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Universidade Estadual de Maringá 07 a 09 de Maio de 2012 1 O CONCEITO ACADÊMICO E A QUALIDADE NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: UMA ANÁLISE COMPARATIVA NO CURSO DE PEDAGOGIA MARTINS, Simone Maria (UEM) ZANIN, Adriana Paula Cheron (UEM) COSTA, Maria Luisa Furlan (UEM) 1 Breve Histórico do Ensino Superior a Distância no Brasil Ao resgatar o histórico do Ensino Superior a Distância no Brasil, encontram-se suas primeiras tentativas de implantação registradas no auge da propagação desta modalidade de ensino, no cenário mundial na década de setenta, principalmente, em países de primeiro mundo, como os Estados Unidos, o Japão e a Inglaterra, que tinham como meta para o desenvolvimento, investimentos em massa na educação da nação. Neste mesmo período o Brasil, logo perdeu essa empolgação esgotando sua força para se efetivar como uma nova modalidade de ensino. No entanto, percebe-se que ocorreu um grande empenho e persistência somente nos últimos anos, para que enfim, passados tantos anos, se efetivasse sua regulamentação e implantação. Embora esse campo ainda é considerado de incertezas, devido a dependência de políticas públicas que ampliem investimentos e esteja dependente de um maior detalhamento em seu processo legal. Alves (2007) considera que a LDBEN 9394/96 definitivamente torna-se um marco na regulamentação do Ensino Superior a Distância no Brasil, a qual dispensa o regime presencial e autoriza a oferta do regime semi-presencial. [...] Art. 80º. O Poder Público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino a distância, em todos os níveis e modalidades de ensino, e de educação continuada. § 1º. A educação a distância, organizada com abertura e regime especiais, será oferecida por instituições especificamente credenciadas pela União.

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Universidade Estadual de Maringá 07 a 09 de Maio de 2012

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O CONCEITO ACADÊMICO E A QUALIDADE NA EDUCAÇÃO A

DISTÂNCIA: UMA ANÁLISE COMPARATIVA NO CURSO DE

PEDAGOGIA

MARTINS, Simone Maria (UEM)

ZANIN, Adriana Paula Cheron (UEM)

COSTA, Maria Luisa Furlan (UEM)

1 Breve Histórico do Ensino Superior a Distância no Brasil

Ao resgatar o histórico do Ensino Superior a Distância no Brasil, encontram-se

suas primeiras tentativas de implantação registradas no auge da propagação desta

modalidade de ensino, no cenário mundial na década de setenta, principalmente, em

países de primeiro mundo, como os Estados Unidos, o Japão e a Inglaterra, que tinham

como meta para o desenvolvimento, investimentos em massa na educação da nação.

Neste mesmo período o Brasil, logo perdeu essa empolgação esgotando sua

força para se efetivar como uma nova modalidade de ensino. No entanto, percebe-se que

ocorreu um grande empenho e persistência somente nos últimos anos, para que enfim,

passados tantos anos, se efetivasse sua regulamentação e implantação. Embora esse

campo ainda é considerado de incertezas, devido a dependência de políticas públicas

que ampliem investimentos e esteja dependente de um maior detalhamento em seu

processo legal.

Alves (2007) considera que a LDBEN 9394/96 definitivamente torna-se um

marco na regulamentação do Ensino Superior a Distância no Brasil, a qual dispensa o

regime presencial e autoriza a oferta do regime semi-presencial.

[...] Art. 80º. O Poder Público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino a distância, em todos os níveis e modalidades de ensino, e de educação continuada. § 1º. A educação a distância, organizada com abertura e regime especiais, será oferecida por instituições especificamente credenciadas pela União.

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§ 2º. A União regulamentará os requisitos para a realização de exames e registro de diploma relativos a cursos de educação a distância. § 3º. As normas para produção, controle e avaliação de programas de educação a distância e a autorização para sua implementação, caberão aos respectivos sistemas de ensino, podendo haver cooperação e integração entre os diferentes sistemas (BRASIL. LDBEN, 1996).

Com este marco na história da educação do Ensino Superior a Distância no

Brasil, compreende-se o início do processo de institucionalização e regulamentação no

Ensino Superior. Partindo da LDBEN 9394/96, surge o decreto 2.494/98 o qual define o

que é a EAD e dispõe sobre suas normas. Diante da necessidade de cursos de

graduação, surgem novos decretos e leis, mesmo com uma regulamentação ainda tímida

diante das necessidades dos cursos de graduação, percebe-se que a partir da LDBEN

9394/96, abrem-se as portas para avanços significativos na regulamentação dessa

modalidade no Brasil (BRASIL, 1998).

