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OBSERVATÓRIO DO TRABALHO NO NORTE DE MINAS– GEPAD Página 1 OBSERVATÓRIO DO TRABALHO BOLETIM – Ano Referência RAIS/MTE 2013 MICRORREGIÃO PIRAPORA Ano de referência RAIS MTE - 2013

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OBSERVATÓRIO DO TRABALHO NO NORTE DE MINAS– GEPAD

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Ano de referênciaRAIS MTE - 2013

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MICRORREGIÃO PIRAPORA – JAN/2014

SUMÁRIO

O BOLETIM DO OBSERVATÓRIO DO TRABALHO.......................................................................3

1 A MICRORREGIÃO DE PIRAPORA................................................................................................4

1.1 CARACTERÍSTICAS GERAIS......................................................................................................4

1.2 ANÁLISE ECONÔMICA................................................................................................................6

2 ANÁLISE DO MERCADO DE TRABALHO....................................................................................7

2.1 Análise dos estabelecimentos.......................................................................................................7

2.2 Os vínculos: por município, faixa etária e escolaridade................................................................8

2.3 Análise de remuneração..............................................................................................................10

2.4 Tempo de emprego.....................................................................................................................11

3 CARACTERIZAÇÃO DOS MUNICÍPIOS......................................................................................12

3.1 Buritizeiro...................................................................................................................................12

3.2 Ibaí.............................................................................................................................................13

3.3 Jequitaí.......................................................................................................................................14

3.4 Lagoa dos Patos..........................................................................................................................15

3.5 Lassance.....................................................................................................................................16

3.6 Pirapora......................................................................................................................................17

3.7 Riachinho...................................................................................................................................18

3.8 Santa Fé de Minas......................................................................................................................19

3.9 São Romão.................................................................................................................................20

3.10 Várzea da Palma.......................................................................................................................21

4 INDICADORES SÓCIOECONÔMICOS.........................................................................................22

5 A MICRORREGIÂO versus MESORREGIÃO................................................................................26

Observatório do Trabalho no Norte de Minas - Grupo de Estudos e Pesquisa em Administração

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OBSERVATÓRIO DO TRABALHO NO NORTE DE MINAS– GEPAD

O BOLETIM DO OBSERVATÓRIO DO TRABALHO

O presente Boletim do Observatório do Trabalho no Norte de Minas surgiu como resultado de um projeto de pesquisa coordenado pelo Professor Doutor Roney Versiani Sindeaux e co-coordenado pela Professora Mestre Simone Viana Duarte, ambos da Universidade Estadual de Montes Claros – Unimontes.

O projeto de pesquisa denominado Observatório do Trabalho no Norte de Minas é executado pelos professores supracitados juntamente com acadêmicos bolsistas e voluntários, no Grupo de Estudos e Pesquisas em Administração (GEPAD). Entre seus objetivos busca-se identificar a situação do mercado de trabalho no Norte de Minas, tendo como base os anos 2011/2012 e a partir de então, um acompanhamento que possibilite aos gestores públicos da região uma melhor orientação acerca de políticas públicas voltadas para capacitação de mão-de-obra, incentivo a determinados setores da economia e vislumbre oportunidades para se empreender.

No âmbito do mercado de trabalho, o foco a ser abordado é conforme o entendimento do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE, 2010) nas relações de emprego, estabelecidas sempre que ocorre trabalho remunerado. São consideradas como vínculos as relações de trabalho dos celetistas, dos estatutários, dos vínculos regidos por contratos temporários, por prazo determinado, e dos empregados avulsos, quando contratados por sindicatos. O número de empregos em determinado período de referência corresponde ao total de vínculos empregatícios efetivados, assim o número de empregos difere do número de pessoas empregadas, uma vez que o indivíduo pode estar acumulando, na data de referência, mais de um emprego.

O banco de dados do MTE disponibiliza registros de perfil dos empregados e dos estabelecimentos empregadores em uma série histórica. A proposta é transformar dados em informações úteis para o tomador de decisões público e privado interessado. A opção é pelo mercado formal mesmo que com registros incompletos, pela possibilidade de trabalhar com dados confiáveis.

É com vistas a estes propósitos e com base nos dados disponibilizados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, relacionado com outras fontes como Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, Índice Mineiro de Responsabilidade Social (IMRS), dentre outros, que as análises são realizadas.

Por fim, expressamos o desejo que este BOLETIM seja de utilidade pública e que constitua para os leitores fonte de reflexão, crítica, entendimento e orientação prática sobre o mercado de trabalho no Norte de Minas.

Boa leitura.

Grupo de Estudos e Pesquisas em AdministraçãoGEPAD

Montes Claros/MG, julho de 2015

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MICRORREGIÃO PIRAPORA – JAN/2014

1 A MICRORREGIÃO DE PIRAPORA

1.1 características gerais

O Estado de Minas Gerais é composto hoje por cerca de doze mesorregiões e sessenta e seis microrregiões. Uma das mesorregiões, localizado ao norte do Estado refere-se à Norte de Minas, composta por sete microrregiões, sendo uma delas a de Pirapora.

A microrregião de Pirapora está dividida em dez municípios: Buritizeiro, Ibiaí, Jequitaí, Lagoa dos Patos, Lassance, Pirapora, Riachinho, Santa Fé de Minas, São Romão e Várzea da Palma. Possui uma população estimada em 165.683 habitantes (IMRS, 2011) e área total de 23.068 Km² (IBGE, 2011). O GRÁF. 1 mostra a evolução populacional durante os anos.

Os dados referentes à região apontam expectativa de vida da população de 72,73 anos; taxa de fecundidade de 2,60 por mulher (em período reprodutivo, entre 15 e 49 anos) e; mortalidade infantil de 19,1 por cada mil habitantes (ATLAS, 2013).

A taxa de analfabetismo da população de 25 anos ou mais de idade é de 19,33%, e o percentual da população de 6 a 17 anos de idade frequentando o ensino básico que não tem atraso idade-série, em torno de 69,42%. A taxa de frequência bruta ao ensino superior é de 25,11% (se levado em consideração o número total de pessoas de qualquer idade frequentando o ensino superior e a população na faixa etária de 18 a 24 anos).

Em termos de renda e distribuição social, a microrregião apresenta os seguintes dados:- Renda per capita média - R$ 356,21;- Renda domiciliar per capita máxima do quinto mais pobre - R$ 120,55;- Renda domiciliar per capita máxima do 2º quinto mais pobre -R$ 194,93;- Renda domiciliar per capita máxima do 3º quinto mais pobre - R$ 292,42;- Renda domiciliar per capita máxima do 4º quinto mais pobre - R$ 472,22;- Renda domiciliar per capita mínima do décimo mais rico -R$ 650,73.Quando analisado os índices de distribuição de renda e pobreza, no ano de 2010,

percebe-se que a microrregião tem um Índice de Gini médio de 0,48. O Índice de Gini, segundo o Atlas (2013), mede o grau de desigualdade existente na distribuição de indivíduos segundo a renda domiciliar per capita. Seu valor varia de 0, quando não há desigualdade (a renda domiciliar per capita de todos os indivíduos tem o mesmo valor), a 1, quando a desigualdade é máxima (apenas um indivíduo detém toda a renda). A proporção de extremamente pobres é de 10,28%, a proporção de pobres é de 26,14% e a proporção de vulneráveis à pobreza de 55,51% do total da população da microrregião.

O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal médio da microrregião é de 0,643; o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal médio - Dimensão Educação 0,552; o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal médio - Dimensão Longevidade é de 0,796; o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal médio - Dimensão Renda 0,606.

