panorama do mercado imobiliário 2013 - secovi/rs-agademi

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1 PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO 2013 VENÂNCIO AIRES Capital Nacional do Chimarrão

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Page 1: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

1PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013Venâncio Aires capital nacional do chimarrão

Page 2: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI
Page 3: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

3PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013

esTeio - Parque de exposições Assis Brasil

Page 4: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

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esTeio - Parque de exposições Assis Brasil

Em cada canto, uma história para contar, uma paisagem para apreciar e uma tradição para seguir. Este é o nosso Rio Grande do Sul, um estado repleto de belezas naturais, atrações turísticas e culturais. Encantador e poético como nenhum outro.

Page 5: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

5PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013

1. APRESENTAÇÃO ..................................................................... 06

2. INTRODUÇÃO ......................................................................... 08

3. RECURSOS OFICIAIS PARA AQUISIÇÃO E CONSTRUÇÃO

NO BRASIL E RIO GRANDE DO SUL ......................................... 10

4. DESEMPENHO DO SETOR IMOBILIÁRIO ............................. 12

5. PRODUÇÃO DE IMÓVEIS EM PORTO ALEGRE .................... 145.1. Ofertas de imóveis novos ..............................................................14

6. EMPREGO E DESEMPREGO ....................................................... 18 6.1. Pesquisa de Emprego e Desemprego – PED ..............................186.2. Cadastro Geral de Empregados e Desempregados − CAGED .20

7. SITUAÇÃO HABITACIONAL .................................................. 247.1. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD (2012) 24

7.1.1. Domicílios ................................................................................247.1.2. Proporção de Domicílios ......................................................277.1.3. Quantidade de Moradores ..................................................297.1.4. Proporção de Moradores .....................................................327.1.5. Média dos Moradores ..........................................................33

7.2. Situação da moradia em Porto Alegre ........................................34

8. MERCADO IMOBILIÁRIO ...................................................... 368.1. Locação de Imóveis em Porto Alegre ..........................................37

8.1.1. Ofertas .....................................................................................378.1.2. Preços Médios ........................................................................408.1.3. Aluguéis - Comparativos dos preços de oferta com preços contratados ................................................408.1.4. Inadimplência de aluguéis ...................................................43

8.2. Comercialização de imóveis em Porto Alegre ............................45 8.2.1. Comercialização de imóveis novos em Porto Alegre ......458.2.2. Comparativo da Velocidade de Vendas de Imóveis Novos - 2008 a 2013 ....................................................458.2.3. Ofertas de Imóveis Usados em Porto Alegre ....................46

8.2.4. Arrecadação do ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis) pela Prefeitura Municipal de Porto Alegre – Valores e Guias de Arrecadação ....................52

9. CONDOMÍNIOS EM PORTO ALEGRE ................................... 56 9.1. Administração de Condomínios ...................................................569.2. Despesas dos Condomínios ..........................................................56 9.3. Inadimplências de Pagamentos nas Quotas Condominiais ....58

9.3.1. Inadimplência – Evolução em 2013 ....................................58 9.3.2. Inadimplência – Histórico e repercussão do Novo Código Civil ........................................................................59

9.4. Distribuição Geográfica dos Condomínios em Porto Alegre: 2013 ...........................................................................61

10. O MERCADO IMOBILIÁRIO NO CONTEXTO ECONÔMICO DO QUINQUÊNIO 2009/2013 ..................... 69

11. INADIMPLÊNCIAS NO BIÊNIO 2012/2013 . ....................... 70

12. ESTUDOS ESPECIAIS ............................................................ 72 12.1. Imóveis residenciais mobiliados e semimobiliados ..........7212.2. Estudo sobre Financiamento Imobiliário - Caixa Econômica Federal ..........................................................................73

12.2.1. Brasil ...............................................................................75 12.2.2. Região Sul .......................................................................7512.2.3. Rio Grande do Sul .........................................................7712.2.4. Perfil do Mutuário .........................................................77

12.3. Salas comerciais continuam um bom investimento ..........8012.4. Bolha Imobiliária ....................................................................8512.5. Mobilidade: breve análise de sua importância na vida das pessoas e seu reflexo no setor imobiliário ..............87

13. CONCLUSÕES ...................................................................... 95

14. EXPECTATIVAS PARA 2014 ................................................. 96

15. AGRADECIMENTOS ............................................................. 97

SUMÁRIO

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Foi na segunda metade do século XX que a Ciência da Administração floresceu. Tivemos os clássicos que a criaram e pensaram seus fundamentos. Mas, de fato, somente após a Segunda Guerra Mundial é que ficou patente a necessidade de se encarar a gestão com o viés que viria desaguar em programas de qualidade e padronização. Em nossa época, em qualquer livraria ou biblioteca, encontra-se copiosa literatura sobre o tema e até, como em outros gêneros, tem seus gurus.

Acompanhando o desenvolvimento da administração científica, a Estatística ganhou uma posição destacada, posto que a fase da intuição já há bastante tempo perdeu lugar para a solidez de informações como base para processos decisórios competentes. O Banco Mundial, num de seus Relatórios do ano 2000 disse: “Por que as estatísticas importam? Em termos simples, elas são a evidência sobre as quais as políticas são construídas. Elas ajudam a identificar necessidades, estabelecer objetivos e monitorar progressos. Sem boas estatísticas, o processo de desenvolvimento é cego; os fazedores de políticas não conseguem aprender com seus erros, e o público não as tem como confiáveis”.

Não é somente na administração pública que a Estatística tem importância. Em realidade, não existe faixa de atividade que pesquisas e estatísticas não tenham como contribuir para conhecer os fenômenos, analisá-los e entendê-los. Na gestão empresarial, a importância é capital. Pode fazer a diferença entre o êxito ou o fracasso.

O “Panorama do Mercado Imobiliário” editado pelo Sistema SECOVI/RS chega a sua 24ª edição, trazendo uma coleção ampliada de informações. Dados

que já são tradicionais são enriquecidos por estudos de certas constatações que impunham um exame mais acurado e que servirão para que, tanto o poder público quanto as empresas, tenham conhecimento de cenários aptos a um cotejo com suas performances particulares.

A maioria dos levantamentos aqui constantes refere-se ao mercado imobiliário da Capital gaúcha. Contudo, é sabido que as praças se movimentam de forma muito semelhante e, salvo exceções, as pesquisas apresentadas trazem detalhes e possíveis interpretações razoavelmente aplicáveis ao universo particular de cada um.

Marca registrada dos Panoramas anuais, a coleção de fotos de nosso estado se faz presente. Desta feita, com flagrantes significativos colhidos em muitas partes do Rio Grande do Sul, valorizando sua natureza e suas obras.

A esforçada equipe responsável por este trabalho merece todos os elogios e ela, por seu turno, faz questão de agradecer as organizações públicas e privadas que sempre atenderam com grande boa vontade aos pedidos de colaboração, reconhecimento que a Diretoria do Sistema SECOVI/RS enfatiza.

A Estatística retrata, a Economia interpreta, o bom senso pede passagem e o homem decide. Que a inteligência sempre agregue e a sorte ajude.

Moacyr SchuksterPresidente

ApReSentAçãO1

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7PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013 7pAnORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013

erecHiM - Prefeitura Municipal

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O presente Panorama do Mercado Imobiliário apresenta informações sobre o mercado imobiliário e a ele, de alguma forma, relacionadas, assim como ao cenário econômico em geral. Focaliza a praça de Porto Alegre em primeiro plano e, quando conveniente, estende-se para dados que podem aperfeiçoar ou ampliar a visão dos fenômenos estudados. Por esse motivo, convém iniciar lembrando que a situação econômica europeia ainda é um fator preocupante, e que os países continuam na busca de uma recuperação passados 5 anos da crise financeira global. Questões que envolvem as taxas de desemprego, as dívidas e o baixo investimento externo são as principais dificuldades enfrentadas no Velho Mundo.

No entanto, a Europa pode estar atingindo o chamado “ponto de virada” segundo a Comissão Europeia. O PIB já apresenta crescimento e as perspectivas para próximos anos também indicam uma expansão, todavia, esta possivelmente será branda e prolongada durante anos.

No Brasil, em 2013, a Selic ganhou destaque no mercado, porém em sentido inverso ao apresentado em 2012. No ano passado, foi adotada a política de juros baixos com a finalidade de incentivar a produção e o consumo, fechando dez./2012 com 7,25% a.a., nível mais baixo da história do Copom. Em 2013, a fim de conter a inflação e assegurar a tendência de declínio dos preços para 2014, o Copom iniciou o ciclo de alta da Selic, que em dez./2013 já se encontrava em 10% ao ano.

A inadimplência em 2013 apresentou certa recuperação com relação a 2012, quando bateu recordes. O mercado de trabalho continua aquecido, com o desemprego brasileiro atingindo números historicamente baixos.

Apesar dos incentivos governamentais para a aquisição de imóveis,

IntRODUçãO2sÃo FrAncisco De PAULA - Parque das cachoeiras

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9PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013

podemos considerar o ano de 2013 como moderado quando nos referimos ao mercado imobiliário. Mesmo com o Programa Minha Casa Minha Vida tendo se consolidado ao longo do período e o aumento no limite do preço dos imóveis para o uso do FGTS, o segmento apresentou certo comedimento em relação a anos anteriores, visto tanto nos negócios que envolviam locação quanto comercialização. Identificado foi um expressivo crescimento no volume de ofertas disponíveis nos dois cenários. A velocidade de locações média em Porto Alegre (dez./2012 a nov./2013) de 16,78% apresentou queda quando comparada ao mesmo período do ano anterior (dez./2011 a nov./2012) quando foi de 24,07%.

O SECOVI/RS e a AGADEMI, como se sabe, mantêm funcionando um departamento especializado, responsável por acompanhar, avaliar e possibilitar o conhecimento da evolução de variáveis pertinentes ao segmento. O que torna possível às empresas, aos condomínios e aos diversos atores da dinâmica econômica conhecer números passíveis de emprego em análises comparativas.

O setor de Pesquisa do Sistema SECOVI/RS mapeia e acompanha mensalmente os indicadores econômicos gerais e setoriais, gerando informações, por amostragem, sobre locação e comercialização de imóveis usados, compreendendo ofertas e preços médios, além das despesas condominiais. Armazena e monitora os dados disponíveis sobre produção e comercialização de imóveis novos, bem como as principais variáveis e indicadores correlacionados ao mercado imobiliário nos âmbitos estadual e nacional.

O segmento imobiliário nacional teve um ano equilibrado e os resultados permaneceram positivos. Aspectos como elevação no limite

dos imóveis para a utilização do FGTS, aumento da renda média da população, baixo nível de desemprego, disponibilidade de crédito, dentre outros, contribuíram para este cenário.

O mercado abrangido pelas entidades compreende a atividade imobiliária exercida em 6.007 empresas, localizadas em 411 municípios no estado, área de sua jurisdição, sendo 2.235 em Porto Alegre e 3.772 no interior, cadastradas nas entidades. As empresas atuam na comercialização e locação de imóveis, bem como administram 15.708 dos aproximadamente 24.438 condomínios de sua área de atuação, considerando-se os dados de dezembro de 2013.

Dentre as variáveis pesquisadas pelo Departamento de Economia e Estatística com levantamentos próprios ou de fontes oficiais pertinentes ao mercado imobiliário podemos destacar:• Ainadimplênciadealuguéis(dez./2012anov./2013),4,41%;• Inadimplênciadecondomínios(dez./2012anov./2013),15,61%;• Velocidade de vendas de imóveis novos em Porto Alegre (nov./2012 a

out./2013), 8,24%;• Arrecadaçãodo ITBI, emPortoAlegre (dez./2012anov./2013)que teve

variação de 8,01% em relação ao mesmo período do ano anterior (dez./2011 a nov./2012);

• Residiam em imóveis alugados 14,47% da população de Porto Alegre,segundo estimativa do SECOVI/RS e da AGADEMI.

Cumpre-nos agradecer as diversas fontes de dados que enriquecem este Panorama, cujos subsídios proporcionam cotidianamente elementos de importância capital para a investigação, que é objeto do Departamento e que se confia sirvam aos nossos representados e à sociedade.

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Nos últimos 12 meses (jul./2012 a jun./2013) foram investidos mais de R$ 5,492 bilhões de reais para aquisição e construção de imóveis habitacionais no Rio Grande do Sul, um aumento de 28,31% em relação ao mesmo período do ano anterior (jul./2011 a jun./2012). No Brasil, os recursos investidos entre jul./2012 e jun./2013 atingiram mais de R$ 95,377 bilhões, registrando um aumento de 19,29%, comparando-se com os dados de jul./2011 a jun./2012.

O Rio Grande do Sul representou 5,76% do total nacional no período de 12 meses fechados em jun./2013, apresentando certa estabilidade em relação ao período anterior, de jul./2011 até jun./2012, na qual obteve 5,35% dos recursos financeiros destinados à aquisição e construção de imóveis.

ReCURSOS OFICIAIS pARA AQUISIçãO e COnStRUçãO nO BRASIL e RIO GRAnDe DO SUL

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GRÁFICO Nº 2 − EvOluçãO, Em pERíOdOs dE 12 mEsEs dE FINaNCIamENtO, Em R$, OFERECIdOs paRa aquIsIçãO E CONstRuçãO NO RIO GRaNdE dO sul – jul./08 a juN./13

Fonte: Banco Central do Brasil, SFH, SBPE – Estatísticas BásicasElaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

GRÁFICO Nº 1 − EvOluçãO, Em pERíOdOs dE 12 mEsEs dE FINaNCIamENtO, Em R$, OFERECIdOs paRa aquIsIçãO E

CONstRuçãO NO BRasIl - jul./08 a juN./13

Fonte: Banco Central do Brasil, SFH, SBPE – Estatísticas BásicasElaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

Discriminando-se por tipo de utilização dos recursos observa-se que, no mesmo período de 12 meses, fechados em jun./2013, nos financiamentos para aquisição de imóveis, o Rio Grande do Sul participou com 6,16% do montante nacional, enquanto no período anterior a participação gaúcha foi de 6,18%; nos valores destinados à construção, 4,86% no período de 12 meses (fechados em jun./2013), enquanto no período anterior era de 4,02%, verificando-se um pequeno aumento na partilha dos recursos federais para esta categoria.

Os gráficos e quadro a seguir mostram a destinação dos recursos no

período de jul./2008 a jun./2013.

Page 11: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

11PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013 11pAnORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013

MÊS PARA AQUISIÇÃO (R$) PARA CONSTRUÇÃO (R$)

BRASIL RS % RS/BRASIL BRASIL RS % RS/BRASIL

Jul./08 1.452.556.886 103.652.382 7,14 1.979.819.379 127.328.635 6,43

Ago./08 1.296.609.790 98.784.098 7,62 2.184.591.034 45.472.716 2,08

Set./08 1.434.801.361 107.106.346 7,46 1.499.992.490 158.263.554 10,55

Out./08 1.356.019.479 105.430.257 7,77 1.037.760.912 62.743.079 6,05

Nov./08 1.287.566.529 96.505.302 7,50 1.018.029.289 84.442.819 8,29

Dez./08 1.248.965.073 84.522.272 6,77 1.286.353.703 173.854.867 13,52

Jan./09 1.098.199.044 88.245.804 8,04 794.274.485 31.477.105 3,96

Fev./09 1.066.761.231 74.051.813 6,94 657.942.974 97.418.380 14,81

Mar./09 1.334.043.572 103.098.782 7,73 920.329.959 40.937.212 4,45

Abr./09 1.367.122.282 96.527.184 7,06 984.372.981 56.697.230 5,76

Maio/09 1.463.882.397 101.323.979 6,92 902.590.687 62.253.438 6,90

Jun./09 1.697.543.038 114.590.835 6,75 1.260.470.603 34.957.498 2,77

TOTAL 16.104.070.682 1.173.839.054 7,29 14.526.528.496 975.846.533 6,72

Jul./09 1.955.224.950 138.190.598 7,07 985.816.586 36.717.479 3,72

Ago./09 2.026.993.811 143.072.429 7,06 1.154.723.462 39.565.863 3,43

Set./09 2.045.861.255 141.014.593 6,89 1.558.774.397 33.364.617 2,14

Out./09 1.619.338.685 119.205.235 7,36 1.757.128.560 96.977.349 5,52

Nov./09 2.113.854.061 146.847.001 6,95 1.537.237.973 30.825.860 2,01

Dez./09 2.390.637.109 141.329.063 5,91 1.438.730.542 107.613.080 7,48

Jan./10 1.859.527.490 121.389.971 6,53 1.016.036.675 86.951.389 8,56

Fev./10 1.835.817.197 99.560.944 5,42 1.152.757.751 22.662.304 1,97

Mar./10 2.527.707.785 138.230.425 5,47 1.586.349.367 103.580.456 6,53

Abr./10 2.420.296.586 137.949.599 5,70 1.926.774.855 57.714.014 3,00

Maio/10 2.527.091.660 155.073.890 6,14 1.722.759.471 40.070.866 2,33

Jun./10 2.741.767.572 179.214.867 6,54 2.523.921.415 97.943.266 3,88

TOTAL 26.064.118.161 1.661.078.615 6,37 18.361.011.054 753.986.543 4,11

Jul./10 2.878.404.180 205.300.939 7,13 2.206.740.703 219.764.965 9,96

Ago./10 2.959.339.375 190.849.141 6,45 2.134.188.120 89.374.568 4,19

Set./10 3.053.446.480 175.521.950 5,75 2.343.721.722 124.101.789 5,30

Out./10 2.530.088.759 155.857.855 6,16 2.938.692.361 193.892.526 6,60

Nov./10 2.960.050.663 201.374.834 6,80 2.192.698.147 66.500.527 3,03

Dez./10 3.493.657.256 213.766.421 6,12 2.667.531.678 43.200.763 1,62

BRASIL RS % RS/BRASIL BRASIL RS % RS/BRASIL

Jan./11 2.808.218.077 175.054.165 6,23 1.843.972.751 99.537.286 5,40

Fev./11 2.894.732.404 160.788.304 5,55 2.249.052.252 135.719.071 6,03

Mar./11 3.091.467.563 172.362.008 5,58 3.118.469.577 43.583.467 1,40

Abr./11 3.327.654.937 205.507.867 6,18 2.833.225.839 51.242.203 1,81

Maio/11 3.825.085.850 222.943.923 5,83 3.234.398.949 169.444.115 5,24

Jun./11 3.813.951.935 242.245.688 6,35 3.965.682.631 71.840.935 1,81

TOTAL 37.636.097.479 2.321.573.095 6,17 31.728.374.730 1.308.202.215 4,12

Jul./11 3.961.628.371 230.417.886 5,82 2.677.770.947 57.538.616 2,15

Ago./11 4.514.061.583 274.006.730 6,07 3.345.456.735 62.162.502 1,86

Set./11 4.375.299.833 231.124.027 5,28 2.973.275.016 167.135.318 5,62

Out./11 3.456.784.436 217.369.384 6,29 2.652.440.334 97.961.375 3,69

Nov./11 4.074.748.686 257.095.941 6,31 2.646.229.758 156.456.688 5,91

Dez./11 4.580.076.621 318.038.038 6,94 3.653.207.031 68.687.045 1,88

Jan./12 3.848.833.334 257.657.694 6,69 1.835.598.108 91.483.434 4,98

Fev./12 3.423.483.205 191.324.434 5,59 1.687.402.896 118.378.101 7,02

Mar./12 4.351.777.506 262.271.328 6,03 2.455.395.153 167.767.525 6,83

Abr./12 3.535.933.610 203.920.672 5,77 2.191.324.048 79.393.364 3,62

Maio/12 4.439.309.966 283.567.242 6,39 1.858.501.053 55.408.377 2,98

Jun./12 4.807.281.662 322.906.234 6,72 2.608.968.137 108.323.238 4,15

TOTAL 49.369.218.813 3.049.699.610 6,18 30.585.569.216 1.230.695.583 4,02

Jul./12 4.833.907.595 325.842.176 6,74 1.613.252.372 63.709.623 3,95

Ago./12 5.652.340.089 359.154.873 6,35 2.584.515.658 132.786.198 5,14

Set./12 4.416.452.540 265.929.863 6,02 2.492.638.752 194.716.671 7,81

Out./12 5.174.749.203 331.239.864 6,40 2.402.832.013 66.731.381 2,78

Nov./12 4.815.959.814 288.528.943 5,99 2.887.147.415 37.304.466 1,29

Dez./12 5.390.619.399 315.446.296 5,85 3.468.756.934 221.073.598 6,37

Jan./13 5.017.168.894 299.528.340 5,97 1.676.758.069 84.004.156 5,01

Fev./13 4.219.977.683 242.478.046 5,75 1.590.825.609 189.271.171 11,90

Mar./13 5.757.202.999 345.697.031 6,00 2.140.853.602 96.348.959 4,50

Abr./13 6.386.324.980 375.790.165 5,88 1.921.958.720 65.292.572 3,40

Maio/13 6.608.248.471 387.840.105 5,87 3.146.645.902 148.154.771 4,71

Jun./13 7.447.399.779 513.343.275 6,89 3.730.486.367 142.069.126 3,81

TOTAL 65.720.351.446 4.050.818.977 6,16 29.656.671.413 1.441.462.692 4,86

Fonte: Banco Central do Brasil, SFH, SBPE – Estatísticas BásicasElaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

quadRO Nº 1 − FINaNCIamENtOs haBItaCIONaIs, Em R$, paRa aquIsIçãO E CONstRuçãO dE ImóvEIs, BRasIl E RIO GRaNdE dO sul – jul./08 a juN./13

Page 12: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

12

O desempenho do setor imobiliário nos últimos 12 meses, mostra:

• Locações de imóveis em Porto Alegre: a oferta média de imóveis para alugar apresentou acréscimo de 19,09% no período jan./2013 a dez./2013, comparando com igual período de 2012 (jan./2012 a dez./2012). Em 2013, os preços médios dos aluguéis de imóveis residenciais ofertados, no acumulado 12 meses, aumentaram 7,81%. Em 2011 (jan./2011 a dez./2011), o estoque médio era de 4.621 unidades, tendo em 2012 atingido a média de 5.717 ofertas; em 2013, 6.808 ofertas.

• Inadimplência: a análise da inadimplência dos aluguéis nos 12 meses fechados em nov./2013 registrou a média de 4,41%, enquanto no ano anterior foi de 4,27%. A inadimplência dos condomínios nos 12 meses fechados em nov./2013 teve média de 15,61%, apresentando alta quando comparada com o mesmo período do ano anterior, de 13,82%.

• Aluguel como rendimento: os valores de oferta dos aluguéis residenciais em Porto Alegre, em média, subiram 7,81% nos últimos 12 meses (jan./2013 a dez./2013). Enquanto a poupança rendeu aproximadamente 6,49%, no mesmo período. Nos 12 meses imediatamente anteriores (jan./2012 a dez./2012), o preço dos aluguéis ofertados havia crescido 9,02% e a poupança em torno de 6,42%. Apesar da valorização dos aluguéis em 2013 ter sido menos dinâmica que

DeSeMpenHO DO SetOR IMOBILIÁRIO4

quadRO Nº 2 − EvOluçãO dOs pREçOs médIOs, pOR tIpO, dO m² paRa lOCaçãO E vENda dE ImóvEIs usadOs Em pORtO alEGRE: dEz.− /2008/2009/2010/2011/2012/2013

Tipo 1 dormitório 2 dormitórios 3 dormitórios

Ano Locação (R$/m²) Venda (R$/m²) Locação/Venda Locação (R$/m²) Venda (R$/m²) Locação/Venda Locação (R$/m²) Venda (R$/m²) Locação/Venda

2008 10,26 1.245,52 0,82 10,13 1.354,89 0,75 12,41 1.575,78 0,79

2009 11,40 1.785,26 0,64 10,96 1.708,27 0,64 14,15 1.909,99 0,74

2010 12,94 2.010,77 0,64 13,05 2.072,07 0,63 16,22 2.190,35 0,74

2011 15,80 2.494,65 0,63 15,54 2.354,00 0,66 20,75 2.571,39 0,81

2012 16,57 2.855,12 0,58 17,43 2.737,48 0,64 20,92 2.937,47 0,71

2013 18,50 3.163,26 0,58 19,49 3.076,60 0,63 21,56 3.347,28 0,64

Fonte: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

2012, continua competitiva com outros tipos de investimento, como a caderneta de poupança, ainda acrescendo a valorização do imóvel.

• Velocidade de oferta de locações: definida como a relação entre o número de imóveis alugados e ofertados. Houve retração no ano de 2013 (dez./2012 a nov./2013), com média de 16,78%, quando comparada ao mesmo período do ano anterior (dez./2011 a nov./2012) quando apresentou média de 24,07%.

• Velocidade de vendas de imóveis novos: indica o movimento do mercado de imóveis novos de Porto Alegre. Esta velocidade teve média de 10,21% no ano de 2011 (nov./2010 a out./2011), e, no mesmo período do ano de 2012, teve retração, apresentando média de 7,84%. De nov./2012 a out./2013 a velocidade média tornou a crescer, atingindo 8,24%. (Fonte: SINDUSCON- RS)

• Comercialização de imóveis usados: a variação média do estoque dos imóveis usados foi de 23,90% comparando os períodos de jan./2013 a dez./2013 com o mesmo período do ano anterior (jan./2012 a dez./2012). A média mensal em 2012 foi de 5.954, e em 2013, de 7.377.

• Condomínio: 24.438 condomínios existentes nos 411 municípios da área de abrangência do SECOVI/RS e da AGADEMI, sendo 15.708 ou 64,28% administrados pelas empresas especializadas. Porto Alegre tem 13.723 condomínios, dos quais 10.377 ou 75,62% são administrados. Estima-se que aproximadamente 66,57% da população da capital do Rio Grande do Sul vivem em condomínio. Estes dados demonstram a importância da Instituição na economia da cidade.

Page 13: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

13PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013 13pAnORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013

Fonte: DEE SECOVI/RS - AGADEMI; FGV; IEPE/UFRGS; DEE SINDUSCON-RS; Banco Central do Brasil; SFH, SBPE – Estatísticas Básicas; CDL/POA; SERASA EXPERIAN; Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED)Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

Especificações 2012 2013

Índice médio de inadimplência de aluguéis (%) (dez.-nov.) 4,27 4,41

Índice médio de inadimplência de condomínios (%) (dez.-nov.) 13,82 15,61

Índice médio de inadimplência do comércio (%) (dez.-nov.) 12,74 12,99

Média de cheques s/ fundo (2ª devolução ‰) no Brasil (dez.-nov.) 20,12 20,15

Oferta média de imóveis para locações (unidades) (jan.-dez.) 5.717 6.808

Oferta média para comercialização de imóveis usados (unidades) (jan.-dez.) 5.954 7.377

Variação das ofertas de imóveis para locação (%) (jan.-dez.) 23,73 19,09

Variação das ofertas de imóveis para comercialização (%) (jan.-dez.) 12,94 23,90

Velocidade média de locações (%) (dez.-nov.) 24,07 16,78

Velocidade média de vendas de imóveis novos (%) (nov.-out.) 7,84 8,24

Preços médios dos aluguéis residenciais (Acumulado %) (jan.-dez.) 9,02 7,81

Taxa de desemprego - RMPA - Média (%) (dez.-nov.) 7,05 6,40

Recursos para construção/aquisição de imóveis no Brasil (Var.%) (jul.-jun.) 15,27 19,29

Recursos para construção/aquisição de imóveis no RS (Var.%) (jul.-jun.) 17,92 28,31

Participação do RS/BR nos recursos para construção/aquisição (%) (jul.-jun.) 5,35 5,76

IGP-M/FGV (Acumulado %) (jan.-dez.) 7,82 5,51

IPC/IEPE (Acumulado %) (jan.-dez.) 6,98 8,56

quadRO Nº 3 − pRINCIpaIs vaRIÁvEIs dO sEtOR ImOBIlIÁRIO dE pORtO alEGRE E INdICadOREs 2012/2013

• Recursos para o setor imobiliário: a análise dos recursos aplicados pelo SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) para a aquisição de imóveis mostra que a participação do Rio Grande do Sul no Brasil foi de 6,16% de jul./2012 a jun./2013, enquanto que, nos 12 meses imediatamente anteriores (jul./2011 a jun./2012), esse percentual foi de 6,18% do total investido em todo o Brasil. No que se refere aos recursos para construção investidos no Rio Grande do Sul, considerando os mesmos períodos para análise, em 2013 o percentual foi de 4,86%, sendo em 2012, 4,02%.

O quadro a seguir contém os dados que embasaram as análises sobre o desempenho do setor imobiliário, nos anos de 2012 e 2013.

osÓrio - Parque eólico

Page 14: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

14

Com base na pesquisa sobre o Mercado Imobiliário da CII (Comissão da Indústria Imobiliária) do SINDUSCON-RS, que divulga dados sobre imóveis novos produzidos em Porto Alegre e ofertados para venda, é possível acompanhar a evolução do setor imobiliário na capital do estado. O denominado “XVI Censo do Mercado Imobiliário de Ofertas de Imóveis Novos” considera dados recolhidos em maio/2013 e divulgados em set./2013.

