plano de acao lobo guara 2008

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Plano de ação para estudo e conservação do Lobo Guara

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  • Plano de Ao para a Conservao do Lobo-GuarAnlise de viabilidade populacional e de habitat

  • Ministrio do Meio AmbienteMarina Silva

    Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais RenovveisBazileu Margarido Neto

    Instituto Chico Mendes de Conservao da BiodiversidadeJoo Paulo Ribeiro Capobianco

    Diretoria de Conservao da BiodiversidadeRmulo Jos Fernandes Barreto Mello

    Coordenao Geral de Espcies AmeaadasOnildo Joo Marini-Filho

    Centro Nacional de Pesquisas para a Conservao de Predadores NaturaisRonaldo Gonalves Morato

  • Ministrio do Meio ambienteinstituto chico Mendes de conservao da biodiversidadecentro nacional de Pesquisas para a conservao de Predadores naturais

    Plano de Ao para a Conservao do Lobo-GuarAnlise de viabilidade populacional e de habitat

    Organizadores Rogrio Cunha de Paula Patrcia Medici Ronaldo Gonalves Morato

    Braslia, 2008

  • Edies ibamaCoordenaoCleide M de O. Passos

    RevisoMaria Jos TeixeiraVitria Rodrigues

    CapaAdriano Gambarini

    Projeto grfico/diagramaoPaulo Luna

    Normalizao bibliogrficaHelionidia C. Oliveira

    Edioinstituto brasileiro do Meio ambiente e dos Recursos naturais Renovveiscentro nacional de informao, Tecnologias ambientais e Editorao

    Edies ibamaScEn Trecho 2, bloco c - Subsolo, Edifcio-sede do ibama70818-900 - braslia, DFTelefone (61) 316 1065E-mail:[email protected]

    impresso no brasilPrinted in Brazil

    catalogao na Fonte instituto brasileiro do Meio ambiente e dos Recursos naturais Renovveis

    P699 Plano de ao para a conservao do Lobo-Guar: anlise de viabilidade populacional e de habitat / Rogrio cunha de Paula, Patrcia Medici e Ronaldo Gonalves Morato; Organizadores. braslia: ibama, 2008.

    158 p. ; il. : 28 cm.

    iSbn 978-85-7300-268-3

    1. Fauna, proteo (ecologia). 2. Lobo-Guar. 3. Plano de ao. i. Paula, Rogrio de. ii. Medici, Patrcia. iii. Morato, Ronaldo Gonalves. iV. instituto chico Mendes de conservao da biodiversidade. V. instituto brasileiro do Meio ambiente e dos Recursos naturais Renovveis. Vi. centro nacional de Pesquisas para a conservao de Predadores naturais - cenap. Vii. Ttulo.

    cDU (2.ed.)502.74

    Organizao

    Centro Nacional de Pesquisas para a Conservao de Predadores Naturais (Cenap/ICMBio)

    Comit editorial

    Anders Gonalves da Silva University of british columbia (Ubc) / cbSG brasilAngela Alves Lutterbach Fundao Zoo-botnica de belo HorizonteArnaud Desbiez Royal Zoological Society of Scotland (RZSS) / cbSG brasilCeclia Pessutti Parque Zoolgico Municipal Quinzinho de barrosDiego Queirolo Universidade de So PauloEduardo Eizirik PUc-RS/instituto Pr-carnvorosFlavio Henrique Guimares Rodrigues UFMG/instituto Pr-carnvorosFrancisco Rogrio Paschoal Sociedade de Zoolgicos do brasil Parque Ecolgico de So carlosJos Luis Cartes Guyra ParaguayJos Roberto Moreira Embrapa/cenargenLeandro Jerusalinsky cPb/icMbio / cbSG brasilLucia Soler Huellas, GEcM, Universidad nacional del SurMarcela Orozco Universidad de buenos airesMarcelo Ximenes Bizerril UnbMaria Soledad Rosso Jardim Zoolgico de la ciudad de buenos aires

    Traduo Anders Gonalves da SilvaArnaud DesbiezCynthia WidmerJoares May JuniorLuca Corral Hurtado

  • PrefcioApresentaoInstituies organizadorasApoio institucionalApoio financeiroMetodologia de trabalhoPlano de Ao Ameaas e manejo de habitats Distribuio e status Educao ambiental, aspectos sociais e alternativas econmicas Conservao ex situ Modelagem e dinmica populacional Anlise de Viabilidade Populacional e de Habitats (PHVA - Modelagem) Modelos Especficos por Pas Argentina Brasil Paraguai Resultados das Anlises de SensitividadeLista de SiglasReferncias bibliogrficasLista de Participantes

    Sumrio

    79

    11131517

    233955698791

    107109121130138143145153

  • Prefcio

    O Plano de Ao para a Conservao do Lobo Guar produto do I Workshop Internacional para a Conservao do Lobo-guar Anlise de Viabilidade Populacional e de Habitat (PHVA), realizado pelo Centro Nacional de Pesquisas para a Conservao de Predadores Naturais (CENAP) em parceria com a Unio Internacional para a Conservao da Natureza (IUCN), por meio da Rede Brasileira do Grupo Especialista para Conservao e Reproduo (Conservation Breeding Specialist Group - CBSG) e com o apoio do Instituto Pr-Carnvoros e do Grupo Especialista de Candeos (Canid Specialist Group - CSG).

    Realizado no Parque Nacional da Serra da Canastra em outubro de 2005, o Workshop Internacional para a Conservao do Lobo-guar pode ser considerado um marco referencial para a conservao da megabiodiversidade brasileira. Isto porque no se trata apenas de mais um Plano de Ao para uma espcie ameaada, mas sim porque o primeiro Plano de Ao coordenado por um Centro Especializado do Instituto Chico Mendes de Conservao da Biodiversidade e, sobretudo, porque um Plano de Ao para uma espcie vulnervel extino com poucas informaes disponveis e sistematizadas.

    Este Plano de Ao torna-se um referencial para o Brasil por reunir pela primeira vez especialistas de vrios pases, com o objetivo de definir estratgias compartilhadas e propor aes - consolidadas por diversas instituies participantes - em prol da conservao de uma espcie vulnervel. A responsabilidade brasileira aumenta na proporo de sua biodiversidade, e este fato implica, necessariamente, na implementao de aes pr-ativas em relao perda das espcies. O Plano aqui publicado se prope a isto, ao reconhecer as principais ameaas manuteno da espcie e identificar as questes sociais e econmicas envolvidas em sua conservao. Alm disso, apresenta dados inditos sobre as estimativas populacionais (distribuio e status) e propostas concretas de manejo de indivduos e seus hbitats visando a sua conservao.

    Embora no seja uma espcie exclusivamente brasileira, no territrio brasileiro que o Lobo-guar encontra a sua mais extensa rea de ocorrncia e as maiores populaes. Este fato destaca a importncia deste trabalho como um referencial para a formulao de polticas pblicas viveis e eficazes, garantindo o direcionamento de recursos financeiros e humanos visando a proteo dos seus hbitats e de suas populaes.

    Com a certeza de que as informaes contidas neste Plano de Ao sero teis na conservao in situ e ex-situ do Lobo-guar, esta publicao mais um passo para a consolidao da posio de liderana brasileira frente conservao da biodiversidade. Aproveito a oportunidade, por fim, para cumprimentar os organizadores deste documento e agradecer a todos os participantes e patrocinadores pela disposio em colaborar efetivamente para a conservao da biodiversidade mundial que responsabilidade de todos ns.

    Rmulo Jos Fernandes Barreto MelloDiretor de Conservao da Biodiversidade

    Instituto Chico Mendes de Conservao da Biodiversidade

  • O lobo-guar (Chrysocyon brachyurus) o maior candeo sul-americano com peso entre 20 e 30 kg. A espcie tem caracteres morfolgicos peculiares entre os candeos, como suas patas longas e finas, plos longos laranja-avermelhados e orelhas grandes. Possui uma crina negra no dorso, mesma cor do focinho, das patas dianteiras e mais da metade distal das patas traseiras. A regio interna do pescoo, a parte interna das orelhas e um pouco da cauda (na maioria das vezes, a ponta) so brancas. Hoje a espcie ocupa reas do centro-sul do estado do Maranho at o Uruguai, e do extremo leste do Peru at o estado do Esprito Santo e sul da Bahia, incluindo em seu mapa de distribuio reas em seis pases latino-americanos: Argentina, Bolvia, Brasil, Paraguai, Peru e Uruguai. Acredita-se que a distribuio atual sofreu grandes redues, em especial na poro sul de seu limite. Aparentemente, houve uma expanso em sua rea de distribuio em reas antropizadas de Floresta Amaznica e Mata Atlntica nos seus limites norte e leste. Apesar de possuir uma ampla distribuio, a espcie est listada entre as ameaadas de extino no Brasil (2003), na categoria vulnervel, e quase ameaada pela classificao da IUCN (2004).

