pé de vento - lyrics
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Lyrics for "Pé de Vento" (2014), 2nd album of Portuguese band "A Presença das Formigas"TRANSCRIPT
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AI QUE RICAS ORELHINHAS Msica & Letra: Manuel Maio !Na verdade
Odeias e destris
To certo de uma v verdade
que constris !Na verdade
Amas a quem matou
To firme numa crena
Que algum inventou !A verdade bonita
Quando nua ento que linda
Sinuosos os contornos
Irresistivelmente doces
E pecaminosos !Na verdade
No tens por que saber
No tens por que pensar
No tens por que querer !Na verdade
No tens por que sentir
No tens por que amar
No tens por que sorrir !
Mas que ricas orelhinhas que tu tens
To lindas como a verdade que detns
Redondinhas
To perfeitas que mais parecem conchinhas
Delicadas e to bem torneadinhas
D vontade de trinc-las, to fofinhas !Ai que ricas orelhinhas que tu tens
To lindas como a verdade que detns
So de BURRO!
Asininas e muito pouco garbosas
No te tiro que ao menos so vistosas
Bem compridas, felpudinhas e mimosas
Ai que ricas orelhinhas! !A verdade tem mil caras e mil crenas
voltil, mutante,
E evapora-se no ar !E condensa-se em gotculas escuras
No espelho dos interesses
De quem manda ou quer mandar
!
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BOLINHAS DE SABO Msica & Letra: Manuel Maio !Minha fonte de chafurdo
Onde eu queria mergulhar
Minhas nsias e desejos
Minha sede, meu penar
Por te no ter a meu lado
Ao teu lado ficarei
Eu contigo e tu comigo
Tu no sabes, mas eu sei! !Mui asinha gostaria eu
De te dar consolao
Dos fantasmas e demnios
Que te levam pela mo
Mas a vida so dois dias
So dois dias a correr
Antes queria eu, em podendo,
Dar-te um pouco de prazer! !Ai eu no sei no
Que fazer dos teus intentos
Que fazer das palavras que desfias
So verdades, so mentiras?
So bolinhas de sabo?
Eu confesso que me agrada ver-te assim
Tanta rima pra chegar junto de mim
Toma l, hoje levas um beijinho
amanh mais um carinho/pouquinho
S depois te digo no !
(Ele vai querer-te pra sempre
Vai ter-te juntinho ao seu corao
Vai amar uma ideia
Do que jamais ser seu) !s to bela como a lua
Mais cheirosa que uma flor
s a minha perdio
s um rio de calor
E se diz que s insossa
Quem j fez por te provar
Boto-te um pouco de sal
Pra te dar um paladar! !Pra que fique bem assente
Digo e torno a redizer
Que de todos que te querem
Mais do que eu no pode haver
So o teu porto seguro
As portas do meu corao
Que se agita e bate forte
Toca como um carrilho!
!
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D-ME O AMANH Msica & Letra: Manuel Maio !D-me o amanh
D-mo, que depois de amanh j c no estou
Vou na senda dos demais que se perdem !Quero o teu calor
Quero o teu ser, o teu eu, o teu haver
Quero provar-te e beber a tua dor !Quero-te nos braos
Toma-me no braos, quero as lgrimas que choras
No por mim, mas j que as choras
Quero a pele que elas molham
E os meus lbios as sorvam
Quero o corpo onde moras !Quero-te as entranhas
Quero-te por dentro e por fora e j agora
Quero roubar-te os sentidos
Quero-te a ti por inteiro
Quero que unamos destinos
Quero-te a ti por inteiro !
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LARGAR, PARTIR Msica & Letra: Manuel Maio !Largar, partir
Desta terra pardacenta
Desta gente sempre igual
Macambzia, pachorrenta
Indiferente e desatenta
Deste imenso lamaal
De chorincas
eternos sorumbticos
De sopinhas sem sal
Dengosos e apticos
Seus choros melismticos
Lamrias em caudal
A verter, a verter
Pois chorar beber! !Largar, partir
Rumo a terras misteriosas
Com segredos sem ter fim
Criaturas majestosas
Outras tantas tenebrosas
Como nunca vi assim
E tesouros
Druidas, feiticeiros
E ps de perlimpimpim
Princesas e arqueiros
Sereias, viageiros
Tudo novo para mim
A encher, a encher
Pois partir crescer! !Largar, partir, voar
Sem ter certo onde ir
Sem ter porque voltar
A no ser para voltar a partir !
