origem e formação dos solos - unemat – campus...
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MSO1 - Mecânica dos Solos I
Origem e Formação dos Solos
Prof.: Flavio A. Crispim
UNIVERSIDADE DO ESTADO DEMATO GROSSO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
SINOP - MT2012
Prof. Flavio A. Crispim
Definição de solo
Pode ser definido como um sistema trifásico (fase sólida, líquida e
gasosa)
É constituído por materiais minerais e orgânicos
Cobre a maior parte das extensões continentais do planeta
Sólidos
Água
Ar
Solo saturado:
Sólidos
Água
1.In
trod
ução
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Definição de solo
Em profundidade, apresenta seções aproximadamente paralelas,
denominadas horizontes ou camadas
Solo
Solo orgânico
Completamente intemperizado
Altamente intemperizado
Moderadamente intemperizado
(50 a 90% de rochas)
Levemente intemperizado
Rocha
Residualmaduro
Saprolito ouResidual
jovem
Alteração de rocha
Rocha alterada
Regolito
DNIT (2006) Mitchell e Soga (2005)
1.In
trod
ução
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Definição de solo
Os horizontes são distintos do material de origem inicial em muitas
propriedades e características:
físicas, químicas, mineralógicas, biológicas e morfológicas
Estão submetidos à influência de fatores genéticos e ambientais
variados:
o próprio material de origem, a topografia, o clima e a ação de
macro e microorganismos
1.In
trod
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Definição de solo
O - camada superficial de orgânico, sob condições de boa drenagem
H - camada orgânica, sob condições de má drenagem
A - horizonte superficial mineral, caracterizado pela acumulação de
matéria orgânica decomposta associada com a fração mineral
E - horizonte mineral caracterizado pela perda por eluviação de argila
silicatada, óxidos de Fe e de Al ou matéria orgânica com resultante
acúmulo de quartzo e outros minerais mais resistentes de tamanho
areia ou silte
1.In
trod
ução
Horizontes
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Definição de solo
B - acúmulo de argila, matéria orgânica e oxi-hidróxidos (Fe e Al)
C - material não consolidado relativamente pouco afetado por
processos pedogenéticos e
R - camada mineral consolidada, representada pela rocha inalterada
1.In
trod
ução
Horizontes
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Prof. Flavio A. Crispim
Definição de solo
1.In
trod
ução
Horizontes
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Definição de solo
1.In
trod
ução
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Origem
2.P
roce
ssos
de
For
maç
ão
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Prof. Flavio A. Crispim
Origem
2.P
roce
ssos
de
For
maç
ão
Para fins geotécnicos, os solos, quanto a sua origem, podem ser
agrupados em dois grandes grupos: solos residuais e solos
transportados
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Origem
Solos residuais2.
Pro
cess
os d
e F
orm
ação
São aqueles que permanecem no local onde se formaram
Os materiais vão se tornando tanto mais diferentes do material de
origem quanto mais afastados deste
O perfil é estruturado
verticalmente a partir da rocha sã
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Solo
Solo orgânico
Completamente intemperizado
Altamente intemperizado
Moderadamente intemperizado
(50 a 90% de rochas)
Levemente intemperizado
Rocha
Residualmaduro
Saprolito ouResidualjovem
Alteração de rocha
Rocha alterada
Regolito
DNIT (2006) Mitchell e Soga(2005)
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Origem
Solos residuais2.
Pro
cess
os d
e F
orm
ação
A rocha de origem condiciona em grande parte as características dos
solos residuais dela derivados
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Decomposição de rochas (Adaptada de DNIT, 2006)
Tipo de rocha Composição mineral Tipo de solo
Basalto Plagioclásio; piroxênios Argiloso (pouca areia)
Quartzito Quartzo Arenoso
Filitos Micas (sericita) Argiloso
Granito Quartzo, feldspato, mica Areno-argiloso (micáceo)
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Origem
Solos transportados2.
Pro
cess
os d
e F
orm
ação
São aqueles que foram levados ao seu atual local por algum agente
transportador, dos quais se destacam a água, a gravidade, o vento e as
geleiras
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Origem
Solos transportados2.
