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O Uso de Madeira na Construção Civil: Estudo de caso no Bairro Cidade Nova em Governador Valadares-MG.
Jusciano Caio dos Santos Pereira. Tecnologia em Gestão Ambiental - Instituto Federal de Ciência e Tecnologia de Minas Gerais IFMG – Campus Governador Valadares. [email protected]. Outubro de 2013.
Professora Orientadora: Msc. Daniela Martins Cunha. Instituto Federal de Ciência e Tecnologia de Minas Gerais IFMG – Campus Governador Valadares. [email protected]
RESUMO
A extração das florestas tem ocorrido de forma intensa e desordenada com o crescimento populacional e se intensifica proporcionalmente ao desenvolvimento, devido aos diversos usos da madeira na sociedade, principalmente na construção civil. O objetivo geral deste trabalho é realizar um diagnóstico sobre o uso dessas madeiras pela construção civil, especificamente no Bairro Cidade Nova em Governador Valadares - Minas Gerais. Para isto, montou-se um questionário semiestruturado para ser respondido nas construções sobre o uso da madeira, geração de resíduos, cuidados para evitar desperdícios, qualificação dos trabalhadores para lidar com esse material e destino final dos resíduos. Na área de estudo há geração de muito resíduo, predominância de mão–de-obra não qualificada e destinação inadequada, sendo necessário a qualificação dos trabalhadores, educação ambiental, política ou fiscalização para adequação às normas técnicas brasileiras para construtoras.
PALVRAS-CHAVE: extração madeireira; construção civil; resíduos; uso consciente.
ABSTRACT
The extraction of forests has been so intense and disorganized population growth and intensified in proportion to development due to the different uses of wood in society, especially in construction. The aim of this work is to make a diagnosis on the use of these woods for construction, specifically in the Cidade Nova district in Governador Valadares - Minas Gerais. To do this, set up was a semi-structured questionnaire to be answered in the constructions on the use of wood, waste generation, care to avoid waste, qualified workers to handle this material and waste disposal. In the study area there is a lot of waste generation, predominantly unskilled labor allocation and inadequate, requiring the skills of workers, environmental education, politics or supervision to suit Brazilian technical standards for construction.
KEYWORDS: wood extraction; building construction; waste; conscious use.
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1.Introdução
Ao longo dos anos a extração vegetal das áreas de florestais não traziam
preocupações para o ser humano, por isso retirava-se o que era conveniente,
degradava-se e depois descartava, abandonando de forma inconsequente.
Ao passo que a população se desenvolvia e a mancha urbana e a área rural
expandia, a sociedade continuou extraindo recursos naturais, adequando às suas
necessidades e descartando de forma absurda. Esses atos trouxeram consigo um
grande problema, porque com o passar do tempo, já não se achava matas para retirar
matéria-prima como no passado e o local de descarte que antes era remoto e que
estava contaminado passou a estar ao alcance das vistas. Resultando na perda de
áreas que tinham alto potencial para ocupação da agricultura e da habitação.
O que hoje é recurso, ontem não o era, e alguns dos recursos de que somos
dependentes hoje, serão descartados amanhã, pois assim caminha o progresso [...]
(SACHS,2009. p.70). A história da humanidade há muito se caracteriza pela
modificação do ambiente natural com a finalidade de adaptá-lo às suas necessidades,
anseios e busca por condições seguras de se abrigar das intempéries ambientais
(PGIRCC,2009. p.7).
No Brasil a extração da madeira começou quando a família imperial chegou no
país, e a madeira foi o alvo, a qual ocorreu, na maioria das vezes, de forma
devastadora. Iniciava-se um período que comprometeria diversas espécies da Mata
Atlântica, começando então a supressão de uma das maiores florestas brasileiras. E o
pensamento era o mesmo retratado por Sachs (2009), que a Natureza era a despensa
de onde se tiraria, sem parcimônia, o máximo possível.
Segundo Prado (1998, p.25) era uma exploração rudimentar que não deixou
traços apreciáveis, a não ser na destruição impiedosa e em larga escala das florestas
nativas donde se extraia a preciosa madeira.
Os anos se passaram, e a extração continuou, pois esse recurso natural
apresenta variadas utilidades na sociedade, seja na produção energética, quanto na
habitação e tal exploração tem se intensificado à medida que a população se
desenvolve.