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O PULO DO LOBO Msica & Letra: Manuel Maio !Dias a fio andou
Por andar chegou
Em chegando viu
E ento sorriu
A sorrir pensou
Por pensar agiu
Ao agir falou !Diz-me andorinha,
Deste voo teu,
Se dana ou feitio,
Se me emprestas a vertigem
Dessa queda livre
Do teu voo raso
Desse baile alado
Sim? !E saltou
Ao saltar tremeu
A tremer subiu
Por subir desceu
E ento caiu
A cair bateu
Ao bater sentiu
Ao sentir pensou !Diz-me andorinha,
Sentes como eu?
O poder da terra
Na torrente, rodopio
Estilhao o corpo
Num grito calado
Sob um manto de gua
No? !
E voou !Eu vou danar tua porta
Vou acordar o teu sorriso
Quando soprar o vento frio
Eu vou deixar-te sem aviso
Vou partir !Eu hei-de ir por entre as nuvens
Bebendo a chuva, cortando o ar
Pra descer num voo louco
Rasando as fragas
Cheirando a terra
Beijando o mar !E voou
Por andar chegou
Ao saltar tremeu
Em chegando viu
E ento caiu
Ao sorrir pensou
Ao bater sentiu
Ao agir falou !Diz-me andorinha,
Deste vo teu,
Se dana ou feitio,
Se me emprestas a vertigem
Dessa queda livre
Do teu vo raso
Desse baile alado
Sim? !E caiu
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ASSIM COMO QUEM NO QUER Msica & Letra: Manuel Maio !Como s to prendada!
D-me um dedinho
Um s para eu provar
De que feito o carinho
Assim como quem no quer !Como s to docinha!
Deixa-me trincar
Essa tenra bochechinha
Que me pe a salivar
Assim como quem no quer !Eu no sei, no sei no
De que padece o corao
Saciada a gula sobra o embarao
Assim como quem no quer !
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ORLA DOS MALDITOS Msica & Letra: Andr Cardoso !H um espao entre tu e eu
Sem esforo sinto-o aqui
Em todo o lado
Est de vazio ocupado !Espao de nada, de ricos segredos
De histrias, de homens, de medos
Inexplorados
de curandeiros de magos !Diria mesmo que baldio,
nasceu da luxria,
do fogo, do prazer, do cio,
e nada tem de aconchegado !De todos os monstros que vivem,
os mais estranhos habitam ao lado !E h povos malditos,
Avs (a vs): filhos proscritos,
no mar
onde estou !
Morrem de esperana, de sede, de fome,
de enganos, sonhos perdidos
Vida encantada
Quem mais tem quem d nada !Caminho longo com olhares
num horizonte de desejos
Promessas de azares
Imaginrio e real (irreal) !Fronteiras e muralhas guardam,
imprios longe da marginal !E h corpos errantes,
desertores naufragantes,
no mar,
onde vou !Deixa-me ser o teu abrigo,
que te abraa com doura,
com calma, sem perigo
Como sol quente no fim do Vero
!!
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QUE SEREI? Msica & Letra: Manuel Maio, traduo para castelhano de Luis Pastor !Por fuera solo yo
Por dentro, que dir?
De lejos soy as
De cerca, que ser? !Una fuerza vibrante
Inmensa, un gigante
Que ser?
Un lirio bajo la lluvia
Un lince que conjura la soledad
Sin amargura
Sin razn !Por fora sou s eu
Por dentro, que direi?
Ao longe sou assim
Ao perto, que serei? !Uma fora vibrante
Imensa, um gigante
Que serei?
Um lrio aberto chuva
Um lince que conjura a solido
Sem amargura
Sem razo !!
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SENHORA DO ALMORTO Trad. Arr. Manuel Maio !Senhora do Almorto minha linda raiana Virai costas a Castela No queirais ser castelhana !Senhora do Almorto A vossa capela cheira Cheira a cravos, cheira a rosas Cheira a flor de laranjeira !
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VAI TO SOZINHO Msica & Letra: Manuel Maio !Vai, menino vai
Cuida do teu fulgor
Cuida de ti, amor !Vai, segue o rumo das estrelas
Que, caindo, se centelham
Em falhas de mil cores !Vai, menino vai
Brilho que o mundo tem
Cuida de ti, meu bem !s como sol a dar na eira,
Branca flor, s cerejeira
que eu rego ao cantar !(Ao meu benzinho faz chegar
Formoso melro este cantar) !Vai to sozinho
Vai devagarinho sem saber !