Silva e Carnielli (2007) também destacam como base legal para o processo de

regulamentação da EAD, o Plano Nacional de Educação (PNE), o qual estabelece:

[...] um amplo sistema interativo de educação a distância, utilizando-o, inclusive, para ampliar as possibilidades de atendimento nos cursos presenciais, tanto os regulares como os de educação continuada, observando as metas estabelecidas no capítulo referente a essa modalidade de ensino (PNE, 2000:74 apud SILVA, CARNIELLI, 2007).

Para regulamentar definitivamente o ensino superior nesta modalidade, surge o

Decreto n. 5622/2005 que institui o ensino a distância no Brasil, caracterizando como

modalidade educacional que visa procedimentos didático-pedagógicos com o uso de

meios e tecnologias de informação e comunicação, proporcionando aos professores e

alunos, atividades em lugares e tempos diversos de acordo com a realidade local

(BRASIL, 2005).

Para além de todo este processo de implementação da educação a distância no

ensino superior, sabendo que não havia investimentos dentro das universidades públicas

para a implantação da EAD, o Ministério da Educação visou a necessidade de criar o

Sistema UAB, no qual foi oficializado pelo Decreto n. 5.800, de 8 de junho de 2006,

que destaca a articulação e integração de Instituições de Ensino Superior, Municípios e

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Estados, objetivando a democratização, expansão e interiorização da oferta de ensino

superior público e gratuito no país (ABRAED, 2007).

Essa infraestrutura foi criada para o funcionamento do Sistema Universidade

Aberta do Brasil (UAB), envolvendo todas as instâncias, desde a esfera Federal,

Estadual e Municipal. Pode-se afirmar que a LDB foi o impulso necessário para a

implantação de cursos em nível superior na modalidade EAD no Brasil.

Atualmente os cursos na modalidade em EAD, já estão praticamente dentro de

quase todas as universidades públicas brasileiras, os quais são regulamentados e

disponíveis para toda a sociedade. Mesmo assim, o Brasil possui um grande desafio no

que diz respeito ao acesso da população aos cursos em nível superior, ainda existem

muitos jovens que não conseguem cursar uma graduação, por questões geográficas,

sociais ou econômicas.

2 Breve Histórico da Educação a Distância na Universidade Estadual de Maringá

Os primeiros passos para a implementação da Educação a Distância na

Universidade Estadual de Maringá, de acordo com os registros oficiais, teve início em

1997, quando a Pró-Reitoria de Ensino (PEN) realizou um pedido ao Magnífico Reitor

da instituição solicitando a constituição de uma comissão para estudar das questões

relativas a EAD dentro da instituição. Esta mesmo comissão foi responsável em

elaborar o projeto para a criação da infraestrutura de um curso em nível de graduação,

por intermédio da modalidade a distância, voltado a formação de professores da

educação pública.

Por intermédio de um trabalho em parceria entre a Universidade Estadual de

Maringá (UEM) e a Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), criou-se um curso

de pós-graduação em nível de especialização na modalidade a distância, voltado a

formação de profissionais para atuar na área de EAD. No ano seguinte, em 2001, foi

aberto o processo seletivo para o primeiro curso de graduação em na modalidade a

distância, com a abertura de um total de 1.500 vagas para o curso em Licenciatura Plena

nas Séries Iniciais do Ensino Fundamental.

A partir do ano de 2005 a Universidade Estadual de Maringá, obteve autorização

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para ofertar o curso Normal Superior – para Séries Iniciais do Ensino Fundamental, por

intermédio do decreto 4871/2005. Além disso, foi ofertado aos acadêmicos concluintes

da Graduação do Normal Superior, um curso de complementação com a duração de

mais um ano, que oportunizou a formação e a certificação da Licenciatura em

Pedagogia.

Em concomitância com a implantação do curso de Pedagogia, surgiu o curso de

Administração, criado por um projeto-piloto, firmado em parceria com o Banco do

Brasil, que tinha como principal objetivo formar funcionários efetivos de cargos

públicos na área administrativa. Esta iniciativa teve diversas dificuldades, a principal

delas se deve ao fato da obrigatoriedade da universidade em priorizar o acesso ao curso

para funcionários do banco. As exigências legais não permitem que se restrinja o acesso

de um público especifico, como foi neste caso, isto fez com que o projeto

enfraquecesse.

Como já citado no processo histórico do Ensino Superior em EAD no Brasil,

surge o sistema UAB, onde neste mesmo momento ocorreu a inserção do sistema UAB

dentro da UEM, por intermédio do segundo edital do Ministério da Educação (UAB-2),

através do Núcleo de Educação a Distância, no qual participou dos processos de

aprovação do projeto, da avaliação na estrutura administrativa e pedagógica, para que

houvesse a finalização do processo de implantação do sistema UAB na universidade.

Após todo esse processo de implantação da modalidade a distância na

Universidade Estadual de Maringá, atualmente a instituição oferta seis cursos de

graduação (Administração Pública, Ciências Biológicas, Física, História, Letras

Português/Inglês e Pedagogia). Além da oferta de cursos de pós-graduação, em nível de

especialização, desenvolvido pelo Programa Nacional de Formação de Administradores

Públicos (PNAP), voltados para a área de Gestão Pública, Gestão Pública Municipal e

Gestão em Saúde.