O uso da madeira na construção civil pode ser agrupado por seu perfil na construção civil como se segue:
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Construção civil pesada externa Engloba as peças de madeira serrada usadas para estacas marítimas, trapiches, pontes, obras imersas, postes, cruzetas, estacas, escoras e dormentes ferroviários, estruturas pesadas, torres de observação, vigamentos, tendo como referência a madeira de angico-preto (Anadenanthera macrocarpa). Construção civil pesada interna Engloba as peças de madeira serrada na forma de vigas, caibros, pranchas e tábuas utilizadas em estruturas de cobertura, onde tradicionalmente era empregada a madeira de peroba-rosa (Aspidosperma polyneuron). Construção civil leve externa e leve interna estrutural Reúne as peças de madeira serrada na forma de tábuas e pontaletes empregados em usos temporários (andaimes, escoramento e fôrmas para concreto) e as ripas e caibros utilizados em partes secundárias de estruturas de cobertura. A madeira de pinho-do-paraná (Araucária angustifolia) foi a mais utilizada, durante décadas, neste grupo. Construção civil leve interna decorativa Abrange as peças de madeira serrada e beneficiada, como forros, painéis, lambris e guarnições, onde a madeira apresenta cor e desenhos considerados decorativos. Construção civil leve interna de utilidade geral São os mesmos usos descritos acima, porém para madeiras não decorativas. Construção civil leve em esquadrias Abrange as peças de madeira serrada e beneficiada, como portas, venezianas, caixilhos. A referência é a madeira de pinho-do-paraná (Araucária angustifolia). Construção civil assoalhos domésticos Compreende os diversos tipos de peças de madeira serrada e beneficiada (tábuas corridas, tacos, tacões e parquetes), (ZENID,2009,p.22).
Com os diferentes usos desse importante recurso natural, a construção civil
torna-se, cada vez mais, uma das grandes utilizadoras, consumindo cerca de 2/3 da
madeira natural extraída e a maioria das florestas não é manejada adequadamente e
algumas matérias primas tradicionais da construção civil têm reservas mapeadas e
escassas [...](JONH APUD BABILON ,2008).
A ascensão socioeconômica brasileira das classes a partir de 2006 acarretou o
desenvolvimento das cidades, contribuindo para um enorme aumento de construções
de casa e prédios. Outro marco brasileiro que corrobora para a elevação do número
de construções é o programa do Governo Federal em parceria com a Caixa
Econômica Federal, conhecido como “Minha Casa Minha Vida” que aqueceu o ramo
da construção civil em todo território nacional.
Essa crescente necessidade de construir e ampliar faz com que o homem
empregue a madeira, pois se encaixa em diversos ramos de atividades antrópicas pela
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sua beleza natural, sendo usado para decorar casas, nos móveis e edificações, sendo
o foco do presente trabalho a utilização na habitação.
A indústria da construção civil constitui uma das maiores fontes geradoras de
resíduos de toda a sociedade. Por outro lado, é também uma das maiores geradoras
de emprego, exercendo um peso considerável na macro economia (PINTO APUD
BABILON,2008). Segundo Hansen (2008) apud Beltrame, a construção civil é
responsável pelo consumo de 66% de toda madeira extraída e gera 40% de todos
resíduos na zona urbana[...].
Com o desenvolvimento constante, a indústria da construção civil vinha, ao
longo dos anos, gerando resíduos sem se preocupar com sua destinação adequada
(PGIRCC,2009.p7).
Segundo Pinto (1999) apud Babilon (2008) nos resíduos da construção civil
podem ser identificados em maior quantidade: rochas, solos, concreto armado ou não,
argamassa e base de cimento e cal, metal, madeira, plásticos diversos, materiais
betuminosos, vidro, gesso (pasta ou placa), tintas e adesivos, restos de embalagens,
resíduos de telha e tijolos, cerâmica branca e revestimento, cimento amianto, produto
de limpeza e terrenos.
