o prazer de viver

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O prazer de viver Fé fora do templo

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O prazer de viver é uma série de estudos no livro do Eclesiastes que nos convida a refletir em quatro aspectos de nossa vida: as finanças, a organização pessoal, o status social e a moderação. Ao longo de quatro encontros, o objetivo é mostrar que a vida é mais do que uma desenfreada corrida por realizações pessoais, antes, é uma busca por viver a vontade de Deus para nós. O eixo norteador dos quatro encontros é o valor que se dá à vida que Deus nos dá. Como você vive sua vida? Qual o prazer que você tem em viver? É sobre isso que tratam os quatro encontros que teremos.

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4 Igreja Presbiteriana Independente de Araraquara | ipiararaquara.org.br

O encontro do Pequeno GrupoAcolhidA

Tempo: 15 minutos. Momento informal para acolher e criar o ambiente propício para o louvor e edificação. Não se disperse, o foco são as pessoas. Importe-se com elas.

AdorAção

Tempo: 15 minutos. Momento de chamar todos para, juntos, louvarmos ao Senhor. Ore no início, assim, você já atrai a atenção de todos. Providencie um material impresso, com letras, para que todos possam cantar. Escolha previamente os cânticos do encontro, mas não deixe de aceitar sugestões.

EdificAção

Tempo: 20 minutos. Agora é hora de Deus falar ao nosso coração. Mantenha o foco nas pessoas. Lembre-se, o roteiro é um guia para conduzir as pessoas a se abrirem e falarem de suas necessidades. Incentive a participação das pessoas. Procure usar uma Bíblia de linguagem acessível (Nova Tradução na Linguagem de Hoje, Nova Versão Internacional e Bíblia A Mensagem são bons exemplos)

compArtilhAr

Tempo: 10 minutos. Momento de contar as bênçãos da semana e também de orar por questões específicas. Estimule as pessoas a falarem, enfatize a importância do compromisso que cada um tem com o outro e de que, no grupo, há um ambiente seguro de compartilha e apoio mútuo.

AvAliAção

Tempo: 15 minutos. Este momento é exclusivo nos roteiros de treinamento de líderes. O objetivo não é criticar, mas sim edificar. Por isso, encontre um tom amigável para avaliar o Líder do dia. Alguns pontos a serem observa-dos: postura, pontualidade, condução geral, preparo antecipado, domínio do assunto abordado, condução das participações dos demais.

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IntroduçãoO prazer de viver é uma série de estudos no livro do Eclesiastes que nos convida a refletir em quatro aspectos de nossa vida: as finanças, a organiza-ção pessoal, o status social e a moderação. Ao longo de quatro encontros, o objetivo é mostrar que a vida é mais do que uma desenfreada corrida por realizações pessoais, antes, é uma busca por viver a vontade de Deus para nós. O eixo norteador dos quatro encontros é o valor que se dá à vida que Deus nos dá. Como você vive sua vida? Qual o prazer que você tem em viver? É sobre isso que tratam os quatro encontros que teremos.

oportunidAdE pArA convidAr

Convide os integrantes de seu pequeno grupo a caminhar com você nesta jornada. São quatro temas que possuem títulos interessantes e que funcio-nam como um chamariz por si só. Use-os! São uma rica oportunidade para se convidar pessoas de um jeito criativo, abordando temas que são precio-sos e importantes para cristãos e não cristãos.

Autor: Reverendo Giovanni Campagnuci Alecrim de Araújo

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01 | Você sabia que no céu não tem cofre?Eclesiastes 5.8

pArA comEço dE convErsA

» Qual o seu sonho de consumo? » Como você economiza dinheiro?

introdução

Você sabia que no céu não tem cofre? Eis aqui uma verdade de que até mesmo nós, cristãos, nos esquecemos. Nesta lição vamos aprender que o dinheiro pode ser um deus, ocupando o lugar de Deus em nossas vidas. Aprenderemos também que o dinheiro tem o seu lugar em nossa vida e que ser rico não significa ter posses, dinheiro e bens.