    Embora existam diversas informaes sobre a espcie, ainda h falta de conhecimento sobre ecologia, dinmica populacional, entre outros, tanto em reas protegidas como em reas degradadas. A maioria das informaes est espalhada nas diversas pesquisas realizadas em toda a sua rea de distribuio. Atualmente, o crescimento desordenado de centros urbanos e a conseqente perda de habitat tm resultado em processos adaptativos de organismos visando sobrevivncia. Esse processo pode resultar em alteraes na dinmica natural de espcies como os padres de disperso e os ciclos de atividades, podendo ser prejudiciais para a populao ou toda a comunidade. O lobo-guar tem sido registrado em algumas localidades antropizadas, mas apresenta alteraes ecolgicas e comportamentais (podendo apresentar diferenas em outros parmetros no medidos at o momento) quando em contato direto com a populao humana. H a sugesto de que o maior impacto conservao a drstica reduo de ambientes ideais para a manuteno de populaes. Essa ameaa ainda mais potencializada quando se observa que grande parte da rea de ocorrncia da espcie j est convertida em campos agricultveis e destinados pecuria.

    O I Workshop Internacional para a Conservao do Lobo-guar Anlise de Viabilidade Populacional e de Habitat (PHVA) buscou agrupar profissionais especialistas na espcie e assuntos ligados sua conservao a fim de disponibilizar, sistematizar e discutir todas as informaes disponveis e o uso desses dados para a definio de prioridades na pesquisa, manejo e conservao do lobo-guar. A estrutura do workshop foi moldada de forma a resultar em um sistema de avaliao sistemtica e eficiente para a criao de planos de ao.

    O mtodo de Anlise de Viabilidade Populacional e de Habitat (PHVA) conecta a necessidade de integrar informaes requeridas para avaliar e definir estratgias de conservao alternativas com a de integrar representantes de diferentes disciplinas e temas centrados em uma mesma espcie de interesse. O processo de avaliao de viabilidade populacional baseado em modelos de simulao desenvolvidos por um software (Vortex)

    Apresentao

  • centro nacional de Pesquisas para a conservao de Predadores naturais

    10

    especfico para modelos de dinmica populacional e avaliao de risco de extino de vida selvagem. O modelo levanta os riscos s populaes e fornece avaliaes quantitativas s opes de interferncias para o manejo, associando dados biolgicos e sociolgicos diversos. Tais opes podem definir as estratgias direcionadas sistematicamente e racionalmente. Com essa ferramenta, decises especficas e efetivas podero ser tomadas.

  • O workshop foi organizado pelo Centro Nacional de Pesquisas para a Conservao de Predadores Naturais (Cenap), do Instituto Chico Mendes de Conservao da Biodiversidade (ICMBio), com o apoio do Instituto Pr-Carnvoros e em parceria com a IUCN (Unio Internacional para a Conservao da Natureza) atravs da Rede Brasileira do Grupo Especialista para Conservao e Reproduo Conservation Breeding Specialist Group (CBSG) e do Grupo Especialista de Candeos Canid Specialist Group (CSG).

    O Cenap um centro especializado do Instituto Chico Mendes de Conservao da Biodiversidade, vinculado Diretoria de Conservao da Biodiversidade, criado em 1994 com o intuito de centralizar os esforos do governo federal para a conservao dos mamferos carnvoros no Brasil e implantar uma poltica nacional que atenda s ocorrncias envolvendo predadores, incluindo casos de predao de animais domsticos e potencial risco de ataque a seres humanos. De maneira geral, esse Centro desenvolve e implementa aes e estratgias para a conservao e o manejo dos mamferos carnvoros brasileiros. Suas linhas de atuao abrangem a realizao de pesquisas sobre ecologia, manejo e conservao de carnvoros em todo o territrio nacional, o gerenciamento do Banco de Dados Georreferenciados sobre Ocorrncias com Carnvoros, o gerenciamento do Banco Genmico de Carnvoros, e promove apoio tcnico e logstico a projetos de pesquisa, analisa processos envolvendo carnvoros de maneira a subsidiar a atuao de outras unidades vinculadas ao Ibama e ao ICMBio, alm de campanhas informativas e educativas e treinamento de estudantes e profissionais. O Cenap trabalha em parceria com a organizao no-governamental sem fins lucrativos, Instituto Pr-Carnvoros, consolidando uma estratgia de trabalho conjunto que tem trazido excelentes resultados em outros centros de pesquisa do ICMBio.

    O Instituto Pr-Carnvoros uma ONG fundada em 1996, cuja misso promover a conservao dos carnvoros neotropicais e seus habitats. A instituio composta de 18 pesquisadores especialistas em manejo e conservao de carnvoros que desenvolvem trabalhos de pesquisa em todo o territrio nacional e tambm no Peru. Desde a sua fundao, o Instituto j realizou 34 projetos de pesquisa, estando 21 deles ainda em andamento, com apoio e/ou parcerias com instituies e pesquisadores de vrios pases, alm de instituies governamentais e no-governamentais ambientais locais, universidades e proprietrios rurais. Os projetos de pesquisa promovidos e conduzidos pelo Instituto Pr-Carnvoros tm como objetivo a obteno de conhecimento diretamente aplicvel em estratgias de conservao e desenvolvimento de polticas pblicas a serem executadas pelas instituies governamentais. Entre os projetos em andamento no Brasil, o lobo-guar espcie-objeto de estudo em cinco deles, sendo especificamente estudado no local onde o workshop ocorreu.

    Instituies organizadoras

  • O workshop ainda contou com dois parceiros internacionais essenciais para o planejamento e a realizao do evento: a Rede Brasileira do Grupo Especialista para Conservao e Reproduo Conservation Breeding Specialist Group (CBSG) e o Grupo Especialista de Candeos Canid Specialist Group (CSG), ambos ligados Comisso de Sobrevivncia de Espcies Species Survival Comission (SSC) da IUCN (Unio Internacional para a Conservao da Natureza).

    A Rede Brasileira do Conservation Breeding Specialist Group (CBSG) foi responsvel pelo design e facilitao do workshop, bem como pelo processo de modelagem do PHVA e pela co-elaborao dos relatrios produzidos. O CBSG tem mais de 1.000 voluntrios de mais de 100 pases, possui mais de 10 anos de experincia no desenvolvimento, teste e aplicao de ferramentas e processos cientficos para a avaliao de riscos e tomada de decises no contexto de manejo de espcies. Essas ferramentas, baseadas em pequenas populaes e biologia da conservao, demografia humana e dinmica de aprendizagem social, so utilizadas em workshops para a resoluo de problemas e produo de recomendaes realistas e passveis de serem atingidas para o manejo de populaes in situ e ex situ. A Rede Brasileira do CBSG foi criada em 2003 e conta atualmente com um grupo formado por cinco profissionais altamente treinados e dedicados aplicao das ferramentas do grupo no Brasil.

    O Canid Specialist Group (CSG) forneceu apoio institucional desde as primeiras iniciativas, na captao de recursos, e ter a funo essencial orientadora e de apoio na implementao do plano de ao gerado pelo workshop. O CSG (www.canids.org) o corpo principal global especializado em questes cientficas e prticas de manejo ligadas ao status e conservao de todas as espcies de candeos. O grupo composto de aproximadamente 100 especialistas incluindo pesquisadores de campo, acadmicos, profissionais ligados vida selvagem, servidores do governo e membros de ONGs. O Canid Specialist Group ainda possui uma rede regional para a Amrica do Sul, que trata especificamente das espcies neotropicais. Os membros do CSG esto ativamente envolvidos na pesquisa e conservao de candeos e operam como consultores honorrios, levando ao grupo experincia e conhecimento acumulados em suas carreiras profissionais.

    O workshop contou com o apoio institucional e a captao de recursos da Associao Americana de Zoolgicos e Aqurios American Zoo and Aquarium Association (AZA), por meio do Programa de Sobrevivncia de Espcies para o Lobo-Guar Maned Wolf Species Survival Plan (MWSSP), que priorizou o direcionamento de recursos de vrias instituies para o workshop e com importante participao na implementao das questes ligadas ao cativeiro, do plano de ao gerado a partir do evento.

    Apoio institucional

  • Apoio financeiro

  • Metodologia de trabalho

    A metodologia utilizada para a produo do Plano de Ao foi a Avaliao de Viabilidade Populacional e de Habitat (PHVA Population and Habitat Viability Assessment), processo este desenvolvido e amplamente utilizado pelo IUCN/SSC Conservation Breeding Specialist Group (CBSG).

    O workshop de PHVA um processo eficiente e sistemtico utilizado no desenvolvimento de planos estratgicos de recuperao de espcies ameaadas e seus habitats. Tanto antes quanto durante um workshop de PHVA, informaes e dados sobre demografia, gentica e ecologia das populaes so compilados e integrados com estimativas de ameaas antropomrficas, tais como padres atuais e projetados de uso da terra. Central ao processo o uso do software Vortex, um modelo computacional de dinmica populacional que, atravs de simulaes, avalia os riscos de declnio populacional atual e futuro, analisados com base em ameaas especficas s populaes e sob cenrios alternativos de manejo. Esses modelos integram dados biolgicos e sociais e servem como uma excelente ferramenta para levantar informao e especificar hipteses, proporcionando um foco tangvel para a avaliao quantitativa das alternativas de manejo. Participantes desenvolvem recomendaes de manejo especficas baseadas nessas e em outras anlises. O sucesso de um workshop de PHVA depende da participao de um conjunto de diferentes profissionais e setores, permitindo o intercmbio de conhecimentos e tecnologias, a construo de um consenso em torno das ameaas e solues, e a mobilizao de recursos. O processo de um PHVA baseado nas contribuies dos diferentes grupos interessados, buscando equilibrar a necessidade de integrar, ou ao menos conectar, indivduos de diferentes disciplinas e com experincias distintas que esto especificamente interessados com a espcie-foco. A modelagem populacional conjuntamente com uma intensa deliberao entre grupos interessados, trabalhando para discutir solues factveis para as problemticas enfrentadas pela espcie, permite que melhores decises sejam tomadas para a conservao da espcie em questo.