5.1. OfeRtAs de ImóVeIs nOVOs

Foram identificados 361 empreendimentos em 180 empresas, totalizando 8.291 unidades novas em oferta com área total de 821 mil m², sendo 644 mil m² de área privativa. Para cada empresa foram cadastradas, em média, 2,01 empreendimentos e ofertadas 46,06 unidades.

Foram levantadas faixas de preços das unidades novas lançadas no mercado e divulgada distribuição por valor na cidade de Porto Alegre.

Observou-se que em 2013 o incremento das unidades “em obras” foi significativo, passando de 50,30%, em maio/2012, para 69,06%, em maio/2013, mostrando forte aumento nas ofertas de imóveis para fins residenciais. Em contrapartida, os imóveis considerados “na planta” tiverem decréscimo em seu percentual, passando de 41,81% para 24,53% no mesmo período.

Notou-se que as unidades com área privativa com mais de 60m² até 80m² representam o maior percentual do total ofertado para venda, 32,31%; seguido das unidades de mais de 45 m² até 60m², com 26,27% das 8.291 ofertas.

Analisando-se as faixas de preço de ofertas de imóveis novos, observa-se o valor de maior percentual e incremento com 16,26% sendo o da faixa de R$ 377.827,20 até R$ 461.788,80.

pRODUçãO De IMÓVeIS eM pORtO ALeGRe5

Os quadros a seguir contêm os resultados do Censo do SINDUSCON-RS.

Tipos 2010 2011 2012 2013

Unidades % Unidades % Unidades % Unidades %

Apto. JK 0 0,00 0 0,00 28 0,33 10 0,12

Apto. 1 Dorm. 219 3,86 202 3,07 275 3,26 316 3,81

Apto. 2 Dorm. 2.341 41,22 3.016 45,88 3.773 44,79 3.780 45,59

Apto. 3 Dorm. 2.111 37,17 2.443 37,17 3.470 41,20 3.024 36,47

Apto. 4 Dorm. 104 1,83 108 1,64 106 1,26 137 1,65

Subtotal 4.775 84,08 5.769 87,77 7.652 90,85 7.267 87,65

Casa 2 Dorm. 93 1,64 72 1,10 53 0,63 52 0,63

Casa 3 Dorm. 316 5,56 324 4,93 192 2,28 250 3,02

Casa 4 Dorm. 88 1,55 33 0,50 24 0,28 24 0,29

Subtotal 497 8,75 429 6,53 269 3,19 326 3,93

Cobert. 1 Dorm. 4 0,07 1 0,02 1 0,01 1 0,01

Cobert. 2 Dorm. 5 0,09 4 0,06 11 0,13 20 0,24

Cobert. 3 Dorm. 42 0,74 30 0,46 28 0,33 43 0,52

Cobert. 4 Dorm. 1 0,02 1 0,02 0 0,00 0 0,00

Subtotal 52 0,92 36 0,55 40 0,47 64 0,77

Flats 0 0,00 5 0,08 2 0,02 4 0,05

Salas/Conj. 290 5,11 246 3,74 357 4,24 514 6,20

Lojas 12 0,21 29 0,44 8 0,09 15 0,18

Outros 53 0,93 59 0,90 95 1,13 101 1,22

Total 5.679 100,00 6.573 100,00 8.423 100,00 8.291 100,00

quadRO Nº 4 − EvOluçãO da dIstRIBuIçãO da OFERta dOs ImóvEIs NOvOs NOs últImOs quatRO aNOs −

2010/2011/2012/2013

Fonte: DEE SINDUSCON-RS

Page 15: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

15PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013

GRÁFICO N° 3 − uNIdadEs NOvas Em OFERtas à vENda pOR EstÁGIO da OBRa Em maIO/13

Fonte: DEE SINDUSCON-RS

GAriBALDi - Vinícola

15pAnORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013

Page 16: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

16

quadRO Nº 5 − EvOluçãO da dIstRIBuIçãO dOs ImóvEIs NOvOs, pOR FaIxa dE valOR –2010/2011/2012/2013

Fonte: DEE SINDUSCON-RS

Valor em R$ 2010 2011 2012 2013

Unidades % Unidades % Unidades % Unidades %

até 125.942,40 826 15,98 577 9,38 496 6,59 183 2,41

+ 125.942,40 até 181.916,80

312 6,04 734 11,94 389 5,17 828 10,91

+ 181.916,80 até 237.891,20

836 16,18 1.173 19,08 890 11,82 1.014 13,36

+ 237.891,20 até 307.859,20

864 16,72 966 15,71 1.221 16,22 815 10,74

+ 307.859,20 até 377.827,20

626 12,11 778 12,65 1.395 18,53 982 12,94

+ 377.827,20 até 461.788,80

437 8,46 658 10,70 1.150 15,28 1.231 16,22

+ 461.788,80 até 601.724,80

573 11,09 471 7,66 807 10,72 1.028 13,55

+ 601.724,80 até 811.628,80

288 5,57 271 4,41 569 7,56 677 8,92

+ 811.628,80 até 1.091.500,80

154 2,98 188 3,06 222 2,95 263 3,47

+ 1.091.500,80 até 1.441.340,80

122 2,36 132 2,15 182 2,42 216 2,85

acima de 1.441.340,80

130 2,52 201 3,27 207 2,75 352 4,64

Subtotal 5.168 100,00 6.149 100,00 7.528 100,00 7.589 100,00

Informaram 5.168 91,00 6.149 93,55 7.528 89,06 7.589 91,53

Não Informaram 511 9,00 424 6,45 925 10,94 702 8,47

Total 5.679 100,00 6.573 100,00 8.453 100,00 8.291 100,00

De acordo com o SINDUSCON-RS, a liderança da oferta de apartamentos, ocorreu nos imóveis com 2 dormitórios, sendo 40% na faixa de valor entre R$ 126 mil e R$ 238 mil. Das salas e conjuntos comerciais, 77% estão na faixa de valor entre R$ 378 mil e R$ 602 mil. A notar-se, também, a sensível queda na oferta de propriedades de preço até R$ 125 mil, aparentemente compensada pela elevação da oferta na faixa seguinte.

quadRO Nº 6 − hIstóRICO das OFERtas dE ImóvEIs NOvOs pOR ÁREa pRIvatIva das uNIdadEs

Fonte: DEE SINDUSCON-RS

Área privativa 2010 2011 2012 2013

Unidades % Unidades % Unidades % Unidades %

até 45m² 1.118 19,69 917 13,95 884 10,50 993 11,98

+ de 45 até 60m² 1.005 17,70 1.636 24,89 2.105 24,99 2.178 26,27

+ de 60 até 80m² 1.616 28,46 2.015 30,66 3.100 36,80 2.679 32,31

+ de 80 até 100m² 734 12,92 933 14,19 1.038 12,32 1.045 12,60

+ de 100 até 120m² 348 6,13 296 4,50 337 4,00 400 4,82

+ de 120 até 150m² 331 5,83 302 4,59 368 4,37 408 4,92

+ de 150 até 200m² 296 5,21 214 3,26 168 1,99 148 1,79

+ de 200 até 250m² 60 1,06 102 1,55 111 1,32 193 2,33

+ de 250 até 300m² 45 0,79 40 0,61 41 0,49 82 0,99

+ de 300 até 400m² 51 0,90 50 0,76 57 0,68 24 0,29

+ de 400 até 500m² 25 0,44 20 0,30 10 0,12 16 0,19

+ de 500m² 6 0,11 8 0,12 19 0,23 6 0,07

Não informado m² 44 0,77 40 0,61 185 2,20 119 1,44

Total 5.679 100,00 6.573 100,00 8.423 100,00 8.291 100,00

Page 17: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

17PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013

Fonte: DEE SINDUSCON-RS

quadRO Nº 7 − EvOluçãO dO NúmERO dE uNIdadEs Em OFERta pOR EstÁGIO da OBRa

Ano Estágio da Construção

Concluídas Em Obra Na Planta Total

Unidades % Unidades % Unidades % Unidades

2003 983 18,99 3.513 67,86 681 13,15 5.177

2004 1.185 18,45 4.083 63,58 1.154 17,97 6.422

2005 1.367 21,09 4.186 64,58 929 14,33 6.482

2006 1.484 27,51 2.848 52,79 1.063 19,70 5.395

2007 1.215 22,16 3.013 54,95 1.255 22,89 5.483

2008 841 12,73 3.511 53,16 2.253 34,11 6.605

2009 652 10,39 4.165 66,39 1.457 23,22 6.274

2010 407 7,17 3.475 61,19 1.797 31,64 5.679

2011 433 6,59 5.139 78,18 1.001 15,23 6.573

2012 664 7,88 4.237 50,30 3.522 41,81 8.423

2013 531 6,40 5.726 69,06 2.034 24,53 8.291

Em comparação com o ano anterior, ocorreu um decréscimo de -1,57% no total de unidades ofertadas para venda. O percentual do estágio “em obra” teve elevação, de 50,30% em maio/2012, para 69,06% em maio/2013. O estágio “na planta” teve decréscimo em seu percentual, de 41,81% para 24,53% no mesmo período. O estágio “concluídas” quase não sofreu alteração. Para o SINDUSCON-RS, o desempenho do setor imobiliário apresentou mudanças significativas, exemplificando o incremento de 35% no volume de imóveis em obra e redução de 42% de imóveis na planta.

Entre os anos de 2008 e 2013, o comportamento das informações referentes aos estágios “em obra” e “na planta” seguiu claramente uma tendência de ordem inversa e sazonal. Na medida em que ocorre um crescimento no estágio “em obra”, existe uma queda no estágio “na planta” e o mesmo ocorre na ordem inversa no ano seguinte. Observa-se desse modo um comportamento sazonal a cada dois anos.

GRÁFICO N° 4 − EvOluçãO dO NúmERO dE uNIdadEs Em OFERtas pOR EstÁGIO da OBRa

Fonte: DEE SINDUSCON-RS

FonToUrA XAVier - Terra do Pinhão

Page 18: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

1818

6.1. PesquIsA de emPRegO e desemPRegO – Ped

O Informe PED é uma publicação mensal divulgada pela Fundação de Economia e Estatística (FEE), órgão do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, com informações e análises sobre o mercado de trabalho na Região Metropolitana de Porto Alegre, destacando-se o desemprego, o nível de ocupação e de rendimentos.

eMpReGO e DeSeMpReGO6

PorTo ALeGre - Pôr-do-sol no Guaíba

Foram analisados os períodos de dez./2011 a nov./2012 e dez./2012 a nov./2013, sendo que as informações permitem avaliar que a taxa média de desemprego no primeiro período era de 7,05%, caindo para 6,40% nos últimos 12 meses. Ainda, constata-se que a mais alta taxa de desemprego foi em abr./2012, apresentando 7,8% e a mais baixa foi em out./2013, quando apresentou 6,1%.

Page 19: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

Meses NÚMERO DE DESEMPREGADOS

POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA

TAXA DE DESEMPREGO %

Dez./11 120.000 1.879.000 6,4

Jan./12 123.000 1.892.000 6,5

Fev./12 132.000 1.888.000 7,0

Mar./12 145.000 1.903.000 7,6

Abr./12 149.000 1.904.000 7,8

Maio/12 139.000 1.904.000 7,3

Jun./12 137.000 1.908.000 7,2

Jul./12 134.000 1.921.000 7,0

Ago./12 132.000 1.915.000 6,9

Set./12 131.000 1.901.000 6,9

Out./12 132.000 1.882.000 7,0

Nov./12 133.000 1.896.000 7,0

TAXA MÉDIA DE DESEMPREGO (Dez./11 a Nov./12) 7,05

Dez./12 124.000 1.901.000 6,5

Jan./13 121.000 1.913.000 6,3

Fev./13 119.000 1.913.000 6,2

Mar./13 124.000 1.909.000 6,5

Abr./13 124.000 1.901.000 6,5

Maio/13 124.000 1.906.000 6,5

Jun./13 125.000 1.901.000 6,6

Jul./13 128.000 1.903.000 6,7

Ago./13 122.000 1.880.000 6,5

Set./13 117.000 1.888.000 6,2

Out./13 115.000 1.885.000 6,1

Nov./13 117.000 1.893.000 6,2

TAXA MÉDIA DE DESEMPREGO (Dez./12 a Nov./13) 6,40

quadRO Nº 8 − EvOluçãO dO EmpREGO E dEsEmpREGO Na REGIãO mEtROpOlItaNa dE pORtO alEGRE – dEz./11 a NOv./13

Fonte: PED/FEEElaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

quadRO Nº 9 − RElaçãO ENtRE pEa (pOpulaçãO ECONOmICamENtE atIva) E a EstImatIva dE pOpulaçãO da Rmpa

(REGIãO mEtROpOlItaNa dE pORtO alEGRE) – dEz./11 a NOv./13

Fonte: PED/FEEElaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI*Estimativa da População FEE - nov./13

Meses População Economicamente Ativa PEA/RMPA

Dez./11 1.879.000 49,80%

Jan./12 1.892.000 50,15%

Fev./12 1.888.000 50,04%

Mar./12 1.903.000 50,44%

Abr./12 1.904.000 50,46%

Maio/12 1.904.000 50,46%

Jun./12 1.908.000 50,57%

Jul./12 1.921.000 50,91%

Ago./12 1.915.000 50,76%

Set./12 1.901.000 50,38%

Out./12 1.882.000 49,88%

Nov./12 1.896.000 50,25%

Dez./12 1.901.000 50,12%

Jan./13 1.913.000 50,44%

Fev./13 1.913.000 50,44%

Mar./13 1.909.000 50,33%

Abr./13 1.901.000 50,12%

Maio/13 1.906.000 50,25%

Jun./13 1.901.000 50,12%

Jul./13 1.903.000 50,17%

Ago./13 1.880.000 49,56%

Set./13 1.888.000 49,78%

Out./13 1.885.000 49,70%

Nov./13 1.893.000 49,91%

População RMPA 2013* 3.793.000 -

19pAnORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013

Page 20: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

20

6.2. CAdAstRO geRAL de emPRegAdOs e desemPRegAdOs − CAged

O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) foi criado pelo Governo Federal, através da Lei nº 4.923/65, que instituiu o registro permanente de admissões e dispensas de empregados, sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho − CLT. Este Cadastro Geral serve como base para a elaboração de estudos, pesquisas, projetos e programas ligados ao mercado de trabalho, ao mesmo tempo em que subsidia a tomada de decisões para ações governamentais.

dados gerais:

No Brasil, em out./2013, foram gerados 94.893 empregos formais celetistas, correspondente ao crescimento de 0,23% em relação ao estoque do mês anterior. O resultado deste saldo teve um expressivo aumento quando comparado com o mesmo mês do ano anterior, onde o saldo foi de 66.988 positivo. O aumento do emprego em out./2013 foi oriundo da declaração de 1.841.106 admissões e de 1.746.213 desligamentos, ambos os maiores do período.

No Rio Grande do Sul, em out./2013, houve uma elevação de 9.544 postos de trabalho, ocasionando uma expansão de 0,36% comparando com o estoque do mês anterior. Essa elevação foi ocasionada pela declaração de 132.139 admissões e 122.595 desligamentos. No acumulado do ano de 2013 (janeiro a outubro), ocorreu expansão de 4,10% no nível de emprego considerando o estoque em dez./2012, equivalente a um crescimento de 106.497 postos de trabalho. Para os últimos 12 meses (nov./2012 a out./2013), o crescimento

Ainda, conforme os dados do CAGED verificou-se que, no acumulado do ano de 2013 (janeiro a outubro), houve um acréscimo na ordem de 1.464.457 postos de trabalho, determinando uma expansão de 3,70% no nível de emprego quando comparamos com o estoque em dez./2012. Já nos últimos 12 meses (nov./2012 a out./2013), o aumento foi de 1.036.889 postos de trabalho, representando uma elevação de 2,59%, considerando o estoque em out./2012. No entanto, este crescimento dos últimos 12 meses foi inferior ao acumulado apenas neste ano (jan./2013 a out./2013), fato ocorrido, principalmente, em razão do saldo do mês de dez./2012 ter sido negativo em 496.944 postos de trabalho. Ainda, cabe salientar, que tradicionalmente os meses de dezembro apresentam uma sazonalidade negativa, ocasionados por alguns fatores como: entressafra agrícola, término do ciclo escolar, esgotamento da bolha de consumo no final do ano, entre outros.

GRÁFICO Nº 6 − EvOluçãO dO NívEl dE EmpREGO − BRasIl – Out./12 a Out./13

Fonte: CAGED Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

GRÁFICO Nº 5 − aNÁlIsE da RElaçãO ENtRE pEa (pOpulaçãO ECONOmICamENtE atIva) E a pOpulaçãO EstImada (NOv./13)

paRa a REGIãO mEtROpOlItaNa dE pORtO alEGRE − dEz./11 a NOv./13

Fonte: PED/FEE Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

Page 21: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

21PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013

foi de 96.333 postos de trabalho, determinando a elevação de 3,69% quando comparamos com o estoque em out./2012.

Enquanto isso, na Região Metropolitana de Porto Alegre, no mês de out./2013, ocorreu uma elevação de 2.966 postos de trabalho, registrando uma elevação de apenas de 0,24% com relação ao estoque do mês anterior. Essa elevação foi ocasionada pela declaração de 60.661 admissões e 57.695 desligamentos. No acumulado do ano de 2013 (janeiro a outubro), ocorreu crescimento de 3,35% no nível de emprego quando comparamos com o estoque de dez./2012, equivalente ao acréscimo de 39.464 postos de trabalho.

Atividades Imobiliárias e Condomínios

Para uma análise específica do segmento, foram desagregadas as informações e avaliados os setores relacionados às atividades imobiliárias e condomínios.

No Brasil, em out./2013, ocorreu uma expansão de 0,70% nas atividades imobiliárias, enquanto nos condomínios houve uma variação praticamente nula de -0,04% em relação ao estoque do mês anterior.

GRÁFICO Nº 7 − COmpaRatIvO da taxa dE vaRIaçãO dO NívEl dE EmpREGO aCumulada NOs últImOs 12 mEsEs −

NOv./12 a Out./13

Fonte: CAGEDElaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

Nos últimos 12 meses (nov./2012 a out./2013), no segmento de atividades imobiliárias, ocorreu um aumento de 6,24% nos postos de trabalho comparando com o estoque em out./2012. No período (jan./2013 a out./2013), as admissões se caracterizaram por: 58,87% das pessoas do sexo masculino, 29,70% tinham entre 18 e 24 anos (faixa etária com maior percentual), 48,33% possuíam ensino médio completo e, na média, os colaboradores foram admitidos com um salário de aproximadamente R$ 1.183,73.

Já nos condomínios, no mesmo período (nov./2012 a out./2013), houve um crescimento, porém em uma forma menos acentuada, atingindo o nível de 1,46% na taxa de emprego comparando com o estoque em out./2012. As admissões no período (jan./2013 a out./2013) tiveram a seguinte distribuição: 73,53% das pessoas do sexo masculino, 30,60% tinham entre 30 e 39 anos (faixa etária com maior percentual), 38,83% possuíam ensino médio completo e, na média, os colaboradores foram admitidos com um salário de aproximadamente R$ 970,05.

No Rio Grande do Sul, em out./2013, houve uma elevação de apenas 0,27% no nível de emprego para o segmento relacionado às atividades imobiliárias. Já em relação ao segmento condomínios, houve uma redução de -0,20% em relação ao estoque de funcionários do mês anterior.

GRÁFICO Nº 8 − COmpORtamENtO dO EmpREGO FORmal, NO BRasIl, NOs últImOs 12 mEsEs - NOv./12 a Out./13

Fonte: CAGEDElaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

Page 22: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

22

Em Porto Alegre, nos últimos 12 meses (nov./2012 a out./2013), no segmento de atividades imobiliárias, ocorreu um aumento de 4,51% nos postos de trabalho considerando o estoque de out./2012. No período (jan./2013 a out./2013), as admissões foram de: 60,42% das pessoas do sexo feminino, 30,75% tinham entre 18 e 24 anos (faixa etária com maior percentual), 55,88%

GRÁFICO Nº 9 − COmpORtamENtO dO EmpREGO FORmal, NO RIO GRaNdE dO sul, NOs últImOs 12 mEsEs −

NOv./12 a Out./13

Fonte: CAGEDElaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

possuíam ensino médio completo e, na média, os colaboradores foram admitidos com um salário de aproximadamente R$ 1.345,01.

No segmento de condomínios na capital, nos últimos 12 meses (nov./2012 a out./2013), houve um crescimento de 0,27% no nível de emprego quando comparamos com o estoque em out./2012. As admissões no período (jan./2013 a out./2013) foram provenientes de: 55,31% das pessoas do sexo masculino, 28,90% tinham entre 30 e 39 anos, seguido das pessoas entre 40 e 49 anos com 24,12%. Com relação ao grau de instrução, 38,90% possuíam ensino médio completo, enquanto 25,38% tinham apenas o ensino fundamental completo e, na média, os colaboradores foram admitidos com um salário de aproximadamente R$ 763,71.

GRÁFICO Nº 10 − COmpORtamENtO dO EmpREGO FORmal, Em pORtO alEGRE, NOs últImOs 12 mEsEs - NOv./12 a Out./13

Fonte: CAGEDElaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

Nos últimos 12 meses (nov./2012 a out./2013), no segmento de atividades imobiliárias, ocorreu um aumento de 4,94% nos postos de trabalho considerando o estoque em out./2012. No período (jan./2013 a out./2013), as admissões foram de: 58,30% das pessoas do sexo feminino, 33,51% tinham entre 18 e 24 anos (faixa etária com maior percentual), 52,29% possuíam ensino médio completo e, na média, os colaboradores foram admitidos com um salário de aproximadamente R$ 1.101,79.

Em relação aos condomínios no Rio Grande do Sul, no mesmo período (nov./2012 a out./2013), houve uma elevação, porém, em um menor ritmo, atingindo 1,17% de crescimento no nível de emprego quando comparamos com o estoque em out./2012. As admissões no período (jan./2013 a out./2013) foram provenientes de: 53,97% das pessoas do sexo masculino, 27,79% tinham entre 30 e 39 anos, seguido das pessoas entre 40 e 49 anos com 24,06%. Em torno de 38,59% possuíam ensino médio completo e, na média, os colaboradores foram admitidos com um salário em torno de R$ 779,61.

Page 23: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

23PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013 23pAnORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013

MArceLino rAMos - Ponte Ferroviária

Page 24: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

24

7.1. PesquIsA nACIOnAL POR AmOstRA de dOmICíLIOs - PnAd (2012)

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios − PNAD investiga de forma permanente as características gerais da população. É uma fonte de dados importante para análise da situação socioeconômica do país e de identificação das características regionais. No mercado imobiliário, é de grande valia, pois permite conhecer e monitorar aspectos relevantes da situação das moradias brasileiras, bem como sua condição de ocupação e quantidade de moradores, possibilitando, assim, uma análise de seu comportamento no decorrer dos anos. Para o segmento habitação, ela mostrou-se bastante reveladora.

Os domicílios por condição de ocupação subdividem-se em: próprios, alugados, cedidos e outra condição, a última quando o domicílio é ocupado em condição diferente das demais, como, por exemplo, no caso de invasão. Publicam-se, neste Panorama, as distribuições domiciliares e habitacionais, por condição de ocupação, nos níveis geográficos Brasil, Rio Grande do Sul e Região Metropolitana de Porto Alegre. Essas distribuições serão analisadas pela relevância que têm para o setor habitacional, embora o tema possa ser objeto de maiores considerações técnicas e analíticas.

7.1.1. domicílios

a) Brasil

De acordo com a PNAD/2012, os domicílios existentes no Brasil são 62,85 milhões, sendo 47,00 milhões de “próprios” (74,8%), 11,11 milhões de “alugados” (17,7%), 4,48 milhões de “cedidos” (7,1%) e 237 mil domicílios sob “outra condição” (0,4%). O crescimento domiciliar, considerando todas as condições, foi de 12,72% em relação à PNAD/2007.

SItUAçãO HABItACIOnAL 7Ainda em comparação com as informações da PNAD/2007, em termos absolutos, a quantidade de domicílios “próprios” no Brasil em 2012 é 13,96% maior. Na mesma base de comparação, os “alugados” foram os que mais tiveram incremento, acrescendo em 19,87% e os “cedidos” tiveram decréscimo de -17,71%.

Na comparação 10 anos, feita com os dados da PNAD/2002, o crescimento domiciliar como um todo, considerando todas as condições, cresceu 30,98%. Os imóveis “próprios” cresceram 32,96%; os “alugados”, 54,12%; os “cedidos” caíram -13,19% e os sob “outra condição” -3,27%.

b) Rio grande do sul

Segundo a Pesquisa, os domicílios existentes no Rio Grande do Sul somaram 3,78 milhões, sendo 3,09 milhões de domicílios “próprios” (81,7%), 458 mil “alugados” (12,1%), 209 mil “cedidos” (5,5%) e 26 mil em “outra condição” (0,7%).

GRÁFICO N° 11 − dIstRIBuIçãO dE dOmICílIOs, pOR CONdIçãO dO dOmICílIO, NO BRasIl

NOs aNOs dE 2002, 2007 E 2012 (Em %)

Fonte: PNAD 2002/2007/2012Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

Page 25: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

25PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013 25pAnORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013

TerrA De AreiA - Terra do Abacaxi

Page 26: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

26

Comparando com a PNAD/2007, em termos absolutos, a quantidade de domicílios no Rio Grande do Sul em 2012 é 7,47% maior. A variação foi elevada pelos imóveis “próprios” que cresceram 11,07%. Na mesma base de comparação, os “alugados” tiveram acréscimo de 3,15%, enquanto os “cedidos” caíram -19,62% e os sob “outra condição” -23,53%.

Na comparação 10 anos, feita com os dados da PNAD/2002, o crescimento domiciliar como um todo, onde se consideram todas as condições, cresceu 18,07%. Os imóveis “próprios” cresceram 22,51%; os “alugados”, 21,81%; os “cedidos” caíram -27,93% e os sob “outra condição” cresceram 62,50%.

c) Região metropolitana de Porto Alegre – RmPA

Na RMPA, os domicílios somaram 1,41 milhão, sendo 1,16 milhão de “próprios” (82,1%), 175 mil “alugados” (12,3%), 68 mil “cedidos” (4,8%) e 11 mil sob “outra condição” (0,8%).

Comparando com a PNAD/2007, em termos absolutos, a quantidade de domicílios na Região Metropolitana de Porto Alegre em 2012 é 7,34% maior. A variação foi elevada pelos imóveis “próprios” que no período cresceram 11,27%. Na mesma base de comparação, os “alugados” tiveram

GRÁFICO N° 12 − dIstRIBuIçãO dE dOmICílIOs, pOR CONdIçãO dO dOmICílIO, NO RIO GRaNdE dO sul

NOs aNOs dE 2002, 2007 E 2012 (Em %)

Fonte: PNAD 2002/2007/2012Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

decréscimo de -5,91%, os “cedidos” decréscimo de -11,69% e os sob “outra condição” decréscimo de -8,33%.

Na comparação 10 anos, feita com os dados da PNAD/2002, o crescimento domiciliar como um todo, onde se considera todas as condições, cresceu 19,34%. Os imóveis “próprios” cresceram 23,41%; os “alugados”, 14,38%; os “cedidos” caíram -18,07% e os sob “outra condição” cresceram 22,22%.

Em termos de comparação dos níveis geográficos estudados neste Panorama por dados relativos, a RMPA é a que possui maior percentual de domicílios “próprios”, seguida do Rio Grande do Sul. Este, com 81,7%, está 6,9 pontos percentuais acima da média nacional (74,8%). A RMPA, na mesma base de comparação, está 7,3 pontos percentuais acima da média brasileira.

Seguindo a tendência, o aumento no número de imóveis “próprios” diminuiu o percentual de “alugados”. O Rio Grande do Sul ficou 5,6 pontos percentuais abaixo da média nacional (17,7%) com 12,1%, enquanto que, a RMPA ficou 5,4 pontos percentuais abaixo da média nacional.

GRÁFICO N° 13 − dIstRIBuIçãO dE dOmICílIOs, pOR CONdIçãO dO dOmICílIO, Na REGIãO mEtROpOlItaNa

dE pORtO alEGRE NOs aNOs dE 2002, 2007 E 2012 (Em %)

Fonte: PNAD 2002/2007/2012Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

Page 27: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

27PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013

As principais investidoras no mercado imobiliário são as famílias. E são, sem dúvida, as maiores clientes, já que algumas almejam sua primeira moradia, enquanto outras projetam a troca de seu bem em função do aumento de sua renda. O comportamento nos diferentes níveis geográficos ao longo dos anos em análise sofre pequenas oscilações.

Comparando a PNAD/2012 com a PNAD/2007, o melhor desempenho foi da RMPA, que subiu de 79,2% em 2007 para 82,1% em 2012 (2,9 pontos percentuais).