dEsEnvolvimEnto

É preciso muito cuidado quando tratamos do assunto dinheiro da porta para dentro de nossas igrejas. O dinheiro é parte importante de nossa vida; uma delas, mas não é a principal. Precisamos compreender que o dinheiro em si não é um mal; se o fosse, seríamos proibidos, como cristão, de tê-lo. Mas o valor que imprimimos a ele, sim, é um mal. Daí as palavras do após-tolo Paulo ao jovem Timóteo: “O amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores” (1Tm 6.10). Não é, portanto, o dinheiro um mal em si, mas, sim, o amor que dedicamos a ele, e não a Deus. Se amamos o dinheiro, fazemos tudo por ele. Se amamos a Deus, o dinheiro será um meio pelo qual Deus nos abençoará e também um meio pelo qual Deus permitirá que nós abençoemos ao nosso próximo. Não é, portanto, o dinheiro um mal em si, mas, sim, o lugar que o colocamos em nossa vida.

Quando colocamos o dinheiro em seu devido lugar, não temos medo de gastar o nosso dinheiro. Tampouco o fazemos irresponsavelmente. Temos que ter crer no título desta lição: no céu não tem cofre. Não tem mesmo. De que adianta você trabalhar duro, o ano inteiro, e quando tem a opor-tunidade de tirar férias e desfrutar de momentos com a família, você as vende. Ou fica em casa, trancado na frente da televisão. Não vai ao parque,

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não faz uma viagem curta ou, se o dinheiro que você ganhou com o suor do seu trabalho permitir, uma viagem mais demorada. Não usufrui o que con-quistou. Se quem muito gasta faz do dinheiro seu deus, quem só acumula também o faz. É o que diz Eclesiastes 5.15-16. Trabalha, trabalha, trabalha só para acumular riqueza e dela não usufrui. Não é, portanto, o dinheiro um mal em si, mas, sim, o que fazemos com ele e isto pode nos trazer con-sequências boas ou ruins.

Ser rico não é o acumulo de bens, e o Eclesiastes deixa isto bem claro, tanto que não encontra sentido para a vida na riqueza, e seu autor era o mais rico de seu tempo! Ser rico é administrar o que se ganha de maneira que se tenha nos momentos de fartura e de escassez. A riqueza, portanto, está na sabedoria em administrar, e não nos bens de consumo que você tem.

AplicAção

O dinheiro só será um deus se eu assim o fizer; se não, ele será instrumento de bênção para minha vida e a vida dos meus semelhantes. Por isso, apren-demos que devemos colocar o dinheiro no seu devido lugar. Não podemos nos render às exigências e imposições da nossa sociedade, baseada no con-sumo. Por fim, vimos que riqueza não consiste em ter, mas, sim, em saber administrar o que se tem.

O desafio que fica, para cada um de nós, é reservarmos um tempo para avaliarmos todas as nossas despesas e entradas. Verificar onde podemos economizar, onde podemos poupar e onde podemos investir. Lembre-se que, mais que ter, o que Deus espera de nós é que sejamos sábios e admi-nistremos bem aquilo que ele nos confia.

GrAvAndo no corAção

» Em que área da vida o dinheiro ocupa papel principal? » Como o dinheiro pode ser bênção para mim e para o meu próximo? » Qual o limite para saber se estou usufruindo o que conquistei ou vivendo de aparência?

» Como avaliar se o consumo em minha casa é saudável ou não? » Como definir o que é necessário ou não, na hora de uma compra?

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02 | A desorganização nos faz pecarEclesiastes 5.3

pArA comEço dE convErsA

» Sua mãe mandava você arrumar seu quarto? Com que frequência? » E hoje? Você se considera organizado ou desorganizado?

introdução

O nosso texto base é parte de um bloco que fala sobre os votos precipitados, ou seja, assumir compromissos de maneira precipitada, sem avaliar, sem pensar. A Nova Tradução na Linguagem de Hoje traduz assim: “Quanto mais você se preocupar, mais pesadelos terá; e, quanto mais você falar, mais tolices dirá” (Ec 5.3). Há aqui uma recomendação para que pensemos bem antes de assumirmos compromissos, principalmente se organizamos nossa vida em uma agenda.

dEsEnvolvimEnto

A organização pessoal está intimamente ligada com o que sonhamos para nossa vida. Você tem sonhado? Não só quando dorme, mas você tem so-nhado acordado? Qual o sonho para sua família? E para seus filhos? O que você tem sonhado para seus pais? E para seus amigos? Quando você pensa na sua vida, você tem mais sonhos ou pesadelos? Talvez seja hora de parar e avaliar sua vida: ter uma vida minimamente organizada nos dará a oportu-nidade de olhar para o futuro e sonhar acordado. Não é dizer para Deus o que ele deve fazer em nossa vida. Aí seria vaidade (Ec 5.7). Mas é dizer a ele os sonhos do nosso coração para a nossa vida e, se sonharmos com Deus, sonharemos segundo a sua vontade.

