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1 CAROLINA FACCO RUBIN O IMPACTO DO ZUMBIDO NA QUALIDADE DE VIDA DE PORTADORES DE DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR CURITIBA 2014 Trabalho de conclusão de curso, na forma de artigo científico, apresentado à graduação do curso de fonoaudiologia da Universidade Tuiuti do Paraná, como requisito para obtenção do título de Fonoaudiólogo. Orientadora: Prof. Dra.Adriana Bender Moreira de Lacerda.

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CAROLINA FACCO RUBIN

O IMPACTO DO ZUMBIDO NA QUALIDADE DE VIDA DE

PORTADORES DE DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR

CURITIBA

2014

Trabalho de conclusão de curso, na forma de artigo

científico, apresentado à graduação do curso de

fonoaudiologia da Universidade Tuiuti do Paraná, como

requisito para obtenção do título de Fonoaudiólogo.

Orientadora: Prof. Dra.Adriana Bender Moreira de Lacerda.

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RESUMO

Introdução: O zumbido é um sintoma muito frequente em indivíduos com disfunção temporomandibular (DTM). Os sintomas otológicos mais frequentes em pacientes com DTM são: plenitude auricular, zumbido e otalgia. Objetivo: Avaliar o impacto do zumbido na qualidade de vida de portadores de DTM (disfunção temporomandibular) com vistas à promoção da saúde auditiva desta população. Método: Trata-se de um estudo descritivo transversal, do tipo quantitativo, realizado com portadores de disfunção temporomandibular, a amostra foi composta por 19 indivíduos, sendo 17 (89,47%) do sexo feminino e 2 (10,53%) do sexo masculino, com idade média de 53,5 anos, todos pacientes do laboratório de DTM da clinica de Odontologia da Universidade Tuiuti do Paraná. Para a coleta de dados foram utilizados os seguintes procedimentos: anamnese, acufenometria e aplicação da versão em língua portuguesa do questionário Tinnitus Handicap Inventory (THI - brasileiro). Resultados: Com relação ao zumbido 63,12% apresentaram o zumbido a menos de cinco anos, 15,79% definem o zumbido como som de apito, chuva e grilo. Observou-se um predomínio de lateralidade na orelha direita (42,11%). Relatam que o zumbido é continuo 52,63% da amostra, quanto a duração do zumbido 31,58% referem que o zumbido dura dias e 47,37% relatam que o zumbido é frequente. Os achados mais encontrados na acufenometria quanto a intensidade do zumbido, foi de 40/65 dBNA, e o picth mais encontrado foi o agudo principalmente nas altas frequências (3,4,6 e 8000Hz). O Score total do THI encontrado foi de 37,8 pontos, o que demonstra um impacto moderado na qualidade de vida, onde o zumbido pode ser notado em presença de ruído de fundo, embora as atividades diárias ainda possam ser executadas. Verifica-se a existência de correlação significativa entre a Escala THI e tempo de zumbido e ocorrência. Como em todos os casos significativos, as correlações R são positivas, significa que quanto maior o escore maior é o tempo de zumbido e maior é a ocorrência, ou seja, pior é a qualidade de vida. Conclusão: O zumbido relatado pode interferir na qualidade de vida dos pacientes portadores de DTM.

Palavras-chave: acufenometria, zumbido, efeitos na qualidade de vida.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................04

2. OBJETIVO.............................................................................................................09

3. METODOLOGIA....................................................................................................10

4. RESULTADOS.......................................................................................................13

5. DISCUSSÃO..........................................................................................................19

6. CONCLUSÃO........................................................................................................22

7. REFERENCIAS......................................................................................................23

8. ANEXOS................................................................................................................25

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1. INTRODUÇÃO

A disfunção temporomandibular (DTM), é um termo coletivo que abrange um

largo espectro de problemas clínicos da articulação e dos músculos na área

orofacial; estas disfunções são caracterizadas principalmente por dor, sons na

articulação, e função irregular ou ilimitada da mandíbula. Os primeiros estudos sobre

as disfunções temporomandibulares foram impulsionados por James B., um

otorrinolaringologista que, em 1934, relatou uma série de sintomas com alterações

oclusais, dor, desconforto, ruídos, vertigens, sinais auditivos alterados, zumbidos e

tinidos que ficaram conhecidos por Síndrome de Costen. Embora seu modelo teórico

não tenha sido explicado cientificamente, os sinais e os sintomas descritos por

Costen são frequentemente observados e parecem enquadrar-se mais

adequadamente nas várias alterações das estruturas temporomandibulares (apud

CARLSSON et al. , 2006).