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OBSERVATÓRIO DO TRABALHO NO NORTE DE MINAS– GEPAD

GRÁFICO 1

Fonte: Elaborado pelo próprio autor.Fonte de dados IMRS (2011) dados de 2000 a 2010. Estimativa de 2011* (IBGE, 2011)

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

154802155685

156509

157302159965

159885

160798

159963 165668

166620

164903

165683166434

172272

Evolução da População - Microrregião de Pirapora

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MICRORREGIÃO PIRAPORA – JAN/2014

1.2 Análise econômica

GRÁFICO 2

2007 2008 2009 2010 2011 2012 -

200,000

400,000

600,000

800,000

1,000,000

1,200,000

1,400,000 Pirapora

Várzea da Palma

São Romão

Santa Fé de Minas

Riachinho

Lassance

Lagoa dos Patos

Jequitaí

Ibiaí

Buritizeiro

Fonte: Elaborado pelo próprio autor.Fonte de dados: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (2012)

GRÁFICO 3

20072008

20092010

20112012

45.53%41.39%

41.22% 44.91%47.18% 46.15%

1.04%

1.18% 1.33% 1.10% 1.12%1.17%

1.03%

0.96% 1.26% 1.28% 1.18%1.76%

28.92%

27.41%26.29% 24.18% 23.65%

23.77%

2.45%

2.41%2.85% 2.50% 2.85%

3.58%

3.76%7.49%

6.86%6.77% 6.47% 5.95%

2.00%2.87%

2.42% 2.08% 1.99% 2.28%

1.84%1.62%

2.03% 1.87% 2.25%2.43%

11.14%12.51%

13.01% 12.99% 11.07%10.30%

2.29% 2.17%2.72%

2.25%

Evolução da participação do município no Produto Interno Bruto - Microrregião de Pirapora

Riachinho

Buritizeiro

Ibiaí

Jequitaí

Lassance

São Romão

Várzea da Palma

Lagoa dos Patos

Santa Fé de Minas

Pirapora

Fonte: Elaborado pelo próprio autor.Fonte de dados: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE(2011).Os GRÁF. 2 e 3 mostram as variações entre municípios com maior e menor PIB nesta microrregião e a representatividade por município, com destaque no período, para Grão Mogol distanciado dos demais municípios da micro.

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OBSERVATÓRIO DO TRABALHO NO NORTE DE MINAS– GEPAD

2 ANÁLISE DO MERCADO DE TRABALHO

2.1 Análise dos estabelecimentos

Segundo dados da RAIS/MTE (2012) a microrregião de Pirapora apresenta no ano de 2013 aproximadamente 87,3% dos seus estabelecimentos do tipo micro empresa (até 9 vínculos) em um total de 2489 estabelecimentos.

A composição dos setores na microrregião por grande setor tem com maior número de estabelecimentos o Comércio (37,07%), seguido por Serviços (28,71%) e Agricultura (22,78 %). Os setores Indústria e Construção apresentam o menor número de estabelecimentos na microrregião, 6,28% e 5,16%, respectivamente. Observa-se um crescimento de 4,6% no número de estabelecimentos se comparado 2013 ao ano de 2012.

Os subsetores apresentam a maior parte dos estabelecimentos com até dez vínculos, salvo o subsetor Administração Pública que apresenta 41,67% dos estabelecimentos com mais de 100 vínculos. E os subsetores Indústria Têxtil (20%), seguido da Indústria Química (20%) e a Indústria Metalúrgica (18,42%) apresentam estabelecimentos com mais de 50 vínculos, em especial a Indústria Têxtil que apresenta um estabelecimento com mais de 1000 vínculos e a Indústria Metalúrgica que possui cinco estabelecimentos com até 999 vínculos.

A microrregião de Pirapora tem a distribuição dos estabelecimentos bem concentrada em três municípios: Pirapora (40,82%), Várzea da Palma (23,17%) e Buritizeiro (16,36%). Os demais municípios apresentam baixa participação, oscilando entre 1,19% e 4,74%.

Ao analisar a dinâmica dos estabelecimentos por município, percebe-se que a maioria dos municípios segue a lógica de 90% dos estabelecimentos com até dez vínculos, 10% com até cem vínculos, e um valor percentual residual de estabelecimentos com mais de cem vínculos. Em destaque, os municípios de Lagoa dos Patos e Lassance que apresentam valores percentuais de estabelecimentos com mais de cinquenta vínculos próximos aos 4%.

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MICRORREGIÃO PIRAPORA – JAN/2014

Os vínculos: por município, faixa etária e escolaridade

Segundo dados da RAIS/MTE, a distribuição dos vínculos por município na microrregião apresenta-se concentrada em três municípios que, juntos, são responsáveis por quase 84,7% dos vínculos. Sendo estes, Pirapora (47,83%), Várzea da Palma (24,24%) e Buritizeiro (12,62%). Observa-se ainda que, apenas Lassance e Jequitai apresentam percentual de participação acima de 3%, sendo os outros cinco municípios responsáveis por pouco mais de 7% dos vínculos, e nenhum deles com participação superior a 3%.

Analisada a distribuição dos vínculos por tamanho de estabelecimento, observa-se na microrregião um comportamento diferenciado, a maior concentração de vínculos se dá nas micro e grandes empresas. As empresas com mais de mil vínculos são responsáveis por 15,96%, àquelas com mais de quinhentos vínculos por 16,52%, e aquelas com mais de duzentos e cinquenta por 7,57% do total de vínculos; do outro lado, as empresas com até quatro vínculos são responsáveis por 11,46% e as com até nove vínculos responsáveis por 9,94%. Ressalta-se, portanto, a interferência da Administração Pública, Indústria Metalúrgica e Indústria Têxtil, sendo estes subsetores os grandes responsáveis pelo alto número de vínculos em grandes empresas, aquelas com mais de 250 vínculos empregatícios.

Em termos de características dos vínculos, a microrregião de Pirapora apresenta 63,4% dos seus vínculos trabalhistas relativos às pessoas do sexo masculino frente aos 36,6% do sexo feminino. Observa-se ainda, que quanto à faixa etária, a maior concentração de vínculos está faixas etárias entre 18 e 49 anos, com destaque entre 30 e 39 anos (31,27% - aumento de 2,2% frente a 2012). É perceptível ainda a existência de vínculos de trabalhadores com menos de dezoito anos na microrregião, cerca de noventa, no entanto não chegam a somar 0,5% do total de vínculos. Quanto à faixa etária acima dos sessenta e cinco anos, observa-se participação irrisória, com pouco mais de 0,6% de participação. As faixas com maior participação são a de 30 a 39 anos (31,27%), a de 40 a 49 anos (21,88%), a de 25 a 29 anos (16,29%) e seguidas pela de 18 a 24 (15,59%) e pela de 50 a 64 anos (13,93%). Ressalta-se que, em nenhuma das cidades, o comportamento da composição etária se faz diferente; o intervalo etário de 18 a 49 anos é responsável, em média, por 70% a 85% do total de vínculos nos municípios.

A microrregião de Pirapora apresenta ainda, segundo os níveis de escolaridade, uma perspectiva de baixa escolaridade, ao ter um percentual alto dos vínculos (47,2%) sem ter o ensino médio completo, apresentando certo avanço frente a 2012, quando tinha aproximadamente 55,6% sem ensino médio completo. Observa-se ainda, que 42,18% dos vínculos apresentam apenas ensino médio completo, e que um percentual mínimo extrapolou esse nível de escolaridade (10,62%), sendo que 9,09% apresenta ensino superior completo e outros 1,53% apresenta formação superior incompleta ou em curso.

