osteoporose mariana bruinje cosentino. osteoporose fraturas por fragilidade óssea são...
TRANSCRIPT
OsteoporoseMariana Bruinje Cosentino
Osteoporose
Fraturas por fragilidade óssea são responsáveis por alta morbimortalidade, dor crônica, hospitalização e custos econômicos
80% das fraturas em mulheres após 50 anos Fratura de quadril ou vértebra aumentam mortalidade 20% das mulheres e 10% dos homens após fratura
recebem tratamento e prevenção para osteoporose
2010 Clinical practice guidelines for the diagnosis and management of osteoporosis. CMAJ
Objetivos
Conceito Fatores de risco Causas secundárias Indicações de densitometria óssea Prevenção Tratamento
OSTEOPOROSE
Conceito
Fratura é a principal manifestação clínica Vértebras, fêmur e antebraço
OSTEOPOROSE
Consenso Brasileiro de Osteoporose. Rev Bras Reumatol Vol 42, 6. 2002; 343-54.
Distúrbio osteometabólico caracterizado por diminuição da densidade mineral óssea com
deterioração da microarquitetura óssea e aumento da fragilidade esquelética e do risco de fraturas.
Fatores de RiscoOSTEOPOROSE
Fatores maioresSexo feminino
Baixa massa óssea
Fratura prévia
Raça asiática/ caucásica
Idade avançada
História materna fratura
Menopausa precoce
Tratamento com corticóide
Fatores menoresAmenorréia
Hipogonadismo
Perda de peso ou baixo IMC
Tabagismo
Alcoolismo
Sedentarismo
Drogas que induzem perda óssea
Imobilização prolongada
Dieta pobre em cálcio
Doenças que induzem perda óssea
Consenso Brasileiro de Osteoporose. Rev Bras Reumatol Vol 42, 6. 2002; 343-54.
Fatores de Risco
Pinheiro et al. FRAX: construindo uma idéia para o Brasil. Arq Bras Endocrinol Metab. 2009; 53-6.
OSTEOPOROSE
Causas secundáriasOSTEOPOROSE
Endocrinopatias:- Hipogonadismo, - Síndrome de Cushing- Acromegalia- Hipertireoidismo- Hiperparatireoidismo- Puberdade atrasada- Deficiência de GH- DM tipo I
Doenças do colágeno:- Osteogênese Imperfeita- Homocisteinúria- Síndrome de Ehlers-Danlos- Síndrome de Marfan- Síndrome de Menkes- Intolerância protéica lisinúrica
Induzida por drogas:- Corticóide- Hormônios tireoideanos- Uso crônico de heparina- Anticonvulsivantes- Análogos do GnRH- Quimioterápicos- Hidróxido de alumínio- Lítio Hematológicos:- Mastocitose Sistêmica- Mieloma Múltiplo Gastrointestinais:- Gastrectomias- Síndrome de má-absorção- Icterícia obstrutiva- Cirrose biliar- Imobilização prolongada
Diagnóstico – História clínica
Investigação de fatores de risco• Mulheres pós menopausa com fator de risco• Mulheres após 65 anos• Homens com fator de risco
Identificar pacientes com risco de fraturas Conscientizar sobre osteoporose Prevenção de fraturas e tratamento da osteoporose
OSTEOPOROSE
Consenso Brasileiro de Osteoporose. Rev Bras Reumatol Vol 42, 6. 2002; 343-54.
Diagnóstico – História clínica
Assintomática até perda óssea de 30-40% Dores ósseas torácicas e lombares
Microfraturas vertebrais Alterações posturais importantes, como a hipercifose e a
retificação lombar
OSTEOPOROSE
Diagnóstico – Exame físico
Estatura Peso corporal Hipercifose dorsal Abdome protuso Deformidades esqueléticas Sinais de doenças associadas a
osteoporose Incapacidade de encostar
cabeça na parede
OSTEOPOROSE
Exames complementares
Dirigido à exclusão de causas secundárias Avaliação laboratorial mínima:
OSTEOPOROSE
Hemograma completoVHSCálcio e FósforoFosfatase alcalinaCreatinina
Calciúria de 24hUrinálise
Radiografia
Sugere o diagnóstico na perda de 30-50%• Adelgaçamento do cortex• Aumento da porosidade• Reabsorção intracortical• Desaparecimento das trabéculas• Reabsorção periosteal• Erosões do periósteo
OSTEOPOROSE
RadiografiaOSTEOPOROSE
Densitometria óssea Método padrão, mais sensível e preciso
1. Valores absolutos: monitora mudanças da DMO
2. T-Score: Calcula em desvios-padrão (DP), com referência a DMO média do pico da massa óssea
– até -1,0 DP -> normal– de -1,1 a -2,5 DP -> osteopenia– abaixo de -2,5 DP -> osteoporose– abaixo de -2,5 DP na presença de fratura -> osteoporose estabelecida
3. Z-Score: Calculado em DP, com referencia a DMO média esperada para idade, etnia e sexo.- Abaixo de -2,0 DP pode sugerir causas secundárias de osteoporose
OSTEOPOROSE
Densitometria óssea OSTEOPOROSE
Indicações para avaliação da densidade mineral óssea• Mulheres com idade ≥ 65 anos e homens ≥ 70 anos.• Mulheres acima de 40 anos, na transição menopausal .• Homens acima de 50 anos de idade, com fatores de risco.• Antecedente de fratura por fragilidade• Condição clínica ou medicamentos associados à baixa massa óssea• Indivíduos em que se considera intervenção farmacológicas para osteoporose.• Indivíduos em tratamento para osteoporose, para monitoramento.• Indivíduos sem tratamento, mas que a identificação de perda de massa óssea possa determinar a indicação do tratamento.• Mulheres interrompendo terapia hormonal.