7.1.2. Proporção de domicílios

Quanto ao percentual de participação dos domicílios por condição de ocupação em cada nível geográfico, na PNAD/2002 verifica-se que a maior parte se refere a domicílios “próprios”, seguidos em ordem de proporção pelos “alugados”, pelos “cedidos” e, por último, pelos domicílios em “outra condição”. O Rio Grande do Sul e a RMPA já se destacam pela maior proporção de domicílios “próprios” e menor proporção de imóveis “alugados” ao comparar com a proporção nacional. Há uma menor proporção de domicílios “cedidos” e uma maior proporção de domicílios em “outra condição” na RMPA ao compará-la com o País e com o Rio Grande do Sul, o que ressalta as peculiaridades do mercado imobiliário da região.

O cenário em 2007 permaneceu em distribuição similar a 2002. Domicílios “próprios”, seguidos de “alugados”, depois “cedidos” e por último os sob “outra condição”. Começa-se a perceber o distanciamento do percentual de “alugados”. O apresentado pelo Rio Grande do Sul (12,6%) é 4,02 pontos percentuais inferior ao índice brasileiro (16,6%). Em 2002, essa diferença era de 3,30 pontos percentuais.

GRÁFICO N° 14 − EvOluçãO dOs dOmICílIOs pRópRIOs pOR NívEl GEOGRÁFICO (Em %)

Fonte: PNAD 2002/2007/2012Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

GRÁFICO N° 15 − dIstRIBuIçãO dE dOmICílIOs pOR CONdIçãO dE OCupaçãO E NívEl GEOGRÁFICO NO aNO dE 2002 (Em %)

Fonte: PNAD/2002Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

GRÁFICO N° 16 − dIstRIBuIçãO dE dOmICílIOs pOR CONdIçãO dE OCupaçãO E NívEl GEOGRÁFICO NO aNO dE 2007 (Em %)

Fonte: PNAD/2007Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

Page 28: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

28

Nos dados da PNAD/2012 referentes à participação percentual de domicílios por condição de ocupação, confirma-se o aumento da proporção de domicílios “próprios” em todos os níveis geográficos. Em comparação à PNAD/2007, acredita-se que alguns fatores possam ter facilitado esse aumento, como os incentivos governamentais quanto ao crédito imobiliário (Minha Casa Minha Vida), a estabilidade da moeda e o maior poder de barganha da população (aumento da renda). Observa-se que as diferenças percentuais não se referem ao aumento absoluto no número de domicílios (que era esperado, devido ao aumento da população), mas sim às diferenças percentuais da participação de cada tipo de imóvel na participação total, que serão analisadas no gráfico a seguir:

O comportamento dos domicílios “alugados” no Rio Grande do Sul e na RMPA seguiu uma tendência contrária à observada no Brasil. Observou-se uma diminuição na proporção de domicílios “alugados” nesses níveis geográficos e um aumento na proporção de domicílios “alugados” em nível nacional. No Rio Grande do Sul e na RMPA, o crescimento na proporção de domicílios “próprios” é mais acentuado do que no Brasil, corroborando com o comportamento dos moradores em relação à condição de ocupação, o que caracteriza o mercado imobiliário da região.

GRÁFICO Nº 17 − dIstRIBuIçãO dE dOmICílIOs pOR CONdIçãO dE OCupaçãO E NívEl GEOGRÁFICO NO aNO dE 2012 (Em %)

Fonte: PNAD/2012Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

GRÁFICO Nº 18 − dIFERENça, Em pONtOs pERCENtuaIs, da pROpORçãO dE dOmICílIOs pOR CONdIçãO dE OCupaçãO

E NívEl GEOGRÁFICO ENtRE Os aNOs dE 2012 x 2007

Fonte: PNAD 2007/2012Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

noVA PeTrÓPoLis - Labirinto Verde

Page 29: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

29PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013

7.1.3. quantidade de moradores

a) Brasil

A PNAD/2012 somou 196,00 milhões de moradores no Brasil, sendo 149,11 milhões em domicílios “próprios” (76,1%), 32,17 milhões em domicílios “alugados” (16,4%), 13,91 milhões em domicílios “cedidos” (7,1%) e 810 mil sob “outra condição” (0,4%).

Comparando com a PNAD/2007, em termos absolutos, a quantidade de moradores no Brasil em 2012 é 4,78% maior que em 2007. Na condição imóveis “próprios”, o percentual chega a 5,34% e quando se fala em quantidade de moradores em imóveis “alugados” esse acréscimo chega a 13,82%. A quantidade de moradores em domicílios “cedidos” e sob “outra condição” caiu -14,14% e -21,59%, respectivamente.

Já em relação à PNAD/2002, o número de moradores em domicílios em 2012 é 13,71% maior. Os moradores em domicílios “próprios” cresceram 14,54%, mas a quantidade de moradores na condição de locatários foi a que teve maior variação positiva, 38,24% em relação à PNAD/2002. Já a quantidade de moradores na condição “cedidos” teve decréscimo de -22,66% e a quantidade de moradores sob “outra condição”, caiu -13,18%.

b) Rio grande do sul

No estado do Rio Grande do Sul são 10,79 milhões de moradores, sendo 8,91 milhões em domicílios “próprios” (82,6%), 1,20 milhão em domicílios “alugados” (11,1%), 596 mil em domicílios “cedidos” (5,5%) e 81 mil moradores sob “outra condição” (0,8%).

Comparando com a PNAD/2007, em termos absolutos, a quantidade de moradores no Rio Grande do Sul em 2012 é 1,96% maior que em 2007. Em imóveis “próprios” esse percentual chega a 5,30%. Divergindo do Brasil, o Rio Grande do Sul apresentou queda na quantidade de moradores em domicílios “alugados” (-2,28%) e os moradores em domicílios “cedidos” e sob “outra condição” caíram -22,70% e -31,93%, respectivamente.

Já considerando a PNAD/2002, o aumento dos moradores em 2012, considerando todas as condições, foi de 4,89%. Os moradores em domicílios “próprios” cresceram 8,03% e os “alugados”, 8,99%. Já a quantidade de moradores em propriedades cedidas teve decréscimo de -32,58%.

Fonte: PNAD 2002/2007/2012Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

quadRO Nº 10 − EvOluçãO Na dIstRIBuIçãO dOs mORadOREs pOR CONdIçãO dE OCupaçãO NO BRasIl (Em %)

Anos Condição de Ocupação do Domicílio

Próprio Alugado Cedido Outra condição Total

2002 75,5% 13,5% 10,4% 0,5% 100,0%

2007 75,7% 15,1% 8,7% 0,6% 100,0%

2012 76,1% 16,4% 7,1% 0,4% 100,0%

GRÁFICO N° 19 − dIstRIBuIçãO dE mORadOREs, pOR CONdIçãO dO dOmICílIO, NO BRasIl

NOs aNOs dE 2002, 2007 E 2012 (Em %)

Fonte: PNAD 2002/2007/2012Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

Page 30: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

30

Na mesma base comparativa, contrariando a quantidade de moradores na condição “cedidos”, que teve forte queda, a de moradores sob “outra condição” cresceu 55,77%.

c) Região metropolitana de Porto Alegre

A RMPA possui 4,03 milhões de moradores, sendo 3,36 milhões em domicílios “próprios” (83,5%), 447 mil moradores em domicílios “alugados” (11,1%), 185 mil em domicílios “cedidos” (4,6%) e 33 mil moradores sob “outra condição” (0,8%).

Fonte: PNAD 2002/2007/2012Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

quadRO Nº 11 − EvOluçãO Na dIstRIBuIçãO dOs mORadOREs pOR CONdIçãO dE OCupaçãO NO RIO GRaNdE dO sul (Em %)

Anos Condição de Ocupação do Domicílio

Próprio Alugado Cedido Outra condição Total

2002 80,2% 10,7% 8,6% 0,5% 100,0%

2007 80,0% 11,6% 7,3% 1,1% 100,0%

2012 82,6% 11,1% 5,5% 0,8% 100,0%

GRÁFICO N° 20 − dIstRIBuIçãO dE mORadOREs, pOR CONdIçãO dO dOmICílIO, NO RIO GRaNdE dO sul

NOs aNOs dE 2002, 2007 E 2012 (Em %)

Fonte: PNAD 2002/2007/2012Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

Comparando com a PNAD/2007, em termos absolutos, a quantidade de moradores na RMPA em 2012 é 3,28% maior que em 2007. Com imóveis “próprios” esse percentual chega a 6,82%. Acompanhando o Rio Grande do Sul e divergindo do Brasil, a RMPA apresentou queda na quantidade de moradores em domicílios “alugados” (-9,51%) e os moradores em domicílios “cedidos” e sob “outra condição” caíram -15,53% e -15,38%, respectivamente.

Já considerando a PNAD/2002, o aumento dos moradores em 2012, considerando todas as condições, foi de 6,98%. Os moradores em domicílios “próprios” cresceram 9,39% e os “alugados”, 4,68%. A quantidade de moradores na condição “cedidos” teve decréscimo de -20,94%.

Na mesma base comparativa, contrariando a quantidade de moradores na condição “cedidos”, que teve expressiva queda, a de moradores sob “outra condição” cresceu 10,00%.

Anos Condição de Ocupação do Domicílio

Próprio Alugado Cedido Outra condição Total

2002 81,7% 11,3% 6,2% 0,8% 100,0%

2007 80,7% 12,7% 5,6% 1,0% 100,0%

2012 83,5% 11,1% 4,6% 0,8% 100,0%

Fonte: PNAD 2002/2007/2012Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

quadRO Nº 12 − EvOluçãO Na dIstRIBuIçãO dOs mORadOREs pOR CONdIçãO dE OCupaçãO Na REGIãO

mEtROpOlItaNa dE pORtO alEGRE (Em %)

Page 31: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

31PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013 31pAnORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013

GRÁFICO N° 21 − dIstRIBuIçãO dE mORadOREs, pOR CONdIçãO dO dOmICílIO, Na REGIãO mEtROpOlItaNa

dE pORtO alEGRE NOs aNOs dE 2002, 2007 E 2012 (Em %)

Fonte: PNAD 2002/2007/2012Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

GRÁFICO Nº 22 − EvOluçãO dOs mORadOREs Em dOmICílIOs pRópRIOs pOR NívEl GEOGRÁFICO (Em %)

Fonte: PNAD 2002/2007/2012Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

cArLos BArBosA - Festiqueijo

Page 32: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

32

Em dez anos, nota-se que os percentuais de moradores em domicílios “próprios” no Rio Grande do Sul e na RMPA estão em um patamar acima da média nacional, e também, no período, tiveram maior aumento em pontos percentuais que os apresentados no Brasil.

7.1.4. Proporção de moradores

Analisando os dados da PNAD/2002 referentes ao percentual de moradores por condição de domicílio, percebe-se a predominância de moradores em domicílios “próprios” em todos os níveis geográficos, seguidos pela parcela de indivíduos morando em domicílios “alugados”, e pela parcela de indivíduos morando em domicílios “cedidos” e, por último, os moradores de domicílios em “outra condição”. Porém, o Rio Grande do Sul destaca-se por ter um maior percentual de moradores em domicílios “próprios” do que o percentual nacional, sendo essa diferença ainda mais acentuada ao comparar o Brasil com a Região Metropolitana de Porto Alegre (6,2 pontos percentuais).

Com relação aos moradores em domicílios “cedidos”, ocorre um comportamento inverso: possuem uma menor participação percentual no total de moradores da RMPA e no Rio Grande do Sul do que o percentual nacional. Quanto aos moradores de domicílios “alugados”, o seu percentual de participação na RMPA é maior do que no estado todo (0,6 ponto percentual), mas ambos mantêm-se abaixo do percentual nacional de moradores em domicílios “alugados” (13,5%).

GRÁFICO Nº 23 − dIstRIBuIçãO dE mORadOREs pOR CONdIçãO dE OCupaçãO E NívEl GEOGRÁFICO NO aNO dE 2002 (Em %)

Fonte: PNAD/2002Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

Na PNAD/2007, verificou-se um aumento percentual nos moradores em domicílios “próprios” no Brasil quando comparado com a PNAD/2002 e uma diminuição no Rio Grande do Sul e na RMPA. Na mesma base comparativa, os moradores em domicílios “alugados”, aumentaram percentualmente em todos os níveis geográficos, tendo destaque no Brasil onde cresceram 1,61 ponto percentual passando de 13,5% em 2002 para 15,1% em 2007. Em contrapartida, os moradores na condição “cedidos” tiveram decréscimo em todos os níveis geográficos na comparação da PNAD/2007 com a PNAD/2002.

GRÁFICO Nº 24 − dIstRIBuIçãO dE mORadOREs pOR CONdIçãO dE OCupaçãO E NívEl GEOGRÁFICO NO aNO dE 2007 (Em %)

Fonte: PNAD/2007Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

GRÁFICO Nº 25 − dIstRIBuIçãO dE mORadOREs pOR CONdIçãO dE OCupaçãO E NívEl GEOGRÁFICO NO aNO dE 2012 (Em %)

Fonte: PNAD/2012Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

Page 33: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

33PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013

Nos dados da PNAD/2012, que se referem ao percentual de moradores por condição de domicílio, permanece a predominância de moradores em domicílios “próprios” em todas as regiões, seguidos em ordem pela proporção de moradores em domicílios “alugados”, “cedidos” e em “outra condição”. Porém, a diferença, em pontos percentuais, da participação de moradores nos diferentes tipos de domicílio, ao comparar com os dados da PNAD/2007, varia nos diferentes níveis geográficos, conforme evidenciado no gráfico a seguir. Ressalta-se que essa comparação não leva em conta o crescimento em números absolutos de moradores, mas sim o tamanho da proporção de moradores. Assim, não será reflexionado aqui o crescimento da população no período de cinco anos, mas sim a diferença real da participação do número de moradores em cada tipo de imóvel.

Analisando o gráfico, verifica-se que o crescimento da proporção de moradores em domicílios “próprios”, apesar de ser verificada em todos os níveis geográficos, foi mais acentuado no Rio Grande do Sul e na RMPA do que no Brasil. Além disso, o Rio Grande do Sul e a RMPA não seguiram a tendência nacional, que indicava um aumento da proporção de moradores em domicílios “alugados”, tendo decréscimo nessa condição de ocupação. Ou seja, apesar de a quantidade de moradores ter aumentado tanto nos imóveis “próprios” quanto nos “alugados” no Brasil, no Rio Grande do Sul

GRÁFICO Nº 26 − dIFERENça, Em pONtOs pERCENtuaIs, da pROpORçãO dE mORadOREs pOR CONdIçãO dE OCupaçãO

E NívEl GEOGRÁFICO ENtRE Os aNOs dE 2012 x 2007

Fonte: PNAD 2007/2012Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

e na RMPA, tanto a quantidade quanto a proporção de moradores em domicílios “alugados” diminuiu, ao passo que a proporção de moradores em domicílios “próprios” aumentou acima do nível nacional.

Fazendo a leitura dos dados, verifica-se que, tanto no Rio Grande do Sul quanto na RMPA, o comportamento dos indivíduos quanto à moradia é diferenciado em relação aos demais estados da federação, ou seja, identifica-se aqui, uma maior disposição dos habitantes em adquirir habitação própria e uma menor incidência em domicílios “alugados”.

7.1.5. média dos moradores

Analisando a PNAD/2012, nota-se que a densidade domiciliar brasileira apresentou queda nos últimos dez anos, passando da média de 3,59 moradores por domicílio em 2002 para 3,12 em 2012. Na mesma base de comparação, a densidade domiciliar do Rio Grande do Sul passou de 3,21 para 2,85. No período analisado, a média de moradores por domicílio na RMPA passou de 3,17 para 2,84. Em 2007 a densidade domiciliar do Brasil atingiu a média de 3,35, enquanto a do Rio Grande do Sul foi de 3,01 e a da Região Metropolitana de Porto Alegre, 2,95 moradores por domicílio.

A proporção de domicílios com até três moradores no Brasil passou de 51,1% (PNAD/2002) para 63,5% na PNAD/2012, representando um acréscimo de mais de 15,61 milhões de domicílios. A variação do número de residências, segundo a quantidade de moradores, deu-se de forma mais expressiva nos domicílios brasileiros com um morador, que no período de 10 anos atingiu 84,25%. Fato interessante é que, a ordem crescente do número de moradores nas residências é a ordem inversa de crescimento ao longo do período.

A variação para os domicílios com 2 moradores foi 75,60% (de 8,742 milhões para 15,351 milhões), para os domicílios com 3 moradores, 46,79% (de 10,954 milhões para 16,080 milhões); e para os domicílios com 4 moradores, 14,11% (de 11,304 milhões para 12,900 milhões). Nos domicílios a partir de 5 moradores, observam-se decréscimos.

Page 34: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

34

Fonte: PNAD 2002/2012Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

quadRO N° 13 − dOmICílIOs paRtICulaREs pERmaNENtEs, pElO NúmERO dE mORadOREs, NúmEROs aBsOlutOs (Em mIl)

E paRtICIpaçãO NO tOtal, 2002-2012

Número de moradores

2012 2002

Números absolutos (em mil)

Percentual (%)

Números absolutos (em mil)

Percentual (%)

1 morador 8.489 13,51 4.607 9,69

2 moradores 15.351 24,43 8.742 18,38

3 moradores 16.080 25,59 10.954 23,03

4 moradores 12.900 20,53 11.304 23,77

5 moradores 5.900 9,39 6.237 13,11

6 moradores 2.381 3,79 2.941 6,18

7 moradores 973 1,55 1.348 2,83

8 moradores ou mais 775 1,23 1.425 3,00

Total 62.849 100,0 47.559 100,0

O número de moradores no Brasil cresceu 13,71% em dez anos (comparação da PNAD/2012 com a PNAD/2002), enquanto a quantidade de domicílios mais que duplicou, chegando a 30,98%. No Rio Grande do Sul, o número de moradores cresceu 4,89% e os domicílios 18,07% no período, apresentando uma diferença entre o crescimento de domicílios e o crescimento de moradores ainda maior do que a observada no Brasil. Na mesma base comparativa, na RMPA, o número de moradores aumentou em 6,98%, enquanto a quantidade de domicílios cresceu 19,34%.

Os dados expostos evidenciam as alterações que a população e seu habitat experimentaram nos recentes anos, destacando-se o aumento na quantidade de habitações superando o aumento proporcional de habitantes, um possível indicativo de que o déficit habitacional está sendo enfrentado vitoriosamente. As famílias estão optando por ter menos filhos, também contribuindo para a diminuição observada na quantidade de habitantes por domicílio.

No Rio Grande do Sul há uma maior proporção de moradores em domicílios “próprios” em comparação com a média nacional, evidência de que o povo gaúcho está mais arraigado à ideia de casa própria. Nacionalmente observa-se um aumento da ocupação no sistema de locação, fenômeno que pode ser explicado pela inclinação das pessoas a não se prenderem em suas cidades, permitindo-se trocar de domicilio à medida que surgem novas oportunidades de trabalho.

7.2. sItuAçãO dA mORAdIA em PORtO ALegRe

Conforme a estimativa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, de primeiro de julho de 2013, a população residente em Porto Alegre é de 1.467.816 pessoas, ocupando a décima posição dentre os municípios brasileiros.

A situação da moradia em Porto Alegre, atualizando para o ano de 2013, registrou a existência de 533.751 domicílios particulares permanentes, dos quais 89.617 (16,79%) são de domicílios alugados. Estima-se que residam em domicílios alugados aproximadamente 212.392 moradores (14,47%), com média de 2,37 moradores por domicílio, conforme o Censo 2010.

Considerando-se que 13,79% da população de 1.467.816 pessoas

de Porto Alegre residem em aglomerados subnormais, constata-se que esse número seria aproximadamente 202.458 moradores. Estes estariam distribuídos em 58.770 domicílios. Por este critério, em 2013, a média dos moradores residentes em aglomerados subnormais seria de 3,44 por domicílio, sendo superior à média de 2,75 moradores por domicílio, verificada na cidade formal.

Utilizando-se como parâmetro os dados do Censo 2010, estima-se que a população residente em 2013 na RMPA seja de 4.143.367 moradores. Os dados foram projetados utilizando-se a taxa de crescimento entre os Censos 2000/2010.

O quadro a seguir, expõe a situação atualizada do setor habitacional em

Porto Alegre e Região Metropolitana, em 2013.

Page 35: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

35PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013

Percebe-se que, apesar do investimento do governo em programas como o Minha Casa Minha Vida, ainda cerca de 13,79% da população porto alegrense vive em aglomerados subnormais, muitos sem acesso à habitação adequada, vivendo em moradias consideradas precárias. Esse indicador aponta quão grande é o desafio a ser enfrentado quando se considera a meta colocada pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) do Governo Federal de zerar o déficit habitacional brasileiro e urbanizar o universo de assentamentos precários até 2022.

BoM reTiro Do sUL - Barragem eclusa

Fonte: Censo 2000/2010; PNAD/2012Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI* Projeções com base na estimativa da população em 2013 – IBGEObs.: Definição de Aglomerado Subnormal: cada conjunto constituído de, no mínimo, 51 unidades habitacionais carentes, em sua maioria, de serviços públicos essenciais, ocupando ou tendo ocupado, até período recente, terreno de propriedade alheia (pública ou particular) e estando dispostas, em geral, de forma desordenada e densa.

quadRO Nº 14 − vaRIÁvEIs dO sEtOR haBItaCIONal Em pORtO alEGRE E Rmpa − 2013

Discriminação 2013

População residente − POA 1.467.816

Taxa de crescimento anual da população de POA 2000/2010 0,35%

Número de domicílios particulares permanentes – POA * 533.751

Nº de domicílios alugados − POA * 89.617

Nº de moradores em domicílios alugados – POA * 212.392

Nº de moradores por domicílios − POA 2,75

Nº de moradores por domicílios alugados − POA 2,37

Nº de aglomerados subnormais − POA 108

Moradores em aglomerados subnormais – POA * 202.458

Número de domicílios em aglomerados subnormais – POA * 58.770

População residente RMPA 4.143.367

Taxa de crescimento da RMPA 2000/2010 0,79%

Défice Habitacional Aparente (projetado) – POA * 58.770

Page 36: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

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MeRCADO IMOBILIÁRIO8noVo HAMBUrGo - Prédios históricos em Hamburgo Velho

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Page 37: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

Fonte: DEE SECOVI/RS – AGADEMIObs.: Residenciais: Apartamentos, casas, coberturas, mobiliados e semimobiliados;Comerciais: Salas/Conjuntos, casa para comércio, lojas, prédios, pavilhões/depósitos;Outros tipos: Garagens/boxes, terrenos, peças, chácara/sítios, outros.

quadRO Nº 15 − EvOluçãO dO NúmERO dE ImóvEIs OFERtadOs paRa lOCaçãO, pOR tIpO, Em pORtO alEGRE –

jaN./13 a dEz./13

TIPOS RESIDENCIAL COMERCIAL OUTROS TIPOS TOTAL

Meses nº Var.% nº Var.% nº Var.% nº Var.%

Jan./13 3.330 4,45 2.918 -1,62 232 15,42 6.480 1,97

Fev./13 3.228 -3,06 2.977 2,02 234 0,86 6.439 -0,63

Mar./13 3.339 3,44 3.041 2,15 255 8,97 6.635 3,04

Abr./13 3.370 0,93 2.988 -1,74 259 1,57 6.617 -0,27

Maio/13 3.463 2,76 2.963 -0,84 280 8,11 6.706 1,35

Jun./13 3.592 3,73 3.068 3,54 273 -2,50 6.933 3,39

Jul./13 3.638 1,28 3.047 -0,68 289 5,86 6.974 0,59

Ago./13 3.514 -3,41 2.931 -3,81 272 -5,88 6.717 -3,69

Set./13 3.603 2,53 3.079 5,05 303 11,40 6.985 3,99

Out./13 3.607 0,11 3.111 1,04 300 -0,99 7.018 0,47

Nov./13 3.596 -0,30 3.095 -0,51 307 2,33 6.998 -0,28

Dez./13 3.689 2,59 3.172 2,49 337 9,77 7.198 2,86

GRÁFICO Nº 27 − EvOluçãO dO NúmERO dE ImóvEIs OFERtadOs paRa lOCaçãO, pOR tIpO, Em pORtO alEGRE - jaN./13 a dEz./13

Fonte: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

8.1. LOCAçãO de ImóVeIs em PORtO ALegRe

8.1.1. Ofertas Nossas pesquisas são feitas por amostragem, as quais, nos últimos 12 meses

(jan./2013 a dez./2013), registraram estoque médio de 6.808 unidades ofertadas para locação, incluindo todos os tipos de imóveis. No mês de dez./2013, as ofertas foram de 7.198 unidades. O comparativo, em relação ao ano anterior (jan./2012 a dez./2012), dos totais de todos os tipos de imóveis para aluguel registrou variação de 19,09%.

A análise mensal detalhada da soma de todos os tipos, nos últimos 12 meses (jan./2013 a dez./2013), destacam as variações de mar./2013 com 3,04%, jun./2013 com 3,39%, ago./2013 com -3,69%, set./2013 com 3,99% e dez./2013 com 2,86%.

Comparando a média mensal dos estoques dos imóveis para fins residenciais de jan./2013 a dez./2013 com a média dos estoques de imóveis de jan./2012 a dez./2012, verificou-se aumento de 21,99%. O comparativo em períodos iguais dos anos 2012 e 2011 apresentou aumento de 28,69%. No mês de dez./2013, segundo dados amostrais, estavam disponíveis para locação, em Porto Alegre, 3.689 imóveis residenciais.

As ofertas para fins comerciais registraram aumento de 15,56%, comparando-se os estoques médios de jan./2013 a dez./2013, com o ano anterior (jan./2012 a dez./2012). Observa-se que, em igual período de 2012 e 2011 (janeiro a dezembro), ocorreu acréscimo na média de 22,43%, constatando-se o mês de dezembro de 2012 com 2.966 unidades e o mês de dezembro de 2011 com 2.379 unidades. No mês de dez./2013, segundo dados amostrais, estavam disponíveis para locação em Porto Alegre, 3.172 imóveis comerciais.

Observou-se, no mercado de locações, em 2013, um estoque médio mensal total de 6.808 unidades (jan./2013 a dez./2013). No período, o mês que apresentou a maior variação mensal negativa foi ago./2013, com -3,69%. A maior oscilação positiva foi registrada em set./2013, quando apresentou variação de 3,99%.

37pAnORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013

Page 38: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

38

O geoprocessamento, conforme o mapa, mostra a distribuição espacial por bairro, das unidades ofertadas para aluguel, em Porto Alegre, no mês de dez./2013. A faixa de maior concentração de ofertas está nos seguintes bairros: Centro Histórico, Petrópolis, Menino Deus, Sarandi, Partenon, Rio Branco, Passo D’Areia, Floresta e Moinhos de Vento, representando 39,40% da distribuição em Porto Alegre.

mapa 1 - dIstRIBuIçãO GEOGRÁFICa dO tOtal dE OFERtas dE ImóvEIs paRa lOCaçãO Em pORtO alEGRE - dEz./13

Fonte: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

Page 39: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

Assim como no ano anterior, em 2013 constata-se novamente aumento expressivo nos estoques dos imóveis residenciais e comerciais em relação ao mesmo período do ano anterior (jan./2012 a dez./2012), variando positivamente em 21,99% e 15,56%, respectivamente.

A maior variação de estoque nos últimos doze meses (jan./2013 a dez./2013) ocorreu nos imóveis “outros tipos” com 23,24%. Enquanto que, nos anos de 2012, 2011 e 2010 houve expressiva queda dos estoques médios anuais deste tipo de imóvel ofertado para locação. No que tange os residenciais, o aumento de 21,99% encontrado em 2013, ficou abaixo do percentual apresentado em 2012 com relação a 2011 com 28,69%, porém, ficou próximo a 2009, quando houve um aumento dos estoques, ocasionado pelo arrefecimento do setor, resultante da crise econômica de 2008.

Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

quadRO Nº 16 − vaRIaçãO pERCENtual da médIa aNual (jaN.-dEz.) dO NúmERO dE ImóvEIs OFERtadOs paRa lOCaçãO, pOR tIpOs, Em pORtO alEGRE − 2009 a 2013

VARIAÇÃO % DA MÉDIA ANUAL

TIPOS 2009 2010 2011 2012 2013

Residencial 22,78 -8,63 -9,37 28,69 21,99

Comercial 9,12 3,84 1,98 22,43 15,56

Outros Tipos 2,84 -9,62 -20,38 -9,42 23,24

Total 15,46 -3,71 -5,18 23,73 19,09

Fonte: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

quadRO Nº 17 − EvOluçãO % da vElOCIdadE dE lOCaçõEs Em pORtO alEGRE – dEz./07 a NOv./13

Mês % Mês % Mês % Mês % Mês % Mês %

Dez./07 22,50 Dez./08 23,55 Dez./09 22,13 Dez./10 30,79 Dez./11 39,19 Dez./12 13,89

Jan./08 27,67 Jan./09 32,28 Jan./10 27,78 Jan./11 35,71 Jan./12 26,73 Jan./13 18,96

Fev./08 33,22 Fev./09 25,92 Fev./10 26,70 Fev./11 42,58 Fev./12 30,78 Fev./13 19,37

Mar./08 34,52 Mar./09 31,70 Mar./10 33,15 Mar./11 38,34 Mar./12 27,49 Mar./13 20,11

Abr./08 30,75 Abr./09 31,17 Abr./10 27,93 Abr./11 33,25 Abr./12 23,70 Abr./13 19,52

Maio/08 31,09 Maio/09 28,89 Maio/10 28,98 Maio/11 34,16 Maio/12 23,50 Maio/13 16,08

Jun./08 29,59 Jun./09 25,27 Jun./10 26,72 Jun./11 37,57 Jun./12 19,12 Jun./13 15,22

Jul./08 32,16 Jul./09 26,89 Jul./10 29,71 Jul./11 30,70 Jul./12 23,65 Jul./13 18,03

Ago./08 30,67 Ago./09 26,21 Ago./10 31,08 Ago./11 30,09 Ago./12 22,53 Ago./13 16,79

Set./08 29,08 Set./09 22,63 Set./10 29,14 Set./11 28,57 Set./12 17,19 Set./13 14,77

Out./08 30,80 Out./09 25,39 Out./10 27,27 Out./11 21,83 Out./12 16,70 Out./13 16,11

Nov./08 32,47 Nov./09 22,91 Nov./10 26,65 Nov./11 21,61 Nov./12 18,21 Nov./13 12,50

Média 30,38 Média 26,90 Média 28,10 Média 32,10 Média 24,07 Média 16,78

39pAnORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013

Page 40: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

40

A exemplo da apurada no ano anterior, a velocidade média anual de locações prossegue em baixa, ficando a de 2013 como a mais reduzida delas (16,78%). Aumento no estoque ofertado e/ou alguma acomodação na economia do país, podem justificar o fenômeno.

8.1.2. Preços médios

Em 2013, viu-se um mercado de locações desacelerado, pressionado pelo excesso de ofertas e pela queda na ocupação. Os preços médios dos aluguéis ofertados residenciais apresentaram variação de 7,81% nos últimos 12 meses (jan./2013 a dez./2013), sendo inferior ao mesmo período do ano anterior (jan./2012 a dez./2012), quando apresentou variação de 9,02%. No mesmo período (jan./2013 a dez./2013), os indicadores IGP-M (FGV) e IPC/IEPE (UFRGS) variaram 5,51% e 8,56%, respectivamente.

O acumulado do ano 2013 só é maior que 2009 quando fechou o período com suba de 6,74%. O ano de 2011 foi o que apresentou acumulado 12 meses mais elevado para os preços dos aluguéis residenciais, chegando a 19,91%, enquanto o IGP-M no mesmo período variou 6,63%.

O quadro a seguir, mostra a evolução percentual acumulada dos preços médios de alguns tipos de imóveis e a variação média mensal acumulada dos residenciais e comerciais, comparada com as variáveis econômicas.

GRÁFICO Nº 28 − EvOluçãO % da vElOCIdadE dE lOCaçõEs Em pORtO alEGRE − dEz./07 a NOv./13

Fonte: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

sAnTo AnTÔnio DA PATrULHA - Festa nacional da cachaça, sonho e rapadura

Page 41: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

41PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013

De forma semelhante ao comportamento observado no ano de 2012, em 2013 o mercado de locações de imóveis manteve o ritmo desacelerado, apresentando aumento expressivo dos estoques de ofertas, resultando em nova queda na velocidade média de locação. Com as facilidades para conseguir comprar um imóvel, muitos estão deixando o mercado de aluguéis e adquirindo a casa própria. Em anos anteriores, principalmente em 2011, tivemos um aumento considerável nos aluguéis. Do ano passado para cá, vimos os preços variarem mais próximos da inflação, ou seja, tendendo a acompanhá-la.

8.1.3. Aluguéis - Comparativos dos preços de oferta com preços contratados

Apartamentos de um e dois dormitório(s) – Estes tipos de imóveis residenciais são os de maior frequência, por este motivo foram selecionados para efeito de comparação dos valores dos aluguéis contratados e ofertados. O período analisado é o de jan./2012 a nov./2013, com objetivo de avaliar o comportamento evolutivo de ofertas e contratos do segmento residencial.

quadRO Nº 18 − EvOluçãO dO pREçO médIO, Em pORtO alEGRE, dOs ImóvEIs paRa lOCaçãO E das vaRIÁvEIs

ECONômICas – jaN.-dEz. – 2008/2009/2010/2011/2012/2013

PREÇOS MÉDIOS ALUGUÉIS/ VARIÁVEIS 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Aluguéis Residenciais - Acumulado 12 meses 11,41 6,74 12,46 19,91 9,02 7,81

Apartamentos: JK 13,36 8,11 9,21 20,70 9,56 14,08

1 Dormitório 13,15 8,31 12,53 24,44 6,36 10,15

2 Dormitórios 13,22 4,89 15,56 17,25 16,37 10,11

Casas: 2 Dormitórios 14,81 13,92 9,39 -1,25 37,31 -0,27

3 Dormitórios -3,13 27,54 0,72 34,43 -9,23 3,91

Salas/Conjuntos 12,44 19,80 33,61 32,59 11,45 6,42

Lojas 28,53 33,02 15,57 33,92 38,93 4,76

Garagens/Boxes 6,58 9,74 11,32 11,70 6,38 6,45

IGP-M/FGV 9,81 -1,72 11,32 5,10 7,82 5,51

IPC/IEPE 8,19 2,93 5,92 6,63 6,98 8,56

Fonte: DEE SECOVI/RS – AGADEMI; FGV; IEPE/UFRGSElaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

Período Aluguéis (R$) Aluguéis contratados/ofertados (%)Oferta (estoque) Contratados

Jan./12 670,68 617,05 -8,00

Fev./12 663,70 666,13 0,37

Mar./12 669,55 678,98 1,41

Abr./12 701,23 665,00 -5,17

Maio/12 694,78 681,29 -1,94

Jun./12 710,42 644,12 -9,33

Jul./12 710,54 696,15 -2,03

Ago./12 713,94 653,00 -8,54

Set./12 718,32 653,90 -8,97

Out./12 719,30 683,70 -4,95

Nov./12 725,85 695,63 -4,16

Dez./12 709,42 733,19 3,35

Jan./13 721,50 717,46 -0,56

Fev./13 723,83 716,82 -0,97

Mar./13 747,10 742,18 -0,66

Abr./13 751,21 739,14 -1,61

Maio/13 762,00 715,08 -6,16

Jun./13 767,51 716,02 -6,71

Jul./13 774,80 743,79 -4,00

Ago./13 784,56 759,10 -3,25

Set./13 784,11 752,05 -4,09

Out./13 767,21 725,30 -5,46

Nov./13 778,77 761,93 -2,16

Média dez./12-nov./13 756,00 735,17 -2,76

Var.(%) nov./13-nov./12 7,29 9,53 -

quadRO Nº 19 − COmpaRatIvO dOs pREçOs médIOs dE OFERta E dE aluGuéIs CONtRatadOs dE apaRtamENtOs 1

dORmItóRIO, Em pORtO alEGRE – jaN./12 a NOv./13

Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

Page 42: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

42

A média referente aos 12 meses (dez./2012 a nov./2013) dos aluguéis ofertados para apartamentos de 1 dormitório foi de R$ 756,00 e a média dos contratos novos alugados no mesmo período foi de R$ 735,17. Os preços médios dos últimos 12 meses dos aluguéis contratados para apartamento de 1 dormitório foram da ordem de -2,76% aos ofertados no mesmo período.

GRÁFICO Nº 29 − COmpaRatIvO dOs pREçOs médIOs CONtRatadOs E OFERtadOs, dE apaRtamENtOs dE 1

dORmItóRIO, Em pORtO alEGRE – jaN./12 a NOv./13

Fonte: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

quadRO Nº 20 − COmpaRatIvO dOs pREçOs médIOs dE OFERta E dE aluGuéIs CONtRatadOs dE apaRtamENtOs

2 dORmItóRIOs, Em pORtO alEGRE – jaN./12 a NOv./13

Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

Período Aluguéis (R$) Aluguéis contratados/ofertados (%)Oferta (estoque) Contratados

Jan./12 968,46 950,77 -1,83

Fev./12 980,46 962,63 -1,82

Mar./12 997,20 935,96 -6,14

Abr./12 1.032,90 934,64 -9,51

Maio/12 1.029,81 844,53 -17,99

Jun./12 1.053,74 899,09 -14,68

Jul./12 1.034,53 916,24 -11,43

Ago./12 1.063,91 882,71 -17,03

Set./12 1.081,10 1.018,15 -5,82

Out./12 1.086,64 909,43 -16,31

Nov./12 1.091,18 894,36 -18,04

Dez./12 1.109,97 980,73 -11,64

Jan./13 1.121,43 1.031,56 -8,01

Fev./13 1.106,08 1.116,62 0,95

Mar./13 1.098,81 1.058,59 -3,66

Abr./13 1.096,94 962,36 -12,27

Maio/13 1.119,26 1.036,03 -7,44

Jun./13 1.132,15 1.015,52 -10,30

Jul./13 1.119,72 1.007,81 -9,99

Ago./13 1.144,25 1.072,40 -6,28

Set./13 1.158,23 987,86 -14,71

Out./13 1.153,78 1.000,98 -13,24

Nov./13 1.168,78 937,07 -19,82

Média dez./12-nov./13 1.127,45 1.017,29 -9,77

Var.(%) nov./13-nov./12 7,11 4,78 -

Page 43: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

43PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013 43pAnORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013

Nos apartamentos de 2 dormitórios, a média 12 meses (dez./2012 a nov./2013) dos aluguéis contratados foi da ordem de -9,77% inferior aos ofertados no período. Os preços médios dos últimos 12 meses para aluguéis ofertados foram de R$ 1.127,45 e dos aluguéis contratados, de R$ 1.017,29. Variações percentuais negativas elevadas oriundas da razão entre aluguéis contratados/ofertados podem estar atribuídas ao fato de que imóveis de preços mais baixos tiveram preponderância.

Os preços dos apartamentos alugados (contratos novos) de 1 e 2 dormitório(s) no mês de nov./2013 oscilaram em 9,53% e 4,78%, respectivamente, quando comparados com o mesmo mês do ano anterior. Já o IGP-M/FGV, nos últimos 12 meses (dez./2012 a nov./2013), atingiu o valor de 5,60%.

8.1.4. Inadimplência de aluguéis

Considera-se inadimplência o não pagamento do aluguel a partir de um dia após o seu vencimento.

A inadimplência total do mercado de locações, incluindo imóveis residenciais, comerciais e outros, considerando-se o período de dez.−nov., de cada ano, vinha caindo até 2011 (em 2009 a média foi de 4,95%; em 2010, 4,24%; e em 2011, 3,71%). Porém, em 2012 atingiu 4,27% (dez./2011 a nov./2012) e em 2013 elevou-se ainda mais, chegando ao percentual médio de inadimplência de 4,41% (dez./2012 a nov./2013). A elevação da inadimplência pode estar associada ao fato de que, embora o mercado de trabalho tenha continuado aquecido, a alta da taxa de juros penalizou as pessoas que possuíam dívidas vinculadas a cheque especial e cartão de crédito, dificultando o pagamento destas e consequentemente de outras, incluindo os aluguéis.

Nos últimos 12 meses (dez./2012 a nov./2013), o índice mais elevado foi em nov./2013, com 5,02%, e o menor foi em jan./2013, com 3,59%. Os demais meses em análise tiveram certa estabilidade, permanecendo em um intervalo de 4,19% a 4,75%.

Os inquilinos com processos em ação de despejo representaram, em média, 0,67%, enquanto a média total de inadimplência no período dez./2012 a nov./2013 foi 4,41%.

O quadro a seguir, mostra a evolução percentual do índice de inadimplência nos aluguéis em Porto Alegre.

GRÁFICO Nº 30 − COmpaRatIvO dOs pREçOs médIOs CONtRatadOs E OFERtadOs, dE apaRtamENtOs dE 2 dORmItóRIOs, Em pORtO alEGRE – jaN./12 a NOv./13

Fonte: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

Page 44: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

44

Mês C/ação S/ação Total

Dez./11 0,56 3,67 4,23

Jan./12 0,63 3,50 4,13

Fev./12 0,69 3,56 4,25

Mar./12 0,71 3,24 3,95

Abr./12 0,73 2,91 3,64

Maio/12 0,78 2,65 3,43

Jun./12 0,70 3,51 4,21

Jul./12 0,72 3,72 4,44

Ago./12 0,72 3,56 4,28

Set./12 0,75 4,77 5,51

Out./12 0,78 3,92 4,70

Nov./12 0,72 3,77 4,50

Média 12 MESES (DEZ.-NOV.) 0,71 3,57 4,27

Dez./12 0,75 3,85 4,60

Jan./13 0,62 2,98 3,59

Fev./13 0,74 3,90 4,65

Mar./13 0,73 3,57 4,30

Abr./13 0,72 3,49 4,21

Maio/13 0,70 3,84 4,54

Jun./13 0,54 4,21 4,75

Jul./13 0,54 3,73 4,27

Ago./13 0,58 3,61 4,19

Set./13 0,62 3,60 4,22

Out./13 0,70 3,88 4,58

Nov./13 0,75 4,27 5,02

Média 12 MESES (DEZ.-NOV.) 0,67 3,74 4,41

Mês C/ação S/ação Total

Dez./09 1,02 3,33 4,35

Jan./10 1,10 3,59 4,69

Fev./10 1,13 4,54 5,67

Mar./10 1,01 3,68 4,69

Abr./10 0,89 3,61 4,50

Maio/10 0,81 3,64 4,45

Jun./10 0,79 3,13 3,92

Jul./10 0,65 3,15 3,80

Ago./10 0,83 2,93 3,76

Set./10 0,75 3,07 3,82

Out./10 0,78 2,79 3,57

Nov./10 0,47 3,20 3,67

Média 12 MESES (DEZ.-NOV.) 0,85 3,39 4,24

Dez./10 0,60 2,77 3,37

Jan./11 0,70 2,84 3,54

Fev./11 0,75 2,88 3,63

Mar./11 0,59 3,29 3,88

Abr./11 0,70 3,01 3,71

Maio/11 0,66 2,82 3,48

Jun./11 0,99 2,77 3,76

Jul./11 0,69 2,78 3,47

Ago./11 0,72 3,16 3,88

Set./11 0,72 3,22 3,94

Out./11 0,66 3,00 3,66

Nov./11 0,70 3,46 4,16

Média 12 MESES (DEZ.-NOV.) 0,71 3,00 3,71

Mês C/ação S/ação Total

Dez./07 1,03 3,87 4,90

Jan./08 1,03 3,94 4,97

Fev./08 1,06 4,20 5,26

Mar./08 1,07 4,47 5,54

Abr./08 1,02 3,95 4,97

Maio/08 1,34 3,11 4,45

Jun./08 0,88 3,68 4,56

Jul./08 0,80 3,46 4,26

Ago./08 0,82 3,88 4,70

Set./08 0,79 3,44 4,23

Out./08 0,66 3,74 4,40

Nov./08 0,75 3,91 4,66

Média 12 MESES (DEZ.-NOV.) 0,94 3,80 4,74

Dez./08 0,84 3,71 4,55

Jan./09 0,91 3,99 4,90

Fev./09 1,10 4,33 5,43

Mar./09 1,11 4,19 5,30

Abr./09 1,13 4,08 5,21

Maio/09 1,22 4,44 5,66

Jun./09 1,20 3,93 5,13

Jul./09 1,04 3,76 4,80

Ago./09 1,15 3,51 4,66

Set./09 1,20 3,30 4,50

Out./09 1,03 3,72 4,75

Nov./09 0,95 3,50 4,45

Média 12 MESES (DEZ.-NOV.) 1,07 3,87 4,95

quadRO Nº 21 − EvOluçãO (%) dO íNdICE dE INadImplêNCIa NOs aluGuéIs − COm E sEm açãO judICIal dE dEspEjO − Em pORtO alEGRE – dEz./07 a NOv./13

% de inquilinos com atraso nos pagamentos *

Fonte: DEE SECOVI/RS – AGADEMI *Considera-se atraso nos pagamentos a partir de 1 dia

44

Page 45: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

8.2. COmeRCIALIzAçãO de ImóVeIs em PORtO ALegRe

8.2.1. Comercialização de imóveis novos em Porto Alegre

Conforme os dados do SINDUSCON-RS nos últimos 12 meses (nov./2012 a out./2013), foram comercializados 5.389 imóveis. O mês de mar./2013 foi o mês no qual ocorreram as maiores vendas, com 872 unidades, sendo “salas/conjuntos” o tipo mais comercializado no mês com 408 unidades (46,79%).

Com 3.218 unidades, os apartamentos de 2 e 3 dormitórios representaram 59,71% do total vendido nos últimos 12 meses.

Na categoria “comerciais”, foram vendidas nos últimos 12 meses (nov./2012 a out./2013) 1.333 salas/conjuntos e 8 lojas. Das 1.333 salas comercializadas, 53,94% foram comercializadas entre os meses de março e abril. Das 8 lojas, 7 foram vendidas em abril e uma foi vendida em setembro de 2013.

8.2.2. Comparativo da Velocidade de Vendas de Imóveis novos - 2008 a 2013

A análise da comercialização de imóveis novos, em Porto Alegre, é apresentada a seguir com base nos dados da velocidade de vendas e estoques, apurados e divulgados na pesquisa mensal do SINDUSCON-RS.

A velocidade de venda dos imóveis novos nos últimos 12 meses (nov./2012 a out./2013), de 8,24%, foi superior em 0,40 ponto percentual à apresentada nos 12 meses imediatamente anteriores (nov./2011 a out./2012), quando foi de 7,84%. Quando comparada ao período nov./2009 a out./2010, época em que o mercado estava aquecido e apresentou 13,96% de velocidade média de vendas, os últimos 12 meses foram inferiores em 5,72 pontos percentuais. Convém lembrar que a queda na velocidade média de vendas, de nov./2010 a out./2013, em relação ao período citado anteriormente, pode ser encarada como um ajuste de mercado, esperado após momentos de forte demanda.

GRÁFICO Nº 31 − EvOluçãO % dO íNdICE dE INadImplêNCIa NOs aluGuéIs − COm E sEm açãO judICIal dE dEspEjO

Em pORtO alEGRE − 2008 a 2013

Fonte: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

GRÁFICO Nº 32 − EvOluçãO da COmERCIalIzaçãO dE ImóvEIs NOvOs Em pORtO alEGRE NOs últImOs 12 mEsEs −

NOv./12 a Out./13

Fonte: DEE SINDUSCON-RSElaboração: DEE SECOVI/RS - AGADEMI

45pAnORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013

Page 46: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

46

As oscilações mensais da velocidade de vendas no mercado local têm demonstrado características sazonais. Nos últimos 12 meses (nov./2012 a out./2013) notou-se maior velocidade de vendas em março e abril e posteriormente, em ago./2013. Nos 12 meses imediatamente anteriores (nov./2011 a out./2012), notou-se maior velocidade de venda no segundo trimestre de 2012 (abril, maio e junho). As variações mensais, dos últimos 12 meses da velocidade de vendas, não indicam uma tendência, pois de 8,42%, em nov./2012, chegou a 3,91%, em jan./2013. Já em mar./2013 elevou-se consideravelmente para 14,04%, e em out./2013 apresentou 7,42%.

O quadro a seguir, mostra a velocidade das vendas, de imóveis novos, mês a mês, em Porto Alegre, de nov./2008 a out./2013.

8.2.3. Ofertas de Imóveis usados em Porto Alegre

As informações aqui contidas foram coletadas por amostragem sobre a disponibilidade de imóveis por tipo, finalidade, preços médios e bairros de Porto Alegre, fazendo-se distinção entre as vendas e as “transferências” (venda de chaves). Os dados estão expostos nos quadros que constam neste Panorama, referentes ao período de jan./2013 a dez./2013.

quadRO Nº 22 − EvOluçãO % da vElOCIdadE dE vENdas dE ImóvEIs NOvOs Em pORtO alEGRE − NOv./08 a Out./13

Fonte: SINDUSCON-RS Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

Meses % Meses % Meses % Meses % Meses %

Nov./08 9,61 Nov./09 21,63 Nov./10 10,34 Nov./11 8,13 Nov./12 8,42

Dez./08 6,42 Dez./09 17,45 Dez./10 19,18 Dez./11 8,69 Dez./12 5,35

Jan./09 8,46 Jan./10 11,77 Jan./11 7,36 Jan./12 5,51 Jan./13 3,91

Fev./09 4,27 Fev./10 15,96 Fev./11 9,45 Fev./12 4,29 Fev./13 6,09

Mar./09 5,94 Mar./10 12,53 Mar./11 9,31 Mar./12 8,44 Mar./13 14,04

Abr./09 10,61 Abr./10 12,78 Abr./11 8,42 Abr./12 11,71 Abr./13 11,05

Maio/09 15,36 Maio/10 18,72 Maio/11 9,98 Maio/12 12,57 Maio/13 7,77

Jun./09 10,46 Jun./10 13,70 Jun./11 8,23 Jun./12 10,66 Jun./13 9,74

Jul./09 7,05 Jul./10 11,63 Jul./11 8,19 Jul./12 6,30 Jul./13 5,47

Ago./09 11,31 Ago./10 11,81 Ago./11 7,68 Ago./12 4,78 Ago./13 12,74

Set./09 13,57 Set./10 10,33 Set./11 16,30 Set./12 4,73 Set./13 6,85

Out./09 12,77 Out./10 9,16 Out./11 8,08 Out./12 8,24 Out./13 7,42

Média 9,65 Média 13,96 Média 10,21 Média 7,84 Média 8,24

LinHA noVA - Primeira cervejaria do estado

GRÁFICO Nº 33 − vElOCIdadE dE vENdas dE ImóvEIs NOvOs Em pORtO alEGRE - NOv./08 a Out./13 – (%)

Fonte: SINDUSCON-RS Nota: velocidade de vendas (relação das vendas sobre as ofertas).Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

Page 47: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

47PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013

No período de jan./2013 a dez./2013, a média 12 meses foi de 7.377 unidades ofertadas, apresentando crescimento de 23,90% em relação à média do período imediatamente anterior (jan./2012 a dez./2012) quando foi de 5.954 ofertas. O mês que apresentou o maior número de ofertas foi o mês de dez./2013, com 8.118 unidades, e o mês de menor oferta foi jan./2013, com 6.203 unidades, configurando expansão considerável no estoque no contexto da dinâmica do mercado de imóveis usados.

GRÁFICO Nº 34 − OFERtas paRa COmERCIalIzaçãO dE ImóvEIs usadOs Em pORtO alEGRE - jaN./13 a dEz./13

Fonte: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

quadRO Nº 23 − OFERtas paRa COmERCIalIzaçãO dE ImóvEIs usadOs Em pORtO alEGRE – jaN./13 a dEz./13

Fonte: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

MESES RESIDENCIAL COMERCIAL OUTROS FINS TOTAL

Jan./13 5.355 379 469 6.203

Fev./13 5.616 395 474 6.485

Mar./13 6.031 450 516 6.997

Abr./13 6.233 455 560 7.248

Maio/13 6.343 461 574 7.378

Jun./13 6.559 468 576 7.603

Jul./13 6.479 503 590 7.572

Ago./13 6.457 469 599 7.525

Set./13 6.644 482 611 7.737

Out./13 6.726 484 623 7.833

Nov./13 6.731 463 633 7.827

Dez./13 6.960 465 693 8.118

Média 12 meses 6.345 456 577 7.377

Page 48: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

48

quadRO Nº 24 − OFERtas paRa COmERCIalIzaçãO dE ImóvEIs usadOs Em pORtO alEGRE, mês a mês – jaN./13 a dEz./13

TIPOS Jan./13 Fev./13 Mar./13 Abr./13 Maio/13 Jun./13 Jul./13 Ago./13 Set./13 Out./13 Nov./13 Dez./13

RESIDENCIAIS 5.355 5.616 6.031 6.233 6.343 6.559 6.479 6.457 6.644 6.726 6.731 6.960

JK 138 140 146 143 145 145 134 136 135 150 158 147

Apto. 1 dormitório 643 666 687 741 717 741 743 729 759 730 708 763

Apto. 2 dormitórios 1.521 1.570 1.707 1.733 1.760 1.865 1.825 1.829 1.855 1.888 1.850 1.898

Apto. 3 dormitórios 1.050 1.127 1.197 1.277 1.276 1.306 1.306 1.292 1.369 1.338 1.352 1.437

Apto. 4 dormitórios 56 64 65 70 68 85 84 89 85 87 78 81

Apto. 5 dormitórios 1 2 2 2 2 3 6 3 4 7 2 9

Casa 1 dormitório 14 14 16 10 11 17 18 10 10 14 14 13

Casa 2 dormitórios 218 217 226 225 242 230 203 253 230 245 256 265

Casa 3 dormitórios 710 744 795 776 832 849 828 840 869 907 926 918

Casa 4 dormitórios 258 295 311 315 320 331 336 351 352 356 360 357

Casa 5 dormitórios 71 78 75 88 95 101 99 93 96 103 110 107

Cobert. 1 dormitório 19 20 27 26 24 28 26 23 27 32 25 23

Cobert. 2 dormitórios 100 96 111 120 121 120 134 131 138 136 141 145

Cobert. 3 dormitórios 147 161 186 185 177 195 175 178 182 190 179 198

Cobert. 4 dormitórios 25 24 25 26 31 28 31 33 34 37 36 41

Cobert. 5 dormitórios 4 5 2 2 5 6 5 7 6 4 5 6

Mobiliados 125 124 150 152 173 164 176 144 162 153 180 182

Semimobiliados 255 269 303 342 344 345 350 316 331 349 351 370

COMERCIAIS 379 395 450 455 461 468 503 469 482 484 463 465

Casa para comércio 33 25 39 39 42 32 42 34 34 30 29 29

Loja 52 42 62 61 54 68 67 52 56 62 57 54

Sala/Conjunto 203 218 231 226 242 251 270 255 255 254 244 246

Sala Mobiliada 7 2 6 15 8 5 6 4 5 7 5 6

Pavilhão/Depósito 23 28 30 26 28 31 31 31 40 35 39 36

Prédio 61 80 82 88 87 81 87 93 92 96 89 94

OUTROS TIPOS 469 474 516 560 574 576 590 599 611 623 633 693

Garagem/Box 36 32 31 50 33 50 33 29 30 30 31 20

Chácara/Sítio 10 11 18 13 16 18 28 23 27 29 21 26

Terreno 368 380 399 431 463 438 472 485 484 496 513 574

Flat 0 0 2 2 5 2 1 1 4 2 3 4

Outros 55 51 66 64 57 68 56 61 66 66 65 69

Total 6.203 6.485 6.997 7.248 7.378 7.603 7.572 7.525 7.737 7.833 7.827 8.118

Fonte: DEE SECOVI/RS – AGADEMI48

Page 49: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

49PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013

Analisando-se as ofertas de imóveis residenciais, constatou-se que estes representaram, em dez./2013, cerca de 85,74% do total, destacando-se os apartamentos de 2 dormitórios, que chegaram a 27,27% do segmento. Seguem-se os de 3 dormitórios com 20,65%. Foram apuradas as “transferências”, definidas como imóveis adquiridos por meio de financiamentos e vendidas sem alterar o contrato junto ao financiador. Em dez./2013, atingiram um total de apenas 14 unidades. A prática tende ao desaparecimento devido às facilidades que os bancos passaram a oferecer para formalizar os negócios.

Os imóveis comerciais, com participação de 5,73% do total em 2013 (dezembro), se mantiveram em patamar que pode ser considerado estável, destacando-se as salas/conjuntos, com 52,90% do segmento.

O mapa a seguir visualiza a distribuição espacial dos imóveis disponíveis para venda, segundo os bairros da cidade. Constata-se que apenas em oito bairros (Centro Histórico, Petrópolis, Menino Deus, Sarandi, Partenon, Jardim Itu-Sabará, Cristal e Tristeza) estão localizadas 33,59% das ofertas. Nestes bairros, segundo a amostra, encontram-se pouco mais de um terço das ofertas disponíveis para comercialização de imóveis usados da cidade de Porto Alegre. A maioria dos demais bairros forma um conjunto rarefeito de locais com reduzida oferta de imóveis usados.

GRÁFICO Nº 35 − paRtICIpaçãO Nas OFERtas dE ImóvEIs usadOs paRa vENda, Em pORtO alEGRE - dEz./13

Fonte: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

Fonte: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

49pAnORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013

mapa 2 - dIstRIBuIçãO GEOGRÁFICa dO tOtal dE OFERtas dE ImóvEIs usadOs Em pORtO alEGRE - dEz./13

Page 50: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

50

Os quadros a seguir, informam os preços de ofertas para comercialização de imóveis usados.