    Os profissionais do CBSG responsveis pelo desenho e pela facilitao esto listados abaixo.

    Facilitao

    Philip MillerIUCN/SSC Conservation Breeding Specialist Group (CBSG) Headquarters

    Patrcia MediciIP Instituto de Pesquisas Ecolgicas, BrasilIUCN/SSC Tapir Specialist Group (TSG)IUCN/SSC Conservation Breeding Specialist Group (CBSG) Rede BrasilDurrell Institute of Conservation and Ecology (DIce), University of Kent

  • centro nacional de Pesquisas para a conservao de Predadores naturais

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    Leandro JerusalinskyCentro de Proteo dos Primatas Brasileiros/ICMBio, BrasilUniversidade Federal do Estado da Paraba (UFPB)IUCN/SSC Conservation Breeding Specialist Group (CBSG) Rede Brasil

    Modelagem Vortex

    Kathy Traylor-HolzerIUCN/SSC Conservation Breeding Specialist Group (CBSG) Headquarters

    Arnaud DesbiezRoyal Zoological Society of Scotland (RZSS), EscciaEmbrapa - Pantanal, BrasilIUCN/SSC Conservation Breeding Specialist Group (CBSG) Rede Brasil

    Anders Gonalves da SilvaIP Instituto de Pesquisas Ecolgicas, BrasilUniversity of British Columbia, CanadIUCN/SSC Tapir Specialist Group (TSG)IUCN/SSC Conservation Breeding Specialist Group (CBSG) Rede Brasil

    Durante o workshop de PHVA os participantes trabalham em grupos de trabalho pequenos, focados em tpicos previamente identificados como cruciais para a conservao da espcie em questo. Toda a informao disponvel sobre o lobo-guar (em especial seus parmetros demogrficos, taxas de mortalidade e nascimento, estrutura de idades, disperso, distribuio, habitat disponvel e ameaas presentes por toda a rea de distribuio) foi compilada, sistematizada e discutida, e todo este corpo de informaes foi utilizado para estabelecer prioridades de pesquisa, manejo e conservao da espcie por toda a sua distribuio geogrfica.

    Durante a primeira sesso plenria do workshop todos os participantes foram convidados a se apresentar, colocando para o restante do grupo suas opinies sobre os principais desafios e problemticas prioritrias para a conservao do lobo-guar. As opinies expressadas por todos os participantes foram registradas em um painel e utilizadas para definir os tpicos a serem trabalhados pelos grupos de trabalho.

    1. Ameaas e manejo de habitat;2. Distribuio e status;3. Educao ambiental, aspectos sociais e alternativas econmicas;4. Conservao ex situ; 5. Modelagem e dinmica populacional.

    Os grupos de trabalho foram estabelecidos e cada um deles deu incio dinmica

    atravs de Chuvas de Idias onde problemas gerais relacionados aos seus tpicos de abordagem foram apresentados e listados. Posteriormente, os grupos refinaram e priorizaram os PROBLEMAS discutidos. Em seguida, foram criadas METAS para cada um dos problemas prioritrios e AES especficas para a sua resoluo. As metas foram priorizadas de forma similar e as principais foram destacadas para a conservao da espcie nos prximos cinco anos.

    Os passos tomados por cada grupo de trabalho foram os seguintes:

    Discutir e refinar os problemas/ameaas relevantes para o lobo-guar; Priorizar os problemas;

  • Plano de ao para a conservao do Lobo-Guar

    19

    Desenvolver lista de metas em curto prazo para cada um dos problemas; Priorizar metas; Desenvolver e priorizar aes detalhadas para cada umas das metas, sobretudo

    aquelas de alta prioridade; Identificar os diferentes tipos de recursos necessrios para implementar as aes.

    Cada grupo de trabalho apresentou os resultados de suas deliberaes em sesses plenrias realizadas durante todo o decorrer do workshop, de maneira a garantir que todos os participantes tivessem a oportunidade para contribuir com o trabalho dos demais grupos e assegurar que cada tema fosse revisado e discutido por cada grupo, incorporando sugestes levantadas por membros de outros grupos durante a plenria.

    Desafios listados pelos grupos em plenria:

    Tpicos principais

    1. articulao sociopoltica 3

    2. Rede de reas protegidas 4

    3. Reproduo em cativeiro 4

    4. Pesquisa para conservao e manuteno de habitat *

    5. Educao conservacionista 3

    6. atropelamentos 1

    7. construo de bancos de amostras biolgicas 4

    8. Lacunas de informao *

    9. avano do atual modelo agrcola 1,3

    10. Mudana de mentalidade 3

    11. implantar projetos no Paraguai *

    12. conscientizao da sociedade 3

    13. aspectos sanitrios 4

    14. Desenvolvimento de protocolos 1,4

    15. Envolvimento de rgos governamentais (argentina) *

    16. colaborao regional 3

    17. Envolvimento das comunidades na conservao 3

    18. aumentar conhecimento da espcie (argentina) *

    19. Monitoramento de status regional 2

    20. criao/implantao de unidades de conservao 1

    21. Elaborao de plano de ao ex situ 4

    22. Elaborao de plano de ao global conjunto 4

    23. aumentar conhecimento sobre a espcie em reas antropizadas 1,2,3

    24. Manejodeconflitos 3

    25. Viabilizar a convivncia seres humanos x lobo-guar 3

    26. animais retirados da natureza. O que fazer? 3,4

    27. Doenas a partir de contato com humanos e fauna associada 1

    28. nutrio em cativeiro 4

    29. aproximao dos pesquisadores com comunidades 3

    Continua

  • centro nacional de Pesquisas para a conservao de Predadores naturais

    20

    Tpicos principais

    30. Mapeamento das populaes de lobo-guar 2

    31. integrao de conhecimentos* 3

    32. Priorizao de reas a serem protegidas 1,2

    33. Preservao de reas de cerrado 1

    34. Preservao de reas de campo 1

    35. Educao ambiental em instituies zoolgicas 3

    36. continuidade de projetos *

    37. Continuidadedefinanciamentos *

    38. Envolvimento da classe poltica *

    39. implantar todas as aes e aprimorar plano de manejo *

    40. aprimorar programas de educao ambiental 3

    41. Diagnstico de populaes de lobo-guar em reas antropizadas 1,2

    42. Monitoramento de populaes em reas anteriormente no ocupadas 1,2

    43. Mapeamento e proteo das populaes de lobo-guar no Uruguai 2

    44. criao de reservas particulares do patrimnio natural (RPPns) 1

    45. Explorar o papel de espcie-bandeira 3

    46. implantar aes fora de reas protegidas 1

    47. Implantaodemecanismosfinanceirosparapromoverproteodereasepopulaes 3

    48. Determinar padres de coleta de amostras 1,4

    49. Troca de informaes (entre instituies, ex situ etc.) *

    50. conciliar turismo (uso pblico) com conservao 3

    51. Disponibilizar conhecimento para as comunidades 3

    52. informar as comunidades sobre pesquisas em andamento 3

    53. integrao de aes in situ x ex situ *

    54. impacto de espcies invasoras 1

    55. impacto de ces domsticos 1

    56. impacto do turismo 1

    57. conectividade entre reas protegidas 1,2

    58. Entender translocao (como? efetividade? necessidade?) 1

    59. Determinar o tamanho para uma populao mnima vivel para o lobo-guar 5

    60. Determinar o tamanho mnimo de rea para sustentar uma populao mnima vivel para o lobo-guar 5

    61. Determinar o tamanho de populaes de reas protegidas e no protegidas 1,2,5

    62. Explorar o papel das mdias na divulgao das informaes 3

  • Plano de Ao

  • Integrantes

    Carlyle Mendes Coelho (Fundao Zoo-Botnica de Belo Horizonte, Brasil)Diego Queirolo (USP - Universidade de So Paulo, Brasil)Fernando Bonillo (Ibama - Pouso Alegre, Brasil)Jean Carlos Ramos (Trade, Brasil)Maria Luisa Ortiz (Guyra Paraguay, Paraguai)Marcela Orozco (Universidad de Buenos Aires & GAAG, Argentina)Otvio Borges Maia (DIBIO/ICMBio, Brasil)Paulo Srgio Mattos (UFSCAR - Universidade Federal de So Carlos, Brasil)Rodrigo Silva Pinto Jorge (Cenap/ICMBio, Brasil)Ronaldo Gonalves Morato (Cenap/ICMBio, Brasil)

    PROBleMAs: Chuva de idias

    1. Destacar diferenas entre ameaas e manejo de habitat: atropelamento, predao, qualidade de habitat.

    2. Sanidade animal, diversidade gentica, mortalidade, expanso da rea de ocorrncia.

    3. Execuo de polticas e propostas.

    4. comrcio ilegal e uso de animais silvestres como domsticos.

    5. caa devido predao de espcies domsticas.

    6. Mudanas climticas.

    7. Distribuio ou conhecimento sobre ocorrncia.

    8. conhecimento da espcie pela populao local.