Segundo Bell (1969), os indivíduos podem apresentar deslocamentos

espontâneos da mandíbula, trauma nas articulações temporomandibulares,

hipomobilidade crônica da mandíbula e síndrome da disfunção miofacial

temporomandibular, além de sintomas otoneurológicos como otalgia, zumbido,

vertigem, tontura, hipoacusia, entre outros. Esses sintomas foram correlacionados

com possíveis causas de DTM por Myrhaug (1965), Morgan (1971), Williamson

(1986), Brow e Walker (1987), Ash e Pinto (1991), entre outros. (apud BASSETO et

al.,2004).

Para Dworkin et al. (1990), os distúrbios da articulação temporomandibular

são “um conjunto de sinais e sintomas relacionados a desordens funcionais e

estruturais do sistema estomatognático.” (apud BASSETO et al., 2004).

5

Existe uma conexão funcional entre o aparelho mastigatório e o sistema

auditivo. Espasmos na musculatura mastigatória causam contração reflexa do

musculo tensor do tímpano e tensor do véu palatino, podendo ocorrer, assim, um

desiquilíbrio de tensão na cadeia ossicular. Como consequência, poderá haver um

aumento da impedância das estruturas condutoras do som com diminuição da

transmissão sonora. Estudos correlacionam os sinais e sintomas otoneurológicos

com disfunção da ATM devido à proximidade anatômica e estrutural (apud

ZEIGELBOIM et al., 2007).

A correlação entre os sinais e sintomas otoneurológicos e a disfunção da ATM

é hipotetizada por Manni (1996) com base em três teorias. A primeira, na

possibilidade de transmissão mecânica da força da ATM para a orelha média,

através do ligamento discomaleolar; a segunda, da possível irritação direta pelo

côndilo da mandíbula do nervo auriculotemporal, sugerida por Costen (1934); e a

mais recente, a da hipertonicidade dos músculos tensores do tímpano e do véu

palatino, baseada na inervação comum trigeminal desses músculos e dos músculos

mastigatórios inseridos na mandíbula. Essa teoria, a mais pertinente e a base dos

estudos de Manni (1996), foi desenvolvida por Johansson (1990). (apud

ZEIGELBOIM et al., 2007).

A compressão nervosa é uma das causas da DTM; a corda do tímpano é um

ramo do VII par craniano (nervo facial) e o nervo auriculotemporal, um ramo

sensitivo do nervo mandibular, que por sua vez é um ramo do V par craniano (nervo

trigêmeo), a compressão desses nervos pode acarretar sérias consequências.

Compressões na zona bilaminar podem levar a sintomas auditivos frequentemente

observados em pacientes com DTM (de origem muscular e/ou articular) e podem

estar relacionados com pressões na região auricular. As principais causas de

6

compressão do nervo auriculotemporal e da corda do tímpano são a má oclusão

dentária e as alterações posturais crânio-cervicais. Sintomas como dor, abafamento,

queimação, coceira, zumbido e perda da plenitude auricular tem sido relacionados

com essas causas. (apud BIASOTTO-GONZALEZ et al., 2005)

Mc Fadden (1982), o zumbido foi definido como a percepção consciente de

um som que se origina nos ouvidos ou na cabeça do paciente, sem a presença de

uma fonte externa geradora desse som (apud CORONA et al., 2007).

Este sintoma, presente em cerca de 25 milhões de brasileiros, acomete as

vias auditivas e pode ter diversas causas, como doenças primariamente otológicas,

ou doenças que afetam secundariamente o ouvido, como por exemplo, as

metabólicas, cardiovasculares, neurológicas, farmacológicas, psiquiátricas e

odontológicas ( apud MORAIS et al., 2012).

O zumbido é um sintoma muito frequente em indivíduos com disfunção

temporomandibular (DTM). Os sintomas otológicos mais frequentes em pacientes

com DTM são: plenitude auricular, zumbido e otalgia (apud MORAIS et al., 2012).

Knobel (2000) se apoia em Sanches (1997) para descrever que as primeiras

manifestações iniciaram-se com o papiro de Ebers, do século XVI a.C.,que citou e

propôs um tratamento com infusão de óleos ao chamado de “ouvido enfeitiçado”. A

autora descreve que, no ano de 700 a.C., crenças de magia relacionavam o apito

nos ouvidos à presença de fantasmas. Ela também faz referência ao capítulo de

Itard de 1821, dedicado ao zumbido, e atribui aos diversos avanços no estudo da

fisiologia da audição já ser possível compreender melhor as várias incógnitas

referentes ao zumbido. Várias são as definições de zumbido (apud STEINMETZ et

al.,2007).