Quando criança, sonhamos em “ser algo” quando crescermos. Crescemos, nos capacitamos e iniciamos uma vida profissional. No entanto, muitos fi-cam inertes em sua vida profissional, por mero comodismo e falta de plane-jamento e organização. Vivem reclamando de seus trabalhos, dos colegas e dos chefes; não vêem perspectivas de mudança e, via de regra, não assumem a responsabilidade de sua vida profissional não lhes dar satisfação. Ao olhar para vida profissional de pessoas assim, vemos que elas se deixaram levar pela vida, e não enfrentaram o desafio de melhorar a vida profissional. Não estou falando apenas de se buscar uma promoção, mas principalmente de

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ser criativo e inventivo no trabalho. A desorganização profissional não nos dá a oportunidade de sermos criativos, pois estamos sempre perdidos em meio à bagunça de nossa vida.

Como está sua vida devocional? Muitos responderão: “Que pergunta é essa?” Grandes homens e mulheres de Deus, ao longo da história, foram pessoas de vida devocional. Liam a Bíblia, meditavam e oravam. Tinham uma vida devocional, ou seja, uma vida de devoção. Isto se refletia no tes-temunho em sua vida pessoal e profissional, bem como na vida da Igreja de Cristo. Foram pessoas consagradas, mas também pessoas normais, de carne e osso. A desorganização devocional acarreta prejuízos enormes na vida da igreja e do povo de Deus. Líderes que não possuem uma vida de-vocional estão ensinando pessoas a respeito da vontade de Deus. Como falar daquilo que se conhece “só de ouvir” ( Jó 42.5)? A desorganização de-vocional faz procurar atalhos. Não troque sua vida com Deus por uma vida com um artista ou pastor. Quem nos alimenta e nos sustenta é Deus. Ele é o único capaz de nos mostrar como organizar nossa vida. Ele o faz pela vida dos artistas e pastores? Também, mas ele é Deus pessoal e quer que nos relacionemos pessoalmente com Ele, e não por meio de intermediários.

AplicAção

A desorganização nos faz pecar porque ela nos impede de fazer aquilo que devemos fazer. Ela nos impede de sonhar e lutar pelos sonhos de Deus para a nossa vida. Ela nos impede de mudarmos o rumo de nossa vida profissio-nal, sendo mais criativos e produtivos. Ela nos impede de cultivarmos uma vida devocional, nos levando a substituir a Palavra de Deus pela palavra de homens e mulheres.

GrAvAndo no corAção

» Você tem mais sonhado ou tido pesadelos em sua vida? » Por onde começar a reorganizar a nossa vida? » Você trabalha com o que você gosta? Se não, como mudar? » O que você grava mais: o sermão do pastor ou um estudo feito em casa, seja em família ou sozinho?

» Qual a importância da oração para o cristão?

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03 | Excesso de responsabilidade é coisa de gente frustradaEclesiastes 2.1-17

pArA comEço dE convErsA

» Você gosta de ser reconhecido pelo que faz?

introdução

Excesso de responsabilidade é coisa de gente frustrada. É isso mesmo! Gente que não consegue se ver sem um título na frente do nome ou abaixo dele num cartão de visitas. Gente que não consegue se ver sem ter o mais moderno e atual carro ou telefone celular. Gente que não admite que outra pessoa saiba mais que ele. Todas estas pessoas são frustradas. Procuram saciar o anseio da alma em realizações que são como o vento. Hoje vamos compreender que tudo o que foge da vontade de Deus é vaidade. A vaidade do “ser alguém”, do “ter a mais” e do “saber mais” está tirando o foco do povo de Deus daquilo que é sua missão primordial: servir.

