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Page 1: O Evento - UNIDEP · TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO PARA EQUILÍBRIO NA PREVENÇÃO DE QUEDAS EM IDOSOS: REVISÃO SISTEMÁTICA Alana Bárbara Hentz1 Alexsandra da Silveira2 Me. Michel
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1 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

O Evento:

A proposta de realização de um SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE

FISIOTERAPIA surgiu a partir de reflexões entre três IES, localizadas nos Estados do

Sul do Brasil, onde a UNOCHAPECÓ, foi à promotora do primeiro evento em 2006, na

sequência a URI Campus de Erechim em 2007 e, por fim, a FADEP em 2008, fechando

assim, um primeiro ciclo de realizações deste evento Interinstitucional. Tem-se como

meta, periodicidade anual deste evento, girando ano a ano, alternadamente nestas

instituições. Os três cursos de graduação em fisioterapia estão atualizados quanto às

diretrizes curriculares nacionais, integrados ao princípio de inserção no SUS e

comprometidos com a formação do fisioterapeuta humanista, ético, crítico e reflexivo,

voltado para as questões da qualidade de vida e saúde.

Em 2018 a FADEP sedia a 12ª edição do evento, concluindo um 3º ciclo do

evento, que acontecerá nos dias 23, 24 e 25 de outubro de 2018. Por meio desta

atividade, buscar-se-á gerar novas perspectivas acadêmicas e profissionais ao futuro

profissional inserido à comunidade.

Nesta edição do Simpósio, o curso de Fisioterapia da FADEP busca consolidar

suas atividades de empreendedorismo e inovação, tão bem consolidadas no curso de

fisioterapia. Por tal motivo o tema do evento será “INOVAÇÃO”, assim, serão

abordados mini cursos dentro dessa perspectiva, e palestrar que versem sobre esse

tema, fortalecendo esse espírito, tão necessário nos dias de hoje, para qualquer

profissional que almeje sucesso.

Objetivos do evento:

Promover a discussão e reflexão à cerca de temas contemporâneos em

Fisioterapia;

Aprofundar as discussões pertinentes a inovação no exercício da

fisioterapia;

Socializar os projetos de Educação Empreendedora que acontecem no curso

de Fisioterapia da FADEP;

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2 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

Estreitar laços entre os cursos de Fisioterapia das Instituições de Ensino

parceiras na promoção do evento;

Fomentar a publicação de material acadêmico entre os acadêmicos;

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3 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

Realização:

Colegiado do Curso de Fisioterapia

FADEP

Apoio:

UNOCHAPECÓ

URI

Comissão Organizadora:

Dr. Leanderson Franco de Meira

Esp. Luane Paula de Souza

Esp. Vanessa Tumelero

Ma. Beatriz Zanon Harnisch

Ma. Camila da Silva Barbosa Ramos

Ma. Marcia Fernandes Carvalho

Ma. Maristela Lazzaretti Queiroz

Ma. Solange Maria Bertol Copetti

Me. Michel Henrique Baumer

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4 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

SUMÁRIO O Evento ............................................................................................................................................. 01

COMUNICAÇÕES ORAIS

FISIOTERAPIA APLICADA A PREVENÇÃO E SAÚDE PÚBLICA - TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO PARA EQUILÍBRIO NA PREVENÇÃO DE QUEDAS EM IDOSOS: REVISÃO SISTEMÁTICA ................................................................................................

08

FISIOTERAPIA CARDIORESPIRATÓRIA - CRITÉRIOS DE SEGURANÇA PARA MOBILIZAÇÃO PRECOCE – UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ....................................................................................................................................

21

- REABILITAÇÃO PULMONAR EM PACIENTE DPOC-UM ESTUDO DE CASO ................................. 32 FISIOTERAPIA GERAL - EFICÁCIA DO TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO NAS PATOLOGIAS QUE ACOMETEM A COLUNA LOMBAR: UM ESTUDO DE CASO ....................................................................................

44

- O EFEITO DO MÉTODO PILATES APARELHOS NO GANHO DE FLEXIBILIDADE DOS MÚSCULOS ISQUIOTIBIAIS ............................................................................................................

56

PÔSTER DIALOGADO FISIOTERAPIA APLICADA A PREVENÇÃO E SAÚDE PÚBLICA - PERCEPÇÃO DE ACADÊMICOS DE FISIOTERAPIA NA PROMOÇÃO DA SAÚDE DE CRIANÇAS INSTITUCIONALIZADAS ....................................................................................................

69

- ALTERAÇÕES POSTURAIS EM ADOLESCENTES INSTITUCIONALIZADOS EM UM LAR DE ACOLHIMENTO DO RIO GRANDE DO SUL ........................................................................................

71

- ATUAÇÃO DE ACADÊMICOS DE FISIOTERAPIA NA PROMOÇÃO DE SAÚDE DE CRIANÇAS INSTITUCIONALIZADAS: RELATO DE INTERVENÇÃO ....................................................................

73

- O USO MICROAGULHAMENTO PARA REJUVENSCIMENTO FACIAL ................................................. 75 - OUTUBRO ROSA E NOVEMBRO AZUL: AÇÃO DA EQUIPE DISCENTE INTERDISCIPLINAR ...... 76 - DESAFIOS DA ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NO NÚCLEO DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA..................................................................................................................................................

77

- ANÁLISE DAS CONDIÇÕES OSTEOMUSCULARES RELACIONADAS AO USO DE SMARTPHONES...... 78 FISIOTERAPIA APLICADA AO SISTEMA LOCOMOTOR - EFEITOS DA BALNEOTERAPIA EM INDIVÍDUOS COM OSTEOARTRITE: UMA REVISÃO SISTEMATIZADA ............................................................................................................................

80

- TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO PARA DOR LOMBAR INESPECÍFICA: RELATO DE CASO . 81 - EFEITOS DA INTERVENÇÃO FISIOTERÁPICA NO PÓS OPERATÓRIO DE FRATURA DE EPÍFISE TÍBIAL: RELATO DE CASO ...................................................................................................

82

- INCIDÊNCIA DE LESÕES EM UM TIME DE FUTEBOL AMADOR DA CIDADE DE CORONEL VIVIDA – PR. ..........................................................................................................................................

83

- EFEITOS DA KINESIOTAPING NA DOR, EDEMA E AMPLITUDE DE MOVIMENTO EM PÓS LIGAMENTOPLASTIA DE LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR .........................................................

84

- USO DA CRIOTERAPIA EM PACIENTE COM FRATURA DE TORNOZELO APRESENTANDO EDEMA E ALTERAÇÃO NA SENSIBILIDADE ....................................................................................

85

FISIOTERAPIA CARDIORESPIRATÓRIA - VENTILAÇÃO MECÂNICA NÃO INVASIVA ENQUANTO ESTRATÉGIA VENTILATÓRIA PARA EVITAR REINTUBAÇÃO EM IDOSA COM DPOC ................................................................................

87

- AVALIAÇÃO DO PERFIL CLÍNICO, FUNÇÃO PULMONAR E QUALIDADE DE VIDA EM

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5 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

PACIENTES COM IRC ....................................................................................................................... 88 - AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA EM ATLETAS AMADORES DE CICLISMO DA CIDADE DE PATO BRANCO ...............................................................................................................................

89

- COPD/CAT: AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NO HOSPITAL GERAL .......................................... 90 - INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA EM PACIENTE LACTENTE COM DERIVAÇÃO VENTRICULAR EXTERNA DEVIDO A HIDROCEFALIA: ESTUDO DE CASO ....................................

91

- OS BENEFÍCIOS DA FISIOTERAPIA EM UM PACIENTE COM PARALISIA CEREBRAL GRAVE E PNEUMONIA ASPIRATIVA. .............................................................................................................

92

- OS EFEITOS DA MOBILIZAÇÃO PRECOCE EM PACIENTES CRÍTICOS NA UTI UMA REVISÃO DE LITERATURA ...........................................................................................................................................

93

- FISIOTERAPIA CARDIORRESPIRATÓRIA: UMA ANÁLISE DO HISTÓRICO SOCIAL E FATORES DE RISCO DE PACIENTES HOSPITALIZADOS .................................................................................

94

- HIDROTERAPIA NA ICC ................................................................................................................ 95 - TESTE DO CORAÇÃOZINHO: UMA FERRAMENTA SIMPLES PARA DETECTAÇÃO DE CARDIOPATIAS ...............................................................................................................................

96

FISIOTERAPIA GERAL - RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE O ENCONTRO DO DIA NACIONAL DE CONSCIENTIZAÇÃO DA ESCLEROSE MÚLTIPLA .........................................................................

99

- OS EFEITOS DO MÉTODO WATER PILATES SOBRE A ESCOLIOSE CONGÊNITA ...................... 100 A VISÃO DO ACADÊMICO DE FISIOTERAPIA FRENTE A IMOBILIDADE DO IDOSO EM UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA ..........................................................................................

101

- CIRURGIA PARA CORREÇÃO DE DEDO EM MARTELO: RELATO DE EXPERIÊNCIA EM CENTRO CIRÚRGICO .......................................................................................................................

102

- AÇÕES E CONTRIBUIÇÕES FISIOTERAPÊUTICAS NA SAÚDE MENTAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA NO HOSPITAL ..............................................................................................................

103

- INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NA RECONSTRUÇÃO DE LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR: ESTUDO DE CASO ......................................................................................................

104

- GRAU DE INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL DE IDOSOS POR MEIO DAS ABVD’S BASEADAS NO ÍNDICE DE KATZ ...........................................................................................................................

105

- ANÁLISE DO NÍVEL DE CONHECIMENTO DA POPULAÇÃO RESIDENTE EM FREDERICO WESTPHALEN/RS EM RELAÇÃO À FISIOTERAPIA .........................................................................

106

FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL - A UTILIZAÇÃO DO MÉTODO BAD RAGAZ EM UM PACIENTE COM ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL COM ESPASTICIDADE ....................................................................................................

109

- EFEITOS DA CRIOTERAPIA NA ESPASTICIDADE DE UM LESADO MEDULAR ALTO: UM RELATO DE CASO .............................................................................................................................

110

- FISIOTERAPIA DOMICILIAR NA PERSPECTIVA DOS FAMILIARES E CUIDADORES DE VÍTIMAS DE AVC .................................................................................................................................................

111

- FISIOTERAPIA NEUROLÓGICA APLICADA EM PACIENTE COM TRAUMATISMO CRÂNIO ENCEFÁLICO: RELATO DE CASO ...................................................................................................

112

- O USO DA FISIOTERAPIA CONVENCIONAL COMO TRATAMENTO DA SÍNDROME DE GUILLAN-BARRÉ. .................................................................................................................................

113

- ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO (AVE) AGUDO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA NA DISCIPLINA DE FISIOTERAPIA NEUROLÓGICA ................................................................................

114

- O AMBIENTE VIRTUAL COMO INTERFACE NO TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO INFANTIL. 115 - CUIDANDO DOS CUIDADORES: OFICINAS INTERATIVAS COMO UMA ESTRATÉGIA TERAPÊUTICA ......................................................................................................................................

116

- CRIAÇÃO DO SERVIÇO DE REFERÊNCIA EM REABILITAÇÃO FÍSICO FUNCIONAL DE LESÕES DE NERVOS PERIFÉRICOS. ..............................................................................................

118

- RELATO DE CASO: REABILITAÇÃO DE LESÃO DE NERVOS PERIFÉRICOS E LCA .................... 119

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6 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

COMUNICAÇÕES ORAIS

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7 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

FISIOTERAPIA APLICADA A PREVENÇÃO E SAÚDE PÚBLICA

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8 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO PARA EQUILÍBRIO NA PREVENÇÃO

DE QUEDAS EM IDOSOS: REVISÃO SISTEMÁTICA

Alana Bárbara Hentz1

Alexsandra da Silveira2

Me. Michel Henrique Baumer ³

Dr. Leanderson Franco de Meira 4

RESUMO

A população idosa brasileira vem crescendo devido ao aumento da expectativa de vida.

O processo de envelhecimento associa-se com alterações funcionais, como o

acometimento dos mecanismos de equilíbrio, logo aumentam o risco de quedas. O

presente estudo busca identificar métodos de tratamento utilizados para melhora de

equilíbrio no idoso e prevenção de quedas. Trata-se de uma revisão da literatura, onde

foram selecionados 11 artigos que atenderam aos critérios de inclusão. Os resultados do

estudo demonstram que os idosos que realizam exercícios para postura, aptidão

cardiorrespiratória, flexibilidade e força apresentam melhora do equilíbrio, prevenindo o

risco de quedas.

Palavras-chave: Envelhecimento. Risco de quedas. Fisioterapia.

1 Acadêmica do 6º período da faculdade de Pato Branco. Endereço: Rua Da Praia, São Bernardino - SC.

E-mail: [email protected] 2 Acadêmica do 6º período da faculdade de Pato Branco. Endereço: Abundância, Coronel Vivida - PR. E-

mail: [email protected] ³ Fisioterapeuta. Docente da faculdade de Pato Branco. Endereço: Pato Branco - PR. E-mail: [email protected] 4

Fisioterapeuta. Docente da faculdade de Pato Branco. Endereço: Pato Branco - PR E-mail: [email protected]

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9 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

1 INTRODUÇÃO

A população Brasileira está envelhecendo de maneira acelerada e progressiva,

segundo Veras (2011), 700 mil novos idosos são incorporados a esse segmento da

pirâmide etária, ano após ano. Essa proporção está aumentando devido à taxa de

fecundidade que está baixa, e a quantidade de idosos cresce devido ao aumento da

expectativa de vida, isso gera maior demanda dos serviços de saúde pela própria

população de idosos. De acordo com estudo feito por Lima-Costa et al. (2017) com base

em dados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2013, o Brasil possui a quinta maior

população idosa do mundo, com cerca de 26,5 milhões de pessoas acima de 60 anos.

Para Ávila, Guerra e Meneses (2007) o processo de envelhecimento é um

fenômeno marcado por mudanças biopsicossociais específicas, que são associadas

com o passar do tempo. Porém isso varia de maneira individual, e pode sofrer

influências genéticas, nutricionais e ambientais.

As quedas em idosos e suas consequências estão em evidência pelo aumento no

número dessa população. Sendo que essas têm sido causa frequente de perda funcional

significativa, ingresso precoce em instituições de longa permanência para idosos, além

do aumento da morbidade e da mortalidade. (GAMA; GOMEZ-CONESA, 2008)

Os fatores de risco para quedas são classificados como intrínsecos, fatores

relacionados com os mecanismos fisiológicos, patológicos e medicamentosos (como,

fragilidade das extremidades inferiores, força de preensão diminuída, distúrbios de

equilíbrio, comprometimento funcional e cognitivo, além de déficit visual e polifarmácia,

ou seja, quatro ou mais medicamentos de prescrição). Os fatores extrínsecos

correspondem aos obstáculos do ambiente, sejam objetos, pessoas ou animais que

facilitam a pessoa escorregar, tropeçar, pisar em falso e trombar. (MANIDI; MICHEL,

2001; FABRÍCIO; RODRIGUES; COSTA JUNIOR, 2004)

O equilíbrio é um processo extremamente complexo que depende da integração

da visão, dos comandos centrais, da sensação vestibular e periférica, e respostas

neuromusculares, além da força muscular e do tempo de reação do indivíduo. Algum

declínio da função relacionado à idade pode ser demonstrado em todas as partes

desses sistemas tendo como resultado o fato de que um terço da população acima de

65 anos sofrem quedas a cada ano. (PAPALÉO NETTO, 2002)

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10 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

A fisioterapia através da realização de exercícios, busca aumentar estímulos

sensoriais, permitindo assim equilíbrio postural e funcional, e assim melhorando o

quadro motor desses pacientes tão suscetíveis a queda. Portanto torna-se importante a

inserção de uma rotina de exercícios semanais na vida do idoso para oferecer uma

maior segurança na realização de suas atividades de vida diária (AVD), melhorando

equilíbrio e marcha, reduzindo o risco de quedas, além de buscar o bem-estar físico e

mental dos mesmos. (SILVA et al. 2011; CONTIJO; LEÃO, 2013; PAPALÉO NETTO,

2002)

Devido aos prejuízos físicos, emocionais e sociais associados as quedas, para

compreender e possibilitar a redução na frequência e nos danos causados por elas,

essa pesquisa tem como objetivo identificar os tratamentos fisioterapêuticos preventivos

capazes de auxiliar na diminuição dos riscos de quedas.

2 MATERIAIS E MÉTODOS

Esta revisão sistemática de literatura foi realizada utilizando as seguintes base de

dados: Scielo, Lilacs, Bireme e Pub Med. Foram triados os seguintes tipos de pesquisa:

artigos científicos, monografias e dissertações. Foram separados artigos do período de

2005 a 2017. A busca se limitou para artigos escritos em português. Usando as

seguintes palavras-chave: Envelhecimento. Risco de quedas. Fisioterapia.

Artigos selecionados pela estratégia de busca inicial foram avaliados

independentemente por duas pessoas, conforme os seguintes critérios de inclusão:

população idosa com idade superior a 60 anos, intervenção definida para melhora do

equilíbrio, processo de amostragem aleatória dos indivíduos, presença de grupo

assistido e grupo controle ou com outra intervenção, sujeitos fora de um quadro

patológico especial e score superior ou igual a 5 na escala de PEDro. As divergências

entre os pesquisadores foram resolvidas por discussão e consenso.

Para identificar a qualidade metodológica dos estudos, foi utilizada a Escala

PEDro que consiste em 11 critérios que auxiliam na identificação de estudos clínicos

com boa validade interna e externa na área da reabilitação. Quanto maior a pontuação,

mais adequada é a estrutura do estudo e maior é a possibilidade de veracidade e

qualidade dos dados apresentados, a pontuação é de no máximo 10.

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11 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Após a avaliação fisioterapêutica o profissional vai determinar o tratamento

necessário que vai contribuir para a manutenção ou melhora da condição física e

funcional do idoso, através das técnicas de cinesioterapia, eletrofototermoterapia,

reeducação da marcha, dispositivos auxiliares para marcha, calçados apropriados e

orientações de prevenção em geral, inclusive relacionadas a segurança do ambiente

domiciliar. (PAPALÉO NETTO, 2002)

As características dos artigos selecionados quanto à qualidade metodológica,

amostra, intervenção, métodos e resultados são apresentados na Tabela 1. Houve uma

grande variabilidade em relação ao tipo de intervenção utilizada, ao todo podem ser

divididas em seis eixos: treino cardiorrespiratório, treino de força e alongamento

muscular, exercícios de neuroplasticidade, treino associado a realidade virtual, treino

associado a dançaterapia e hidroterapia. Quase metade dos estudos receberam nota

sete na escala de PEDro demonstrando boa qualidade, mas apenas 11 estudos

atenderam aos critérios de inclusão.

Tabela 1 - Relação dos estudos selecionados

Estudo

Escore PEDro

Amostra Intervenção Método Resultados

Barboza et al.

(2014)

Estudo

7

Escore PEDro

22 idosos Com mais de 60 anos. 11 do grupo controle (GC) e 11 Grupo de

intervenção (GI).

Amostra

Programa de intervenção fisioterápica associado à

dançaterapia. Na 1ª ao 5ª atendimento

atividades em decúbito dorsal.

Do 6ª ao 10ª paciente sentado e em gato. Por

fim, em pé.

Intervenção

GC não recebeu

intervenção. GI no

período de 2 meses

2 vezes na semana durante

60 minutos realizou as atividades propostas.

Método

Ocorreu melhora do equilíbrio,

flexibilidade e agilidade nos

indivíduos submetidos à intervenção.

Resultados

Ribeiro; Pereira.

6 30 idosas, idade entre 60 e 69 anos. Foram

No grupo experimental as

Os exercícios

Os exercícios de Cawthorne e

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12 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

(2005) subdivididas 15 no grupo controle e 15 no

grupo experimental.

idosas foram submetidas aos

exercícios de estimulação vestibular de Cawthorne e

Cooksey.

foram realizados

durante nove semanas, três vezes

por semana, sessenta minutos.

Cooksey promoveram melhora do equilíbrio no

grupo experimental

comparado ao grupo controle,

podem ser aplicados como

medida preventiva e de tratamento nas alterações do equilíbrio no

envelhecimento.

Cunha et al. (2009)

7

53 idosos, idade entre 60 a 75 anos. Média

de 66,19 anos. Foram divididos em grupo

solo (G1), grupo água (G2) e grupo controle

(G3)

O programa de exercícios dos G1

E G2 foram subdividios em: alongamento,

fortalecimento e relaxamento muscular. O

grupo controle realizou

exercícios sem supervisão.

O grupo G1 e o G2

realizaram as atividades em duplas

com duração de 45

minutos, 3 vezes por

semana, no período 8 semanas.

Houve aumento do equilíbrio

nos idosos que não praticavam atividade física em ambos os

grupos.

Silva et al. (2011)

Estudo

6

Escore

18 idosas entre 60 a 82 anos, idade média de 69,83. Divididas 8

no grupo controle (GC) e 10 no grupo

experimental (GE).

Amostra

O programa de exercícios do grupo GE foi

subdividido em atividades de

equilíbrio, alongamento e

força.

Intervenção

O GE

realizou as atividades no período de

10 semanas, sendo 3

vezes por semana,

durando 1 hora.

Método

Houve melhora do equilíbrio e da marcha no

grupo GE, também não

relataram medo de cair e não referiram dor.

Resultados

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13 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

PEDro

Roma et al.

(2013)

6

96 foram incluídos no estudo. Divididos no

grupo resistido (GR) e no grupo aeróbico

(GA).

Exercícios resistidos

realizados e atividade

aeróbica com frequência

cardíaca entre 60 a 70% da frequência

cardíaca máxima.

Grupo resistido realizou

atividades no período de

12 meses, 2 vezes por

semana com duração de 1 hora. Grupo

aeróbico realizou

atividade no período de

12 meses, 2 vezes por

semana com duração de 30 minutos.

Houve melhora da aptidão física

e como resganho de

funcionalidade em ambos os

grupos, a atividade resistida

demonstrou aumento de

flexibilidade e o grupo aeróbico

apresentou aumento na

velocidade da marcha e

melhora do equilíbrio estático.

Tomicki et al.

(2016)

7

30 participante com mais de 60 anos,

idade média de 76,2. Grupo controle (G1)

ficou com 15 participantes e grupo intervenção (G2) com

15.

Aquecimento, parte principal

(exercícios funcionais,

aeróbicos, força, resistência

flexibilidade, equilíbrio estático

e dinâmico, agilidade e

coordenação) e alongamento.

G1 não recebeu

intervenção. G2 realizou

as atividades propostas no período de

12 semanas. Frequência de 3 vezes na semana.

E duração de 45 minutos.

Apresentou melhora no equilíbrio

corporal e na redução do

risco de quedas o grupo G2

comparado ao G1.

Alfieri et al. (2010)

7

46 idosos, com idade entre 60 e 80 anos,

divididos 23 no grupo resistido (GR) e 23 no grupo de exercícios

multissensoriais(GMS).

O GR realizou em cada sessão: exercícios de

aquecimento e flexibilidade, de

fortalecimento, de equilíbrio e de relaxamento.

Para o GMS os exercícios

começaram sem carga e evoluíram

Os grupos tiveram

frequência de dois

atendimentos semanais, durante 1 hora de

atividades, no período

de 12 semanas.

Os idosos do GMS

mostraram melhora do

controle postural e da mobilidade

funcional, mas não houve melhora do equilíbrio na

escala de Berg

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14 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

Estudo

Escore PEDro

Amostra

para com carga e carga máxima.

Intervenção

Método

e teste de apoio unipodal.

Resultados

Panassol; Oltramari; Schuster.

(2017)

6

16 idosos, com idade média de 69 anos, divididos em dois

grupos, 8 no grupo submetido à

intervenção com a realidade virtual, os outro 8 no grupo de

cinesioterapia.

O grupo de realidade virtual

realizou exercícios para

equilíbrio, utilizando a

plataforma Wii Fit e o console

Nintendo Wii®, o outro recebeu intervenção

fisioterapêutica convencional,

através da cinesioterapia, exercícios em sedestação e

ortostase.

Os mesmos foram

submetidos por um

período de dois meses, duas vezes por semana, com duração

de 45 minutos o

atendimento.

Houve melhora estatística em

ambos os grupos em

todos os testes aplicados como

mobilidade, equilíbrio, controle postural,

capacidade aeróbica e marcha.

Franciulli et al.

(2015)

7

14 indivíduos acima de 60 anos, sendo 8 do grupo tratado com

hidroterapia (G1) e 6 do grupo tratado com cinesioterapia (G2).

G1 realizou exercícios ativos

de ADM, de alongamento, respiração e marcha. G2

realizou exercícios ativos

de ADM de alongamento, fortalecimento,

marcha e respiração.

Ambos os

grupo realizaram as

atividades por 2 meses, sendo duas

vezes na semana

durante 40 minutos.

A hidroterapia e a cinesioterapia foram efetivas para a melhora do equilíbrio e agilidade dos participantes.

Teixeira. (2016)

6

30 idosos divididos em dois grupos: G1, composto de 15 praticantes de

exercício físico e G2 15 idosos sedentários.

G1 realizou alongamento, fortalecimento

muscular/ condicionamento cardiorrespiratório

e treino de

Os

exercícios eram

realizados de três a quatro

vezes na semana, com

duração

O G1 apresentou

menor risco de queda, menores

sintomas depressivos e

melhor percepção da qualidade de

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15 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

Estudo

Escore PEDro

Amostra

equilíbrio.

Intervenção

média de 45- 60 minutos

Método

vida, comparados

aos idosos que não praticam exercícios.

Resultados

Ferreira et al.

(2012) 6

16 idosos, com idade entre 60 e 84 anos, divididos em grupo

controle (GC) 8 sujeitos e grupo

experimental 8 sujeitos (GE).

GC realizava o protocolo de reabilitação

cardiopulmonar e metabólico e o

GE sendo acrescido ao protocolo de

rotina, o programa de

treinamento de equilíbrio e

coordenação motora.

Os usuários completaram

doze semanas de atividades,

realizando-o três vezes

por semana.

Mostrou-se favorável na melhora do equilíbrio estático e

dinâmico e na coordenação.

Fonte:SILVEIRA; HENTZ. (2018)

Com esse estudo foi possível constatar que o tratamento de equilíbrio no idoso é

frequente objetivo para a prevenção de quedas. Manidi e Michel (2001) comentam que o

programa preventivo deve atuar sobre os componentes sensório-motores que

determinam o equilíbrio, pois é a associação falha destas estruturas que levam a

quedas. Os mecanismos são a propriocepção, responsável pela sensibilidade superficial

e profunda que atribui a capacidade de noção corporal no espaço, a visão encarregada

de mostrar o ambiente ao redor, o vestíbulo informante da posição da cabeça no espaço

determinando a capacidade de manter a postura diante de situações adversas, a força

que permite executar movimentos, o tônus de base que contribui para a postura por ser

um estado de pré-contração e o controle motor responsável por regular e produzir

movimentos adequados.

Nos grupos de idosos que não foi realizado algum tipo de intervenção os

resultados foram negativos. Foi possível observar que os grupos de intervenção

obtiveram resultados melhores e ainda aqueles que realizaram algum tipo de exercício

especifico como por exemplo associação com a realidade virtual e exercícios

multissensoriais demostraram uma eficácia ainda maior, ou seja, aprimoraram a

capacidade funcional reduzindo o risco de quedas. Vale salientar que isso se deve a

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16 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

utilização de recursos fisioterapêuticos, por tanto o acompanhamento de um profissional

de fisioterapia torna-se imprescindível nesse processo.

Foi perceptível que além da melhora do equilíbrio estático e dinâmico nos grupos

de intervenção, houve melhora em aspectos como: flexibilidade, agilidade,

aprendizagem motora, marcha, aptidão física, controle postural e mobilidade. Outro

aspecto importante observado foi que os idosos que até então não praticavam exercícios

físicos, após serem submetidos as intervenções obtiveram resultados significativos.