    9. Sobreposio de ambiente com ces domsticos.

    10. Falta de um protocolo de ao.

    11. Falta de presas ou indisponibilidade de alimento e gua.

    12. Expanso da fronteira agrcola.

    13. Falta mobilizao.

    14. Falta de participao popular.

    15. baixa variabilidade gentica.

    16. Urbanizao desordenada.

    17. caa por crendices (mitos e temores).

    18. Falta de poltica ambiental.

    19. Falta de poltica de desenvolvimento.

    20. Falta de estratgia de conservao.

    21.Projetosespecficos,alocaoderecursos,execuoeacompanhamento.

    GRUPO DE TRABALHO

    Ameaas e manejo de habitats

  • centro nacional de Pesquisas para a conservao de Predadores naturais

    24

    22. Fiscalizaodeficiente.

    23. Expanso da distribuio para reas urbanas, aproximao humana ao habitat natural.

    24. Fragmentao de habitat.

    25. impacto de empreendimentos.

    26. capturas por proprietrios.

    27. Falta de conhecimento e treinamento pelas autoridades competentes.

    28. Translocaes sem critrios adequados.

    29. incndios.

    30. Falta de conectividade entre reas naturais.

    PROBleMA: Definio e categorizao

    1. Polticas pblicas

    A falta de polticas pblicas direcionadas conservao dos biomas onde ocorre o lobo-guar vem provocando a sua destruio e fragmentao. Nesse cenrio, a falta de suporte aos projetos (pesquisa cientfica e educao ambiental) direcionados conservao da espcie, somada deficiente fiscalizao contribui para o agravamento das ameaas ao lobo-guar:

    Diferenas significativas entre polticas e legislao dos diferentes pases.

    Deficincia/falta de polticas direcionadas conservao da espcie e habitat.

    Deficincia/falta de poltica para fauna protegida.

    Recursos econmicos inexistentes, insuficientes ou mal alocados.

    Fiscalizao deficiente.

    2. Alterao de habitat

    A destruio e/ou fragmentao de habitat, decorrentes da expanso de reas agrcolas e urbanas, pode alterar a qualidade do ambiente, diminuindo a disponibilidade de gua, alimentos e refgios. Alm disso, a ausncia de conectividade pode isolar populaes e reduzir o fluxo gnico.

    Destruio/fragmentao de habitat.

    Expanso agrcola (desflorestamento, queimadas, monoculturas).

    Incndios acidentais (ex.: rodovias).

    Expanso das reas urbanas.

    Mudanas climticas.

    Qualidade de habitat.

    Disponibilidade de gua e alimento.

    Expanso da rea de ocorrncia.

    Perda de diversidade gentica.

    3. Sanidade e epidemiologia (higidez)

    O aumento do contato entre o lobo-guar, as populaes humanas e seus animais domsticos representa potencial ainda pouco avaliado de transmisso bilateral de patgenos, assim como intoxicao de animais selvagens pelo uso de defensivos agrcolas e metais pesados.

    Continua

  • Plano de ao para a conservao do Lobo-Guar

    25

    3. Sanidade e epidemiologia (higidez)

    Falta de conhecimento sobre as doenas (prevalncia de doenas, participao do lobo-

    guar nas cadeias epidemiolgicas), falta de conhecimento sobre a sade (higidez) do

    lobo-guar e outras espcies.

    Interao/contato com animais domsticos, principalmente ces.

    Interao/aproximao homem x animal e homem x habitat natural (ex.: turismo).

    Destinao de indivduos de outras espcies para reas de ocorrncia do lobo-guar.

    Poluio ambiental, principalmente, por metais pesados, organoclorados (agrotxicos,

    fertilizantes, defensivos agrcolas etc.).

    4. Destinao inadequada

    A ausncia de normas e critrios (protocolos) claros para destinao de espcimes apreendidos,

    assim como a falta de centros de triagem e reabilitao, dificulta as aes de soltura, translocao

    e reintroduo.

    Translocao, reintroduo e solturas inadequadas.

    Ausncia de normatizao sobre destinao de animais capturados ou apreendidos.

    Falta de centros de triagem ou reabilitao.

    5. Perdas (impactos negativos sobre a populao in situ)

    Perdas (impactos negativos sobre a populao in situ): atropelamentos, caa, comrcio ilegal e a

    utilizao do lobo-guar como animal de companhia representam significativa perda no natural

    de dimenses ainda desconhecidas.

    Atropelamentos.

    Comrcio ilegal para uso como animais domsticos, mascote (pet).

    Caa (esportiva, retaliao predao, crendices etc.).

    PROBleMA: Priorizao (escalonamento pareado)

    Critrio: Relevncia da ameaa para a sobrevivncia da espcie.

    1. Polticas pblicas (40 pontos).2. Alterao de habitat (36 pontos).3. Sanidade e epidemiologia (higidez) (15 pontos).4. Destinao inadequada (11 pontos).5. Perdas (impactos negativos sobre a populao in situ) (8 pontos).

  • centro nacional de Pesquisas para a conservao de Predadores naturais

    26

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  • Plano de ao para a conservao do Lobo-Guar

    27

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    28

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  • Plano de ao para a conservao do Lobo-Guar

    29

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  • centro nacional de Pesquisas para a conservao de Predadores naturais

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  • Plano de ao para a conservao do Lobo-Guar

    31

    METAS

    ProbLeMA 1: Polticas pblicas

    MetA 1.1 Promover a integrao entre instituies de pesquisa, agncias de fomento, poder pblico e organizaes da sociedade civil para otimizar aes de conservao direcionadas ao lobo-guar e seu habitat (20 pontos).

    MetA 1.2 Sensibilizar o poder pblico e as agncias financiadoras sobre a necessidade de direcionar recursos e esforos para a conservao do lobo-guar e seu habitat (16 pontos).

    MetA 1.3 Gerar demandas de pesquisa visando suprir as lacunas do conhecimento sobre o lobo-guar (14 pontos).

    MetA 1.4 Cobrar do poder pblico o aprimoramento e o cumprimento da legislao am biental (16 pontos).

    ProbLeMA 2: Alterao de habitat

    MetA 2.1 Caracterizar as alteraes ambientais nas reas de distribuio da espcie (16 pontos).

    MetA 2.2 Avaliar o impacto de alteraes ambientais sobre as populaes de lobo-guar (13 pontos).

    MetA 2.3 Listar, em ordem de importncia, os impactos que devero ser mitigados considerando particularidades regionais (4 pontos).

    ProbLeMA 3: Sanidade e epidemiologia (higidez)

    MetA 3.1 Diminuir os riscos de infeco de doenas considerando as interaes entre animais domsticos e silvestres (13 pontos).

    MetA 3.2 Ampliar estudos sobre a epidemiologia das doenas que acometem a espcie (13 pontos).

    MetA 3.3 Levantar informaes bsicas sobre a exposio do lobo-guar a agentes txicos (7 pontos).

    ProbLeMA 4: Destinao inadequada

    Meta 4.1 Elaborar normas para destinao de animais capturados ou apreendidos (25 pontos).

    Meta 4.2 Implantar as normas sobre destinao (17 pontos).

    Meta 4.3 Normatizar o funcionamento dos centros de triagem e reabilitao (11 pontos).

    Meta 4.4 Implantar novos centros de triagem e reabilitao (7 pontos).

    ProbLeMA 5: Perdas (impactos negativos sobre a populao in situ)

    Meta 5.1 Estimar as perdas por atropelamento (22 pontos).

    Meta 5.2 Reduzir as perdas por atropelamento (20 pontos).

    Meta 5.3 Estimar a taxa de predao de animais domsticos por lobo-guar (10 pontos).

    Meta 5.4 Reduzir perdas por caa, comrcio ilegal e uso como animal de companhia (12 pontos).

  • centro nacional de Pesquisas para a conservao de Predadores naturais

    32

    MetAs: Priorizao das metasMetA 1: Promover a integrao entre instituies de pesquisa, agncias de fomento e de financiamento, poder pblico e organizaes da sociedade civil para otimizar aes de conservao direcionadas ao lobo-guar e seu habitat (cinco anos).

    MetA 2: Convencer o poder pblico e as agncias de fomento e de financiamento sobre a necessidade de direcionar recursos e esforos para a conservao do lobo-guar e seu habitat (cinco anos).

    MetA 3: Caracterizar e avaliar o impacto de alteraes ambientais sobre as populaes de lobo-guar (trs anos).

    MetA 4: Cobrar do poder pblico o aprimoramento e cumprimento da legislao ambiental (imediato).

    MetA 5: Ampliar estudos sobre a epidemiologia das doenas que acometem a espcie (dois anos).

    Observao: primeiramente, o grupo classificou as metas por maior pontuao, no entanto, durante as discusses observou-se que algumas metas estavam sobrepostas e poderiam ser agrupadas, dessa forma, metas que aparecem acima com menor pontuao podem ter sido includas.

  • Plano de ao para a conservao do Lobo-Guar

    33

    PlANO De AO

    MeTA 1: Promover a integrao entre instituies de pesquisa, agncias de fomento e de financiamento, poder pblico e organizaes da sociedade civil para otimizar aes de conservao direcionadas ao lobo-guar e seu habitat (cinco anos).

    Ao 1.1 Garantir que o Comit para a Conservao do Lobo-Guar implante o plano de ao.

