: - necessidades; - desejos; - possibilidades.

• Planos de Manejo Ambiental: resulta em perda de foco das questões diretamente relacionadas aos recursos hídricos (qualidade e quantidade)

• Planos de Desenvolvimento Regional: planos de recursos hídricos não solucionam problemas socioeconômicos

• Planos Orientadores de Políticas Setoriais: os planos de recursos hídricos devem “dialogar” com diferentes setores usuários (energia, agricultura saneamento, entre outros), mas não têm poder decisório. Exigem, portanto, um processo de negociação e pactuação na bacia.

Planos de Recursos Hídricos não são

Abrangência (Lei no 9.433/97 - Artigo 8o )

Os Planos de Recursos Hídricos são elaborados

por bacia hidrográfica, por Estado e para o País.

Planos Responsabilidade

de Execução

Responsabilidade de

Aprovação

Nacional Secretaria de Recursos Hídricos do

Ministério do Meio Ambiente

Conselho Nacional de

Recursos Hídricos

Estadual Secretarias Estaduais

de Recursos Hídricos

Conselhos Estaduais de

Recursos Hídricos

Bacia Hidrográfica

- Agências de Água

- Entidades ou órgãos gestores

(enquanto não houver agência)

Comitês de Bacia

Quem Executa e Quem Aprova os Planos

Âmbito

CNRH

CERH

MMA

SRH

Governo do Estado

ANA

Órgão ou Entidade Estadual

Comitê da Bacia

Agência da Bacia

Conselhos Governos Órgãos

Gestores “Parlamento” Escritório Técnico

Nacional

Estadual

Bacia

Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos

Art. 6º Os diversos estudos elaborados, referentes ao Plano de Recursos Hídricos, serão amplamente divulgados e apresentados na forma de consultas públicas, convocadas com esta finalidade pelo Comitê de Bacia Hidrográfica ou, na inexistência deste, pela competente entidade ou órgão gestor de recursos hídricos.

§ 1º A participação da sociedade nas etapas de elaboração do Plano dar-se-á por meio de consultas públicas, encontros técnicos e oficinas de trabalho, visando possibilitar a discussão das alternativas de solução dos problemas, fortalecendo a interação entre a equipe técnica, usuários de água, órgãos de governo e sociedade civil, de forma a incorporar contribuições ao Plano. § 2º Durante a elaboração do Plano, serão disponibilizados pelo Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos, sínteses dos diversos estudos ou documentos produzidos.

Participação Pública na Elaboração dos Planos

(Resolução no 17 do CNRH)

Plano Nacional e Planos Estaduais de Recursos Hídricos

Plano Nacional de Recursos Hídricos: - aprovação em 2006; - revisão e priorização de ações em 2011.

Planos Estaduais

• Quando há o comprometimento dos recursos hídricos e/ou existirem conflitos/disputas em torno deles

• Quando é necessário antecipar-se para prevenir situações que ponham em risco os recursos hídricos e seus usos múltiplos

Onde a ANA tem feito Planos?

A Bacia Hidrográfica

Realizados Área (mil km2)

Pop. (milhão hab.)

Unid. Fed.

São Francisco 642 13,3 6

Guandu 11 0,9 1

Tocantins-Araguaia

918 7,2 5

Doce 85 3,3 2

Verde Grande 31 0,74 2

Amazonas - MDA 2.514 5,1 5

Em elaboração

Paranaíba 233 8,5 3

Em contratação

Piranhas-Açu 44 1,3 2

Total 4.447 39,6 18

Planos de Bacias Hidrográficas - a Experiência da ANA

Realidade da Região e Questões Estratégicas DIAGNÓSTICO

CENÁRIOS

DIRETRIZES e

PROGRAMAS

Visão de Futuro da Região frente ao Crescimento Econômico e

às Ações de Gestão

Ações de Gestão para Evitar ou Minimizar Problemas de Hoje e do Futuro

Etapas de Elaboração

LEVANTAMENTO DE DADOS Gerais, Recursos Hídricos, Institucionais,

Legais, Investimentos, Programas

PROCESSO PARTICIPATIVO

REUNIÕES PÚBLICAS

COMITÊ

DE BACIA

GRUPO DE

ACOMPANHA MENTO

(CÂMARA TÉCNICA)

DIAGNÓSTICO E

PROGNÓSTICO

FORMULAÇÃO DO PLANO

CARACTERIZAÇÃO DO TERRITÓRIO

IDENTIFICAÇÃO Problemas Conflitos Vulnerabilidades Oportunidades Vocações

ESTABELECIMENTO Prioridades Objetivos Diretrizes

PROPOSIÇÃO Medidas Ações Programas Metas Gestão Investimentos

TEMAS ASSOCIADOS Geral Recursos Hídricos Institucional Legal Investimentos Programas

ABRANGÊNCIA Regiões Bacias Sub-bacias Ecossistemas Áreas Especiais

SITUAÇÃO Atual Cenários Futuros

Etapas e Interfaces

SISTEMA DE INFORMAÇÕES

Elaboração dos Planos de Recursos Hídricos

Duração depende da área e complexidade da bacia. De forma geral, dura entre 3 e 4 anos, pois envolve:

– Elaboração do termo de referência, realização de

reuniões com o Comitê de Bacia, processo licitatório e emissão da ordem de serviço: 1 ano;

– Execução dos serviços: 1,5 a 2,5 anos;

– Discussão e aprovação do PRH: 6 meses.