3 O Curso de Pedagogia em EAD na UEM

A graduação em Pedagogia, na modalidade de Educação a Distância, pertence ao

Departamento de Fundamentos da Educação (DFE) do Centro de Ciências Humanas,

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Letras e Artes (CCH) da Universidade Estadual de Maringá (UEM), com a participação

de outros seis departamentos da instituição.

O curso de Pedagogia tem uma carga horária de 3846 horas, sendo 3366 horas

de conteúdos teórico-práticos, 360 horas de estágio supervisionado e 120 horas de

atividades teórico-práticas de aprofundamento. O tempo mínimo para integralização

curricular é de 4 (quatro) anos e o máximo é de 8 (oito) anos.

O curso se destina a atender egressos do Ensino Médio e professores em

exercício, os quais devem ser aprovados no processo de seleção especialmente

elaborado pela Comissão de Vestibular Unificado da UEM (CVU) para o Curso de

Pedagogia ofertado na modalidade de Educação a Distância, conforme artigo 44, inciso

II, da Lei 9.394/96.

De acordo com a proposta pedagógica do curso de Pedagogia tem como objetivo

formar profissional para atuar no magistério (Educação Infantil, do Ensino

Fundamental, Ensino Médio e formação pedagógica do profissional docente) e na

gestão do trabalho pedagógico na educação formal e não-formal.

Por intermédio do sistema UAB a universidade abriu 700 (setecentas) vagas,

distribuídas em 14 (catorze) Polos de Apoio Presencial localizados no Estado do Paraná,

com 50 vagas para cada município. Esta primeira turma iniciou o curso em 2009. No

ano seguinte foram abertas mais 700 vagas distribuídas em 15 polos de apoio presencial

e no inicio de 2011 ocorreu a abertura de 900 vagas ofertadas no âmbito do Programa

Nacional de Formação de Professores (PAR), as quais foram divididas em 18 polos de

apoio presencial localizados no Estado do Paraná.

4 O Conceito Acadêmico na Questão da Qualidade

A pesquisa consistiu num levantamento, com a aplicação de um questionário

para traçar o conceito do acadêmico quanto a sua visão da qualidade, ofertada através

do curso de Pedagogia na modalidade à distância, da Universidade Estadual de Maringá.

Com base em questões que visam analisar a visão, o desempenho e o

desenvolvimento desses atores, antes e depois de ingressarem em um curso na

modalidade EAD, pertencente ao programa UAB, buscou-se compreender de que forma

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o processo de aprendizagem pode contribuir para a transformação social deste individuo

que está inserido nesta modalidade de ensino, abordando também quais as facilidades e

dificuldades encontradas por estes acadêmicos, ao freqüentar um curso superior a

distância.

A pesquisa de análise conceitual quanto ao processo de aprendizagem e os

avanços desses acadêmicos, abordou uma análise comparativa entre dois polos, sendo

aplicada em duas fases distintas. A primeira no ano de 2011 para um total de 30 (trinta)

acadêmicos, pertencentes aos cursos de Pedagogia da Universidade Estadual de

Maringá (UEM), do Polo de Apoio Presencial de Umuarama. A segunda no ano de 2012

novamente com 30 (trinta) acadêmicos, pertencentes aos cursos de Pedagogia da

Universidade Estadual de Maringá (UEM), do Polo de Apoio Presencial de Astorga.

Segue abaixo (mapa 1) em destaque, os dois polos pesquisados.

Mapa 1- Polos de Apoio Presencial - UEM/NEAD/UAB

Fonte: www.nead.uem.br

Em ambos os polos os sujeitos da pesquisa são acadêmicos em três situações

diferenciadas, a primeira turma ingressou em 2009, a segunda em 2010 e a última em

2011. Por intermédio de amostragem sem qualquer identificação dos participantes,

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foram destacados três fatores que aferissem o seu conceito quanto ao desempenho do

acesso na tecnologia, na dedicação à leitura e na produção textual, além disso,

oportunizou-se na entrevista que os acadêmicos pudessem manifestar quais as

facilidades e as dificuldades encontradas quanto ao processo de aprendizagem num

curso na modalidade a distância.

4.1 Os Resultados da Pesquisa

Foram abordadas questões buscando levantar o conceito do acadêmico em

relação ao processo de aprendizagem por intermédio da modalidade a distância, onde

manifestassem como pensavam nas possibilidades de aprendizagem via EAD antes e

depois de ingressarem no curso, suas impressões foram registradas através dos conceitos

de insuficiente, regular, bom e ótimo.

