pesquisa ação

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A articulação de A articulação de saberes da prática e a saberes da prática e a formação do professor formação do professor pesquisador: pesquisador: O diálogo entre a O diálogo entre a universidade e a escola universidade e a escola de ensino fundamental de ensino fundamental Profa. Dra. Leila Pio Mororó Profa. Dra. Leila Pio Mororó Salvador, Ba Salvador, Ba 05/09/2008 05/09/2008

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Page 1: pesquisa ação

A articulação de saberes da A articulação de saberes da prática e a formação do prática e a formação do professor pesquisador: professor pesquisador:

O diálogo entre a universidade e O diálogo entre a universidade e a escola de ensino fundamentala escola de ensino fundamental

Profa. Dra. Leila Pio MororóProfa. Dra. Leila Pio MororóSalvador, BaSalvador, Ba

05/09/200805/09/2008

Page 2: pesquisa ação

Nos propomos apresentar sobre a Nos propomos apresentar sobre a pesquisa:pesquisa:

A razões para sua realização A razões para sua realização A sua naturezaA sua natureza A sua pertinência e validadeA sua pertinência e validade

Page 3: pesquisa ação

A razões para realização da A razões para realização da pesquisapesquisa

Promover processos de desenvolvimento Promover processos de desenvolvimento profissional de professores, oferecendo profissional de professores, oferecendo contribuições teóricas e metodológicas contribuições teóricas e metodológicas valiosas para a compreensão da formação valiosas para a compreensão da formação de professores;de professores;

Permitir a construção de Permitir a construção de comunidade comunidade reflexivareflexiva de investigadores ativos e de investigadores ativos e críticos na escola, re-estabelecendo críticos na escola, re-estabelecendo relações e modificando práticas;relações e modificando práticas;

Page 4: pesquisa ação

proporcionar condições para que o professor, que proporcionar condições para que o professor, que também teoriza sobre o ensino, reflita a respeito também teoriza sobre o ensino, reflita a respeito da finalidade social de da finalidade social de seuseu trabalho e a trabalho e a reconheça em todas as ações profissionais, reconheça em todas as ações profissionais, consciente, assim, das condições de realização de consciente, assim, das condições de realização de sua atividade docente;sua atividade docente;

Proporcionar reflexão sobre o desenvolvimento Proporcionar reflexão sobre o desenvolvimento da aprendizagem da aprendizagem profissionalprofissional para os para os professores experientes e professores iniciantes professores experientes e professores iniciantes (estagiários);(estagiários);

Page 5: pesquisa ação

Construir conhecimento a respeito de Construir conhecimento a respeito de como se articulam os saberes da como se articulam os saberes da

prática pedagógica no prática pedagógica no desenvolvimento do trabalho desenvolvimento do trabalho

docente, buscando identificar as docente, buscando identificar as formas de apropriação desses formas de apropriação desses

saberes pelo professor, considerando saberes pelo professor, considerando o início da aprendizagem profissional o início da aprendizagem profissional

da docência. da docência.

Page 6: pesquisa ação

A natureza da pesquisa-açãoA natureza da pesquisa-ação

Pressupõe a construção em parceria (entre Pressupõe a construção em parceria (entre o pesquisador e o docente) do o pesquisador e o docente) do conhecimento a ser produzido sobre o conhecimento a ser produzido sobre o aspecto a ser investigado;aspecto a ser investigado;

Pressupõe a exploração, em contexto real, Pressupõe a exploração, em contexto real, de um aspecto da prática docente;de um aspecto da prática docente;

Pressupõe que o pesquisar não dirigirá um Pressupõe que o pesquisar não dirigirá um olhar normativo “sobre”, mas procurará, olhar normativo “sobre”, mas procurará, “com” o professor, compreender o aspecto “com” o professor, compreender o aspecto a ser investigado.a ser investigado.

Page 7: pesquisa ação

Para garantir o rigor...Para garantir o rigor...

