osteomielite aguda, osteomielite crônica e pioartrite departamento de ortopedia e traumatologia da...
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Osteomielite Aguda, Osteomielite Crônica e PioartriteDepartamento de Ortopedia e Traumatologia da FCMSCSP
Ac. Mariana Vendramini Castrignano de Oliveira08/Dez/2010
Osteomielite
Osteomielite
“Inflamação causada por germe infectante que atinge o osso e a medula óssea.” – Auguste Nelaton (1844).
Bactérias, fungos, parasitas e vírus. Vias de contaminação óssea: hematogênica,
contigüidade e implantação. Quadros nutricional e imunológico do paciente
são determinantes para infecção.
Hematogênica Aguda
Crianças em vigência de bacteremia. Staphylococcus aureus = agente mais comum. Fungos, Pseudomonas, Salmonella, Streptococcus
do tipo B e Gram negativos. Crianças com dor em região metafisária,
impotência funcional, atitudes antálgicas e de defesa. Febre e queda do estado geral podem ou não estar presentes.
Fisiopatologia
Bactérias atingem osso através do sistema linfático ou venoso.
São provenientes da pele, tecido celular subcutâneo, tratos geniturinário, digestório ou respiratório.
Fisiopatologia
Artérias que nutrem os ossos se enovelam em região metafisária.
Circulação com características sinusoidais. Redução da velocidade do fluxo sanguíneo,
dificuldade na chegada de macrófagos e facilidade na implantação de microorganismos.
FisiopatologiaÊmbolo de bactérias depositado nos vasos
Estase sanguínea com necrose local (meio propício para proliferação bacteriana)
Degeneração celular com liberação de material purulento
Pus migra para a cortical pelo sistema canalicular destruindo-a e deslocando o periósteo (periostite).
Saída de exsudato deslocando o periósteo ou para cápsula articular.
Osteomielite Crônica
Cortical com deficiência vascular na parte interna e externa.
Formação de seqüestros ósseos: sarcófago (osso sadio) envolvendo infecção e osso necrótico, isolando-os do organismo.
Osteomielite Crônica
Tecido avascular mantém infecção latente. Agudizações: dor, febre, fistulas e eliminação
de fragmento ósseos.
A: Reação periosteal multilamelar (seta branca), “em casca de cebola”, identificada pela radiografia simples na diáfise do úmero em uma criança com cerca de 1 ano e 8 meses com osteomielite crônica.
Um sequestro ósseo é indicado pela seta branca descontínua. B: Imagem de RM adquirida no plano sagital e ponderada em T2
confirma a reação periosteal multilamelar (seta branca). C: Imagem adquirida no plano axial e ponderada em T2 mostra
múltiplas deposições lamelares concêntricas no periósteo (setas).
Quadro Radiológico
Osteoporose local. Periostite. Aumento de partes moles. Imagens em raio de sol. Triângulos de Codman. Erosões ósseas. Seqüestros.
Diagnóstico
Quadro clínico e radiológico. Exames laboratoriais:
HMG: leucocitose com desvio a esquerda. VHS aumentada. Hemocultura (50% dos casos).
Tratamento
Antibioteicoterapia. Cirurgia para retirada de todo tecido
desvitalizado.
Pioartrite ou Artrite Séptica
Pioartrite ou Artrite Séptica
Artrite causada por bactérias infectantes. Agente mais comum: Staphylococcus
aureus. Principalmente neonatos e crianças até 2
anos. Acometimento mais frequente: quadril.
Pioartrite ou Artrite Séptica
Mecanismos de contaminação: via hematogênica, contigüidade ou inoculação direta. Criança: tratamento tardiopode resultar em graves seqüelas no esqueleto emdesenvolvimento.
Etiopatogenia Contaminação da membrana sinovial com infecção
do liquido sinovial
Migração de polimorfonucleares
Degradação tecidual com formação de lizoenzimas
Ingurgitamento da membrana sinovial com redução da vascularização local
Degeneração da cartilagem epifisária e da placa de crescimento
Quadro Clínico
Criança com história de: foliculites, infecções de vias aéreas superiores, pneumonias, passagem de cateter, abscessos cutâneos.
Dor, claudicação, diminuição da mobilidade, manutenção do membro em posição antálgica, sinais flogísticos locais, irritabilidade, choro, falta de apetite.
Febre pode ou não estar presente.
Diagnóstico
Quadro clínico. Exames de imagem:
Raio-X: distensão da cápsula articularredução do espaço articular destruição completa da articulação. USG: detecta aumento do líquido no espaço
articular. RNM e TC.
Diagnóstico Exames laboratoriais:
Leucocitose com desvio a esquerda. VHS elevada. Proteína C reativa. Gram, bioquímica e cultura do material articular
puncionado.
Diagnósticos Diferenciais
Artrite reumatóide. Artrite tuberculóide.
Tratamento
Deve ser precoce (4 primeiros dias). Drenagem da articulação acometida com
saída do material infeccioso. Irrigação contínua. Abertura da cápsula articular. Antibioticoterapia.
Bibliografia
Livro – Ortopedia e Traumatologia: conceitos básicos, diagnóstico e tratamento. Camargo, O.P.A.; Santin R.A.L.; Ono, N.K; Kojima, K.E. 2ª edição, 2009.
Sites:www.apm.org.brwww.ortopediainfantil.com.br