Numa segunda abordagem, com as mesmas determinações conceituais, o

questionário solicitava para indicarem os avanços no processo de inclusão digital, sendo

este um grande desafio social, tendo em vista os atrasos tecnológicos que o país ainda

enfrenta, por mais que existam projetos nessa esfera, diversos acadêmicos ao

ingressarem num curso de graduação, nunca tiveram acesso ao computador, até mesmo

a própria inscrição, muitas vezes é efetivada por terceiros, tanto que ao ingressarem no

curso, nem sequer possui conhecimentos pertinentes a senha de acesso ao ambiente

virtual no qual efetivou sua matrícula.

A terceira abordagem buscou detectar qual era o nível de dedicação a leitura dos

acadêmicos, antes e depois de ingressarem no curso, da mesma forma os conceitos

foram manifestados pela escala conceitual, utilizada nos demais questionamentos. O

acesso e dedicação a leitura também somam avanços significativos no processo de

inclusão social, tendo em vista que a educação ainda defronta com um atraso cultural

imenso quanto à valorização e dedicação a leitura.

No último questionamento, verificou-se qual o conceito dos acadêmicos

entrevistados, quanto aos avanços no processo de produção textual, com a utilização do

mesmo conceito atribuído nas outras questões, anseia-se compreender como o

acadêmico define sua produção de texto antes e depois de ingressar no curso. Fator

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importante para análise, tendo em vista que o nível de produção textual no âmbito

acadêmico requer atribuições as quais pela falta de leitura, se restringe de forma

preocupante mesmo no cenário dos cursos de graduação na modalidade presencial.

Esta abordagem também compõe e finaliza a pesquisa, levantando a visão dos

acadêmicos, questionando se os mesmos consideram que ocorrem avanços no seu

processo de aprendizagem, e se este contribui significativamente no seu desempenho

tecnológico, na sua promoção a leitura e em sua produção textual.

4.2 O Conceito Acadêmico de Qualidade em EAD

Nesta primeira parte da pesquisa (conforme tabela 1), aplicada no Polo de

Umuarama, no ano de 2011, foi proposto aos acadêmicos avaliarem seus conceitos

quanto à possibilidade da aprendizagem pela modalidade em EAD. Percebe-se que em

todas as turmas, havia nove acadêmicos que consideravam a aprendizagem via EAD,

como algo “insuficiente”, sendo que ao ingressarem no curso todos mudaram esse

conceito.

Em se tratando do conceito da aprendizagem em EAD como “regular”, de onze

acadêmicos que atribuíram este conceito, a maioria mudou de opinião ao ingressarem

no curso, apenas um acadêmico manteve este conceito inalterado.

No conceito que avalia a aprendizagem em EAD como “boa”, entendendo esta

como satisfatória, percebe-se que somando todas as turmas, antes de ingressarem

consideravam a aprendizagem boa, porém, ao estudar por esta modalidade, dezoito

acadêmicos passaram para este conceito.

No último conceito, que avalia como “ótimo” o processo de aprendizagem via

EAD, entende-se que antes de ingressarem no curso, apenas dois acadêmicos

consideravam isso possível, porém ao participarem deste processo de aprendizagem,

ampliou-se para onze o número de acadêmicos que consideram ótimo o nível de

aprendizagem por esta modalidade.

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Tabela 1 - Polo Umuarama

2011 2010 2009 Total Conceito Antes Depois Antes Depois Antes Depois Antes Depois

Insuficiente 02 00 04 00 03 00 09 00 Regular 04 00 03 00 03 01 10 01

Bom 04 05 03 06 02 07 09 18 Ótimo 00 05 00 04 02 02 02 11

Ano/Referência: 2011

Na segunda parte da pesquisa (conforme tabela 2), aplicada no Polo de Astorga,

no ano de 2012, foi proposto aos acadêmicos avaliarem seus conceitos quanto à

possibilidade da aprendizagem pela modalidade em EAD, percebe-se que em todas as

três turmas, havia um acadêmico que considerava a aprendizagem via EAD, como algo

“insuficiente”, posteriormente ao ingressar no curso este acadêmico mudou seu

conceito.

Em se tratando do conceito da aprendizagem em EAD como “regular”, de nove

acadêmicos que atribuíram este conceito, ao ingressarem no curso, nenhum acadêmico

manteve esta opinião.

No critério que avalia a aprendizagem em EAD como “bom”, entendendo este

conceito satisfatório, percebe-se que antes de ingressarem doze entrevistados

consideravam a aprendizagem boa, porém ao estudar por esta modalidade esse número

aumentou para treze.

No último conceito, que avalia como “ótimo” o processo de aprendizagem via

EAD, entende-se que antes de ingressarem no curso, oito alunos consideram isso

possível, porém ao participarem deste processo de aprendizagem, ampliou-se para

dezessete o número de acadêmicos que consideraram ótimo o nível de aprendizagem

por esta modalidade.