dEsEnvolvimEnto

A ânsia em ser alguém tira de nós o objetivo maior de nossa vida como cristãos: não sermos ninguém. Para que em nós habite a vontade de Deus, nossa vontade precisa desaparecer. Para que haja transformação na nossa vida, nós precisamos morrer. Cargos e funções não representam nada no Reino de Deus. Enquanto olharmos para a estrutura da igreja de maneira piramidal, estaremos jogando por terra a unidade que Cristo nos pede em sua oração ( Jo 17.20-21). Cargos e funções, no corpo de Cristo, são apenas uma maneira de cada um cumprir sua missão e seu papel no corpo, não uma divisão de chefia. Cada cristão, do mais antigo ao mais novo na fé, precisa compreender que a igreja é chamada para a unidade e que os minis-térios são dados como graça, mas trazem consigo responsabilidades.

A vaidade em “ser alguém” está estreitamente ligada com a vaidade de “ter a mais”. É preciso derrotar o consumismo, a ânsia de ter mais e mais. É preciso compreender que a vida do cristão está firmada em Cristo, e que o caráter inabalável perante o Senhor vale mais do que tudo que o ouro e a prata podem comprar. Ter a mais é uma fuga para os anseios da alma, que

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só encontra paz e segurança em Cristo. Precisamos rever nossa rotina de consumo e avaliar se o que queremos ter é, de fato, essencial para nossa vida ou se não passa de vaidade, de um desejo de ser alguém que não fomos criados para ser.

“Os olhos do sábio estão na sua cabeça, mas o estulto anda em trevas; con-tudo, entendi que o mesmo lhe sucede a ambos” (Ec. 2.14). O fim de todos nós é o mesmo. É isto que o Eclesiastes nos mostra. O muito saber não mudará o seu destino final. No entanto, há os que se vangloriam de saber mais, de serem donos do conhecimento. Espanta-me encontrar pessoas que carregam seus títulos de doutores e mestres com tanto orgulho que lhes pesam o semblante. O mestre dos mestres não foi uma pessoa arro-gante, que se achava acima dos demais. Segundo o relato do Evangelho de Mateus, as multidões se maravilhavam com os ensinos de Jesus, porque ele ensinava com autoridade, e não como os escribas, que tinham conhecimen-to, estudavam e pesquisavam, mas não viviam o que criam (Mt 7.28-29) Como cristãos, devemos nos espelhar no mestre dos mestres. A autoridade que o conhecimento nos outorga só pode ser adquirida quando se vive o que se aprende.

AplicAção

Excesso de responsabilidade é coisa de gente frustrada. Quem muito alme-ja pouco tem. Busquemos a simplicidade de vida, que nos é oferecida por Jesus. Nele temos as respostas para o anseio de nossa alma, e com ele temos a força e a sabedoria para enfrentarmos as dificuldades da vida. Não nos apeguemos a cargos, funções, bens materiais e conhecimentos. Apeguemo-nos à cruz de Cristo. Ela é a razão de ser da nossa vida!

GrAvAndo no corAção

» Como vemos, na prática, a hierarquia institucional de nossa igreja? » É possível “subir na vida” sem perder a humildade de servo do Senhor?

» Até que ponto “ter a mais” pode prejudicar minha relação com Deus? » Como alinhar as conquistas materiais, que um nível social melhor nos oferece, com a vontade de Deus para nossas vidas?

» O que diferencia o ensino de Jesus do ensino dos escribas? » Como transformar o nosso conhecimento em bênção para as pessoas?

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04 | Beba com moderaçãoEclesiastes 7.15-22

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» Você já tomou um “porre”? » Como você trata um bêbado?

introdução

Beba com moderação. A frase é conhecida dos comerciais de bebidas alcóo-licas e se aplica bem ao que queremos falar nesta lição: moderação, um estilo de vida. Muitas pessoas sofrem com atitudes extremas. Seja entregues a ví-cios ou na prática de comportamentos extremados, como rigidez ética e mo-ral inflexível ou libertinagem ética e moral, muitas pessoas sofrem por agirem assim e outras sofrem com amigos e parentes que assim agem. O Eclesiastes nos convida à moderação, pois experimentou os extremos e viu que neles não há vida e, sim, morte, pois viu que nas extremidades estão a vaidade e a ansie-dade de quem ainda não encontrou repouso para a sua alma.

