oradour-sur-glane: a 'cidade mártir

39
Fonte Wikimedia Commons A divisão SS "Das Reich" caminha para a frente aberta no norte de França, na Normandia. Na véspera, esta divisão tinha ficado em Tulle. Aí, ela deportou 149 pessoas e enforcou 99 nas varandas da cidade. Em Oradour, a sua extrema violência vai desencadear-se ainda mais. Cidade mártir

Upload: ricardo-montedo

Post on 26-Jun-2015

6.924 views

Category:

Documents


4 download

DESCRIPTION

Conheça a trágica história de Oradour sur-glane, cidade francesa cuja população - inclusive mulheres e crianças - foi exterminada pela SS nazista.

TRANSCRIPT

Page 1: Oradour-sur-glane: a 'Cidade Mártir

Fonte Wikimedia Commons

A divisão SS "Das Reich" caminha para a frente aberta no norte de França, na Normandia. Na véspera, esta divisão tinha ficado

em Tulle. Aí, ela deportou 149 pessoas e enforcou 99 nas varandas da cidade. Em Oradour, a sua extrema violência vai

desencadear-se ainda mais.

Cidade mártir

Page 2: Oradour-sur-glane: a 'Cidade Mártir

• Na manhã de 10 de junho de 1944, os tanques de soldados alemães chegam a Oradour-sur-Glane. Esta aldeia pacífica, próxima de Limoges, conta ao total 1200

habitantes.

• A Companhia que acaba de chegar pertence à divisão SS Das Reich, do

general Lammerding.

Page 3: Oradour-sur-glane: a 'Cidade Mártir
Page 4: Oradour-sur-glane: a 'Cidade Mártir
Page 5: Oradour-sur-glane: a 'Cidade Mártir

• Os alemães tinham sido atacados dias antes pela Resistência, para impedir que

chegassem à Normandia, onde os aliados acabavam de desembarcar.

• Como represália, o general Lammerding ordenou que a sua Companhia destruisse

Oradour-sur-Glane.• A Companhia SS comportava cerca de 120 homens que já se tinham destinguido

na Rússia, na extreminação das populações civis.

Page 6: Oradour-sur-glane: a 'Cidade Mártir
Page 7: Oradour-sur-glane: a 'Cidade Mártir
Page 8: Oradour-sur-glane: a 'Cidade Mártir

À tarde, o burgo é cercado e a população reunida no local da feira, sob o pretexto de

uma verificação de identidade, sem esquecer as crianças nas escolas.

As SS procedem com calma e a população obedece sem protestar.

Page 9: Oradour-sur-glane: a 'Cidade Mártir
Page 10: Oradour-sur-glane: a 'Cidade Mártir
Page 11: Oradour-sur-glane: a 'Cidade Mártir

• Os homens são separados das mulheres e crianças. São divididos em seis grupos e cada grupo é conduzido para um celeiro.

Quando por fim eles foram todos fechados nos celeiros, cheios de feno e palha, os SS lançaram granadas para o interior.

Page 12: Oradour-sur-glane: a 'Cidade Mártir
Page 13: Oradour-sur-glane: a 'Cidade Mártir
Page 14: Oradour-sur-glane: a 'Cidade Mártir

• As mulheres e crianças foram fechadas na igreja, onde os alemães colocam uma

caixa de explosivos e palha. O fogo lavra pelo edifício, como anteriormente pelos

celeiros.

Page 15: Oradour-sur-glane: a 'Cidade Mártir
Page 16: Oradour-sur-glane: a 'Cidade Mártir
Page 17: Oradour-sur-glane: a 'Cidade Mártir
Page 18: Oradour-sur-glane: a 'Cidade Mártir

• Com a «obra» terminada, os SS pilham a aldeia e acabam por a incendiar. No total,

fazem 642 víctimas. Entre elas 246 mulheres e 207 crianças, das quais 6 com menos de 6 meses, que foram queimadas

dentro da Igreja.• Oradur-sur-Glane tornou-se, na Europa

Ocidental, o símbolo da barbárie nazi.