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Tabela 2 - Polo Astorga

2011 2010 2009 Total Conceito Antes Depois Antes Depois Antes Depois Antes Depois

Insuficiente 00 00 01 00 00 00 01 00 Regular 01 00 01 00 07 00 09 00

Bom 05 05 06 04 01 04 12 13 Ótimo 04 05 02 06 02 06 08 17

Ano/Referência: 2012

4.3 Acesso ao Conhecimento Tecnológico

Esta parte da pesquisa propôs aos acadêmicos avaliarem seus conceitos quanto

ao processo de inclusão digital. No Polo de Umuarama (conforme tabela 3), percebe-se

que no conceito “insuficiente”, no caso da turma 2011, nenhum destes consideravam

insuficiente o seu uso ás tecnologias, lembrando que esta turma pertence ao Plano de

Ações Articuladas (PAR), diferenciada em se tratar de um público de professores da

esfera pública do Ensino Fundamental. Já nas outras duas turmas, que ingressaram

diante processo de vestibular, percebe-se que seis destes acadêmicos tinham como

insuficiente seu acesso ao mundo digital, sendo que todos ao ingressarem no curso, já

não mais se consideram insuficientes quanto ao uso das tecnologias.

No conceito em que se avalia o acesso do conhecimento tecnológico de forma

“regular”, no caso do primeiro ano de 2011, manteve-se novamente no mesmo conceito,

já na turma de 2010 houve um pequeno avanço e na turma de 2009, houve um grande

avanço, onde seis acadêmicos que se conceituavam como regular nenhum destes se

considerou mais dessa forma ao ingressarem o curso em EAD, considera-se que isto se

deve ao fato desta turma já percorrem mais tempo no curso de Pedagogia

Quanto ao conceito “bom” que avalia o conhecimento tecnológico, percebe-se

que novamente a turma de ingressos em 2011, permanece inalterada, já nas turmas de

2010 e 2011, gradativamente, vão migrando de conceito, conforme os avanços e

experiências que somam ao longo do curso.

No conceito “ótimo” que avalia os avanços da inclusão digital dos acadêmicos,

novamente temos na turma de 2011, a mesma situação, devido ao fato de estarem

cursando apenas alguns meses. Na turma de 2010 houve um pequeno avanço, porém, é

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justamente na turma de 2009, que temos um significativo avanço, devido ao fato da

metade dos entrevistados conceituarem como ótimo seus avanços no conhecimento

tecnológico, o que demonstra mais uma vez, que ao cursar via EAD, amplia-se as

possibilidades da inclusão digital.

Tabela 3 - Polo Umuarama

2011 2010 2009 Total

Conceito Antes Depois Antes Depois Antes Depois Antes Depois

Insuficiente 00 00 04 00 02 00 06 00 Regular 04 04 02 04 06 00 12 08

Bom 05 05 02 03 02 05 09 13 Ótimo 01 01 02 03 00 05 03 09

Ano/Referência: 2011

Já no Polo de Astorga (conforme tabela 4), o conceito de “insuficiente”, na

turma de 2011, foi de cinco acadêmicos aos quais consideraram insuficiente o uso das

tecnologias, lembrando que esta turma pertence ao Plano de Ações Articuladas (PAR),

onde o publico é constituído por professores da rede pública do Ensino Fundamental. Já

nas outras duas turmas, que ingressaram diante do processo de vestibular, percebe-se

que um acadêmico apenas considerou “insuficiente” seu acesso ao mundo digital, sendo

que todos após ingressarem no curso, já não se consideravam insuficientes quanto ao

uso das tecnologias.

No conceito em que se avalia o acesso do conhecimento tecnológico de forma

“regular”, no caso da turma 2011, de três alunos que considerava “regular”, antes de

ingressar, dois mantiveram este conceito, já na turma de 2010 e 2009 ocorreu um

avanço, dos sete alunos que conceituavam como regular nenhum mais considerou dessa

forma ao ingressarem no curso em EAD, entende-se que isto se deve ao fato de ambas

as turmas terem cursado mais tempo no curso de Pedagogia.

Quanto ao conceito de “bom” que avalia o conceito tecnológico, percebe-se que

a turma de ingressos em 2011, teve um grande avanço após ingressarem, já nas turmas

de 2010 e 2009, gradativamente vão migrando de conceito, conforme avanços e

experiências que vão somando no decorrer do curso.

No conceito “ótimo” que avalia os avanços da inclusão digital dos acadêmicos,

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os três cursos demonstraram avanço quanto a este conceito. Na turma de 2010 houve

um grande avanço, a turma de 2011 e 2009, também apresentaram resultados

significativos, o que demonstra mais uma vez, que ao cursar via EAD, amplia-se as

possibilidades da inclusão digital.