Quando analisadas as participações percentuais por sexo, observa-se uma participação maior entre vínculos relacionados aos homens (63,4%) frente às mulheres (36,6%). Em valores absolutos, a diferença é de pouco menos que sete mil e cem trabalhadores. Analisados os aspectos de escolaridade por sexo, percebe-se que os vínculos relacionados às mulheres apresentam uma escolaridade superior. Conquanto para os homens, o nível de vínculos com escolaridade superior ao ensino médio é de exatos 5,62%, para as mulheres, esse percentual

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OBSERVATÓRIO DO TRABALHO NO NORTE DE MINAS– GEPAD

ultrapassa os 19%. O próprio nível de escolaridade "Ensino Médio" apresenta uma maior participação quando do sexo feminino (49%) do que para o sexo masculino (38%). Observa-se ainda a participação relevante que os níveis de ensino "Fundamental Incompleto" e "Ensino Médio Incompleto série incompleta" apresentam para os vínculos de sexo masculino, com 15,7% e 11,37% de participação, respectivamente.

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MICRORREGIÃO PIRAPORA – JAN/2014

Análise de remuneraçãoA microrregião de Pirapora apresenta a remuneração dos vínculos trabalhistas

fortemente concentrados nas faixas de menor valor. Observa-se que 10,4% dos vínculos apresentam remuneração média de até um salário mínimo (diminuição de 1,6 pontos percentuais em 2013, frente a 2012), outros 42,6% entre um salário mínimo a um e meio (diminuição de 0,9% frente à 2012), 20,44% entre um e meio e dois salários mínimos, e 14,15% entre dois e três. Os outros 12,38% distribuem-se em demais faixas com remuneração até o valor superior a vinte salários mínimos, sendo essas últimas faixas com percentuais inferiores a 0,5% do total de vínculos. Analisada a remuneração em cada um dos grandes setores, observa-se que em todos os setores, a faixa salarial que apresenta o maior número de vínculos é a de um salário mínimo até um salário mínimo e meio. ainda que os setores: Indústria e Construção Civil apresentam grande concentração de empregados recebendo de um salário mínimo e meio a três salários mínimos.

Observa-se também a centralização de vínculos nas três primeiras faixas (até 0,5, de 0,51 até 1 e de 1,01 até 1,5 salário mínimo) no setor Comércio (77% mesmo percentual de 2012) e a centralização de vínculos, com percentuais significativos nas faixas entre um salário mínimo e meio até três salários, sendo os setores: Construção Civil (49%), Indústria (45% - diminuição de 2,17% em 2013 frente à 2012), Agropecuária (36%) e Serviços (32,6% - diminuição de 4% em 2013 frente à 2012).

A microrregião de Pirapora apresenta, entre os municípios integrantes, uma composição de remuneração bem diferenciada. O município de Ibiaí destaca-se pela forte concentração de vínculos nas faixas de menor valor de remuneração, 83% dos vínculos apresentam remuneração de até um salário mínimo e meio. Observa-se que em 2012 e 2013, os demais municípios que compõe a microrregião de Pirapora apresentam variação de 45% a 67% dos vínculos nas três primeiras faixas de ganho (até 0,5, de 0,51 até 1 e de 1,01 até 1,5 salário mínimo). Apresenta no segundo grupo de remuneração (entre um salário mínimo e meio e três salários mínimos) percentual superior aos 34% dos vínculos. Destaca-se nesse segundo grupo o município de Buritizeiro com 43% dos vínculos neste e Várzea da Palma que apresentou 40% neste grupo, e ainda destaca-se o município de Ibiaí que em 2013 apresentou 12%, e já em 2011 com 31% dos vínculos neste, caracterizando uma desconcentração. O terceiro grupo de faixas de remuneração (acima de três salários mínimos) tem como destaque os municípios de São Romão, Pirapora, Riachinho e Várzea da Palma por apresentaram percentual acima dos 10% dos vínculos neste grupo. Negativamente, destaca-se Ibiaí ao apresentar percentual abaixo dos 5% dos vínculos neste grupo.

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Tempo de empregoA microrregião de Pirapora apresenta em 2013 uma distribuição de tempo de

permanência dos empregados com 53% dos vínculos apresentando mais de dois anos na mesma empresa, destaca-se ainda que destes, 15% estão a mais de dez anos (mesmo percentual em relação a 2012). Os outros 46,49% apresentam menos de dois anos de empresa, sendo que apenas 17,35% apresentam menos de seis meses de vinculação. Analisados os grandes setores (Indústria, Construção Civil, Comércio, Serviços e Agropecuária) observa-se que os setores Comércio e Agropecuária com distribuição dos vínculos dentre as faixas de tempo de permanência, nestes setores, entre 36,8% e 42,8% dos vínculos apresentam mais de dois anos numa mesma empresa. O setor de Serviços se destaca ao apresentar 53,5% dos vínculos com mais de três anos de empresa, sendo 25,9% com mais de dez anos (diminuição de 10,6% em 2013 frente a 2012). A construção Civil por outro lado apresenta situação oposta, 58,8% dos vínculos apresentam menos de um ano de empresa, sendo destes 39,19% com menos de seis meses. A indústria apresenta uma distribuição de vínculos com o tempo maior de permanência na empresa, apresentando 70,3% com mais de dois anos (aumento de 3,3% em 2013 frente a 2012), sendo destes, 38,2% com mais de cinco anos, e os outros 29,67% permanecem menos de dois anos na empresa (diminuição de 12,6% em 2013 em comparação a 2012).

Observa-se que na microrregião de Pirapora o tempo de permanência dos empregados apresenta uma distribuição bem homogênea nos intervalos de tempo. Os municípios de Lagoa dos Patos, Riachinho e Santa Fé de Minas apresentam mais de 35% dos seus trabalhadores com mais de cinco anos de empresa, em destaque, Lagoa dos Patos com 58% e Riachinho com 45%. Os municípios de Ibiaí, Jequitai e Lassance apresentam respectivamente no máximo 57% dos empregados com até um ano de trabalho na empresa, em destaque Ibiaí com os 57%. Por fim, os municípios de Pirapora, Buritizeiro, São Romão e Várzea da Palma apresentam mais de 21% dos empregados com tempo de emprego entre dois e cinco anos na empresa.

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MICRORREGIÃO PIRAPORA – JAN/2014

3 CARACTERIZAÇÃO DOS MUNICÍPIOS

3.1 Buritizeiro

O município de Buritizeiro apresenta em 2013 segundo dados da RAIS/MTE, 37,98% dos estabelecimentos estão na agricultura, o comércio com 32,6%, o serviços com 24,4%, a indústria com 4,94% e construção civil com 3%. Observa-se que, no setor de serviços, os subsetores em destaque são: i) Transporte e Comunicações, ii) Alojamento e comunicação (8,8% e 7%, respectivamente), os demais subsetores de serviços a participação, somados, representam 8,5%.

O município conta ainda, em 2013, com 94,85% dos estabelecimentos com até dezenove vínculos empregatícios, sendo o restante (4,94%) relativo a estabelecimentos do setor agricultura, comércio varejista, indústria de produção de bebidas e de mineral não metálico, dos setores administração técnica profissional e administração pública, que esta última possui estabelecimento com 500 a 999 vínculos, podendo ser a prefeitura municipal.

Ao analisar os vínculos empregatícios no município, observa-se que 66,91% destes são referentes aos homens, e 33,09% às mulheres. Em termos de faixa etária a de 30 a 39 anos destaca-se, sendo característica de 30,7% dos vínculos, seguida de 40 a 49 com 22,8%.

Quanto à escolaridade, observou-se que a maior parte dos vínculos (32,59% - diminuição de 1,26% em 2013 frente à 2012) apresenta o ensino médio completo, seguido pelo ensino superior completo (7,7%) e ensino médio incompleto (8,89%). Observa-se ainda que, quanto ao ensino superior, o número de mulheres com esta escolaridade é duas vezes maior que a dos homens.

Quando discutida a alocação dos vínculos nos estabelecimentos segundo critério de porte destes, verifica-se que no município, 58,5% dos vínculos em estabelecimento com 1 a 4 vínculos, 13,5% estão em estabelecimentos de 5 a 9 vínculos e 6,87% estão alocados em estabelecimento com 10 a 19 vínculos.