De acordo com o Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos da
Construção Civil - PGIRCC (2009) apesar de muito importante para a sociedade, a
construção civil é uma grande geradora de resíduos. E nos grandes centros urbanos,
onde a construção civil emerge em ritmo acelerado, os resíduos provenientes da
construção civil são, muitas vezes, depositados em locais impróprios e de maneira
inadequada, criando locais conhecidos como “bota-fora”. Uma solução para esse
problema é minimizar a quantidade do entulho gerado, somado à efetiva aplicação
pelos municípios das normas ambientais já existentes [...].
Por ser uma região muito populosa, a região Sudeste tem se destacado na
construção civil e consequentemente na geração de Resíduos da Construção e
Demolição-RCD ou Resíduos da Construção Civil-RCC. A tabela abaixo demonstra o
crescimento da coleta de Resíduos da Construção e Demolição na região Sudeste do
Brasil (Quadro 1).
Quadro 1: Coleta de RCD na Região Sudeste Fonte: ABRELPE e IBGE
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A quantidade coletada em (t/d) aumentou 5,88% em 2012 em relação ao ano
anterior, assim como a quantidade em (Kg/hab/dia), que foi de 5,12%.
Devido à alta geração de Resíduos da Construção Civil, existe uma resolução
do Conselho Nacional de Meio Ambiente – CONAMA nº 307 de 5 de julho de 2002,
que visa em seu Art.1º: Estabelecer diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão
dos resíduos da construção civil, disciplinando as ações necessárias de forma a
minimizar os impactos ambientais.
Ainda conforme a mesma resolução, em seu Art.2º, é apresentado o seguinte
conceito para Resíduos da Construção Civil:
“São os provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, e os resultantes da preparação e da escavação de terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica etc., comumente chamados de entulhos de obras, caliça ou metralha.”
Quadro 2: Classificação, Características e Destinação dos resíduos da Construção Civil.
Fonte: Resoluções 307/2002, 348/2004 e 448/2012 do CONAMA apud César,2012.
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No Art.3º são divididas as classes dos resíduos da construção civil, sendo
definidas como se apresenta na tabela posterior com suas alterações pelas resoluções
do Conama, nº 348 de 16 de agosto de 2004 e 448 de 18 de janeiro de 2012 (Quadro
2).
O Brasil tem avançado no controle da geração e destinação final de RCC. O
estado de Minas Gerais já possui seu Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos
da Construção Civil - PGIRCC para orientar os municípios quanto a gestão dos
mesmos, tendo em vista que os gastos com a limpeza urbana e os lixões são um dos
maiores problemas da administração pública.
Um dos maiores desafios das administrações municipais é a gestão dos
resíduos sólidos e, especialmente, após 2010, com a instituição da Política Nacional
dos Resíduos Sólidos - PNRS, a disposição ambientalmente adequada dos resíduos
sólidos passou a ser prioridade (BRASIL,2013.p.5).
Não sendo diferente em Governador Valadares - Minas Gerais, a cidade já
vem progredindo nesse sentido a algumas décadas, e ganhou mais expressão com a
crise dos Estados Unidos, que trouxe cerca de 5 mil cidadãos de volta, e com a
experiência alcançada, acharam um campo fértil para a construção civil (CSEM,2011).
E é perceptível a grande quantidade de novas construções e reformas que ocorrem na
cidade.
A cidade de Governador Valadares se encontra no leste do estado de Minas
Gerais, e é uma cidade polo, pois liga a Região Metropolitana de Belo Horizonte e
Vale do Aço ao Vale do Mucurí. Possui uma população de 263.689 habitantes e uma
área de 2.342,319 km² de acordo com o IBGE(2013).
O portal de notícias In360 prognosticou que Governador Valadares
acompanharia o crescimento da construção civil no Estado, e com dados da
Associação Brasileira de Material de Construção, o setor cresceria em 6% em
investimentos no estado de Minas em 2011.
E confirmando o que tem sido dito o Diário do Rio Doce afirmou em uma
reportagem que:
“A Caixa realizou no clube Filadélfia em Governador Valadares, a 8º edição do Feirão Caixa da Casa Própria, o que foi a oportunidade dos que sonham com a casa própria solicitarem crédito financeiro do imóvel, foram oferecidos 1.900 imóveis dentre estes, novos, usados, e na planta. Sendo 1.400 enquadrados no programa Minha Casa Minha Vida do governo federal” (Jornal Diário do Rio Doce ed.15/05/2012).