Tabela 4 - Polo Astorga

2011 2010 2009 Total

Conceito Antes Depois Antes Depois Antes Depois Antes Depois

Insuficiente 05 00 00 00 01 00 06 00 Regular 03 02 03 00 04 00 10 02

Bom 02 06 05 04 05 07 12 17 Ótimo 00 02 02 06 00 03 02 11

Ano/Referência: 2012

4.4 Dedicação à Leitura

Nesta amostragem da pesquisa verificou-se o nível de dedicação à leitura, antes

e depois de ingressarem a EAD. No Polo de Umuarama (conforme tabela 5), denota-se

que novamente na turma de 2011, em nenhuma das esferas conceituais, houve alteração,

ou seja, não sentiram diferença antes ou depois de ingressarem ao curso, quanto ao nível

de dedicação à leitura.

Já na turma ingressante em 2010, nada se alterou quanto ao conceito da

dedicação a leitura de forma “insuficiente”, porém, quanto ao conceito de “regular”,

“bom” e “ótimo”, em todos estes houve um pequeno e gradativo avanço quanto ao

processo de dedicação à leitura após participarem de um curso em EAD.

Novamente os resultados demonstram que na turma ingressante em 2009, se

destacam significativos avanços, embora nenhum desses acadêmicos considerou

“insuficiente” sua dedicação à leitura, percebe-se que oito acadêmicos que

consideravam “regular” antes do ingresso ao curso, apenas um permaneceu neste

conceito. Da mesma forma, apenas dois acadêmicos que considerou o conceito “bom”,

denota-se que houve um salto para oito acadêmicos que indicaram este conceito quanto

sua dedicação a leitura.

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No âmbito geral é importante analisar que pouco se destaca quanto ao conceito

de “ótimo” neste parâmetro da pesquisa. Isso indica que ainda há muito a se fazer para

que os acadêmicos compreendam a importância em dedicar-se a leitura, na qual é

ferramenta essencial para os avanços na inclusão social, que atinge os níveis cognitivos

e somam aspectos favoráveis a aprendizagem, seja em qualquer modalidade de ensino.

Tabela 5 – Polo Umuarama

2011 2010 2009 Total

Conceito Antes Depois Antes Depois Antes Depois Antes Depois

Insuficiente 00 00 00 00 00 00 00 00 Regular 02 02 04 00 08 01 14 03

Bom 06 06 04 06 02 08 12 20 Ótimo 02 02 02 04 00 01 04 07

Ano/Referência: 2011

Na amostragem da pesquisa no Polo de Astorga (conforme tabela 6), verificou-

se o nível de dedicação, antes e depois de ingressarem a EAD, percebendo-se que na

turma de 2011, nesta esfera conceitual não ocorreu alteração, ou seja, não sentiram

diferença antes ou depois de ingressarem no curso, quanto ao nível de dedicação à

leitura, porém para os demais alunos cinco atribuíram “insuficientes” para dedicação a

leitura antes de ingressarem, ao estudar na modalidade EAD, todos mudaram de

opinião.

Ao mencionar a dedicação a leitura como “regular”, de treze acadêmicos que

comentaram este conceito antes de ingressarem, apenas um permaneceu após

participarem do curso.

Novamente os resultados demonstram que na turma ingressante em 2010, se

destacam significativos avanços, percebe-se que de dois acadêmicos que consideravam

o conceito “bom” antes do ingresso ao curso, nota-se que houve um avanço para oito, o

número de acadêmicos que considerou este conceito.

No âmbito geral é importante analisar que foi muito significativo o avanço

quanto ao conceito de “ótimo”neste parâmetro da pesquisa. Percebe-se que antes de

ingressarem apenas três alunos consideravam “ótimo”, ao processo de dedicação a

leitura, porém ao participarem do curso o conceito foi para quinze. Isso indica que os

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alunos dessa modalidade estão se superando, e a cada dia compreendem a importância

em dedicar-se a leitura, visto que a autonomia é característica primordial para o avanço

da aprendizagem nesta modalidade.

Tabela 6 – Polo Astorga

2011 2010 2009 Total

Conceito Antes Depois Antes Depois Antes Depois Antes Depois

Insuficiente 00 00 04 00 01 00 05 00 Regular 05 00 03 01 05 00 13 01

Bom 04 04 02 08 03 02 09 14 Ótimo 01 06 01 01 01 08 03 15

Ano/Referência: 2012

4.5 Produção Textual

Nesta última análise de dados, a pesquisa buscou avaliar o conceito do

acadêmico quanto ao desenvolvimento em sua produção textual. No Polo de Umuarama

(conforme tabela 7), denota-se que mais uma vez, a turma ingressante em 2011 não

encontra alteração ao ingressarem no curso de EAD. Percebe-se que não sentiram

diferença conceitual seja antes ou depois, no nível de desempenho de suas produções

textuais.