Os vínculos em Buritizeiro apresentam um alto tempo de permanência nos estabelecimentos, sendo que 48,11% permanecem mais de dois anos, destes, 27,08% apresentam mais de cinco anos de vinculação. Observa-se que o setor de serviços, o maior empregador, puxa o alto tempo de permanência ao apresentar 50,34% dos vínculos com mais de cinco anos.

Em termos de remuneração, verificou-se que 49,22% dos vínculos no município tem remuneração de até um e meio salário mínimo, seguido de 43,86% de um salário mínimo e meio até três salários mínimos e 6,28% entre três e dez salários mínimos. A minoria, 0,27%, recebe acima de dez salários mínimos de remuneração

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OBSERVATÓRIO DO TRABALHO NO NORTE DE MINAS– GEPAD

3.2 IbaíO município de Ibiaí apresenta em 2013, segundo dados da RAIS/MTE, poucos

estabelecimentos relacionados aos setores indústria e construção civil, tendo cada um dos dois setores, participação de 4,88% e 2,44%, respectivamente, no total de estabelecimentos no município. O setor de serviços responsável por 17,07%, o comércio por 47,56% e a agricultura por 28,05% dos estabelecimentos.

O município conta em 2013 com 98,78% dos estabelecimentos com até dezenove vínculos empregatícios, sendo o restante (1,22%) relativo à um estabelecimento que tem entre 100 e 249 vínculos pertencente à administração pública, podendo ser a prefeitura municipal.

Ao analisar os vínculos empregatícios no município, observa-se que 57,83% destes são referentes aos homens (aumento de 31,43% em 2013 frente a 2012), e 42,17% às mulheres. Em termos de faixa etária a de 30 a 39 anos destaca-se, sendo característica de 33,08% dos vínculos, seguida de 40 a 49 com 18%.

Quanto à escolaridade, observou-se que a maior parte dos vínculos (43,69%) apresenta o ensino médio completo, seguido pelos que possuem fundamental completo (15,66%), até 5ª série incompleta (15,4%) e ensino superior completo (7,32%). Observa-se ainda que, quanto ao ensino superior, o número de mulheres com esta escolaridade é quase duas vezes maior que a dos homens.

Quando discutida a alocação dos vínculos nos estabelecimentos segundo critério de porte destes, verifica-se que no município, 44,95% dos vínculos estão em estabelecimento com 100 a 249 vínculos. E 55% estão alocados em estabelecimento com até 19 vínculos.

Os vínculos em Ibiaí apresentam um tempo de permanência relativamente baixo nos estabelecimentos, sendo que 44,4% apresentam de seis meses a doze meses de vinculação. Observa-se que o setor de serviços, o maior empregador, puxa o baixo tempo de permanência ao apresentar 65% dos vínculos com seis meses a doze meses de vinculação.

Em termos de remuneração, verificou-se que 83% dos vínculos no município tem remuneração de até um e meio salário mínimo, seguido de 12,88% que tem de um salário mínimo e meio até três salários mínimos e 3,79% entre três e dez salários mínimos.

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3.3 JequitaíO município de Jequitaí apresenta em 2013, segundo dados da RAIS/TEM, o setor de

serviços responsável por 25,88%, o comércio por 23,53% e a agricultura por 47,06%, a indústria por 1,18% e a construção civil por 2,35% dos estabelecimentos. Observa-se ainda, no setor da indústria, a existência de estabelecimentos apenas em apenas um subsetor: i) Borracha, Fumo e Couros.

O município conta em 2013 com 92,94% dos estabelecimentos com até dezenove vínculos empregatícios, sendo o restante (7,06%) relativo a estabelecimentos que tem entre 20 e 499 vínculos pertencentes à agricultura e a administração pública.

Ao analisar os vínculos empregatícios no município, observa-se que 60,1% destes são referentes aos homens e 39,9% às mulheres. Em termos de faixa etária a de 30 a 39 anos destaca-se, sendo característica de 29,37% dos vínculos, seguida de 40 a 49 com 23,3%.

Quanto à escolaridade, observou-se que a maior parte dos vínculos (26,89%) apresenta o ensino médio completo, seguido pelo ensino superior completo (17,97%) e até 5º incompleto (15,49%). Observa-se ainda que, quanto ao ensino superior, o número de mulheres com esta escolaridade é três vezes maior que a dos homens.

Quando discutida a alocação dos vínculos nos estabelecimentos segundo critério de porte destes, verifica-se que no município, 42,63% dos vínculos estão em estabelecimento com 250 a 499 vínculos. E outros 57,3% estão alocados em estabelecimento com até 99 vínculos.

Os vínculos em Jequitaí apresentam um tempo de permanência relativamente alto nos estabelecimentos, sendo que 27,26% apresentam mais de cinco anos de vinculação. Observa-se que o setor de serviços, o maior empregador, puxa para baixo o tempo de permanência ao apresentar 73,2% dos vínculos com menos de um ano de vinculação.

Em termos de remuneração, verificou-se que 54,65% dos vínculos no município tem remuneração de até um e meio salário mínimo, seguido de 37% com um salário mínimo e meio até três salários mínimos e 7,8% entre três e dez salários mínimos.

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3.4 Lagoa dos PatosO município de Lagoa dos Patos tem em 2013, segundo dados da RAIS/MTE, o setor

do comércio varejista como responsável por 44,12% dos estabelecimentos, o serviços por 26,42%, a agricultura por 29,41%. Observa-se ainda, no setor de serviços, a existência de estabelecimentos apenas em quatro subsetores: i) Instituições Financeiras; ii) Alojamento e Comunicação; iii) Administração Pública; e iv) Transporte e comunicação.

O município conta em 2013 com 94,12% dos estabelecimentos com até dezenove vínculos empregatícios, sendo o restante (5,88%) relativo a estabelecimento que tem de 50 a 249 vínculos, sendo um da agricultura, e outro relacionado à administração pública, podendo ser a prefeitura municipal.

Ao analisar os vínculos empregatícios no município, observa-se que 55% destes são referentes aos homens e 45% às mulheres. Em termos de faixa etária a de 30 a 39 anos destaca-se, sendo característica de 33% dos vínculos, seguida de 40 a 49 com 28% e 20% com 50 a 64 anos.

Quanto à escolaridade, observou-se que a maior parte dos vínculos (26,5%) apresenta o ensino fundamental com a 5ª série completa, seguido pelo superior completo (23%) e ensino médio completo (21%). Observa-se ainda que, quanto ao ensino superior, o número de mulheres com esta escolaridade é seis vezes maior que a dos homens.

Quando discutida a alocação dos vínculos nos estabelecimentos segundo critério de porte destes, verifica-se que no município, 64,3% dos vínculos estão em estabelecimento com 100 a 249 vínculos. E os outros 35,7% estão em estabelecimento com até noventa e nove vínculos.

Os vínculos em Lagoa dos Patos apresentam um tempo de permanência relativamente alto nos estabelecimentos, sendo que 82,31% apresentam mais de dois anos de vinculação. Observa-se que o setor de serviços, o maior empregador, puxa o alto tempo de permanência ao apresentar 82,56% dos vínculos com mais de cinco anos de vinculação, sendo destes, 53,85% dos vínculos com mais de dez anos.

Em termos de remuneração, verificou-se que 59,52% dos vínculos no município tem remuneração de até um e meio salário mínimo, seguido de 27,55% com salário de um e meio até três salários mínimos e 4,76% entre três e dez salários mínimos.

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3.5 LassanceO município de Lassance apresenta em 2013, segundo dados da RAIS/MTE, poucos

estabelecimentos relacionados aos setores indústria e construção civil, tendo o primeiro, participação de 5,1% e o segundo de pouco mais de 2% dos estabelecimentos no município. O setor da agricultura é responsável por 57,7%, o serviços por 14% e o comércio por 20,7% dos estabelecimentos. Observa-se ainda, no setor de indústria, a existência de estabelecimentos nos seguintes subsetores: i) Produção Mineral não Metálico; ii) Indústria Metalúrgica; iii) Borracha, Fumo e Couros; iv) Alimentos e Bebidas e v) Serviço de Utilidade Pública.