Para Marli André (2001), na pesquisa-ação:Para Marli André (2001), na pesquisa-ação:

Há a necessidade de tratamento adequado da Há a necessidade de tratamento adequado da subjetividade;subjetividade;

É importante que se distinga ação e pesquisa; É importante que se distinga ação e pesquisa; E que as questões relativas à ética sejam E que as questões relativas à ética sejam

enfrentadas diretamente. enfrentadas diretamente.

Quais os mecanismos de controle da subjetividade? Quais os mecanismos de controle da subjetividade? Como se dá o processo de participação? Quem Como se dá o processo de participação? Quem

decide o que vai ou não ser publicado? Como são decide o que vai ou não ser publicado? Como são feitos o controle e a sistematização dos dados? feitos o controle e a sistematização dos dados?

Page 8: pesquisa ação

Da necessidade de estabelecer Da necessidade de estabelecer critérioscritérios

Dadds (1995), propõe que sejam levados em conta Dadds (1995), propõe que sejam levados em conta os seguintes elementos:os seguintes elementos:

a) o conhecimento gerado pela pesquisa;a) o conhecimento gerado pela pesquisa; b) a qualidade do texto produzido; b) a qualidade do texto produzido; c) o impacto da pesquisa na prática do c) o impacto da pesquisa na prática do

pesquisador;pesquisador; d) o impacto da pesquisa no crescimento e na d) o impacto da pesquisa no crescimento e na

aprendizagem profissional do pesquisador;aprendizagem profissional do pesquisador; e) a qualidade da colaboração na pesquisa. e) a qualidade da colaboração na pesquisa.

Page 9: pesquisa ação

Anderson e Herr (1999)Anderson e Herr (1999)

(a) (a) validade externavalidade externa: ou seja, que se julgue o valor dos : ou seja, que se julgue o valor dos resultados (ou da ação). resultados (ou da ação).

(b) (b) validade de processovalidade de processo: se a configuração do problema e : se a configuração do problema e os procedimentos utilizados permitem chegar aos os procedimentos utilizados permitem chegar aos resultados desejados e se as afirmações foram resultados desejados e se as afirmações foram devidamente sustentadas;devidamente sustentadas;

(c) (c) validade democrática: validade democrática: se as múltiplas perspectivas e se as múltiplas perspectivas e interesses dos participantes foram contemplados;interesses dos participantes foram contemplados;

(d) (d) validade catalíticavalidade catalítica: se a pesquisa levou os participantes : se a pesquisa levou os participantes a conhecerem melhor a realidade para transformá-la;a conhecerem melhor a realidade para transformá-la;

(e) (e) validade dialógicavalidade dialógica: se houve iniciativa de busca do : se houve iniciativa de busca do diálogo com os pares para discussão do problema e dos diálogo com os pares para discussão do problema e dos resultados da pesquisa. resultados da pesquisa.

Page 10: pesquisa ação

Pontos comuns nos critérios de Pontos comuns nos critérios de julgamento da pesquisa-açãojulgamento da pesquisa-ação

Há preocupações epistemológicas referentes ao Há preocupações epistemológicas referentes ao tipo de conhecimento produzido;tipo de conhecimento produzido;

Preocupações metodológicas voltadas ao cuidado Preocupações metodológicas voltadas ao cuidado com os procedimentos de coleta e análise dos com os procedimentos de coleta e análise dos dados;dados;

Há preocupações éticas relativas à qualidade da Há preocupações éticas relativas à qualidade da colaboração e às mudanças efetuadas.colaboração e às mudanças efetuadas.

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A validade da pesquisaA validade da pesquisa

1. A reflexão como condição de trabalho - 1. A reflexão como condição de trabalho - Análise Análise como análise individual, mas também coletiva, ou seja, como análise individual, mas também coletiva, ou seja, feita com os colegas, na escola e em situação de formação.feita com os colegas, na escola e em situação de formação.

2.2. A concepção de diálogo como premissa de A concepção de diálogo como premissa de conhecimento sobre o objeto em questão – conhecimento sobre o objeto em questão – não se não se pode dialogar sobre o que não se conhece. Conhecer o pode dialogar sobre o que não se conhece. Conhecer o universo temático da realidade escolar e não, universo temático da realidade escolar e não, simplesmente, defini-lo à priori. simplesmente, defini-lo à priori.