Assim, pelo alto índice de construções tem-se a necessidade de que se faça o
uso consciente de madeira na construção civil em Governador Valadares. Pois a
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madeira se apresenta basicamente de duas formas nas construções: uma parte pode
ser denominada de “madeira durável”, presente nos telhados, portas, portais, janelas,
pisos. Estes, uma vez instalados, requerem apenas manutenção para que sua vida
útil, seja prolongada.
E a outra é utilizada na base das construções, a qual podemos denominar
como “madeira não durável” na obra, sendo essa o foco do presente trabalho. E com
elas são feitas fôrmas para modelagem das estruturas e feito o enchimento de
concreto. Esse trabalho é realizado para montagem de lajes, colunas e escadas etc.
Após isso é descartado, ocupando espaço nas regiões adjacentes do local e criando
locais destinação inadequada, ou seja, áreas órfãs como define a Política Nacional de
Resíduos Sólidos, uma área contaminada cujos responsáveis pela disposição não
sejam identificáveis ou individualizáveis (BRASIL,2010).
Portanto, devido ao crescimento exponencial do desmatamento no Brasil e a
grande quantidade empregada na construção civil devem haver alternativas de
preservação das florestas, além do manejo florestal adequado, como exemplo a
redução da supressão, porque o dano causado é brutal. Pois, o grande problema não
está somente no cortar, mas também na alteração do ambiente, que causa grandes
impactos.
De acordo com os problemas da extração são elencadas conforme se segue:
“O primeiro passo para o manejo da floresta é construir estradadas como meio de acesso e para a remoção de madeira. Mesmo as mais projetadas estradas que servem à exploração madeireira produzem efeitos danosos – a saber, aumento da erosão e escoamento de sedimentos para cursos d´água, fragmentação de habitats e perda de biodiversidade, além de expor à floresta a invasão de pragas, doenças e espécies de animais não nativos” (MILLER,2007, p.176).
Pela alta demanda de madeira na construção civil, o uso deve ser de maneira
consciente, e para que isso ocorra deve haver uma mudança de atitudes para
melhorar essa situação, fazendo as florestas exercerem seu real papel, atendendo as
necessidades da população, pois é um bem difuso. O mesmo autor afirma que:
“Uma das razões é que a economia proporcionada pela conservação das florestas (e outros componentes da natureza) beneficia a todos, hoje e no futuro, ao passo que os rendimentos obtidos com a exploração delas são imediatos e beneficiam um grupo relativamente pequeno de indivíduos” ( IDEM, 2007,p181).
Segundo Nalini (2010, p 73), “ocorre que, entre o ideal e o real, longa distância
e pouca ética há. Na realidade a extração de madeiras no Brasil tem sido feita de
maneira inconsciente e mesmo criminosa.”
Assim por ser muito impactante e devastador para o meio ambiente a utilização
da madeira na construção civil, a pergunta que se faz é: o uso pode ser de forma
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consciente? Ou seja, pode-se evitar o desperdício, reduzir a quantidade significante de
resíduos sólidos de madeira e evitar o desmatamento das florestas brasileiras?
Tem-se como hipótese para o problema da madeira na construção civil, o
despreparo dos profissionais que lidam diretamente com essa matéria-prima na obra,
pois a compra do material para as construções deve ser adequado ao uso, mas esse
pode ser sim realizado de maneira consciente, desde que, a madeira chegue do
tamanho exato ou bem próximo do tamanho e a quantidade que será utilizada.
De acordo com Azevedo et al (2006) para tornar-se sustentável do ponto de
vista ambiental e econômico, a construção deve estar baseada na prevenção e
redução dos resíduos gerados, o que pode ser obtido com a aplicação de
metodologias de Produção Limpa durante todo o processo de construção e vida útil de
uma edificação.
O objetivo geral do trabalho é realizar um diagnóstico sobre o uso de madeiras
na construção civil, especificamente no Bairro Cidade Nova em Governador Valadares
- Minas Gerais.
E como objetivo específico, sugerir práticas sustentáveis nas construções para
que se evite o desperdício de material, geração de resíduos sólidos da construção
civil, e identificar o destino final dos RCC`s. E diagnosticar as madeiras mais utilizadas
na construção civil no Bairro Cidade Nova, e saber a origem e risco de extinção das
espécies.