Considerando-se os preços em geral, observou-se evolução percentual diferenciada entre os diversos tipos de imóveis em oferta para venda. Conforme o comparativo entre os preços de dez./2012 e dez./2013, o preço médio do metro quadrado (m²) dos apartamentos de 2 dormitórios registrou alta de 12,39%; os de 3 dormitórios subiram 13,95%; e as casas de 3 dormitórios variaram 15,69%, no que se refere aos imóveis residenciais.

Nos imóveis comerciais, comparando-se dez./2012 e dez./2013, as salas/conjuntos tiveram aumento de 23,05% no valor do m² e os terrenos acréscimo de 16,39%.

Fonte: DEE SECOVI/RS – AGADEMIObs.: 1)*Não incluem transferências; item definido como imóveis usados financiados e transferidos pelo mutuário; 2)** Incluídas no total de ofertas; 3)*** Número reduzido de imóveis; 4)**** Não inclui loteamentos. 5) Preços muito abaixo ou muito acima da amostra não estão considerados conforme a metodologia utilizada na pesquisa.

TIPOS Nº de Ofertas Preço (R$) *

Total Transfs.** Mínimo Máximo Médio

JK 147 104.000,00 159.000,00 129.973,83

Apto. 1 dormitório 763 2 112.000,00 245.000,00 165.502,23

Apto. 2 dormitórios 1.898 6 148.000,00 380.000,00 241.759,58

Apto. 3 dormitórios 1.437 2 175.000,00 850.000,00 427.840,49

Apto. 4 dormitórios 81 220.000,00 1.400.000,00 604.459,68

Apto. 5 dormitórios 9 *** *** ***

Casa 1 dormitório 13 *** *** ***

Casa 2 dormitórios 265 120.000,00 520.000,00 268.875,45

Casa 3 dormitórios 918 199.000,00 1.020.000,00 532.723,26

Casa 4 dormitórios 357 280.000,00 1.550.000,00 772.197,56

Casa 5 dormitórios 107 150.000,00 2.000.000,00 833.677,71

Cobert. 1 dormitório 23 215.000,00 438.000,00 307.786,67

Cobert. 2 dormitórios 145 270.000,00 720.000,00 450.369,17

Cobert. 3 dormitórios 198 450.000,00 1.320.000,00 832.556,34

Cobert. 4 dormitórios 41 456.000,00 1.550.000,00 923.965,52

quadRO Nº 25 − OFERtas dE ImóvEIs usadOs paRa vENda, Em pORtO alEGRE, sEGuNdO Os tIpOs E pREçOs médIOs mENsaIs – dEz./13

TIPOS Nº de Ofertas Preço (R$) *

Total Transfs.** Mínimo Máximo Médio

Cobert. 5 dormitórios 6 *** *** ***

Mobiliados 182 145.000,00 910.000,00 404.618,06

Semimobiliados 370 128.000,00 926.000,00 426.705,34

Casa para comércio 29 460.000,00 1.300.000,00 867.400,00

Loja 54 1 197.000,00 850.000,00 435.090,91

Sala/Conjunto 246 29.000,00 660.000,00 243.023,01

Sala Mobiliada 6 *** *** ***

Pavilhão/Depósito 36 490.000,00 2.070.000,00 1.157.521,74

Prédio 94 195.000,00 3.500.000,00 1.452.280,49

Garagem/Box 20 28.000,00 45.000,00 36.916,67

Chácara/Sítio 26 *** *** ***

Terrenos **** 574 3 55.000,00 3.200.000,00 706.187,97

Flat 4 *** *** ***

Tipo Indefinido 69 130.000,00 1.600.000,00 662.643,10

TOTAL 8.118 14

Page 51: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

51PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013

A partir dos resultados expostos no quadro acima, é possível a comparação com as ofertas para locação. Foram utilizados somente os apartamentos de 1, 2 e 3 dormitório(s), por apresentarem padrões de construção e preço de oferta mais homogêneos, possibilitando maior consistência ao índice. O resultado, para o mês de dez./2012 e dez./2013, está representado nos quadros 27 e 28.

quadRO Nº 26 − OFERtas paRa vENda dE ImóvEIs usadOs, R$/m², Em pORtO alEGRE, mês a mês – dEz./12 a dEz./13

Fonte: DEE SECOVI/RS – AGADEMI.*Somente os tipos com amostragem representativa**Não incluem loteamentos

*Valor Médio em R$/m²

TIPOS Dez./12 Jan./13 Fev./13 Mar./13 Abr./13 Maio/13 Jun./13 Jul./13 Ago./13 Set./13 Out./13 Nov./13 Dez./13

Apto. 1 dorm. 2.855,12 2.918,20 2.963,79 2.935,56 2.950,54 2.977,42 3.008,86 3.005,13 3.064,01 3.078,89 3.056,09 3.102,92 3.163,26

Apto. 2 dorm. 2.737,48 2.753,60 2.769,71 2.797,42 2.842,30 2.898,54 2.925,84 2.938,68 2.944,20 2.983,55 3.011,60 3.050,65 3.076,60

Apto. 3 dorm. 2.937,47 2.966,87 2.991,74 3.037,53 3.045,05 3.085,41 3.139,49 3.150,21 3.228,16 3.250,35 3.240,23 3.291,23 3.347,28

Casa 3 dorm. 2.067,26 2.031,83 2.047,51 2.169,81 2.157,73 2.208,71 2.248,96 2.230,83 2.263,86 2.288,04 2.259,78 2.318,99 2.391,54

Casa 4 dorm. 2.004,00 2.061,36 2.120,17 2.236,04 2.289,53 2.208,25 2.299,75 2.225,58 2.293,80 2.322,14 2.335,06 2.338,06 2.356,14

Cobert. 3 dorm. 2.461,20 2.500,56 2.541,51 2.601,62 2.600,39 2.618,95 2.668,49 2.669,88 2.721,14 2.880,96 2.876,18 2.999,84 2.997,68

Loja 2.823,83 2.767,83 2.795,06 2.768,38 2.956,50 3.058,95 3.075,56 3.351,89 3.050,50 3.146,49 2.938,83 3.216,30 3.352,45

Sala/Conjunto 2.843,02 3.048,95 2.744,79 3.044,03 3.067,41 2.967,32 3.121,77 3.224,44 3.171,45 3.434,38 3.581,52 3.502,74 3.498,28

Terrenos** 766,41 751,59 776,29 778,83 789,66 792,28 810,06 833,39 796,26 808,00 849,83 899,62 892,01

A análise da oscilação dos dados apresentados está baseada no preço médio de oferta do m² por tipo de imóvel na cidade de Porto Alegre, conforme os anúncios divulgados na imprensa da capital, na Internet e no painel de informantes do SECOVI/RS e da AGADEMI.

quadRO Nº 27 − COmpaRatIvO ENtRE a amOstRaGEm dE OFERtas paRa lOCaçãO E vENda dE ImóvEIs REsIdENCIaIs –

dEz./12

Fonte: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

Preço médio ofertado (R$/m²) Relação %

Tipos Locação Venda Locações/Vendas

Apto. 1 dormitório 16,57 2.855,12 0,58

Apto. 2 dormitórios 17,43 2.737,48 0,64

Apto. 3 dormitórios 20,92 2.937,47 0,71

quadRO Nº 28 − COmpaRatIvO ENtRE a amOstRaGEm dE OFERtas paRa lOCaçãO E vENda dE ImóvEIs REsIdENCIaIs –

dEz./13

Fonte: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

Preço médio ofertado (R$/m²) Relação %

Tipos Locação Venda Locações/Vendas

Apto. 1 dormitório 18,50 3.163,26 0,58

Apto. 2 dormitórios 19,49 3.076,60 0,63

Apto. 3 dormitórios 21,56 3.347,28 0,64

Page 52: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

52

Analisando-se os quadros 27 e 28, verifica-se que a maior variação na relação entre o preço de oferta de locações e de vendas nos meses de dez./2012 e dez./2013 ocorreu no tipo apartamento de 3 dormitórios com 0,71% e 0,64%, respectivamente. Os demais se mantiveram estáveis no período estudado.

Quando comparada essa relação locação/venda com dez./2008 (Quadro

nº 29), nota-se que os percentuais observados há cinco anos, são bem mais dispersos do que os atuais. Conforme mencionado no Panorama 2012, tal fato pode ser atribuído ao Efeito Renda, já que o ganho dos cidadãos não acompanhou a valorização dos imóveis, que embora em 2013 esteja mais moderada que em 2012, ainda foi muito além da inflação.

Dados provenientes das pesquisas do SECOVI/RS demonstram que o preço médio dos imóveis residenciais para locação aumentou 69,16% no período jan./2009 a dez./2013, enquanto o IGP-M, segundo seus números índices, variou 30,81% no mesmo período. Os imóveis residenciais para

quadRO Nº 29 − COmpaRatIvO ENtRE OFERtas paRa lOCaçãO E vENda dE ImóvEIs REsIdENCIaIs – dEz./08

Fonte: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

Preço médio ofertado (R$/m²) Relação %

Tipos Locação Venda Locações/Vendas

Apto. 1 dormitório 10,26 1.245,52 0,82

Apto. 2 dormitórios 10,13 1.354,89 0,75

Apto. 3 dormitórios 12,41 1.575,78 0,79

comercialização tiveram seu preço acrescido em 85,68%, enquanto o INCC-M apresentou variação de 38,41%, segundo seus números índices para os últimos 60 meses (fechados em dez./2013).

Inobstante o percentual de renda tenha reduzido em cinco anos, tal diminuição foi amplamente compensada pela elevação do valor dos imóveis. O que, mais uma vez, parece evidenciar quão importante é colocar a valorização das propriedades, mais o aluguel, para a devida apreciação do investimento.

8.2.4. Arrecadação do ItBI (Imposto de transmissão de Bens Imóveis) pela Prefeitura municipal de Porto Alegre – Valores e guias de Arrecadação

O ITBI é um imposto de âmbito municipal que incide diretamente sobre os negócios imobiliários. Constitui-se em variável importante para o acompanhamento da comercialização de imóveis e, por este motivo, é monitorado, mensalmente, pelo SECOVI/RS e pela AGADEMI, por meio do Departamento de Pesquisas, com informações obtidas na Secretaria Municipal da Fazenda do Município de Porto Alegre (SMF-PMPA).

Analisando-se o comportamento da arrecadação nominal mensal nos últimos 12 meses (dez./2012 a nov./2013), verifica-se que foram arrecadados R$ 232.372.024,98, com acréscimo de 8,01% na comparação com o mesmo período do ano anterior (dez./2011 a nov./2012), quando foram arrecadados R$ 215.143.340,95. No total, em 2012, foram arrecadados R$ 214.181.744,79. Em 2013, até novembro, a arrecadação referente ao ITBI foi de R$ 214.910.981,28.

Page 53: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

53PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013

Mês Valor Nominal ITBI (R$) ∆ % Nº de guias de Arrecadação do ITBI

Média Guia (R$)

Jul./11 16.144.582,03 -2,24 3.773 4.278,98

Ago./11 18.673.192,97 15,66 3.727 5.010,25

Set./11 17.099.150,22 -8,43 3.298 5.184,70

Out./11 15.163.370,10 -11,32 3.264 4.645,64

Nov./11 18.065.155,20 19,14 4.195 4.306,35

Dez./10 a Nov./11 188.599.471,22 25,34 39.481 4.776,97

Dez./11 18.422.639,86 1,98 3.648 5.050,07

Jan./12 15.163.469,09 -17,69 3.077 4.928,00

Fev./12 11.222.302,49 -25,99 2.670 4.203,11

Mar./12 17.671.040,63 57,46 3.115 5.672,89

Abr./12 16.065.326,57 -9,09 3.165 5.075,93

Maio/12 15.477.563,73 -3,66 3.409 4.540,21

Jun./12 19.369.038,39 25,14 3.450 5.614,21

Jul./12 20.731.622,00 7,03 3.180 6.519,38

Ago./12 23.764.048,72 14,63 4.171 5.697,45

Set./12 17.517.317,71 -26,29 2.563 6.834,69

Out./12 21.160.478,03 20,80 3.879 5.455,14

Nov./12 18.578.493,73 -12,20 3.214 5.780,49

Dez./11 a Nov./12 215.143.340,95 14,07 39.541 5.441,02

Dez./12 17.461.043,70 -6,01 3.090 5.650,82

Jan./13 16.675.442,62 -4,50 3.118 5.348,12

Fev./13 11.580.582,07 -30,55 2.266 5.110,58

Mar./13 16.160.011,95 39,54 2.949 5.479,83

Abr./13 19.816.775,37 22,63 3.502 5.658,70

Maio/13 19.961.338,71 0,73 3.589 5.561,81

Jun./13 19.664.166,61 -1,49 3.340 5.887,48

Jul./13 25.317.272,00 28,75 4.189 6.043,75

Ago./13 21.578.844,57 -14,77 3.528 6.116,45

Set./13 20.023.436,42 -7,21 3.044 6.578,00

Out./13 24.178.214,17 20,75 3.849 6.281,69

Nov./13 19.954.896,79 -17,47 3.236 6.166,53

Dez./12 a Nov./13 232.372.024,98 8,01 39.700 5.853,20

quadRO Nº 30 – aRRECadaçãO NOmINal dO ItBI da pmpa, vaRIaçãO % da aRRECadaçãO E Nº dE GuIas EmItIdas – dEz./08 a NOv./13

Fonte: SMF-PMPA Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

Mês Valor Nominal ITBI (R$) ∆ % Nº de guias de Arrecadação do ITBI

Média Guia (R$)

Dez./08 11.461.471,92 7,91 3.532 3.245,04

Jan./09 8.375.314,25 -26,93 2.713 3.087,10

Fev./09 6.510.995,47 -22,26 2.056 3.166,83

Mar./09 10.668.209,59 63,85 3.272 3.260,46

Abr./09 9.220.458,00 -13,57 3.082 2.991,71

Maio/09 10.897.257,00 18,19 3.228 3.375,85

Jun./09 11.527.187,00 5,78 3.375 3.415,46

Jul./09 12.458.205,00 8,08 3.894 3.199,33

Ago./09 11.458.819,00 -8,02 3.625 3.161,05

Set./09 11.673.684,00 1,88 3.423 3.410,37

Out./09 12.673.136,00 8,56 3.472 3.650,10

Nov./09 12.454.513,86 -1,73 3.548 3.510,29

Dez./08 a Nov./09 129.379.251,09 2,82 39.220 3.298,81

Dez./09 14.585.662,64 17,11 3.616 4.033,65

Jan./10 9.189.619,39 -37,00 2.779 3.306,81

Fev./10 7.149.368,82 -22,20 2.229 3.207,43

Mar./10 13.703.462,55 91,67 3.497 3.918,63

Abr./10 11.344.439,84 -17,21 3.017 3.760,17

Maio/10 14.376.451,11 26,73 3.240 4.437,18

Jun./10 12.704.996,80 -11,63 3.050 4.165,57

Jul./10 13.740.288,15 8,15 3.388 4.055,58

Ago./10 13.532.900,72 -1,51 3.384 3.999,08

Set./10 12.521.480,48 -7,47 2.829 4.426,12

Out./10 14.375.472,12 14,81 3.342 4.301,46

Nov./10 13.241.808,06 -7,89 3.132 4.227,91

Dez./09 a Nov./10 150.465.950,68 16,30 37.503 4.012,10

Dez./10 18.014.297,19 36,04 3.338 5.396,73

Jan./11 13.108.159,75 -27,23 2.821 4.646,64

Fev./11 10.876.347,86 -17,03 2.311 4.706,34

Mar./11 13.790.795,47 26,80 2.874 4.798,47

Abr./11 15.351.226,09 11,32 3.059 5.018,38

Maio/11 15.798.150,28 2,91 3.514 4.495,77

Jun./11 16.515.044,06 4,54 3.307 4.993,97

53pAnORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013

Page 54: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

54

sÃo FrAncisco De PAULA - Parque das cachoeiras

54

Page 55: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

55PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013

No período analisado, os dados indicam que, no movimento do mercado de imóveis em Porto Alegre, os efeitos da crise econômica global aparentemente se fizeram sentir apenas no início de 2010, período de celebração de escrituras de vendas feitas em época de redução de ritmo de negócios. No entanto, é preciso considerar que a escrituração dos imóveis novos acontece de 24 a 36 meses, em média, após a venda efetiva.

Os gráficos e o quadro exteriorizam e demonstram o histórico e a curva de tendência de evolução deste importante tributo municipal.

A quantidade de guias do imposto foi de 39.541, de dez./2011 a nov./2012, e em igual período de 2013 (dez./2012 a nov./2013) atingiu 39.700, com aumento de 0,40%. A quantidade de guias praticamente permaneceu estável no período, enquanto que o valor nominal teve elevação de 8,01%. Disso, infere-se que o valor médio das transações aumentou no período citado.

GRÁFICO Nº 36 − EvOluçãO tOtal aNual da aRRECadaçãO NOmINal dO ItBI da pREFEItuRa muNICIpal

dE pORtO alEGRE – dEz./08 a NOv./13

Fonte: Prefeitura Municipal de Porto Alegre (PMPA)Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

GRÁFICO Nº 37 – EvOluçãO dO tOtal aNual dO Nº dE GuIas dO ItBI da pREFEItuRa muNICIpal dE pORtO alEGRE –

dEz./08 a NOv./13

Fonte: Prefeitura Municipal de Porto Alegre (PMPA)Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

55pAnORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013

Page 56: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

56

9.1. AdmInIstRAçãO de COndOmínIOs

A administração de condomínios tem destacada relevância nas atividades acompanhadas pelo SECOVI/RS − AGADEMI.

Em dezembro de 2013, os registros nas entidades eram de 24.438 condomínios, sendo 13.723 em Porto Alegre e 10.715 no interior, abrangendo os 411 municípios de jurisdição do SECOVI/RS.

Especula-se que 13.723 condomínios da cidade de Porto Alegre possuam

355.343 economias. Estas seriam ocupadas por aproximadamente 977.192 pessoas, ou 66,57% da população da capital. Dos 24.438 condomínios da jurisdição do SECOVI/RS − AGADEMI, 15.708 são administrados por empresas do setor, representando, 64,28%. Em Porto Alegre, dos 13.723 condomínios, 75,62% são administrados por empresas do setor, ou seja, 10.377 condomínios.

Ainda, segundo os dados do CAGED, na atividade de Condomínios Prediais, em Porto Alegre, eram 14.099 assalariados com carteira assinada até out./2013. No mesmo período e atividade citados acima, no Rio Grande do Sul, eram 23.313 empregados enquanto no Brasil esse número foi de 550.065 assalariados.

9.2. desPesAs dOs COndOmínIOs

O condomínio tem administração basicamente escorada em seu orçamento e a seu redor giram as regras de convivência, observância das leis e o bom relacionamento entre os condôminos.

O trabalho, realizado por SECOVI/RS - AGADEMI, analisa amostra de

demonstrativos de despesas mensais de condomínios residenciais e comerciais de um conjunto de bairros da Capital gaúcha e os agrupa em onze rubricas. Os índices e percentuais encontrados auxiliam síndicos e administradores a comparar a distribuição de recursos sob sua responsabilidade.

COnDOMÍnIOS eM pORtO ALeGRe 9Avaliando-se a estrutura dos gastos no mês de nov./2013, observa-se que os

percentuais de participação de cada rubrica, no total de despesas, foram semelhantes à média dos doze meses durante o ano de 2013.

Destaca-se a rubrica “Pessoal” que apresentou os maiores gastos, 30,81% nos 12 meses e 28,99% no mês de nov./2013.

A rubrica “Obras” teve participação média de 11,24% nos últimos 12 meses e em nov./2013 apresentou participação acima da média, com 16,03% das despesas.

A rubrica “Segurança” continua tendo destaque entre os gastos. Nos últimos 12 meses teve participação média de 12,94% e no mês de nov./2013, teve participação de 12,58%.

quadRO Nº 31 – médIa dE paRtICIpaçãO aCumulada % 12 mEsEs E paRtICIpaçãO % NOv./13, pOR RuBRICa, Nas dEspEsas

dOs CONdOmíNIOs Em pORtO alEGRE

Fonte: DEE SECOVI/RS – AGADEMI* 12 meses: Dez./12 a Nov./13

Rubricas Média % de participação 12 meses* Participação Nov./13

1. Pessoal 30,81 28,99

2. Gás/Combustíveis 2,57 2,90

3. Água 11,84 10,48

4. Luz 3,71 3,28

5. Limpeza/Higiene 1,35 1,26

6. Elevadores 5,01 4,33

7. Seguros 0,90 0,79

8. Conservação 5,52 5,51

9. Obras 11,24 16,03

10. Diversos 14,11 13,85

11. Segurança 12,94 12,58

TOTAL DE DESPESAS 100,00 100,00

Page 57: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

57PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013 57pAnORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013

BenTo GonÇALVes - casa de Pedra

Page 58: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

58

Observando a variação total de despesas, verifica-se que nos doze meses (dez./2012 a nov./2013) acumulou 12,81%, sendo o principal destaque positivo o mês de nov./2013, com 6,05%, seguido dos meses de jun./2013 e maio/2013, com 3,38% e 3,32%, respectivamente. As maiores variações negativas ocorreram nos meses de fev./2013 (-3,74%) e mar./2013 (-3,59%).

Analisando somente o ano de 2013 observa-se o acumulado de 9,52%. Pode-se concluir que as administrações tiveram aumento considerável das despesas condominiais, especialmente no mês de nov./2013.

A apuração das variações das despesas de condomínios a fim de não ter efeitos sazonais, é calculada através de média móvel.

9.3. InAdImPLênCIAs de PAgAmentOs nAs quOtAs COndOmInIAIs

9.3.1. Inadimplência – evolução em 2013

Pesquisa mensal, por amostragem representativa, realizada no período de dez./2012 a nov./2013 sobre atrasos nos pagamentos das quotas condominiais, apresentou média de inadimplência total de 15,61%. Comparando-se ao período imediatamente anterior (dez./2011 a nov./2012), a média foi de 13,82%. Diante disso, nos últimos 12 meses, constatou-se acréscimo de 1,79 ponto percentual.

No ano de 2013 observou-se queda dos percentuais na inadimplência a partir de jul./2013, porém apresentou leve suba em nov./2013. A média do primeiro semestre (dez./2012 a maio/2013) foi 16,10% e a do segundo semestre (jun./2013 a nov./2013), 15,12%. No período analisado, o mês de maior índice de inadimplência foi em fev./2013 com 17,77% e o menor em dez./2012 com 13,18%.

Estratificando-se por tipo de condomínio, a pesquisa apurou que, neste mês de nov./2013, houve menor inadimplência nos condomínios mistos, com 11,11%, tendo os comerciais registrado 11,54% e os residenciais 15,24% das unidades em atraso, enquanto em nov./2012 esses percentuais foram 16,03%, 11,56% e 17,58%, respectivamente.

Os condomínios foram classificados em residenciais, comerciais e mistos. Uma vez que o critério de inadimplência depende do período a ser considerado, os quadros 33 e 34 apresentam os percentuais dos dois períodos de atraso pesquisados, em nov./2012/2013, e a participação por tipo de condomínio.

quadRO Nº 32 – vaRIaçãO mENsal % tOtal dE dEspEsas, dEz./12 a NOv./13, Em pORtO alEGRE

Fonte: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

Meses Variação Mensal (%)

Dez./12 3,00

Jan./13 -0,89

Fev./13 -3,74

Mar./13 -3,59

Abr./13 2,68

Maio/13 3,32

Jun./13 3,38

Jul./13 0,61

Ago./13 0,14

Set./13 1,46

Out./13 0,15

Nov./13 6,05

% 12 Meses dez./12 a nov./13 12,81

% 2013(jan.-nov.) 9,52

Page 59: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

59PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013

9.3.2. Inadimplência – Histórico e repercussão do novo Código Civil

A repercussão do Novo Código Civil (NCC), que entrou em vigor em janeiro de 2003, foi significativa para o aumento da inadimplência das

quadRO Nº 33 − INadImplêNCIa NOs CONdOmíNIOs pOR pERíOdO dE atRasO Em pORtO alEGRE – NOv./12

Fonte: DEE SECOVI/RS – AGADEMI*média ponderada por tipo de imóvel.

Percentual de economias em atraso em nov./12 (%)

Tipo de condomínio

Período de atraso Residencial Comercial Misto MÉDIA*

Até 29 dias 8,55 5,71 10,02 8,51

De 30 a 60 dias 2,54 1,45 1,86 2,41

Mais de 60 dias 6,49 4,39 4,14 6,16

Total 17,58 11,56 16,03 17,08

quadRO Nº 34 − INadImplêNCIa NOs CONdOmíNIOs pOR pERíOdO dE atRasO Em pORtO alEGRE – NOv./13

Fonte: DEE SECOVI/RS – AGADEMI*média ponderada por tipo de imóvel.

Percentual de economias em atraso em nov./13 (%)

Tipo de condomínio

Período de atraso Residencial Comercial Misto MÉDIA*

Até 29 dias 6,72 4,76 6,11 6,55

De 30 a 60 dias 2,28 1,54 1,51 2,17

Mais de 60 dias 6,24 5,24 3,49 5,95

Total 15,24 11,54 11,11 14,68

quotas condominiais. No período de dez./2001 a nov./2002, o percentual médio de atrasos foi de 10,17%. A evolução posterior atingiu o ápice em 2005 (dez./2004 a nov./2005) com 13,97%. Nos anos posteriores, ficou no patamar dos 13% até 2011 (dez./2010 a nov./2011), quando apresentou leve queda. Em 2012 (dez./2011 a nov./2012), voltou a subir, apresentando média de inadimplência de 13,82%, mantendo a alta em 2013, atingindo 15,61% (dez./2012 a nov./2013), sendo o maior percentual de toda a série analisada. Nos últimos dez anos, a alta na inadimplência foi de 3,97 pontos percentuais, passando de 11,64% em 2003 (dez./2002 a nov./2003) para 15,61% em 2013 (dez./2012 a nov./2013).

Os quadros a seguir contêm os dados do período avaliado.

quadRO Nº 35 − INadImplêNCIa NO paGamENtO das taxas CONdOmINIaIs, Em pORtO alEGRE, médIas dE dEz.-NOv./02/13 (%)

Fonte: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

ANO com ação de cobrança sem ação de cobrança Total

2002 0,92 9,24 10,17

2003 0,85 10,78 11,64

2004 1,01 11,24 12,24

2005 0,90 13,07 13,97

2006 0,62 12,37 12,99

2007 0,78 12,65 13,43

2008 0,97 12,05 13,01

2009 1,07 12,41 13,48

2010 0,73 12,42 13,15

2011 0,51 12,06 12,57

2012 0,58 13,24 13,82

2013 0,27 15,34 15,61

Page 60: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

6060

Mês/Ano com ação de cobrança

sem ação de cobrança

Total

Jan./08 0,79 11,87 12,66

Fev./08 0,80 12,29 13,09

Mar./08 0,75 12,73 13,48

Abr./08 0,86 12,13 12,99

Maio/08 0,76 12,13 12,89

Jun./08 0,80 12,08 12,88

Jul./08 0,88 11,68 12,56

Ago./08 1,25 11,28 12,53

Set./08 1,25 11,61 12,86

Out./08 1,17 11,83 13,00

Nov./08 1,30 11,91 13,21

Dez./08 1,14 15,96 17,10

Jan./09 1,23 11,52 12,75

Fev./09 1,26 11,39 12,65

Mar./09 1,28 11,46 12,74

Abr./09 1,25 11,34 12,59

Maio/09 1,19 11,26 12,45

Jun./09 1,27 11,03 12,30

Jul./09 0,95 11,84 12,79

Ago./09 0,79 13,19 13,98

Set./09 0,85 14,02 14,87

Out./09 0,81 13,00 13,81

Nov./09 0,81 12,95 13,76

Dez./09 0,84 13,10 13,94

Mês/Ano com ação de cobrança

sem ação de cobrança

Total Mês/Ano com ação de cobrança

sem ação de cobrança

Total

Jan./11 0,51 11,65 12,16

Fev./11 0,45 12,44 12,89

Mar./11 0,55 12,31 12,86

Abr./11 0,58 12,27 12,85

Maio/11 0,57 11,83 12,40

Jun./11 0,52 12,11 12,63

Jul./11 0,55 11,90 12,45

Ago./11 0,47 11,96 12,43

Set./11 0,44 11,88 12,32

Out./11 0,41 11,69 12,10

Nov./11 0,48 12,20 12,68

Dez./11 0,37 11,45 11,82

Jan./10 0,79 12,76 13,55

Fev./10 0,84 12,70 13,54

Mar./10 0,68 12,80 13,48

Abr./10 0,70 12,81 13,51

Maio/10 0,71 12,54 13,25

Jun./10 0,66 11,98 12,64

Jul./10 0,83 11,58 12,41

Ago./10 0,59 11,63 12,22

Set./10 0,88 12,58 13,46

Out./10 0,74 11,90 12,64

Nov./10 0,53 12,66 13,19

Dez./10 0,59 12,45 13,04

Jan./12 0,79 12,13 12,92

Fev./12 1,02 11,83 12,85

Mar./12 0,81 11,98 12,79

Abr./12 0,74 12,10 12,84

Maio/12 0,69 13,59 14,28

Jun./12 0,74 13,60 14,34

Jul./12 0,59 12,53 13,12

Ago./12 0,35 13,50 13,85

Set./12 0,25 14,86 15,11

Out./12 0,29 14,55 14,84

Nov./12 0,28 16,80 17,08

Dez./12 0,26 12,92 13,18

Jan./13 0,25 15,98 16,23

Fev./13 0,22 17,55 17,77

Mar./13 0,23 17,41 17,65

Abr./13 0,25 15,77 16,02

Maio/13 0,24 15,50 15,74

Jun./13 0,24 15,93 16,17

Jul./13 0,25 15,22 15,48

Ago./13 0,25 14,85 15,10

Set./13 0,35 14,71 15,06

Out./13 0,36 13,86 14,22

Nov./13 0,34 14,34 14,68

Dez./13 * * *

quadRO Nº 36 − INadImplêNCIa NO paGamENtO das taxas CONdOmINIaIs Em pORtO alEGRE, jaN./08 a NOv./13 (%)

Fonte: DEE SECOVI/RS – AGADEMI*Dados em apuração

Analisando-se a inadimplência do pagamento das quotas condominiais com ação de cobrança judicial, no período de 2008 a 2013, verifica-se que a inadimplência com ação de cobrança das quotas atrasadas era de 0,79% em jan./2008, passando para 0,34% em nov./2013. Observa-se que, no período, foram nos meses de nov./2008 com 1,30% e mar./2009 com 1,28%, quando ocorreram os maiores

Page 61: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

61PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013 61pAnORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013

aumentos percentuais das ações de cobrança judicial. Entretanto, em 2013 verificou-se expressiva queda deste tipo de ação, em fev./2013 chegou a 0,22%, representando o menor patamar em ações de cobrança de toda a série, iniciada em jan./1999.

