panfleto aduff - greve 2012
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Panfleto explica o indicativo de deflagração de greve dos professores nas universidades federais.TRANSCRIPT
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Em reunião realizada no último sábado (dia 12), em Brasília, os docentes do setor das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes)
do ANDES-SN decidiram entrar em greve a partir de 17 de maio. A greve foi aprovada sem nenhum voto contrário, com 33 votos favoráveis e três abstenções. A reunião contou com a presença de 60 representantes de 43 Ifes. No momento da votação estavam presentes docentes de 36 instituições.
No entanto, na última Assembleia Geral da ADUFF, aprovamos o indicativo de greve a partir de 22 de maio, com nova Assembleia Geral no dia 17 para deliberar sobre o assunto. O conjunto dos docentes presentes à última Assembleia aprovou o indicativo de greve, apontando a necessidade de intensificar a mobilização em nossa universidade, articulando com servidores técnico-administrativos e discentes.
A pauta da greve, definida com base na Campanha 2012 dos professores federais, aprovada no 31º Congresso do ANDES-SN e já protocolada junto ao governo desde fevereiro, tem dois pontos: a) reestruturação da carreira docente, prevista no Acordo 04/2011, descumprido pelo governo federal, com valorização do piso e incorporação das gratificações; b) valorização e melhoria das condições de trabalho docente nas Ifes.
A categoria pleiteia carreira única com incorporação das gratificações em 13 níveis remuneratórios, variação de 5% entre níveis a partir do piso para regime de 20 horas correspondente ao salário mínimo do Dieese (atualmente calculado em R$ 2.329,35), e percentuais de acréscimo relativos à titulação e ao regime de trabalho. Atualmente, o piso é de R$ 557,51 e a malha remuneratória não obedece a uma sequência lógica. O governo tem se mostrado intransigente nas negociações sobre a carreira, e chega ao final do processo de negociação sem sinalizar o atendimento às nossas demandas.
Os professores também reivindicam melhoria das condições de trabalho dos docentes e servidores técnico-administrativos, assim como das condições de estudo nas Universidades e Institutos Federais. Vivemos um processo de expansão das Universidades federais que levou à precarização das condições de trabalho, com salas lotadas, excesso de disciplinas e de orientações na graduação e na pós-graduação, ausência de laboratórios e estrutura para pesquisa e extensão, e de uma política efetiva de assistência estudantil. Problemas que, evidentemente, afetam não apenas os docentes, mas também os servidores técnico-administrativos e os estudantes.
Greve nacional dos professores das Universidades FederaisPor carreira docente e condições de trabalho e estudo
A nova Assembléia Geral da ADUFF, que vai discutir
o indicativo de greve a partir de 22 de maio acontece nesta quinta-feira, dia 17, às 15 horas, no auditório Florestan Fernandes, da Faculdade de Educação (Gragoatá, Bloco
D). Compareça! Depois da Assembléia, às 17h, faremos um ato público no
campus do Gragoatá.
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Ao longo de meses, durante 2011, estivemos negociando com o governo federal um reajuste salarial. Estamos, assim como o conjunto
dos servidores públicos federais, há cerca de dez anos sem receber aumento real. Ao longo dos últimos anos, recebemos, no máximo, recomposição de perdas inflacionárias e correção de distorções. Ano passado, diante da possibilidade de greve, o governo federal ofereceu um acordo, que incluía um reajuste emergencial de 4% e a incorporação da Gemas (Gratificação Especial do Magistério Superior) ao Vencimento Básico, nossa reivindicação antiga, além da constituição de um Grupo de Trabalho para negociação do plano de carreira. O reajuste de 4%, previsto para entrar em vigor em março, ainda não se efetivou. Pelo contrário, o Projeto de Lei vinha tramitando lentamente no Congresso Nacional.
Agora, diante do crescimento da mobilização docente, o governo federal anunciou que o projeto de lei relativo ao Acordo 04/2011 foi transformado em Medida Provisória, e publicado no Diário Oficial neste dia 14 de maio. A medida tem o objetivo de confundir e desmobilizar os docentes.
Porém, é preciso atenção para não confundir as pautas. A Medida Provisória atende apenas a um acordo firmado em 2011. Este ano, a pauta dos docentes das universidades federais traz como pontos prioritários a reestruturação da carreira docente e a melhoria das condições de trabalho nas Instituições Federais de Ensino Superior. Quanto a essas reivindicações, o governo não deu qualquer sinalização. E é por isso que construímos essa greve.
O engodo dos 4% não enfraquecerá a greve
Gestão “Mobilização docente e trabalho de base” e Comando de Mobilização
Seção sindical do AndesFiliado à CSP/CONLUTAS
Associação dos Docentes da UFF
ADUFFSSind
Ao lado de servidores técnico-administrativos e estudantes, em defesa da Universidade pública, gratuita e de qualidade
Entendemos que a precarização das condições de trabalho não afeta apenas os docentes. Servidores técnico-administrativos também sofrem a
sobrecarga de trabalho, e estudantes vêm sua formação ser diretamente prejudicada. O tripé, que deveria ser a base da formação na Universidade - ensino, pesquisa e extensão - está sendo desmontado, e a Universidade vai
se transformando rapidamente em “escolão”.Por isso, convocamos todos aqueles que defendem
a Universidade pública, gratuita e de qualidade a construir a greve e a mobilização. Precisamos mostrar ao governo a força de nossas reivindicações, e para isso, é fundamental construirmos juntos essa luta!
Docentes em estágio probatório, substitutos, temporários
e visitantes têm o direito legal de fazer greve. Ressaltamos isto porque estão entre os que mais sofrem
os efeitos da precarização das condições de trabalho e, muitas vezes, são submetidos a situações de grave assédio moral.
O parecer da assessoria jurídica do ANDES-SN está disponível em www.aduff.org.br
ATO PÚBLICO NA PRAÇA DO ARARIBÓIA
(Em frente às barcas)No dia 22 de maio, às 16 horas.
Participem!