Portanto, o exercício físico promove aumento da funcionalidade, visto que

proporciona conscientização corporal ao idoso, permite identificar as habilidades e

limitações e melhora esses aspectos, através do aumento das aptidões física e motora,

como agilidade, flexibilidade, força, equilíbrio, reação e capacidade aeróbica. (OKUMA,

2002)

As evidências são difíceis de serem calculadas devido a amostragem reduzida

dos estudos, outra dificuldade encontrada foi a desistência dos sujeitos durante as

intervenções, além disso a falta de critérios, como alocação cega dos sujeitos, assim

como o mascaramento dos avaliadores e terapeutas na pesquisa.

4 CONCLUSÃO

O processo de envelhecimento envolve diversas alterações que impactam na

diminuição ou perda do equilíbrio. A realização de exercícios que visem a sua melhora

em idosos torna-se indispensável para que os mesmos tenham redução no risco de

quedas, levando em consideração que o equilíbrio é um dos fatores principais que

determinam a capacidade funcional do idoso. Portanto é extremamente necessário que

o fisioterapeuta atue de maneira preventiva nesse aspecto de modo que possa utilizar os

vários recursos disponibilizados dentro da fisioterapia, para que além de reduzir esse

risco possa contribuir na qualidade de vida do idoso, trazendo mais segurança e

estabilidade na realização das AVDs.

REFERÊNCIAS

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20 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

FISIOTERAPIA CARDIORESPIRATÓRIA

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21 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

CRITÉRIOS DE SEGURANÇA PARA MOBILIZAÇÃO PRECOCE – UMA REVISÃO

BIBLIOGRÁFICA

Elaine da Rosa1, Beatriz Zanon Harnisch Radaelli2, Fernanda Fátima Frá3

RESUMO

Objetivo: analisar os critérios de segurança utilizados para o início da mobilização precoce em paciente internados nas UTIs. Metodologia: Pesquisa bibliográfica em bases de dados: Medline, Lilacs, PubMed, e Scielo por artigos de 2010 a 2018, que apresentassem as palavras chaves: mobilização precoce, UTI, imobilidade, segurança. Resultados: foram incluídos 10 estudos que englobaram 2.533 indivíduos internados em UTI. Conclusão: foi verificado que os critérios de segurança devem ser observados antes de iniciar a mobilização de pacientes críticos, e que a estabilidade hemodinâmica é o critério de segurança mais utilizado para determinar a mobilização dos pacientes. Palavras-chaves: Mobilização precoce. UTI. Segurança. 1. Fisioterapeuta pela FADEP – Faculdade de Pato Branco, Pato Branco/PR – Brasil, Pós Graduanda do curso de

Fisioterapia em Terapia Intensiva pela Faculdade Inspirar, Polo Chapecó/ SC – [email protected] 2. Docente do curso de Graduação em Fisioterapia da Faculdade de Pato Branco - FADEP, Mestre em Tecnologia em

Saúde- PUC - [email protected] 3. Fisioterapeuta pela FADEP – Faculdade de Pato Branco, Pato Branco/PR – Brasil, -

[email protected]

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22 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

1- INTRODUÇÃO

Os avanços observados na terapia intensiva nas últimas décadas resultaram num

aumento significativo da sobrevida dos pacientes, porém alguns pacientes desenvolvem

a necessidade de ventilação mecânica prolongada. Essa condição advém da perda do

condicionamento respiratório decorrente do longo tempo de internação em Unidades de

Terapia Intensiva (UTI), uso de medicações e, principalmente da imobilidade. (Dantas,

2012)

Segundo Carvalho e Barrozo (2014), a imobilidade pode influenciar

negativamente no desfecho das doenças, podendo levar a outras alterações como por

exemplo eventos tromboembólicos, atelectasias, úlceras de pressão e contraturas. Já

segundo Dantas (2012), a imobilidade e a inatividade predispõe ao aumento do tempo

de permanência na ventilação mecânica (VM).

Neste sentido se faz importante abordar a necessidade da implantação dos

protocolos de mobilização precoce. Eles estão relacionados à prevenção e redução de

polineuropatia e miopatia do paciente crítico, muito comum em pacientes com longa

internação em UTI. Assim sendo, proporciona melhoria da qualidade de vida dos

pacientes, redução de mortalidade e de dias de internamento em UTI e hospitalização.

(Rocha, 2017)

A mobilização e o posicionamento preventivo de contraturas na Unidade de

Terapia Intensiva podem ser considerados meios de reabilitar precocemente o paciente

crítico, procurando manter a força e a mobilidade articular, melhorando a função

pulmonar, facilitando assim o desmame da VM, e, por consequência, reduzindo o tempo

de permanência na UTI. (Perme, 2006; Gosselink, 2008)

Para a eficácia dos programas de mobilização precoce é importantíssimo analisar

a relação entre os possíveis benefícios e os eventos adversos. Para tanto, faz-se

necessária a avaliação minuciosa da condição clínica dos pacientes, de acordo com os

critérios de segurança para a realização da mobilização. (Conceição, 2016)

Segundo Stiller (2007), os fatores de segurança que devem ser abordados com

maior relevância são os relacionados a fatores intrínsecos ao paciente, como

antecedentes médicos do paciente, reservas cardiovascular e respiratória e também à

fatores extrínsecos, como acesso vascular no paciente, ambiente e equipe.

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23 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

Levando em consideração a importância da mobilização, as vantagens de iniciá-la

precocemente e os possíveis riscos de eventos adversos advindos desta técnica, este

estudo tem como objetivo analisar os critérios de segurança utilizados para o início da

mobilização precoce em paciente internados nas UTIs.

2- MATERIAIS E MÉTODOS

O presente artigo resultou de uma revisão da literatura, em que foi realizada uma

pesquisa bibliográfica, através do uso das bases de dados: Medline (Medical Literature

Analysis and Retrieval System Online), Lilacs (Literatura Latino-Americana e do Caribe

em Ciências da Saúde), PubMed, e Scielo (Scientific Eletronic Library Online). A busca

eletrônica foi por artigos de 2010 a 2018.

Foram pesquisadas as seguintes palavras chaves: mobilização precoce, UTI,

imobilidade, segurança.

Após o levantamento bibliográfico foi realizada uma leitura criteriosa, incluindo no

trabalho artigos que faziam referência as palavras chaves citadas anteriormente que

tivessem critérios de segurança descritos na sua metodologia. Foram excluídos

trabalhos de revisão de literatura. Artigos sobre mobilização precoce em paciente fora da

UTI também foram excluídos.

Os dados foram relacionados em tabela observando tempo para início da

mobilização, tipo e quantidade de mobilização, critérios para início da mobilização e a

ocorrência ou não de eventos adversos.

3- RESULTADOS E DISCUSSÃO

Ao total, 988 artigos foram identificados na pesquisa. Considerando a ocorrência

de artigos repetidos e publicados em mais de um idioma na mesma base de dados

foram selecionados 300 para realizar a triagem. Foram excluídos com base nos títulos

202 artigos e, na sequência, foram excluídos 43 resumos. Foram avaliados para

elegibilidade 55 artigos para leitura na íntegra e, por fim, incluídos 10 estudos nesta

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24 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

revisão sistemática os quais seguiam os critérios de inclusão e exclusão descritos na

metodologia.

O tamanho da amostra entre os estudos variou de 5 a 2.176 sujeitos e, no total,

englobaram 2.533 indivíduos, de ambos os sexos, internados em UTI clínica, cirúrgica

ou geral.

Tabela 1: Artigos selecionados.

Autor Quant.

da

amostra

Critérios de

Segurança

Início da

mobilização

Tipo de

Mobilização

Eventos

adversos

Coutinho, (2015)

25 Instabilidade hemodinâmica defina a partir de: noradrenalina >0,5mc/kg/min para uma pressão arterial média >60mmHg. Complicações como: pneumotórax, trombose venosa profunda e embolia pulmonar; catéter de Shilley na veia femoral; necessidade de reintubação; desmame prolongado (falha em três testes de ventilação espontânea); índice de massa corpórea (IMC) >35kg/ m²

Entre 24 e 48 horas do início da ventilação mecânica

Uso do cicloergômetro passivo (20ciclos/min por 20 minutos) antes de uma sessão de fisioterapia.

Não cita

Machado,(2016)

35 Instabilidade hemodinâmica (pressão arterial média <60 ou >125mmHg), SpO2 <88%, FC >130bpm ou <40bpm e sinais de desconforto respiratório.

Entre 24 e 48 horas do início da ventilação mecânica

Cicloergômetro de forma passiva, com duração de 20 min, cadência fixa de 20 ciclos/min, cinco vezes por semana, até o último dia de permanência na UTI

Durante o estudo, não houve a necessidade da interrupção do protocolo e nem foi observado qualquer evento adverso durante e após a aplicação do mesmo.

Dantas, (2012)

59 Taquicardia ou bradicardia, sinais de desconforto respiratório evidenciado pelo uso da musculatura acessória, batimento

Admissão da uti

Mobilização precoce duas vezes ao dia, todos os dias da semana que inclui alongamento,

Não cita

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25 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

da asa do nariz e aumento da FR>25ipm, alteração da SpO2 para <90% e aumento ou redução da pressão arterial média (PAM) em 20mmHg.

mobilização passiva, mobilização ativa, cicloergometria, descarga de peso, postura ortostática, exercícios com resistência.

Feliciano, (2012)

14 Taquicardia (FC>120bpm) ou bradicardia (FC25 ipm), alteração da SpO2 para <90% e aumento ou redução da PAM em 20mmHg calculada pela fórmula: PAM= PAS + 2PAD/3

No 1º dia de internação

Alongamento passivo dos quatro membros, mobilização passiva, posicionamento articular, exercício ativo-assistido, transferência de deitado para sentado, exercício ativo-resistido, cicloergometria para MMII, transferência de sentado para cadeira, postura ortostática e exercício contra resistido.

Não cita

Savi (2010)

5 Instabilidade hemodinâmica (PAM<60 mmHg ou modificação na dose de vasopressor nas últimas 12 horas), agitação durante a manobra e queda na saturação de oxigênio.

Primeiras 24horas de internação em UTI

Movimentos passivos de flexo-extensão dos quadris e joelhos realizados durante 10 minutos com uma frequência de 30 movimentos por minuto

Não ocorreu qualquer evento adverso como instabilidade hemodinâmica, dessaturação ou agitação.

Lee, (2015)

99 Desconforto respiratório como taquipneia (>40 ciclos/min) ou bradipneia (<5ciclos/min), dessaturação (Spo2 <88%), arritmia, exceto arritmia preexistente e

Primeiras 24 horas da internação em UTI

Sentar (sentado, sentado na beira da cama, fazer exercícios elásticos durante a sessão), em pé (sentado,

11 eventos com desconforto respiratório. Equivalendo a 2,1% da amostra.

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26 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

contração ventricular prematura. taquicardia (>130 batimentos/min) ou bradicardia (<40 batimentos/min), hipertensão (pressão arterial sistólica>180 mmHg ou hipotensão (pressão arterial sistólica <90 mmHg)

em pé, em pé e no lugar), treinamento de transferência de cadeira e caminhada (caminhada assistida ou independente)

Clark (2013)

2176 Instabilidade cardiovascular: disritmia ventricular significante, tamponamento cardíaco, angina, IAM. Instabilidade respiratória: VM com FiO2 0,50 ou PEEP .10cmh2o, ventilação com PC e driving pressures maior que 22 cmh2o

Primeiras 24 horas da internação na UTI

Mobilização passiva, sentada na beira da cama, exercício ativo, transferência, caminhada

Nenhuma

Pohlman (2010)

49 Queda de saturação <80%, elevação da Fc maior que 20%, taquipneia, perda de cateteres.

No 1 dia de internamento

Mobilização ativa passiva, ativa e assistida, sentada na beira da cama, treino de equilíbrio, em pé, marcha no lugar e deambulação

Dessaturação (6%), elevação da FC acima de 20% (4,2%), assincronia / taquipnéia (4%), agitação / desconforto (2%) e perda do dispositivo (0,8%)

Dong (2014)

60 Pressão arterial média <65 ou >110mmHg; frequência cardíaca <40 batimentos/min ou >130 batimentos/min; frequência respiratória <5 ciclos/min ou>40 ciclos/min; oximetria de pulso <88%; pálido ou suado e/ou pedir especificamente para parar por causa de agudamente indisposto.

Não cita Mobilização ativa sentado a beira do leito, transferencia para sentado e deambulação

Um evento adverso de hipotensão postural

Collings, (2015)

11 Estabilidade hemodinâmica definida como eletrocardiograma normal (ECG) e FC

Após a estabilidade hemodinâmica.

Sentado na beira da cama e transferência de cadeira passiva

Dois eventos adversos: dessaturação devido à condensação

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27 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

em repouso com menos de 50% da FC máxima prevista para a idade, pressão arterial sistólica (PAS) entre 90 e 170 mmHg. Os pacientes foram excluídos se tivessem oximetria de pulso menor que 90%, relação PaO2/FiO2 menor que 18 ou necessidade de PEEP acima de 10 cmH2O; uma temperatura corporal superior a 38°C, uma hemoglobina (Hb) inferior a 7g/dL

do circuito do ventilador (1) e elevação da FC acima de 80% (1)

Pacientes internados em unidades de terapia intensiva e criticamente enfermos

tendem a permanecer em repouso no leito, o que acarreta em várias complicações

cardiorrespiratórias e musculoesqueléticas. Contudo, a mobilização precoce pode

reduzir os efeitos negativos do repouso prolongado no leito. (Brower, 2009; Butin, 2009)

Sabendo da importância da mobilização, devemos também considerar que esta

deve ser realizada de forma segura e eficaz. Neste sentido, Stiller e Phillips (2003)

abordaram fatores de segurança que devem ser observados para a mobilização de

pacientes com doença aguda. Segundo elas, deve-se revisar o histórico de problemas

cardiovasculares e respiratórios, os medicamentos utilizados e levar em consideração o

nível funcional que os pacientes apresentavam antes da internação. Também é

necessário analisar a reserva cardiovascular, observando a frequência cardíaca (FC) de

repouso que deve ser menor que 50% da FC máxima predita para a idade, a variação na

pressão arterial que deve ser menor que 20% e o eletrocardiograma. Em relação à

reserva respiratória, de acordo com elas, a relação PaO2/FiO2 maior que 300, SpO2

maior que 90% e um padrão respiratório confortável são as condições favoráveis.

Nesta pesquisa pudemos observar que todos os trabalhos relacionados utilizaram

como critério de segurança a estabilidade cardiovascular ou hemodinâmica, porém com

algumas variações. Collings (2015) vem de acordo com Stiller e Phillips (2003) e

determina entre seus critérios de segurança a estabilidade hemodinâmica como FC em

repouso com menos de 50% da FC máxima prevista para a idade. Já em relação a

pressão arterial sistólica (PAS) ele determina que deve estar entre 90 e 170 mmHg.

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28 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

Coutinho (2015) definiu a citada instabilidade como noradrenalina >0,5mc/kg/min para

alcançar uma pressão arterial média >60mmHg. Ainda Machado (2017) não cita o uso

de drogas vasoativas e define a instabilidade hemodinâmica como pressão arterial

média <60 ou >125mmHg. Outros autores ainda utilizaram critérios como pressão

arterial média <65 ou >110mmHg; frequência cardíaca <40 batimentos/min ou >130

batimentos/min para definir a instabilidade hemodinâmica. (Dong, 2014)

Em relação a estabilidade respiratória, foram citados cuidados em relação a

SpO2, a FR e ao desconforto respiratório. A SpO2 foi citada muitas vezes como

devendo estar acima de 90% e outras vezes como acima de 88%, e somente um artigo

definiu como limite para interrupção da atividade SpO2 abaixo de 80%. A FR foi utilizada

como critério de segurança somente em 3 referências, uma que define que deve ser

menor que 25rpm e outras duas que interromperam as atividades quando estiveram

acima de 40 ou abaixo de 5rpm e ainda o desconforto respiratório é citado como sinal

importante a ser observado. (Dantas, 2012; Lee, 2015; Dong, 2014)

No estudo de Burtin (2009), a SpO2 >90% também foi definida como critério de

segurança. Os indivíduos foram divididos em dois grupos, sendo que no grupo controle o

movimento passivo foi aplicado em indivíduos sedados, e os pacientes acordados foram

convidados a participar ativamente e deambulação foi iniciada quando considerada

apropriada pela equipe médica. Os pacientes do grupo de tratamento receberam

adicionalmente uma sessão de cicloergometria. O exercício seria interrompido se

pacientes apresentassem uma resposta fisiológica anormal: FC 70% do máximo

previsto, 20% de redução da FC, PAS 180 mmHg, 20% de diminuição da PAS ou

pressão arterial diastólica, SpO2 90%, sinais clínicos e sintomas de sofrimento

cardiorrespiratório. Durante as mobilizações os pacientes não apresentaram nenhuma

alteração na FC, PAS, pressão arterial diastólica ou frequência respiratória, enquanto a

SpO2 diminuiu durante a cicloergometria em poucos casos. Durante um total de 425

sessões de ciclismo, nenhum evento adverso grave foi identificado, porém o exercício

precisou ser encerrado no início de 16 sessões individuais devido à SpO2 90%.

Rocha (2017) ainda ressalta que outros critérios de seguranças aparecem como

barreiras comumente observadas na prática clínica. A crença comum, principalmente

entre os médicos, de que pode ocorrer aumento do risco do descolamento de tubos,

linhas, cateteres e sondas, limita o papel do fisioterapeuta e compromete a

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29 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

implementação mobilização. Ele encontrou um número de estudos, que mostraram que

não há risco para o segurança do paciente em um programa de mobilização precoce

realizado por profissionais qualificados. No presente estudo, somente dois artigos

relacionaram a presença de cateteres ou a perda deles como critério de segurança, e no

total, 4 estudos apresentaram eventos adversos. (Coutinho, 2016; Lee, 2015;

Pohlman,2010; Dong, 2014; Collings, 2015)

Os eventos adversos apresentados nos trabalhos analisados foram dessaturação,

elevação da FC, hipotensão postural, taquipneia, desconforto respiratório, agitação,

perda de dispositivo, sendo que os mais frequentemente encontrados foram

relacionados a estabilidade respiratória (dessaturação, taquipneia e desconforto

respiratório), que aparecem em 3 artigos. Porém todos os eventos adversos que

ocorreram representaram uma parte muito pequena da amostra em todos os estudos.

(Lee, 2015; Pohlman,2010; Dong, 2014; Collings, 2015)

4- CONCLUSÃO

A partir desta revisão, foi verificado que os critérios de segurança devem ser

observados antes de iniciar a mobilização de pacientes críticos, tais como parâmetros

respiratórios e circulatórios, pois isso proporciona a menor incidência de eventos

adversos as atividades. Que a estabilidade hemodinâmica é o critério de segurança mais

utilizado para determinar a mobilização dos pacientes.

Analisando os artigos foi constatado que é possível mobilizar o paciente de forma

segura e sem intercorrências graves. Porém, existe ainda a necessidade de se realizar

mais estudos acerca do tema abordado.

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30 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

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31 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

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32 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

REABILITAÇÃO PULMONAR EM PACIENTE DPOC-UM ESTUDO DE CASO

SIGNOR, NATALIA.M.1

RADAELLI, BEATRIZ.Z.H.2

¹ Acadêmica do Curso de Fisioterapia da faculdade de Pato Branco-FADEP

² Professor do Curso de Fisioterapia da faculdade de Pato Branco-FADEP

Endereço para correspondência: Rua Vicente Palotti; Bairro Frizon, 157; Cvv-PR

E-mail: [email protected]

RESUMO A DPOC classifica-se por obstrução irreversível das vias aéreas e diminuição da função pulmonar. Objetivo da pesquisa: Analisar os benefícios de um programa de reabilitação pulmonar em paciente com DPOC. Método: Compõe-se de uma pesquisa baseada em um estudo de caso, com abordagem qualitativa, efetuando atendimentos a domicílio. Resultados: Foi observado melhora significativa na qualidade de vida e dispnéia, não havendo resultados relevantes quanto às provas de função pulmonar. Conclusões: Conclui-se que a reabilitação pulmonar proporciona mais qualidade de vida e bem estar, porém não modificando significativamente a função pulmonar do paciente com DPOC. Palavras-chave: Exercícios físicos. DPOC. Reabilitação pulmonar.

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33 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

1- INTRODUÇÃO

A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é considerada uma doença do

sistema respiratório, sendo possível prevenir e tratar a mesma, determinada por

obstrução crônica ao fluxo aéreo de forma irreversível. A DPOC caracteriza-se

principalmente pelo acometimento pulmonar e também por repercussões sistêmicas,

sendo classificada uma das principais causas de mortalidade em todo o mundo e

dependências das atividades de vida diária (AVD’s) (RABE, Klaus F. et al., 2007; CELLI,

B.R. et al., 2004).

Nesse sentido, pacientes DPOC, apresentam diminuição na capacidade de

exercer alguma atividade física, principalmente em decorrência da presença de dispnéia

durante a realização de esforços físicos. Entretanto, apresentam maior

descondicionamento em consequência do sedentarismo, inflamação sistêmica e

alteração da musculatura nas extremidades. A elevada inatividade ocasiona maior

prevalência dos sintomas (MADOR, M. J. et al., 2001).

A reabilitação pulmonar (RP) apresenta-se de fundamental importância para o

tratamento de pacientes DPOC, aumentando sua independência, possibilitando a prática

de atividades físicas e consequentemente melhorando a qualidade de vida e a execução

das atividades de vida diária. Sendo assim, a reabilitação pulmonar constitui-se de forma

multidisciplinar, porém o treinamento físico resulta em inúmeros benéficos clínicos-

funcionais para o paciente DPOC (GOLDSTEIN, RS. et al., 1994).

Compreendem-se diversos objetivos advindos da realização da reabilitação

pulmonar, destacando principalmente a melhora da qualidade de vida, maior

independência do paciente para executar suas atividades físicas, sociais e seus lazeres,

diminuição dos sintomas e da perda funcional. Entretanto, esses objetivos podem ser

almejados através de exercícios físicos e propõem-se atender cada paciente

individualmente, atendendo a necessidade específica de cada indivíduo (RIES, Andrew

L. 1990).

O objetivo deste estudo foi analisar os benefícios de um programa de

reabilitação pulmonar em paciente com DPOC.

2- MATERIAIS E MÉTODOS

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34 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

Do ponto de vista da sua natureza, refere-se uma pesquisa aplicada, possuindo

como forma de abordagem do problema, do tipo qualitativa. Segundo Brevidelli e

Sertório (2010) a pesquisa qualitativa abrange estudos, avaliação e aplicação de

técnicas direcionadas ao sujeito abordado na pesquisa. Entretanto, aborda princípios

próprios, esclarecendo problemas de pesquisa que não são possíveis de forma

quantitativa.

Além disso, a amostra classifica-se em não probabilística, apresentando uma

pesquisa com objetivo exploratório e de acordo com os procedimentos técnicos possui

uma pesquisa de estudo de caso. No procedimento de coleta de dados a observação

verificou-se na forma sistemática, apresentando uma entrevista padronizada ou

estruturada e questionários abertos.

O estudo foi realizado efetuando atendimentos a domicílio, três vezes por

semana, totalizando 32 sessões, com duração de 50 minutos. Entretanto, visou-se

realizar atividades físicas em um paciente com doença pulmonar obstrutiva crônica

(DPOC) severa, abordando exercícios de alongamentos, fortalecimentos, caminhadas e

subir e descer lances de escadas, colocando em prática o objetivo da pesquisa.

A coleta de dados foi efetuada através de anamnese, questionário de qualidade

de vida (Questionário do Hospital Saint George na Doença Respiratória (SGRQ), Teste

de Avaliação do DPOC (CAT), Medida de Independência Funcional (MIF), Escala de

Dispnéia do Medical Research Council (MRC) e as provas de função pulmonar

(espirometria, peak flow-pico de fluxo expiratório e manovacumetria), não apresentando

riscos para o paciente.

A análise de dados foi realizada no primeiro e último atendimento, como forma

comparativa e avaliativa, através do espirômetro (VEF1 e CVF) que avalia a função

pulmonar, do peak flow que verifica o grau de obstrução dos brônquios e da força dos

músculos inspiratórios e expiratórios através do manovacuômetro (PIMAX e PEMAX). A

qualidade de vida foi avaliada através do questionário (SGRQ) e da avaliação de

independência funcional por meio da escala de MIF.

O presente estudo respeita todos os aspectos éticos e científicos apresentados

na resolução 466, de 12 de dezembro de 2012, sendo que a coleta de dados será

realizada somente após a aprovação do Projeto de Pesquisa pelo Comitê de Ética em

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Pesquisa, da autorização das Instituições privadas de saúde e assinatura dos Termos de

Consentimento Livre e Esclarecido em duas vias, sendo que uma via permanecerá com

o participante e a outra com os pesquisadores, assim como as assinaturas nos termos

de Compromisso para uso de dados em arquivos e Confidencialidade.

3- RESULTADOS E DISCUSSÃO

O presente estudo foi realizado com uma paciente, sexo feminino, com

diagnóstico médico de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) severa, 73 anos de

idade, pesando 33 kg e com 1,47 cm de altura.

A qualidade de vida foi avaliada através do questionário do Hospital Saint

George na Doença Respiratória (SGRQ), apresentando significativa melhora na

reavaliação da paciente. No estudo de Paulin et al. verificaram melhora nos resultados

do questionário St. George’s Respiratory Questionnaire (SGRQ), aos pacientes

submetidos ao programa de reabilitação pulmonar. A GOLD salienta que o aumento da

qualidade de vida dos pacientes com DPOC caracteriza-se um dos principais objetivos

dos PRP.

No entanto, também no estudo de Beckerman e colaboradores, verificou-se

melhora na qualidade de vida, sendo avaliada com o auxílio do St. George’s Respiratory

Questionnaire para avaliar este item.

Entretanto, também foi realizado o teste de Avaliação do DPOC (CAT),

alcançando na avaliação uma pontuação de 24 pontos e na reavaliação uma pontuação

de 18 pontos, indicando na avaliação segundo a classificação do (CAT) impacto alto e

posteriormente a realização de um programa de reabilitação pulmonar impacto médio.

Spruit et al. em seu estudo a pontuação do CAT, foi representada por 61% de variação

nos pacientes inseridos em um programa de reabilitação pulmonar.

Na avaliação da independência funcional, através da escala (MIF), obteve-se na

primeira avaliação a pontuação de 122 pontos e depois na reavaliação de 124 pontos,

observando-se aumento de dois pontos na medida de independência funcional. Segundo

Pasqua et al. analisaram pacientes com DPOC através da MIF, no hospital após a

exacerbação aguda e posteriormente a programa de reabilitação pulmonar. Verificaram

melhora relevante na MIF total, em diferenciados elementos, como autocuidado e a

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36 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

locomoção. Entretanto, os benefícios posteriormente à reabilitação pulmonar,

caracteriza-se por redução da dispnéia, aumento da capacidade para o exercício e

melhor qualidade de vida.

Na Escala de Dispnéia do Medical Research Council (MRC), na avalição

paciente apresentou dispnéia grau 4, em contra partida na reavaliação apresentou grau

2, verificando diminuição sensivelmente de dois graus segundo (MRC). Costa e

colaboradores demonstraram em um dos estudos executados, 57% dos pacientes

tiveram melhora na sensação de dispnéia através da escala Medical Research Council

(MRC), após submetidos a um programa de reabilitação pulmonar.

No estudo de Araújo et al. nota-se melhora relevante do estado de

independência funcional do paciente, diminuição da dispnéia e da chance de

mortalidade em pacientes DPOC e após 24 sessões de reabilitação pulmonar.