    Responsvel (eis): Brasil: Chefe do CENAP. Colaborador (es): Brasil: Ibama, sociedades cientficas, organizaes no-governamentais, instituies de ensino e pesquisa, instituies zoolgicas/Argentina: organizaes no-governamentais, instituies zoolgicas, instituies de ensino e pesquisa/Paraguai: Seam, organizaes no-governamentais, instituies de ensino e pesquisa/Uruguai: MGAP-Fauna, Dinama, instituies de ensino e pesquisa e organizaes no-governamentais.Prazo: 1 ano.Indicador (es): Execuo do plano de ao.Custo: Nenhum.Conseqncias: Implantao das aes previstas no plano de ao.Obstculos: Falta de recursos financeiros.

    Ao 1.2 Criar um Comit para a Conservao do lobo-Guar no Paraguai.

    Responsvel (eis): Paraguai: Maria Luisa Ortiz. Colaborador (es): Seam, organizaes no-governamentais e instituies de ensino e pesquisa.Prazo: 1 ano.Indicador (es): Criao do Comit para a Conservao do Lobo-Guar no Paraguai.Custo: Nenhum.Conseqncias: Implantao das aes previstas no Plano de Ao.Obstculos: Conflitos entre as relaes institucionais e pessoais.

    Ao 1.3 Elaborao de uma pgina de internet (portugus e espanhol) para a divulgao dos pesquisadores, pesquisas em andamento, protocolos, bibliografia e plano de ao.

    Responsvel (eis): Ronaldo Morato e Marcela Orozco.Colaborador (es): Cenap/ICMBio e Instituto Pr-Carnvoros. Prazo: 1 ano.Indicador (es): Pgina disponvel na internet.Custo: Nenhum.Conseqncias: Socializao de informaes.Obstculos: Motivao das pessoas envolvidas na elaborao e manuteno da pgina de internet.

    Ao 1.4 Realizar campanhas de educao ambiental voltadas para a reduo das mortes por atropelamento e caa, utilizando tambm o espao legalmente disponvel na mdia.

    Responsvel (eis): Brasil: Comit para Conservao de Candeos/Argentina: GAAG - Grupo Argentino Aguar Guaz/Paraguai: Guyra Paraguay.Colaborador (es): MMA - Ministrio do Meio Ambiente, Ibama, organizaes no-governamentais, poder pblico e mdia. Prazo: 3 anos.Indicador (es): Nmero de campanhas em realizao e j realizadas.

  • centro nacional de Pesquisas para a conservao de Predadores naturais

    34

    Custo: US$ 500,000. Conseqncias: Diminuio de mortes por caa e atropelamentos.Obstculos: Falta de recursos financeiros e humanos.

    Ao 1.5 Unificar as metodologias e protocolos de conteno, biometria e coleta de material biolgico (amostras).

    Responsvel (eis): Joares May Jnior e Marcela Orozco. Colaborador (es): Cenap/ICMBio, Instituto Pr-Carnvoros e pesquisadores.Prazo: 1 ano.Indicador (es): Publicao da compilao de metodologias e protocolos na internet.Custo: Nenhum.Conseqncias: Unificao das metodologias de conteno, biometria e coleta de material biolgico (amostras).Obstculos: Dificuldades de acesso s diferentes metodologias e protocolos.

    MeTA 2: Convencer o poder pblico e as agncias de fomento e de financiamento sobre a necessidade de direcionar recursos e esforos para a conservao do lobo-guar e seu habitat (cinco anos).

    Ao 2.1 Promover reunies com as agncias governamentais, de fomento e de financiamento para divulgar o plano de ao e induzir demandas de pesquisa.

    Responsvel (eis): Brasil: Chefe do CENAP e Otvio Borges Maia / Paraguai: Jos Luis Cartes / Argentina: GAAG - Grupo Argentino Aguar Guaz / Uruguai: Diego Queirolo.Colaborador (es): ICMBio, Ibama, MMA - Ministrio do Meio Ambiente e organizaes no-governamentais. Prazo: 2 anos.Indicador (es): Nmero de reunies realizadas.Custo: US$ 10,000. Conseqncias: Editais direcionados a projetos de conservao do lobo-guar e seu habitat.Obstculos: Recursos financeiros e agendamento das reunies.

    MeTA 3: Caracterizar e avaliar o impacto de alteraes ambientais sobre as populaes de lobo-guar (trs anos).

    Ao 3.1 Compilar as informaes sobre os impactos na rea de ocorrncia do lobo-guar

    Responsvel (eis): Diego Queirolo, Jos Roberto Moreira e Ronaldo Morato.Colaborador (es): Brasil: ICMBio, Ibama, MMA - Ministrio do Meio Ambiente e Inpe - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais/Argentina: GAAG - Grupo Argentino Aguar Guaz/Paraguai: Guyra Paraguay.Prazo: 1 ano.Indicador (es): Elaborao de mapa.Custo: US$ 10,000. Conseqncias: Subsdio para a implantao de aes correlacionadas. Obstculos: Falta de recursos financeiros e insuficincia de dados.

    Ao 3.2 Correlacionar as informaes obtidas nas aes anteriores e determinar os impactos sobre a espcie (correlacionado com a Ao 1.2.1 do Grupo de Distribuio e Status).

    Responsvel (eis): Brasil: Comit para Conservao de Candeos/Argentina: Luca Soler/Paraguai: Guyra Paraguay /Uruguai: Diego Queirolo.

  • Plano de ao para a conservao do Lobo-Guar

    35

    Colaborador (es): Agncias governamentais, organizaes no-governamentais e institui- es de ensino e pesquisa.Prazo: 5 anos.Indicador (es): Publicao dos resultados.Custo: US$ 10,000. Conseqncias: Conhecimento sobre os impactos das alteraes ambientais sobre as populaes do lobo-guar.Obstculos: Falta de recursos financeiros e qualidade das informaes disponveis.

    Ao 3.3 Compilar as informaes sobre atropelamentos e caa do lobo-guar.

    Responsvel (eis): Brasil: Flvio Rodrigues Argentina: GAAG - Grupo Argentino Aguar Guaz/Paraguai: Guyra Paraguay.Colaborador (es): Agncias governamentais, organizaes no-governamentais e instituies de ensino e pesquisa.Prazo: 1 ano.Indicador (es): Publicao dos resultados.Custo: US$ 5,000. Conseqncias: Acesso e qualidade das informaes disponveis.Obstculos: Falta de recursos financeiros e qualidade das informaes disponveis.

    Ao 3.4 Realizar projetos que permitam estimar o impacto de atropelamentos sobre as populaes de lobo-guar.

    Responsvel (eis): Brasil: Comit para Conservao de Candeos/Argentina: GAAG - Grupo Argentino Aguar Guaz/Paraguai: Guyra Paraguay /Uruguai: Diego Queirolo. Colaborador (es): Agncias governamentais, organizaes no-governamentais e instituies de ensino e pesquisa.Prazo: 3 anos.Indicador (es): Publicao dos resultados.Custo: US$ 500,000. Conseqncias: Conhecimento sobre os impactos de atropelamentos sobre as populaes do lobo-guar.Obstculos: Falta de recursos financeiros e de pessoal capacitado.

    MeTA 4: Cobrar do poder pblico o aprimoramento e o cumprimento da legislao ambiental (imediato).

    Ao 4.1 Acionar o Ministrio Pblico sempre que constatados impactos sobre as populaes de lobo-guar, devido ao descumprimento ou no aplicao da legislao vigente.

    Responsvel (eis): Comits e grupos de trabalho.Colaborador (es): Agncias governamentais, pesquisadores e organizaes no-governamentais. Prazo: Imediato.Indicador (es): Nmero de aes movidas pelo Ministrio Pblico.Custo: US$ 500/ano. Conseqncias: Aplicao da legislao ambiental.Obstculos: Nenhum.

    Ao 4.2 Cobrar dos rgos infra-estrutura de transporte adequada sinalizao de vias nas reas de ocorrncia de atropelamentos.

  • centro nacional de Pesquisas para a conservao de Predadores naturais

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    Responsvel (eis): Brasil: Flvio Rodrigues / Argentina: GAAG - Grupo Argentino Aguar Guaz / Paraguai: Guyra Paraguay.Colaborador (es): Concessionrias de estradas e rodovias, Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transporte (DNIT), MMA - Ministrio do Meio Ambiente, ICMBio, Ibama, Direccin de Vialidad Argentina e Instituto Pr-Carnvoros. Prazo: 1 ano.Indicador (es): Colocao de placas sinalizadoras.Custo: US$ 5,000. Conseqncias: Diminuio de mortes por atropelamentos.Obstculos: Falta de recursos financeiros e de vontade poltica.

    Ao 4.3 Elaborar e enviar ao poder pblico documento ressaltando a importncia do cumprimento da legislao vigente e implantao do Plano de Ao.

    Responsvel (eis): Rogrio Cunha de Paula.Colaborador (es): Participantes do Workshop de PHVA do Lobo-Guar (outubro 2005), pesquisadores e organizaes no-governamentais. Prazo: 4 meses.Indicador (es): Nmero de documentos enviados.Custo: US$ 500 Conseqncias: Aplicao da legislao ambiental.Obstculos: Nenhum.

    MeTA 5: Ampliar estudos sobre a epidemiologia das doenas que acometem a espcie (dois anos).

    Ao 5.1 Identificar, mapear e divulgar os estudos em andamento.