Posições oficiais 2008 da Sociedade Brasileira de Densitometria Óssea. Arq Bras Endocrinol Metab 2009
Prevenção
Dieta balanceada com calorias adequadas e suplementação de cálcio e vitamina D
Adequada exposição solar para produção de vitamina D na pele
Atividade física para minimizar perdas Abstinência de álcool e fumo
OSTEOPOROSE
Prevenção de quedas
Quedas: principal causa de morte acidental 90% das fraturas de quadril ocorrem por queda Fatores ambientais Medicamentos
OSTEOPOROSE
Tratamento farmacológicoOSTEOPOROSE
Drogas anti-reabsortivas (anticatabólicas):• Cálcio/vitamina D• Calcitriol• Bisfosfonatos• Estrogênios
Moduladores seletivos dos receptores de estrogênio (SERM).• Tibolona• Calcitonina• Denosumabe – AMG162• Inibidor da catepsina K (odanacatib)
Drogas estimuladoras da formação óssea (anabólicos):• PTH• Ranelato de estrôncio• Hormônio do crescimento• Futuros anabólicos
Bandeira, F. Falha no tratamento da osteoporose: visão do endocrinologista. ABE&M 52, 5, 2008.
Tratamento farmacológico
Cálcio e vitamina D Se dieta não atingir 1.000 a 1.500mg de cálcio ao dia e de
400 a 800 UI de vitamina D Melhorar a densidade mineral óssea e de reduzir fraturas,
especialmente em idosos e institucionalizados Dose: 500-1200mg cálcio 400-800UI vitamina D ou 0,25mg calcitriol
OSTEOPOROSE
Tratamento farmacológico
Bifosfonado 1ª escolha no manejo da osteoporose deve ser usado com suplementação de cálcio e vitamina D melhora densidade mineral óssea e reduz a incidência de
fraturas em prevenção secundária
Alendronato sódico: 10 mg/dia ou 70 mg/semanais, VORisedronato sódico: 5 mg/dia, VOPamidronato: 30 a 60 mg, EV, infusão de 3h, a cada 3 meses.
OSTEOPOROSE
Tratamento farmacológico
Potência dos bifosfonados Etidronato 1 Clodronato 10 Tiludronato 10 Pamidronato 100 Alendronato 1000 Risedronato 5000 Ibandronato 10000 Ácido zoledrônico acima de 10000.
OSTEOPOROSE
Neto, JFM. Bases farmacológicas do tratamento da osteoporose. ABE&M 52(Suplemento 5) 2008.
Tratamento farmacológico
• TRH: utilizar por 5-10 anos se não há contraindicação (Ca de mama, Ca de endométrio, cálculos biliares, trombose venosa, aumento do risco CV)
Estrogênios conjugados: 0,3 a 0,625 mg/dia VO Valerato de estradiol: 1-2 mg/dia VO Estradiol transdérmico: 25-50mcg a cada 3 dias Progestogênios: dose adequada para proteção endometrial
OSTEOPOROSE
Tratamento farmacológico
Raloxifeno Modulador seletivo dos receptores estrogênicos Eficaz na redução da perda da massa óssea e do número
de fraturas vertebrais de mulheres na menopausa, mas não em outros tipos de fraturas osteoporóticas.
Raloxifeno: 60mg, por via oral, em dose única ao dia
OSTEOPOROSE
Tratamento farmacológico
Calcitonina 2ª linha Poucos estudos Dose:
Calcitonina nasal 200 UI/dia
OSTEOPOROSE
Tratamento farmacológico
Análogo do PTH demonstrou efetivamente aumentar a massa óssea e reduzir risco de fraturas.
Aumento da densidade mineral óssea em 9% na coluna e 5% no quadril.
Dose: PTH 20mcg SC/dia
OSTEOPOROSE
Osteoporose
Osteoporose é sub diagnosticada e sub tratada Metade das pessoas que sofrem fratura de colo do
fêmur se tornam dependentes e 20% morrem num período de 2 anos.
O tratamento adequado diminui a perda óssea e o risco de fraturas e, consequentemente, reduz a mortalidade.
OSTEOPOROSE