As quotas condominiais sem ação de cobrança tiveram comportamento evolutivo semelhante ao total de inadimplentes, porque representam, aproximadamente 99% dos atrasos de pagamentos dos últimos 12 meses (dez./2012 a nov./2013). Parece óbvio, portanto, que o condômino inadimplente continua preferindo liquidar prioritariamente dívidas com maiores encargos, mas tem o cuidado de não atrasar tanto, de modo que a cobrança não caia na esfera judicial.

cAneLA - Parque Temático Mundo a Vapor

9.4. dIstRIBuIçãO geOgRáfICA dOs COndOmínIOs em PORtO ALegRe: 2013

Considerando a relevância do tema condomínios, o SECOVI/RS e a AGADEMI prosseguiram com a técnica de geoprocessamento para conhecer a distribuição geográfica dos condomínios. Dos 13.723 condomínios de Porto Alegre, 9.404 (68,53%) são do tipo residencial, 533 (3,88%) são condomínios comerciais, 807 (5,88%) são condomínios mistos, e 2.979 (21,71%) não tiveram seu tipo informado.

A seguir o quadro e os mapas, por bairro, referentes à dez./2013.

Page 62: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

62

Bairros N° Condomínios (Residenciais)

N° Condomínios (Comerciais)

N° Condomínios (Mistos)

N° Condomínios (Totais) *

Petrópolis 989 55 36 1.420

Centro Histórico 725 105 112 1.068

Rio Branco 559 41 37 795

Menino Deus 571 22 35 759

Santana 462 8 37 600

Auxiliadora 282 29 14 430

Cidade Baixa 321 15 49 430

Floresta 264 38 52 420

Mon’t Serrat 281 4 5 404

Passo D’Areia 228 16 24 373

São João 249 13 27 364

Bela Vista 234 2 4 358

Partenon 237 3 21 350

Moinhos de Vento 238 36 7 335

Bom Fim 265 10 11 318

Azenha 211 12 39 308

Higienópolis 204 5 3 277

Jardim Botânico 192 5 5 264

Cristo Redentor 177 7 22 262

São Geraldo 127 10 52 237

Independência 184 8 15 233

Santa Cecília 157 4 16 204

Tristeza 92 5 9 197

Jardim Itu-Sabará 107 0 7 194

Vila Ipiranga 125 0 9 186

Santo Antônio 129 0 18 178

Protásio Alves 115 2 3 165

Rubem Berta 99 1 7 155

Sarandi 90 9 15 155

Cristal 112 5 4 154

Bairros N° Condomínios (Residenciais)

N° Condomínios (Comerciais)

N° Condomínios (Mistos)

N° Condomínios (Totais) *

Boa Vista 92 9 3 153

São Sebastião 118 0 0 135

Jardim Lindóia 72 1 2 126

Medianeira 90 1 10 121

Cavalhada 67 3 7 116

Santa Tereza 65 1 3 95

Chácara das Pedras 48 2 3 88

Teresópolis 50 4 9 87

Navegantes 48 8 18 86

Camaquã 55 2 1 81

Bom Jesus 56 2 6 79

Praia de Belas 56 4 3 79

Ipanema 36 1 3 66

Jardim do Salso 57 0 0 66

Três Figueiras 35 3 3 63

Nonoai 38 4 4 62

Restinga 47 1 2 62

Jardim São Pedro 41 1 6 60

Vila Jardim 32 2 6 51

Glória 28 0 3 44

Santa Maria Goretti 29 2 6 42

Farroupilha 31 3 1 40

Humaitá 25 0 3 40

Vila Nova 23 0 0 39

Vila Assunção 19 0 0 29

São José 20 0 1 27

Jardim Carvalho 15 0 3 22

Aberta Dos Morros 8 2 0 21

Cel. Aparício Borges 13 0 0 19

Vila João Pessoa 13 0 0 18

quadRO Nº 37 − dIstRIBuIçãO GEOGRÁFICa dOs CONdOmíNIOs Em pORtO alEGRE - dEz./13

Page 63: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

63PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013

Bairros N° Condomínios (Residenciais)

N° Condomínios (Comerciais)

N° Condomínios (Mistos)

N° Condomínios (Totais) *

Agronomia 5 0 1 13

Guarujá 9 0 0 13

Espírito Santo 3 4 1 11

Hípica 4 0 1 11

Vila Floresta 10 0 0 11

Pedra Redonda 4 0 0 9

Chapéu do Sol 3 0 0 7

Passo das Pedras 3 1 1 7

Vila Conceição 2 0 0 7

Belém Novo 0 1 0 6

Cascata 1 1 0 3

Lomba do Pinheiro 2 0 0 3

Marcílio Dias 1 0 0 3

Belém Velho 0 0 1 2

Farrapos 2 0 0 2

Anchieta 0 0 1 1

Arquipélago 1 0 0 1

Lami 1 0 0 1

Mário Quintana 0 0 0 1

Serraria 0 0 0 1

Total 9.404 533 807 13.723

quadRO Nº 37 − CONtINuaçãO

Fonte: TI SECOVI/RS − AGADEMI*O número de condomínios totais é superior à soma dos tipos, pois nem todos os condomí-nios tiveram seu tipo informado.

63pAnORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013

Page 64: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

6464

Examinando-se a distribuição geográfica dos mapas do total dos condomínios em Porto Alegre, referentes à dez./2013, constata-se que, entre as faixas de distribuição, a maior concentração está na de 400 a 1.500 condomínios, sendo que 46,10% estão localizados nos bairros Petrópolis, Centro Histórico, Rio Branco, Menino Deus, Santana, Auxiliadora, Cidade Baixa, Floresta e Mon’t Serrat.

Classificando-se os condomínios quantitativamente, quanto à localização, por bairro, verifica-se que acima de 200, representam 74,39% (10.209). São eles: Petrópolis, Centro Histórico, Rio Branco, Menino Deus, Santana, Auxiliadora, Cidade Baixa, Floresta, Mon’t Serrat, Passo D’Areia, São João, Bela Vista, Partenon, Moinhos de Vento, Bom Fim, Azenha, Higienópolis, Jardim Botânico, Cristo Redentor, São Geraldo, Independência e Santa Cecília.

mapa 3 - dIstRIBuIçãO GEOGRÁFICa dO tOtal dE CONdOmíNIOs Em pORtO alEGRE - dEz./13

Fonte: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

Page 65: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

65PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013

Dos 13.723 condomínios totais existentes em Porto Alegre, 9.404 são residenciais, representando 68,53%. Por apresentarem grande percentual dos condomínios totais, os condomínios residenciais possuem distribuição geográfica semelhante. Verifica-se forte concentração de 50,18% na faixa entre 250 a 1.000, que estão localizados nos bairros Petrópolis, Centro Histórico, Menino Deus, Rio Branco, Santana, Cidade Baixa, Auxiliadora, Mon’t Serrat, Bom Fim e Floresta.

mapa 4 - dIstRIBuIçãO GEOGRÁFICa dOs CONdOmíNIOs REsIdENCIaIs Em pORtO alEGRE - dEz./13

Fonte: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

65pAnORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013

Page 66: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

66

Porto Alegre tem 13.723 condomínios, 533 deles são sabidamente comerciais e representariam 3,88%. Eles distribuem-se mais fortemente no Centro Histórico, com 19,70%. Outros 41,46% espalham-se pelos bairros Petrópolis, Rio Branco, Floresta, Moinhos de Vento, Auxiliadora e Menino Deus. Os restantes se dispersam por outros bairros em menor quantidade.

Fonte: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

66

mapa 5 - dIstRIBuIçãO GEOGRÁFICa dOs CONdOmíNIOs COmERCIaIs Em pORtO alEGRE - dEz./13

Page 67: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

67PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013

Dos 13.723 condomínios totais existentes em Porto Alegre, 807 são mistos, representando 5,88%. Verifica-se forte concentração de 13,88% no bairro Centro Histórico, 18,96% distribuídos entre os bairros Floresta, São Geraldo e Cidade Baixa (faixa de 40 a 79) e outros 34,45% distribuídos entre bairros da faixa de 20 a 39 condomínios, dos quais se destacam os bairros Azenha, Rio Branco, Santana, Petrópolis e Menino Deus.

Fonte: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

67pAnORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013

mapa 6 - dIstRIBuIçãO GEOGRÁFICa dOs CONdOmíNIOs mIstOs Em pORtO alEGRE - dEz./13

Page 68: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

6868

BoM PrincÍPio - Parque Municipal do Morangão

Page 69: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

69PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013

O SECOVI/RS e a AGADEMI acompanham, mensalmente, as principais variáveis do mercado imobiliário principalmente no que se refere aos quantitativos de ofertas para locações e preços, comercialização de imóveis usados, despesas de condomínios, inadimplências de aluguéis e condomínios. Realizam, também, comparativos com os indicativos macroeconômicos em níveis regionais e nacionais, inclusive de inflação. Neste Panorama, acrescentou-se avaliação sobre a variação do comportamento do mercado e o reflexo, sobre ele, das crises econômicas internacionais.

No exterior, a crise que ainda percorre a Europa influenciou também o mercado de imóveis. Porém, segundo dados da Cushman & Wakefield (C&W), investidores continuam dispostos a adquirir imóveis em mercados mais estáveis como França, Alemanha e Reino Unido. E ainda, há aqueles que em busca de oportunidades melhores, admitem estarem prontos para assumirem maiores riscos noutros mercados do continente.

Esse momento delicado pelo qual passa boa parte da Europa atraiu muitos investidores brasileiros do mercado imobiliário, assim como ocorreu em 2008 com a crise americana. Porém, de acordo com estudos, apesar da crescente procura por imóveis em países da Europa, a preferência dos investidores brasileiros para este tipo de investimento ainda continua sendo os Estados Unidos.

No quinquênio, o percentual de crédito imobiliário em relação ao PIB elevou-se em 5,4 p.p.. Segundo dados do Banco Central, esse percentual em jun./2013 era de 7,5%, enquanto em 2008 era de 2,1% (dados de junho, segundo a Infomoney). Como esse percentual ainda é considerado pequeno, quando comparado a grandes potências mundiais, significa que ainda há um grande espaço para crescimento, informação importante para quem deseja investir no segmento.

O MeRCADO IMOBILIÁRIO nO COnteXtO eCOnÔMICO DO QUInQUÊnIO 2009/2013

10Todo investimento, tanto no mercado externo quanto interno deve ser

analisado cautelosamente, considerando suas peculiaridades. No Brasil, nos últimos anos, investimentos em imóveis tiveram ótimos resultados. Embora a valorização dos residenciais em 2013 tenha desacelerado com relação a 2012, os imóveis ainda continuam atraentes, superando muitas outras opções de investimento.

Com a população brasileira crescendo e com o declínio do número de habitantes por domicílio, fatores identificados na PNAD/2012, relacionados ao fato de que, ainda que não de preferência universal, uma das aspirações do brasileiro é comprar a casa própria, o mercado é próspero.

Como ressaltado no Panorama 2012, a habitação ao longo dos anos, não aparece exclusivamente como fator de qualidade de vida, mas passa a ganhar cada vez mais espaço no mundo dos negócios.

No mercado da capital do Rio Grande do Sul, nos últimos 5 anos a Prefeitura Municipal de Porto Alegre (PMPA) emitiu 195.315 guias de ITBI representando a quantidade de transações feitas no período. No mesmo período, o SINDUSCON-RS levantou a venda de 24.604 imóveis novos.

Apesar de que se sabe que o imóvel novo vendido acaba sendo escriturado 2 a 3 anos posteriormente a data da venda, assumindo-se que estamos trabalhando com médias, poderíamos chegar às seguintes conclusões:

•Nosúltimos5anos,amédiadenegóciosimobiliáriosanuaisemPortoAlegrefoi de 39.063;

•Imóveisnovosvendidostiveramamédiaanualde4.920imóveis;•Dototaldeguias,istoé,dasvendas,pode-seinferirque12,60%representam

imóveis novos/lançamentos.

69pAnORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013

Page 70: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

70

GRAVATAÍ - A bromélia é a flor símbolo da cidade

Com relação à inadimplência em Porto Alegre, em 2013, houve aumento no patamar da inadimplência para aluguéis (da média de 4.27% em 2012 para 4,41% em 2013) e aumento no patamar para condomínios (da média de 13,82% em 2012 para 15,61% em 2013). As comparações acima citadas referem-se ao período dez./2012 a nov./2013 versus o mesmo período do ano anterior, dez./2011 a nov./2012.

No mesmo período, observamos uma certa estabilidade tanto na inadimplência do comércio de Porto Alegre (média de 12,74% em 2012 para 12,99% em 2013) como nos cheques sem fundo no Brasil (média de 20,12% em 2012 para 20,15% em 2013).

Para a inadimplência do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), a comparação com os demais resultados ficou impossibilitada em função de informações mais atuais estarem ainda num período de apuração. Nos últimos 12 meses disponíveis (jul./2012 a jun./2013), a média da inadimplência do SFH foi 4,07%, enquanto no período anterior (jul./2011 a jun./2012) era de 5,27%.

O quadro permite a análise detalhada, mês a mês, das variações de indicadores específicos do ramo imobiliário, ou a ele correlacionados, nos últimos 24 meses.

InADIMpLÊnCIAS nO BIÊnIO 2012/201311

70

Page 71: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

71PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013

quadRO N° 38 - EvOluçãO dE vaRIÁvEIs dO mERCadO ImOBIlIÁRIO Em pORtO alEGRE E ChEquEs sEm FuNdO NO BRasIl – dEz./11 a NOv./13

Variação (%)

Meses Taxa de Desemprego

Velocidade de Locações

Velocidade de Vendas Imóveis

Novos

Inadimplência de Condomínios

Inadimplência de Aluguéis

Inadimplência do Comércio**

Inadimplência do SFH

Cheques sem fundo***

ITBI

Dez./11 6,4 39,19 8,69 11,82 4,23 9,1 5,36 19,92 1,98

Jan./12 6,5 26,73 5,51 12,92 4,13 10,7 5,09 19,31 -17,69

Fev./12 7,0 30,78 4,29 12,85 4,25 13,1 5,06 20,02 -25,99

Mar./12 7,6 27,49 8,44 12,79 3,95 14,1 4,93 21,88 57,46

Abr./12 7,8 23,70 11,71 12,84 3,64 11,5 4,81 20,81 -9,09

Maio/12 7,3 23,50 12,57 14,28 3,43 16,1 4,69 21,98 -3,66

Jun./12 7,2 19,12 10,66 14,34 4,21 10,9 4,56 20,17 25,14

Jul./12 7,0 23,65 6,30 13,12 4,44 13,9 4,42 19,96 7,03

Ago./12 6,9 22,53 4,78 13,85 4,28 10,8 4,25 19,66 14,63

Set./12 6,9 17,19 4,73 15,11 5,51 13,4 4,42 18,69 -26,29

Out./12 7,0 16,70 8,24 14,84 4,70 14,3 4,29 19,36 20,80

Nov./12 7,0 18,21 8,42 17,08 4,50 15,1 4,18 19,63 -12,20

Dez./12 6,5 13,89 5,35 13,18 4,60 11,8 4,03 20,45 -6,01

Jan./13 6,3 18,96 3,91 16,23 3,59 12,8 3,97 20,18 -4,50

Fev./13 6,2 19,37 6,09 17,77 4,65 13,8 4,00 19,00 -30,55

Mar./13 6,5 20,11 14,04 17,65 4,30 13,1 3,97 23,58 39,54

Abr./13 6,5 19,52 11,05 16,02 4,21 13,7 3,88 20,86 22,63

Maio/13 6,5 16,08 7,77 15,74 4,54 13,3 3,80 21,54 0,73

Jun./13 6,6 15,22 9,74 16,17 4,75 13,0 3,60 19,44 -1,49

Jul./13 6,7 18,03 5,47 15,48 4,27 13,9 * 20,26 28,75

Ago./13 6,5 16,79 12,74 15,10 4,19 13,5 * 18,74 -14,77

Set./13 6,2 14,77 6,85 15,06 4,22 11,9 * 18,11 -7,21

Out./13 6,1 16,11 7,42 14,22 4,58 12,3 * 19,62 20,75

Nov./13 6,2 12,50 * 14,68 5,02 12,7 * 20,04 -17,47

Fonte: FEE, SECOVI/RS-AGADEMI, SERASA EXPERIAN, CDL/POA, Prefeitura Municipal de Porto Alegre (PMPA), BACEN, DEE SINDUSCON-RS Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI * Dados em apuração** Segundo a CDL/POA, refere-se à inadimplência do comércio, bancos e financeiras*** Compensado por mil

71pAnORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013

Page 72: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

72

O exame dos dados dos últimos anos permite enfoques especiais sobre o que aqui está compilado. Destacamos cinco análises por parecerem particularmente oportunas.

12.1. ImóVeIs ResIdenCIAIs mOBILIAdOs e semImOBILIAdOs

O expressivo aumento na oferta ocorrido nos últimos cinco anos de imóveis residenciais mobiliados e semimobiliados identificados nas pesquisas do SECOVI/RS, mereceu o interesse de entender tal fenômeno que acontece no mercado imobiliário.

Procuramos encontrar respostas para algumas questões como: na visão das imobiliárias, porque se aumentou tanto o número destes tipos de imóveis? Há um perfil específico que procura por estes tipos de imóveis? É mais difícil locar ou vender um imóvel com tais características? No futuro, como se comportarão estes tipos de imóveis?

Com o intuito de sanar tais dúvidas, implementamos uma pesquisa junto às empresas que operam em locação e compra e venda. Para tanto, preparamos um questionário de forma on-line para que as imobiliárias respondessem, visando assim obtermos as respostas sobre o tema proposto. A seguir, os resultados.

Quando questionados sobre quais os motivos que levaram ao aumento na oferta para locação ou venda dos imóveis mobiliados ou semimobiliados, 63,3% dos respondentes afirmaram que “os móveis foram feitos sob medida, dificultando levá-los para outro imóvel”. A segunda opção mais assinalada foi “buscar um público específico que procura imóveis com mobília” com 36,7%.

eStUDOS eSpeCIAIS12

Por possuir características específicas, indaga-se se a negociação deste tipo de imóvel seria mais fácil ou mais difícil. E o resultado obtido foi que 66,7% dos respondentes acreditam ser mais difícil negociar um imóvel com mobília em relação aos imóveis sem mobília. Já 20,0% dos participantes da pesquisa acreditam ter o mesmo grau de dificuldade.

GRÁFICO N° 38 – pERGuNta: quaIs Os mOtIvOs dE tER aumENtadO tãO sIGNIFICatIvamENtE as OFERtas dE ImóvEIs

mOBIlIadOs E sEmImOBIlIadOs?

Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

GRÁFICO N° 39 – pERGuNta: E COmO O sR(a). avalIa O GRau dE dIFICuldadE paRa NEGOCIaR um ImóvEl mOBIlIadO

Ou sEmImOBIlIadO?

Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

Page 73: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

73PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013

Finalizando a pesquisa, questionamos se os imóveis com mobília continuarão crescendo no futuro. E o resultado foi que 56,7% dos respondentes acreditam que no futuro os imóveis mobiliados e semimobiliados crescerão na mesma proporção que os demais imóveis, determinando assim uma equiparação com os demais preços praticados no mercado.

O público que normalmente procura este tipo de imóvel também foi analisado, vindo a mostrar características bastante particulares. A pesquisa apresentou que o principal público a procurar imóveis com as características mobiliadas ou semimobiliadas são as “pessoas que pretendem ficar uma temporada na cidade”, com 66,7% das respostas do estudo. Em seguida, apontaram os “Estudantes/Universitários” com 56,7% e os “casais em processo de separação em função da divisão de bens” com 36,7%.

Conclui-se que alugar ou vender um imóvel mobiliado ou semimobiliado fica mais difícil do que se estivesse completamente vazio.

No que concerne à locação, tais inquilinos preferem alugar por temporada. Estudantes/Universitários e casais que se separam também o preferem.

A venda de imóvel mobiliado ou semimobiliado é mais demorada porque na maior parte das vezes o comprador já tem os seus móveis ou prefere escolhê-los ao seu gosto.

12.2. estudO sOBRe fInAnCIAmentO ImOBILIáRIO - CAIxA eCOnômICA fedeRAL

A Caixa Econômica Federal, segundo a Associação Brasileira de Bancos e o Brasil Econômico (01/11/2013), é a maior Instituição do sistema financeiro quando o assunto envolve crédito imobiliário, tendo 55% de sua carteira voltada para a habitação. O valor de saldo da carteira imobiliária da Instituição na data citada pela fonte correspondia a 69% do mercado.

Devido à grande representatividade, pode-se fazer uma análise consistente do comportamento do financiamento imobiliário nacional com os dados da Instituição. Com o intuito de contribuir para um aprofundamento do tema “financiamentos imobiliários e perfis dos mutuários”, assunto importante no mercado imobiliário, a Caixa Econômica Federal, forneceu gentilmente seus dados, para que pudéssemos divulgar em nosso Panorama.

Os dados extraídos correspondem aos financiamentos nos últimos 5 anos no Brasil, na Região Sul e no Rio Grande do Sul.

GRÁFICO N° 40 – pERGuNta: O sR(a). IdENtIFICa O púBlICO quE maIs pROCuRa pOR EstEs tIpOs dE ImóvEIs?

Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

GRÁFICO N° 41– pERGuNta: O sR(a). aCREdIta quE mudaRÁ O CENÁRIO paRa as OFERtas dEstE tIpO dE ImóvEl NO FutuRO?

Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

quadRO N° 39 – valOREs CONtRatadOs (RECuRsOs aplICadOs), NOs NívEIs GEOGRÁFICOs EstudadOs - 2009 a 2013* (Em mIl REaIs)

*Posição de 30/09/13 - ano incompleto Fonte: Caixa Econômica Federal

Ano 2009 Ano 2010 Ano 2011 Ano 2012 Ano 2013*

R$ (em mil) R$ (em mil) R$ (em mil) R$ (em mil) R$ (em mil)

Brasil 47.053.494 75.929.408 77.402.703 106.196.283 100.625.217

Região Sul 8.896.634 13.554.955 15.172.383 19.837.686 19.340.506

Rio Grande do Sul 3.609.589 5.601.011 5.687.067 7.290.730 6.730.290

Page 74: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

74

reais em financiamentos imobiliários. Com relação aos financiamentos assinados (quantidade de contratos assinados), no ano de 2012 foram assinados mais de 1,2 milhão de contratos, enquanto em 2011 essa quantidade correspondia a pouco mais de 1,0 milhão de contratos, assinalando um aumento de 16,24%.

Em uma análise geral, já se percebe que o crescimento dos valores contratados de 2010 para 2011 foi bem inferior aos identificados nos demais períodos. Tal condição procede nos três níveis geográficos estudados, sendo o Rio Grande do Sul o nível de menor crescimento, com apenas 1,54%.

Já nos financiamentos assinados, em 2011, o nível geográfico Brasil apresentou redução de - 14,12%, cenário bem diferente da Região Sul e do Rio Grande do Sul, que apresentaram crescimento de mais de 25% na quantidade de contratos com relação a 2010.

A seguir, uma análise mais detalhada de cada nível geográfico.

12.2.1. Brasil

Analisando os dados, no Brasil, pode-se perceber extraordinário crescimento dos recursos aplicados para financiamentos imobiliários na comparação do fechamento do ano de 2010 com 2009. O montante de valor financiado passou de aproximadamente R$ 47,1 bilhões para mais de R$ 75,9 bilhões, tendo um crescimento de 61,37%. No mesmo período, a quantidade de contratos assinados cresceu 37,33%.

A Caixa Econômica Federal atingiu, no Brasil em 2012, aproximadamente R$ 106,2 bilhões de reais em contratações do crédito imobiliário. Esse montante é 37,20% maior que 2011, quando foram aplicados mais de R$ 77,4 bilhões de

quadRO N° 40 – FINaNCIamENtOs assINadOs (FamílIas BENEFICIadas), NOs NívEIs GEOGRÁFICOs EstudadOs

- 2009 a 2013*

*Posição de 30/09/13 - ano incompletoFonte: Caixa Econômica Federal

Ano 2009 Ano 2010 Ano 2011 Ano 2012 Ano 2013*

Quantidade Quantidade Quantidade Quantidade Quantidade

Brasil 896.745 1.231.509 1.057.675 1.229.492 1.412.231

Região Sul 139.782 185.512 233.228 253.840 289.413

Rio Grande do Sul 51.509 71.633 89.602 97.800 101.724

Em 2013, considerando as informações até o dia 30 de setembro, os valores contratados para financiamentos na Caixa Econômica Federal (mais de R$ 100,6 bilhões) já correspondiam a aproximadamente 95% do total do ano de 2012. E, a expectativa da Instituição é de que até o final de 2013, sejam atingidos mais de R$ 130 bilhões em financiamentos imobiliários. Com relação à quantidade de contratos, na data, estava em mais de 1,4 milhão e já havia ultrapassado a quantidade total de contratos assinados em 2012 (pouco mais de 1,2 milhão).

Com relação aos financiamentos assinados por dia, para termos a mesma base e assim ser possível a comparação, consideramos para mensuração dos financiamentos, os anos já fechados por 365 dias, e, os meses de 2013 como contendo 30 dias (até setembro, 270 dias). Com isso, na média em 2013, no Brasil são fechados por dia mais de 5.230 contratos de financiamentos imobiliários. Em 2012, eram 3.368 contratos assinados, representando um crescimento de 55,28%. Se compararmos a 2009, quando pelo método eram 2.457 contratos assinados, o crescimento no número de financiamentos assinados na Caixa Econômica Federal chega a 112,90%.

GRÁFICO N° 42 – valOREs CONtRatadOs (RECuRsOs aplICadOs) pEla CaIxa ECONômICa FEdERal, NOs aNOs

dE 2009, 2010, 2011, 2012 E ExpECtatIva paRa 2013

Fonte: Caixa Econômica FederalElaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

Page 75: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

75PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013 75pAnORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013

12.2.2. Região sul

Analisando os dados, na Região Sul, pode-se perceber extraordinário crescimento dos recursos aplicados para financiamentos imobiliários na comparação do fechamento do ano de 2010 com 2009. O montante de valor financiado passou de aproximadamente R$ 8,9 bilhões para mais de R$ 13,5 bilhões, tendo um crescimento de 52,36%. No mesmo período, a quantidade de contratos assinados cresceu 32,72%.

A Caixa Econômica Federal atingiu, na Região Sul em 2012, mais de R$ 19,8 bilhões de reais em contratações do crédito imobiliário. Esse montante é 30,75% maior que 2011, quando foram aplicados mais de R$ 15,1 bilhões de reais em financiamentos imobiliários. Com relação aos financiamentos assinados (quantidade de contratos assinados), no ano de 2012 foram assinados mais de 253,8 mil contratos, enquanto em 2011 essa quantidade correspondia a pouco mais de 233,2 mil contratos, assinalando um aumento de 8,84%.