Em ambas as turmas ingressantes em 2010 e 2011, encontram-se avanços

significativos, nos quais esses acadêmicos entrevistados demonstram que sentem

melhorias quanto ao processo de desenvolvimento de sua aprendizagem, tratando-se de

sua produção textual. Todas as duas turmas demonstraram que no conceito “bom” e

“ótimo”, após ingressarem no curso sentiram grandes avanços, onde novamente a turma

ingressante em 2009, aponta os mais significativos destes, reforçando mais uma vez o

quanto a modalidade em EAD, vem contribuindo no processo de produção textual.

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Tabela 7 – Polo Umuarama

2011 2010 2009 Total

Conceito Antes Depois Antes Depois Antes Depois Antes Depois

Insuficiente 00 00 04 00 02 00 06 00 Regular 04 04 03 01 05 00 12 05

Bom 04 04 02 07 03 05 09 16 Ótimo 02 02 01 02 00 05 03 09

Ano/Referência: 2011

No Polo de Astorga (conforme tabela 8), percebe-se que no geral o conceito de

“insuficiente” é baixo, e ao ingressarem no curso este conceito desaparece. Evidenciam-

se em todas as turmas de 2011, 2010 e 2009, avanços importantíssimos, nos quais esses

acadêmicos entrevistados apresentam melhorias quanto a produção textual, antes dos

treze alunos que consideravam “regular”, apenas um permaneceu neste conceito. Todas

as três turmas demonstraram no conceito “bom” e “ótimo”, grandes avanços após o

ingresso, onde vinte e dois alunos se consideram “bons” após fazerem parte do curso, e

sete consideram-se “ótimo”. Isso mostra uma superação quanto a produção textual dos

alunos de cursos EAD, que vem contribuindo e ganhando espaço no processo de

aprendizagem.

Tabela 8 – Polo Astorga

2011 2010 2009 Total Conceito Antes Depois Antes Depois Antes Depois Antes Depois

Insuficiente 01 00 02 00 01 00 04 00 Regular 05 00 04 01 04 00 13 01

Bom 04 08 03 07 05 07 12 22 Ótimo 00 02 01 02 00 03 01 07

Ano/Referência: 2012

4.6 Análise do Processo de Aprendizagem em EAD

4.6.1 As Dificuldades no Processo de Aprendizagem em EAD

As dificuldades relacionadas pelos alunos foram bastante diversificadas, as quais

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passam tanto por questões pedagógicas quanto por problemas estruturais e da logística

do funcionamento de um curso de graduação em um espaço físico localizado fora da

sede da instituição. As dificuldades apresentadas estão relacionadas a seguir:

- Polo Umuarama: (1) A didática utilizada poderia ser mais dinâmica durante as

webaulas; (2) Falta de hábito para acessar o ambiente; (3) Compreensão nas disciplinas

de matemática; (4) Atraso na entrega dos livros (decorrência de atraso no repasse dos

recursos); (5) Ausência de aulas expositivas e maior contato com os professores das

disciplinas; (6) Ausência de atividades presenciais no polo de forma obrigatória; (7)

Algumas vezes o feedback demora para ser transmitido; (8) Pouco tempo entre a

liberação da atividade e seu respectivo envio; (9) As provas são muito difíceis e sem

consulta; (10) Excesso de conteúdo para realizar leituras, atividades e avaliações; (11) A

distância entre acadêmico e o professor.

- Polo Astorga: (1) Ausência do professor da disciplina, falta de contato com o

mesmo; (2) Atraso na entrega dos livros (devido ao repasse do governo); (3)

Dificuldade de compreender e interpretar as atividades que são solicitadas pelo

professor; (4) Falta de obrigatoriedade em participar da webconferência; (5) Falta de

dinamismo para apresentar a Webconferência; (6) Carência de atividades que

desenvolvam a oralidade, importante para papel da docência; (7) Falta de seminários;

(8) Ausência de resposta sobre dúvidas de atividades por parte dos tutor a distância; ( 9)

Avaliações muito difíceis e sem consulta; (10) Atraso para disponibilizar o material e as

atividades solicitadas,e pouco tempo para seu envio.

4.6.2 As Facilidades no Processo de Aprendizagem em EAD

No que se refere às facilidades, destaca-se a possibilidade do aluno organizar o

seu horário de estudo e a autonomia que é conferida aos acadêmicos, sendo que as

respostas apresentadas pelos alunos estão relacionadas a seguir:

- Polo Umuarama: (1) Acesso ao conhecimento independente do lugar e horário;

(2) Organizar o próprio tempo para estudar; (3) Uso do computador e disposição de

estudo na internet; (4) Autonomia no desenvolvimento da aprendizagem; (5)

Flexibilidade e liberdade para aprendizagem; (6) Possibilidade de estudar em casa sem

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comprometer a carga horária de trabalho; (7) Aulas presenciais uma vez por semana; (8)

Acesso as vídeoaulas no momento desejado; (9) Acesso a todo material e facilidade em

postar as atividades através da plataforma moodle; (10) Socializar o conhecimento por

intermédio dos fóruns e troca de idéias com os colegas; (11) Desenvolvimento e

interação com o mundo digital e virtual.