3. Imersão no contexto pesquisado -3. Imersão no contexto pesquisado - interagir com interagir com as práticas e regras internas, as redes de amizade e os as práticas e regras internas, as redes de amizade e os laços de solidariedade no contexto de trabalho de maneira laços de solidariedade no contexto de trabalho de maneira que a ida a campo aberto nos permite conhecer as pessoas que a ida a campo aberto nos permite conhecer as pessoas e seu jeito de trabalhar.e seu jeito de trabalhar.

Page 12: pesquisa ação

A Prática Social como ponto de A Prática Social como ponto de partidapartida

A intervenção do professor que A intervenção do professor que forma, nesse momento, precisa ser forma, nesse momento, precisa ser direta e intencional a fim de que o direta e intencional a fim de que o aluno que está sendo formado possa aluno que está sendo formado possa saltar de uma situação de saltar de uma situação de compreensão (conhecimentos e compreensão (conhecimentos e experiências) sincrética para uma experiências) sincrética para uma compreensão sintética da prática compreensão sintética da prática social como um todo e da prática social como um todo e da prática educativa em particular.educativa em particular.

Page 13: pesquisa ação

A ProblematizaçãoA Problematização

Destacadas as questões que Destacadas as questões que precisam ser resolvidas a respeito da precisam ser resolvidas a respeito da experiência social de ensino escolar. experiência social de ensino escolar. Este momento deve permitir ao Este momento deve permitir ao aluno/professor estabelecer uma aluno/professor estabelecer uma relação consciente com a sua relação consciente com a sua atividade pedagógica, de forma a atividade pedagógica, de forma a apreendê-la em suas múltiplas apreendê-la em suas múltiplas dimensões (teórica e prática) para dimensões (teórica e prática) para sobre ela intervir intencionalmente. sobre ela intervir intencionalmente.

Page 14: pesquisa ação

A InstrumentalizaçãoA Instrumentalização A intervenção intencional que a A intervenção intencional que a

problematização originará, exigirá novos problematização originará, exigirá novos procedimentos. A instrumentalização do procedimentos. A instrumentalização do aluno/professor consiste na apropriação e aluno/professor consiste na apropriação e criação das ferramentas pedagógicas para criação das ferramentas pedagógicas para o desenvolvimento do trabalho docente. o desenvolvimento do trabalho docente. Essas ferramentas dizem respeito aos Essas ferramentas dizem respeito aos saberes necessários (conteúdos, saberes necessários (conteúdos, habilidades, valores, experiência) para o habilidades, valores, experiência) para o equacionamento dos problemas e equacionamento dos problemas e necessidades de uma prática pedagógica necessidades de uma prática pedagógica comprometida com o sucesso do aluno.comprometida com o sucesso do aluno.

Page 15: pesquisa ação

A CatarseA Catarse

Segundo Duarte (1996: 61-74),Segundo Duarte (1996: 61-74),

Trata-se da apropriação pela consciência Trata-se da apropriação pela consciência de uma “força” existente objetivamente, a de uma “força” existente objetivamente, a qual, quando incorporada pelo homem, é qual, quando incorporada pelo homem, é por ele empregada para modificar a por ele empregada para modificar a realidade, e do processo pelo qual o realidade, e do processo pelo qual o homem passa a se relacionar homem passa a se relacionar conscientemente e intencionalmente com conscientemente e intencionalmente com essa “força”.essa “força”.

Page 16: pesquisa ação

A prática social como ponto de A prática social como ponto de chegadachegada

O ponto de chegada é a própria O ponto de chegada é a própria prática social e, como uma de suas prática social e, como uma de suas dimensões, a prática pedagógica, dimensões, a prática pedagógica, compreendida agora não mais de compreendida agora não mais de forma sincrética, mas segundo o seu forma sincrética, mas segundo o seu significado, a finalidade social do ato significado, a finalidade social do ato de ensinar.de ensinar.