7

O Committe on Hearing, Bioacoustics and Biomechanics o define como “a

experiência sonora consciente originária da cabeça de quem o possui”

(MACFADEN, 1982).

Jastreboff (1990) o definiu como uma percepção fantasma e Fukuda (1998)

define o sintoma de zumbido como uma sensação de som, percebido pelo indivíduo

independente de uma fonte sonora externa (apud STEINMETZet al., 2007).

Já Jastreboff (1996) refere que o zumbido se caracteriza pela presença de um

ou mais sons nas orelhas ou na cabeça e ausência de estímulo sonoro externo

correspondente, atingindo aproximadamente 17% da população geral e 33% da

população idosa. Ele adquire forma severa em 20% dos casos, o que pode afetar

direta ou indiretamente o indivíduo em atividades profissionais e de lazer, interferir

15 em relacionamentos familiares e sociais podendo levar, em casos extremos, até

mesmo ao suicídio.

Knobel e Sanches (2002) referem que, em pesquisas realizadas nos Estados

Unidos, uma a cada cinco pessoas possui algum grau de zumbido. Os autores

acrescentam que o zumbido é um problema que afeta cerca de 17% da população

mundial e causa sofrimento significativo em 4% das pessoas em geral. No Brasil,

aproximadamente seis milhões de pessoas são afetadas pelo zumbido e, apesar de

haver diversas teorias sobre uma provável causa, nenhuma teve comprovação

científica, devido à falta de métodos objetivos e não invasivos para detectá-lo e para

localizar a atividade neural a ele relacionada. (apud STEINMETZ et al., 2007).

Sanches, Zanato, Bittar, Bento (1997b) apresentaram dados da Public Health

Agency of América (1984/1985) indicando que o zumbido, em sua forma mais

severa, afeta nos Estados Unidos e na Inglaterra, aproximadamente 40 milhões de

pessoas. (apud STEINMETZ et al., 2007).

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A American Tinnitus Association-ATA (2006) relata em pesquisas publicadas

na Public Health Agency of América, que o zumbido é o terceiro pior problema que

pode acometer o ser humano, o que corresponde a 20% dos casos, perdendo

apenas para a dor e tonturas intensas intratáveis (apud STEINMETZ et al., 2007).

O zumbido é um sintoma que pode acompanhar diversas patologias ou

desordens de orelhas externa média ou interna, tronco encefálico e córtex cerebral.

Cerume compactado, otospongiose, exposição a sons intensos, ototoxicidade,

doença de Ménière, schwannoma do acústico, podem determinar o aparecimento

desse sintoma. Além disso, fatores emocionais, odontológicos ou de coluna vertebral

estão comumente relacionados à percepção do zumbido (apud SAMELI et al., 2004).

As características psicoacusticas mais importantes do zumbido são a

frequência e a intensidade. A frequência diz respeito á sua localização na escala de

frequências (grave, média ou aguda) e a intensidade corresponde ao volume do

zumbido. A frequência e a intensidade do zumbido podem ser estudadas por meio

da acufenometria. (apud SAMELI et al., 2004).

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2. OBJETIVO

Avaliar o impacto do zumbido na qualidade de vida de portadores de DTM

(disfunção temporomandibular) com vistas à promoção da saúde auditiva desta

população.

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3. METODOLOGIA

Trata-se de um estudo descritivo transversal, do tipo quantitativo, realizado com

portadores de disfunção temporomandibular. Aprovado pelo parecer 0005769/12 do

Cômite de Ética em Pesquisa da Pontifícia Universidade Católica do Paraná,

protocolo CONEP 2184.0.000.084-1.

Os participantes dessa pesquisa são 19 pacientes do laboratório de DTM da clinica

de Odontologia da Universidade Tuiuti do Paraná. Para a coleta de dados foram

utilizados os seguintes procedimentos: anamnese, e aplicação da versão em língua

portuguesa do questionário Tinnitus Handicap Inventory (THI - brasileiro).

1) A anamnese foi composta por questões abertas e fechadas, sobre aspectos do

zumbido.

2) Acufenometria, foi avaliada a sensação de frequência do zumbido (pitch), por

meio de tom puro ou ruído de banda estreita do tipo narrow band, nas freqüências

de 125Hz a 8.000Hz apresentado a 5 ou 10 dBNS, ou seja, acima do limiar

audiométrico, realizado para cada orelha.