    Responsvel (eis): Brasil: Jean Carlos Ramos e Rodrigo Silva Pinto Jorge/Argentina: Marcela Orozco Paraguai: Guyra Paraguay.Colaborador (es): Cenap/ICMBio, Instituto Brasileiro para Medicina da Conservao Trade, GAAG - Grupo Argentino Aguar Guaz, Guyra Paraguay, SZB - Sociedade de Zoolgicos do Brasil e Fundao Zoo-Botnica de Belo Horizonte.Prazo: 1 ano.Indicador (es): Documentos e mapas gerados.Custo: US$ 1,000. Conseqncias: Subsdio para a implantao de aes correlacionadas. Obstculos: Acesso e qualidade das informaes disponveis.

    Ao 5.2 Definir as doenas de potencial impacto para o lobo-guar e a sade pblica.

    Responsvel (eis): Brasil: Jean Carlos Ramos e Rodrigo Silva Pinto Jorge/Argentina: Marcela Orozco Paraguai: Guyra Paraguay.Colaborador (es): Cenap/ICMBio, Trade, GAAG - Grupo Argentino Aguar Guaz, Guyra Paraguay, SZB - Sociedade de Zoolgicos do Brasil e Fundao Zoo-Botnica de Belo Horizonte.Prazo: 1 ano.Indicador (es): Lista de doenas.Custo: US$ 10,000. Conseqncias: Subsdio para a implantao de aes correlacionadas. Obstculos: Acesso e qualidade das informaes disponveis.

  • Plano de ao para a conservao do Lobo-Guar

    37

    Ao 5.3 Identificar e divulgar, em cada pas, os laboratrios de referncia para diagnstico das doenas.

    Responsvel (eis): Brasil: Jean Carlos Ramos e Rodrigo Silva Pinto Jorge/Argentina: Marcela Orozco/Paraguai: Guyra Paraguay.Colaborador (es): Cenap/ICMBio, Trade, GAAG - Grupo Argentino Aguar Guaz, Guyra Paraguay, SZB - Sociedade de Zoolgicos do Brasil e Fundao Zoo-Botnica de Belo Horizonte.Prazo: 1 ano.Indicador (es): Lista de laboratrios.Custo: Integrado ao anterior.Conseqncias: Subsdio para a implantao de aes correlacionadas.

    Ao 5.4 Realizar projetos em reas carentes de informaes sobre a higidez das populaes de lobo-guar.

    Responsvel (eis): Comits e Grupos de Trabalho.Colaborador (es): Brasil: ICMBio, Ibama, sociedades cientficas, organizaes no-governamentais, instituies de ensino e pesquisa e instituies zoolgicas/Argentina: organizaes no-governamentais, instituies zoolgicas e instituies de ensino e pesquisa/Paraguai: Seam, organizaes no-governamentais, instituies de ensino e pesquisa/Uruguai: Faculdade de Veterinria Universidade da Repblica, MGAP Sanidade Animal, instituies zoolgicas, instituies de ensino e pesquisa e organizaes no-governamentais.Prazo: 5 anos.Indicador (es): Nmero de projetos em execuo e j executados.Custo: US$ 1,000,00 - Integrados com outras aes. Conseqncias: Conhecimento sobre os impactos das doenas sobre as populaes do lobo-guar.Obstculos: Falta de recursos financeiros e de pessoal capacitado.

  • Integrantes

    Cosette Barrabas Xavier da Silva (Ibama-PR, Brasil)

    Eduardo Eizirik (Instituto Pr-Carnvoros & PUC - Rio Grande do Sul, Brasil)

    Joaquim de Arajo Silva (Instituto Biotrpicos, Brasil)

    Jos Roberto Moreira (Embrapa Recursos Genticos e Biotecnologia, Brasil)

    Marco Aurlio Sbato (Fundao Zoo-Botnica de Belo Horizonte, Brasil)

    Marianela Velilla Fernandez (Guyra Paraguay, Paraguai)

    Pablo Cuello (Huellas & GAAG, Argentina)

    PROBleMAs: Chuva de idias

    1. Distribuio (onde ocorre com preciso a espcie atual e historicamente).

    2. Falta de informaes sobre a caracterizao do habitat, bem como sobre como e quando ocorreu a alterao destes.

    3. Problemasnacomparaodosdadosdevidofaltadeconfiabilidadedosregistroshistricoseutilizaode diversas metodologias. Deriva tambm da falta de integrao das pessoas.

    4. Falta de informaes sobre a densidade da populao de lobo-guar em diferentes regies e habitat, ao longo da rea de distribuio.

    5. Falta de informaes sobre a continuidade ou descontinuidade de reas (se presente ou histrica).

    6. Faltam informaes detalhadas sobre a estrutura gentica das populaes de lobo-guar (se no h descontinuidade de habitat h probabilidade de no haver diferenciao profunda entre as reas, isto , subespcies).

    7. Faltadeconhecimentosobrecausasdasmudanas(aumentoeretrao)dadistribuiogeogrficadaespcie.

    8. Falta de conhecimento sobre tolerncia da espcie quanto s alteraes de habitat devido ao antrpica.

    9. Falta de conhecimento sobre os elementos da paisagem responsveis pela persistncia ou excluso das populaes de lobo-guar naquela paisagem.

    10. Falta de recursos naturais para a sustentabilidade e automanuteno da espcie no Rio Grande do Sul e Uruguai, resultando em uma maior sensibilidade a possveis distrbios do meio e extino de populaes.

    11. Falta de conhecimento da qualidade original do habitat, levando em considerao a distribuio geogrficaoriginalperifrica.

    12. Falta de informaes sobre a diversidade gentica em populaes locais de lobo-guar.

    13. Faltaderecursosfinanceirospararealizaodelevantamentosdasreasdeocorrnciadaespcieo principal problema para a execuo dos trabalhos de pesquisa na argentina e no Paraguai.

    14. Falta divulgao,recursosfinanceirosparapesquisaeinteressenaespcie.

    GRUPO DE TRABALHO

    Distribuio e status

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    40

    15. Limitaes metodolgicas para obter informaes bsicas sobre a espcie e seu ambiente como imagensdesatlite,fotosareaseestudosespecficos.

    16. Falta de interesse pela espcie e seu habitat.

    17. Falta de educao ambiental (cultural) para a conservao da espcie.

    18. Falta de integrao entre as instituies e os pesquisadores.

    19. Falta de interesse por parte do governo.

    20. M alocao de recursos do governo: a forma como os recursos so priorizados para outras atividades que no so voltadas ao meio ambiente.

    21. Falta de conscientizao ambiental entre polticos e industriais (brasil); falta de interesse de tcnicos (bilogos, veterinrios) nas questes polticas (argentina).

    22. Faltadecomunicaodospesquisadoresparaamodificaodaconscinciaecolgicadapopulao.

    PROBleMAs: Categorizao e priorizao

    Para elencar os problemas prioritrios foi discutida a metodologia a ser utilizada. Entre relevncia e factibilidade ficou definida a relevncia como o fator mais importante para a pesquisa.

    Falta de informaes sobre:

    1. Ocorrncia da espcie

    1.1 - reas de ocorrncia atual e histrica do lobo-guar.

    1.2 - Confiabilidade dos registros histricos.

    1.3 - Causas das mudanas na distribuio geogrfica do lobo-guar.

    2. ecologia espacial e requerimentos de habitat

    2.1 - Caractersticas do habitat de ocorrncia.

    2.2 - Densidade ao longo da rea de distribuio.

    2.3 - Como a estrutura da paisagem viabiliza a persistncia do lobo-guar.

    2.4 - Tolerncia a alteraes antrpicas.

    2.5 - Conectividade demogrfica entre populaes de lobo-guar.

    3. Gentica de populaes

    3.1 - Estruturao gentica entre populaes de lobo-guar.

    3.2 - Diversidade gentica das populaes locais de lobo-guar.

    4. Viabilidade populacional

    4.1 - Viabilidade das populaes locais e regionais de lobo-guar.

    Compilao e anlise de dados

    Confiabilidade dos registros histricos Muitos dos registros histricos no parecem ser confiveis, sendo muitas vezes narrativos anedticos ou no-documentados. No h metodologia padronizada para avaliar a confiabilidade desses registros. Causas das mudanas na distribuio geogrfica da espcie H hipteses (suposies) sobre essas causas em biomas brasileiros (no h informaes equivalentes para os demais pases). - Expanso devido substituio de floresta atlntica e floresta amaznica por reas abertas antropizadas.

    - Retrao nos campos sulinos devido perda de elementos-chave da paisagem original. Existe dvida quanto ao papel de diferentes tipos e nveis de antropizao

  • Plano de ao para a conservao do Lobo-Guar

    41

    da posio geogrfica (central ou perifrica) na extino ou raridade de ocorrncia em grande parte do Rio Grande do Sul, Uruguai e Argentina. H falta de dados confiveis sobre as reas de ocorrncia (histrica e atual) da espcie, nessa poro perifrica de sua distribuio.

    Densidade ao longo da rea de distribuio H poucos dados sobre a densidade populacional da espcie, oriundos de apenas

    algumas unidades de conservao do Brasil Central (Parque Nacional da Serra da Canastra, MG, RPPN Serra do Caraa, MG, Estao Ambiental Galheiro, MG, Parque Nacional das Emas, GO, e Estao Ecolgica guas Emendadas, DF). H dados preliminares sobre a abundncia da espcie em outras reas do Brasil e em algumas reas da Bolvia. H suposies sobre a abundncia da espcie em diferentes reas do Uruguai, Argentina, Paraguai e sul do Brasil.

    tolerncia a alteraes antrpicas H uma suposio de que a espcie tolere paisagens antropizadas, desde que

    o mosaico resultante contenha uma poro significativa de habitat favorvel. No h informaes suficientes para definir o que se caracteriza por um habitat favorvel.