Page 19: Oradour-sur-glane: a 'Cidade Mártir
Page 20: Oradour-sur-glane: a 'Cidade Mártir
Page 21: Oradour-sur-glane: a 'Cidade Mártir

• Massacre das mulheres e crianças

• O grupo fechado na igreja consta de todas as mulheres e crianças da aldeia. Os soldados colocam

na nave, perto do coro, uma espécie de caixa bastante grande da qual saíam uns cordões que eles espalharam pelo solo. Os cordões foram acesos, o fogo propagou-se até ao engenho, que continha um

gaz asfixiante (era a solução prevista), e explode, por engano; um fumo negro, espêsso e sufocante se

liberta. Os tiros ecoam por toda a igreja; depois a palha, pedaços de madeira e cadeiras são lançados

sobre os corpos que jazem pelo chão. Os nazis lançam-lhe fogo. O calor é de tal modo elevado que, à entrada desta igreja, se poderá ver o sino fundido

e destruído sobre o solo. Destroços de 1,20 m de altura cobriam os corpos.

Page 22: Oradour-sur-glane: a 'Cidade Mártir
Page 23: Oradour-sur-glane: a 'Cidade Mártir
Page 24: Oradour-sur-glane: a 'Cidade Mártir

• Uma única mulher sobreviveu deste massacre:

Marguerite Rouffanche, nascida em Thurmeaux.

O seu testemunho constitue tudo o que é possível saber do drama.

Ela perdeu nesta carnificina, o seu marido, seu filho, as suas duas filhas e o seu neto

de 7 meses.

Page 25: Oradour-sur-glane: a 'Cidade Mártir
Page 26: Oradour-sur-glane: a 'Cidade Mártir
Page 27: Oradour-sur-glane: a 'Cidade Mártir

• O coro da igreja era constituído de 3 janelas. Mme Rouffanche conseguiu ir até à do meio,

a maior, com a ajuda de um escadote que servia para acender as velas,e conseguiu

atingi-la. Como o vitral se encontrava partido ela lançou-se pela abertura. Depois de uma

queda de 3 m, embora ferida conseguiu, através das altas ervas atingir um quintal vizinho. Dissimulada entre as filas das

ervilheiras foi encontrada no dia seguinte cerca das 17 horas.

Page 28: Oradour-sur-glane: a 'Cidade Mártir
Page 29: Oradour-sur-glane: a 'Cidade Mártir
Page 30: Oradour-sur-glane: a 'Cidade Mártir

• Outros massacres • Os SS inspeccionam de novo as casas da aldeia;

eles matam todos os habitantes que tinham podido escapar nas suas primeiras buscas, em particular

aqueles que o seu estado físico tinham impedido de se juntar aos outros. É assim que as equipas de socorro encontram, em diversas habitações, os corpos queimados de vários idosos impotentes.

• Um enviado especial das FFI, presente em Oradour nos primeiros dias, informa que foram retirados de

um forno de padeiro, os restos calcinados de 5 pessoas: o pai, a mãe e os seus 3 filhos.

• Num poço de uma quinta encontraram numerosos cadáveres, em estado de decomposição demasiado elevado para serem identificados; foram deixados

no local.• Ao total, 664 pessoas foram massacradas nesse dia,

onde a barbárie atingiu o seu apogeu.

Page 31: Oradour-sur-glane: a 'Cidade Mártir
Page 32: Oradour-sur-glane: a 'Cidade Mártir
Page 33: Oradour-sur-glane: a 'Cidade Mártir

• Depois da guerra, o general de Gaulle

decidiu que a aldeia não fosse reconstruída, mas

que se tornasse em memorial à dor da França durante a

ocupação. • A reconstrução do novo

burgo da comunidade de Oradour-sur-Glane foi prevista, noutro local,

desde julho 1944.• Em 1999, a aldeia foi nomeada «aldeia mártir» pelo presidente Jacques Chirac. Desde esta data, o «Centro de memória» une as ruínas ao novo burgo, graças a uma

exposição permanente cobrindo todo o

contexto. Este centro de documentação prepara o visitante para a visita da

aldeia mártir.

Page 34: Oradour-sur-glane: a 'Cidade Mártir
Page 35: Oradour-sur-glane: a 'Cidade Mártir
Page 36: Oradour-sur-glane: a 'Cidade Mártir
Page 37: Oradour-sur-glane: a 'Cidade Mártir

• O conjunto do memorial e da aldeia mártir fazem de Oradour-sur-Glane o local mais visitado do Limousin.

• (cerca de 300 000 pessoas por ano)

Page 38: Oradour-sur-glane: a 'Cidade Mártir

fotos e textos da net

Page 39: Oradour-sur-glane: a 'Cidade Mártir

PARA QUE A MEMÓRIA DOS HOMENS

NÃO SEJA CURTA!!!