O sinal foi aumentado em passos de 5 dBNA até que o paciente relatasse que

estava equivalente ao zumbido. Este procedimento foi realizado em cada orelha

separadamente.

3) Aplicação do questionário THI brasileiro, o instrumento de avaliação foi

estruturado com 25 questões foi elaborado por NEWMAN, JACOBSON, SPITZER

(1996) e traduzido e adaptado para a língua portuguesa por FERREIRA, CUNHA,

ONISHI, BRANCO-BARREIRO; FERREIRA (2005). O questionário (anexo 1) é

agrupado em três sub-escalas. A sub-escala funcional composta de onze questões

(1, 2, 4, 7, 9, 12, 13, 15, 18, 20 e 24) avalia as limitações que o zumbido provoca: na

área mental (“por causa do zumbido você tem dificuldade para se concentrar?”); na

11

área social/ ocupacional (“por causa de seu zumbido você não desfruta das

atividades sociais, como sair para jantar, para ir ao cinema?”) e na área física (“por

causa do zumbido você tem dificuldade para dormir à noite?”). Com nove questões

(3, 6, 10, 14, 16, 17, 21, 22 e 25), a sub-escala emocional inclui uma gama larga de

respostas afetivas para o zumbido - raiva, frustração, irritabilidade e depressão. E

finalmente as cinco questões a sub-escala catastrófica (questões: 5, 8, 11, 19 e 23),

pesquisa as reações mais severas decorrentes do zumbido - desespero, perda de

controle, inabilidade para enfrentar problemas, inabilidade para escapar do zumbido

e medo de ter uma doença séria (NEWMAN, SANDRIDGE 2005). São três as

opções de resposta para cada uma das 25 questões, pontuadas da seguinte

maneira: para as respostas sim (4 pontos), às vezes (2 pontos) e não (nenhum

ponto). Os pontos serão somados com o objetivo de investigar o grau de gravidade

do zumbido para cada indivíduo bem como os pontos de cada escala. Para o escore

total bem como os escores de cada aspecto (funcional, emocional e catastrófico)

considera-se que o maior escore total possível corresponda a cem pontos e revela

um prejuízo máximo da QV do paciente devido ao zumbido, já o menor escore

possível corresponde a zero ponto e não mostra prejuízo na QV. Assim, o escore

total para cada aspecto analisado foi de 36 pontos para o aspecto emocional, 44

pontos para o aspecto funcional e 20 pontos para o aspecto catastrófico.

Para a analise da Pontuação Total foi considerado:

-0/16 Discreto (apenas ouvido em ambientes silenciosos);

-18/36 Leve (facilmente mascarado por sons ambientais e facilmente esquecido com

as atividades);

-38/56 Moderado (notado em presença de ruído de fundo, embora as atividades

diárias ainda possam ser executadas);

12

- 58/76 Severo (Quase sempre, leva a perturbações do sono e pode interferir com as

atividades diárias);

-78/100 catastrófica (sempre ouvido, perturbações do sono, dificuldade de quaisquer

atividades).

A análise estatística da presente pesquisa foi realizada com a utilização de métodos

descritivos (tabelas com frequências absolutas e relativas) e métodos inferenciais

(teste t de Studant ) ao nível de significância de 0,05.

13

4. RESULTADOS

A média de idade da amostra foi de 53,5 anos (mínima 26 e a máxima 72

anos).

A Tabela 1 apresenta a distribuição da amostra de acordo com a faixa etária.

Tabela 1 – Distribuição da amostra segundo a faixa etária

IDADES (ANOS) FREQUÊNCIA ABSOLUTA (n)

FREQUENCIA RELATIVA (%)

Menos de 30 1 5,26 30 a 39 1 5,26 40 a 49 6 31,58 50 a 59 3 15,79 60 anos ou mais 8 42,11 TOTAL 19 100

A Tabela 2 apresenta a distribuição de acordo com o gênero.

Tabela 2 – Distribuição da amostra segundo o sexo

GÊNERO FREQUENCIA ABSOLUTA (n)

FREQUENCIA RELATIVA (%)

Feminino 17 89,47 Masculino 2 10,53 TOTAL 19 100

A Tabela 3 apresenta a distribuição da amostra de acordo com o tempo de

zumbido.

Tabela 3 – Distribuição da amostra segundo o tempo de zumbido

TEMPO (ANOS) FREQUENCIA ABSOLUTA (n)

FREQUENCIA RELATIVA (%)

Menos de 5 12 63,16 5 a 9 3 15,79 10 a 19 1 5,26 20 ou mais 3 15,79 TOTAL 19 100

Em relação ao tempo de zumbido, a média dos achados encontrados foi de

6,68 anos (mínimo de 1 ano e o máximo de 30 anos).