2. Procedimentos Metodológicos
2.1 Área de Estudo
O Bairro Cidade Nova é um prolongamento natural da zona urbanizada da
cidade de Governador Valadares, nitidamente definida como um dos principais vetores
de crescimento da atual mancha urbana (Figura 1). Possui um relevo acidentado,
constituído por aproximadamente 50% de encostas, cujas cotas altimétricas variam de
180 a 210 m, e as demais planas com altitude variando de 173 a 180 m. Contém uma
Área de Preservação Permanente com 14.234,48 m², onde se encontra uma nascente
localizada à margem da Avenida Minas Gerais, e outras nos locais de declividade
acentuada (SERTA,2000).
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Figura 1:Mapa de Localização do Bairro Cidade Nova Fonte: Cruz,2013
O sistema viário segue a legislação nº 3.959 de 29 de agosto de 1994 que diz
respeito ao parcelamento do solo urbano apoiado nas curvas de nível, sempre que
possível. E os lotes unifamiliares com 774 unidades de 240 m² e poucos com maiores
dimensões de 270 m². E a população estimada gira em torno de 6.500 habitantes, pois
85% dos lotes são de uso unifamiliar e 15% de uso coletivo (Idem) (Figuras 2 e 3).
Figura 2: Loteamento do Bairro Cidade Nova no início de sua estruturação. Fonte: Pedro André, ano desconhecido
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Figura 3: Situação atual do loteamento. Fonte: Google Maps ,2013
2.2 Recursos Metodológicos utilizados
Foi realizada uma pesquisa bibliográfica em livros, artigos, sites e demais
documentos. Com o intuito de diagnosticar o problema, foi feita uma abordagem
qualitativa, que é, segundo Oliveira (2005, p.39), uma tentativa de explicar-se em
profundidade o significado e as características do resultado das informações obtidas
através de entrevistas ou questões abertas, sem a mensuração quantitativa. Em
seguida elaborou-se um questionário semiestruturado a ser aplicado por amostragem
em um grupo de 15 pedreiros ou carpinteiros em 15 construções do Bairro Cidade
Nova contendo 6 perguntas sobre o método de uso da madeira na construção civil, a
saber: geração de resíduos provenientes da mesma, os cuidados para evitar
desperdícios, a qualificação e experiência dos trabalhadores para lidar com esse
material e qual o destino dado aos resíduos provenientes da madeira, informações
sobre a reutilização em outras obras. E se a obra é executada por construtora ou
trabalhador autônomo.
Foram confeccionadas seis tabelas para verificar o percentual de ocorrência de
cada situação. Foi utilizado o programa Microsoft Office Excel como ferramenta para
essa confecção, e quando a resposta de cada quesito era obtida, marcava-se na
respectiva coluna. Com as tabelas preenchidas, foi dada a porcentagem de ocorrência
de cada situação, e através delas, obtiveram-se gráficos, demonstrando como se
encontra a situação do uso de madeira na construção civil no Bairro Cidade Nova.
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3.Resultados e Discussão
Os trabalhadores que prestam serviço nas construções do Bairro Cidade Nova
são divididos em dois grupos, sendo um de prestadores de serviço para construtoras o
equivalente a 60%, também conhecidas como empreiteiras. E outro grupo 40%
constituídos de trabalhadores autônomos responsáveis pela execução das obras no
bairro.
No que diz respeito à geração de resíduos, pôde-se notar que a maioria dos
entrevistados disseram existir uma grande geração de resíduos, tanto por parte das
construtoras, onde 78% afirmaram que geram muito, e também por parte dos
autônomos, 83% confirmaram a alta geração, resultando numa média de 80% de
geração de muito resíduo de madeira na construção no bairro Cidade Nova (Figura 4).
Mas os resíduos de madeira gerados pelas construtoras e autônomos não são
de grandes dimensões, mas sim de médios e pequenos tamanhos principalmente de
tábuas e pontaletes, ripas e outros que foram cortados para o uso, tendo em vista que
uma tábua nova é vendida com 3 metros de comprimento. Em uma entrevista, um
trabalhador baseado em sua experiência no ramo, estimou que 30% da “madeira não
durável” é descartada ao fim da Construção.