dEsEnvolvimEnto

Moderado. Cada dia fica mais difícil encontrar quem se enquadre neste perfil. Primeiro, precisamos derrubar o estigma de que todo mundo é mo-derado em tudo. Praticamente impossível. Ser moderado é um estilo de vida a ser cultivado, como veremos mais adiante. O título da lição é provo-cativo. A bebida é sempre lembrada quando falamos de moderação na igre-ja. Pessoas que bebem muito são alvo de preconceito por parte da maioria dos cristãos, quando, na verdade, deveriam ser alvo de misericórdia e graça. Ser moderado é ser equilibrado em tudo aquilo que se faz. Pessoas que ten-dem a extremos em todas as áreas da vida não conseguiram compreender, ainda, a razão de viver. A moderação é como o cristão lida com as questões da vida. Ser moderado é buscar a sabedoria e o equilíbrio nas questões da vida. Pessoas que procuram os extremos tendem a destruir-se.

Quando somos adolescentes, tudo é muito intenso. Amor intenso, ódio in-tenso. Gostamos na mesma intensidade que desgostamos. Quando amadu-recemos, percebemos que as coisas de adolescentes são para os adolescentes, e passamos a agir com moderação diante das circunstâncias. No entanto, ainda carregamos conosco um pouco daquele adolescente que almeja viver

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no limite da vida, sem avaliar os riscos. Uma coisa é intensidade; outra coisa é o extremo. Pessoas extremistas, radicais em seus pontos de vista e modo de agir, não conseguem enxergar os dois lados da moeda e não conseguem ver com compaixão o outro nem a si mesmos. “Bom é que retenhas isto e também daquilo não retires a mão; pois quem teme a Deus de tudo isto sai ileso” (Ec 7.18), ou seja, é bom não radicalizar, mas, sim, ter equilíbrio. Quem teme a Deus evita os extremos porque tem compaixão, consegue se colocar no lugar do outro, sentir o que ele sente e ver como ele vê.

O Eclesiastes nos ensina a viver com moderação e a fazer da moderação um estilo de vida. “Não apliques o coração a todas as palavras que se dizem” (Ec 7.21a), ou seja, não saia acatando tudo que se fala nem leve tudo a “ferro e fogo”. A palavra dita nem sempre é bem dita, ou bendita. Quando nos atacarem com palavras duras, lembremos que: “A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira” (Pv 15.1), ou seja, ser moderado no responder é mais sábio que atacar duramente. Viver com moderação é saber desfrutar do que a vida tem a nos oferecer: os relacionamentos e as oportunidades, sem nos entregarmos a extremos de vida que nos levam a perder mais do que a ganhar, a afastar mais do que a agregar.

AplicAção

Viva com moderação. Testemunhe o amor de Deus por meio do seu estilo de vida moderado. Lute contra o que te puxa para a prisão dos vícios e práticas não saudáveis. Nós já fomos libertos pelo sangue de Jesus derra-mado na cruz! Vivamos com moderação. E lembremo-nos: Vida de extre-mos - ao persistirem os sintomas, o Senhor da Vida deverá ser consultado, imediatamente!

GrAvAndo no corAção

» Quais hábitos podem nos ajudar a cultivar a moderação em nossa vida?

» Como a compaixão pode nos ajudar a falar do amor de Deus? » O que devo fazer para que a minha Igreja expresse o amor de Deus incondicionalmente?

» Qual a principal dificuldade para adotarmos a moderação como estilo de vida?

» Ser moderado é ser bonzinho sempre?

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O prazer de viver é uma série de estudos no livro do Eclesiastes que nos convida a refletir em quatro aspectos de nossa vida: as finanças, a orga-nização pessoal, o status social e a moderação. Ao longo de quatro en-contros, o objetivo é mostrar que a vida é mais do que uma desenfreada corrida por realizações pessoais, antes, é uma busca por viver a vontade de Deus para nós. O eixo norteador dos quatro encontros é o valor que se dá à vida que Deus nos dá. Como você vive sua vida? Qual o prazer que você tem em viver? É sobre isso que tratam os quatro encontros que teremos.

fé forA do tEmplo

São os Pequenos Grupos que acontecem na casa de nossos líderes de grupos. É o momento de se aproximar de Deus e das pessoas, apresen-tando Jesus Cristo para nossos amigos.

O prazer de viver