14

A Tabela 4 apresenta a distribuição da amostra de acordo com a definição do

zumbido.

Tabela 4 – Distribuição da amostra segundo a definição do zumbido

DEFINIÇÃO FREQUENCIA ABSOLUTA (n)

FREQUENCIA RELATIVA (%)

Abelha 2 10,53 Apito 3 15,79 Barulho de mar 1 5,26 Batida de lata 1 5,26 Cachoeira 1 5,26 Campainha 1 5,26 Chuva 3 15,79 Cigarra 1 5,26 Grilo 3 15,79 Panela de pressão 2 10,53 Turbina de avião 1 5,26 TOTAL 19 100

A Tabela 5 apresenta Distribuição da amostra segundo a localização do zumbido.

Tabela 5 – Distribuição da amostra segundo a localização do zumbido

LOCALIZAÇÃO FREQUENCIA ABSOLUTA (n)

FREQUENCIA RELATIVA (%)

Orelha Direita 8 42,11 Orelha Esquerda 7 36,84 Orelhas Direita e Esquerda

4 21,05

TOTAL 19 100

Com relação à localização do zumbido, os achados encontrados foram de: 8

(42,11%) sujeitos percebem o zumbido na orelha direita, 7 (36,84%) sujeitos

percebem o zumbido na orelha esquerda e 4 (21,05%) sujeitos percebem o zumbido

em ambas as orelhas.

15

A Tabela 6 apresenta a Distribuição da amostra segundo o tipo do zumbido.

Tabela 6 – Distribuição da amostra segundo o tipo do zumbido

TIPO FREQUENCIA ABSOLUTA (n)

FREQUENCIA RELATIVA (%)

Constante 3 15,79 Contínuo 10 52,63 Pulsátil 3 15,79 Súbita 3 15,79 TOTAL 19 100

A Tabela 7 apresenta a Distribuição da amostra segundo a duração das

crises de zumbido.

Tabela 7 – Distribuição da amostra segundo a duração das crises de zumbido

DURAÇÃO FREQUENCIA ABSOLUTA (n)

FREQUENCIA RELATIVA (%)

Dias 6 31,58 Horas 2 10,53 Minutos 3 15,79 Segundos 4 21,05 Outros 1 5,26 Sem respostas 3 15,79 TOTAL 19 100

A Tabela 8 apresenta Distribuição da amostra segundo a frequência de

ocorrência do zumbido.

Tabela 8 – Distribuição da amostra segundo a frequência de ocorrência

OCORRÊNCIA FREQUENCIA ABSOLUTA (n)

FREQUENCIA RELATIVA (%)

Esporádica 5 26,32 Frequente 9 47,37 Muito frequente 5 26,32 TOTAL 19 100

A Tabela 9 apresenta a Distribuição da amostra segundo a intensidade do

zumbido.

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Tabela 9 – Distribuição da amostra segundo a intensidade do zumbido

INTENSIDADE FREQUENCIA ABSOLUTA (n)

FREQUENCIA RELATIVA (%)

Intensa 8 42,10 Leve 6 31,57 Moderada 4 21,05 Sem resposta 1 5,28 TOTAL 19 100

Os achados em relação ao tempo de inicio do zumbido e a idade, encontra-se

na tabela 10.

Tabela 10 – Relação entre o tempo de início do zumbido e a idade

IDADE (ANOS) TEMPO DE ZUMBIDO (ANOS) TOTAL

Menos de 5

5 a 9 10 a 19 20 ou mais

Menos de 30 1 - - - 1 30 a 39 1 - - - 1 40 a 49 4 - - 2 6 50 a 59 1 2 - - 3 60 ou mais 5 1 1 1 8 TOTAL 12 3 1 3 19

A relação entre o tempo de zumbido e a ocorrência, encontra-se na tabela 11.

Tabela 11 – Relação entre o tempo de zumbido e a ocorrência

TEMPO (ANOS) OCORRÊNCIA TOTAL

Esporádica Frequente Muito frequente

Menos de 5 4 5 3 12 5 a 9 - 2 1 3 10 a 19 1 - - 1 20 ou mais - 2 1 3 TOTAL 5 9 5 19

17

A Tabela 12 apresenta os resultados da acufenometria na orelha direita.

Tabela 12 – Resultados da acufenometria na orelha direita.