Figura 4: Geração de Resíduos de Madeira Fonte: Pereira,2013
Com os resultados observou-se que tanto os funcionários da construtora como
os autônomos declararam realizar medidas para evitar o desperdícios, sendo por parte
dos autônomos 67% evitam e 33% não. Essa alta taxa dos que não evitam, pode ser
devido ao material utilizado ser do dono da obra e sabendo disso os autônomos
podem não se importar por terem ciência de que todo material será descartado na
conclusão da obra. Por parte das construtoras 100% dos entrevistados disseram evitar
desperdícios, pois de acordo com um encarregado, o desperdício é perda de dinheiro
22%
78%
17%
83%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Pouco Muito
Construtora Autônomo
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para o dono da construtora, posto que deverá adquirir novos materiais para edificação
em outras obras. Dentre as medidas para evitar desperdícios pelos dois grupos
destaca-se: precisão nas medidas e na marcação dos cortes, e também
armazenamento do material cortado, para usos futuros (Figura 5).
Figura 5: Dados sobre a prevenção de desperdícios Fonte: Pereira,2013
Quanto a reutilização da madeira, todas as Construtoras reutilizam, haja vista
que economiza-se muito fazendo essa prática, ao invés de se comprar novos materiais
para cada construção que se inicia. Já por parte dos autônomos, 83% dos
entrevistados disseram reutilizar, mas, a garantia que isso ocorra é baixa, pois o
material é de responsabilidade dos proprietários das obras, podendo este vender ou
despejar nas vias públicas ao término (Figura 6). Numa média geral 91,5% dos
entrevistados afirmaram que acontece a reutilização da madeira em outras
construções.
Dessas madeiras reutilizadas destacam-se principalmente as madeiras do
grupo da Construção civil leve externa e leve interna estrutural, ou seja, reúne as
peças de madeira serrada na forma de tábuas e pontaletes empregados em usos
temporários (andaimes, escoramento e fôrmas para concreto) e as ripas.
Uma das construtoras se destacou, pois todo material é reutilizado em novas
construções e o que não pode ser reutilizado é destinado corretamente, posto que
busca adequação na Organização Internacional para Normatização da série de
Normas Brasileira ISO-9000, que constitui basicamente uma metodologia proponente
de um modelo de implementação de sistemas da qualidade, aplicável a qualquer tipo
de empresa, em qualquer lugar do mundo. Tem como enfoque a garantia da qualidade
e forma um conjunto consistente e uniforme de procedimentos, elementos e requisitos
para a garantia da qualidade (MOREJÓN, 2005). De acordo com o site Gestão de
Qualidade a ISO-9000 tem várias versões que expõem os fundamentos de sistema de
gestão de qualidade. O conjunto de normas e técnicas, é de aplicação em instituições
100%
67%
33%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Construtora Autônomo
Evita Disperdícios Não evita Disperdícios
13
que buscam a gestão de qualidade, confiança nos fornecedores, qualidade do produto,
satisfação do cliente.
Brandstetter (2001) apud Depexe e Paladini (2012) apresenta uma pesquisa
realizada em quatro construtoras de Goiânia e afirma que entre os principais motivos
para a certificação, destaca-se a criação de um diferencial de marketing e o aumento
da competitividade. Entretanto, o cumprimento de exigências contratuais por parte dos
clientes também aparece entre os entrevistados como um forte desencadeador da
busca pela certificação.
Figura 6: Reutilização da Madeira Fonte: Pereira, 2013
Dos trabalhadores que atuam no bairro e que prestam serviço para
construtoras apenas 11% possuem curso profissionalizante e os demais apenas
experiência de campo. E dos autônomos todos possuem apenas experiência de
campo. Tal dado pode ser correlacionado ao desperdício e a geração de resíduos,
pois quanto mais qualificado é um profissional pressupõe-se que maior será o
aproveitamento do material e mais habilidade e rendimento terá na execução do
trabalho (Figura 7).