ESPIROMETRIA

Avaliação 09/05/18

Valor considerado Valor previsto % do previsto

VEF1 0,54 litros 1,65 litros 32,66%

CVF 1,57 litros 2,20 litros 71,33%

Reavaliação 18/07/18

Valor considerado Valor previsto % do previsto

VEF1 0,42 litros 1,65 litros 25,40%

CVF 0,62 litros 2,20 litros 28,17%

Na realização da espirometria paciente apresentou na avaliação para VEF1 o

valor considerado de 0,54 litros, valor previsto 1,65 litros e a % do previsto 32,66%, no

entanto, na reavaliação para VEF1 apresentou o valor considerado de 0,42 litros, valor

previsto 1,65 litros e % do previsto 25,40%, indicando redução nos valores avaliados

após programa de reabilitação pulmonar, classificando-se em distúrbio obstrutivo, % do

previsto abaixo de 80%. Para CVF na avaliação paciente apresentou para valor

considerado 1,57 litros, valor previsto 2,20 litros e a % do previsto 71,33%, em contra

partida na reavaliação para CVF apresentou o valor considerado de 0,62 litros, valor

previsto 2,20 litros e a % do previsto 28,17%, indicando diminuição nos valores,

resultando em distúrbio restritivo, % do previsto abaixo de 80%.

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37 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

De acordo com o estudo de Troosters et al. os exercícios físicos não são

capazes de modificar a função pulmonar, visto que a diminuição da dispnéia e o

aumento da possibilidade de realizar exercícios são pontos positivos com a execução de

um programa de reabilitação pulmonar. Segundo o estudo de Seixas et al. não foi

observado um impacto direto na função pulmonar com a reabilitação. Isso se deve, por

não ter realizado exercícios respiratórios específicos ou treinamento muscular

respiratório, levando a ausência de modificação nos resultados espirométricos (VEF1 e

CVF).

Como mencionado no estudo de Squassoni et al. os pacientes sujeitos a

reabilitação pulmonar, submetidos ao teste de função pulmonar, não demostraram

melhoras no VEF1 após RP, não verificando ganho de função pulmonar.

Ressalta-se também no estudo de Paulin et al. que os programas de reabilitação

tradicionais, tem apresentado que o condicionamento físico aeróbio não altera a função

pulmonar, sendo descrito na literatura que a reabilitação pulmonar não promove

alteração na função pulmonar.

Wehrmeister et al. em seu estudo, verificou que os valores de VEF1 pré-

reabilitação foram melhores comparado aos valores pós-reabilitação, compreendendo

em consequência da progressão natural da doença, que favorece o declínio desse valor

referente a função pulmonar.

MANOVACUÔMETRO

Avaliação 09/05/18

Valor considerado Valor previsto % do previsto

Pimáx -40 cmH2O -74,73 cmH2O -53,53%

Pemáx 50 cmH2O 70,44 cmH2O 70,98%

Reavaliação 18/07/18

Valor considerado Valor previsto % do previsto

Pimáx -40 cmH2O -74,73 cmH2O -53,53%

Pemáx 70 cmH2O 70,44 cmH2O 99,38%

No teste para avaliar a força dos músculos inspiratórios e expiratórios, através

do manovacuômetro, na avaliação para Pimáx verificou-se para valor considerado -40

cmH2O, valor previsto -74,73 cmH2O e % do previsto -53,53%, contudo na reavaliação

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38 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

apresentou para Pimáx valor considerado de -40 cmH2O, valor previsto -74,73 cmH2O e

% do previsto -53,53%, sendo que os valores mantiveram-se iguais tanto na avaliação

quanto na reavaliação, verificando % do previsto abaixo de 80% e consequentemente

fraqueza muscular inspiratória. Ainda assim, na avaliação para Pemáx observou-se para

valor considerado 50 cmH2O, valor previsto 70,44 cmH2O e % do previsto 70,98%,

porém na reavaliação verificou-se para Pemáx valor considerado de 70 cmH2O, valor

previsto 70,44 cmH2O e % do previsto 99,38%, analisando aumento da Pemáx após

programa de reabilitação pulmonar, indicando na avaliação fraqueza muscular

expiratória e posteriormente na reavaliação a % do previsto foi superior a 80%, não

indicando fraqueza da musculatura expiratória.

De acordo com o estudo de Araújo et al. observou-se redução da PiMáx, no

momento da avaliação pré-tratamento, como verificado no estudo de Kunikoshita e col.

analisando redução da força muscular respiratória significativamente (PiMáx e PeMáx),

observando-se que pacientes com obstrução crônica, apresentando características

moderadas e graves, demonstram força muscular respiratória reduzida. No entanto,

após o tratamento a força muscular melhorou, proporcionando redução da dispnéia,

como abordado no estudo de Kunikoshita e col. e Ribeiro e col. Segundo o estudo de

Aquino et al. ressalta-se que pacientes com DPOC apresentam fraqueza muscular

generalizada em consequência de distúrbios eletrolíticos, hipoxemia, hipercapnia,

descompensação cardíaca e perda de peso relacionada à perda muscular. Portanto,

neste estudo, observa-se a ausência de alteração no valor da PiMáx, pois como citado

no estudo de Schols et al. e Ottenheijm et al. a hiperinsuflação pulmonar, presente nos

pacientes com DPOC, gera uma desvantagem mecânica para a musculatura

respiratória, proporcionando à retificação e encurtamento do diafragma e

consequentemente modificações celulares e moleculares responsáveis por alterações

no comprimento de suas fibras, favorecendo diminuição na sua força.

PEAK FLOW-PICO DE FLUXO EXPIRATÓRIO

Avaliação 09/05/18

Valor realizado Valor previsto normal

80 l/min 287 l/min

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39 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

Reavaliação 18/07/18

Valor realizado Valor previsto normal

100 l/min 287 l/min

No teste do Peak Flow-pico de fluxo expiratório, observa-se na avaliação valor

realizado de 80 l/min e na reavaliação valor realizado de 100 l/min, indicando como valor

previsto normal de 287 l/min, apresentando aumento após programa de reabilitação

pulmonar de 20 l/min, classificando-se tanto na avaliação quanto na reavaliação severo

grau de obstrução brônquica.

No estudo de Dourado et al. e Coelho et al. aborda-se sobre os problemas que

levam a piora da qualidade de vida dos pacientes com DPOC, citando-se a limitação do

fluxo aéreo, intensidade da dispnéia e o comprometimento da musculatura esquelética.

No entanto, costuma-se avaliar a qualidade de vida e a capacidade de exercício para

verificar a melhora alcançada através de programas de reabilitação pulmonar, uma vez

que o grau de obstrução do fluxo aéreo não sofre alteração através de programas de

reabilitação. Porém neste estudo realizado, observa-se uma melhora no grau de

obstrução brônquica, no entanto, sem alterações significativas.

4- CONCLUSÃO

Com a realização deste estudo, conclui-se que a reabilitação pulmonar

apresenta benefícios significativos quanto à qualidade de vida, independência funcional

e dispnéia para pacientes com DPOC. No entanto, com a realização de um programa de

reabilitação pulmonar, observaram-se alterações positivas, porém não apresentando

aumento elevado quanto à força muscular expiratória e para grau de obstrução

brônquica, e em contra partida não demonstrando valores relevantes e superiores para

força muscular inspiratória e função pulmonar. Entretanto, vale ressaltar, que o objetivo

principal com esses pacientes é proporcionar mais qualidade de vida e bem estar.

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43 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

FISIOTERAPIA GERAL

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44 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

EFICÁCIA DO TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO NAS PATOLOGIAS QUE

ACOMETEM A COLUNA LOMBAR: UM ESTUDO DE CASO

DALLA LIBERA, Jaqueline¹; FRIZON, Camila¹; GUEDES, Ian Sandri¹; HEINZEN,

Cleiton¹; PERIPOLLI, Clarice Maria2; RUBIN, Nadyne2 .

1.Discentes da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões-URI,

Departamento de Ciências da Saúde, Frederico Westphalen RS, Brasil

2.Docentes da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões-URI,

Departamento de Ciências da Saúde, Frederico Westphalen RS, Brasil

Endereço para correspondência:

Rua Assis Brasil, 709 - Itapajé

Frederico Westphalen - RS, 98400-000

E-mail: [email protected]

RESUMO

Introdução: Alterações na coluna vertebral podem ocorrer devido ao envelhecimento, sedentarismo e esforço excessivos das estruturas. A lombalgia- condição dolorosa da coluna lombar e incapacitante, podendo ser sintoma de hérnia de disco e escoliose lombar. Objetivo: Analisar os resultados acerca de um programa de intervenção fisioterapêutica (estudo de caso) na hérnia de disco e na escoliose lombar. Métodos: Paciente gênero feminino, 55 anos, com queixa de dor lombar. Tratamento desenvolvido após avaliação, contendo exercícios de alongamento, fortalecimento, estabilização segmentar. Resultados: Melhora no quadro álgico, realinhamento de estruturas observado através da análise postural, promovendo maior suporte e estabilidade na coluna lombar. Palavras- chave: Deslocamento do Disco Intervertebral. Dor Lombar. Escoliose.

Fisioterapia. Coluna Vertebral.

1- Introdução

As alterações na coluna vertebral são comuns, podendo ocorrer devido ao

envelhecimento, sedentarismo e esforço excessivo, ou causadas pelo trabalho,

ocasionando maior desgaste e estresse das estruturas vertebrais. (FERREIRA;

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45 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

MARTINS; CAVALCANTI, 2016). Os músculos são as estruturas que possuem a função

de proteger e estabilizara coluna vertebral, em muitos casos, os mesmos encontram-se

comprometidos pela fraqueza, o que pode ocasionar instabilidade vertebral,

desequilíbrio muscular e algias. (OLIVEIRA; BRAZ, 2012).

A coluna lombar exerce função importante para acomodação de cargas devido

ao peso corporal, da ação muscular e das forças usadas externamente, devendo ser

forte e rígida para manter as relações anatômicas intervertebrais e proteger os

elementos neurais, em contraposição, deve ser flexível o suficiente para permitir a

mobilidade articular. A lombalgia é uma condição dolorosa da coluna vertebral lombar,

onde é classificada como uma causa frequente de incapacidade funcional, sendo uma

das disfunções musculoesqueléticas mais comuns da atualidade. (FERREIRA;

MARTINS; CAVALCANTI, 2016).

Segundo Vialle e colaboradores, a hérnia de disco lombar é o diagnóstico

comumente encontrado dentre as alterações degenerativas da coluna lombar (acomete

2 a 3 por cento da população), e seu quadro clínico tem como característica a lombalgia

inicial, seguida de lombociatalgia e, posteriormente, dor ciática irradiada para os

membros inferiores. (VIALLE; VIALLE; HENAO; GIRALDO, 2010).

A escoliose é mais uma das patologias que podem acometer a coluna lombar,

sendo normalmente assintomática e despercebida pelos indivíduos. A maioria não causa

dor e nem interfere na realização de atividades cotidianas. Contudo, na idade adulta as

curvas de maior tamanho se associam a um aumento de queixas dolorosas. (TURRA,

2015).

A Fisioterapia contribui para a promoção e prevenção da saúde, e na

reabilitação depatologias e distúrbios musculoesqueléticos. Quanto à reabilitação de um

indivíduo, o tratamento fisioterapêutico é essencial. Dispondo de diversos recursos que

intervêm de forma direta sobre a dor, incapacidade e qualidade de vida. (ALVES; LIMA;

GUIMARÃES, 2015).

O presente estudo de caso tem como objetivo analisar os resultados acerca de

um programa de intervenção fisioterapêutica, na hérnia de disco e na escoliose lombar

de um indivíduo .

2- Materiais e Métodos

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46 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

Este estudo é sobre paciente, gênero feminino, 55 anos, branca, dona de casa,

cuidadora de idoso, residente numa cidade do Médio Alto Uruguai, apresentando

diagnóstico médico de Escoliose Lombar idiopática e Hérnia Discal póstero foraminal em

L5-S1, referindo dor lombar crônica e incapacitante. Foi oferecido o trabalho da

fisioterapia à comunidade de Frederico Westphalen, RS, para que os alunos do sétimo

semestre do curso de Fisioterapia da URI-FW realizassem as práticas da Disciplina de

Fisioterapia nas Disfunções Musculoesqueléticas, recebendo atendimento 2 vezes por

semana, durante um período de 3 meses, totalizando 17 sessões de sessenta minutos,

entre os meses de Abril a Junho do ano de 2018,contando com uma sessão inicial de

avaliação e uma final de reavaliação e orientações domiciliares.

Inicialmente foi realizado um questionário específico para atendimentos da

disciplina de fisioterapia nas Disfunções Musculoesqueléticas na Clínica Escola de

Fisioterapia, contendo dados pessoais, profissão, diagnóstico médico, queixa principal,

história da doença, medicamentos, exame físico, teste de função muscular, goniometria,

testes específicos e avaliação postural. Como instrumentos avaliativos e testes

específicos, foram usados o Índice Oswestry 2.0 de Incapacidade, questionário de

Roland-Morris de Incapacidade, Escala Visual Analógica de Dor (EVA), Teste de

Lasègue, Goniometria e Teste de Função muscular.

Índice de Incapacidade Oswestry (OswestryDisability Index – ODI) é utilizado

para avaliação funcional da coluna lombar, incorporando medidas de dor e atividade

física. (VIGATTO; ALEXANDRE; CORREA FILHO, 2007). A escala visual analógica de

dor (EVA), é um instrumento importante para verificar a evolução do paciente durante o

tratamento e mesmo a cada atendimento, de maneira mais fidedigna que avalia

intensidade da dor quantitativamente no momento. (JENSEN; KAROLY; BRAVER,

1986).

Roland - Morris avalia incapacidade funcional dos doentes com lombalgia nas

suas atividades, também chamado de Roland Morris Disability Questionnaire (RMDQ) ou

Questionário de Roland-Morris de Incapacidade, foi utilizado para comparar e avaliar o

tratamento e a evolução do indivíduo. (MONTEIRO et al., 2010).

O Teste de Lasègue promove um alongamento neural provocativo sobre os

ramos nervosos que compõem o nervo ciático (L5, S1 e S2), já que, a Hérnia Discal

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Lombar pode causar tensão no nervo ciático, gerando dor irradiada. (FERNANDEZ et

al., 2012).

Os testes de função muscular baseia-se na escala de seis níveis (variando de 0

a 5 graus), propostas por Kendall. O instrumento utilizado para fazer as medidas da

goniometria foi o goniômetro universal. As medidas devem ser sempre comparadas com

o lado contralateral em caso deste não estiver acometimento e assim estabelecer um

parâmetro de normalidade. (SACCO et al., 2007).

Para avaliar a postura estática foi realizado a Avaliação Postural (AP), na qual o

avaliador analisa a postura da paciente em vista frontal, lateral direita e esquerda, e

posterior. A gravidade impõe uma carga sobre o corpo, carga essa que é sustentada

pela linha de gravidade, que passa pelas curvaturas fisiológicas da coluna. Se essa

carga em alguma região se desloca para fora da linha de gravidade, o corpo acaba

criando compensações para recuperar o equilíbrio. Foi realizado mensuração de

Pressão Arterial e EVA no início e final de cada atendimento para acompanhar a

evolução e efetividade do tratamento.

Os objetivos do tratamento foram diminuir quadro álgico, melhorar postura

através do fortalecimento e alongamento muscular, aumentar mobilidade de coluna

vertebral, aumentar amplitude de movimento de flexão lateral de tronco, alongar e

fortalecer cadeia lateral de tronco, paravertebrais, multífidos, rombóides, glúteos,

isquiotibiais, e musculatura de abdômen, em diferentes proporções referentes à sua

compensação postural e necessidades detectadas pelos acadêmicos, já que a paciente

possuía contraturas e fraqueza muscular, e dessa maneira, melhorar qualidade de vida

do indivíduo.

2.1- Programa de Fisioterapia

O protocolo de exercícios foi composto por quatro fases de tratamento,

contemplando 17 sessões com frequência de duas vezes por semana e duração de

sessenta minutos.

Foi desenvolvido um programa de exercícios específicos, dando ênfase sobre os

objetivos gerados através da avaliação. Nas sessões em que a paciente relatava maior

queixa de dor foram utilizadas as técnicas de liberação miofascial de paravertebrais e

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toracolombar, com paciente em decúbito dorsal (DD) na maca, terapeuta aplica uma

pressão moderada sobre a coluna lombar no sentido das fibras musculares.

Os exercícios realizados nas primeiras quatro sessões do tratamento foram os

seguintes:

Realizado alongamento passivo da coluna lombar no início e no final da sessão;

Como aquecimento, foram feitos 5 minutos de bicicleta;

Para mobilidade de coluna vertebral, em quatro apoios (gato);

Para alongar musculatura posterior de tronco, a prece maometana;

Para aumentar mobilidade para inclinação lateral de tronco, sentado no tatame com

quadril e joelhos flexionados a 90 graus;

Para aumentar força muscular, a ponte com apoio bipodal no tatame;

Ao final da sessão, tração cervical e pompagem lombar.

Nas quatro sessões seguintes foram utilizadas as técnicas de liberação miofacial

de paravertebrais e toracalombar:

Para mobilidade de coluna vertebral, em quatro apoios (gato);

Para alongar musculatura posterior de tronco, a prece maometana;

Para Aumentar mobilidade para inclinação lateral de tronco, sentado no tatame com

quadril e joelhos flexionados a 90 graus;

Para aumentar força muscular, a ponte com apoio bipodal sobre a bola feijão;

Para aumentar força e controle muscular de abdominal e paravertebrais, de quatro

apoios;

Para aumentar a força muscular de Rombóides, foram feitos exercícios no espaldar com

thera-band fazendo movimento de remada baixa;

Para aumentar força de abdômen paciente de decúbito dorsal com quadril e joelhos

flexionados a 90o, levando os joelhos em direção ao peito;

Ao final da sessão tração cervical e pompagem lombar.

Na terceira fase do tratamento utilizaram-se as seguintes técnicas durante 4

sessões:

Para mobilidade de coluna vertebral, em quatro apoios (gato);

Para alongar musculatura posterior de tronco, a prece maometana;

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49 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

Para aumentar mobilidade para inclinação lateral de tronco, de joelhos no tatame,

flexionados a 90 graus; alternando a posição com membros inferiores flexionados e em

rotação externa, com pompagem sacral, alongando também iliopsoas e isquistibiais (o

número de repetições desse exercício foi de acordo com a musculatura, sendo que do

lado esquerdo estava em insuficiência ativa, e consequentemente, o lado direito

encontrava-se em insuficiência passiva);

Para aumentar força muscular, a ponte com apoio unipodal sobre a bola feijão;

Para aumentar força e controle muscular de abdominal e paravertebrais, de quatro

apoios;

Para aumentar a força muscular de rombóides, foram feitos exercícios no espaldar com

thera-band vermelha fazendo movimento de remada baixa;

Para aumentar força de abdômen paciente em decúbito dorsal no tatame, com quadril e

joelhos flexionados a 90o realizando a flexoextensão de um membro inferior

alternadamente;

Todos os exercícios aliados a estabilização segmentar;

Para aumentar força de musculatura dos glúteos foram feitos exercícios de adução de

quadril e apoio unipodal no espaldar com uso de thera-band azul marinho;

Ao termino da sessão realizado tração cervical e pompagem lombar.

Na quarta e última fase do tratamento continuou-se utilizando as mesmas

técnicas por 4 sessões:

Para mobilidade de coluna vertebral, em quatro apoios (gato);

Para alongar musculatura posterior de tronco, a prece maometana;

Para Aumentar mobilidade para inclinação lateral de tronco, de joelhos no tatame,

flexionados a 90 graus; alternando a posição com membros inferiores flexionados e em

rotação externa, com pompagem sacral, alongando também iliopsoas e isquistibiais (o

número de repetições desse exercício foi de acordo com a musculatura, sendo que do

lado esquerdo estava em insuficiência ativa, e consequentemente, o lado direito

encontrava-se em insuficiência passiva);

Para aumentar força muscular, a ponte com apoio unipodal sobre a bola feijão,

realizando a flexão e extensão de joelho;

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50 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

Para aumentar força e controle muscular de abdominal e paravertebrais, de quatro

apoios;

Para aumentar a força muscular de rombóides, foram feitos exercícios no espaldar com

thera-band fazendo movimento de remada baixa;

Para aumentar força de musculatura dos glúteos foram feitos exercícios de adução de

quadril e apoio unipodal no espaldar com uso de thera-band;

Para aumentar força de abdômen paciente em decúbito dorsal no tatame, com quadril e

joelhos flexionados a 90o realizando a flexoextensão de um membro inferior

alternadamente;

Exercícios Funcionais que reproduzem as atividades de vida diária, como varrer, para

fortalecermusculatura de tronco e membros superiores;

Em pé, na lateral do espaldar, com flexão de ombros a 90 graus, segurando faixa

elástica de média resistência presa ao espaldar, realizar abdução de quadril, com o

tronco e braços estabilizados.

3- Resultados e Discussão

Os dados obtidos com a Ficha de avaliação funcional pré e pós intervenção

estão ilustrados no Quadro 1 de resultados.

1 - DADOS DE PRÉ E PÓS INTERVENÇÃO.

PRÉ PÓS DIFERENÇA

EVA 8 1 -7

FLEXÃO LATERAL DIREITA

(em grau)

27 35 +8

FLEXÃO LATERAL

ESQUERDA

(em grau)

40 40 0

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FLEXÃO ANTERIOR

(em grau) 90 102 +12

INDICE OSWESTRY

2.0 INCAPACIDADE

60%

Incapacidade

Intensa

10%

Incapacidade

Mínima

-50%

QUESTIONÁRIO

ROLAND-MORRIS

DE INCAPACIDADE

12 Pontos

Incapacidade

Física

01 Ponto

Sem

Incapacidade

11 Pontos

TESTE DE

LASÈGUE Negativo Negativo -

Outros resultados obtidos foram referentes à força muscular e alterações

posturais.

Na avaliação do teste de força muscular de Kendall, o paciente apresentou grau

5 nos principais grupos musculares dos Membros Inferiores e coluna, que se mantiveram

na reavaliação. Na AP inicial foram encontradas algumas alterações condizentes com o

diagnóstico de Escoliose como coluna cervical retificada; destro côncava, elevação do

ombro direito; espinha ilíaca ântero-superior (EIAS) com elevação à direita; hiperlordose

lombar, anteversão de quadril, paciente queixava-se de dor na região lombar. Após 17

seções de fisioterapia com ênfase na diminuição da dor lombar foi feita uma nova AP,

respeitando o método da avaliação inicial. Com essa reavaliação ficou evidente a

mudança de algumas das alterações posturais encontradas na avaliação inicial que

influenciavam o diagnostico e principalmente queixa principal como; coluna cervical

normal; EIAS simétrica; quadril neutro; curvatura lombar normalizada.

No presente estudo, a paciente relatou sentir dor intensidade oito na Escala

Visual Analógica (EVA) antes de iniciar o tratamento fisioterapêutico. Durante as

sessões de atendimento as dores relatadas foram diminuindo e ao final das 17 sessões,

a mesma relatou que sua dor era igual a um.

Foram realizadas liberações miofasciais no início dos atendimentos, o que

segundo o estudo de Franco e Oliveira (2017), o tratamento fisioterapêutico utilizando a

terapia miofascial tem efetividade no alívio da dor e mobilidade dos tecidos e órgãos

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próximos à região lombar, pois a mobilidade da fáscia é reduzida nos pacientes com dor

nesta região. Alves, Lima e Guimarães (2015), citam além de liberação miofascial, a

realização de massoterapia e pompagem com o mesmo intuito, de promover a

diminuição do quadro álgico do paciente e de suas limitações funcionais.

Alguns exercícios como: exercícios para mobilidade de coluna vertebral, em

quatro apoios alongando musculatura posterior de tronco, e para aumentar mobilidade

para inclinação lateral de tronco, foram baseados no método Pilates, realizados pelos

autores Turra (2015), Oliveira & Braz (2011), Moura e colaboradores (2014), mostraram

eficácia na melhora da dor lombar, flexibilidade de cadeia muscular posterior, bem como

na redução do grau de escoliose, aumentando força muscular, melhorando a postura,

controle motor e a consciência corporal, coincidindo com os resultados obtidos no

tratamento utilizado. Esses exercícios envolvem contrações isotônicas (concêntricas e

excêntricas) e principalmente isométricas, exigindo concentração, controle da

respiração, tendo abdômen como centro de força.

Nos estudos de Nascimento e colaboradores (2015), foram citados exercícios de

intervenção cinesioterapeuticas direcionados ao tratamento da coluna lombar com

treinamento de força, como na musculatura de glúteos e rombóides, combinados com

outras técnicas, como estabilização segmentar, mostrando-se eficazes no aumento do

grau de força e consequentemente na melhora da dor nesse local.

Segundo Silva (2014), Ferreira & Oliveira (2015), Arins e colaboradores (2016),

Pereira, Ferreira, Pereira (2010), a estabilização segmentar é um método usado para

recrutar a musculatura profunda do tronco por meio de contrações isométricas, ativando

as fibras tônicas gerando uma boa sustentação da posição ereta, atribui-se essa

melhora principalmente aos princípios do treinamento neuromuscular dos músculos

profundos da coluna lombar, aumentando a estabilidade vertebral, promovendo assim

mais estabilidade durante as atividades diárias.

O Pilates associados a Estabilização Segmentar trazem redução de dores

lombares, pois as técnicas envolvem em seus princípios a ênfase do fortalecimento do

músculo transverso do abdômen e demais musculatura estabilizadora da coluna lombar,

como multífidos. O termo que descreve o controle muscular necessário em torno da

coluna lombar para manter a estabilidade funcional é denominado "Core", foi descrito

como uma caixa com os músculos abdominais na parte frontal, paravertebrais e glúteos

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na posterior e o diafragma como o telhado, o piso é composto pela musculatura do

assoalho pélvico inferior. O treinamento desses músculos, cuja principal função é a de

promover estabilidade dinâmica, tem sido apontado como uma intervenção eficaz em

diminuir a dor e a incapacidade funcional em pacientes com dor lombar aguda e crônica.

(OLIVEIRA; BRAZ, 2011).

A escoliose gera desequilíbrios de força e comprimento musculares no tronco,

fazendo com que a musculatura do lado côncavo fique retraída e músculos mais

alongados no lado convexo da curvatura, caracterizando um problema de assimetria

muscular, sendo necessária uma intervenção fisioterapêutica que inclua a estabilização

e a simetria muscular como foco de tratamento. Em alguns estudos, houve melhora

postural no alinhamento de cabeça, ombros, escápulas, ângulo de Talles, tronco,

abdômen e pelve; e ainda melhora na flexibilidade e no fortalecimento dos músculos

flexores e extensores de tronco. (TURRA, 2015; MOURA, SILVA, TEIXEIRA,

YAMADA,LARA, 2014). Correspondendo com alguns dos presentes resultados obtidos,

como a melhora postural no alinhamento da cabeça, tronco, abdômen e pelve.

2 Conclusão

O presente artigo teve por finalidade demonstrar que a intervenção

fisioterapêutica realizada foi eficaz na reabilitação de patologias relacionada à coluna

lombar, por meio de exercícios que promovam o fortalecimento e o alongamento para

ganho de flexibilidade na musculatura estabilizadora da coluna, promovendo maior

suporte à coluna lombar e consequentemente maior estabilidade nesta região. Dessa

forma, o tratamento fisioterapêutico realizado nesse estudo obteve êxito, pois diminuiu o

quadro álgico do paciente e realinhou algumas estruturas que estavam comprometidas.

3 Referências

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56 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

O EFEITO DO MÉTODO PILATES APARELHOS NO GANHO DE FLEXIBILIDADE

DOS MÚSCULOS ISQUIOTIBIAIS

G.T. Luciele1

L.D. Natana2

Resumo

O Pilates é um método composto por exercícios físicos e alongamentos, sendo uma técnica de reeducação do movimento. Objetivo: Analisar se o Método é eficaz no ganho da ADM dos músculos isquiotibiais. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa aplicada, com abordagem do tipo qualitativa, sendo um estudo de caso, de amostragem não probabilística. Resultados: Observou-se que o Método Pilates Aparelhos ajuda no aumento da ADM dos músculos isquiotibiais. Conclusão: O Método pode levar a um ganho do alongamento dos músculos isquiotibiais, além de diminuir a lombalgia. Palavras-chave: Método pilates. Flexibilidade. Alongamento. Exercícios.