Pro
cess
os d
e F
orm
ação
Os solos resultantes do transporte por força das águas são chamados
de solos aluvionares ou aluviões
São comuns camadas de granulometria distinta devidas a diversas
épocas de deposição
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Origem
Solos transportados2.
Pro
cess
os d
e F
orm
ação
Os solos formados por transporte devido à gravidade são chamados de
coluvionares
São formados pelo escorregamento, a partir elevações e encostas
ficando depositados aos pés das elevações
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Origem
Solos transportados2.
Pro
cess
os d
e F
orm
ação
O transporte pelo vento dá origem a depósitos eólicos em que
predominam partículas arredondadas devido ao intenso atrito entre as
mesmas
As geleiras ao se movimentar podem transportar materiais diversos,
formando depósitos em que uma matriz fina (argila, silte, areia) pode
envolver fragmentos rochosos dispersos
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Intemperismo
2.P
roce
ssos
de
For
maç
ão
Conjunto de modificações físicas (desagregação), químicas
(decomposição) e biológicas que atuam sobre as rochas
Fatores que controlam a ação do intemperismo
Relevo:ondulado, suave
Clima:temperatura e chuvas
Tempo de exposição da rocha
Fauna e flora: fornecem matéria orgânica para as
reações químicas e
remobilizam materiais
Rocha de origem:apresenta resistência
diferenciada às condições do
ambiente
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Intemperismo
Influência do relevo2.
Pro
cess
os d
e F
orm
ação
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Intemperismo
Influência do clima2.
Pro
cess
os d
e F
orm
ação
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Intemperismo
Influência do clima2.
Pro
cess
os d
e F
orm
ação
% d
e ar
gila
no
solo
s
esmectitacaulinita
oxi-hidróxidosde Fe e Al
Pluviosidade anual (mm)
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Intemperismo
Influência do clima2.
Pro
cess
os d
e F
orm
ação
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Intemperismo
Influência da rocha de origem2.
Pro
cess
os d
e F
orm
ação
Olivina
Augita
Hornblenda
Biotita
Plagioclásio Ca2+
Muscovita
Quartzo
Plagioclásio Na+
Feldspato K+
Est
abili
dade
cre
scen
te
Men
or
In
tem
peris
mo
M
aior
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Intemperismo
Intemperismo físico2.
Pro
cess
os d
e F
orm
ação
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Prof. Flavio A. Crispim
O intemperismo físico age fragmentando as rochas e aumentando a
superfície em contato com o ar e água, abrindo caminho para o
intemperismo químico
Intemperismo
Intemperismo físico2.
Pro
cess
os d
e F
orm
ação
Mecânica dos Solos I - 2012/I 24
Prof. Flavio A. Crispim
O intemperismo físico age fragmentando as rochas e aumentando a
superfície em contato com o ar e água, abrindo caminho para o
intemperismo químico
Intemperismo
Intemperismo físico2.
Pro
cess
os d
e F
orm
ação
Mecânica dos Solos I - 2012/I 25
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Intemperismo
Intemperismo físico2.
Pro
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os d
e F
orm
ação
Mecânica dos Solos I - 2012/I 26
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Intemperismo
Intemperismo físico2.
Pro
cess
os d
e F
orm
ação
Mecânica dos Solos I - 2012/I 27
Prof. Flavio A. Crispim
O ambiente da superfície terrestre, caracterizado por pressões e
temperaturas baixas e riqueza de água e oxigênio é muito diferente do
daquele em que as a maioria das rochas se formaram
Assim quando as rochas afloram à superfície a Terra seus minerais
entram em desequilíbrio e através de reações químicas transformam-se
em outros minerais mais estáveis nesse novo ambiente
O principal agente de intemperismo químico é a água da chuva que
infiltra e percola através das rochas
Intemperismo
Intemperismo químico2.
Pro
cess
os d
e F
orm
ação
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Hidratação
Moléculas de água entram na estrutura do mineral alterando-a e
formando um novo mineral
Intemperismo
Intemperismo químico2.