INTENSIDADES ORELHA DIREITA FREQUENCIAS ORELHA DIREITA

25/30 dBNA

n %

50/65 dBNA

n %

70 dBNA

n %

BAIXAS

250, 500 Hz

n %

MÉDIAS

1 e 2 kHz

n %

ALTAS

3,4,6 e 8 kHz

n %

3 17,64 5 29,41 2 11,76

2 11,76

1 5,88 7 41,17

A Tabela 13 apresenta os resultados da acufenometria na orelha esquerda.

Tabela 13 – Resultados da acufenometria na orelha esquerda.

INTENSIDADES ORELHA ESQUERDA FREQUENCIAS ORELHA ESQUERDA

15 dBNA

n %

40/55 dBNA

n %

80/90 dBNA

n %

BAIXAS

250, 500 Hz

n %

MÉDIAS

1 e 2 kHz

n %

ALTAS

3,4,6 e8 kHz

n %

2 11,76

7 41,17

3 17,64

0 0 2 11,7

10 58,82

A Tabela 14 apresenta as Estatísticas descritivas dos escores da Escala THI, por dimensão e total.

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Tabela 14 – Estatísticas descritivas dos escores da Escala THI, por dimensão e total.

DIMENSÃO MÉDIA MÍNIMA MÁXIMA DESVIO PADRÃO

Funcional 14,9 0,0 40,0 11,1 Emocional 13,5 0,0 32,0 10,4 Catastrófica 9,4 0,0 16,0 4,5 Total 37,8 4,0 76,0 23,4

A Tabela 15 apresenta a Correlação de Spearman entre os escores da Escala THI e tempo de zumbido e ocorrência de zumbido.

Tabela 15 – Correlação de Spearman entre os escores da Escala THI e tempo de zumbido e ocorrência de zumbido

CORRELAÇÃO ENTRE COEFICIENTE DE CORRELAÇÃO DE

SPEARMAN (R)

P

Funcional e tempo de zumbido 0,5354 0,0182* Emocional e tempo de zumbido

0,5088 0,0261*

Catastrófico e tempo de zumbido

0,1223 0,6168

Total e tempo de zumbido 0,5702 0,0108* Funcional e ocorrência 0,2396 0,3232 Emocional e ocorrência 0,1466 0,5492 Catastrófico e ocorrência 0,4719 0,0414* Total e ocorrência 0,3248 0,1749

Através do Coeficiente de Correlação de Spearman, ao nível de significância de 0,05, verifica-se a existência de correlação significativa entre a Escala THI e tempo de zumbido e ocorrência, nos casos assinalados com asterisco (*). Como em todos os casos significativos, as correlações R são positivas, significa que quanto maior o escore maior é o tempo de zumbido maior é a ocorrência, ou seja, pior é a qualidade de vida.

19

5. DISCUSSÃO

Em relação ao perfil da amostra, pode-se verificar que dos 19 indivíduos, 17

(89,47%) eram do gênero feminino e 2 (10,53%) eram do gênero masculino. Como

no presente estudo, uma maior ocorrência de mulheres com zumbido e audição

normal foi relatada por diferentes autores (Santos, 1999; Sanchez, 1997).

Quanto à idade, verificou-se que a idade média dos indivíduos dessa

pesquisa foi de 53,5 anos (mínima 26 e a máxima 72 anos). Concordante om os

resultados, de NEWALL et al. (2001) que referem que 30% dos adultos portadores

de zumbido possuem idade de 50 anos.

Quanto o tempo do zumbido apresentados na tabela 3, dos 19 sujeitos, 12

(63,16%) apresentam zumbido há menos de cinco anos. Estes achados estão em

concordância com os estudos apresentados por Coelho (2004) e Sanches (1997)

que relatam o inicio do zumbido há menos de cinco anos. Steinmetz, Zeigelboim,

Lacerda, Morata e Marques, (2009).

Com relação à definição do zumbido, encontramos na tabela 4, o apito, a

chuva e o grilo (15,79%) como os mais referidos seguidos do som de abelha e

panela de pressão (10,53%), o que difere dos achados de Steinmetz, Zeigelboim,

Lacerda, Morata e Marques, (2009) que encontraram o chiado (40%) como a

definição de zumbido mais referido.

No que se refere à lateralidade do zumbido observou-se, na tabela 5,

predomínio do zumbido na orelha direita (42,11%) o que difere dos achados

encontrados por, Steinmetz, Zeigelboim, Lacerda, Morata e Marques, (2009) que

encontraram maior predomínio de zumbido bilateral (46%).