1. INTRODUÇÃO

O método Pilates é um conjunto único de exercícios de alongamento e

fortalecimento desenvolvido por Joseph Humbertus Pilates. Sendo um método que

fortifica e tonifica os músculos, aperfeiçoa a postura, dando flexibilidade e equilíbrio,

ligando o corpo e mente, resultando em um corpo mais desenhado (SANTOS e MEJIA

2016).

Os exercícios do método pilates são compreensíveis, onde não causam riscos à

saúde do praticante, contendo poucas contraindicações, no qual pacientes que são

impedidos de realizar outras atividades possuam a possibilidade de realizar o método

pilates (PILATES e MARTINS, 2013).

Em 1880 nasceu Joseph Humbertus Pilates na Alemanha. Joseph teve a

infância marcada pela vulnerabilidade da sua saúde, então para vencer suas fragilidades

físicas se dedicou à prática esportiva a fim de conseguir mais força muscular, e possuir

um corpo mais saudável, praticou ginástica, esqui, boxe e luta romana. Há mais de

setenta anos, foi criado o método Pilates pelo Joseph Humbert Pilates (QUADROS,

2008).

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57 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

O inicio do desenvolvimento do seu sistema de condicionamento corporal,

ocorreu enquanto estava vivendo na Inglaterra, no decorrer da Primeira Guerra Mundial,

onde foi julgado como estrangeiro inimigo em 1914, aprisionado no campo de

concentração de Lancaster. Onde atuou como enfermeiro, auxiliando na recuperação

dos feridos de guerra, e instruindo outros internos com seus exercícios criados. Usava

as molas das camas hospitalares para começar a tonificação dos músculos dos

pacientes, mesmo antes de conseguirem levantar, produzindo os aparelhos utilizados

até os dias de hoje. As experiências que obteve com os pacientes, se tornaram base do

seu método, onde foi aperfeiçoando até a sua morte em 1967 (PANELLI e MARCO,

2009; PILATES e MARTINS, 2013). Os exercícios que Joseph Pilates desenvolveu

envolvem contrações isotônicas (concêntricas e excêntricas) e, essencialmente,

isométricas, com destaque no que ele instituiu de “power house” ou centro de força,

sendo constituído pelos músculos abdominais, glúteos e paravertebrais lombares, que

são responsáveis pela estabilização estática e dinâmica do corpo, em ocasiões de

equilíbrio e proporcionam a manutenção da adequada postura (BARRA e ARAÚJO,

2007).

O Método Pilates é definido pela atividade física, na qual a resistência e o

alongamento são trabalhados. Os exercícios são realizados conforme a respiração,

possuindo os princípios básicos: Concentração, centralização, fluidez de movimento,

respiração, precisão e controle (SANTOS e MEJIA, 2016). O Método Pilates é uma

técnica ativa que pretende trabalhar força, alongamento, flexibilidade e equilíbrio

(PILATES e MARTINS, 2013).

Algumas vantagens que o Método Pilates apresenta são a estimulação da

circulação cardiovascular, o aperfeiçoamento do condicionamento físico, a flexibilidade,

a amplitude muscular e o alinhamento postural, beneficia os níveis de consciência

corporal, coordenação motora, bem estar e qualidade de vida, benefícios que auxiliam a

precaver lesões e possibilitam um alívio de dores crônicas, além de melhorar a saúde

(PILATES e MARTINS, 2013).

O método pilates é dividido em exercícios no solo e exercícios em aparelhos. Os

aparelhos são retratados da seguinte forma: O primeiro aparelho produzido por Pilates

possui o nome de Reformer, caracterizado por ter formato de cama, constituído por um

carrinho que desliza, contendo cinco molas, barra alta e barra baixa. O aparelho Cadillac

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58 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

apresenta duas barras de ferro que são fixas a um colchão, barra de trapézio, duas

barras que são móveis sendo uma horizontal e outra vertical, dois pares de alças de

tornozelo e coxa adaptável. O Barrel é um dos equipamentos que apresenta degraus

ordenados tal como um espaldar, contendo fixo a sua frente uma meia lua. O aparelho

Combo Chair contém pedais separados, podendo colocar um bastão fixo entre eles que

se converte em um pedal único, dois apoios laterais de ferro, dois pares de molas e

ganchos para molas (PIRES e SÁ, 2005).

Os músculos isquiotibiais são um grupo formado pelos músculos semitendinoso,

semimembranoso e bíceps da coxa. Esse grupo exerce grande relevância na ação da

inclinação ântero-posterior da pelve, influenciando de modo indireto a lordose lombar

(CARREGARO, et al. 2007).

2. MATERIAIS E MÉTODOS

O presente estudo foi realizado através da aplicação de um plano de tratamento

formulado com exercícios de pilates em aparelhos que foram aplicados em uma

participante que apresentou os requisitos básicos de participação na pesquisa, que são:

ser maior de idade, não realizar atividade física regular anterior ao início da coleta de

dados, não utilizar órtese/prótese nos membros inferiores, a forma de recrutamento foi

através de divulgação e procura espontânea dos interessados, sendo selecionado a

participante que cumpriu os requisitos básicos de inclusão.

O estudo trata-se de uma pesquisa aplicada, tendo como objetivo uma pesquisa

exploratória, através de um estudo de caso, de amostragem não probabilística

(OLIVEIRA, 2001; QUADROS, 2008). Para o alcance do objetivo proposto, adotou-se

uma abordagem qualitativa.

A coleta de dados foi realizada inicialmente com a avaliação da participante

através da anamnese e exame físico onde foi mensurada a goniometria das articulações

do quadril, utilizando um Goniômetro Mod. GON-PVC, também foram realizadas

fotografias na avaliação inicial e na reavaliação que foi realizada no termino do plano de

tratamento proposto, as fotografias foram realizadas na avaliação antes da realização de

qualquer forma de alongamento e ao termino do programa após realizar o último

atendimento, a fim de apresentar clareza e fidedignidade no resultado, tais fotografias

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59 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

foram realizadas no mesmo local, o horário das primeiras e das últimas fotos foram os

mesmos, assim como as vestimentas e enquadramento, a fim de comparar a evolução

da participante, a flexibilidade dos músculos isquiotibiais foi avaliada através do banco

de Wells no início e no final da aplicação do plano de tratamento.

Após a realização da avaliação e coleta dos dados pessoais do participante, teve

inicio um programa de tratamento, na clinica Postural Pilates e Fisioterapia, o plano de

tratamento está disponibilizado no protocolo do programa. Como se trata de um plano de

tratamento envolvendo exercícios que visam a modificação das fibras musculares, existe

o risco e a possibilidade da participante sentir desconforto ou até dores musculares, que

desapareceram espontaneamente no prazo máximo de 48 horas após a realização do

exercício de pilates.

A análise de dados foi obtida após reavaliação feita depois de 24 atendimentos,

com base no ganho de ADM dos músculos isquiotibiais foram elaborados gráficos e

tabelas comparativas.

A pesquisa foi realizada na Clinica Postural Pilates e Fisioterapia da cidade de

Coronel Vivida–PR, com duração de uma hora por sessão, sendo realizadas três

sessões por semana, possuindo vinte e quatro sessões. O programa de tratamento

objetivou exercícios que possuem como objetivo principal o alongamento dos músculos

isquiotibiais.

O presente estudo respeita todos os aspectos éticos e científicos apresentados

na resolução 466, de 12 de dezembro de 2012, sendo que a coleta de dados foi

realizada somente após a aprovação do Projeto de Pesquisa pelo Comitê de Ética em

Pesquisa, da autorização das Instituições privadas de saúde e assinatura dos Termos de

Consentimento Livre e Esclarecido em duas vias, sendo que uma via permanecerá com

o participante e a outra com os pesquisadores, assim como as assinaturas nos termos

de Compromisso para uso de dados em arquivos e Confidencialidade.

PROTOCOLO DO PROGRAMA

No inicio de toda sessão era executados exercícios no solo para preparar a

paciente.

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Exercícios no solo: Percebendo a respiração; Imprint e solte; Respiração com

expansão lateral em decúbito dorsal; Mermaid e Liberação miofascial com o rolo.

Exercícios no Aparelho Reformer: Tower; Front Splits; Tendon Stretch; Stomach

massagem; Arabesche e Elephant variação.

Exercícios no Aparelho Cadillac: Elevé; Monkey; Spine Stretch em pé; Spine

Stretch sentada e Ballet Stretch.

Exercícicios no Aparelho Chair: Hamstring Stretch; Hamstring Stretch variação,

Tower e Wunda chair.

Exercícios no Aparelho Barrel: Stretches Side; Sthetches Front; Tree; Hamstring

Stretch; Sthetches Front variação e alongamento da cadeia posterior.

Os exercicios eram praticados apenas uma (1) vez, com doze (12) repetições,

terminando em média a sessão com doze (12) exercicios executados.

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

No primeiro contato com a paciente a mesma foi devidamente informada sobre

os objetivos e todos os procedimentos a qual seria submetida e posteriormente assinou

o termo de consentimento livre e esclarecido.

A amostra foi constituída por uma (1) paciente, do sexo feminino, com 46 anos

de idade, escolhida aleatoriamente, que estivesse presente os requisitos básicos de

participação na pesquisa, que são: ser maior de idade, não realizar atividade física

regular anterior ao início da coleta de dados, não utilizar órtese/prótese nos membros

inferiores.

Para a avaliação fisioterapêutica da paciente antes das sessões de pilates foi

realizada uma avaliação onde a mesma relatou ser muito ansiosa e estressada, e

relatou que possuía algia na coluna lombar de grau 6 segundo a escala analógica de

dor.

Para a avaliação do alongamento dos músculos isquiotibiais foi utilizado o banco

de Wells, realizando três (3) tentativas como é o indicado, sendo anotado os três

resultados. Além disso, foi efetuado o uso do Goniômetro Mod. GON-PVC, nos

movimentos de amplitude articular com joelho fletido e movimentos de amplitude

articular com joelho estendido. Realizaram-se também fotografias.

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61 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

Depois de feito o programa das sessões de pilates, foi realizado outra avaliação.

A fim de analisar os dados obtidos, foi executado um comparativo das respostas

apresentadas pela paciente na avaliação, além da diminuição da ADM.

Com relação a lombalgia, a paciente apresentou grau 6 na avaliação inicial

diminuindo significativamente para grau 2 na segunda avaliação, sendo que, de acordo

com a escala analógica da dor, o grau inicial é referente a dor moderada, já a resposta

obtida na segunda avaliação corresponde a dor leve.

No gráfico 01 estão representados os dados obtidos através do banco de Wells.

Mostrando as três (3) tentativas conforme se deve executar a avaliação do banco de

Wells, na avaliação e reavaliação.

Gráfico 1. Comparação dos dados do banco de Wells obtidos na avaliação e na

reavaliação.

Fonte: Dados de Pesquisa

De acordo com o sexo e a idade da paciente possui um padrão onde se explica

se o alongamento dos músculos isquiotibiais estão excelente >38cm; Muito bom 34cm-

37cm, Bom 30cm-33cm, Razoável 25cm-29cm, Necessita melhorar >24cm.

Ao analisarmos o gráfico temos os seguintes resultados: a Paciente apresento

na avaliação 23cm, ou seja, necessitava melhorar, já na reavaliação apresentou 36cm,

ou seja, houve uma melhora de 13 cm, possuindo agora um alongamento razoável. Por

tanto, conclui se que a aplicação do pilates, no que refere ao alongamento dos músculos

isquiotibiais, apresenta-se de modo eficaz e benéfico a paciente participante deste

estudo.

No Gráfico 02 estão representados os dados obtidos através do Goniômetro

Mod. GON-PVC, onde mostra os valores de referência e valores obtidos na avaliação e

0

5

10

15

20

25

30

35

40

Avaliação Reavaliação

1 Tentativa

2 Tentativa

3 Tentativa

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na reavaliação, dos membros inferiores, tanto membro inferior direito (MID), como

membro inferior esquerdo (MIE).

Gráfico 2. Comparação dos dados do Goniômetro Mod. GON-PVC obtidos na

avaliação e na reavaliação.

Fonte: Dados de Pesquisa

Ao analisarmos o gráfico temos os seguintes resultados: a Paciente apresentou

na 1ª avaliação da Amplitude Articular com o joelho fletido tanto para MID como para

MIE: 120°, já na reavaliação apresentou 140° tanto para MID como para MIE,

demostrando assim um ganho de 20° de Amplitude Articular com o joelho fletido. Na 1ª

avaliação da Amplitude Articular com o joelho estendido para o MID apresentou 72° e

para MIE 90°, já na reavaliação o MID teve um ganho de 28°, apresentando 100° no

final, e na reavaliação de MIE ganhou-se 35°, apresentando 125° no final. Por tanto,

conclui se novamente que a aplicação do pilates, no que refere ao alongamento dos

músculos isquiotibiais, se manifesta de modo eficaz e benéfico a paciente participante

deste estudo.

0

20

40

60

80

100

120

140

160

AmplitudeArticular com ojoelho fletido

Avaliação

AmplitudeArticular com ojoelho fletidoReavaliação

AmplitudeArticular com o

joelho estendidoAvaliação

AmplitudeArticular com o

joelho estendidoRevaliação

Valor de Refêrencia

MID

MIE

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Fotografias comparativas.

1ª Avaliação fotografia sentada 2ª Avaliação fotografia sentada

Ao observar as fotografias pode-se perceber nitidamente o ganho da ADM que a

paciente obteve após realizar as 24 aulas de pilates. Nas fotografias, nota-se que suas

mãos agora ultrapassam os pés. Consequentemente, constata-se que a pratica do

pilates, no que refere ao alongamento dos músculos isquiotibiais, se demostra de forma

competente e positiva para a paciente participante deste estudo.

Segundo Souza e Mejia (2014) o Método Pilates é capaz de melhorar

consideravelmente a flexibilidade, influenciando de forma positiva a performance desde

indivíduos com patologias, atletas e pessoas normais, assim evitando lesões que são

capazes de se originar do encurtamento muscular, como Carregaro, et al (2007) destaca

no texto acima a flexibilidade alterada dos músculos isquiotibiais podem provocar

desvios posturais importantes e assim afetar a funcionalidade da articulação do quadril e

coluna lombar.

De acordo com Barra e Araújo (2007) a maior parte das pesquisas destaca que

o método pilates para flexibilidade, seja uma das formas mais ágil, efetiva e garantida

para se obter flexibilidade, pois como dito no texto acima por Pilates e Martins (2013) o

pilates apresenta benefícios como a estimulação da circulação cardiovascular, o

aperfeiçoamento do condicionamento físico, a flexibilidade, a amplitude muscular e o

alinhamento postural, beneficia os níveis de consciência corporal, coordenação motora,

bem estar e qualidade de vida, benefícios que auxiliam a precaver lesões e possibilitam

um alívio de dores crônicas, além de melhorar a saúde.

Conforme Lima (2006) a lombalgia se caracteriza por uma algia na região

lombar, podendo ser aguda, ou seja, que resulta de alguma injúria tecidual, ou crônica,

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64 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

quando a função de alerta do organismo está prejudicada frente a uma lesão presente a

mais de 03 (três) meses. Em seu estudo o Método Pilates para pacientes com lombalgia,

apresentou-se favorável na redução das dores, evoluindo na melhora da qualidade das

atividades de vida diária. No atual estudo nota-se uma melhora da lombalgia da

paciente, pois na avaliação apresentou algia de grau 6, já na reavaliação apontou grau

2, segundo a Escala Analógica da Dor.

No artigo de Barra e Araújo (2007) na avaliação com o banco de wells a média

da flexibilidade dos pacientes era de 22,41 cm, já na reavaliação a média foi 34,15 cm,

ou seja, o ganho obtido foi de 11,74 cm, sendo que os pacientes apresentaram também

uma melhora aparente na postura corporal, concluindo no seu artigo que o Método

Pilates promove um ganho significativo da flexibilidade, já no presente estudo a paciente

obteve uma melhora de 13 cm na avaliação com o banco de wells, concluindo que o

método se apresenta de forma efetiva.

Segundo o estudo de Miranda e Morais (2009) a goniometria relacionada à

melhora da flexibilidade dos músculos posteriores da coxa manifestou-se significativo,

pois após a realização do tratamento os pacientes obtiveram melhoras, um individuo

ganhou 15º, e o outro 20º no movimento de amplitude articular com o joelho estendido,

já no presente estudo a paciente apresentou um ganho de 35º, ou seja, o Método Pilates

se mostra eficiente.

Com o presente estudo, pode-se demostrar e afirmar, então, que de fato o

Pilates Aparelhos pode trazer um ganho na ADM dos músculos isquiotibiais.

Como sugestão para futuros trabalhos recomenda-se mais pesquisas a cerca do

assunto pra levantamento de maiores dados com uma duração maior das aulas de

Pilates Aparelhos para o ganho da ADM.

4. CONCLUSÃO

O presente estudo abrangeu como objetivo principal analisar se o método pilates

é eficaz no ganho da amplitude de movimento dos músculos isquiotibiais. E com isso, foi

possível mostrar que o pilates pode levar a um ganho da ADM dos músculos

isquiotibiais, além de diminuir a lombalgia que a paciente apresentava. O ganho da ADM

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dos músculos isquiotibiais mostrou-se bastante significativo. Sendo assim uma

alternativa eficaz para o tratamento fisioterapêutico deste tipo de paciente. Por fim, nota-

se a necessidade de mais pesquisas acerca do assunto.

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67 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

PÔSTER DIALOGADO

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68 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

FISIOTERAPIA APLICADA A PREVENÇÃO E SAÚDE PÚBLICA

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69 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

PERCEPÇÃO DE ACADÊMICOS DE FISIOTERAPIA NA PROMOÇÃO DA SAÚDE DE

CRIANÇAS INSTITUCIONALIZADAS

André Bottezini1

Daiane Busanello1

Letícia Ávila1

Luis Felipe Corso1

Clarice Maria Peripoli2

Daniele Olea Vanz2

1 Acadêmicos do curso de graduação de Fisioterapia, Departamento de Ciências da Saúde, Universidade Regional

Integrada do Alto Uruguai e das Missões, campus de Frederico Westphalen – RS. 2

Docentes do curso graduação de Fisioterapia, Departamento de Ciências da Saúde, Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, campus de Frederico Westphalen – RS. Grupo de Pesquisa de Fisioterapia – GPFisio. Endereço: Rua Assis Brasil, 709, Bairro Itapagé, Frederico Westphalen, 98400-000 E-mail: [email protected]

Conforme o artigo 7º e 19º da Lei Nº 8.069, de 13 de julho de 1990, toda criança e

adolescente tem o direito a proteção à vida e à saúde, bem como ser criado no seio da

sua família ou família substituta, promovendo desenvolvimento favorável em condições

dignas. De acordo com o Cadastro Nacional de Crianças e Adolescente Acolhidos

(CNCA) encontram-se no Brasil, aproximadamente, 46 mil crianças e adolescentes em

abrigos. A idade precoce e o tempo de institucionalização influenciam no atraso do

desenvolvimento motor, bem como, prejuízos tanto na sociabilidade, quanto nos

vínculos afetivos da vida adulta. Dessa maneira a atuação fisioterapêutica é primordial

para a execução de intervenções motoras em abrigos, a fim de promover um melhor

desenvolvimento motor deste público. O objetivo deste trabalho é relatar a percepção

dos acadêmicos da Fisioterapia, vinculados ao projeto de extensão Assistência

Fisioterapêutica às Crianças Institucionalizadas no Lar de Acolhimento São Francisco de

Frederico Westphalen – RS, sobre a promoção da saúde de crianças institucionalizadas.

Este trabalho é de caráter qualitativo e avalia a percepção de 7 acadêmicos sobre a

atuação do fisioterapeuta na promoção da saúde de crianças institucionalizadas no

período de agosto de 2017 a julho de 2018, no que tange, satisfação com a futura ação

profissional, relação teórico pratica e a sua futura inserção na atenção básica. Os

resultados desse trabalho consistem na desmitificação do profissional fisioterapêutica

como apenas reabilitador; a importância do conhecimento teórico como requisito básico

para ação pratica, porém esta requer do futuro profissional, criatividade e coerência com

o público e com a estrutura disponível durante as intervenções. O terceiro eixo analisado

teve como feedback o interesse e o otimismo dos acadêmicos como futuros profissionais

da atenção primária. Diante disso é imprescindível a inserção de acadêmicos de

Fisioterapia em ambientes de prática com a comunidade, neste caso em grupos

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70 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

específicos, com intuito de formar profissionais aptos, não só para reabilitação, como

também para a promoção da saúde. Palavras chaves: Percepção social. Criança

institucionalizada. Estudantes.

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71 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

ALTERAÇÕES POSTURAIS EM ADOLESCENTES INSTITUCIONALIZADOS EM UM

LAR DE ACOLHIMENTO DO RIO GRANDE DO SUL

Eduarda Maria Tiburski Géssica Wegner Bortoli¹

Luis Felipe Corso¹ Taina Zemiani¹

Clarice Maria Peripolli² Daniele Olea Vanz²

1

Acadêmicos do curso de graduação de Fisioterapia, Departamento de Ciências da Saúde, Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, campus de Frederico Westphalen – RS. 2

Docentes do curso graduação de Fisioterapia, Departamento de Ciências da Saúde, Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, campus de Frederico Westphalen – RS. Grupo de Pesquisa de Fisioterapia – GPFisio. Endereço: Rua Assis Brasil, 709, Bairro Itapagé, Frederico Westphalen, 98400-000 E-mail: [email protected]

A infância e a adolescência são períodos importantes para o desenvolvimento musculoesquelético. Hábitos inadequados e sedentarismo, resultam em aquisição de posturas incorretas, fraquezas musculares e frouxidão ligamentar que sobrecarregam a coluna, geram dores e incapacidades. Disfunções posturais são, geralmente, originadas na infância. Em idade escolar, os fatores que influenciam estas disfunções são a permanência em posturas incorretas por longos períodos, assentos inapropriados e transporte inadequado do material escolar. Em adolescentes institucionalizados, o surgimento destas alterações correlaciona-se com a vulnerabilidade social e escassez de estímulos que influenciam o desenvolvimento. A identificação precoce das alterações na infância e adolescência é imprescindível, pois estas são importantes etapas de crescimento e desenvolvimento. Para reconhecer alterações, a avaliação postural subjetiva baseia-se na inspeção visual dos segmentos corpóreos para constatar se há existência de desvios posturais. O objetivo deste trabalho foi identificar as alterações posturais das crianças institucionalizadas em um lar de acolhimento de Frederico Westphalen, RS. O estudo contemplou sete adolescentes, cinco meninas e dois meninos, com faixa etária entre 13 a 15 anos, residentes em uma instituição de acolhimento. Os adolescentes foram submetidos a avaliação postural, pelos acadêmicos do Curso de Fisioterapia que avaliaram itens relacionados ao equilíbrio postural, posicionamento da cabeça, cintura escapular, membros superiores, tronco, membros inferiores, nas vistas anterior, posterior e lateral. Na vista anterior, as alterações encontradas foram a inclinação da cabeça (1), depressão clavicular (1), rotação lateral do membro superior (1), ângulo de Talho aumentado (3), elevação da espinha ilíaca ântero-superior (2), valgo de joelhos (3), alterações da patela (2) e arcos plantares (5). Na vista lateral, constataram-se a anteriorização da cabeça (6), retificação da coluna cervical (1), protrusão e/ou retração de cintura escapular (4) e anteversão de quadril (1). Na vista posterior, a elevação dos ombros (3), alterações escapulares (6), aumento do ângulo de Talho (3), elevação da espinha ilíaca póstero-superior (2) e variações em tornozelo (3) e calcâneos (7). Constatou-se que os adolescentes avaliados apresentaram alterações posturais significativas nos segmentos. Dessa forma, a

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72 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

identificação precoce de alterações posturais durante a adolescência é de suma importância, pois com a detecção precoce, há possibilidade de ações voltadas para a reeducação da postura, reduzindo complicações futuras. Palavras-chave: Postura. Adolescente. Institucionalização.

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73 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

ATUAÇÃO DE ACADÊMICOS DE FISIOTERAPIA NA PROMOÇÃO DE SAÚDE

DE CRIANÇAS INSTITUCIONALIZADAS: RELATO DE INTERVENÇÃO

André Bottezini¹ Daiane Busanello¹

Gessica Wegner Bortoli¹ Letícia Ávila¹

Clarice Maria Peripolli² Daniele Olea Vanz²

1

Acadêmicos do curso de graduação de Fisioterapia, Departamento de Ciências da Saúde, Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, campus de Frederico Westphalen – RS. 2

Docentes do curso graduação de Fisioterapia, Departamento de Ciências da Saúde, Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, campus de Frederico Westphalen – RS. Grupo de Pesquisa de Fisioterapia – GPFisio. Endereço: Rua Assis Brasil, 709, Bairro Itapagé, Frederico Westphalen, 98400-000 E-mail: [email protected]

Conforme os artigos 7º e 19º do ECA (1990), é direito de toda criança e adolescente o cuidado e proteção à vida e à saúde, através de medidas efetivas objetivando proporcionar o nascimento e desenvolvimento em condições favoráveis, assegurando primordialmente a criação e educação em seio familiar e, em casos excepcionais, o acolhimento em outro grupo familiar ou instituição, certificando o desenvolvimento global. Dados do Conselho Nacional do Ministério Público apontam que existem no Brasil aproximadamente 46 mil crianças e adolescentes institucionalizados. Tal situação define que, normalmente, esses indivíduos apresentam déficits no desenvolvimento motor que podem ser resultantes da ausência de estímulos e influência do ambiente, limitando maior interação com o meio. Dessa forma, a inserção do profissional Fisioterapeuta em tais ambientes é necessária para por em prática ações que contribuam para que as fases do desenvolvimento motor ocorram de maneira satisfatória. Objetiva-se com este trabalho relatar uma intervenção realizada por acadêmicos de Fisioterapia em um Lar de Acolhimento a crianças de Frederico Westphalen, RS. A intervenção ocorreu no mês de abril, com duração de uma hora, contemplando 15 crianças e adolescentes, com idades entre 7 a 15 anos. Inicialmente, a intervenção consistiu em alongamentos da musculatura da coluna cervical, tronco, membros superiores e inferiores, com duração de 30 segundos para cada alongamento. Após, ocorreu a execução de um circuito de equilíbrio com uso de cones, bambolês e escada de chão. Para o trabalho de coordenação motora foram utilizados bolas e encaixe, além de treino de agilidade através de atividade lúdica, utilizando bambolês e bolas de isopor. Por fim, realizou-se dinâmica em grupo promovendo a interação, com enfoque em dupla tarefa, ou seja, atividades que associam treino cognitivo e motor. A partir da intervenção proposta pode-se observar que a adesão das atividades pelo grupo foi satisfatória, promovendo maior interação e socialização dos indivíduos. Mostrou-se desafiador para o público realizar atividades de dupla tarefa, reforçando o que a literatura diz sobre os déficits de desenvolvimento motor. Portanto, faz-se necessário potencializar o desenvolvimento motor e, consequentemente, minimizar futuros comprometimentos. Sendo que atividades que envolvem competição e desafio geram

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maior interação e adesão dos indivíduos à proposta. Dessa forma, a inserção do profissional Fisioterapeuta na Atenção Básica torna-se imprescindível a fim de cumprir as premissas da Política Nacional de Promoção da Saúde, documento norteador da Atenção Primária. Palavras chaves: Fisioterapia. Criança. Institucionalização.