    Como a estrutura da paisagem viabiliza a persistncia da espcieFalta de informaes.

    estruturao gentica entre populaes de lobo-guar Ausncia de estruturao gentica profunda entre grandes regies. Falta de

    informaes detalhadas sobre diferenciao regional.

    Diversidade gentica das populaes locais de lobo-guar Falta de informaes suficientes para avaliar os nveis normais de variabilidade em

    populaes naturais dessa espcie.

    Distribuio, status e caractersticas de habitat do lobo-guar na Amrica do sul

    BRAsIl

    Rondnia: Ocorrncia a sudeste do estado em reas de Cerrado, ampliando distribuio em reas antropizadas de desmatamento de Floresta Amaznica.

    Par: Ocorrncia a sudeste do estado em reas de Cerrado com possvel ampliao em reas antropizadas de desmatamento de Floresta Amaznica.

    tocantins: Ocorrncia em todo o estado em reas de Cerrado como na Reserva Indgena dos Krah e no municpio de Presidente Kennedy. H ocorrncias de ampliao da rea de distribuio ao norte em reas antropizadas de desmatamento de Floresta Amaznica at a regio do Bico do Papagaio. Registros nos municpios de Angico, Araguana.

    Maranho: Ocorrncia no sul do estado em reas de Cerrado com registros nos municpios de Arame, Graja, Fortaleza dos Nogueiras, Balsas, Mirador, Colinas e Tasso Fragoso.

    Piau: Ocorrncia a sudoeste do estado em reas de topo de Chapada de Cerrado na Serra do Uruu e no municpio de Corrente, sul do estado.

    Bahia: Distribuio na regio oeste do estado em rea de Cerrado em topo de chapada, prximo do limite com o bioma Caatinga. Ocorrncia em municpios de Riacho das Neves, Barreiras, Correntina, Coribe e Cocos. Registro de captura em rea litornea em Caravelas.

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    42

    Mato Grosso: Limite de ocorrncia em reas de Cerrado do norte do estado, com possvel ampliao em reas antropizadas de desmatamento de Floresta Amaznica. Registros nos municpios de Ribeiro Cascalheira, Canarana, gua Boa, Nova Xavantina, Sinop. No Pantanal norte, ao sudoeste do estado, h ocorrncias espordicas em suas reas perifricas.

    Mato Grosso do sul: Limite de distribuio oeste nas reas perifricas do Pantanal Mato-Grossense. Inexistente no limite sudeste do estado.

    Gois: Presente em todo o estado, incluindo reas antropizadas.

    Minas Gerais: Limite da rea de distribuio ao nordeste do estado, nos limites do Cerrado com a Caatinga. H ocorrncias nos municpios de Montalvnia, Itacarambi, Jaba, Janaba, Porteirinha, Gro Mogol. Aparentemente, aparece em baixas densidades na Cadeia do Espinhao. No sul do estado aumentou sua rea de distribuio em reas desmatadas de Floresta Atlntica como nos municpios de Conceio do Ibitipoca, Lima Duarte, Juiz de Fora, Poos de Caldas.

    so Paulo: Ocorrncia em reas de Cerrado do estado com ampliao de sua distribuio em reas antropizadas de Floresta Atlntica a leste e sudeste do estado, como nos municpios de Campos do Jordo, So Joo da Boa Vista, Mogi Mirim, Mogi Guau, So Jos do Barreiro. Tambm ampliou sua rea de distribuio a oeste do estado em reas antropizadas, como no municpio de Ilha Solteira.

    esprito santo: H registros de captura pelo Ibama no seu limite sul com o estado do Rio de Janeiro, a leste da Serra do Mar. Exemplar capturado em So Jos do Calado.

    Rio de Janeiro: H registros de capturas em reas antropizadas de desmatamento de Floresta Atlntica no municpio de Conservatria.

    Paran: Existem registros da espcie nos municpios listados na tabela abaixo:

    Municpio Formas de registro Ambientes utilizados

    carambe coleta material biolgico campos naturais (secos e midos), pecuria e monoculturas

    castro Visual, coleta de material biolgico e animal atropeladocampos naturais (secos e midos), pecuria e

    monoculturas. Parque Estadual do Guartel

    curitiba Visual rea antropizada (rea urbana)

    Foz do iguau animal atropelado

    Guarapuava animal atropelado campos naturais (secos e midos) com pecuria e monoculturas

    Jaguariava coleta material biolgico rea de cerrado antropizadas, monoculturas e pecuria. Parque Estadual do cerrado

    Tibagi Visual, coleta material biolgico campos naturais (secos e midos), pecuria e monoculturas

    Palmas Visual campos naturais (secos e midos), pecuria e monoculturas

    Palmeira captura de animal, material biolgico e animal atropeladocampos naturais (secos e midos) com pecuria

    e monoculturas

    Pira do Sul Visual campos naturais (secos e midos), pecuria e monoculturas

    continua

  • Plano de ao para a conservao do Lobo-Guar

    43

    Municpio Formas de registro Ambientes utilizados

    Ponta Grossa Visual, captura de animal, coleta material biolgico e animal atropeladocampos naturais (secos e midos), pecuria e monoculturas. Parque Estadual de Vila Velha

    Porto amazonas Visual, coleta de material biolgico

    campos naturais (secos e midos), pecuria e monoculturas

    Sengs animal atropelado rea de cerrado antropizadas

    Telmaco borba

    captura, animal atropelado e coleta de material biolgico

    Florestaombrfilamista,camposnaturaisesilvicultura

    Ventania Visual rea de cerrado antropizadas

    Vila alta indcio indireto (rastro) campos naturais (midos)

    Santa Catarina: Em reas de campos naturais a leste do estado, possivelmente

    conectando os estados do Paran e Rio Grande do Sul. H registros para o Parque Nacional da Serra Geral, Parque Nacional de So Joaquim e municpios de Lages, Tubaro e So Bento do Sul. H alguns possveis registros para os municpios da regio sudoeste do estado. H uma suposio de descontinuidade entre o sul e o norte do estado.

    Rio Grande do Sul: H ocorrncia da espcie nos seguintes ambientes: campanha gacha (pampa) (municpios de Alegrete, Dom Pedrito, So Borja e Santana do Livramento), depresso central (municpios Guaba e Buti) e campos de cima da serra (municpios de Esmeralda e So Jos dos Ausentes) (Captulo Carnvoros, do Livro Vermelho de Fauna Ameaada de Extino no Rio Grande do Sul). H uma possvel descontinuidade na ocorrncia da espcie entre as pores nordeste (campos de cima da serra) e sudoeste (campanha) do estado.

    ARGeNtINA

    Existem registros de ocorrncia de lobo-guar nas provncias mostradas na tabela a seguir:

    Provncia Localidade Referncia Ambiente

    Corrientes ituzaingo (SOLER, 2003, no publicado) banhados - crregos e pastos naturais

    Empedrado (SOLER, 2003, no publicado) banhados - crregos e pastos naturais

    caa cati (SOLER, 2003, no publicado) banhados - crregos e pastos naturais

    colonia Leibig (Soler, 2003, no publicado) banhados - crregos e pastos naturais

    Mercedes (SOLER, 2003, no publicado) banhados - crregos e pastos naturais

    bella Vista (SOLER, 2003, no publicado) banhados - crregos e pastos naturais

    Loreto (SOLER, 2003, no publicado) banhados - crregos e pastos naturais

    Paso de los libres (SOLER, 2003, no publicado) banhados - crregos e pastos naturais

    buena Vista (SOLER, 2003, no publicado) banhados - crregos e pastos naturais

    Santiago del Estero colonia alpina (GaLLiaRi, 2004, SaREM)

    Paso cina cina (GaLLiaRi, 2004, SaREM)

    Palo negro (GaLLiaRi, 2004, SaREM)

    Las Viboritas (OROZcO, 2005, no publicado) Pasto natural e banhado

    continua

  • centro nacional de Pesquisas para a conservao de Predadores naturais

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    Provncia Localidade Referncia Ambiente

    Ruta 34 km 426 (OROZcO, 2005, no publicado) Estrada

    Ruta 34 km 427 (OROZcO, 2005, no publicado) Estrada

    Ruta 34 km 429 (OROZcO, 2005, no publicado) Pasto natural e banhado

    La Providencia (OROZcO, 2005, no publicado) Pasto natural e banhado

    nueva Lema (OROZcO, 2005, no publicado) Pasto natural e banhado

    camino alto (OROZcO, 2005, no publicado) banhado

    Crdoba Dto San Justo (HaRO, 2001) banhado

    Santa F aguara Grande (bEccacEci, 1993, HaRO, 2001)

    Hersilia (GaLLiaRi, 2004, SaREM)

    ambrosetti (GaLLiaRi, 2004, SaREM)

    Villa Trinidad (GaLLiaRi, 2004, SaREM)

    ceres (GaLLiaRi, 2004, SaREM)

    Montefiore (GaLLiaRi, 2004, SaREM)

    arrufo (GaLLiaRi, 2004, SaREM)

    ceres (OROZcO, 2005, no publicado) ambiente antropizado

    Formosa Este (bEccacEci, 1992)

    Pilcomayo cERcaniaS a PnRP (caRPinETTO, 2005) Pasto natural

    Chaco Sur (bEccacEci, 1992, SOLER & SaLVaTORi, 2003, no publicado) chaco seco

    noroeste (SOLER; SaLVaTORi, 2003, no publicado) chaco seco

    Ruta 11 km 17 (RaGO, 2005, no publicado) chaco mido

    Ruta 11 km 1055 (RaGO, 2005, no publicado) chaco mido

    Misiones Sur (cHEbEZ, 1994)

    La candelaria (RinaS, 2004, no publicado)

    Entre Rios La Paz (cERUTi, 1990, SOSa, 2003-2005, no publicado) Espinal

    PARAGUAI

    Os registros obtidos por meio da compilao de dados dos ltimos vinte anos (entrevistas, coletas e observaes em geral) indicam a presena da espcie em todo o pas, exceto na regio noroeste, correspondente ao Chaco rido.

