piaui.folha.uol.com.br · web viewassim, quando entramos em contato com a água do mar ou nos...

3
GLITTER GLITTER é um microplástico formado por peças menores que 5 mm de diâmetro. Em 2014 foi estimado que nos oceanos já existia de 15 a 51 trilhões de partículas de microplásticos. Assim, quando entramos em contato com a água do mar ou nos alimentamos de seus produtos, estamos ingerindo microplásticos, como o glitter. Os microplásticos adsorvem metais e poluentes orgânicos persistentes (POP’s – pesticidas, dioxinas, entre outros), que se acumulam nos sedimentos, no plâncton e nas algas. Peixes e outros animais marinhos que se alimentam desses microplásticos+metais+POP’s estarão bioacumulando poluentes. Forçosamente, essa transferência de poluentes chegará na alimentação do homem. Além do microplástico ser uma substância não biodegradável em nosso organismo, eles trazem agentes carcinogênicos e disruptores dos sistemas reprodutivo, imunológico e endócrino, respectivamente, até nós. No esgoto também encontramos microplásticos, que chegarão aos rios, baías, reservatórios de água, como o Guandu, e, na água que bebemos, forçosamente também estaremos ingerindo microplásticos. Plásticos descartados no ambiente sofrem desgates físico- químicos, produzindo, ao final desses processos, os microplásticos e até nanoplásticos (1micrômetro). Pode-se afirmar, então, que o glitter é um composto químico, estranho ao meio ambiente (xenobiótico) e, até agora, estudos de biodegradabilidade foram conseguidos em laboratório, utilizando bactérias selecionadas para tal finalidade. Bibliografia:

Upload: others

Post on 12-Jun-2020

3 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: piaui.folha.uol.com.br · Web viewAssim, quando entramos em contato com a água do mar ou nos alimentamos de seus produtos, estamos ingerindo microplásticos, como o glitter. Os microplásticos

GLITTER

GLITTER é um microplástico formado por peças menores que 5 mm de diâmetro.

Em 2014 foi estimado que nos oceanos já existia de 15 a 51 trilhões de partículas de microplásticos. Assim, quando entramos em contato com a água do mar ou nos alimentamos de seus produtos, estamos ingerindo microplásticos, como o glitter.

Os microplásticos adsorvem metais e poluentes orgânicos persistentes (POP’s – pesticidas, dioxinas, entre outros), que se acumulam nos sedimentos, no plâncton e nas algas. Peixes e outros animais marinhos que se alimentam desses microplásticos+metais+POP’s estarão bioacumulando poluentes. Forçosamente, essa transferência de poluentes chegará na alimentação do homem. Além do microplástico ser uma substância não biodegradável em nosso organismo, eles trazem agentes carcinogênicos e disruptores dos sistemas reprodutivo, imunológico e endócrino, respectivamente, até nós.

No esgoto também encontramos microplásticos, que chegarão aos rios, baías, reservatórios de água, como o Guandu, e, na água que bebemos, forçosamente também estaremos ingerindo microplásticos.

Plásticos descartados no ambiente sofrem desgates físico-químicos, produzindo, ao final desses processos, os microplásticos e até nanoplásticos (1micrômetro).

Pode-se afirmar, então, que o glitter é um composto químico, estranho ao meio ambiente (xenobiótico) e, até agora, estudos de biodegradabilidade foram conseguidos em laboratório, utilizando bactérias selecionadas para tal finalidade.

Bibliografia:

Page 2: piaui.folha.uol.com.br · Web viewAssim, quando entramos em contato com a água do mar ou nos alimentamos de seus produtos, estamos ingerindo microplásticos, como o glitter. Os microplásticos