Figura 7: Formação Profissional dos Trabalhadores Fonte: Pereira,2013
100%83%
0%
17%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Construtora Autônomo
Reutiliza a Madeira Não reutiliza a Madeira
11%
89% 100%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Construtora Autônomo
Curso Profissionalizante Experiência de Campo
14
Ao se analisar os anos de experiência observou-se que 11% dos trabalhadores
que prestam serviço para construtoras possuem até 1 ano de experiência e 89% dos
prestadores de serviço possuem mais de 5 anos de experiência profissional. Quanto
aos autônomos 100% possuem mais de 5 anos de experiência. Isso resulta em uma
média de 94,5%, demonstrando o perfil experiente dos profissionais (Figura 8).
Figura 8 : Tempo de Experiência dos Profissionais Fonte: Pereira,2013
Em relação à destinação final dos resíduos após a limpeza do local e durante o
período de construção, a maioria declarou que são queimados in situ. Alguns usam o
material descartado para economia, sendo feita a doação para moradores cozinharem
e aquecimento de fornos nas padarias, e outros lançam nas vias públicas. A maioria
das construtoras, o equivalente a 89% destinam inadequadamente e o restante 11%
destinam de maneira adequada atendendo as determinações da legislação específica.
Os autônomos em 100% dos casos destinam de forma ilegal. Obtendo-se uma
predominância de destinação inadequada por ambos, mas principalmente por parte
dos autônomos, pois não tem responsabilidade no que foi descartado. E pôde-se
observar que grande quantidade do material gerado (pedaços de tábuas, ripas,
pontaletes) são lançados nos lotes adjacentes até o término da obra, criando vários
focos de destinação inadequada (Figuras 9 e 10).
11%
89%100%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Construtora Autônomo
Até 1 ano Mais de 5 anos
15
Figura 9: Destinação Adequada Segundo o CONAMA Fonte: Pereira, 2013.
Figura 10: Resíduos Construção Civil em lote vago no Bairro Cidade Nova. Fonte: Pereira, 2013.
E isso compromete cada vez mais a já combalida saúde da população, bem
como degradam os recursos naturais, especialmente o solo e os recursos hídricos.
Pois, a interdependência dos conceitos de meio ambiente, saúde e saneamento são
hoje bastante evidentes, o que reforça a necessidade de integração das ações desses
setores em prol da melhoria da qualidade de vida da população brasileira
(BABILON,2008).
Segundo a Sinduscon (2011) a destinação inadequada em áreas de “bota-fora”
além de servirem de pretexto para o depósito irregular de outros resíduos não-inertes,
propicia o aparecimento e a multiplicação de vetores de doenças, arriscando a saúde
da população vizinha. Essa situação vai contra a resolução 448 de 18 de janeiro de
2012 do Conama, pois, em seu Art. 4º define que uma das medidas que os geradores
devem tomar é a destinação final e os resíduos da construção civil não poderão ser
11%
89%100%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Construtora Autônomo
Faz a destinação adequada Não faz a destinação adequada
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dispostos em aterros de resíduos domiciliares, em áreas de "bota-fora”, em encostas,
corpos d`água, lotes vagos e em áreas protegidas por Lei.
De acordo com o Art.10 da resolução 307:2002 os resíduos de Classe B da
construção civil deverão ser reutilizados, reciclados ou encaminhados a áreas de
armazenamento temporário, sendo dispostos de modo a permitir sua utilização ou
reciclagem futura.
Segundo Babilon (2008) todo esse problema pode ser minimizado através da
capacitação da mão-de-obra e pelo uso de equipamentos com tecnologia adequada
aos processos construtivos e posteriormente, a redução, evitando os desperdícios.
Quanto a madeira utilizada nas construções, observou-se a presença de
tábuas do gênero Pinus que engloba mais de 100 espécies com grande potencial a ser
explorado. São distribuídos naturalmente pelas regiões árticas e subárticas da Europa,
Ásia e América do Norte, podendo ser encontradas espécies originárias de regiões
montanhosas, temperadas e até mesmo tropicais da América Central e Ásia (PINUS
LETTER,2008). No Brasil, espécies desse gênero vêm sendo plantadas há mais de
um século, e a partir da década de 1960 é que se iniciou o plantio de pinus em escala
comercial, principalmente nas regiões Sul e Sudeste do País (EMBRAPA,2011).