20

Na tabela 6 encontramos os achados referentes ao tipo de zumbido, onde 10

(52,63%) sujeitos relatam que o zumbido é continuo, compatível com os achados de

MORAIS (2012) onde a maioria dos indivíduos relatou apresentar zumbido continuo.

Quanto à duração do zumbido apresentado na tabela 7, temos os episódios

que duram dias como os mais relatados 31,58%, estes resultados estão em

concordância com os achados de Steinmetz, Zeigelboim, Lacerda, Morata e

Marques, (2009) que quanto a duração do zumbido a semanal foi a mais relatada

(41%).

Na tabela 8 os achados com relação a frequência de ocorrência do zumbido,

9 (47,37%) indivíduos relatam que o zumbido é frequente. Com relação à

intensidade do zumbido, descrito na tabela 9, a mais referida foi a intensa 42,10%.

Na tabela 10, encontramos um maior numero de sujeitos acima de 60 anos, com o

menor tempo de zumbido, menos de 5 anos. Os achados na tabela 11 mostram que

os sujeitos com menos tempo de zumbido, percebem o mesmo mais

frequentemente.

Os achados mais encontrados quanto a intensidade do zumbido na

acufenometria, (nas tabelas 12 e 13) foi de 40/65 dBNA, e o picth mais encontrado

foi o agudo principalmente nas altas frequências (3,4,6 e 8000Hz). A literatura relata

o zumbido de picth agudo como o mais referido pelos pacientes com zumbido

(Azevedo, 2007; Fernandez e Santos, 2009; Martinez ,2010). (apud URNAU et al.,

2010).

No que se refere ao questionário THI utilizado na pesquisa, como um

instrumento de avaliação sobre o impacto do zumbido na qualidade de vida, pode-se

21

concluir que a média encontrada foi de 37,8% o que significa um impacto moderado

na qualidade de vida, conforme tabela 14, este achado está em concordância com

os estudos apresentados por Figueiredo et. Al (2010) e Pinto, Sanchez e Tomita

(2010), os quais relataram maior ocorrência de zumbido em grau moderado (médias

do THI de 45,5 e 39) respectivamente, utilizando o mesmo instrumento de avaliação.

(apud URNAU et al., 2010).

Quando analisamos por dimensão isolada (tabela 14) encontramos na sub-

escala funcional a média de 14,9%, considerado impacto leve na qualidade de vida,

interferindo na área mental, na área social e na área física. Na sub-escala emocional

tem-se a média de 13,5%, o que também é considerado impacto leve na qualidade

de vida, afetando assim as áreas afetivas, como nos sentimentos de raiva, frustação,

irritabilidade e depressão que o zumbido pode causar. Também na sub-escala

catastrófica encontramos uma média de 9,4% considerada impacto leve na

qualidade de vida dessa população, o que significa uma interferência do zumbido no

que se refere ao desespero, intolerância ao zumbido e a perda de controle da

situação que o zumbido pode produzir. Savastano (2008) encontrou associação de

graus ligeiros e leves de zumbido em indivíduos que tinham perda auditiva e graus

moderados e catastróficos associado a sujeitos sem perda auditiva, o que não foi

verificado nessa pesquisa. (apud URNAU et al.,2010)

Diante do exposto sugere-se monitoramento audiológico e intervenção

terapeutica nos pacientes portadores de DTM que apresentam zumbido. Estudos

epidemiológicos são recomendados para caracterizar o zumbido e a audição dos

portadores de DTM.

22

6. CONCLUSÃO

O zumbido relatado em portadores de DTM, causa um impacto moderado na

qualidade de vida, onde o zumbido pode ser notado em presença de ruído de fundo,

embora as atividades diárias ainda possam ser executadas. Verificou-se a existência

de correlação significativa entre a Escala THI e tempo de zumbido e ocorrência. O

que significa que quanto maior o escore, maior é o tempo de zumbido e maior é a

ocorrência.

23

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Paulo: Quintessence, 2006.

4. CORONA, A P; FIGUEREDO, R. B. S ; Influencia do zumbido nos limiares

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GANANÇA, F.F- Tinnitus handicap inventory: adaptação cultural para o português

brasileiro. Pró-Fono 17 (3): 303-10 2005.

6. FUKUDA, Y, MOTA, P, MASCARI, D. -Avaliação clínica de zumbidos: Resultados

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In: Procedings of the 5 the International Tinnitus Seminar, Portland (Oregon), 500-

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8. MARTINS, M.C. - Zumbido: um estudo de suas características e ocorrência em

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1991.