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75 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

O USO MICROAGULHAMENTO PARA REJUVENSCIMENTO FACIAL

A. M. Dalponte 1

S. B Copetti 2

1- Acadêmica do 10 º período de Fisioterapia da Faculdade de Pato Branco- FADEP

[email protected] 2- Prof. MS do curso de Fisioterapia da Faculdade de Pato Branco- FADEP

[email protected]

Introdução: O envelhecimento é um processo inerente aos seres humanos, e, com o

aumento da expectativa de vida, cresce também a procura por tratamentos que visam

retardar os danos causados pelo envelhecimento. O envelhecimento facial tem um

mecanismo fisiológico próprio em que afeta visivelmente a pele, causando alterações

funcionais para a imagem e expressão facial. A proposta do microagulhamento é de um

tratamento abalativo objetivando o estimulo e a remodelagem do colágeno, a remoção

da epiderme ira ocorrer de forma mecânica ou química contribuindo para a liberação de

citocinas e a migração de células inflamatórias que culminam na modificação de um

tecido danificado por um tecido cicatrizado, potencializando a produção de colágeno.

Objetivo: Analisar os efeitos causados pelo tratamento com microagulhamento para

rejuvenescimento facial. Método: trata-se de uma pesquisa aplicada com uma

abordagem do tipo qualitativa, sendo o objetivo principal uma pesquisa exploratória

através de um estudo de caso, a avaliação será feita a partir de fotografias retiradas com

câmera digital de uso profissional. Resultados: A paciente em que foi realizado o

tratamento de microagulhamento apresentava rugas, flacidez e manchas vermelhas na

pele. Durante a avaliação das fotografias digitais pode se observar um comparativo entre

antes do tratamento e após em que houve um bom resultado, se visualiza uma pele

menos flácida, sem manchas e com diminuição das linhas de expressão. A paciente

relata um grau de satisfação 100 % é que se necessário se submeteria a novas

aplicações. Conclusões: Concluiu-se que a técnica de microagulhamento é uma

excelente opção de tratamento para melhora global da textura da pele, atenuação de

linhas de expressão e estimulação de colágeno. Pode-se dizer que a técnica tem baixo

custo e uma fácil aplicação, se comparando aos procedimentos já existentes no

mercado. A paciente não teve nenhuma complicação e houve uma grande satisfação

pessoal com o resultado obtido no estudo.

Palavras-chave: Microagulhamento, Colágeno, Fisioterapia Dermato-Funcional.

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76 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

OUTUBRO ROSA E NOVEMBRO AZUL: AÇÃO DA EQUIPE DISCENTE INTERDISCIPLINAR

JUSTEN, Danielly3; LIPPERT, Monique Rodrigues1; PEROZA, Joana Candaten1; PIOVESAN NETO, Cirilo1; SCHMIDT, Micheli1; STURZBECHER, Carolina Oliveira1; VANZ, Daniele Olea4 Promoção da saúde é uma das áreas de atuação do fisioterapeuta, em vista disto, os acadêmicos do IV e VI semestres do curso de fisioterapia, organizaram um projeto de extensão voltado para a conscientização e prevenção do câncer de mama, colo de útero e próstata, em prol do Outubro Rosa e Novembro Azul. A mobilização ocorreu no dia 16 de outubro de 2017, no estacionamento coberto da Cooperativa Tritícola de Frederico Westphalen (COTRIFRED) e da Cooperativa de Crédito Rural-FW (CRESOL), das 08:00 às 12:00 horas. O público alvo foi composto por mulheres e homens de todas as faixas etárias, predominantemente agricultores de meia idade. Os colaboradores do devido projeto foram a COTRIFRED, CRESOL, Sindicato dos Trabalhadores Rurais e Farmoquímica (FQM). A ação foi organizada por docentes, discentes e bolsistas da URI. A divulgação foi efetivada através das mídias sociais da universidade e COTRIFRED, rádios locais, jornais impressos. O projeto foi aberto para todos os cursos da universidade, visando à atuação da equipe interdisciplinar, dentre eles participaram 13 Cursos de Graduação: Ciências Biológicas orientou sobre a coleta seletiva do lixo, cultivo de chás, legumes e verduras; Direito juntamente com Psicologia abordaram sobre conflitos familiares e violência doméstica; Tecnologia em Agropecuária enfatizou o empreendedorismo rural feminino com a distribuição de cartilhas; Educação Física e Fisioterapia que abordaram exercícios em grupo (ginástica laboral); Enfermagem que sensibilizou sobre o exame preventivo de câncer do colo de útero e de próstata, autoexame de mama; Nutrição avaliou o índice de massa corporal; Farmácia que alertou sobre a automedicação e mensurou o índice glicêmico; Fisioterapia demonstrou as técnicas abordadas durante as aulas de Recursos Terapêuticos Manuais (RTM), incentivou a realização dos exames de rotina, aferiu a pressão arterial e distribuiu amostras de protetores solares. O projeto atingiu um número significativo de indivíduos, os quais se conscientizaram sobre a importância da prevenção, dos cuidados pessoais e do diagnóstico precoce de doenças, alcançando o objetivo principal. Palavras-chave: Conscientização. Prevenção. Promoção da Saúde.

3 Discente do Curso de Fisioterapia da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões.

4 Docente Mestra do Curso de Fisioterapia da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das

Missões. Email: [email protected]

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77 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

DESAFIOS DA ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NO NÚCLEO DE APOIO À SAÚDE

DA FAMÍLIA

Juliana de Cezaro Piovesan¹, Camila da Rosa¹, Gabriela Conterno Rodrigues¹, Maria

Eduarda Lazzarotto¹, Daniele O. Vanz², Marines Aires³

Introdução: A Atenção Básica (AB) é um conjunto de ações de saúde que envolve promoção, prevenção, proteção e reabilitação, através de ações individuais, familiares e coletivas, desenvolvidas por equipe multiprofissional (BRASIL, 2017). A inserção da Fisioterapia na AB se consolidou por meio da criação das equipes de Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), nas quais, o trabalho multiprofissional e a formação generalista do fisioterapeuta o tornaram apto a atuar no atendimento às diversas áreas e níveis de atenção à saúde (BUCH; FREITAS, 2014). Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura realizada por meio de levantamento na base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde, através dos descritores: “atenção básica”; “fisioterapia”; “núcleo de apoio à saúde da família”. Como critérios de inclusão: estudos que contemplassem a temática, disponíveis online, na íntegra, nos últimos oito anos; de exclusão: artigos repetidos na base de dados. Resultados: Foram encontradas 09 publicações, sendo que 05 destas foram descartadas por não contemplarem os critérios propostos pela temática. Os principais pontos que dificultam a atuação do fisioterapeuta no NASF estão na dificuldade de identificar os grupos de risco pelos levantamentos epidemiológicos e na formação clínica, a qual necessita de tecnologia para trabalhar, impedindo o desenvolvimento e flexibilidade dos profissionais (Belettini et al., 2013). As práticas na AB ainda se dão de forma fragmentada e desarticulada com a equipe, devendo haver maior integração, viabilizando um olhar e uma prática integral da saúde (Souza et al., 2015); o exercício da autonomia profissional deve ser o eixo direcionador da prática por meio de intervenções criativas, considerando as opções tecnológicas disponíveis e a necessidade da comunidade de pertencimento, criando vínculos com a coletividade (Souza et al., 2013). Todavia, a perspectiva de ampliação dos serviços é promissora, haja vista que, com ações na prevenção, promoção e reabilitação nos âmbitos individuais e coletivos, a Fisioterapia vem adquirindo crescente importância no âmbito da AB (SOUZA; SANTOS, 2017). Conclusão: A forma com que o profissional presta assistência no NASF ainda está em processo de construção, sendo que para haver maiores transformações, é necessário que haja, ainda na graduação, vivências que proporcionem a inserção do acadêmico nas práticas em ações de saúde na AB. Palavras-chaves: Fisioterapia, Atenção Básica, Núcleo de Apoio à Saúde da Família _______________________________________________________________ ¹Discente do VIII semestre do curso de Fisioterapia, Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, Campus de Frederico Westphalen ²Fisioterapeuta, Professora Mestre do curso de Fisioterapia da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, Campus de Frederico Westphalen ³Enfermeira, Professora Doutora do Departamento de Ciências da Saúde da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, Campus de Frederico Westphalen End,: Av. Assis Brasil, nº 709, Prédio 10C, 4° andar. Bairro Itapagé, CEP: 98400-000. Frederico Westphalen/RS. E-mail: [email protected]

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78 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

ANÁLISE DAS CONDIÇÕES OSTEOMUSCULARES RELACIONADAS AO USO DE

SMARTPHONES

W.T.P.Avila¹ L.F.Meira ²

1 – Acadêmica do curso de Fisioterapia da Faculdade de Pato Branco – FADEP – Endereço: Travessa José Guindani nº 80, Menino Deus, Pato Branco - PR - e-mail: [email protected] 2 – Docente dos cursos de medicina e fisioterapia da Faculdade de Pato Branco – FADEP

RESUMO

Introdução: Com a popularização dos smartphones as queixas de dor e desconfortos no

corpo tem aumentado. As posturas e movimentos relacionados ao uso desses podem

causar distúrbios osteomusculares e aumentar a predisposição a quadros patológicos.

Objetivo: investigar as condições osteomusculares relacionadas à utilização de

smartphones. Materiais e Métodos: o presente estudo foi realizado na Instituição de

Ensino Superior da Faculdade de Pato Branco – FADEP, na cidade de Pato Branco, PR

com os acadêmicos e professores da IES. Trata-se de uma pesquisa aplicada, com

abordagem do tipo qualitativa e quantitativa transversal realizada através de questionário

contendo perguntas sobre dados pessoais, o tempo de uso diário do dispositivo, local

anatômico mais acometido pelo desconforto/dor, posicionamento corporal ao utilizar o

dispositivo, peso do aparelho, tempo de uso do aparelho entre outros. Resultados:

Participaram do estudo 168 indivíduos, com média de idade de 21 anos. As principais

queixas de dor e desconforto relatadas foram: na região cervical (19%), pescoço (18%) e

na mão direita (12%). Dentre os participantes 34,9% utilizam na posição em pé o

smartphone com a cervical inclinada em 15°, para a posição sentada 84,3% utilizam o

mesmo com a cervical em flexão excessiva, e para a posição deitado com 59,4%, foi a

postura em decúbito lateral, com leve flexão de tronco e pescoço. Conclusões: Pode-se

observar que há uma relação entre a posição corporal utilizada pelos participantes com

as principais queixas relatadas e o longo período de tempo utilizado. Sendo que as

principais queixas em região cervical, pescoço e em mãos justificam-se pela sobrecarga

observada nas posturas e movimentos predominantes relatados pelos indivíduos.

Palavras chaves: smartphone, queixas osteomusculares, condições de utilização

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79 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

FISIOTERAPIA APLICADA AO SISTEMA LOCOMOTOR

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80 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

EFEITOS DA BALNEOTERAPIA EM INDIVÍDUOS COM OSTEOARTRITE: UMA REVISÃO SISTEMATIZADA

1 GALVÃO, Ana Caroline; 2 RUBIN, Nadyne.

1. Discente do curso de Fisioterapia na Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões- Câmpus de Frederico Westphalen- RS. 2. Fisioterapeuta, Doscente mestre do curso de Fisioterapia na Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões- Câmpus de Frederico Westphalen- RS. Endereço para correspondência: Rua Assis Brasil, 709 – Itapajé, Prédio 10C, 4º andar. Frederico Westphalen - RS, 98400-000 E-mail: [email protected] A osteoartrite (OA) é a doença reumatológica mais prevalente, correspondendo a 30-40%, caracterizada pela deterioração progressiva da cartilagem articular, que leva a deformidades, algias e incapacidade funcional. A fisioterapia proporciona redução da dor, melhora na qualidade de vida e funcionalidade nesses casos, sendo a primeira linha de tratamento. O “Termalismo Social” expresso na Política Nacional de Práticas Integrativas e complementares, também denominado balneoterapia, é uma terapêutica em que fisioterapeutas exercem suas técnicas em balneários. Objetiva-se fornecer evidências a cerca dos efeitos da balneoterapia em indivíduos com OA. Foi efetuada coleta de dados nas bases Pubmed, Medline, Lilacs SciELO, PEDRo e Colaboração Cochrane com as palavras-chaves Balneology, Hydrotherapy e Osteoarthritis. Foram encontrados 20 artigos, sendo utilizados 6 a partir dos critérios de inclusão: língua inglesa, portuguesa e espanhola e estudos entre 2014-2018, sendo excluídos estudos que não abordavam a OA na balneoterapia. O fisioterapeuta atua em espaços balneários envolvendo ações e estratégicas nos três níveis de atenção à saúde, sendo esta uma prática integrativa e complementar, a qual, em casos de reabilitação de indivíduos com OA, apresenta resultados como a redução do quadro álgico, melhora na funcionalidade e qualidade de vida. A balneoterapia é uma área de terapia inovadora onde há comprovação científica de melhora da qualidade de vida e funcionalidade de indivíduos com OA, além de ser um âmbito onde fisioterapeutas podem atuar dentro de ações de promoção, prevenção e reabilitação, tendo em vista que existem instituições balneárias no Brasil. Ainda, salienta-se a necessidade de novos estudos nessa área devido à escassez do mesmo. Palavras-chave: Balneologia. Osteoartrite. Hidroterapia.

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81 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO PARA DOR LOMBAR INESPECÍFICA: RELATO

DE CASO

André Bottezini¹ Luis Felipe Corso¹

Rosangela de Souza¹ Clarice Maria Peripolli²

Nadyne Rubin2 1

Acadêmicos do curso de graduação de Fisioterapia, Departamento de Ciências da Saúde, Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, campus de Frederico Westphalen – RS. 2

Docentes do curso graduação de Fisioterapia, Departamento de Ciências da Saúde, Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, campus de Frederico Westphalen – RS. Endereço: Rua Assis Brasil, 709, Bairro Itapagé, Frederico Westphalen, 98400-000

E-mail: [email protected]

A dor lombar (DL) é definida como uma alteração patológica da biomecânica da coluna lombar que leva a sintomas dolorosos moderados ou intensos nessa região e relaciona- se com fadiga e rigidez muscular no terço inferior da coluna vertebral. Pode ser gerada por trauma mecânico, alteração postural ou tensões geradas por músculos e ligamentos sobre a coluna. A DL pode ser classificada de acordo com sua etiologia como específica ou inespecífica. O objetivo deste estudo é relatar os efeitos de um programa fisioterapêutico em um caso de DL inespecífica. Trata-se de um paciente de 51 anos de idade, do gênero feminino, com diagnóstico de DL, realizou 17 sessões de fisioterapia, duas vezes por semana com duração de 60 minutos. Foram avaliados força muscular e grau de amplitude de movimento de tronco, mobilidade da coluna vertebral através do Quick Scanning, dor através da Escala Visual Analógica (EVA) e o nível de incapacidade através do Questionário de Roland-Morris. Segundo a escala de Oxford, obteve força muscular grau quatro de rotadores de tronco e força muscular grau três de extensores de tronco. Na goniometria da coluna obteve 90° de flexão de tronco, 26° de extensão, 26° de inclinação lateral direira, e 20° de flexão lateral esquerda. Ao executar o Teste de Flexão Anterior a paciente apresentou 6 cm de distância dedo-chão. Apresentou hipomobilidade de coluna torácica e cervical ao teste de mobilidade da coluna – Quick Scanning. Relatou dor (2) segundo a EVA e incapacidade mínima no questionário de Roland-Morris. Durante o tratamento foram realizados alongamentos, exercícios de fortalecimento muscular e recursos terapêuticos manuais. A força muscular dos músculos rotadores de troco pós intervenção foi reavaliada para grau cinco (5) e a força dos músculos extensores da coluna passou para grau (4). Na reavaliação da goniometria obteve 98º de flexão de tronco, 30° de extensão, 38° de inclinação lateral direita, e 34° de flexão lateral esquerda. A distância dedo chão foi reavaliada em 1 cm. No teste de mobilidade de coluna torácica e cervical demonstrou menor área de hipomobilidade quando comparado com a avaliação inicial. Não relatou sentir dores lombares através da EVA. Na reavaliação do questionário Roland-Morris não pontuou. O papel da fisioterapia é fundamental na reabilitação de disfunções musculo-esqueléticas, aprimorando os indivíduos nas habilidades funcionais, bem como, propiciando o retorno ao trabalho e as atividades rotineiras. Palavras Chaves: Manipulações Musculoesqueléticas. Dor Lombar. Fisioterapia.

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82 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

EFEITOS DA INTERVENÇÃO FISIOTERÁPICA NO PÓS OPERATÓRIO DE FRATURA DE EPÍFISE TÍBIAL: RELATO DE CASO

PACHECO, Jessica Candaten¹, PERIPOLLI, Clarice Maria², QUEIROZ, Keli Renata ROSA, Camila da¹, ¹, RUBIN, Nadyne², 1. Discentes da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões-URI, Departamento de Ciências da Saúde, Frederico Westphalen RS, Brasil. 2. Docentes da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões-URI, Departamento de Ciências da Saúde, Frederico Westphalen RS, Brasil. Endereço para correspondência: Rua Assis Brasil, 709 - Itapajé Frederico Westphalen - RS, 98400-000 E-mail: [email protected] As fraturas de tíbia distal são comumente encontradas em adultos, decorrentes de traumas. Por se tratar de uma superfície que envolve a articulação do tornozelo necessita de um correto reposicionamento, assim, na maioria das vezes a redução é feita cirurgicamente. Tal fato leva à dor, limitação nos movimentos, redução da força muscular e alterações na deambulação, comprometendo a independência funcional. Diante disto, uma abordagem fisioterápica é indispensável para minimizar esses danos. Portanto, o objetivo deste estudo foi verificar os efeitos de um programa de fisioterapia motora em um paciente com fratura traumática de tíbia distal esquerda. O programa de intervenção consistiu em 18 atendimentos, incluindo avaliação e reavaliação. Para a avaliação foi realizada anmnese, exame físico, a força muscular foi avaliada através da escala de Oxford, para mensuração da amplitude do movimento (ADM) foi utilizado o goniômetro, também foi realizada perimetria dos membros inferiores, avaliação postural e avaliação do padrão da marcha. A frequência das intervenções foi de duas vezes na semana com duração de 60 minutos cada. O programa de intervenção aplicado baseou-se na literatura vigente, atendendo as necessidades do indivíduo, onde foi realizado alongamentos e mobilizações da articulação do tornozelo para melhorar a mobilidade, cinesioterapia para ganho de força muscular e ADM, treino de marcha e massagem cicatricial. A partir da reavaliação, foi evidenciado a eficácia da fisioterapia na força muscular onde atingiu-se grau 5 de dorsiflexores e plantiflexores, sendo que na avaliação os mesmos apresentavam grau 4, ADM de tornozelo esquerdo houve aumento de 18° na dorsiflexão e de 20° de plantiflexão, além de normalizar o padrão da marcha que apresentava-se claudicante inicialmente, proporcionando independência funcional e melhora na qualidade de vida do paciente. Baseado no exposto, os resultados demostram que o tratamento foi eficiente e favorável para o paciente. Desta maneira, proporcionando independência funcional e melhora na qualidade de vida. Tal fato comprova a importância de uma abordagem fisioterapêutica no pós operatório de fratura de epífise distal de tíbia. Palavras-chave: Fisioterapia. Fraturas da Tíbia. Fraturas do tornozelo.

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83 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

INCIDÊNCIA DE LESÕES EM UM TIME DE FUTEBOL AMADOR DA CIDADE DE CORONEL VIVIDA – PR.

Leticia Lunardi Lasta1

Vanessa Tumelero2

1- Acadêmica do curso de Graduação em Fisioterapia da Faculdade de Pato Branco –

FADEP. E-mail: [email protected]

2- Docente do curso de Graduação em Fisioterapia da Faculdade de Pato Branco –

FADEP. E-mail: [email protected]

Introdução: O futebol é o esporte mais praticado no mundo, com aproximadamente 400 milhões de adeptos e integrantes de todas as faixas etárias. O excesso de jogos requer muito da aptidão física dos jogadores e qualidades como: resistência, velocidade, agilidade e força são requisitos básicos para essa modalidade. As lesões esportivas podem ser descritas como uma síndrome dolorosa que atua impedindo-os de realizar suas atividades, danificando seu desempenho nas mais diversas tarefas. Objetivo: Analisar o principal mecanismo de lesões, localização anatômica e a patologia da lesão que atingem os atletas do Campeonato Municipal de Futebol Amador da Cidade de Coronel Vivida – Pr. Materiais e métodos: A amostra contou com 20 atletas com idade de 15 a 39 anos, que responderam um protocolo de anamnese referente á aptidão para atividade física de PAR-Q “Physical Activity Readness Questionnaire”. Contando que 17 (85%) dos jogadores praticavam exercícios pelo menos 2 vezes na semana, por no mínimo 20 minutos e 3 (15%) não praticavam exercícios regularmente. Foi realizado o acompanhamento de 7 partidas de futebol, sendo observados os seguintes itens: localização anatômica, mecanismo de lesão e a patologia da mesma. Resultados: A incidência das leões foram apresentadas no 1° tempo (45'') 14 casos de lesões (87,5%) e no 2° tempo (45'') 2 casos de leões (12,5%). Quanto á localização anatômica tem o tornozelo esquerdo com 4 casos (21,05%), seguido da coxa direita, e a cabeça com 3 (15,78%), panturrilha e tornozelo direita com 2(10,52%), e coluna torácica, tórax, coluna lombar e joelho com apenas 1(5,26%). Já referente ao mecanismo de lesão, temos choque com jogador 13 casos (68,42%), choque com bola e movimentos bruscos e violentos 2 (10,52%), por fim queda e chute a gol com 1 (5,26%). Ao analisar a patologia da lesão, podemos perceber que a contusão apresentou 15 casos (78,94%), estiramento e vertigem 2 (10,52%). Conclusão: A incidência de lesões tem apresentado que os atletas se lesionam mais na primeira etapa da partida, tendo como principal mecanismo de lesões o choque com jogador, seguida pelo tornozelo esquerdo como porção corporal mais atingida no decorrer dos jogos e por fim a contusão se destacando como patologia que mais deixa atletas longe dos gramados. Palavras Chaves: Futebol. Atletas. Lesões.

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84 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

EFEITOS DA KINESIOTAPING NA DOR, EDEMA E AMPLITUDE DE MOVIMENTO EM

PÓS LIGAMENTOPLASTIA DE LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR

L. H. S. Berlatto5

F. Cavali6

L. F. Meira7

Introdução:O pós operatório (PO) de reconstrução do ligamento cruzado anterior do

joelho (LCA) geralmente evolui com dor, edema, diminuição da ativação de músculos

peri articulares e diminuição da amplitude de movimento. Abandagem elástica funcional,

kinesiotaping, pode dar suporte funcional, aliviar a dor, melhorar o desempenho

muscular emelhorar o fluxo sanguíneo e linfático local. Objetivo: avaliar os efeitos da

KinesioTaping no pós operatório de reconstruçãode LCA. Metodologia: O estudo foi

realizado com 2 indivíduos adultos do sexo masculino submetidos a reconstrução de

LCA. As avaliações pré e pós operatórias foram constituídas de anamnese,

goniométrica, perimetria escala analógica da dor. Foi realizado um protocolo de

aplicação de Kinesio Tapping no pós operatório imediato em forma de Teia para

ocontrole de edema, e também aplicada em forma de Y em isquiostibiais para estímulo

muscular, preservação de trofismo e prevenção de encurtamentos muscularas. Para um

dos indivíduos foi realizado a Kinesio taping(kinesio) e para o outro só foram orientadas

condutas básicas de cuidados gerais (controle). Resultados: Foi possível constatar na

avaliação de perimetria que o indivíduo Kinesio a partir do 1° dia PO teve uma diferença

do lado homo lateral para o membro contrário menor, de 1cm, e terminou o estudo no

sétimo PO com uma diferença de 2cm..Já o indivíduo controle teve uma diferença de

4cm no lado homo lateral no 1° PO e completou o 7° dia com uma diferença de 3cm. Na

goniometria e escala analógica da dor o indivíduo kinesio também foi melhor,relatou

algia grau 1 no primeiro PO uma diferença de 50° de flexão do lado ipselateral para o

contralateral, fechando o sétimo PO com um quadro álgico de 0 na escala analógica da

dor e uma diferença de somente 15° de flexão, enquanto o controle apresentava uma

diferença de 55° de flexão do lado ipse para o contra lateral e um quadro álgico grau 3

no primeiro PO, terminando o sétimo dia com uma diferença de 25° e um algia grau

3.Conclusão:o estudo demonstrou que a Kinesio Taping pode ser utilizada como um

recurso auxiliar na reabilitação de pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos de

reconstrução de LCA sendo eficiente para o controle de edema, preservação de

amplitude de movimento e diminuição do quadro álgico.

Palavras Chaves:Ligamento Cruzado Anterior, KinesioTaping, Bandagem Elástica

Funcional.

5 Acadêmico do curso de Fisioterapia da Faculdade de Pato Branco – FADEP – Rua Benjamim Constante n° 200,

Jardim Primavera, Pato Branco – PR – email: [email protected] 6 Medico Ortopedista da ortotrauma clinica de fisioterapia

7 Docente dos cursos de Fisioterapia e Medicina da Faculdade de Pato Branco – FADEP

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85 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

USO DA CRIOTERAPIA EM PACIENTE COM FRATURA DE TORNOZELO APRESENTANDO EDEMA E ALTERAÇÃO NA SENSIBILIDADE

P. Mikolajczak1

V. Tumelero2

1- Formando do curso de Fisioterapia da Faculdade de Pato Branco – FADEP, Endereço: Rua Albino Franciosi, nº160, Bairro: Centro, Cidade: Itapejara do Oeste, [email protected]

2- Orientador Prof. Do curso de fisioterapia da Faculdade de Pato Branco – FADEP, Endereço: Rua Travessa Pinheiro Machado, nº468, Bairro: La Salle, Cidade: Pato Branco, [email protected]

RESUMO Introdução: No tornozelo, existem duas protuberâncias ósseas, chamadas maléolos, que são as extremidades distais dos dois ossos da perna, a fíbula e a tíbia. Quando um ou os dois ossos são fraturados, considera-se fratura de tornozelo. Entende-se por crioterapia a aplicação de qualquer substância ao corpo que visa abaixar a temperatura tecidual pela remoção de calor corporal. Essa tem como objetivo reduzir a dor, o espasmo muscular, o fluxo sanguíneo regional, o metabolismo, a hipóxia secundária, retardar o processo inflamatório e controlar o edema. Objetivo: Avaliar se a crioterapia realmente pode diminuir o edema e melhorar a sensibilidade, beneficiando assim o paciente. Metodologia: O estudo foi realizado com um paciente do sexo masculino que teve uma fratura de tornozelo (tíbia e fíbula) há 6 meses, utilizando a crioterapia como método de tratamento sendo aplicado, comparado e analisado os benefícios durante o tratamento, será realizado 20 sessões, 3 vezes na semana com duração de 20 minutos. A pesquisa tem natureza aplicada, forma pesquisa quantitativa, objetivos de pesquisa exploratória e procedimentos técnicos de estudo de caso. A coleta de dados será feita com observação sistêmica, entrevista padronizada ou estruturada e não apresenta questionários. Resultado: Se obteve diminuição do edema, onde apresentou na avaliação inicial da perimetria de 5 cm acima do tornozelo, no pé direito, uma diferença de 4 cm em comparação ao pé esquerdo não lesionado. Na avaliação final da perimetria de 5 cm notou-se que o pé direito lesionado obteve a redução do edema, ficando com as mesmas medidas do pé esquerdo não lesionado. Goniometria obteve aumento da amplitude de movimento, onde ganhou-se 5° na flexão do pé, flexão plantar do pé 7°, adução do pé 3°, eversão do pé 3°. Sinal de cacifo foi negativo na última avaliação. A sensibilidade superficial (tátil, térmica, dolorosa) se apresentaram alteradas na avaliação inicial e normais na avaliação final. Conclusão: A crioterapia mostrou-se eficiente na diminuição do edema e na melhora da sensibilidade, sendo então que a crioterapia teve um efeito positivo no tratamento da fratura de tornozelo aumentando também a amplitude de movimento. Palavras – chaves: Crioterapia. Fratura de Tornozelo.