Em 2013, considerando os dados até 30 de setembro, os valores contratados para financiamentos na Caixa Econômica Federal (mais de R$ 19,3 bilhões) nos três estados da Região Sul já correspondiam a aproximadamente 98% do total do ano de 2012. A quantidade de contratos, na data, estava em mais de 289,4 mil e já havia ultrapassado a quantidade total de contratos assinados em 2012 (pouco mais de 253,8 mil). Até a data, a Região Sul era a segunda no Ranking das grandes regiões quanto à quantidade de recursos aplicados em crédito imobiliário para o ano de 2013, ficando atrás somente da Região Sudeste.

Utilizando método igual ao citado anteriormente quando nos referimos aos financiamentos assinados por dia no Brasil, a média para a Região Sul em 2013 é de 1.072 contratos, sendo 54,13% maior que em 2012, quando pelo método de avaliação, eram assinados 695 contratos por dia. Se compararmos os resultados de 2013 com 2009, quando eram assinados 383 contratos por dia, o crescimento no número de contratos assinados chega a impressionantes 179,90%, demonstrando grande expansão da operação.

12.2.3. Rio grande do sul

No Rio Grande do Sul, também pode-se perceber extraordinário crescimento dos recursos aplicados para financiamentos imobiliários na comparação do fechamento do ano de 2010 com 2009. O montante de valor financiado passou de pouco mais de R$ 3,6 bilhões para pouco mais de R$ 5,6 bilhões, tendo um crescimento de 55,17%. No mesmo período, a quantidade de contratos assinados cresceu 39,07%, sendo superior ao crescimento nacional no período (37,33%).

A Caixa Econômica Federal atingiu, no Rio Grande do Sul em 2012, aproximadamente R$ 7,3 bilhões de reais em contratações do crédito imobiliário. Esse montante é 28,20% maior que 2011, quando foram aplicados aproximadamente R$ 5,7 bilhões de reais em financiamentos imobiliários. Com relação aos financiamentos assinados (quantidade de contratos assinados), no ano de 2012 foram assinados 97,8 mil contratos, enquanto em 2011 essa quantidade correspondia a pouco mais de 89,6 mil contratos, assinalando um aumento de 9,15%.

Em 2013, considerando os dados até 30 de setembro, os valores contratados para financiamentos na Caixa Econômica Federal (mais de R$ 6,7 bilhões) no Rio Grande do Sul já correspondiam a mais de 92% do total do ano de 2012. A quantidade de contratos, na data, estava em mais de 101,7 mil e já havia ultrapassado a quantidade total de contratos assinados em 2012 (97,8 mil).

Ressaltando que para o cálculo de contratos por dia, o SECOVI/RS utilizou como padrão ano como 365 dias e mês como 30 dias, somando até set./2013, 270 dias, sendo de critério próprio e somente para comparação, portanto, sem vínculos com os critérios da Caixa Econômica Federal. Sendo assim, dos dados apurados, no Rio Grande do Sul em 2013 são assinados aproximadamente 377 contratos por dia, enquanto que, no ano passado eram assinados 268, representando um crescimento de 40,61%. Se compararmos 2013 com 2009, pelo método aplicado, quando eram assinados 141 contratos por dia, o crescimento é de 166,97%.

Page 76: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

76

Na série, exposta pelo quadro 41, nota-se que a maior participação do estado na Região Sul foi em 2010, tanto para valores contratados quanto para financiamentos assinados, quando o percentual atingido foi de 41,32% e 38,61%, respectivamente. Em 2013, do total de recursos aplicados em crédito imobiliário na Região Sul do país, cerca de 34,8% foram destinados ao Rio Grande do Sul. Segundo a Caixa Econômica Federal, o estado foi o quinto em âmbito nacional em valores contratados, com mais de R$ 6,7 bilhões, e o quarto em financiamentos assinados.

Com relação à participação percentual do Rio Grande do Sul em relação ao Brasil, observando a série, a maior percentagem para valores contratados foi

quadRO N° 41 - paRtICIpaçãO pERCENtual dO RIO GRaNdE dO sul Em RElaçãO à REGIãO sul

*Posição de 30/09/13 Fonte: Caixa Econômica Federal

Ano 2009 Ano 2010 Ano 2011 Ano 2012 Ano 2013*

Valores contratados (recursos aplicados) 40,57% 41,32% 37,48% 36,75% 34,80%

Financiamentos assinados = quantidade de contratos assinados (famílias beneficiadas)

36,85% 38,61% 38,42% 38,53% 35,15%

quadRO N° 42 - paRtICIpaçãO pERCENtual dO RIO GRaNdE dO sul Em RElaçãO aO BRasIl

*Posição de 30/09/13 Fonte: Caixa Econômica Federal

Ano2009

Ano2010

Ano2011

Ano2012

Ano2013*

Valores contratados (recursos aplicados) 7,67% 7,38% 7,35% 6,87% 6,69%

Financiamentos assinados = quantidade de contratos assinados (famílias beneficiadas)

5,74% 5,82% 8,47% 7,95% 7,20%

Page 77: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

77PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013

B. fator sexo

Analisando o perfil do mutuário por sexo, verificou-se uma maior participação das mulheres nos financiamentos imobiliários, aumentando em 2,9 pontos percentuais na comparação de 2009 com 2013, passando de 35,8% para 38,7%.

GRÁFICO N° 43 – pERFIl dO mutuÁRIO paRa FINaNCIamENtOs ImOBIlIÁRIOs CONFORmE a CaIxa ECONômICa FEdERal NO

BRasIl - 2009 a 2013 - FatOR FaIxa EtÁRIa

Fonte: Caixa Econômica FederalElaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

verificada em 2009 com 7,67% e para financiamentos assinados o auge ocorreu em 2011 com 8,47%.

12.2.4. Perfil do mutuário

Brasil

A. fator faixa etária

No fechamento de 30 de setembro de 2013, 57,7% dos mutuários no Brasil tinham até 35 anos. Essa faixa já abrigou um maior percentual de mutuários em anos anteriores, porém, em 2013, a faixa etária acabou estendendo-se até 45 anos, tendo leve crescimento nesta faixa (36 a 45 anos) quando comparada a 2012 conforme observado no gráfico abaixo.

Dois irMÃos - Berço do café colonial

Page 78: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

78

GRÁFICO N° 44 – pERFIl dO mutuÁRIO paRa FINaNCIamENtOs ImOBIlIÁRIOs CONFORmE a CaIxa ECONômICa FEdERal

NO BRasIl - 2009 a 2013 - FatOR sExO

Fonte: Caixa Econômica FederalElaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

C. fator Renda

Impressionante crescimento de 9,4 pontos percentuais para mutuários com renda de até 3 salários mínimos na comparação de 2013 com 2009. Os percentuais passaram de 23,7% em 2009 para 33,1% no ano corrente, sendo que, a faixa de renda dominante na época (3 a 6 salários mínimos) caiu 10,2 pontos percentuais, passando de 37,2% em 2009 para 27,0% em 2013. Nota-se aí uma mudança no perfil do novo mutuário brasileiro.

Rio grande do sul

A. fator faixa etária

No Rio Grande do Sul, percebe-se um maior percentual, embora que singelo, nas faixas etárias mais elevadas (acima de 46 anos) do que as observadas no Brasil. Assim como no país, no estado, o maior percentual dos tomadores de crédito imobiliário na Caixa encontra-se na faixa etária até 35 anos com 58,7%. Em 2013, houve acréscimo nesta faixa em relação a 2012, quando o percentual era de 57,1%, mas seu auge foi em 2010 quando representou 60,5% dos tomadores de crédito.

B. fator sexo

A elevação da participação das mulheres nos financiamentos imobiliários ainda é maior no Rio Grande do Sul no período analisado do que no Brasil. Na comparação de 2013 com 2009, tomadores de crédito do sexo feminino cresceram 5,2 pontos percentuais, passando de 35,5% em 2009 para 40,7% em 2013.

GRÁFICO N° 45 – pERFIl dO mutuÁRIO paRa FINaNCIamENtOs ImOBIlIÁRIOs CONFORmE a CaIxa ECONômICa FEdERal

NO BRasIl - 2009 a 2013 - FatOR RENda

Fonte: Caixa Econômica FederalElaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

GRÁFICO N° 46 – pERFIl dO mutuÁRIO paRa FINaNCIamENtOs ImOBIlIÁRIOs CONFORmE a CaIxa ECONômICa FEdERal

NO RIO GRaNdE dO sul - 2009 a 2013 - FatOR FaIxa EtÁRIa

Fonte: Caixa Econômica FederalElaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

Page 79: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

79PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013

C. fator Renda

A faixa de 3 a 6 salários mínimos sofreu grande redução, caindo 13,3 pontos percentuais na comparação de 2013 com 2009. Em contraponto, a faixa de renda com até 3 salários cresceu 10,2 pontos percentuais, passando de 27,9% em 2009 para 38,1% em 2013. Assim como no Brasil, a mudança de perfil do novo mutuário é identificada.

Resumindo colocamos em destaque:

- A Caixa atingiu de janeiro a setembro de 2013 mais de R$ 100,6 bilhões em valores contratados em crédito imobiliário no Brasil;

- Considerando os primeiros 9 meses, o ano já ultrapassou a quantidade total de contratos de todo ano de 2012, atingindo até setembro mais de1,4 milhões;

- Os valores contratados no Rio Grande do Sul até 30/09/2013 já correspondiam a mais de 92% de todo o montante contratado no ano 2012;

- O Rio Grande do Sul representou 6,69% do montante fornecido ao crédito imobiliário em 2013 no Brasil e 34,80% da Região Sul, alcançando até set./2013 mais de R$ 6,7 bilhões;

- Os mutuários com até 3 salários mínimos no Brasil representaram 33,1% dos financiamentos em 2013, aumentando em 9,4 pontos percentuais em relação aos mutuários desta faixa salarial em 2009 (23,7%);

- No Rio Grande do Sul, os mutuários com até 3 salários mínimos chegaram a 38,1% dos financiamentos em 2013 crescendo 10,2 pontos percentuais em relação aos mutuários desta mesma categoria salarial em 2009 (27,9%);

- 57,7% dos mutuários que assinaram contratos em 2013 no Brasil tinham até 35 anos enquanto no Rio Grande do Sul este número chegou a 58,7%;

- Ainda predominam na solicitação de financiamento as pessoas do sexo masculino tanto no Brasil (61,3%) quanto no Rio Grande do Sul (59,3%). No entanto, este percentual, em anos anteriores já atingiu patamares mais elevados;

- No Rio Grande do Sul, na comparação de 2013 com 2009, tomadores de crédito do sexo feminino cresceram 5,2 pontos percentuais, passando de 35,5% em 2009 para 40,7% em 2013.

Fontes: Caixa Econômica Federal e ABBC.

GRÁFICO N° 47 – pERFIl dO mutuÁRIO paRa FINaNCIamENtOs ImOBIlIÁRIOs CONFORmE a CaIxa ECONômICa FEdERal

NO RIO GRaNdE dO sul - 2009 a 2013 - FatOR sExO

Fonte: Caixa Econômica FederalElaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

GRÁFICO N° 48 – pERFIl dO mutuÁRIO paRa FINaNCIamENtOs ImOBIlIÁRIOs CONFORmE a CaIxa ECONômICa FEdERal NO RIO

GRaNdE dO sul - 2009 a 2013 - FatOR RENda

Fonte: Caixa Econômica FederalElaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

79pAnORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013

Page 80: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

8080

12.3. sALAs COmeRCIAIs COntInuAm um BOm InVestImentO

O investimento no mercado imobiliário já vem de anos, como reserva de valor e fonte de renda. O dinamismo da economia atrai cada vez mais os investidores a optarem por imóveis comerciais, destacando-se os imóveis do tipo sala/conjunto. Estudos do SEBRAE e dados do SECOVI/RS, complementados com fontes do SINDUSCON-RS, Receita Federal e Banco Central do Brasil, apontam um cenário otimista para o desenvolvimento de Micro e Pequenas Empresas (MPE) a nível nacional e sul-rio-grandense, e o impacto positivo que esse crescimento tem causado no mercado imobiliário.

As mudanças políticas em favor dos Pequenos Negócios, entre elas a criação da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, em 2006, a implantação do Microempreendedor Individual (MEI), em 2009, e a ampliação dos limites de faturamento do Simples Nacional, em 2012, tem contribuído para um aumento considerável no número de novas empresas em nosso país, impulsionando a economia com a geração de renda e empregos.

Segundo dados da Receita Federal, o número de empresas registradas no Simples Nacional expandiu 139,39% de dez./2009 a set./2013, chegando a 7,9 milhões. A principal medida responsável por este crescimento foi a implantação do Microempreendedor Individual, representando 43,04% do total de empresas registrado em set./2013.

Esse cenário econômico mais favorável vem contribuindo também para o aumento das taxas de sobrevivência das Micro e Pequenas Empresas: a taxa de sobrevivência de 2 anos apresenta evolução, de 73,6%, entre as empresas constituídas em 2005, a 75,6% entre as empresas constituídas em 2007, segundo pesquisa publicada em jul./2013 pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE).

No mês de set./2013 os pequenos negócios geraram 159.105 novos empregos. O setor de maior destaque entre as Micro e Pequenas Empresas foi o de Serviços, com a criação de 57.546 postos de trabalho. Destacou-se também o setor de Comércio, gerando 45.974 postos de trabalho, com tendência esperada de manutenção de ritmo forte de contratações até dezembro em função das festas de final de ano. O terceiro maior representante no número de empregos gerados foi o setor da Construção Civil, com 29.767 novos postos de trabalho, conforme dados publicados pela pesquisa Análise do Emprego – Brasil, publicada pelo SEBRAE.

A pesquisa também mostra que, de forma semelhante ao cenário nacional, no estado do Rio Grande do Sul o crescimento no número de Microempresas (ME), Empresas de Pequeno Porte (EPP) e Microempreendedores Individuais também tem sido significante, tendo obtido o quarto lugar no Ranking nacional do saldo de empregos gerados por estas categorias em set./2013, com um total de 12.147 novos postos de trabalho, sendo 4.169 no setor de Serviços, 4.125 no setor de Comércio e 1.456 empregos gerados pela Construção Civil. Além destes setores, no Rio Grande do Sul destacou-se também o setor da Indústria de Transformação, com 1.623 novos postos de trabalho.

O estado gaúcho também apresenta aumento da taxa de sobrevivência de 2 anos, passando de 72,9% para empresas fundadas em 2005 a 75,4% para empresas fundadas em 2007. E, assim como no Brasil, a categoria de maior desenvolvimento foi a dos Microempreendedores Individuais, tendo o Rio Grande do Sul, em dez./2013, mais de 200 mil MEI cadastradas, segundo dados da Receita Federal.

Interessado nessa nova categoria em desenvolvimento, o SEBRAE realizou, no ano de 2012, uma pesquisa nacional com Microempreendedores Individuais, com o objetivo de melhor identificar o perfil deste público. Neste estudo, destacaram-

GRÁFICO N° 49 – EvOluçãO dOs OptaNtEs pElO sImplEs NaCIONal - dEz./09 a sEt./13

Fonte: SEBRAE/Receita FederalElaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

Page 81: Panorama do Mercado Imobiliário 2013 - SECOVI/RS-AGADEMI

81PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013

se os setores Comércio (39%) e Serviços (36%) como os principais ramos de atuação escolhidos pelos Microempreendedores Individuais, seguidos pelo setor Industrial, com 17% dos MEI, e Construção Civil, com participação de 8%. Quando analisadas as participações relativas dos setores entre as MEI e as MPE, percebemos a importância do setor Comércio na constituição de novas empresas. Enquanto ele representa cerca de 40% de todas as MEI registradas, sua participação entre as MPE é ainda mais expressiva, com valor de 56%. Importante salientar que este é o único setor em que a sua participação é maior entre as MPE do que entre as MEI.

Questionados quanto ao local de operação de seu negócio, 43% dos Microempreendedores Individuais disseram operar em sua própria residência, 12% operam o negócio na rua, 11% atendem no local de trabalho do cliente e 34% operam seu negócio em estabelecimento comercial. Sobre as perspectivas de crescimento, 70% dos Microempreendedores Individuais manifestaram a intenção de expandir seu negócio até que ele se tornasse uma microempresa. Dado o aumento observado na taxa de sobrevivência de dois anos e o provável crescimento dos empreendimentos, existe uma forte tendência de que, mesmo empreendedores que atualmente operam seu negócio na própria residência ou no local de trabalho do cliente, futuramente também passem a operar seu negócio em estabelecimento comercial, representando um grande potencial de demanda destes imóveis nos próximos anos.

Desta forma, além de impulsionar a economia do país com a criação de novos postos de trabalho, o desenvolvimento das Pequenas Empresas e Microempreendedores Individuais também incentiva movimentações no mercado imobiliário por meio do aumento da demanda de imóveis do tipo comercial, tornando o mercado imobiliário brasileiro cada vez mais atraente a investidores. Segundo dados do Banco Central, entre jul./2012 e jun./2013 foi investido o total de R$ 95,37 bilhões de reais na aquisição e construção de imóveis comerciais no Brasil, investimento 37,50% maior que o observado dois anos antes, entre jul./2010 e jun./2011. No estado do Rio Grande do Sul, o crescimento foi ainda maior, de 51,31%, tendo totalizado R$ 5,49 bilhões de reais investidos entre jul./2012 e jun./2013, contra os quase R$ 3,63 bilhões investidos entre jul./2010 e jun./2011.

Analisando os dados do XVI Censo do Mercado Imobiliário de Porto Alegre divulgado pelo SINDUSCON-RS em 2013, grande parte dos investimentos em imóveis comerciais novos nos últimos anos foi para salas/conjuntos comerciais de pequeno porte (com até 80m²). Nos últimos quatro anos foram construídas 1.112 salas/conjuntos comerciais de pequeno porte, sendo 78,96% delas com até 45m², 8,45% de 45 a 60m² e 12,59% de 60 a 80m².

GRÁFICO N° 50 – dIstRIBuIçãO dE mICROEmpREENdEdOREs INdIvIduaIs (mEI) E mICRO E pEquENas EmpREsas (mpE)

pOR sEtOREs

Fonte: SEBRAE/Receita Federal (2012)Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

GRÁFICO N° 51 – mICROEmpREENdEdOREs INdIvIduaIs – lOCal ONdE OpERam sEu NEGóCIO

Fonte: SEBRAE

81pAnORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013

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82

O preço de comercialização das salas com até 80m² aumentou 84,91% de 2010 a 2013, atingindo o preço médio de R$ 476.103,42. O INCC-M/FGV (Índice Nacional de Custo da Construção - Mercado) variou, no período de maio/2010 a maio/2013, 24,26%, sendo assim, o preço dos imóveis novos do tipo sala/conjunto, descontada a inflação do período, teve aumento real de 48,81% em três anos.

Segundo os dados do SECOVI/RS, entre os imóveis usados do tipo sala/conjunto disponíveis para comercialização observou-se aumento de 65,43% no número de ofertas de set./2010 a set./2013. Em ritmo semelhante aos imóveis novos, os imóveis usados do tipo sala/conjunto com até 80m² apresentaram aumento de preço de 84,86% neste período, custando em média R$ 191.558,73 em set./2013. Descontada a inflação de 25,02% do INCC-M no período, o aumento real do preço de compra destes imóveis foi de 47,86% em três anos.

GRÁFICO N° 52 – EvOluçãO da OFERta dE ImóvEIs NOvOs dO tIpO sala/CONjuNtO paRa COmERCIalIzaçãO,

COmpaRaçãO pOR tamaNhO dO ImóvEl

Fonte: SINDUSCON-RSElaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

GRÁFICO N° 53 – EvOluçãO dO pREçO médIO dOs ImóvEIs NOvOs dO tIpO sala/CONjuNtO paRa COmERCIalIzaçãO,

COmpaRaçãO pOR tamaNhO dO ImóvEl*

Fonte: SINDUSCON-RSElaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI*Média ponderada

GRÁFICO N° 54 – EvOluçãO dO pREçO médIO dOs ImóvEIs usadOs dO tIpO sala/CONjuNtO paRa COmERCIalIzaçãO,

COmpaRaçãO pOR tamaNhO dO ImóvEl*

Fonte: DEE SECOVI/RS – AGADEMI*Média ponderada

GRÁFICO N° 55 – EvOluçãO dO pREçO médIO dOs ImóvEIs dO tIpO sala/CONjuNtO paRa COmERCIalIzaçãO, COmpaRaçãO

ImóvEIs NOvOs E ImóvEIs usadOs*

Fonte: SINDUSCON-RS; SECOVI/RS – AGADEMI Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI*Média ponderada

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83PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013 83pAnORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013

GrAMADo - Kikito (Festival de cinema)

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Para a locação, observou-se aumento de 163,02% no número de ofertas dos imóveis do tipo sala/conjunto com até 80m². O preço médio de aluguel nesse período subiu 97,97%, chegando a R$ 1.445,53 em set./2013. O IGP-M/FGV (Índice Geral de Preços - Mercado), principal índice utilizado para reajustes no preço de aluguéis, variou conforme seus números índices, no período set./2010 a set./2013, 21,23%. Desta forma, o preço médio de aluguel de imóveis do tipo sala/conjunto com até 80m², descontada a inflação, apresentou crescimento real de 63,30% em três anos, variação superior ao aumento real dos imóveis novos e usados para comercialização no mesmo período.

Ao comparar os dados do SECOVI/RS com o SINDUSCON-RS pode-se destacar o aumento na oferta de imóveis para locação, indicando que as novas salas estão sendo absorvidas pelo mercado, especialmente por investidores. Este fato também está refletido no aumento de preço de aluguel observado entre as salas com até 80m² neste período, que foi, descontada a inflação, maior do que o aumento observado na comercialização de novos e usados. As salas novas, em sua maioria, apresentam melhor estrutura e tecnologia, tendo, portanto, custos de manutenção que refletem nos valores cobrados ao serem disponibilizadas para locação.

Dado este aumento no custo de locação de imóveis comerciais, em conjunto com os incentivos e facilidades para a obtenção de crédito, torna-se mais interessante a um empreendedor que esteja iniciando um negócio a aquisição

GRÁFICO N° 56 – EvOluçãO dO pREçO médIO dOs ImóvEIs usadOs dO tIpO sala/CONjuNtO paRa lOCaçãO,

COmpaRaçãO pOR tamaNhO dO ImóvEl*

Fonte: SECOVI/RS – AGADEMI*Média ponderada

de um imóvel próprio. Para essa escolha, é importante avaliar se o imóvel tem o tamanho e a estrutura necessária para atender às necessidades da empresa a curto e longo prazo, facilidade de acesso, vagas de estacionamento para clientes, visibilidade e proximidade do público alvo. Além de avaliar cuidadosamente o espaçamento e condições de uso do imóvel, uma localização favorável é imprescindível para o sucesso do negócio, especialmente no caso de empresas do setor de comércio.

Percebe-se um crescimento comercial em bairros próximos ao Centro, com destaque de investimento em imóveis novos nos bairros Petrópolis (19,69% do total de salas novas ofertadas nos últimos 4 anos), Moinhos de Vento (11,94%), Floresta (10,59%), Auxiliadora (10,31%) e Bom Fim (10,02%), conforme dados do SINDUSCON-RS. Os bairros Petrópolis, Moinhos de Vento e Floresta apresentaram posições de destaque também no Ranking de ofertas de imóveis para locação, com 5,71%, 4,94% e 4,70% das ofertas de imóveis, respectivamente, conforme dados do SECOVI/RS.

GRÁFICO N° 57 – dIstRIBuIçãO das salas COmERCIaIs NOvas, pROpORçãO sOBRE O tOtal OFERtadO dE 2010 a 2013

Fonte: SINDUSCON-RSElaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

A restrição de espaço disponível para novos empreendimentos fez com que o Centro Histórico fosse pouco representativo no Ranking de bairros, com apenas 5,40% do total de salas novas ofertadas nos últimos quatro anos. Apesar de ter recebido pouco investimento em salas novas, o

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85PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013 85pAnORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013

bairro Centro Histórico tem crescente número de ofertas, representando 26,09% das salas comerciais disponíveis para locação e 28,39% das ofertas de salas usadas para comercialização. De set./2010 até set./2013 o crescimento do número de ofertas destes imóveis no bairro Centro Histórico foi de 114,93% para locação e 20,45% para comercialização.

O aumento no número de ofertas no bairro Centro Histórico pode estar ocorrendo como consequência do crescimento comercial dos bairros próximos ao Centro, as empresas estariam “migrando” para os novos empreendimentos em busca de melhor estrutura. O bairro Centro Histórico apresenta limitações estruturais que dificultam a circulação de veículos, com intenso tráfego e poucas áreas destinadas a estacionamento, tornando-o pouco favorável a empreendimentos que necessitem espaço para carga/descarga de mercadorias, ou empreendimentos que tenham como público pessoas de maior poder aquisitivo, que comumente se deslocam em veículos próprios.

Apesar da dificuldade de circulação de veículos, o Centro Histórico é o ponto de maior circulação de pessoas da cidade, bem servido de transporte público a todas as regiões de Porto Alegre e também da Região Metropolitana. Essa característica propicia um contato direto com o público consumidor, fazendo do Centro um ponto comercial excelente para empresas que invistam em produtos acessíveis à classe média, que continua incorporando mais pessoas.

Como se pode perceber, o mercado de imóveis do tipo sala comercial permanece interessante, e tem se expandido do Centro da cidade em direção aos bairros próximos com alto potencial de exploração comercial, tais como Petrópolis, Moinhos de Vento, Floresta, Auxiliadora e Bom Fim. Assim, surgem novas oportunidades de crescimento às Micro e Pequenas empresas, com possibilidade de expandir ou fundar seu negócio nessas novas regiões, desenvolvendo a economia brasileira, gerando renda, empregos e tributos, além de dar à população mais alternativas de consumo.

Fontes: SECOVI/RS; SINDUSCON-RS; SEBRAE; Banco Central do Brasil; Receita Federal.

12.4. BOLHA ImOBILIáRIA

O assunto “bolha imobiliária” sempre ganha ênfase quando os preços sobem além da inflação. Quando isso acontece, especulações se existe ou não a formação da bolha e quais as consequências decorrentes do estouro dela se tornam um dos assuntos mais comentados por economistas, analistas de mercado e potenciais compradores de imóveis.

Em uma linguagem informal, bolha imobiliária seria um aumento do preço do imóvel muito além do preço normal deste, em um curto espaço de tempo, e que, tende ou não, a não se manter por muito tempo (infla e desinfla).

Alguns especialistas afirmam que o mercado passa por uma bolha imobiliária, outros descartam essa possibilidade. Mas afinal, está ocorrendo bolha imobiliária no Brasil?

De fato, os preços dos imóveis nos últimos anos em algumas cidades brasileiras mais que dobraram quando comparadas com a inflação do período. Dados de Porto Alegre, divulgados pelo SECOVI/RS, mostram que nos 60 meses fechados em out./2013, o preço do m² dos imóveis residenciais usados para venda cresceu 119,48%, enquanto o INCC-M/FGV 38,95% e o IPCA/IBGE 30,82%. Até dez./2013 o acumulado dos cinco anos para o preço do m² dos residenciais chegou a 126,80%.

O estouro da bolha imobiliária nos Estados Unidos em 2008 ainda deixa muitos sob tensão. Supõe-se que o fomentador do estouro da bolha tenha sido o excesso de crédito e a grande especulação no mercado imobiliário americano na época. Segundo especialistas, os bancos americanos chegavam a financiar 110% do imóvel. Isso porque os consumidores até recebiam presentes e viagens se fechassem o negócio. As transações eram feitas pelos bancos sem cuidados maiores com garantias de pagamento. Antes da crise, cada pessoa podia hipotecar até dez unidades e o valor da prestação do imóvel era flutuante, ou seja, se o valor do imóvel subisse, subia-se a parcela mensal.

Segundo a pesquisa “Risco de bolha ou motor do crescimento?” da Bain & Company, nos países mais afetados pela crise imobiliária em 2007/2008, financiava-

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Ainda, segundo o estudo, os principais pontos de alerta são o nível atual de comprometimento de renda, que vem se aproximando de uma zona mais crítica, e a valorização dos imóveis, cujos preços cresceram o dobro da velocidade do crescimento da renda familiar. Há outros dois fatores que podem levar a formação das crises imobiliárias a partir de bolhas: o excesso de concessão de crédito imobiliário e o aumento nas taxas de desemprego. O aumento do desemprego acarreta altos índices de inadimplência.

Em contraponto ao descrito acima, a taxa de desemprego no Brasil vem apresentando taxas de menor relevância, com índices muito baixos. Em out./2013, por exemplo, o percentual apresentado foi o menor desde dez./2012. Considerando apenas os números de outubro de cada ano, o de 2013 foi o menor desde 2002.