• Diretrizes para aplicação dos instrumentos de gestão

• Programas e ações divididas conforme quadro a seguir

Conteúdo dos Planos de Ações

Componente A Componente B Componente C

Não estrutural – diretrizes para instrumentos

Estrutural – necessidades identificadas

Não estrutural – preenchimento de lacunas de conhecimento (C&T)

• Identificação de atores e fontes de recursos para execução das ações propostas

• Recomendações aos diversos setores usuários de recursos hídricos da bacia visando o uso múltiplo

Planos

burocráticos.

enciclopédicos,

reprodutivos,

descontextualizados

-

“Planos de obras”

-

Tentam resolver

todos os problemas

de uma vez; falta

foco

Planos

sistêmicos,

criativos,

objetivos,

multidisciplinares

-

Planos Diretores

-

Investem sobre os

problemas críticos

(“primeiro, o mais

importante”);

planos focados

X

Resultados possíveis:

Dois “tipos” de PRHs

A ANA tem buscado elaborar PRHs que sejam instrumentos

efetivos para tomada de decisão

Conclusões

PRHs são instrumentos de planejamento que visam a Gestão dos Recursos Hídricos, ou seja, orientam a atuação dos gestores em relação ao uso, recuperação proteção e conservação dos recursos hídricos.

PRHs necessitam de uma base técnica para um processo decisório participativo. Devem ser adaptativos, periodicamente revisados.

Envolvem a interação com outras esferas de planejamento. Dependem, assim, da capacidade de negociação intra e intergovernamental e público-privada.

PRH São Francisco (2004)

642 mil km² 13,3 milhões de habitantes 5 estados (MG, BA, PE, AL, SE) e DF

30

31

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Precipitação (mm)

500 - 600

600 - 700

700 - 800

800 - 900

900 - 1000

1000 - 1100

1100 - 1200

1200 - 1300

1300 - 1400

1400 - 1500

1500 - 1600

1600 - 1700

1700 - 1800

Oferta de água

- Semiárido

- Revitalização

• Saneamento

• Erosão

• Agricultura irrigada

- Transposição

PRH Guandu (2006-2007)

11 mil km² 900 mil habitantes 1 Estado (RJ)

Transposição Paraíba do Sul-Guandu

Captação da CEDAE no rio Guandu: 42 m3/s (85% da população RMRJ)

UHE FONTES

UHE PEREIRA

PASSOS

UHE

NILO PEÇANHA

RIO PARAÍBA DO SUL

RIO PIRAÍ

RIO GUANDU

RIBEIRÃO DAS LAJES

Reservatório do Ribeirão das Lajes

Reservatório de Ponte

Coberta

Reservatório de Vigário

Reservatório de Tocos

Reservatório de Santana

Reservatório de Sta. Cecília

E

E

RIO SANTANA

Calha da CEDAE

Derivação

Túnel

RIO PIRAÍ

RIO PARAÍBA DO SUL

25

160

119

90 71

178

34

144

17 189,5

120

5,5

5,5

E

Reservatório

Usina Hidroelétrica

Elevatória

00

00 Cond normais Cond adversas

Vazão meta m3/s:

LEGENDA

___

130

RIO SÃO PEDRO

RIO DOS POÇOS

RIO IPIRANGA

CANAL DE SÃO FRANCISCO

Barragens da CEDAE

Baía de Sepetiba

ETA Guandu

45

45

Usinas da Light

Distrito Industrial de Queimados

Cavas de areais

Cunha salina

Rio Guandu

Captação ETA – CEDAE 42 m³/s

Rio Ipiranga Rio Queimados/Poços

Qualidade da água e lançamentos de cargas poluidoras

PERH Tocantins-Araguaia (2006-9)

918 mil km² 7,2 milhões habitantes 5 Estados (GO, MT, TO, MA, PA) e DF

Erosão e Assoreamento dos Rios

Comprometimento do Meio Ambiente pelo Turismo – praias rios Araguaia e Tocantins

Ocorrência de Secas e Inundações

Pressão p/ Estabelecimentos de Novos Usuários em Áreas de Fragilidade Hídrica

Conflitos intersetoriais pelos usos múltiplos - construção de eclusas

Áreas sensíveis a intervenções estruturais

Tucuruí

Estreito

Lajeado

RM de Belém

PIRH Doce (2008-2010)

85 mil km² 3,3 milhões habitantes 2 Estados (MG e ES)

Carga de sedimentos e inundações

PRH Bacia Amazônica Afluentes da Margem Direita (2007-2010)

2,54 milhões km² 5,2 milhões habitantes 5 Estados (PA, AM, MT, RO e AC)

Uso do solo

PRH Verde Grande (2009-2010)

31 mil Km² 741 mil habitantes 2 estados (MG e BA)

Escassez de água

1996 – 1.270 cadastrados e em operação

2009 – 3.300 cadastrados e em operação

– 3.830 estimados em operação

PRH Paranaíba (2010-2012)

223 mil km² 8,5 milhões habitantes 3 Estados (MG, GO e MS) e Distrito Federal

Abastecimento e qualidade de água (Brasília e entorno)

Uso competitivo entre irrigação e geração de energia (São Marcos)

Abastecimento e qualidade de água (Uberlândia)

Qualidade de água (Patos de Minas)

Abastecimento urbano e qualidade de água (Goiânia)

Uso intensivo da água para irrigação (pivôs centrais no Turvo e dos Bois e Meia Ponte)

Uso intensivo da água para irrigação (pivôs centrais e café; Araguari e nascentes e afluentes do Paranaíba)

Expansão da cana-de-açúcar e intensificação da irrigação (oeste e centro da bacia do Paranaíba)

Uso competitivo entre irrigação e abastecimento urbano (Pipiripau)

www.youtube.com/anagovbr www.twitter.com/anagovbr

Obrigado!

José Luiz Gomes Zoby Gerente de Planos de Recursos Hídricos

[email protected] | (+55) (61) 2109 –5336

www.ana.gov.br