Os pontaletes, observados eram do gênero Eucalyptus, pertencentes a família
Mirtáceas, originário da Austrália, onde cobre 90% da área do país, formando densos
maciços florestais nativos. O serviço florestal já identificou 670 espécies, sendo que
apenas duas ocorrem naturalmente fora do país, são elas Eucalyptus urophylla e
Eucalyptus deglupta (REMADE,2001). De acordo com Pereira et al (2000), algumas
das espécies plantadas em maior escala no Sul e Sudeste do Brasil são o Eucalyptus
grandis, Eucalyptus saligna devido à falta de florestas região.
Segundo Zenid (2009) na construção civil os principais centros demandantes
de madeira serrada se encontram na região Sudeste, e se abasteceram durante
décadas com o pinho-do-paraná (Araucaria angustifolia) e a peroba-rosa
(Aspidosperma polyneuron), explorados nas florestas nativas dessas regiões. As
madeiras de pinus (Pinus spp.) e eucalipto (Eucalyptus spp.), ou seja, pinus e
eucalipto e suas múltiplas espécies, implantados nas Regiões Sul e Sudeste,
passaram a suprir a construção habitacional, substituindo, o pinho-do-paraná e a
peroba-rosa.
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4.Considerações Finais
Ao serem processados todos os dados e confeccionados os gráficos, pôde-se
observar que as madeiras utilizadas nas construções na parte não durável não
contradiz com o cenário da região Sul e Sudeste, prevalecendo a presença de Pinus e
Eucalipto. No Brasil essas árvores são plantadas principalmente nas regiões do Bioma
Mata Atlântica e não estão correndo risco de extinção, pois ocupam grande parte do
território nacional.
O uso da madeira na construção civil, é de extrema importância na execução
de uma obra, algumas pela maleabilidade e outras pela rigidez e resistência a grandes
pesos. E o Bairro Cidade Nova em Governador Valadares não foge à regra da região
quanto ao uso. O problema é a grande quantidade de resíduos gerados em cada obra,
devido a madeira não durável ou do grupo da Construção civil leve externa e leve
interna estrutural, ser usada para serviço de estruturação exige-se muitos cortes para
adequação do tamanho necessário.
Sugere-se também que as construtoras e aos autônomos devem sempre
reutilizar a madeira, abrigar o material em local seguro, contribuindo para que o
mesmo não esteja exposto à chuva e raios solares, para que haja um prolongamento
da durabilidade, evitar desperdícios, pois ao se levar em conta a quantidade de
material desperdiçado somado com o utilizado na obra, tem-se uma quantidade muito
significativa de resíduos, contribuindo para a criação vários pontos de disposição
inadequada, facilitando o esconderijo e a proliferação de vetores de doenças. É certo
que a não geração de resíduo é inviável e praticamente impossível, mas pode ser
minimizado.
A contratação de profissionais deve ser feita, sempre levando em consideração
a habilidade, zelo do material, seja madeira ou outros que constituem a alvenaria, pelo
trabalhador, mas principalmente os autônomos, porque o material ao término do
trabalho é de responsabilidade do contratante. Os mesmos cuidados devem ser
obedecidos também pelos prestadores de serviços das empreiteiras, haja visto que o
material é do empreiteiro.
Quanto aos profissionais sugere-se que devam passar por cursos de
atualização e capacitação, já que a maioria possuía apenas experiência e não curso
profissionalizante, sendo estes cursos de caráter obrigatório pelos funcionários das
construtoras, e voluntário por parte dos autônomos, em ambos com emissão de
certificado de capacitação e prevenção de danos ambientais ao findar do curso.
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Também é de fundamental importância realizar um programa de educação
ambiental no bairro sobre a destinação correta exigida pelo resolução nº 307 do
CONAMA, dos resíduos provenientes da construção civil.
Sugere-se também que haja um incentivo, por parte do poder público para que
as construtoras se adequem para o alcance da série ISO-9000, que é o Sistema de
Gestão de Qualidade e também se certifique com a ISO-14001 que busca a melhoria
da qualidade ambiental e certificação.
Com o método utilizado foi possível atingir os objetivos propostos, portanto
conclui-se que uma construção deve se basear na prevenção, minimização,
reutilização e na destinação final ambientalmente adequada.
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