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86 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

FISIOTERAPIA CARDIORESPIRATÓRIA

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87 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

VENTILAÇÃO MECÂNICA NÃO INVASIVA ENQUANTO ESTRATÉGIA VENTILATÓRIA PARA EVITAR REINTUBAÇÃO EM IDOSA COM DPOC

Ricardo José NICARETTA8 Indiamara De Oliveira Flores Dal Magro SILVANI9

Aline BEDENDO10

Introdução: A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica é um grupo de patologias pulmonares crônicas e graves que é caracterizada pela dificuldade respiratória progressiva. Sua incidência é maior em indivíduos com mais de 35 anos, mas afeta principalmente adultos e idosos fumantes, ex fumante ou que inalaram poluentes ou fumaças tóxicas por muitos anos. Estes pacientes são predispostos a desenvolverem outras doenças pulmonares agudas e apresentarem um alto índice de internação, principalmente quando são idosos. Quando estão em uma condição pulmonar grave ou com uma patologia respiratória aguda instalada e precisam de Ventilação Mecânica Invasiva comumente apresentam um desmame difícil e em muito casos precisam ser reintubados logo após a extubação. A ventilação mecânica não invasiva (VNI) nestes casos é uma importante ferramenta para ofertar um suporte ventilatório através de máscara orofacial, total face ou nasal e evitar a reintubação. Objetivo: Relatar a utilização da VNI em uma idosa com característica de desmame difícil enquanto estratégia ventilatória para evitar a reintubação .Metodo: Paciente do sexo feminino, 65 anos, com diagnóstico de DPOC, faz uso de oxigenioterapia domiciliar, internou com pneumonia necessitou de Ventilação Mecânica Invasiva e apresentava uma característica difícil para desmame, foi realizado utilização da VNI pós extubação por 2 horas antes da passagem para oxigenioterapia começando com uma Pressão Inspiratória de 15 CmhO diminuindo gradativamente até chegar em 8cm H2O . Resultados : A utilização da VNI pós extubação teve um resultado favorável no desmame ventilarório da paciente pois a mesma não dessaturou, não apresentou esforço respiratório e não necessitou novamente da Ventilação Mecânica Invasiva podendo evoluir para oxigenioterapia. Conclusão: Desta forma conclui-se que a utilização da VNI é importante após extubação, acelerando o desmame ventilatório do paciente e diminuindo o tempo de internação em UTI. Palavras Chave: Fisioterapia. Hospitalar. Idosos. Ventilação Mecânica

8

Fisioterapeuta. Docento do curso de Fisioterapia da Unochapecó. Contato de e-mail. ricarfisio@unochapecó,edu.br 9

Fisioterapeuta .Docente do curso de Fisioterapia da Unochapecó. 10

Acadêmica do curso de Fisioterapia – Unochapecó. [email protected];

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88 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

AVALIAÇÃO DO PERFIL CLÍNICO, FUNÇÃO PULMONAR E QUALIDADE DE VIDA

EM PACIENTES COM IRC

B. Rissardi1 L.F.Meira2

1. Acadêmica do curso de fisioterapia da Faculdade de Pato Branco – FADEP. Rua Maria Martinello Lavezzo 177, Fraron, Pato Branco – PR. [email protected]. 2. Docente dos cursos de medicina e fisioterapia da Faculdade de Pato Branco – FADEP.

INTRODUÇÃO: A insuficiência renal crônica (IRC) é caracterizada pela perda gradativa e irreversível da função renal. O tratamento feito através da hemodiálise é capaz de prolongar a vida, porém não evita efeitos deletérios sobre a condição clínica e a qualidade de vida. OBJETIVO: avaliar as condições clínicas, função pulmonar e qualidade de vida de pacientes com IRC submetidos à hemodiálise. METODOLOGIA: Foi realizado um estudo quantitativo transversal na Unidade de Terapia Renal de Pato Branco. Para avaliação clínica foi preenchida uma ficha contendo, nome, idade, sexo, altura, peso, presença de patologias associadas e tempo de tratamento com hemodiálise. Para a avaliação da composição corporal foi realizado o cálculo de IMC. Para o Questionário de Qualidade de Vida SF-36 foram avaliados os escores que variam de 0 a 100, onde zero corresponde a um pior estado de saúde e cem a um melhor, sendo analisado as dimensões no âmbito do componente aspecto físico e saúde mental. RESULTADOS: foram estudados treze indivíduos com idade entre 24 e 71 anos sendo 69,23% do sexo masculino, 76,92% faziam hemodiálise a pelo menos cinco anos, 84,61% tinham HAS, nenhum paciente era diabético, 15,38% apresentam depressão, 84,61% eram sedentários, 15,38% eram tabagistas, 38,46% apresentaram sobrepeso, 7,69% estavam abaixo do peso e 53,84% peso dentro do predito. Sobre a função pulmonar, 46,15% apresentavam resultados dentro da normalidade na manovacuometria, 61,53% obtiveram resultado dentro do esperado na espirometria, 15,38% apresentavam distúrbio obstrutivo, 23,07% distúrbio restritivo. Para avaliação da percepção da qualidade de vida, a porcentagem dos indivíduos que apresentaram escores acima de 50 pontos, foram os seguintes: 69,21% sob o aspecto da capacidade funcional, 23% apresentaram limitações por aspectos físicos, 61,52% sob a percepção de dor, 84,59% no quesito estado geral de saúde, 61,52% sobre o aspecto vitalidade, 84,59% nos aspectos sociais, 38,46% apresentaram limitações por aspectos sociais. E 92,29% no quesito saúde mental. CONCLUSÃO: Com relação aos componentes do questionário de qualidade de vida o domínio mais preservado foi o de saúde mental e o mais prejudicado foi o de limitações por aspectos físicos, o que pode estar relacionado à presença de comorbidades como HAS, sedentarismo e sobrepeso. Conclui-se que os pacientes com IRC em tratamento hemodialítico possuem uma qualidade de vida regular e que cuidados relacionados a condição física são fundamentais. Palavras Chave: insuficiência renal crônica, qualidade de vida, função pulmonar.

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89 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA EM ATLETAS AMADORES DE CICLISMO DA

CIDADE DE PATO BRANCO

E.F. Silva1

A.C. Cattani2

MH Baumer2

L.F.Meira2

1. Acadêmico do curso de fisioterapia da Faculdade de Pato Branco – FADEP. Rua Jarbas mendes 87, São Lourenco do Oeste – SC. [email protected]. 2. Docentes dos cursos de medicina e fisioterapia da Faculdade de Pato Branco – FADEP.

RESUMO

Introdução: A aptidão física caracteriza-se pela capacidade do corpo em ajustar-se às demandas metabólicas de estímulos físicos em exercícios moderados ou intensos sem promover total exaustão, engloba, entre outros, a aptidão cardiorrespiratória, potência muscular, composição corporal, flexibilidade e podem estar ligadas ao desenvolvimento de diversas patologias. Objetivo: Avaliar a aptidão física de ciclistas amadores da cidade de Pato Branco. Materiais e Métodos: Foi realizado um estudo quantitativo transversal de 4 indivíduos, com idade entre 31 e 48 anos. A análise dos dados foi realizada com o uso do Microsoft Excel e do SPSS e os dados apresentados em médias ± desvio padrão. Para análise dos dados gerais foi utilizado uma ficha de avaliação contendo, nome, idade, sexo, altura, peso, horas de treino semanal, tempo de prática da atividade, histórico de lesões e lesões atuais. Para avaliar a dor, foi utilizado Escala Analógica da Dor (EAD) e Diagrama de Corlett. Manovacuometria para avaliar Pimax e Pemax, espirometria, para avaliar CVF, VEF1 e PFE. Para a avaliação de VO2 máximo foi realizado teste de esforço utilizando o protocolo de esteira Ellestad. Para a avaliação da composição corporal foi realizado o IMC com o uso da formula peso/altura2, e bioimpedância. A Avaliação funcional do movimento foi utilizado o método FMS Gray Cook. Resultados: A idade média dos indivíduos foi de 38,75 anos, peso médio de 78,5 kg, altura média de 176 cm, IMC médio de 25,44, apresentando uma média de 9,5 h de treino semanal, todos praticam o ciclismo a 2 anos, sem histórico de lesões, um indivíduo apresentou dor grau 1 na EAD, um indivíduo relatou grau 2 no diagrama de Corlett, todos os indivíduos apresentaram condições pulmonares dentro da normalidade, força muscular respiratória normal, VO2 máximo médio de 69,98, percentual de gordura médio de 16,50%, IMC dois indivíduos com sobrepeso, banco de wells média de 34,5 cm, avaliação funcional FMS Gray Cook média de 18,5 pontos. Conclusão: Embora tratando-se de atletas amadores, os mesmos apresentaram um bom nível de aptidão física, não apresentando alterações significativas e um excelente estado de condicionamento físico. Palavras Chave: aptidão física, ciclismo, avaliação funcional.

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90 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

COPD/CAT: AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NO HOSPITAL GERAL

LANZA, Franciele1; RIBOLI, Natãni1; SAPIECINSKI, Caroline B1; VANZ, Daniele O2

Discente do Curso de Fisioterapia da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – Câmpus FW │ [email protected] 2

Docente do Curso de Fisioterapia da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – Câmpus FW │ [email protected]

Introdução: Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma patologia comum, prevenível e tratável, caracterizada por sintomas respiratórios persistentes e limitação do fluxo aéreo (GOLD, 2018). Questionários específicos para avaliar o impacto da DPOC são muito utilizados em estudos clínicos. O COPD Assessment Test (CAT) é capaz de mensurar o impacto da doença e parece auxiliar na avaliação da situação de saúde e na comunicação paciente-profissional (SILVA et al., 2013). Objetivo: Analisar o perfil de impacto da DPOC utilizando o questionário CAT. Materiais e Métodos: Durante um semestre, com frequência de duas vezes/semana, os doentes hospitalizados foram avaliados e atendidos, pelos acadêmicos, conforme solicitação de fisioterapia. Como atividade da disciplina de Cardiorrespiratória (7º semestre) do curso de Fisioterapia da URI, no Hospital Divina Providência e supervisão do prof. responsável. A avaliação fisioterapêutica era registrada em ficha elaborada com dados pessoais, exame físico e sinais vitais. Os pneumopatas crônicos, ainda respondiam o CAT, um instrumento breve, simples, validado para a língua portuguesa (2013) e composto de oito itens: tosse, catarro, aperto no peito, falta de ar, limitações nas atividades domiciliares, confiança em sair de casa, sono e energia. Para cada item, o paciente escolhe apenas uma pontuação, que varia de 0 a 5. Realiza-se ao final a soma de todos os pontos e o escore total é classificado da seguinte forma - leve (L): 6-10 pontos; moderado (M): 11-20; grave (G): 21-30; e muito grave (MG): 31-40. Resultados: Dos 52 pacientes avaliados e atendidos, sete deles possuíam o diagnóstico de DPOC, com idade média de 67,9 anos±12,7, sendo três do sexo feminino (42,8%) e quatro do masculino (57,2%). Após o somatório da pontuação dos oito itens, a análise dos resultados obtidos enquadra-se nos seguintes escores: dois pacientes=M (28,6%); quatro pacientes=G (57,1%); um paciente=MG (14,3%). Com a progressão da doença, as alterações fisiopatológicas tendem a agravar-se e desencadear sintomas limitantes aos pneumopatas, como dispneia. As atividades domiciliares são reduzidas e um ciclo vicioso instala-se, onde ocorre limitação das atividades para amenizar os sintomas (SOUSA et al., 2011). Conclusões: Considerando a frequência e a recidiva da hospitalização decorrente da exacerbação da DPOC, uma avaliação multiprofissional e detalhada, com ferramentas eficazes, como CAT é de extrema importância. Há necessidade de abordagem educacional em saúde contra o tabagismo e incentivo à prática de exercícios físicos para otimizar a qualidade de vida relacionada à saúde desses indivíduos. Palavras-chave: Serviço Hospitalar de Fisioterapia. Pneumopatias. Perfil de Impacto da Doença.

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91 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA EM PACIENTE LACTENTE COM DERIVAÇÃO VENTRICULAR EXTERNA DEVIDO A HIDROCEFALIA: ESTUDO DE CASO

¹Aline Bedendo. ²Indiamara De Oliveira Flores Dal Magro Silvani.

³Ricardo José Nicaretta.

¹Acadêmica do curso de Fisioterapia – Unochapecó. [email protected]; ²Especialista em Fisioterapia Cardiorrespiratória, Mestre em Engenharia Biomédica- Unochapecó. [email protected]; ³Acupunturista Conception - Centro de Reprodução Humana – Unochapecó. [email protected];

A hidrocefalia é definida como aumento da quantidade de líquido cefalorraquidiano normalmente nas cavidades ventriculares embora possa ocorrer também no espaço subdural. Sua principal consequência clínica é a hipertensão intracraniana, a qual muitas vezes exige tratamento cirúrgico, sendo uma patologia que acomete com maior frequência crianças/lactentes. Este trabalho busca relatar a importância da fisioterapia na reabilitação do paciente com diagnóstico de meningite devido a hidrocefalia grau III. Paciente G.S, masculino prematuro extremo de 29 semanas, natural de Romelândia – SC, 4 meses de idade, apresenta como diagnóstico médico, meningite devido a hidrocefalia grau III, apresentando grau leve de espasticidade flexora em MMII e hipersecretividade pulmonar com leve alteração de expansibilidade torácica. O neonato estava hospitalizado no Hospital Regional do Oeste (HRO) em Chapecó-SC dia 03/08/2018. Foram realizados 15 atendimentos, com duração de aproximadamente uma hora cada, entre o período de 08 a 30 de agosto de 2018, sendo priorizado nestes, técnicas e exercícios que visavam melhorar a expansibilidade torácica, realização de manobras para redirecionamento de fluxo, higiene brônquica e estímulos motores. Foi possível concluir a partir deste estudo que o paciente submetido ao tratamento fisioterapêutico apresenta melhora significativa da função pulmonar, bem como melhor preparo para os procedimentos cirúrgicos realizados. Conclui-se ainda a importância do tratamento fisioterapêutico na manutenção do quadro do paciente evitando acumulo de secreção nas vias aéreas bem como melhora da função cardiopulmonar e prevenção do atraso no desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM). Palavras-chaves: Estimulação. Prevenção. Fisioterapia Cardiorrespiratória.

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92 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

OS BENEFÍCIOS DA FISIOTERAPIA EM UM PACIENTE COM PARALISIA

CEREBRAL GRAVE E PNEUMONIA ASPIRATIVA.

B. Z.H. Radaelli¹ L. Rafain²

P. Dall Olmo³

1. Docente do curso de Graduação em Fisioterapia da Faculdade de Pato Branco – FADEP. Endereço: Rua Benjamin Borges dos Santos, n 1100, B Fraron, Pato Branco – PR, e-mail: [email protected] 2. Acadêmica do curso de Graduação em Fisioterapia da Faculdade de Pato Branco – FADEP. Endereço: Rua Verissimo Rizzi, n 460, B Fraron, Pato Branco – PR, e-mail: [email protected] 3. Acadêmica do curso de Graduação em Fisioterapia da Faculdade de Pato Branco – FADEP. Endereço: Rua Ararigboia, n 2677, B Parque do Som, Pato Branco – PR, e-mail: [email protected]

Introdução: A paralisia cerebral (PC) é uma doença não progressiva decorrente de lesão no sistema nervoso central imaturo, que se manifesta nos primeiros anos de vida levando a um comprometimento motor do paciente. Frequentemente é observado um acometimento por doenças respiratórias em pacientes portadores de PC, em especial a pneumonia, que é considerada a primeira causa de morte entre os pacientes. Sabe-se que o sistema respiratório desses indivíduos sofre influência direta e indireta dos distúrbios do tônus, da postura e do movimento, o que leva a um atraso na evolução do tratamento e, por muitas vezes podem gerar lesões pulmonares onde ocorre o rebaixamento do nível de consciência gerando insuficiência respiratória e assim necessitando de internações hospitalares nas UTIs com o uso da ventilação mecânica. Este trabalho teve por objetivo analisar os benefícios da fisioterapia r em um paciente com PC grave e pneumonia aspirativa. Métodos: Para tanto foi realizado um estudo de caso do paciente M.A.V., de 26 anos de idade, do sexo masculino portador de paralisia cerebral, pneumonia aspirativa, insuficiência respiratória e choque séptico, atendido na UTI do Hospital Policlínica de Pato Branco. O paciente foi submetido a avaliações e atendimentos fisioterapêuticos durante todos os dias de atendimento, totalizando três atendimentos. A ênfase foi na ausculta pulmonar, gasometria e SatO2. O tratamento adotado enfocou manobras de higiene brônquica, aspiração orotraqueal e traqueal, expansão pulmonar, cinesioterapia passiva, mobilização e exercícios metabólicos de MMSS e MMII. Resultados: O paciente apresentou melhora do seu quadro clinico durante o tratamento em relação a melhora da ventilação, diminuição de acúmulo de secreções e a diminuição do edema. Conclusão: Os resultados sugerem satisfatórios aos efeitos da fisioterapia traduzidos pela alta da UTI e posteriormente alta Hospitalar. Palavras-chave: Fisioterapia Respiratória. Unidade De Terapia Intensiva. Paciente Grave.

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93 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

OS EFEITOS DA MOBILIZAÇÃO PRECOCE EM PACIENTES CRÍTICOS NA UTI UMA REVISÃO DE

LITERATURA

M.M Giacomet1 B.Z.H. Radaelli 2

1. Acadêmica do curso de fisioterapia da Faculdade de Pato Branco – FADEP. Rua Tapir 1285, Brasília, Pato Branco – PR. [email protected] 2. Docente dos cursos de medicina, fisioterapia e nutrição da Faculdade de Pato Branco – FADEP.

INTRODUÇÃO: A fisioterapia na Unidade de Terapia Intensiva é fundamental para reduzir os efeitos deletérios do leito, principalmente quando se pensa na funcionalidade destes pacientes pós alta hospitalar. Para isso faz-se necessário a implantação de protocolos de mobilização precoce para efetuar o devido tratamento aos pacientes submetidos à essas condições. OBJETIVOS: Analisar os efeitos da mobilização precoce nos pacientes internados nas unidades de terapia intensiva. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura sistemática com intuito de localizar trabalhos importantes que ajudassem a conhecer melhor o assunto tratado. A obtenção dos dados se deu através de um levantamento bibliográfico com base nos dados eletrônicos LILACS, ScieLO, PUBMED e MEDLINE. Foram utilizados artigos nacionais e estrangeiros publicados entre os anos de 2009 e 2014 nos idiomas português e inglês. Os descritores utilizados foram: UTI e Mobilização Precoce. Após uma leitura criteriosa os estudos selecionados foram aqueles em que os participantes eram indivíduos adultos, internados na unidade de terapia intensiva e que estavam submetidos a ventilação mecânica e ao imobilismo num período superior a 24 horas. Para cada estudo extraiu-se e resumiu-se os dados da amostra, intervenções (protocolo de mobilização), variáveis e resultados significativos. Foram excluídos do trabalho artigos de revisão de literatura e sobre mobilização precoce em pacientes fora da UTI. RESULTADOS: Ao total, 32 artigos foram identificados na pesquisa, sendo selecionados 25 para realizar a triagem, destes, 10 foram excluídos com base nos títulos dos artigos. Os outros 15 estudos que restaram, foram avaliados para elegibilidade e por fim, incluiu-se 6 estudos nesta revisão os quais seguiam os critérios de inclusão e exclusão descritos na metodologia. O tamanho da amostra entre os estudos variou de 9 a 2176 sujeitos, totalizando 2702 indivíduos, de ambos os sexos, internados em UTI clínica, cirúrgica ou geral. CONCLUSÃO: Com a obtenção dos resultados observou-se que a mobilização precoce apresenta inúmeros benefícios aos pacientes internados na UTI sendo eles: aumento da força muscular periférica e da pressão inspiratória máxima, diminuição dos dias de internação tanto na UTI quanto hospitalar e melhor funcionalidade pós alta hospitalar. Palavaras Chave: Mobilização; Unidade de Terapia Intensiva; Fisioterapia.

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94 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

FISIOTERAPIA CARDIORRESPIRATÓRIA: UMA ANÁLISE DO

HISTÓRICO SOCIAL E FATORES DE RISCO DE PACIENTES

HOSPITALIZADOS

LANZA, Franciele1; RIBOLI, Natãni1; SAPIECINSKI, Caroline B1; VANZ, Daniele

O2

1Discente do Curso de Fisioterapia da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – Campus FW.([email protected]) 2Docente do Curso de Fisioterapia da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – Campus FW. ([email protected] .br)

Introdução: As formas de cuidado vêm adquirindo uma mudança que demonstra adaptações necessárias ao processo evolutivo humano, intensificando o modelo centrado na pessoa. O Histórico Social (HS) e Fatores de Risco (FR) tais como etilismo, sedentarismo, má alimentação e tabagismo contribuem para o surgimento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), responsáveis por cerca de 70% dos óbitos no mundo. A anamnese deve ser considerada como uma ferramenta inicial, indispensável para o cuidado, que contribui para a reabilitação integral do paciente. Objetivo: Caracterizar o HS e os FR de pacientes atendidos em um hospital geral do noroeste do estado do Rio Grande do Sul. Materiais e Métodos: Com regularidade de duas vezes/semana, durante um semestre, como atividade prática da disciplina de Cardiorrespiratória (7º semestre) do curso de Fisioterapia da URI-FW, os pacientes do Hospital Divina Providência (HDP) foram avaliados e atendidos pelos acadêmicos (aos pares), com supervisão do prof. responsável, conforme pedido médico de Fisioterapia motora e/ou respiratória. A ficha de anamnese para coleta de dados foi elaborada pelos discentes, onde destacam-se informações sobre o HS e FR, compostos pelas variáveis: tabagismo (TAB), etilismo (ETI), diabetes mellitus (DM), obesidade (OBE), sedentarismo (SED), estresse (EST), hipertensão arterial sistêmica (HAS) e controle alimentar (CAL). Para cada item da anamnese, o paciente e/ou acompanhante relatava afirmativa (A), negativa (N) ou não soube responder (NR). Resultados: Dos 48 pacientes avaliados, 31 (64,6%) eram do gênero masculino e 17 (35,4%) do feminino, a média de idade foi de 65,64 anos ± 17,08. Para as variáveis características do HS/FR obtiveram-se SED: 25 A, 21 N, 2 NR; TAB: 23 A, 22 N, 3 NR; HAS: 17 A, 26 N, 5 NR; ETI: 9 A, 36 N, 3 NR; DM: 9 A, 35 N, 4 NR; OBE: 7 A, 37 N, 4 NR; EST: 7 A, 32 N, 9 NR; CAL: 4 A, 36 N, 8 NR. Pesquisas indicam aumento das DCNT em consequência do crescimento dos fatores de risco: tabagismo, inatividade física, uso excessivo do álcool e má alimentação. Desse modo, intervenções de saúde nos FR, resultariam na redução dos números de óbitos no mundo. Conclusões: Compreende-se que a promoção da saúde e a profilaxia de doenças podem melhorar o prognóstico de pacientes, e possibilitar alternativas que aumentem a autonomia e o padrão de bem estar. Os resultados deste estudo podem contribuir para a elaboração de ações de Educação em Saúde, coletivas e/ou individuais, para pacientes com fatores de risco presentes para doenças crônicas. Palavras-chave: Serviço Hospitalar de Fisioterapia. Fatores de Risco. Anamnese.

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95 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

HIDROTERAPIA NA ICC

B.Z.H. Radaelli11

R.L. Brugnara12

INTRODUÇÃO: A Síndrome de Insuficiência Cardíaca desencadeia distúrbios cardíacos que diminuem o tempo de vida. A perfusão inadequada dos tecidos em pacientes com IC, está relacionada a elevada fraqueza, dispnéia e baixa tolerância ao exercício físico, favorecendo a inatividade. Durante o exercício ocorre reação alterada de ventilação/perfusão (V/Q), mas PaO2 e PaCO2 se estabelecem na normalidade. A pressão exercida pela água sobre o corpo, diminuí drasticamente a gravidade, direcionando líquidos e sangue da região periférica para o centro do tórax, aumentando a Volemia. Objetivo: analisar os efeitos da Hidroterapia aeróbica no condicionamento cardiovascular em paciente com Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) e verificar a efetividade do método na ICC. Materiais e Métodos: Instrumentos utilizados: estetoscópio, esfigmomanômetro, oxímetro de pulso de dedo, tabela da escala de Borg, cronômetro, fita métrica uma piscina aquecida e flutuadores diversos. Serão realizadas 21 sessões. A sessão teve início com 10 minutos de repouso submerso até o processo xifóide, 10 minutos de marcha estacionária como aquecimento. O exercício aeróbico constituí de caminhada contínua durante 20 minutos, com intensidade moderada, entre 60% e 80% da FC de reserva utilizando Karvonen, e mantida a intensidade através da Escala de Borg. Por fim, 5 minutos de relaxamento. Resultados: Após 10 sessões de hidroterapia como resultados parciais, Frequência Cardíaca de Repouso (FCR) em solo: 93 ± 5,77 e FCR submerso: 88,1 ± 3,41 e Frequência Cardíaca de Aquecimento (FCA): 101,8 ± 4,32. No Teste de Caminhada de 6 minutos (TC6) primeiramente foi percorrida a distância de 316 metros e SaO2 86%, após 10 sessões a distância foi de 322 metros com SaO2 89%. Conclusão: Durante a imersão o exercício é facilitado, devido a pressão hidrostática que reduz a força da gravidade, assim aumentando retorno venoso e pré-carga e também reduzindo pós-carga que aumenta a Fração de Ejeção do Ventrículo Esquerdo, permitindo alcançar intensidade e duração. Pesquisa ainda em andamento. Palavras chave: ICC; Hidroterapia; Endurance.