Pro
cess
os d
e F
orm
ação
Mecânica dos Solos I - 2012/I 29
Prof. Flavio A. Crispim
Hidratação
Moléculas de água entram na estrutura do mineral alterando-a e
formando um novo mineral
CaSO4 + 2 H2O → CaSO4.2H2O
Intemperismo
Intemperismo químico2.
Pro
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orm
ação
Anidrita Gipso
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Dissolução
CaCO3 → Ca2+ + CO32-
NaCl → Na+ + Cl-
Intemperismo
Intemperismo químico2.
Pro
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os d
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ação
Calcita Halita
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Prof. Flavio A. Crispim
Hidrólise
Os principais minerais formadores das rochas são os silicatos que
quando em contato com água sofrem hidrólise
Intemperismo
Intemperismo químico2.
Pro
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os d
e F
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ação
Mecânica dos Solos I - 2012/I 32
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Hidrólise
Os principais minerais formadores das rochas são os silicatos que
quando em contato com água sofrem hidrólise
Intemperismo
Intemperismo químico2.
Pro
cess
os d
e F
orm
ação
Mecânica dos Solos I - 2012/I 33
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Hidrólise
Ocorre na faixa de pH de 5 a 9
Os íons H+, resultado da ionização da água, substituem nas estruturas
minerais os cátions K+, Na+, Ca2+ e Mg2+ que são liberados para a
solução do solo
A estrutura do mineral na interface sólido/solução é rompida liberando
Si e Al
Estes elementos podem recombinar-se formando minerais secundários
Intemperismo
Intemperismo químico2.
Pro
cess
os d
e F
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ação
Mecânica dos Solos I - 2012/I 34
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Hidrólise total
Toda a sílica e potássio são eliminados
Condições de alta pluviosidade e drenagem eficientes
Formação de gibsita - Al(OH)3 (alitização)
KAlSi3O8 + 8 H2O → Al(OH)3 + 3 H4SiO4 + K+ + OH
Nessas condições também pode ocorrer formação de óxi-hidróxidos de
ferro (ferralitização)
Intemperismo
Intemperismo químico2.
Pro
cess
os d
e F
orm
ação
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Hidrólise parcial
Sílica e potássio não são eliminados totalmente do perfil, e reagem
com o alumínio formando aluminossilicatos hidratados (argilominerais)
Parte da sílica e todo o potássio são eliminados (siatilização)
Formação de caulinita (relação Si:Al = 1:1, monossialitização)
2 KAlSi3O8 + 11 H2O → Si2Al2O5(OH)4 + 4 H4SiO4 + 2 K+ + 2 OH
Parte da sílica e parte do potássio são eliminados
Formação de esmectita (relação Si:Al = 2:1, bissialitização)
2,3 KAlSi3O8 + 8,4 H2O → Si3,7Al0,3O10Al2(OH)4K0,3 + 3,2 H4SiO4 + 2 K+ + 2 OH
Intemperismo
Intemperismo químico2.
Pro
cess
os d
e F
orm
ação
Mecânica dos Solos I - 2012/I 36
Prof. Flavio A. Crispim
Oxidação
O principal exemplo é o ferro que se encontra nos minerais ferro-
magnesianos primários como a biotita, anfibólios, piroxênios e olivinas,
na forma de Fe2+
Liberado em solução, oxida-se a Fe3+ e precipita como novo mineral
Intemperismo
Intemperismo químico2.
Pro
cess
os d
e F
orm
ação
PiroxênioFeSiO3
Fe2+ Oxi-hidróxidosde ferro
HematitaFe2O3
GoethitaFeOOH
SiO2 O2
Fe3+
H2O
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Prof. Flavio A. Crispim
Ocorre quando as transformações causadas nas rochas tornam-se,
sobretudo estruturais
Ocorre importante reorganização e transferência dos minerais
formadores do solo, principalmente, argilominerais e oxi-hidróxidos de
ferro e alumínio
Desempenham papel importante neste caso a fauna e flora que
modificam e movimentam enormes quantidades de material
Pedogênese
2.P
roce
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Pedogênese
2.P
roce
ssos
de
For
maç
ão
Gnaisse
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