O município conta em 2013 com 92,5% dos estabelecimentos com até dezenove vínculos empregatícios, sendo o restante (6,67%) relativo à estabelecimentos que tem entre 20 a 249 vínculos, sendo este estabelecimentos da Indústria Metalúrgica, Indústria de Alimentos e Bebidas e Agricultura, outros 1% possui estabelecimento com 500 a 999 vínculos, sendo este último relacionado à administração pública, podendo ser a prefeitura municipal.

Ao analisar os vínculos empregatícios no município, observa-se que 53,91% destes são referentes aos homens e 46,09% às mulheres. Em termos de faixa etária a de 30 a 39 anos destaca-se, sendo característica de 28,8% dos vínculos, seguida de 40 a 49 com 22,9%.

Quanto à escolaridade, observou-se que a maior parte dos vínculos (32,8%) apresenta o ensino médio completo, seguido pelo ensino fundamental completo (12,97%), da sexta a nona série (12,61%) e até a quinta série completa (11,6%). Observa-se ainda que, quanto ao ensino superior, o número de mulheres com esta escolaridade é maior que o dos homens com 51 vínculos de diferença.

Quando discutida a alocação dos vínculos nos estabelecimentos segundo critério de porte destes, verifica-se que no município, 52% dos vínculos estão em estabelecimento com 100 a 999 vínculos. E apenas 30% estão em estabelecimento com até vinte vínculos.

Os vínculos em Lassance apresentam um tempo de permanência relativamente alto nos estabelecimentos, sendo que 39,71% apresentam mais de dois anos de vinculação. Observa-se que o setor de serviços, o maior empregador, puxa o alto tempo de permanência ao apresentar 41,35% dos vínculos com mais de dois anos de vinculação, sendo destes, 37,7% dos vínculos estão a mais de cinco anos.

Em termos de remuneração, verificou-se que 67,03% dos vínculos no município tem remuneração de até um e meio salário mínimo, seguido de 25,22% com um salário mínimo e meio a três salários mínimos e 5,87% entre três e dez salários mínimos. A minoria, 0,58%, recebe acima de dez salários mínimos de remuneração

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3.6 PiraporaO município de Pirapora é um dos, dentre os municípios da microrregião, que

apresenta economia mais diversificada, se levada em consideração a variedade de subsetores que apresentam estabelecimentos. Os estabelecimentos relacionados aos setores da agricultura (6,96%) e indústria (5,59%) apresentam em 2013, segundo dados da RAIS/MTE, uma menor participação no total de estabelecimentos no município. O setor da agricultura é responsável por 6,96%, de serviços 36,3% e o comércio por 42% dos estabelecimentos. Observa-se ainda, no setor de indústria, os únicos subsetores que apresentam a inexistência de estabelecimentos são: i) Indústria Calçados e; ii) Indústria Material de Transporte.

O município conta, em 2013, com 93,7% dos estabelecimentos com até dezenove vínculos empregatícios, sendo o restante (6,28%) relativo à estabelecimentos que tem entre 20 e 49 vínculos (3,35%) e de 50 a 99 vínculos (1,81%), apresentando um valor residual (0,17%) de um estabelecimentos com 500 a 999 vínculos, sendo este pertencente a indústria metalúrgica e outros (0,17%) de estabelecimentos com mais de mil vínculos, sendo um relacionado a indústria têxtil, e outro relacionado à administração pública, podendo ser a prefeitura municipal.

Ao analisar os vínculos empregatícios no município, observa-se que 61,25% destes são referentes aos homens e 38,75% às mulheres. Em termos de faixa etária a de 30 a 39 anos destaca-se, sendo característica de 32,48% dos vínculos, seguida de 40 a 49 com 21,38%.

Quanto à escolaridade, observou-se que a maior parte dos vínculos (49,55%) apresenta o ensino médio completo, seguido pelo ensino fundamental completo (11,7%) e ensino médio incompleto (11,63%). Observa-se ainda que, quanto ao ensino superior, o número de mulheres com esta escolaridade é pouco mais de duas vezes maior que a dos homens.

Quando discutida a alocação dos vínculos nos estabelecimentos segundo critério de porte destes, verifica-se que no município, 34,4% dos vínculos estão em estabelecimento com 500 a mais de 1000 vínculos. Sendo que 30,8% estão em estabelecimento com até vinte vínculos.

Os vínculos em Pirapora apresentam um tempo de permanência relativamente alto nos estabelecimentos, sendo que 55,9% apresentam mais de dois anos de vinculação. Observa-se que o setor da indústria e serviços, os maiores empregadores, puxa para o alto tempo de permanência ao apresentar 74% e 60% dos vínculos, respectivamente, com mais de dois anos de vinculação. Logo o setor de comércio, o terceiro maior empregador no município, apresenta 39,9% dos vínculos com mais de dois anos de vinculação.

Em termos de remuneração, verificou-se que 54,75% dos vínculos no município tem remuneração de até um e meio salário mínimo, seguido de 30% com um salário mínimo e meio até três salários mínimos e 12,7% entre três e dez salários mínimos. A minoria, 0,52%, recebe acima de dez salários mínimos de remuneração

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3.7 RiachinhoO município de Riachinho apresenta em 2013, segundo dados da RAIS/MTE, uma

economia bem concentrada no setor da agricultura e do comércio, se levado em consideração a concentração de estabelecimentos no respectivo setor. Observa-se ainda, que no município, em 2012, não possuía o setor Construção Civil, já no ano de 2013 passou a apresentar 1 estabelecimento. Os estabelecimentos relacionados ao setor da indústria apresentam o percentual de 2,3% de participação no total de estabelecimentos no município. O setor de serviços é responsável por 20,2%, o comércio por 38,1% e a agricultura por 38,1% do total de estabelecimentos.

O município conta em 2013 com 97,6% dos estabelecimentos com até dezenove vínculos empregatícios, sendo o restante (2,38%) relativo à estabelecimentos que tem entre 20 a 49 vínculos (1,19%), e outro com um estabelecimento com 100 a 249 vínculos, sendo este último relacionado à administração pública, podendo ser a prefeitura municipal.

Ao analisar os vínculos empregatícios no município, observa-se que 54,25% destes são referentes aos homens e 45,75% às mulheres. Em termos de faixa etária a de 30 a 39 anos destaca-se, sendo característica de 34,9% dos vínculos, seguida de 40 a 49 com 26,2%.

Quanto à escolaridade, observou-se que a maior parte dos vínculos (31,49%) apresenta o ensino médio completo, seguido pelo ensino superior completo (17,47%). Observa-se ainda que, quanto ao ensino superior, o número de mulheres com esta escolaridade é 3 vezes maior que a dos homens.

Quando discutida a alocação dos vínculos nos estabelecimentos segundo critério de porte destes, verifica-se que no município, 56,49% dos vínculos estão em estabelecimento com 100 a 249 vínculos. E outros 43,91% estão em estabelecimento com até quarenta e nove, sendo deste 24,37% em estabelecimentos com até quatro vínculos empregatícios.

Os vínculos em Riachinho apresentam um tempo de permanência relativamente alto nos estabelecimentos, sendo que 56,32% apresentam mais de dois anos de vinculação. Observa-se que o setor de serviços, o maior empregador, puxa o alto tempo de permanência ao apresentar 65% dos vínculos com mais de dois anos de vinculação, sendo destes, 45,82% dos vínculos com mais de cinco anos.