    Em relao aos dados de registros verificados (considerando somente as coletas cientficas, observaes diretas e vocalizaes), a espcie est associada s seguintes regies alagadas: Bajo Chaco (Chaco Oriental), Cerrado, Bosque Atlntico e alagados de Neembucu.

    No Bajo Chaco destacam-se: Estancia Trebol, Estancia Sta Maria del Doce, Maroma, PN Tinfunque e Estero Patio sobre a rota transchaco (Departamento de Pte. Hayes). So considerados tambm os registros na rota 3 e na Estncia Sombrero do Departamento de Cordillera.

  • Plano de ao para a conservao do Lobo-Guar

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    Os registros do Cerrado correspondem a: PN Serranias de San Luis, Rio Tagatija, Rio Apa (en Concepcin), Bella Vista, PN Cerro Cora en (Amambay), Laguna Blanca e a Don Luis (en San Pedro) e l Reserva Natural del Bosque Mbaracayu en Canindeyu (ZUERCHER, 2001).

    Os registros correspondentes ao Bosque Atlntico referem-se s reas de Cerrado que se encontram como remanescentes dentro desta ecorregio, ou reas similares de savanas inundveis ou bacias de sedimentao dos rios e leitos. Aqui so considerados os registros da Reserva Privada Morombi, a Reserva Privada Tapyta e o Parque Nacional San Rafael. Nos alagados de Neembucu h registros na Estancia Redondo (Departamento de Neembucu), Reserva Yabebyry e a Isla Yacyreta (Dpto de Misiones). Ressalta-se tambm um registro nas savanas dos Campos de las Misiones, na Estancia La Graciela (Dpto. de Misiones) em um cultivo de arroz.

    As reas protegidas que cobrem estes registros compreendem 862.000 hectares nominais. Se forem descartados os parques de papel teremos um total de 242.000 hectares repartidos em seis reas protegidas nacionais e privadas.

    Os registros observados sugerem a presena de populaes assentadas em ecorregies que mantm reas contnuas, como o Bajo Chaco (+-100.000 km2) em bom estado de conservaco. Tambm sugerida a presena de populaes importantes em Neembucu, a zona de inundao do rio Pilcomayo, Pantanal e a bacia de sedimentao do rio Tebicuary.

    URUGUAI

    H registro de lobo-guar na regio oeste do Uruguai onde a vegetao atualmente aberta e composta por pastagem altamente antropizada, com pecuria e culturas de soja e arroz, entre outras, alm de monocultivos florestais de espcies exticas. Nos ltimos cinco anos foram avistados indivduos em campo nos Departamentos de Artigas (informao relatada por pesquisadores), Salto e Rivera (relatos de moradores).

    Houve uma captura de um espcime macho adulto, em 1990, no Departamento de Rio Negro, prximo cidade de Nuevo Berlin. A vegetao do local caracterizada por pastos naturais (de at 2 m de altura) de difcil acesso, com reas alagadas (midas) e matas ciliares ao longo da margem do rio Uruguay e afluentes. Foi capturado por caador de javali, o qual informou que foi a primeira vez que avistou um exemplar de lobo-guar. Este espcime foi abatido e encaminhado ao Museu de Historia Natural de Montevidu (MNHN-M, 3259) (MONES; OLAZARRI, 1990).

    Em 1990 passou a constar da Lista de Espcies de Mamferos do Uruguai e no h lista de espcies ameaadas para este pas. No h informao sobre o status do lobo-guar.

    BOlVIA

    Aparentemente, existem populaes contnuas de lobo-guar nos campos naturais do Departamento de Beni, na regio central do pas. Na unidade de conservao denominada Pampas del Health, a noroeste do pas, prximo fronteira com o Peru, encontra-se a maior populao protegida de lobo-guar. Tambm existem populaes descontnuas no Parque Nacional de Noel Kempff Mercado, na fronteira com o Brasil. Na regio leste do pas, no Departamento de Santa Cruz, em ambiente de cerrado, h uma pequena densidade de lobo-guar.

    Apenas uma estimativa de tamanho populacional foi realizada no pas, no Parque Nacional de Noel Kempff Mercado, com 120 casais da espcie. Atualmente, acredita-se que seja uma superestimativa.

    PeRU

    Pesquisadores peruanos registraram recentemente a espcie na unidade de conservao denominada Pampas del Heath, na divisa com a Bolvia.

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    METASProbLeMA 1: Falta de informaes sobre a ocorrncia da espcie.

    1.1 - reas de ocorrncia atual e histrica do lobo-guar.

    1.2 - Confiabilidade dos registros histricos.

    1.3 - Causas das mudanas na distribuio geogrfica do lobo-guar.

    MetA 1.1 Conhecer detalhadamente as reas de ocorrncia atual e histrica da espcie, no prazo de dois anos.

    MetA 1.2 Compreender as causas da extino da espcie em parte de sua rea de distribuio, no prazo de trs anos.

    MetA 1.3 Compreender as causas da expanso da espcie em algumas reas, no prazo de trs anos.

    ProbLeMA 2: Falta de informaes sobre ecologia espacial e requerimentos de habitat.

    2.1 - Caractersticas do habitat de ocorrncia.

    2.2 - Densidade ao longo da rea de distribuio;

    2.3 - Como a estrutura da paisagem viabiliza a persistncia do lobo-guar.

    2.4 - Tolerncia a alteraes antrpicas.

    2.5 - Conectividade demogrfica entre populaes de lobo-guar.

    MetA 2.1: Deter informaes sobre a demografia da espcie, no prazo de cinco anos.

    MetA 2.2: Dispor de conhecimento sobre a ecologia espacial do lobo-guar, no prazo de cinco anos.

    PROBleMA 3: Falta de informaes sobre gentica de populaes.

    3.1 - Estruturao gentica entre populaes de lobo-guar.

    3.2 - Diversidade gentica das populaes locais de lobo-guar.

    MetA 3.1 Conhecer a estruturao gentica das populaes de lobo-guar, no prazo de dois anos.

    MetA 3.2 Deter informaes sobre a diversidade gentica de populaes locais de lobo-guar, no prazo de cinco anos.

    ProbLeMA 4: Falta de informaes sobre viabilidade populacional.

    4.1 - Viabilidade das populaes locais e regionais de lobo-guar.

    MetA 4: Avaliar a viabilidade das populaes locais e regionais de lobo-guar, no prazo de cinco anos.

  • Plano de ao para a conservao do Lobo-Guar

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    MetAs Priorizao das metas

    MetA 1. Conhecer detalhadamente as reas de ocorrncia atual e histrica da espcie, no prazo de dois anos.

    MetA2. Compreender as causas da extino da espcie em parte de sua rea de distribuio, no prazo de trs anos.

    MetA3. Deter informaes sobre a demografia da espcie, no prazo de cinco anos.

    MetA 4. Dispor de conhecimento sobre a ecologia espacial da espcie, no prazo de cinco anos.

    MetA 5. Conhecer a estruturao gentica das populaes de lobo-guar, no prazo de dois anos.

  • centro nacional de Pesquisas para a conservao de Predadores naturais

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    PLANO DE AO

    ProbLeMA 1: Falta de informaes sobre ocorrncia da espcie.

    1.1 - reas de ocorrncia atual e histrica do lobo-guar.

    1.2 - Confiabilidade dos registros histricos.

    1.3 - Causas das mudanas na distribuio geogrfica do lobo-guar.

    MetA 1.1 Conhecer detalhadamente as reas de ocorrncia atual e histrica da espcie, no prazo de dois anos.

    AO 1.1.1 elaborar protocolos de (a) levantamento da ocorrncia do lobo-guar; e(b) avaliao da confiabilidade dos registros da presena histrica da espcie.

    Responsvel (eis): Jos Roberto Moreira, Diego Queirolo e Marco Aurlio Sbato.Colaborador (es): ICMBio.Prazo: 2 anos.Indicador (es): Protocolos publicados e disponibilizados. Custo: US$ 20,000. Conseqncias: Padronizao da coleta de informaes favorecendo a integrao de dados.

    Obstculos: Dificuldade de acesso s informaes no publicadas e falta de recursos financeiros para a publicao do protocolo.

    AO 1.1.2 Compilar as informaes disponveis sobre a distribuio geogrfica histrica do lobo-guar no Brasil, Bolvia, Peru, Paraguai, Urugu