11

Possui graduação em Fisioterapia pela Universidade Federal de Santa Maria (2001) e mestrado em

Tecnologia em Saúde pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (2008). Atualmente é professor titular da Faculdade de Pato Branco. Tem experiência na área de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, com ênfase em Fisioterapia em Pneumologia, atuando principalmente nos seguintes temas: medicina intensiva, ventilação mecânica, desmame da ventilação mecânica, fisioterapia no pré e pós operatório de cirurgia torácicas e abdominais e fisioterapia em oncologia. Endereço: Faculdade de Pato Branco, Curso de Fisioterapia, Fisioterapia Cardio Pulmonar e Intensivismo. Rua Benjamim Borges dos Santos, 21. Fraron, 99010-000 - Pato Branco, PR –Brasil E-mail: [email protected] 12

Acadêmico do curso de Graduação em Fisioterapia da Faculdade de Pato Branco – FADEP Endereço: Avenida Luis Francisco Paggi, 590, Centro, 85585-000 – Verê, PR – Brasil. E-mail: [email protected]

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96 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

TESTE DO CORAÇÃOZINHO: UMA FERRAMENTA SIMPLES PARA DETECTAÇÃO DE CARDIOPATIAS

GEHLEN, Andriéli, P.1, PERALTA, Fernanda, L.B.1, SCHMIDT, Micheli2,

STURZBECHER, Carolina2, VANZ, Daniele O3, VERDI Valéria13

1 Acadêmica do 4º semestre do Curso de Fisioterapia, Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões-URI,

Câmpus Frederico Westphalen/RS 2 Acadêmica do 6º semestre do Curso de Fisioterapia, URI-FW, RS

3 Fisioterapeuta, Docente do Curso de Fisioterapia, URI-FW, RS

End.: Av. Assis Brasil n° 709, Prédio 10C, 4° andar. Bairro Itapagé, CEP: 98400-000. Frederico Westphalen/RS, Brasil E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO: No período neonatal centralizam-se os riscos orgânicos, sociais e culturais havendo à necessidade de um assistencialismo criterioso e qualificado na saúde do récem nascido (RN), o qual é garantido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. O índice de mortalidade neonatal representa 60% a 70% dos óbitos no Brasil, em que 25% ocorre nas primeiras 24 horas de vida. Estima-se que em nosso país 28.846 novos casos de doenças cardíacas congênitas ocorrem anualmente, sendo definida por modificações anatômicas no sistema cardiovascular alterando a funcionabilidade do coração, no qual muitos casos o RN não apresenta sinais clínicos tratando-se de uma anomalia cardíaca leve. Diante do exposto, a Portaria Nº 20/2014 decreto 7.646, incluiu o teste do coraçãozinho na triagem do neonatal no SUS com o objetivo de realizar a aferição da oximetria de pulso, em todo RN aparentemente saudável com idade gestacional> 34 semanas, antes da alta da Unidade Neonatal. A aferição da SpO2 utilizando o equipamento oxímetro de pulso é uma técnica não invasiva, de baixo custo, fácil aplicabilidade e não gera dor para o RN, com finalidade de aferição das saturações periféricas de oxigênio devendo ser feita de 24 a 48 horas de vida e antes da alta hospitalar, demonstrando grande relevância no diagnóstico precoce de cardiopadias congênitas. Há indícios de malformação cardíaca quando o nível de oxigênio (SpO2) for menor do que 95% ou quando a diferença do nível de oxigênio for superior a 2% entre membros superiores e inferiores. Caso for esse o resultado, há indicação de repetição do exame uma hora depois. Se persistir, o bebê deve ser submetido a um ecocardiograma em até 24 horas após a segunda verificação. Esse teste não dispensa exames físicos antes do RN receber alta hospitalar, mas caracteriza-se como prevenção, já que as alterações são descobertas tardiamente. OBJETIVO: Ampliar o conhecimento sobre a oximetria de pulso a fim de evitar precocemente problemas cardíacos em RN prevenindo complicações antes da alta hospitalar; MÁTERIAIS E MÉTODOS: Trata-se de uma revisão de literatura realizada por meio de levantamento na base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde, através dos descritores: teste do coraçãozinho; oximetria de pulso; recém nascido. Como critérios de inclusão: estudos que contemplassem a temática, disponíveis online, na íntegra, nos últimos quatro anos; de exclusão: artigos repetidos na base de dados. RESULTADOS: Foram

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97 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

encontradas 03 publicações, sendo que 01 destas tratava-se de um infográfio. CONCLUSÕES: De acordo com o Departamento de Cardiologia e Neonatologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, 30% dos RN que apresentam cardiopatias congênitas recebem alta hospitalar sem diagnóstico precoce. Assim, a oximetria de pulso deve ser de conhecimento dos profissionais em saúde e do ciclo familiar, sendo uma medida que pode reduzir significativamente os agravos cardíacos e óbitos de neonatais. Palavras-chave: Teste do coraçãozinho. Oximetria de pulso.Recém nascido

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98 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

FISIOTERAPIA GERAL

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99 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE O ENCONTRO DO DIA NACIONAL DE

CONSCIENTIZAÇÃO DA ESCLEROSE MÚLTIPLA

Andressa Scaravelli – Acadêmica- Curso de Fisioterapia Bárbara Nardini Barbosa – Acadêmica- Curso de Fisioterapia

Charles Ruan Krindges – Acadêmico- Curso de Fisioterapia Daniela Mores Tremea – Acadêmica- Curso de Fisioterapia

Aline Martinelli Piccinini – Professora – Curso de Fisioterapiai Michele Cristina Minozzo dos Anjos – Professora – Curso de Fisioterapiaii

1 Graduada em Fisioterapia pela UNICRUZ. Servidão Anjo da Guarda, 295-D - Efapi, Chapecó - SC,

89809-900. [email protected] 1 Graduada em Fisioterapia pela ACE. Servidão Anjo da Guarda, 295-D - Efapi, Chapecó - SC, 89809-

900. [email protected]

Introdução: A Esclerose Múltipla é uma doença autoimune que causa a desmielinização dos nervos lesionando o sistema nervoso central, é comum entre adultos jovens, com incidência entre 15 e 50 anos de idade. No mês de agosto comemora-se o dia Nacional de Conscientização da Esclerose Múltipla e o curso de fisioterapia da universidade juntamente com o Grupo de Apoio as Pessoas com Esclerose Múltipla de Chapecó e Região organizou um evento buscando divulgar e ampliar o conhecimento das pessoas sobre o assunto no meio acadêmico, visando aumentar a visibilidade da Esclerose Múltipla, seus pacientes e os desafios por eles enfrentados no dia a dia. Objetivo: Apresentar ao público presente no evento e identificar como souberam do evento. Metodologia: Estudo de abordagem quantitativa, que procurou identificar os participantes do evento através das seguintes questões: nome; idade; telefone; profissão; cidade e como soube do evento. Com este questionário pudemos identificar o público presente. Após a coleta dos dados, os mesmos foram analisados através de um banco de dados. Resultados: Participaram do preenchimento do questionário 107 pessoas, a faixa etária foi de 79% do público apresentava entre 17 à 25 anos; 18% de 26 à 60 anos e 4% de 61 à 80 anos. Com relação a profissão 83% eram estudantes; 5% profissionais; 6% pacientes e 7% eram familiares. Quanto a residência dos participantes identificamos que 88% são de Chapecó e 12% de outras cidades. Conclusão: Portanto o evento foi de suma importância para a discussão sobre a doença, esclarecendo dúvidas, agregando conhecimento aos acadêmicos e a população que convive com esta realidade, construindo novos saberes e práticas sobre o assunto e atingiu o público esperado. Palavras-chaves: Esclerose Múltipla, Doença, Relato de experiência.

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100 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

OS EFEITOS DO MÉTODO WATER PILATES SOBRE A ESCOLIOSE CONGÊNITA

B.E.R.Gonoratto1

V. Tumelero2

1- Acadêmica do 10º Período de Fisiotarapia da Faculdade de Pato Branco-FADEP. Endereço: Rua

Valentin Robetti, nº135, Bairro Coasul, São João-PR [email protected] 2- Prof. ESP do curso de Fisioterapia da Faculdade de Pato Branco-FADEP. Rua Travessa Pinheiro

Machado, nº468, Bairro La Salle, Pato Branco-PR [email protected]

Introdução: A escoliose é uma deformidade tridimensional, com desvio lateral e a rotação dos corpos vertebrais para o lado da convexidade da curva, na escoliose congênita, vai apresentar anormalidades no desenvolvimento das vertebras, porem essa disfunção não ocorre somente nas vertebras pode vir acontecer outras anormalidades congênitas associadas. O Water Pilates traz uma forma inovadora que são os exercícios do pilates somados ao meio aquático, inovando os tratamentos, usados nas diversas patologias, e ainda se beneficia dos efeitos fisiológicos da imersão. Objetivo: Investigar a eficácia do Método Water Pilates sobre força, a diminuição do grau da escoliose e amplitude de movimento no tratamento da escoliose congênita. Metodologia: O estudo é de caráter quantitativo, sendo uma pesquisa exploratória e um estudo de caso. Será realizado com 01 paciente do sexo feminino com 8 anos com diagnostico de escoliose congênita. A coleta de dados será realizada através de uma ficha de avaliação, será feita por uma anamnese um exame físico com goniometria avaliação da força e interpretação de imagem radiológica. Os atendimentos serão 15 dias com duração de 50 minutos. Resultado: Houve ganho da força muscular do tronco onde na flexão, extensão e inclinação para direita e esquerda ganhou 40% e na rotação a direita e a esquerda ganhou 20%, na amplitude de movimento da cervical ganhou-se 10º na flexão, extensão 9º, na inclinação para os lados e na rotação para direita manteve-se no valor máximo, na rotação a esquerda 2º. Na toráco-lombar ganhou-se 8º na flexão, 3º na extensão, na inclinação a direita 8º a esquerda 10º e nas rotações 2º. O Ângulo de Cobb na torácica primeiramente deu 12º e a lombar 16º os valores finais ainda não foram verificados. Conclusão: O Método Water Pilates, mostrou-se eficiente no ganho de força, no aumento da amplitude de movimento, já angulação da coluna vertebral, os valores finais não foram finalizados. Porém o Método Water Pilates mostrou sendo uma alternativa no tratamento da escoliose congênita aumentando a força e a amplitude de movimento. Palavras Chaves: Escoliose. Water Pilates.

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101 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

A VISÃO DO ACADÊMICO DE FISIOTERAPIA FRENTE A IMOBILIDADE DO IDOSO EM UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA

1 Camila da Rosa, 1 Juliana de Cézaro Piovesan, 2 Karim Kaiomi de Oliveira Bordignon 1. Discentes da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões-URI, Departamento de Ciências da Saúde, Frederico Westphalen RS, Brasil. 2. Docentes da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões-URI, Departamento de Ciências da Saúde, Frederico Westphalen RS, Brasil.

Os idosos residentes em ILPIs (instituição de longa permanência) são mais susceptíveis ao sedentarismo e a perda da capacidade funcional e cognitiva¹. Com a institucionalização os declínios provenientes do envelhecimento são potencializados e o idoso esta susceptível a comprometimentos secundários². As ILPIs se tornam um ambiente propício a imobilidade. Isso se deve a falta de recursos financeiros, físicos e terapêuticos adequados. Na maioria dos casos há ausência de uma equipe multidisciplinar nestas instituições, podendo este ser um agravante da dependência dos idosos, já que estes não possuem a estimulação funcional adequada³. O presente estudo tem como objetivo relatar a experiência dos acadêmicos do curso de Fisioterapia da URI-FW, em visitas realizadas na ILPI de Frederico Westphalen-RS. Trata-se de um relato de experiência, através de visitas realizadas na ILPI de Frederico Westphalen, vinculada a disciplina de Gerontologia. Nas visitas foi possível observar que o principal fator negativo, pelo qual a maioria dos idosos está acometido, é a imobilidade, a qual trás consigo diversos comprometimentos. Tais longevos perderam tanto a autonomia como a independência, não realizam nem mesmo atividades básicas de vida diária, levando a grave comprometimento na qualidade de vida. Há uma carência de atividades que desenvolvam habilidades motoras básicas, como caminhar. Nota-se que muitos deles têm anseio por realizar atividades físicas, recepcionando com alegria e empolgação os acadêmicos. Portanto, dentro do contexto da ILPI há um comprometimento no bem-estar geral, ficando evidente a importância da inserção de profissionais fisioterapeutas neste meio, assim como uma equipe multidisciplinar. Palavras-chave: Envelhecimento. Saúde do Idoso Institucionalizado. Imobilidade.

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CIRURGIA PARA CORREÇÃO DE DEDO EM MARTELO: RELATO DE EXPERIÊNCIA EM CENTRO CIRÚRGICO

Julia Guillante¹, Aline Martinelli Piccinini², Michele Minozzo dos Anjos²

¹Acadêmica do Curso de Graduação em Fisioterapia, Universidade Comunitária da Região de Chapecó (UNOCHAPECÓ). Email: [email protected]. Endereço: R. Valdir Mittmann, 165 D –

Bairro Efapi, Chapecó – SC, CEP 89809-615 ²Docent do Curso de Graduação em Fisioterapia, UNOCHAPECÓ

INTRODUÇÃO: O curso de fisioterapia da UNOCHAPECÓ proporciona aos

acadêmicos observar a atuação de outros profissionais da saúde e vivenciar experiências diferentes, observando cirurgias em hospitais, a para correção de dedo em martelo se destacou. A deformidade em martelo ocorre por lesão no tendão do extensor do dedo ou por fratura óssea da falange distal. O dedo em martelo resulta de flexão súbita e forte da articulação interfalangeana distal (IFD) estendida, e a fratura em martelo de carga sobre a articulação IFD em extensão1,2. O quadro clínico acompanha dor e edema3. O tratamento varia desde imobilização até fixação. Embora o tratamento conservador com talas de imobilização em alguns casos seja bem-sucedido, essa lesão geralmente é tratada por cirurgia4,5,6. Neste relato, abordaremos o acompanhamento cirúrgico do bloqueio da flexo-extensão da IFD do dedo através do fio de Kirschner. OBJETIVO: Relatar a experiência acadêmica em centro cirúrgico através da observação de correção de dedo em martelo. METODOLOGIA: A atividade é proposta pela disciplina Vivências VII na Associação Hospitalar Beneficente de Pinhalzinho. A vivência ocorreu em abril de 2018. Foram acompanhadas cirurgias ortopédicas de pequenas proporções, dentre elas uma de correção para dedo em martelo, escolhida para o relato. Paciente masculino, com lesão na articulação IFD do quinto dedo da mão direita. A técnica objetivou reduzir a superfície articular, mantendo a IFD em posição neutra. Com esta posicionada corretamente, foi inserido um fio de Kirschner horizontalmente à ponta do dedo. Após o procedimento, o dedo deve ser imobilizado por 6 a 8 semanas em tala de alumínio para proteção e controle de edema. O fio é retirado também em 6 a 8 semanas, logo após deve-se iniciar a reabilitação fisioterapêutica visando a recuperação da ADM e força muscular3. RESULTADOS: Não houve contato direto com o paciente para se obter conhecimento sobre o prognóstico. O mesmo será encaminhado para atendimento fisioterapêutico após retirada da imobilização. Quanto às vivências, foram proveitosas na caminhada acadêmica, onde pode-se visualizar na prática a atuação multiprofissional nos centros cirúrgicos, possibilitando associar as disciplinas estudadas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A lesão em martelo é considerada sem risco à vida, no entanto, apresenta alto potencial para deformidades definitivas, limitação de movimentos e degeneração articular, gerando incapacidade para atividades laborais e de vida diária. A técnica descrita revela-se pouco agressiva e se mostra efetivamente funcional no tratamento desse tipo de lesão. A visualização das estruturas e do procedimento agregou conhecimento e a experiência vivenciada superou expectativas prévias, demonstrando que o fisioterapeuta pode se inserir no centro cirúrgico agregando a equipe e levando em consideração as técnicas utilizadas na cirurgia para realização do plano de tratamento fisioterapêutico pós-operatório. Palavras-chave: Vivências. Traumatismos dos dedos. Fisioterapia.

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103 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

AÇÕES E CONTRIBUIÇÕES FISIOTERAPÊUTICAS NA SAÚDE MENTAL:

RELATO DE EXPERIÊNCIA NO HOSPITAL

Juliana de Cezaro Piovesan¹, Camila da Rosa¹, Gabriela Conterno Rodrigues¹, Maria Eduarda Lazzarotto¹, Daniele O. Vanz²

¹Discente do VIII semestre do Curso de Fisioterapia, Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, Campus de Frederico Westphalen ²Fisioterapeuta, Professora Mestre do curso de Fisioterapia da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, Campus de Frederico Westphalen

O movimento da Reforma Psiquiátrica proporcionou significativas mudanças na assistência em saúde mental. Nesse sentido, a Lei n° 101216/2001 aponta que o indivíduo com transtorno mental tem direito ao tratamento humanizado, que beneficie sua saúde e o recupere integralmente para inserção social (CAMPOS; SOARES, 2003). As equipes multiprofissionais de saúde são fundamentais para estimular as capacidades individuais , seguindo os preceitos da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde – CIF (SAMPAIO; LUZ, 2009), e o fisioterapeuta exerce um importante papel na integração social desse sujeito, impacto positivo sobre a função, incluindo mudanças em aspectos físicos, cognitivos e sociais do indivíduo (MORALEIDA; NUNES, 2013). Objetiva-se relatar a experiência de discentes de Fisioterapia com pacientes internados na ala de saúde mental de uma instituição hospitalar. Trata-se de um relato de experiência realizado por estudantes do sétimo semestre de Fisioterapia, frente à prática supervisionada da disciplina de Fisioterapia Cardiorrespiratória. No período de março a julho de 2018, 24 acadêmicos e um professor programaram e executaram 28 sessões de fisioterapia que continham atividades cinético-funcionais e lúdicas, com os 18 pacientes voluntários internados na ala de saúde mental do Hospital Divina Providência de Frederico Westphalen/RS. Os espaços usados foram a sala de convivência ou o jardim do setor, duas vezes por semana, de forma grupal, com duração de 40 minutos cada, onde realizavam-se exercícios de alongamento ativo e ativo-assistido, treino cardiorrespiratório leve, noções de coordenação corporal, espacial e lateralidade, treino de equilíbrio e propriocepção, atividades motoras associadas à cognição, jogos e atividades lúdicas. Foram utilizados materiais da Clínica Escola de Fisioterapia da URI, como bolas, bastões, bambolês, cicloergômetros, faixas elásticas, bolas de gude, lãs e balões. Conclui-se que o fisioterapeuta pode desempenhar relevante e peculiar função em serviços de saúde mental, inclusive em ambiente hospitalar, haja vista que é o profissional da saúde capacitado para tratar as repercussões psíquicas e orgânicas provenientes de alterações patológicas, trazendo inúmeros benefícios, como tratamento complementar, através de recursos terapêuticos para melhoria, desenvolvimento e manutenção da capacidade físico-funcional de indivíduos hospitalizados. Palavras-chave: Saúde Mental. Fisioterapia. Exercício Físico

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104 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NA RECONSTRUÇÃO DE LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR: ESTUDO DE CASO

Avila, Leticia¹; Karling, Larissa1; Luza, Jeniffer¹; Ortolam, Jaqueline1; Peripolli, Clarice Maria2; Rubin, Nadyne2.

3. Discentes da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões-URI, Departamento de Ciências da Saúde, Frederico Westphalen RS, Brasil 4. Docentes da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões-URI, Departamento de Ciências da Saúde, Frederico Westphalen RS, Brasil Endereço para correspondência: Rua Assis Brasil, 709 - Itapajé Frederico Westphalen - RS, 98400-000 E-mail: [email protected]

A articulação do joelho permite mobilidade e estabilidade durante movimentos, alongar ou encurtar o membro inferior de forma funcional para abaixar ou levantar o corpo ou mover o pé. Esta mobilidade predispõe as estruturas ligamentares a lesões, principalmente o ligamento cruzado anterior (LCA), através de impacto direto ou indireto por mudança súbita de direção, parada repentina, quedas, com rotação externa da tíbia, rotação interna do fêmur, hiperextensão do joelho e abdução de quadril levando a uma correção cirúrgica. O objetivo, é apresentar os resultados obtidos em sete sessões de reabilitação fisioterapêutica em um paciente com reconstrução do LCA. O tratamento ocorreu na Clínica Escola de Fisioterapia da URI-Câmpus de Frederico Westphalen/RS, no período de maio a junho de 2018, uma vez por semana, com duração de 60 minutos cada sessão. A conduta fisioterapêutica objetivou diminuir a dor, edema, aumentar a mobilidade patelar e ADM de extensão e flexão do joelho. Observou-se melhora significativa no teste de função muscular para os seguintes grupos musculares do MID: isquiostibiais, quadríceps, abdutores, adutores, flexores e extensores do quadril, todos apresentavam grau quatro de força muscular e após observou-se aumento de um grau de todos os citados. Quanto a goniometria, a paciente apresentava 50º de flexão do joelho direito e -20º de extensão no pré-tratamento e após apresentou 70º de flexão e -10º de extensão de joelho direito, considerando que a cirurgia ocorreu tardiamente e a reabilitaçao aconteceu após sete meses do procedimento cirurgico. A comparação da perimetria realizada em ambos os membros no pré e pós-tratamento apresntou melhora de um centimetro em cada medida do MID, bem como obteve-se melhora na mensuração do MID, apresentando aumento de dois cm de medida aparente e real, fato que evidencia a diminuição do flexo residual. Quanto a Escala Visual Analógia (EVA), observou-se diminuição da dor, inicialmente encontrava-se com intensidade dois e após o tratamento diminuiu para zero. Conclui-se que após a reabilitação da reconstrução do LCA obteve-se resultados significativos através do tratamento fisioterapêutico em força muscular, ADM e da dor do joelho. Palavras-chave: Joelho. Ligamento cruzado anterior. Terapia por exercício.

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105 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

GRAU DE INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL DE IDOSOS POR MEIO DAS ABVD’S

BASEADAS NO ÍNDICE DE KATZ

1 COPINI, Laura Taffarel

1 KLEIN, Andressa Borba 2 VANZ, Daniele Olea

1 Acadêmica do curso de Fisioterapia da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, câmpus Frederico Westphalen, Departamento de Ciências da Saúde, FW, RS. 2 Professora Mestra do curso de Fisioterapia da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, câmpus Frederico Westphalen, Departamento de Ciências da Saúde, FW, RS. Av. Assis Brasil, 709, Bairro Itapagé, CEP 98400-000, Frederico Westphalen/RS. E-mail: [email protected]

Introdução: No processo fisiológico de envelhecimento ocorrem mudanças que levam ao declínio da capacidade físico-funcional do indivíduo, perceptível nos agravos das funções motoras e psíquicas. Consequentemente têm-se a redução de sua autonomia e independência na realização das atividades básicas de vida diária (ABVD’s), que podem ser mensuradas por instrumentos como o Índice de Katz. Objetivo: Avaliar o grau de independência funcional por meio das ABVD’s. Metodologia: As Visitas domiciliares (VD) foram realizadas no 2º semestre/ 2017, em Frederico Westphalen-RS, com alunos do 4º nível de Fisioterapia da URI, supervisionados pela prof.ª. Foram visitados três homens e duas mulheres, com variação de idade 64-91 anos e diagnósticos médicos de Alzheimer, Silicose, Acidente Vascular Encefálico, fratura de fêmur e senilidade. A ficha de VD utilizada possui quatro eixos: dados gerais, análise dos movimentos, ABVD’s e situação socioeconômica respectivamente. O foco deste trabalho foi o terceiro eixo que, quantifica a obtenção do êxito nas ações de alimentação, transferência, deambulação, higiene pessoal, banho, vestuário e controle esfincteriano (urinário e fecal). A graduação varia de zero a três, onde: zero é independência; um indica necessidade de ajuda não humana; dois carece de ajuda humana; e três se houver dependência completa. Resultados e Discussão: No aspecto de conseguir alimentar-se, 80% são independentes e 20% necessitaram de assistência humana. Para as transferências, 80% careceram de assistência (humana ou não), os demais com dependência completa. Com relação ao banho, 80% têm dependência completa, o restante necessitou de assistência humana. No ato de vestir-se, a maioria precisou de ajuda humana enquanto 20% necessitaram de ajuda não humana e 20% dependência. No domínio de higiene pessoal 60% apresentaram-se com dependência completa e 40% são independentes. No controle da urina, mais da metade são independentes e os demais apresentaram total dependência. No controle intestinal, 60% com independência e 40% dependência total. Relacionado à deambulação, 40% tem dependência completa, 40% necessidade de ajuda (humana ou não) e 20% tem independência. Referente ao pentear cabelos e/ou barbear-se, 80% são dependentes e 20% são independentes. Conclusão: O pior índice foi para tomar banho, devido ao declínio de funções como equilíbrio, deslocamentos e força muscular, que são necessários na execução da atividade. A fisioterapia através de técnicas cinesioterapêuticas, minimiza o processo de declínio funcional, proporciona a manutenção e melhoria destes com fortalecimento muscular, treinos de equilíbrio e marcha. Palavras-chave: Idoso. Fisioterapia. Funcionalidade.

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106 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

ANÁLISE DO NÍVEL DE CONHECIMENTO DA POPULAÇÃO RESIDENTE EM

FREDERICO WESTPHALEN/RS EM RELAÇÃO À FISIOTERAPIA

Maria Eduarda Lazzarotto¹, Gabriela Conterno Rodrigues¹, Juliana de Cezaro Piovesan¹, Daniele Olea Vanz², Daiane Mazzola³

1 Discente do curso de Fisioterapia, Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, Frederico Westphalen, RS, Brasil 2 Fisioterapeuta, Professora Mestre do curso de Fisioterapia da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, Frederico Westphalen, RS. Brasil 3 Fisioterapeuta, Professora Doutora do curso de Fisioterapia, Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, Frederico Westphalen, RS, Brasil E-mail: [email protected]

Introdução: A Fisioterapia é uma ciência da saúde que estuda, previne e trata os distúrbios cinéticos funcionais em órgãos e sistemas do corpo humano. Apesar de a profissão ser reconhecida no Brasil desde a década de 60, há uma evidente falta de conhecimento diante da população, que a relaciona com o caráter curativo e reabilitador, restringindo a atuação do profissional e impedindo que a comunidade se beneficie da capacidade que o fisioterapeuta pode oferecer. Tendo em vista que Frederico Westphalen/RS possui uma Universidade formadora de profissionais da área, observou-se a necessidade de desenvolver um estudo para identificar a percepção da comunidade em relação a este ramo da saúde. Objetivo: Analisar o nível de conhecimento da população residente em Frederico Westphalen/RS sobre a Fisioterapia. Materiais e Métodos: A pesquisa foi realizada por estudantes do 4º semestre do curso de Fisioterapia, frente à disciplina de Pesquisa em Fisioterapia, da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI). Trata-se de um estudo descritivo com abordagem quantitativa, com amostra aleatória de pessoas residentes no município de Frederico Westphalen/RS. Foi disponibilizado um questionário online com perguntas fechadas, através da ferramenta Google Forms, durante o período de 20/10/2016 a 10/11/2016. Resultados: A amostra foi composta por 192 pessoas, destas, 71,9% do sexo feminino. A faixa etária predominante foi de 20 a 29 anos (39,6%), e quanto à escolaridade, destaca-se ensino superior completo (33,3%). A maioria da amostra (92,2%) relacionou a Fisioterapia com a reabilitação, sendo que, 63,5% já realizou algum tratamento fisioterapêutico, e destes, 60% avaliaram os resultados como ‘Ótimo’. Em relação à solicitação de exames complementares, 86,2% acham que o Fisioterapeuta tem autoridade para tal. Quanto às áreas de atuação, a Traumatologia/Ortopedia, Esportiva e Pilates foram as mais selecionadas. A maioria da amostra (41,4%) acredita que os valores de uma sessão oscilam de R$60,00 a R$80,00. Um melhor acesso através do SUS/PSF e campanhas que divulguem as especialidades da Fisioterapia foram as opções mais sugeridas para obter um maior reconhecimento da profissão pela população (81,3%). Conclusão: Este estudo verificou a grande necessidade que os órgãos competentes e instituições de ensino que ofertam o curso de Fisioterapia, divulguem de maneira mais clara e minuciosa a atuação deste profissional, tendo em

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107 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

vista que, a partir do momento em que a população descobrir a verdadeira função da Fisioterapia, começará a desfrutar melhor desta profissão. Palavras-chave: Fisioterapia. População. Conhecimento.

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108 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL

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109 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

A UTILIZAÇÃO DO MÉTODO BAD RAGAZ EM UM PACIENTE COM ACIDENTE

VASCULAR CEREBRAL COM ESPASTICIDADE

C. Pagno1

V. Tumelero2

1- Acadêmica do 10º Período de Fisiotarapia da Faculdade de Pato Branco-FADEP.

Endereço: Coxilha Rica, Itapejara D´Oeste - PR, s/n, [email protected]

2- Prof. ESP do curso de Fisioterapia da Faculdade de Pato Branco-FADEP. Endereço: Rua Travessa Pinheiro Machado, nº 468 Bairro La Salle, Pato Branco - PR, [email protected]

Introdução: O acidente vascular cerebral é um déficit na circulação cerebral devido à

oclusão ou hemorragia. Isso ocasiona a falta de nutrientes e oxigenação causando a

falência dessas células. A hidroterapia é um recurso fisioterapêutico benéfico para a

reabilitação nas alterações funcionais em pacientes neurológicos, seus efeitos são

obtidos através da imersão do corpo em piscina aquecida e técnicas aplicadas. O

método Bad Ragaz é de uma técnica terapêutica desenvolvida na água com a finalidade

de reeducação muscular, fortalecimento, alongamento, relaxamento e inibição do tônus

muscular. Objetivo: Avaliar os benefícios que a hidroterapia traz utilizando o método

bad ragaz na diminuição da espasticidade de um paciente com AVC. Metodologia:

Trata-se de uma pesquisa quantitativa, aplicada, exploratória, através de um estudo de

caso. Trata-se de um paciente do sexo masculino que sofreu um AVC e que apresente

espasticidade o qual será realizado a aplicação do método Bad Ragaz por 13 sessões

com duração de 50 minutos. Depois será realizada uma nova avaliação que será feita

utilizando como parâmetro a escala de ASHWORTH para a quantificação da

espasticidade. Resultado: No inicio apresentou para MMSS e MMII uma espasticidade 3

(considerável aumento do tônus muscular: movimentos passivos dificultados) o qual

diminuiu para uma espasticidade 2 de MMSS (marcante aumento do tônus muscular

através na maior parte da amplitude de movimento, porém as partes afetadas são

facilmente movimentadas) e uma espasticidade 1 de MMII (discreto aumento no tônus

muscular manifestado pelo aprender e liberar ou por mínima resistência ao final da

amplitude de movimento quando a parte (ou as partes) afetada é movimentada em

flexão e extensão).Conclusão: O método Bad Ragaz apresenta benefícios fisiológicos

que facilitam a reabilitação de pacientes acometidos com espasticidade através da

redução das forças gravitacionais combinada com os efeitos da flutuação e pressão

hidrostática somadas com o método Bad Ragaz. Através desses benefícios fisiológicos e

a técnica utilizada obtivemos resultados positivos na diminuição da espasticidade do

paciente.