Em termos de remuneração, verificou-se que 57,4% dos vínculos no município tem remuneração de até um e meio salário mínimo, seguido de 31,95% com um salário mínimo até três salários mínimos e 10,34% entre três e dez salários mínimos. A minoria, 0,23% recebe acima de dez salários mínimos de remuneração

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3.8 Santa Fé de Minas

O município de Santa Fé de Minas apresenta em 2013, segundo dados da RAIS/MTE, uma economia bem concentrada nos setores comércio e agricultura, se levado em consideração a concentração de estabelecimentos nos respectivos setores. Observa-se ainda, que no município não possui o setor indústria. Os estabelecimentos relacionados ao setor construção civil apresentam o percentual de 2% de participação no total de estabelecimentos no município. O setor de agricultura é responsável por 57%, o comércio por 26,5% e o serviços por 14,29% do total de estabelecimentos. Observa-se ainda, no setor de serviços que os únicos subsetores que apresentam estabelecimentos no município são: i) Administração Técnica Profissional; ii) Transportes e Comunicações; iii) Alojamento e Comunicações e; iv) Administração Pública.

O município conta, em 2013, com 97,96% dos estabelecimentos com até quarenta e nove vínculos empregatícios, sendo o restante (2%) relativo à estabelecimentos que tem entre 100 e 249 vínculos, sendo este último relacionado à administração pública, podendo ser a prefeitura municipal.

Ao analisar os vínculos empregatícios no município, observa-se que 62,45% destes são referentes aos homens e 37,55% às mulheres. Em termos de faixa etária as de 30 a 39 anos, 40 a 49 anos e 50 a 64 anos destacam-se, sendo característica de 25,29%, 26,05% e 23,75% dos vínculos, respectivamente.

Quanto à escolaridade, observou-se que a maior parte dos vínculos (44,8%) apresenta o ensino médio completo, seguido pelo ensino fundamental completo (23,75%) e 6ª a 9ª Fundamental (7,66%). Observa-se ainda que, quanto ao ensino superior, o número de mulheres com esta escolaridade é quase que um equilíbrio, comparando-a com a dos homens.

Quando discutida a alocação dos vínculos nos estabelecimentos segundo critério de porte destes, verifica-se que no município, 45,59% dos vínculos estão em estabelecimento com 100 a 249 vínculos. E apenas 36,4% estão em estabelecimento com até vinte vínculos.

Os vínculos em Santa Fé de Minas apresentam um tempo de permanência relativamente bem distribuído nos estabelecimentos, sendo que 35,25% apresentam mais de cinco anos de vinculação e 40% apresenta menos de seis meses de permanência. Observa-se que o setor de serviços, o maior empregador, puxa o alto tempo de permanência ao apresentar 61% dos vínculos com mais de dois anos de vinculação, sendo destes, 55,88% dos vínculos com mais de cinco anos.

Em termos de remuneração, verificou-se que 59,77% dos vínculos no município tem remuneração de até um e meio salário mínimo, seguido de 33% com um salário mínimo e meio até três salários mínimos e 6,9% entre três e sete salários mínimos.

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3.9 São RomãoO município de São Romão apresenta em 2013, segundo dados da RAIS/MTE, uma

economia bem concentrada nos setores agricultura e comércio, se levado em consideração a concentração de estabelecimentos no respectivo setor. Os estabelecimentos relacionados aos setores da indústria e construção civil apresentam respectivamente, os percentuais de 3,3% e 1,1% de participação no total de estabelecimentos no município. O setor de serviços é responsável por 19,78%, o comércio por 36,26% e a agricultura por 39,56% do total de estabelecimentos. Observa-se ainda, no setor de indústria que os únicos subsetores que apresentam a existência de estabelecimentos no município são: i) Produção Mineral não Metálico; e ii) Indústria Têxtil.

O município conta, em 2013, com 96,7% dos estabelecimentos com até dezenove vínculos empregatícios, sendo o restante relativo a estabelecimentos que tem entre 20 e 49 vínculos, entre 50 e 99 vínculos, e entre 100 a 249 vínculos 1,1% cada, sendo este último relacionado à agricultura.

Ao analisar os vínculos empregatícios no município, observa-se que 78,2% destes são referentes aos homens e 21,8% às mulheres. Em termos de faixa etária a de 30 a 39 anos destaca-se, sendo característica de 30,82% dos vínculos, seguida de 25 a 29 com 20,9%.

Quanto à escolaridade, observou-se que a maior parte dos vínculos (34,8%) apresenta o ensino médio completo, seguido pelo ensino fundamental completo (13,42%) e até 5ª série incompleta (13,42%). Observa-se ainda que, quanto ao ensino superior, o número de mulheres com esta escolaridade é quase que um equilíbrio, comparando-a com a dos homens.

Quando discutida a alocação dos vínculos nos estabelecimentos segundo critério de porte destes, verifica-se que no município 27,2% dos vínculos estão em estabelecimento com 100 a 249 vínculos. E apenas 50,1% estão alocados em estabelecimento com até vinte vínculos. E ainda 22,6% estão alocados em estabelecimentos entre 20 a 99 vínculos.

Os vínculos em São Romão apresentam um tempo de permanência bem distribuído entre as faixas, sendo que 53,88% apresentam mais de dois anos de vinculação. Observa-se que o setor da agropecuária, o maior empregador, puxa o alto tempo de permanência ao apresentar 71,32% dos vínculos com mais de dois anos de vinculação, sendo destes, 24,1% dos vínculos com mais de cinco anos.

Em termos de remuneração, verificou-se que 47,17% dos vínculos no município tem remuneração de até um e meio salário mínimo, seguido de 30,1% com um salário mínimo e meio até três salários mínimos e 20,96% entre três e dez salários mínimos. A minoria, 1,26%, recebe acima de dez salários mínimos de remuneração.

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3.10 Várzea da PalmaO município de Várzea da Palma é um dos, dentre os municípios da microrregião, que,

em 2013, segundo dados da RAIS/MTE, apresenta economia mais diversificada, se levada em consideração a variedade de subsetores que apresentam estabelecimentos. Os estabelecimentos relacionados aos setores da construção civil (2,73%) e indústria (11,21%) apresentam uma menor participação no total de estabelecimentos no município. O setor da agricultura é responsável por 21,82%, de serviços 26,5% e o comércio por 37,7% dos estabelecimentos. Observa-se ainda, no setor de indústria, os únicos subsetores que apresentam a inexistência de estabelecimentos são: i) Borracha, Fumo e Couros e; ii) Indústria Material de Transporte.

O município conta, em 2013, com 94,2% dos estabelecimentos com até dezenove vínculos empregatícios, sendo o restante (5,76%) relativo à estabelecimentos que tem entre 20 e 49 vínculos (3,48%), de 50 a 99 vínculos (1,52%), e de 100 a 249 vínculos (0,15%), apresentando um valor residual (0,45%) de quatro estabelecimentos com 500 a 999 vínculos, sendo três estabelecimentos pertencente a indústria metalúrgica, e ainda um estabelecimento com mais de 1000 vínculos relacionado à administração pública, podendo ser a prefeitura municipal.

Ao analisar os vínculos empregatícios no município, observa-se que 68,54% destes são referentes aos homens e 31,46% às mulheres. Em termos de faixa etária a de 30 a 39 anos destaca-se, sendo característica de 29,7% dos vínculos, seguida de 40 a 49 com 21,75%.

Quanto à escolaridade, observou-se que a maior parte dos vínculos (38,59%) apresenta o ensino médio completo, seguido pelo ensino fundamental com a quinta série completa (12,2%) e ensino superior completo (5,5%). Observa-se ainda que, quanto ao ensino superior, o número de mulheres com esta escolaridade 27,3% superior que a dos homens.

Quando discutida a alocação dos vínculos nos estabelecimentos segundo critério de porte destes, verifica-se que no município, 48,3% dos vínculos estão em estabelecimento com mais de 500 vínculos. Sendo que 28,3% estão em estabelecimento com até vinte vínculos.