9. MORAIS, A. A.; GIL, D. Zumbido em indivíduos sem perda auditiva e sua relação

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10. NEWALL, P.; MITCHELL, P.; SINDHUSAKE, D.; WIGNEY, HARTLEY, SMITH &

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54:14-18, 2001.

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24

12. SANCHEZ TG, BENTO RF, MINTI A, Câmara J. Zumbido: características e

epidemiologia: experiência do Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da

Universidade de São Paulo. Rev Bras Otorrinolaringol. 1997; 63: 229-35.

13. SANTO TMM, BRANCO FCA, RODRIGUES PF, BOHLSE NYA, SANTOS NI.

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14. STEINMETZ,L.C.; A interferência do zumbido na qualidade de vida de

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Tuiuti do Paraná, Curitiba, 2007

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Rev. Bras. Otorrinolaringol. Vol. 75 no1. São Paulo, Jan/Fev. 2009

16. URNAU, D.; características audiologicas de indivíduos normo-ouvintes com

queixa de zumbido e hiperacusia. 2010. Dissertação (Mestrado) – Universidade

Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2010

17. ZEIGELBOIM,B.S; JURKIEWICZ,A, L; BASSETO,J.M; KLAGENBERG,K.F;

Avaliação vestibular em mulheres com disfunção temporomandibular.Ver.CEFAC,

v.9, n.2, 255-62, abr-jun,2007

25

8. Anexo 1

Questionário (THI- Brasileiro)

PERGUNTAS SIM NÃO AS

VEZES

1) DEVIDO AO SEU ZUMBIDO É DIFICIL SE CONCENTRAR?

2) O VOLUME (INTENSIDADE) DO SEU ZUMBIDO FAZ COM QUE SEJA

DIFICIL ESCUTAR AS PESSOAS?

3) O SEU ZUMBIDO DEIXA VOCÊ NERVOSO?

4) O SEU ZUMBIDO DEIXA VOCÊ CONFUSO?

5) DEVIDO AO SEU ZUMBIDO, VOCÊ SE SENTE DESESPERADO?

6) VOCÊ SE QUEIXA MUITO DO SEU ZUMBIDO?

7) DEVIDO AO SEU ZUMBIDO, VOCÊ TEM DIFICULDADE PARA PEGAR

NO SONO A NOITE?

8) VOCÊ SENTE COMO SE NÃO PUDESSE SE LIVRAR DO SEU

ZUMBIDO?

9) O SEU ZUMBIDO INTERFERE NA SUA CAPACIDADE DE APROVEITAR

ATIVIDADES SOCIAIS (TAIS COMO SAIR PARA JANTAR, IR AO CINEMA?)

10) DEVIDO AO SEU ZUMBIDO, VOCÊ SE SENTE FRUSTADO?

11) DEVIDO AO SEU ZUMBIDO, VOCÊ PENSA QUE TEM UMA DOENÇA

GRAVE?

12) O SEU ZUMBIDO TORNA DIFICIL APROVEITAR A VIDA?

13) O SEU ZUMBIDO INTERFERE NAS SUAS TAREFAS NO SERVIÇO E

EM CASA?

14) DEVIDO AO SEU ZUMBIDO, VOCÊ SE SENTE FREQUENTEMENTE

IRRITADO?

15) DEVIDO AO SEU ZUMBIDO, VOCÊ ACHA DIFICIL LER?

16) O SEU ZUMBIDO DEIXA VOCÊ CHATEADO?

17) VOCÊ SENTE QUE O SEU ZUMBIDO ATRAPALHA O SEU

RELACIONAMENTO COM A SUA FAMILIA E AMIGOS?

18) VOCÊ ACHA DIFICIL TIRAR A SUA ATENÇÃO DO ZUMBIDO E SE

CONCENTRAR EM OUTRA COISA?

19) VOCÊ SENTE QUE NÃO TEM CONTROLE SOBRE O SEU ZUMBIDO?

20) DEVIDO AO SEU ZUMBIDO, VOCÊ SE SENTE FREQUENTEMENTE

CANSADO?

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21) DEVIDO AO SEU ZUMBIDO, VOCÊ SE SENTE FREQUENTEMENTE

DEPRIMIDO?

22) O SEU ZUMBIDO FAZ COM QUE VOCÊ SINTA ANCIOSO?

23) VOCÊ SENTE QUE NÃO PODE MAIS SUPORTAR O SEU ZUMBIDO?

24) O SEU ZUMBIDO PIORA QUANDO VOCÊ ESTÁ ESTRESSADO?

25) O SEU ZUMBIDO FAZ COM QUE VOCÊ SE SINTA INSEGURO?

FERREIRA ET AL. 2005