Palavras – chaves: Bad Ragaz. Espasticidade.

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110 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

EFEITOS DA CRIOTERAPIA NA ESPASTICIDADE DE UM LESADO MEDULAR ALTO: UM RELATO DE CASO

GALVÃO, Ana Caroline¹; ROSA, Camila da¹; MAZZOLA, Daiane² 1. Discente do curso de Fisioterapia na Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões- Câmpus de Frederico Westphalen- RS. 2. Professora Doutora do curso de Fisioterapia na Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões- Câmpus de Frederico Westphalen- RS. O Traumatismo Raquimedular (TRM) pode trazer como consequência a tetraplegia, apresentando assim diversas limitações motoras1, dentre elas, quando a lesão é crônica, a espasticidade, caracterizada por um aumento da resistência do músculo ao estiramento passivo, dependente da velocidade, associada à exacerbação dos reflexos tendinosos2. A crioterapia é uma modalidade terapêutica que favorece a diminuição da espasticidade, tendo durabilidade de um tempo relativamente longo3. O objetivo do presente estudo é verificar a efetividade da crioterapia sobre a espasticidade de um TRM alto crônico atendido na clínica escola de Fisioterapia da URI-FW. Trata-se de um relato de caso da disciplina de Fisioterapia Neurológica, o qual apresenta um paciente do sexo masculino, 21 anos de idade, com TRM em raízes de c4-c5 por hiperextensão cervical ao mergulhar na piscina, ocasionando fratura cominutiva de lâmina e corpo vertebral de c5, com retropulsão de fragmentos ósseos para o canal vertebral, ocasionando compressão da medula e estenose vertebral. Para avaliação da efetividade da crioterapia na espasticidade foi feita avaliação fisioterapêutica contendo escala de Ashworth modificada e Goniometria pré e pós-tratamento. O paciente foi submetido a 10 sessões de fisioterapia com duração de uma hora, com protocolo criado pelos acadêmicos com base na literatura associado à utilização da crioterapia nos membros espásticos durante 10-20 minutos no início da terapia. No decorrer das sessões observou-se que o uso da crioterapia sobre os membros inferiores diminuía a espasticidade, sendo que na escala de Ashworth modificada obteve-se melhora no membro inferior direito de 1+ para 1 e no membro inferior esquerdo de 4 para 3, esta melhora facilitava o manejo com o paciente e a execução das técnicas fisioterápicas. A realização dos movimentos ocorria de forma mais livre, sendo que a goniometria também apresentou melhora na flexão de quadril e joelho e dorsiflexão. Conclui-se que a crioterapia possui efeito positivo na diminuição da espasticidade, sendo uma ferramenta efetiva, de baixo custo e fácil acesso pelos profissionais, contribuindo para o tratamento e potencializando os efeitos da fisioterapia. Palavras-chave: Crioterapia. Fisioterapia. Traumatismos da Medula Espinal.

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111 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

FISIOTERAPIA DOMICILIAR NA PERSPECTIVA DOS FAMILIARES E CUIDADORES DE

VÍTIMAS DE AVC

Jaqueline dos Reis Tigre¹ Solange Maria Bertol Copetti²

1. Acadêmica do curso de Graduação em Fisioterapia da Faculdade de Pato Branco – FADEP. 2. Docente do curso de Graduação em Fisioterapia da Faculdade de Pato Branco - FADEP, Mestre em Educação área de Políticas Publicas – Pontificia Universidade Católica do Paraná – PUC PR.

Introdução: O Acidente Vascular Cerebral (AVC) vem sendo visto como um problema de saúde pública, pelo seu alto grau de complexibilidade e pela forma de apresentação abrupta (BRASIL, 2017). A fisioterapia neurológica vem sendo reconhecida como eficaz a partir dos anos 40, com a percepção da evolução da fisioterapia em várias áreas de atuação, destaca-se a fisioterapia domiciliar. O profissional fisioterapeuta pode efetuar sua atuação no âmbito domiciliar do paciente, a fim de lhe proporcionar um maior conforto terapêutico (PARTRIDGE, 1999). Objetivo: Esta pesquisa teve por objetivo avaliar a percepção de familiares e cuidadores de pacientes vítimas de AVC em relação ao acompanhamento e tratamento fisioterapêutico. Método: Trata-se de uma pesquisa de levantamento, com análise temática qualiquantitativa. Resultados: Dos pacientes participantes desse trabalho seis dos 13 participantes tiveram AVC entre 50 e 70 anos, seguindo de quatro pacientes com mais de 70 anos e três pacientes entre 30 e 50 anos. A pesquisa mostrou que dos treze entrevistados, oito pacientes, correspondendo a 61,5% tiveram AVC há mais do que quatro anos, e somente um paciente há menos de um ano. Relacionando-se a percepção de melhora após o início do atendimento de fisioterapia domiciliar, 69,2% declararam melhora, 1,4% melhora só no início, 7,7% declarou não haver melhora e 7,7% declarou regressão. Em relação as vantagens e desvantagens os 13 participantes apontaram vantagens, sendo a principal resposta, o conforto do atendimento domiciliar correspondendo a 46,1% das respostas e destes 3 participantes também apontaram desvantagens, sendo a principal, a falta de equipamentos que contém em clínicas, correspondendo a 15,3% das respostas. Relacionado a percepção dos entrevistados em relação ao atendimento de fisioterapia domiciliar, 62% avaliaram como bom e 38% como ótimo. Conclusões: Pode-se observar que apesar de algumas falhas apontadas pelos entrevistados, em relação ao atendimento de fisioterapia domiciliar, percebe-se que há uma satisfação unânime, uma vez que as respostas obtidas sobre a sua percepção/ satisfação em relação aos atendimentos foram apontados entre bom e ótimo, não aparecendo nem uma resposta ruim e regular. Palavras-chave: Acidente vascular Cerebral. Fisioterapia neurológica. Fisioterapia domiciliar.

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112 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

FISIOTERAPIA NEUROLÓGICA APLICADA EM PACIENTE COM TRAUMATISMO CRÂNIO ENCEFÁLICO: RELATO DE CASO

ÁVILA, Leticia¹; LUZA, Jeniffer¹; MAZZOLA, Daiane²; PACHECO, Jéssica Candaten1. 1. Discentes da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões- URI, Departamento de Ciências da Saúde, Frederico Westphalen RS, Brasil 2. Docentes da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões- URI, Departamento de Ciências da Saúde, Frederico Westphalen RS, Brasil Endereço para correspondência: Rua Assis Brasil, 709 - Itapajé Frederico Westphalen - RS, 98400-000 E-mail: [email protected]

O Traumatismo Crânio Encefálico (TCE) é uma lesão provocada por impacto ou estruturas perfurantes, causando danos ao couro cabeludo, crânio e encéfalo. As principais causas ocorrem por acidentes automobilísticos, agressões físicas e quedas. Indivíduos sobreviventes acabam desenvolvendo inúmeras sequelas. O presente estudo tem como objetivo relatar o atendimento realizado na Disciplina de Fisioterapia Neurológica pelas acadêmicas do VI semestre de Fisioterapia, na Clínica Escola de Fisioterapia da URI/FW em um paciente com TCE. Paciente do sexo masculino, 34 anos, diagnóstico médico de TCE decorrente de acidente motociclístico. Na avaliação foi realizada anamnese, testes de força muscular através da escala de Oxford onde observou-se fraqueza de tríceps sural, tibial anterior, peitoral maior, quadríceps e isquiotibiais. Para sensibilidade utilizou-se monofilamentos constatando diminuição de sensibilidade tátil e dolorosa no membro superior e inferior direito, amplitude de movimento (ADM) através da goniometria que apresentava-se diminuída no hemicorpo direito, além de avaliação da marcha considerada ceifante. Foram realizados cinco atendimentos, onde priorizou-se treino de marcha, fortalecimento muscular dos músculos enfraquecidos, dissociação de cinturas, descarga de peso, mobilizações articulares, treino de coordenação motora e equilíbrio. Ao final, obtiveram-se os seguintes resultados, houve aumento na força muscular de dorsiflexores e plantiflexores de grau 1 para 2, respectivamente. Na força muscular de quadríceps, inicialmente com grau 3 e após grau 4, sendo que nos demais músculos o grau de força permaneceu o mesmo. Em relação a sensibilidade tátil houve aumento gradual no membro superior direito. Na ADM obteve-se aumento significativo tanto de membro superior quanto de membro inferior direito, a flexão de punho aumentou 30º, flexão de ombro 34º, extensão de ombro 36º, abdução do ombro 16º, quanto a flexão de joelho aumentou 10º. O paciente apresentou melhora considerável na realização de atividades de vida diária e na marcha. Mostrando desta forma que a fisioterapia neurológica é parte fundamental no tratamento, permitindo melhorar a qualidade de vida, independência e evitando complicações secundárias. Palavras-Chave: Acidentes.Traumatismo. Fisioterapia.

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113 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

O USO DA FISIOTERAPIA CONVENCIONAL COMO TRATAMENTO DA SÍNDROME DE GUILLAN-BARRÉ.

L. Rafain¹ P. Dall Olmo² V. Tumelero³

1. Acadêmica do curso de Graduação em Fisioterapia da Faculdade de Pato Branco – FADEP. Endereço: Rua Verissimo Rizzi, n 460, B Fraron, Pato Branco –PR, e-mail: [email protected] 2. Acadêmica do curso de Graduação em Fisioterapia da Faculdade de Pato Branco – FADEP. Endereço: Rua Ararigbóia, n 2677, B Parque do Som, Pato Branco – PR, e-mail: [email protected] 3. Docente do curso de Graduação em Fisioterapia da Faculdade de Pato Branco – FADEP. Endereço: Rua Benjamin Borges dos Santos, n 1100, B Fraron, Pato Branco – PR, e-mail: [email protected]

Introdução: A Síndrome de Guillain-Barré (SGB) caracteriza-se por um déficit motor progressivo, geralmente ascendente, de instalação aguda acompanhada com sinal clínico de arreflexia, com ou sem alterações sensitivas, podendo ter, do ponto de vista patológico diferentes alterações, com predomínio de lesão da bainha de mielina ou do axônio. É a maior causa de paralisia flácida generalizada no mundo com incidência anual de 1-4 por 100.000 habitantes e pico entre 20-40 anos de idade. Não existem dados epidemiológicos específicos para o Brasil. Este trabalho teve como objetivo demonstrar os benefícios da fisioterapia convencional no tratamento da SGB. Métodos: Para tanto foi realizado um estudo de caso do paciente P.R.V, de 61 anos de idade, do sexo masculino, portador da SGB. O paciente foi submetido a avaliações fisioterapêuticas no inicio e no fim do programa de tratamento, dando ênfase na avaliação por meio da Tabela de Medida de Independência Funcional- MIF, onde foi possível verificar o grau de independência funcional da paciente em relação as suas atividades de vida diária e também avaliação da força muscular através da tabela de Oxford. Sendo atendido 3 vezes por semana com duração de 50 minutos cada sessão, durante quatro meses. O tratamento adotado enfocou em regulação do tônus, retardar o surgimento de contraturas e deformidades, melhorar amplitude de movimento, força muscular, equilíbrio, coordenação motora, marcha. Resultados: No final do estudo notou-se um aumento das funções motoras, que na avaliação inicial do Protocolo de MIF tinha o somatório total entre 19 e 60 pontos - dependência modificada - assistência de até 50% das tarefas e na última avaliação apresentava o valor de 79 pontos, significando dependência modificada - assistência de até 50% das tarefas, também houve melhora da força muscular sendo que na avaliação inicial foi graduada em 1 (mínima) significando sinais de discreta contratilidade, sem movimentos das articulações e na ultima avaliação foi graduada 4 (boa) mobilidade integral contra a ação da gravidade e de certo grau de resistência. Conclusão: Os resultados foram satisfatórios em relação ao efeito da fisioterapia convencional na SGB, proporcionando ao paciente uma melhora na independência funcional nas suas atividades de vida diária. Palavras Chaves: Fisioterapia Convencional. Guillan Barré. Avaliação.

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114 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO (AVE) AGUDO: UM RELATO DE

EXPERIÊNCIA NA DISCIPLINA DE FISIOTERAPIA NEUROLÓGICA

LAZZAROTTO, Maria Eduarda¹; RODRIGUES, Gabriela Conterno¹; MAZZOLA, Daiane²

1 Discente do curso de Fisioterapia, Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, Frederico Westphalen, RS, Brasil 2 Fisioterapeuta, Professora Doutora do curso de Fisioterapia, Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, Frederico Westphalen, RS, Brasil E-mail: [email protected] Introdução: O AVE é caracterizado pelo déficit neurológico súbito (transitório ou definitivo), secundário a alterações histopatológicas que envolvem os vasos sanguíneos em uma área cerebral. Pode ser classificado como AVE isquêmico quando ocorre a obstrução de uma artéria que supre o encéfalo, ou como AVE hemorrágico, quando há ruptura do vaso. Estima-se que 550.000 casos ocorram a cada ano, resultando em 150.000 mortes e mais de 300.000 indivíduos com sequelas significantes. Devido a isto, a Fisioterapia é essencial para a diminuição dos déficits motores e sensitivos oriundos da doença e consequente aumento da qualidade de vida destes pacientes. Objetivo: Relatar a vivência de duas discentes de Fisioterapia frente aos atendimentos realizados com um paciente diagnosticado com AVE isquêmico agudo à esquerda. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo descritivo tipo relato de experiência realizado por estudantes do 6º semestre, frente à prática supervisionada da disciplina de Fisioterapia Neurológica. Resultados: Paciente do sexo masculino, 77 anos, brasileiro, aposentado. No período de outubro a dezembro de 2017, a partir de uma avaliação cinético-funcional, duas acadêmicas programaram e realizaram 10 atendimentos voltados aos déficits apresentados pelo paciente. A intervenção ocorreu na Clínica Escola de Fisioterapia da URI/FW, uma vez por semana, com duração de 1h30min de atendimento. Foram realizados exercícios de fortalecimento muscular global, alongamentos ativos e ativo-assistidos, noções de coordenação motora e equilíbrio, treino de marcha, estímulos sensoriais, atividades funcionais associadas à cognição e treino cardiorrespiratório leve. Os materiais/recursos utilizados foram disponibilizados pela própria Clínica Escola, tais como cones, bastões, bolas, caneleiras, faixas elásticas, halteres, digi-flex, cama elástica, turbilhão e eletroterapia. Ao final da intervenção, as discentes observaram melhora gradual na força muscular global do lado hemiparético (direito), aumento da amplitude de movimento, além da evolução quanto à marcha, inicialmente utilizando cadeira de rodas e no último atendimento deambulou com apoio. Conclusão: Este estudo constatou que a conduta fisioterapêutica planejada e realizada pelas acadêmicas com base na avaliação inicial foi capaz de melhorar fatores determinantes para a funcionalidade e qualidade de vida, facilitando a reintegração do paciente na sociedade. Palavras-chave: Acidente Vascular Encefálico. Fisioterapia. Reabilitação.

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115 ANAIS DO XII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA

O AMBIENTE VIRTUAL COMO INTERFACE NO TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO INFANTIL

1 Marine Maffessoni 2 Andressa Scaravelli

3 Michele Minozzo dos Anjos 4 Aline Martinelli Piccinini

1Acadêmica do curso de Fisioterapia – Unochapecó, [email protected]

2Acadêmica do curso de Fisioterapia – Unochapecó, [email protected]

3 Mestre em Biociências e Reabilitação – Unochapecó, [email protected];

4Mestre em Ciências do Movimento Humano (UFRGS) e em Docência Universitária (UTN) – Unochapecó,

[email protected]

Os pacientes neurológicos necessitam de ferramentas de adaptação ao seu nível de função e de altos índices de motivação, especialmente quando são crianças, e nesse contexto, o Wii® Reabilitação Virtual (RV) surge como uma interface entre homem e máquina. Composto por uma rede sem fio que simula situações da vida real, permitindo que o paciente interaja através de estímulos visuais, táteis, sensoriais e auditivos pela detecção do movimento, o uso do Wii® consiste na ideia de que a criança ao executar as atividades propostas pela televisão e a observação de seus próprios membros na mesma, reorganiza funcionalmente os sistemas motores. O objetivo deste resumo é relatar os efeitos da utilização da reabilitação virtual em pacientes neurológicos infantis. Foi utilizado o videogame Nintendo Wii® Sports, jogos de vídeo como o tênis, boliche, boxe, golfe, baseball, e jogos lúdicos da Era do Gelo, pelas bolsistas do Programa de Atenção e Cuidado a Criança e ao Adolescente: Sorriso para a vida, sob orientação docente, com quatro pacientes infantis com diferentes diagnósticos, paralisia cerebral, leucoencefalopatia da substância branca evanescente e mielomelingocele, e com idade entre 5 a 8 anos na Clínica Escola de Fisioterapia Sabrina Fiorentin Sfreddo da UNOCHAPECÓ. As atividades iniciaram no dia 06 de agosto de 2018, e tem duração média de 30 minutos por criança, antecedendo o atendimento. Pode ser observado como benefício dos jogos de vídeo, que as crianças apresentaram maior motivação para realização do tratamento, maior interatividade, diversão e ludicidade associada à reabilitação. O Wii® possui sensores aos movimentos dos membros superiores que detectam alterações de direção, de velocidade e de aceleração, fornecendo um feedback ao paciente de seus próprios movimentos, e isso serviu para aperfeiçoamento das tarefas que são comprometidas, principalmente a preensão, manipulação e alcance. É uma alternativa que tornou o atendimento mais atrativo, os pacientes mais motivados e mais receptivos ao tratamento, além da melhora na aprendizagem motora e no desempenho cognitivo. Palavras-chaves: Reabilitação. Jogos de Vídeo.

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CUIDANDO DOS CUIDADORES: OFICINAS INTERATIVAS COMO UMA

ESTRATÉGIA TERAPÊUTICA

Samanda Volpatto - Estudante de Fisioterapia14

Kauana Petzen – Estudante de Fisioterapia15 Douglas Carlos Tuni – Estudante de Medicina16

Indiamara de Oliveira Flores Dal Magro Silvani – Curso de Fisioterapia17 Aline Martinelli Piccinini – Professora – Curso de Fisioterapia18

Michele Cristina Minozzo dos Anjos – Professora – Curso de Fisioterapia19

Introdução: O trabalho dos cuidadores é de suma importância para manutenção e melhora nas condições de saúde do paciente, são eles que assumem todas as funções que envolvem o indivíduo cuidado e muitas vezes o desempenham sem nenhum tipo de ajuda. O olhar das pessoas se fecha ao paciente, esquecendo-se da sobrecarga na qual o cuidador se encontra. Os grupos são encontros que favorecem trocas de experiências entre as pessoas e contribuem para o conhecimento, da mesma forma, diálogo e acolhimento são elementos indispensáveis para criar um espaço proveitoso de intervenção. Pensando nisso, formou-se uma equipe multidisciplinar com enfoque ampliado à saúde e qualidade de vida do cuidador. Nas oficinas em grupos pretende-se que os participantes sintam-se descontraídos e motivados a interagir, fiquem seguros para inter-relacionar-se enquanto participam das atividades propostas e proporciona momentos de aprendizagem e execução de dinâmicas apresentadas pelo grupo. Objetivo: Apresentar o projeto de extensão intitulado “Oficinas interativas com cuidadores de pacientes neurológicos como uma estratégia terapêutica”. Metodologia: Os encontros acontecerão durante uma hora, uma vez por semana, quando os cuidadores acompanharem os pacientes para o atendimento de Fisioterapia na Clínica Escola de Fisioterapia da Unochapecó. No primeiro encontro, será explicado a dinâmica das atividades. Antes e após cada oficina será aplicada a Avaliação da Sobrecarga dos Cuidadores e a Escala de Auto eficácia Geral Percebida. No último encontro será efetuado novamente o roteiro de questões abertas e fechadas do primeiro dia para possíveis comparações e verificar a satisfação dos cuidadores. Concomitantemente, estes serão entrevistados individualmente a fim de identificar a percepção dos mesmos sobre a experiência vivenciada nas oficinas terapêuticas. Resultados: As oficinas serão voltadas ao relaxamento dessa população tendo como temáticas: massagem,

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Acadêmica de Fisioterapia da UNOCHAPECÓ. Servidão Anjo da Guarda, 295-D - Efapi, Chapecó - SC, [email protected] 15

Acadêmica de Fisioterapia da UNOCHAPECÓ. Servidão Anjo da Guarda, 295-D - Efapi, Chapecó - SC, 89809-900. [email protected] 16

Acadêmico de Medicina da UNOCHAPECÓ. Servidão Anjo da Guarda, 295-D - Efapi, Chapecó - SC, 89809-900. [email protected] 17

Graduada em Fisioterapia pela UNOESC. Servidão Anjo da Guarda, 295-D - Efapi, Chapecó - SC, 89809-900. [email protected] 18

Graduada em Fisioterapia pela UNICRUZ. Servidão Anjo da Guarda, 295-D - Efapi, Chapecó - SC, 89809-900. [email protected] 19

Graduada em Fisioterapia pela ACE. Servidão Anjo da Guarda, 295-D - Efapi, Chapecó - SC, 89809-900. [email protected]

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acupuntura, auriculoterapia, pilates, cone chinês, entre outras. Conclusão: Com este projeto espera-se proporcionar momentos de bem-estar aos cuidadores como uma

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CRIAÇÃO DO SERVIÇO DE REFERÊNCIA EM REABILITAÇÃO FÍSICO FUNCIONAL

DE LESÕES DE NERVOS PERIFÉRICOS

Thamyres Domingues de Arruda - Acadêmica de Fisioterapia Yasmin Prost Welter - Acadêmica de Fisioterapia

Gustavo Colpo - Acadêmico de Fisioterapia Bruna Maliska Haack - Acadêmica de Medicina

Natália Da Silva - Acadêmica de Medicina Aline Martinelli Piccinini - Professora - Curso de Fisioterapia

Michele Cristina Minozzo dos Anjos - Professora - Curso de Fisioterapia

A abordagem reabilitativa no tratamento das lesões de nervos periféricos deve iniciar-se, sempre que possível, logo após a conduta neurológica, conservadora ou cirúrgica. A partir destas condutas é imprescindível a integração entre a equipe cirúrgica e a de reabilitação para o sucesso do tratamento do paciente. O encaminhamento para reabilitação deve ser precoce e as informações referentes às intercorrências ou dificuldades observadas durante o ato cirúrgico, restrições impostas pela patologia ou pela técnica cirúrgica, devem estar claras para auxiliar no programa de tratamento. A interdisciplinaridade na reabilitação completa de pacientes acometidos por disfunções físicas funcionais deve-se fazer presente no cotidiano de instituições da saúde, visando o trabalho em conjunto e a troca de informações unidas por um só objetivo que é o bem-estar destes pacientes. O objetivo deste estudo é apresentar o Serviço de Referência em Reabilitação Físico Funcional de Lesões de Nervos Periféricos da Clínica Escola de Fisioterapia da Unochapecó, a qual está em andamento. O serviço é a nível ambulatorial, composto por uma equipe interprofissional de professores, profissionais e estudantes. O público atendido é a população acometida pelos traumas por causas externas. Estes traumas têm grande impacto na saúde da população em geral, tendo notória importância tanto na morbidade quanto na mortalidade no trauma, representando aproximadamente 15% a 20% das mortes em pessoas com idade entre 5 e 35 anos e é responsável por 1% de todas as mortes em adultos. Aproximadamente 60% dos pacientes que sobrevivem a traumas tem sequelas significativas como déficit motor e cognitivo, trazendo grande impacto socioeconômico e emocional aos pacientes e seus familiares. Este serviço vem contribuir de forma significativa na reabilitação físico funcional desta população acometida por trauma por causas externas. As condutas nos pacientes com estes profissionais, principalmente em casos graves, são complexas e exigem uma equipe interprofissional durante o tratamento do paciente com protocolos específicos para cada tipo de lesão e com a finalidade de reduzir ao máximo as sequelas do trauma, melhorando a sobrevida e a qualidade de vida dos pacientes. Para melhorar os resultados do tratamento, diminuir as complicações e limitações funcionais, é necessário manter ou aumentar a amplitude de movimento, prevenir deformidades, orientar a família e o paciente seja ele adulto ou criança; melhorar as habilidades funcionais; reintegrar o paciente a sociedade; estimular as atividades de vida diária, a alimentação, entre outras. Palavras chaves: Lesão nervosa. Interprofissional. Reabilitação.

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RELATO DE CASO: REABILITAÇÃO DE LESÃO DE NERVOS PERIFÉRICOS E LCA

Yasmin Prost Welter - Acadêmica de Fisioterapia Thamyres Domingues de Arruda - Acadêmica de Fisioterapia

Gustavo Colpo - Acadêmico de Fisioterapia Bruna Maliska Haack - Acadêmica de Medicina

Natália Da Silva - Acadêmica de Medicina Aline Martinelli Piccinini - Professora - Curso de Fisioterapia

Introdução: As lesões de LCA e Plexo Braquial podem ter várias consequências nas vítimas resultando em incapacidade, déficit de mobilidade, fraqueza muscular, rigidez e instabilidade nas articulações, dores, interferem nas AVD, desempenho no trabalho, alteração de equilíbrio e coordenação motora. Logo, o resultado em potencial da recuperação cirúrgica de ruptura do LCA e da cirurgia em nervos periféricos, relaciona-se diretamente ao tratamento fisioterapêutico. Objetivo: Relatar o caso de um paciente da Clínica Escola de Fisioterapia Sabrina Fiorentin, que apresenta lesão de plexo braquial e lesão de LCA. Métodos: O acidente ocorreu no dia 18/02/2017, a vítima foi encaminhada ao Hospital Regional do Oeste, onde ficou internado num período de 16 dias, sendo 6 na UTI. Durante 6 meses fez o uso de fixadores externos no MIE e MSE. Também realizou o procedimento de correção nervosa do plexo braquial em dez/2017 e LCA em nov/2017. Em seus procedimentos cirúrgicos foi realizado osteotomia, placa de platina no MIE e procedimentos hospitalares emergenciais. Teve início das atividades na clínica escola em agosto de 2017, o tratamento é baseado na estimulação da coordenação motora fina, a recuperação da sensibilidade dos MSE e MIE, o aumento da amplitude articular e amplitude de movimento do mesmo, o fortalecimento de MSE e MIE, além da melhora do equilíbrio estático e dinâmico. Resultados e Conclusão: Desde que começou as atividades na clínica conseguiu ganhar amplitude de mobilidade articular e amplitude de movimento de MSE, mobilidade articular de tornozelo esquerdo, além da melhora na função geral do MSE com as atividades de vida diária, mas ainda salienta-se a necessidade de continuação no tratamento fisioterapêutico melhorando sua qualidade de vida e reduzindo ao máximo as sequelas do trauma. Palavras chaves: Reabilitação. Nervos periféricos.

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