Os vínculos em Várzea da Palma apresentam um tempo de permanência relativamente alto nos estabelecimentos, sendo que 55% apresentam mais de dois anos de vinculação. Observa-se que o setor indústria, o maior empregador, puxa o alto tempo de permanência ao apresentar 66,4% dos vínculos com mais de dois anos de vinculação, sendo destes, 31,07% dos vínculos com mais de cinco anos. Logo o setor de serviços, o segundo maior empregador no município, apresenta 58,8% dos vínculos com mais de dois anos de vinculação, sendo destes, 46,99% dos vínculos com mais de cinco anos.

Em termos de remuneração, verificou-se que 46% dos vínculos no município tem remuneração de até um e meio salário mínimo, seguido de 42,4% com um salário mínimo e meio até três salários mínimos e 9,63% entre três e dez salários mínimos. A minoria, 0,7%, recebem acima de dez salários mínimos de remuneração.

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INDICADORES SÓCIOECONÔMICOSVisando uma análise para além do mercado de trabalho, o presente boletim traz aqui

outros índices e indicadores relevantes ao diagnóstico da situação econômico-social da microrregião e respectivos municípios, bem como no auxílio à elaboração e direcionamento de políticas públicas.

Em busca destes índices, recorreu-se ao Índice Mineiro de Responsabilidade Social (IMRS, 2013), Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil (2013) e ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2011). Entre os conceitos aqui apresentados, entende-se:

- Razão de dependência – é considerada a razão entre a população definida como economicamente dependente, nas faixas etárias de 14 anos ou menos e de 65 anos ou mais de idade, e a população definida como potencialmente produtiva, na faixa etária de 15 a 64 anos, em percentual;

- Índice de Envelhecimento – considera o número de pessoas residentes de 65 anos ou mais anos de idade, dividido pelo número de pessoas residentes menores de 15 anos de idade, multiplicado por 100.

- Percentual da População Urbana – é a razão entre a população residente em área urbana e a população total residente no município, multiplicado por 100.

Buscando analisar tais dados, observa-se que, em 2013, os municípios da microrregião de Pirapora, e neste caso, destaca-se Santa Fé de Minas (57,28%), apresentam um alto nível de dependência, ou seja, a população em idade economicamente ativa apresenta-se, quantitativamente, mais próxima da população em idade economicamente inativa.

O índice de envelhecimento auxilia na projeção de crescimento populacional, possibilitando validar a necessidade de políticas públicas voltadas à natalidade ou seu controle, bem como direcionadas à terceira idade. Em destaque os municípios de São Romão (18,55%) e os municípios de Lassance (28,04%), Lagoa dos Patos (29,27%) e Jequitaí (36,79%) (ver QUADRO 1).

Quando relacionados os dois índices (razão de dependência e índice de envelhecimento) pode-se tomar direcionamentos quanto à determinadas políticas públicas que auxiliem na manutenção de um mercado de trabalho dinâmico.

A razão de dependência próxima de 100%, ou 1, deve-se atentar para esta índice, pois indica uma população economicamente ativa igual a inativa, podendo trazer um contrabalanço previdenciário caso o índice de envelhecimento esteja alto, apontando que há mais idosos do que jovens (entendido aqui até os quinze anos de idade). Quanto ao envelhecimento, índices baixos projetam uma sociedade que tende à uma situação de “fartura” de mão de obra frente ao número de aposentados, dentro dos próximos dez anos, pelo menos.

Os índices apresentam análises superficiais, mas que, se relacionados entre eles ou com outros índices, dão base para diagnósticos e direcionamentos de políticas públicas que podem ser direcionadas ao mercado de trabalho ou sociais.

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QUADRO 1

Razão de dependência na microrregião de Pirapora em 2011

MunicípioRazão de

dependência (%)

Índice de envelhecimento

(%)

Percentual de população urbana

(%)Buritizeiro 52,37 20,43 87,77

Ibiaí 54,17 25,88 76,59

Jequitaí 50,59 36,79 68,76

Lagoa dos Patos 53,2 29,27 72,88

Lassance 55,29 28,04 59,87

Pirapora 45,79 24,81 98,16

Riachinho 53,8 24,59 55,39

Santa Fé de Minas 57,28 25,56 57,74

São Romão 53,96 18,55 62,95

Várzea da Palma 46,83 24,3 87,44

Fonte: Índice Mineiro de Responsabilidade Social (IMRS, 2011)

Outra análise de dependência apresentada neste boletim refere-se à dependência das famílias dos municípios ao Programa Bolsa Família, Programa Federal de transferência de renda. Entre os conceitos aqui usados, entende-se:

- Número de famílias beneficiadas com transferências do Programa Bolsa Família, em outubro de cada ano de referência. Dados disponíveis: 2007-2011;

- Número total de famílias – de acordo com o registrado pelo IBGE (2011);- Percentual de dependência do Bolsa Família – razão entre o número total de famílias

e o número de famílias dependente do Bolsa Família.A microrregião de Pirapora desponta com uma população de 164.903 distribuída em

45.120 famílias; uma média de 3,67 pessoas por família. Observa-se que a microrregião apresenta 16.086 famílias dependentes do Programa Federal, um percentual de 35,65%, que se calculado com base na média de pessoas por família, atinge um contingente de 59.065 habitantes.

Algumas das disparidades observadas referem-se na mudança dos municípios que despontam entre os primeiros lugares nos três índices:

- Número total de famílias beneficiárias: Pirapora, Buritizeiro e Várzea da Palma;- Número total de famílias: Pirapora, Várzea da Palma e Buritizeiro;- Percentual de dependência: Lagoa dos Patos, Jequitaí e Riachinho.

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MICRORREGIÃO PIRAPORA – JAN/2014

Observa-se que os mesmos municípios ocupam as mesmas posições, sejam as primeiras ou as últimas, quanto ao número total de famílias e o número total de família beneficiadas, no entanto, os nomes são diferentes quanto ao percentual de dependência. Nos últimos lugares (menores percentuais):

- Número total de famílias beneficiárias: Santa Fé de Minas, Lagoa dos Patos e Lassance;

- Número total de famílias: Santa Fé de Minas, Lagoa dos Patos e Lassance;- Percentual de dependência: Pirapora, Várzea da Palma e Lassance.

O município com menor dependência é Pirapora (26,50%) e o com maior Lagoa

dos Patos (52,42%). Pirapora destaca-se por apresentar-se com o maior número de famílias e

o menor percentual de famílias dependentes do Programa Bolsa Família (ver QUADRO 2).

QUADRO 2

Situação do Bolsa Família na microrregião de Pirapora

Município Número de famílias beneficiárias do Programa

Bolsa Família

Número Total de famílias

Percentual de dependência do Bolsa Família

Buritizeiro 3.192 7.129 44,77%

Ibiaí 1.012 2.138 47,33%

Jequitaí 1.125 2.198 51,18%

Lagoa dos Patos 586 1.118 52,42%

Lassance 685 1.817 37,70%

Pirapora 3.944 14.883 26,50%

Riachinho 1.000 2.073 48,24%

Santa Fé de Minas 444 1.046 42,45%

São Romão 1.067 2.466 43,27%

Várzea da Palma 3.031 10.252 29,56%

Microrregião 16.086 1.817 37,70%

Fonte: Índice Mineiro de Responsabilidade Social (IMRS, 2011)

Buscando analisar a massa salarial dos empregados por setor, recorreu-se a Relação Anual de Informações Sociais - RAIS, em que a massa salarial é o resultado do produto entre a remuneração média dos empregados e o número de empregos. Na RAIS, as informações de remuneração excluem o 13º salário. Observa-se que as massas salariais per capita dos

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OBSERVATÓRIO DO TRABALHO NO NORTE DE MINAS– GEPAD

empregados despontam os municípios entre os primeiros lugares nos cinco grandes setores da economia com maior massa salarial em valores monetários:

- Indústria: Várzea da Palma, Pirapora e Buritizeiro;- Construção Civil: Santa Fé de Minas, Pirapora e Buritizeiro;- Comércio: Pirapora, Buritizeiro e Lassance;- Serviços: São Romão, Pirapora e Várzea da Palma;- Agropecuária: São Romão, Lassance e Jequitaí.O município com menor massa salarial é São Romão (R$ 609,32) no setor indústria e

com maior Várzea da Palma (R$ 1.591,95) no setor indústria. Os municípios de Riachinho e Santa Fé não apresentam massa salarial nos setores construção civil e indústria, respectivamente. Nestes municípios não há empregos formais nestes setores.