- Polo Astorga: (1) Cursar ensino superior de qualidade sem sair de casa; (2)

Acesso ao ambiente moodle e seus materiais de qualquer lugar que tenha internet; (3)

Curso gratuito e de qualidade; (4) Ter autonomia para escolher o horário em que se

estuda; (5) Incentivo ao acesso a internet para as leituras; (6) Através da EAD o aluno

procura mais fontes de estudo; (7) Ter acesso as videoaulas bem como tirar dúvidas no

fórum; ( 8) Ter autonomia para estudar e desenvolver sua própria aprendizagem ; (9)

Facilidade de enviar atividades através do ambiente moodle; (10) Atendimento no polo

pelo tutor presencial.

5. Análise do Resultado da Pesquisa

Considerando a análise e interpretação dos dados coletados, mesmo em tempo e

espaço diferenciado, os resultados tendem a algumas semelhanças. Como no caso das

particularidades das turmas que iniciaram em 2011, as quais possuem características

diferenciadas dentre as outras duas as quais provém de seleção através de vestibular.

A turma de 2011 se destaca de forma mais variável do que as outras duas

turmas, em todas as questões avaliadas na pesquisa, de acordo com os resultados este

grupo não sentiu muita diferença entre o antes ou depois de ingresso, pelo fato de serem

professores, é provável que estejam mais adaptados com o mundo tecnológico, da

leitura e da produção textual.

Quanto ao conceito de aprendizagem, em ambos os polos a maior parte desses

entrevistados, considerou que seriam insuficientes as possibilidades de aprendizagem,

mas após ingressarem no curso, houve uma grande mudança neste conceito, em todas as

turmas a questão da aprendizagem foi considerada boa ou ótima.

No que diz respeito ao acesso a tecnologia por meio de recursos digitais e

virtuais, houve uma significativa evolução quanto ao acesso dos acadêmicos,

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entendendo dessa forma que ao ingressar em um curso na modalidade a distância, surge

também um avanço quanto a democratização do acesso a essas tecnologias, que

facilitam e colaboram no desenvolvimento da aprendizagem. No caso do Polo de

Astorga, esse resultado foi ainda mais significativo do que no Polo de Umuarama,

demonstrando uma maior necessidade dos acadêmicos de Astorga ao processo de

inclusão digital.

Em relação à dedicação desempenhada na leitura, os dois polos demonstraram

um significativo avanço entre aqueles que tinham uma freqüência de leitura considerada

regular, após ingressarem na EAD, passaram a considerar boa sua freqüência quanto ao

hábito da leitura, principalmente, devido ás necessidades pertinentes ao curso.

Analisando os resultados quanto ao desenvolvimento da produção textual,

percebe-se que ambos da mesma forma, destacam uma migração entre aqueles que

consideravam insuficiente e regular, saltando para uma boa ou ótima produção textual,

ao ingressarem e freqüentarem o curso de Pedagogia em EAD.

Nos resultados coletados das dificuldades e facilidades da aprendizagem pela

modalidade a distância, detectou-se diversos fatores elencados pelos acadêmicos, os

quais devem servir de análise para a reorganização dos cursos nesta modalidade.

Algumas dificuldades são pertinentes ao próprio acadêmico, que necessita se adequar as

exigências de um curso nesta modalidade.

Com esta pequena amostragem, por intermédio de um estudo comparativo,

compreende-se que de acordo com os resultados obtidos, na visão do acadêmico

pertencente a esta modalidade, em ambos os polos aferiu-se que existe qualidade via

concretização da aprendizagem, devido ao seu caráter dinamizador, colaborativo e

flexível, que incentiva a inclusão tecnológica, o exercício contínuo da leitura e o

aperfeiçoamento da escrita, com ênfase no conhecimento científico.

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Referências BRASIL. Ministério da Educação. Decreto 5622, de 19 de dezembro de 2005. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/dec_5622.pdf>. Acesso em: 23 Jun. 2008.

BRASIL. Decreto 5800 de 06 de dezembro de 2006 - Sistema Universidade Aberta do Brasil. Disponível em: <http://www.uab.mec.gov.br/presidenciadarepublica.pdf>. Acesso em: 25 Jun. 2008.

BRAIL. Lei 9394/96 - LDBN – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm>. Acesso em: 04 Jul. 2008.

BRASIL Referenciais de Qualidade em EAD. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/legislacao/refead1.pdf. Acesso em: 20 Nov. 2008.

COSTA, M. L. F.; ZANATTA, R. M. Educação a Distância no Brasil: aspectos históricos, legais, políticos e metodológicos. 2. Ed. Maringá: Eduem, 2010.

COSTA, M. L. F. Introdução a Educação a Distância. Maringá: Eduem, 2009.