Os índices de inadimplência observados em 2012 perderam fôlego em 2013, refletindo uma maior cautela e disciplina do consumidor com relação aos

GRÁFICO N° 58 – pERCENtual FINaNCIadO dO valOR dO ImóvEl pOR paísEs - ltv: Loan-to-vaLue ratio

Fonte: Bain & Company

compromissos assumidos no ano passado, porém, esses índices ainda encontram-se em patamares altos e por isso, devem permanecer sob vigilância.

O mercado brasileiro também é mais cauteloso, possuindo um sistema de financiamento habitacional mais rigoroso quanto à aprovação e liberação do crédito. Compromete apenas cerca de 30% da renda do mutuário e pré-fixa os valores das prestações, podendo ter uma correção anual de acordo com a cláusula do contrato, mas impede que se financie mais de uma vez o mesmo imóvel, sem a quitação total do débito anterior.

Na relação crédito habitacional/Produto Interno Bruto, segundo dados do Banco Central de set./2013, a razão da participação de pessoas físicas e jurídicas estava em 7,9% com aproximadamente R$ 371 bilhões de reais. Em set./2012 este percentual era de 6,4% com aproximadamente R$ 277 bilhões de reais. Segundo analistas, o cenário só é preocupante quando essa relação excede 50% e conforme relatado, o país ainda tem muita margem até atingir este patamar de representatividade.

Ao observarmos o passar do tempo, no longo prazo, tomando-se por base as guias do ITBI, constata-se uma alavancagem no número de guias nos anos de 2005, 2006 e 2007, obtendo significativas variações com relação aos anos anteriores, chegando a crescer 9,7%, 13,6% e 13,7%, respectivamente. Nos últimos 12 meses (nov./2012 a out./2013), o número de guias informado pela Prefeitura Municipal de Porto Alegre (39.678) é -2,08% inferior ao período imediatamente anterior (40.522), demonstrando certa acomodação no ritmo de negociações. No mesmo período de comparação, os preços dos imóveis (valores das transações) estão, em média, 7,63% mais altos.

GRÁFICO N° 59 – NúmERO dE GuIas dO ItBI EmItIdas pOR pERíOdOs - NOv./08 a Out./13

Fonte: Prefeitura Municipal de Porto Alegre (PMPA)Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

se mais de 75% do valor do imóvel. Em casos mais extremos financiava-se até 130%, podendo até mobiliá-lo. Os países que adotavam financiar acima de 75% eram considerados como zona crítica; entre 65 e 75%; zona de atenção e abaixo de 65%; zona segura. No Brasil, como já é possível encontrar empréstimos com até 30 anos, o Loan-to-value ratio-LTV está beirando os 65%, o que levaria os indicadores de “condições de crédito imobiliário” a uma zona de atenção, ainda que não crítica.

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87PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013

Notou-se também, uma maior quantidade de imóveis em estoque. Somente nos residenciais para venda, segundo dados do SECOVI/RS de imóveis usados, em cinco anos, aumentaram 69,85% (período out./2013 com out./2008). Tal fato pode ser atribuído a um arrefecimento do setor, evidenciado através de uma menor velocidade de vendas, conforme exposto no gráfico a seguir.

Segundo a CBIC, o SINDUSCON-RS lançou, nos últimos 60 meses (fechados em ago./2013), 23.633 unidades e vendeu 24.926. No acumulado do ano, já foram lançadas 2.994 unidades e vendidas 3.951. No mesmo período do ano passado, haviam sido lançadas 3.677 unidades e vendidas 3.248. Em contrapartida, a média de unidades ofertadas, ou seja, do estoque total do mês, de set./2012 a ago./2013 foi de 5.552 unidades, enquanto que, no período anterior (set./2011 a ago./2012), havia sido 4.688.

Para especialistas, a redução no número de lançamentos é apenas um reflexo à realidade da demanda (queda de vendas, alto custo da mão-de-obra, inadimplência, são alguns dos fatores que influenciam) bem como, o aumento nas promoções nas vendas, sendo anunciados descontos expressivos, que nada mais é do que um estímulo à compra do estoque existente. Em outras palavras, pode ser conveniente para as construtoras/incorporadoras vender os imóveis por um preço convidativo do que mantê-los em estoque.

Conforme ressaltado no estudo da Bain & Company, na ausência de bolha, o financiamento imobiliário poderá ser o motor de crescimento da construção, pois tem um impacto importante no desenvolvimento econômico e no crescimento do PIB pelo seu efeito ao longo da cadeia de valor inteira, desde o aço e o cimento, até materiais de acabamento, móveis e eletrodomésticos.

Contudo, quando há formação de bolha, e atinge o seu auge, os preços tendem

a cair rapidamente, o que não é identificado através dos números apurados. A denominada “bolha imobiliária” não parece ocorrer atualmente. O que vêm sendo observado é que os preços demonstram desaceleração, porém, tal pode ser considerada um ajuste normal de mercado.

Fontes: Fernando Ferrari, Bain & Company, CBIC, SECOVI/RS, Prefeitura Municipal de Porto

Alegre, BACEN, João da Rocha Lima, Evaldo Alves.

12.5. mOBILIdAde: BReVe AnáLIse de suA ImPORtânCIA nA VIdA dAs PessOAs e seu RefLexO nO setOR ImOBILIáRIO

O termo “mobilidade”, por definição da língua portuguesa, é a facilidade em mudar ou variar. Facilidade esta que há algum tempo não se vê mais, principalmente nos grandes centros urbanos, e que vêm alterando consideravelmente o comportamento da sociedade.

Atualmente, a mobilidade é um assunto de relevante discussão, estando no centro das atenções e gerando um grande desafio para as cidades contemporâneas em todos os lugares do mundo.

GRÁFICO N° 60 – vElOCIdadE médIa dE vENdas, médIa 12 mEsEs, Em pORtO alEGRE - sEt./09 a aGO./13

Fonte: CBIC- Dados SINDUSCON-RS Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

quadRO N° 43 - vENdas NO mês E NúmERO dE uNIdadEs laNçadas - ImóvEIs NOvOs Em pORtO alEGRE – sEt./07 a aGO./13

Fonte: CBIC- Dados SINDUSCON-RSEleboração: DEE SECOVI/RS - AGADEMI

Período Vendas no mês

Nº de Unidades Lançadas

Variação Vendas no mês

Variação Unidades Lançadas

Set./07 a Ago./08 (base) 6.128 6.486 - -

Set./08 a Ago./09 3.817 3.287 -37,71% -49,32%

Set./09 a Ago./10 6.294 5.928 64,89% 80,35%

Set./10 a Ago./11 4.397 4.223 -30,14% -28,76%

Set./11 a Ago./12 4.964 5.522 12,90% 30,76%

Set./12 a Ago./13 5.454 4.673 9,87% -15,37%

87pAnORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013

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88

No âmbito nacional, o debate determinou modificações em diretrizes que regem o assunto. Em janeiro de 2012, foi aprovada pela Presidência da República, a Lei 12.587, que instituiu algumas regras na Política Nacional de Mobilidade Urbana. Essa Lei ficou por 17 anos em tramitação no Congresso Nacional até sua aprovação, o que nos mostra que o problema da mobilidade urbana não é algo recente, e que preocupa, pelo menos, desde a década de 1990.

Ainda, de acordo com o artigo 2° da Lei promulgada, “A Política Nacional de Mobilidade Urbana tem por objetivo contribuir para o acesso universal à cidade, o fomento e a concretização das condições que contribuam para a efetivação dos princípios, objetivos e diretrizes da política de desenvolvimento urbano, por meio do planejamento e da gestão democrática do Sistema Nacional de Mobilidade Urbana.”

A mobilidade está afetando algo essencial para o ser humano: sua qualidade de vida. Qualquer pessoa que precise se locomover no trânsito nos

horários de pico sabe como isso pode ser frustrante. Ficar horas e horas no trânsito, além de ocasionar perda de tempo (que poderia ser gasto com outras coisas) está deixando as pessoas estressadas e esgotadas fisicamente.

frota de Veículos

Nos últimos anos principalmente, o aumento da frota em circulação contribuiu muito para esses enormes congestionamentos. Um estudo recente do IPEA em parceria com a PNAD, mostra que, em 2012, mais da metade dos domicílios brasileiros (54%) dispõe de automóveis ou motocicletas para os deslocamentos de seus moradores. Esse dado retrata a mudança do perfil de mobilidade da população brasileira, cada vez mais estruturado no uso dos veículos privados. De 2008 para 2012, por exemplo, o percentual de domicílios que possuía automóvel ou motocicleta subiu nove pontos percentuais (45% em 2008 para 54% de posse em 2012), sendo que as motocicletas tiveram o maior incremento no período.

GRÁFICO N° 61 – tOtal dE pOssE dE autOmóvEIs E mOtOCIClEtas Em 2012, pOR uNIdadE da FEdERaçãO E tOtal NO BRasIl

Fonte: PNAD/IBGEElaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

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89PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013 89pAnORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013

VAcAriA - Maior produtor de maçã do estado

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Na comparação 2008/2012, segundo o IPEA, o estado do Piauí foi o que mais aumentou sua frota, variando 20,00 pontos percentuais no período. A quantidade de motocicletas foi a responsável pelo resultado, já que, somente neste tipo de transporte, o estado acarretou variação de 21,50 pontos percentuais. As motocicletas tiveram sua frota aumentada em todos os estados no período, e, caíram no Distrito Federal (0,50 ponto percentual). No Rio Grande do Sul, o incremento de carros e motos nos domicílios foi de 6,70 pontos percentuais.

Ainda, segundo o estudo, uma grande parte da população ainda não possui veículos privados à disposição, o que indica uma possível piora das externalidades negativas do transporte individual nos grandes centros urbanos, principalmente nas regiões com menor percentual de motorização (Norte e Nordeste), nos próximos anos. Por outro lado, a indústria automotiva ainda tem bastante campo para se desenvolver e as camadas mais baixas têm mais acesso a esse desejado bem durável.

Segundo o DENATRAN, em cinco anos (comparação set./2013 com set./2008), o número de automóveis e motos cresceu 45,74% no Brasil. Estratificando, os automóveis cresceram 40,53% e a motocicletas, avassaladores 61,11%. Na Região Metropolitana de Porto Alegre, o aumento dos tipos analisados foi de 46,06%. Na capital gaúcha, o percentual atingiu 21,87% de aumento no período, onde carros e motos em set./2013 somaram 647.284 unidades. Já é notório que o trânsito não comporta tantas unidades com fluidez e a solução seria trabalhar mais com o coletivo.

Segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), quanto maior a renda da população, maior será o desejo de usar o transporte individualmente. Muitas pessoas preferem viajar sozinhas pelo conforto, privacidade, flexibilidade de horário e rapidez, diferentemente do que elas experimentariam se estivessem usando o transporte público.

Renda

Com relação à melhora nas condições de renda do trabalhador brasileiro, segundo a PNAD/2012, o rendimento médio mensal real foi estimado em R$ 1.507,00, considerando todas as pessoas de 15 anos ou mais de idade, ocupadas e com rendimento, representando um incremento de 5,8% em relação ao verificado em 2011 (R$ 1.425,00).

O aumento da renda, a expansão da classe média, a estabilidade no emprego, a facilidade de crédito, elevou o potencial de consumo das famílias brasileiras, o que fez com que o mercado automobilístico varejista focasse na propensão destas a consumir.

mercado imobiliário

Corroborando com o aumento da frota de automóveis e o aumento da renda da população, as pessoas, aspirando melhorar seu bem estar e otimizar seu tempo, tendem a querer viver mais próximas do local onde trabalham.

As áreas centrais das cidades são geralmente onde mais se concentram os locais de trabalho e lazer, porém, as possibilidades de expansão são muito baixas. Com a saturação do centro e seu entorno, o crescimento das cidades se volta a locais mais distantes. Concomitantemente, as áreas mais nobres possuem os preços mais altos, limitando seu público consumidor. A localização e os benefícios estruturais são diferenciais nos valores dos imóveis. Em sua maioria, as famílias procuram regiões mais distantes, devido ao seu baixo poder aquisitivo.

Uma fonte de fomento para o desenvolvimento de bairros e regiões são os investimentos comerciais em Shopping Centers, pois impulsiona a economia local, além de gerar empregos, prestação de serviços à população, entretenimento

GRÁFICO N° 62 – FROta tOtal dE vEíCulOs NO BRasIl – sEt.− 2008/2009/2010/2011/2012/2013

Fonte: DENATRANElaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

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91PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013

e lazer. Os Shoppings ainda impulsionam a valorização dos imóveis no entorno, através do crescimento urbano, principalmente no quesito infraestrutura. O mercado imobiliário é um eixo econômico de grande destaque no contexto do desenvolvimento da economia das cidades.

A aquisição da casa própria, embora não seja uma aspiração universal, está entre as prioridades do brasileiro. Percebendo isso, as incorporadoras procuram fazer seus investimentos em locais de maior concentração de pessoas. Desta forma, as periferias se desenvolvem. Com o tempo, os bairros são moldados estruturalmente diante das atividades de mercado. O mercado imobiliário faz girar a economia como um todo, pois gera benefícios não somente às incorporadoras, mas também a quem adquire o imóvel, estimula o comércio, a geração de empregos, etc.

Com vários estímulos e redução de burocracias para se adquirir a casa própria, o mercado imobiliário se viu impulsionado. O que vimos nos últimos anos foram grandes números de lançamentos imobiliários e de contratos efetivamente fechados.

O Programa Minha Casa Minha Vida, lançado pelo governo para impulsionar as atividades de moradia, contribuiu muito para essa alavancagem no setor imobiliário, pois possibilitou o acesso à compra a uma maior parte da população.

Mas os estímulos do governo não se limitam ao Minha Casa Minha Vida. A recente ampliação do valor dos imóveis financiados pelo Sistema Financeiro de Habitação- SFH, onde o trabalhador pode utilizar seu saldo do FGTS para compra, deverá aumentar as possibilidades para as pessoas que sonham em comprar a casa própria. No Rio Grande do Sul, o teto desses financiamentos passou de R$ 500 mil para R$ 650 mil. Segundo o Banco Central, o crédito imobiliário já supera o crédito pessoal como a principal modalidade de oferta de recursos concedida às famílias.

O mercado de imóveis não está atrativo somente para investidores nacionais, passando a atrair também, maior capital estrangeiro. Segundo a Pesquisa da Associação de Investidores Estrangeiros de Imóveis – AFIRE (2012), o Brasil passou de 4º para o 2º lugar entre os países mais atraentes para os investimentos imobiliários globais. As oportunidades de crescimento deste mercado estão chamando a atenção dos investidores estrangeiros e a estabilidade da economia, granjeando investimentos.

migração

Uma melhor condição de renda, o mercado de trabalho aquecido e as condições facilitadas para o financiamento da casa própria, fazem muitos indivíduos migrar em busca de melhores condições de vida, de seu bem estar social.

Segundo o dicionário, entende-se por migração o ato de movimentar-se (passar) de um lugar para outro. Assim, qualquer transição do indivíduo de seu habitat de origem, caracteriza-se migração.

Há algum tempo atrás, notava-se um grande fluxo de pessoas para as grandes metrópoles. Hoje, pode-se perceber que está ocorrendo o sentido inverso: as pessoas estão deixando as grandes metrópoles, procurando lugares mais tranquilos, com maior segurança, melhor deslocamento, menos estresse, entre outros, principalmente onde os custos de vida e o mercado de trabalho se encontrem favoráveis. De fato, a qualidade de vida nas cidades médias está aumentando.

Isso é claramente comprovado através dos números da última estimativa da população, em jul./2013 onde demonstra que a população de Porto Alegre cresceu apenas 2,63% quando comparada a jul./2008. No mesmo período, a cidade de São Leopoldo, por exemplo, localizada na RMPA, cresceu 7,32%.

Segundo pesquisas do Censo 2010, nenhuma localidade com mais de 500 mil habitantes obteve crescimento igual ou superior a 3% e as cidades com mais de 1 milhão de habitantes não tiveram variações consideráveis, permanecendo praticamente estáveis.

Em uma comparação feita entre as capitais, do Censo 2010 com os resultados da amostra de migração que consideraram as pessoas de cinco anos ou mais de idade que não residiam no município em 31/07/2005 em números absolutos, Porto Alegre recebeu, no período, 82.454 migrantes. Porém, foi apenas a 10ª colocada entre os 26 estados e o Distrito Federal, ficando atrás de São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Goiânia, Curitiba, Salvador, Fortaleza e Manaus.

91pAnORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013

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92

GRÁFICO N° 63 – CENsO dEmOGRÁFICO 2010 - REsultadOs da amOstRa - mIGRaçãO - pEssOas dE 5 aNOs Ou maIs dE IdadE quE NãO REsIdIam NO muNICípIO Em 31/07/2005 - CapItaIs - NúmEROs aBsOlutOs

Fonte: Censo 2010

Em números relativos, na comparação com a contagem da população do Censo 2010, Palmas foi a capital que percentualmente mais recebeu migrantes, seguida de Florianópolis, Porto Velho, Vitória e Goiânia. Porto Alegre alcançou a 16ª colocação com 5,9% e o Rio de Janeiro ficou na última posição do Ranking com 3,2%.

GRÁFICO N° 64 – CENsO dEmOGRÁFICO 2010 - REsultadOs da amOstRa - mIGRaçãO - pEssOas dE 5 aNOs Ou maIs dE IdadE quE NãO REsIdIam NO muNICípIO Em 31/07/2005 - CapItaIs - NúmEROs RElatIvOs

Fonte: Censo 2010Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI

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93PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013 93pAnORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013

Na Região Metropolitana de Porto Alegre, em números relativos, na comparação com a contagem da população do Censo 2010, Araricá foi a cidade que percentualmente mais recebeu migrantes com 24,1%, seguida de Glorinha com 19,4%, Nova Santa Rita com 17,3%, Ivoti com 15,4% e Eldorado do Sul com 14,8%.

Considerações finais

Como destacamos no texto, a mobilidade, ou mais precisamente a falta dela, é algo que gera bastante preocupação nas grandes metrópoles. No Brasil, com o crescimento expressivo na quantidade de veículos circulando nas ruas e rodovias e, além disso, a falta de investimentos na ampliação e alargamentos de vias públicas, a situação tende a se agravar.

Fonte: Censo 2010Nota: Porto Alegre não está inserida nesta análise pois seus resultados já foram considerados na comparação entre capitais.

GRÁFICO N° 65 – CENsO dEmOGRÁFICO 2010 - REsultadOs da amOstRa - mIGRaçãO - pEssOas dE 5 aNOs Ou maIs dE IdadE quE NãO REsIdIam NO muNICípIO Em 31/07/2005 - REGIãO mEtROpOlItaNa dE

pORtO alEGRE - NúmEROs aBsOlutOs

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pertencentes às regiões metropolitanas (RMs) gastam um tempo significativamente maior nos seus deslocamentos casa/trabalho do que os moradores de municípios não metropolitanos. Nos últimos 20 anos os tempos de viagem nas RMs tiveram um crescimento três vezes maior do que os tempos de viagem dos trabalhadores das áreas não metropolitanas, mostrando que os problemas de mobilidade se agravaram intensamente nessas áreas e que as obras de mobilidade até então não foram suficientes para melhorar as condições de deslocamento da população.

Segundo o IPEA resta ao poder público estabelecer políticas para mitigar as externalidades geradas pelo aumento do transporte individual, já que as tendências apresentadas corroboram a tese de piora das condições de trânsito nas cidades brasileiras.

Fontes: IPEA, DENATRAN, PNAD, FGV, BACEN, AFIRE, IBGE, Subchefia para Assuntos Jurídicos

da Casa Civil da Presidência da República.

Regiões muito congestionadas, principalmente aquelas que possuem difícil acesso em determinados horários, podem desestimular empresas a se instalarem por lá, prejudicando seu desenvolvimento, e, em contrapartida, estimular moradores de prédios residenciais a procurar outros locais para adquirir residência.

Com a renda do brasileiro aumentando e uma situação econômica estável, muitas pessoas, com o intuito de fugir destes enormes congestionamentos, estão migrando para locais mais próximos de onde trabalham, assim, podem aproveitar este tempo perdido no trânsito com outras coisas, como estudo, família e lazer, por exemplo.

Os locais escolhidos para as novas residências podem ser na mesma cidade ou em outras. Conforme apresentamos, alguns dos destinos mais procurados são as regiões metropolitanas. No entanto, elas também começam a apresentar problemas de locomoção devido ao maior número de moradores. Segundo os Indicadores de mobilidade urbana da PNAD/2012 (IPEA), os moradores de municípios

QUATro irMÃos - centro de cultura Leopoldo cohen

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95PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013

As informações apresentadas, as análises e os comentários contidos neste “Panorama do Mercado Imobiliário” referentes ao ano de 2013 possibilitam, entre outras, as seguintes considerações:

13.1 – O período de jan./2013 a dez./2013 registrou aumento, em média, de 19,09% do estoque de imóveis para locação quando comparado com o mesmo período dos 12 meses anteriores.

13.2 − Os preços médios dos aluguéis residenciais ofertados oscilaram, nos últimos 12 meses (jan./2013 a dez./2013), em média 7,81%, percentual acima do crescimento do IGP-M 5,51%; no mesmo período.

13.3 − A inadimplência no pagamento dos aluguéis, em Porto Alegre, entre dez./2012 e nov./2013, em média foi de 4,41%, percentual superior ao registrado no período imediatamente anterior (dez./2011 a nov./2012), que foi, em média, 4,27%. Considerando inadimplência o atraso a partir de um dia, em nov./2013 registrou-se o mais alto percentual nos últimos 12 meses, com 5,02% dos inquilinos. Entre as economias inadimplentes, 0,75% possuíam ações de despejo, no mesmo mês.

13.4 − A velocidade média de vendas de imóveis novos de nov./2012 a out./2013 atingiu o nível de 8,24%, enquanto no mesmo período do ano anterior (nov./2011 a out./2012) havia sido 7,84%. No período atual, destacou-se o mês de março, com 14,04%, enquanto em janeiro foi de apenas 3,91%. (Fonte: SINDUSCON-RS)

13.5 − A velocidade média de locações dos últimos 12 meses (dez./2012 a nov./2013), foi de 16,78% e apresentou desaceleração em relação à média do mesmo período do ano anterior (dez./2011 a nov./2012) quando esteve em 24,07%.

13.6 − Nos financiamentos, no âmbito da aquisição de imóveis, o estado do Rio Grande do Sul, entre jul./2012 a jun./2013, teve destinado 6,16% dos recursos

COnCLUSÕeS 13 para a aquisição de imóveis. Já nos financiamentos para a construção, o Rio Grande do Sul recebeu em torno 4,86%. No total dos financiamentos (agregando os recursos de aquisição e construção), o Rio Grande do Sul teve destinado 5,76% dos recursos aplicados no setor no país.

13.7 – A partir da amostragem utilizada de imóveis usados, em Porto Alegre, foram ofertadas 8.118 unidades em dez./2013, enquanto que a média no período de 12 meses (jan./2013 a dez./2013) foi de 7.377 unidades. Já a média mensal, no período jan./2012 a dez./2012, foi de 5.954 unidades, determinando uma variação de 23,90% entre os períodos apurados acima. Com relação aos preços do m², comparando os valores de dez./2012 e dez./2013, o preço médio dos apartamentos de 2 dormitórios registrou alta de 12,39%, enquanto o de 3 dormitórios subiu 13,95%.

13.8 − As despesas condominiais, apuradas por pesquisa mensal, em Porto Alegre, mostraram aumento de 12,81%, considerando-se os últimos 12 meses (dez./2012 a nov./2013).

13.9 − A inadimplência no pagamento das quotas condominiais, em Porto Alegre, no mês de nov./2013, considerando-se atraso mínimo de um dia, atingiu 14,68% na média ponderada por tipo de imóvel das economias pesquisadas, enquanto em nov./2012 era de 17,08%. Com ação judicial de cobrança estavam, apenas, 0,34% das economias incluídas na pesquisa em nov./2013. Ainda, neste mês, imóveis residenciais apresentavam 15,24% de unidades em atraso, enquanto os comerciais registravam 11,54%.

13.10 − Estima-se que, no ano de 2013, cerca de 89.617 imóveis alugados eram ocupados por aproximadamente 212.392 inquilinos.

13.11 − Calcula-se que aproximadamente 11,0% do total de domicílios da capital encontravam-se em aglomerados subnormais conforme o Censo 2010. Projetando-se este percentual sobre o número de domicílios estimados no ano 2013, encontra-se um défice habitacional aparente de aproximadamente 58.770 unidades, pelo critério das pessoas residentes.

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O saudoso Professor Alvaristo Padilha recomendava não deixar de inserir numa retrospectiva um prognóstico para o novo ano. Numa economia turbulenta como a dos dias de hoje, onde se erra mais do que se acerta as previsões, em homenagem àquele grande estatístico, vamos arriscar e confiar que a realidade seja melhor que a expectativa.

- No cenário internacional, o ano de 2014 deve ser melhor que o de 2013, com os países da zona do euro tendo sua situação amenizada. Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), a economia do bloco apresentou contração em 2013, porém, mesmo que pequeno, em 2014 terá resultado positivo. Os EUA devem permanecer em recuperação e a China, estabilizar seu crescimento;

- Na economia brasileira, acredita-se que o PIB se comportará de maneira semelhante a 2013, sem grandes alterações. O FMI recomenda que, para consolidar o crescimento, os países latino-americanos devem “fortalecer medidas fiscais, conter o avanço de vulnerabilidades financeiras e buscar reformas que estimulem o crescimento econômico”.

- Para o mercado imobiliário, supõe-se que a dinâmica seja parecida com 2013, comportamento que, aliás, vem sendo visto desde 2012;

- Ainda, espera-se dos incorporadores alguma redução na produção dos imóveis, optando por liquidar seus estoques;

- Os lançamentos esperados para os próximos anos tendem a ser cada vez mais compactos devido à falta de terrenos e da demanda por áreas bem localizadas, além de ajustar o preço do imóvel à capacidade de pagamento do mercado;

- Especula-se que haverá uma maior liberação de recursos para os financiamentos imobiliários do que a observada em 2013.

eXpeCtAtIVAS pARA 2014 14

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97PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013

A elaboração deste Panorama não poderia ter sido concretizada sem a colaboração inestimável de todos os nossos parceiros. Gostaríamos de agradecer a todos que direta ou indiretamente participaram da elaboração deste, especialmente à direção e funcionários das imobiliárias que prestimosamente nos dão suporte para a realização dos trabalhos. Também, a relevante contribuição da Secretaria Municipal da Fazenda da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, da Caixa Econômica Federal, do Núcleo de Pesquisa Econômica Aplicada do Centro de Estudos e Pesquisas Econômicas (IEPE) da UFRGS, do SINDUSCON-RS e da Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre.

AGRADeCIMentOS 15

seCOVI/Rs – AgAdemI

COORdenAçãO de InteLIgênCIA CORPORAtIVACarolina Cioccari Lannes Alves

dePARtAmentO de eCOnOmIA e estAtístICA Lucineli Jeremias da Silva Martins – Economista – CORECON/RS – 7942 Pricila Henkes Maciel – Estatística – CONRE 4ª região 9759 Luís Gustavo Raimundo Avila Cíntia Dias Pedroso Alexandro Guerra Felber

Consultoria: Scatter Consultoria em Estatística Sociedade Simples Ltda estatístico responsável: Alexandre Vitoria Monguilhott – CONRE 4ª região 8982

COORdenAçãO de mARKetIng Maria Angélica Schroder GarciaColaboração: Patrícia Moreira Hleveina

Porto Alegre, 15 de janeiro de 2014.

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dIRetORIAs seCOVI/Rs – AgAdemI

gestãO 2010/2014

PRESIDENTEmoacyr schukster

1º VICE-PRESIDENTEgaspar fiorini

VICE-PRESIDENTE DE CONDOMÍNIOSsimone Camargo

VICE-PRESIDENTE DE COMERCIALIZAÇÃOgilberto Cabeda

VICE-PRESIDENTE DE LOCAÇÕESLeandro Rossi de moraes Hilbk

PROJETO GRÁFICO E EDITORAÇÃOengenho de Ideias

FOTOGRAFIASfábio Rebelo

VICE-PRESIDENTE FINANCEIROflávio Roberto stefani

VICE-PRESIDENTE DE RELAÇÕES DO TRABALHOJane z. simões Pires

VICE-PRESIDENTEAdão Alves de Oliveira

VICE-PRESIDENTEWalter Antonio scuccimarra marichal

VICE-PRESIDENTEmarcelo Luiz mignone Callegaro

VICE-PRESIDENTEVéra Lucia Hahn

SUPERINTENDENTEHelena terezinha do Amaral gomes

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MosTArDAs - Parque nacional da Lagoa do Peixe

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TV. FRANCISCO DE LEONARDO TRUDA, 98 / 9º ANDARPORTO ALEGRE / RS / CENTRO HISTÓRICO / 90010-050

FONE: (51) 3221.3700 / FAX: (51) [email protected]

www.secovirsagademi.com.br

noVA PeTrÓPoLis - Labirinto Verde