QUADRO 3Massa Salarial da microrregião de Pirapora

Município Indústria Construção Civil Comércio Serviços Agropecuária

Buritizeiro R$ 1.175,96 R$ 1.095,68 R$ 832,78 R$ 1.070,83 R$ 1.033,74 Ibiai R$ 892,75 R$ 618,27 R$ 798,95 R$ 738,54 R$ 863,80 Jequitai R$ 635,17 R$ 793,94 R$ 743,01 R$ 980,43 R$ 1.099,44 Lagoa dos Patos R$ 728,71 R$ 880,00 R$ 681,64 R$ 1.013,22 R$1.067,33 Lassance R$ 789,90 R$ 624,59 R$ 822,67 R$ 1.064,53 R$ 1.116,22 Pirapora R$ 1.378,33 R$ 1.129,42 R$ 892,46 R$ 1.245,89 R$ 850,55 Riachinho R$ 644,25 R$ - R$ 799,73 R$ 1.174,51 R$ 1.018,58 Santa Fe de Minas R$ - R$ 1.186,01 R$ 667,15 R$ 933,18 R$ 1.010,68 São Romão R$ 609,32 R$ 622,00 R$ 792,18 R$ 1.345,04 R$ 1.376,96 Várzea da Palma R$ 1.591,95 R$ 741,40 R$ 812,19 R$ 1.216,22 R$ 939,37 Fonte: RAIS/MTE,

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MICRORREGIÃO PIRAPORA – JAN/2014

A MICRORREGIÃO versus MESORREGIÃO

A mesorregião do Norte de Minas é composta por sete microrregiões, a saber:

Bocaiúva, Grão Mogol, Januária, Janaúba, Montes Claros, Pirapora e Salinas. Com uma

população estimada em 1.619.489 habitantes (IMRS, 2011), a mesorregião apresenta 204.380

vínculos empregatícios formais e 24.391 estabelecimentos registrados no ano de 2013 (MTE).

Dentre os estabelecimentos, em 2013, um grande número concentra-se na

microrregião de Montes Claros (46% - 11.249), sendo o restante disperso entre as demais

microrregiões: Janaúba (15% - 3.689), Pirapora (12% - 2.849), Salinas (2.630 - 11%),

Januária (2.396 - 10%), Bocaiúva (5% - 1.284) e Grão Mogol (1% - 294). (GRÁF 4)

Ao analisar a distribuição destes estabelecimentos formais por setor de atividade

econômica, o Comércio é o setor com o maior número (44,6% - 10.886), seguido pelo setor

de Serviços (27,5% - 6.711), Agropecuária (16,5% - 4.033), Indústria (6,78% - 1.653) e

Construção Civil (4,5% - 1.108).

Gráfico 4 Gráfico 5

10%15%

11%

12%

46%

1%5%

Participação das Microrregiões no total de estabelecimentos do

Norte de Minas

Januária Janaúba Salinas Pirapora

Montes Claros Grão Mogol Bocaiúva

6,7% 4,5%

44,6%27,5%

16,5%

Participação dos setores no total de estabelecimentos do Norte de

Minas

Indústria Construção Civil Comércio

Serviços Agropecuária

Fonte: RAIS/MTE, 2012Fonte: RAIS/MTE, 2012

Distribuídos entre as microrregiões, os vínculos na mesorregião apresentam em

2013 a seguinte distribuição: Bocaiúva (5% - 10.890), Grão Mogol (2% - 4.668), Januária

(9,4% - 20.362), Janaúba (13% - 27.910), Montes Claros (48% - 104.745), Pirapora (12% -

26.472) e Salinas (10% - 20.869).

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OBSERVATÓRIO DO TRABALHO NO NORTE DE MINAS– GEPAD

Quando avaliado a distribuição dos vínculos pelo setor de atividade econômica,

percebe-se que, em 2013, no Norte de Minas o setor de serviços é o que mais emprega (49% -

105.273), seguido pelo comércio (23% - 49.907), Indústria (13% - 29.082) e Agropecuária

(10,3% - 22.322), ficando a Construção Civil (4% - 9.332) com o quinto lugar e o setor que

menos emprega na mesorregião.

Observa-se para tanto que, se analisados o número de estabelecimentos e

relacionado com o número de vínculos gerados por cada microrregião e setor de atividade

econômica, pode-se chegar a uma média de vínculos/estabelecimento para cada uma das

análises geradas. Em termos de microrregião, percebem-se percentuais aproximados entre a

participação de cada uma destas no total de estabelecimentos e do total de vínculos na

mesorregião. Mantêm-se o “grau de importância” de cada uma das microrregiões em ambas

as análises.

Em termos de setor de atividade econômica, verificam-se disparidades entre os

percentuais de participação: os percentuais dos setores de comércio e serviços quase

apresentam inversão ao sair da participação de estabelecimentos para a de vínculos. A

agropecuária perde participação no número de vínculos e a indústria ganha. O “nível de

importância” é alterado, se mudado o âmbito de análise de estabelecimentos para vínculos e

chega-se a uma razão de vínculos por estabelecimento para cada setor na mesorregião:

Indústria – 17; Construção Civil – 9; Comércio – 4; Serviços – 16, e; Agropecuária – 6.

GRÁF. 6 e 7).

Gráfico 6 Gráfico 7

9% 13%

10%

12%48%

2% 5%

Participação das Microrregiões no total de vínculos do Norte

de MinasJANUÁRIA JANAÚBASALINAS PIRAPORAMONTES CLAROS GRÃO MOGOLBOCAIÚVA

13% 4%

23%

49%

11%

Participação dos setores no total de vínculos do Norte de Minas

Indústria Construção CivilComércio ServiçosAgropecuária

Fonte: RAIS/MTE, 2013 Fonte: RAIS/MTE, 2013

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MICRORREGIÃO PIRAPORA – JAN/2014

De acordo com os gráficos 7 e 8, os homens são maioria no mercado de trabalho tanto

da microrregião quanto da mesorregião. No entanto salienta-se que na mesorregião há menor

disparidade entre sexo no total de vínculos. Percebe-se que na Indústria, Construção Civil e

Agropecuária a predominância de homens é grande, tanto na meso quanto na microrregião,

sendo representante de mais de 78% dos vínculos destes setores. Já os setores de comércio e

serviços detêm uma grande participação das mulheres na micro, sendo 47,83% e 60%

respectivamente, com a mesma tendência na mesorregião (41,96% e 57,35%).

Gráfico 7

Indústria Construção Civil

Comércio Serviços Agropecuária Total

78.15%

92.86%

58.04%

42.65%

84.52%

57.49%

21.85%

7.14%

41.96%

57.35%

15.48%

42.51%

Participação do sexo por setor na mesorregião - 2013Masculino Feminino

Fonte: RAIS/MTE, 2015.

Gráfico 8

86.93% 90.88%

52.17%39.92%

81.47%

63.40%

13.07% 9.12%

47.83%60.08%

18.53%

36.60%

Participação do sexo por setor na microrregião - 2013

MasculinoFeminino

Fonte: RAIS/MTE, 2015.

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