o ciclo stirling
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UNIPAC - UNIVERSIDADE PRESIDENTE ANTNIO CARLOSENGENHARIA INDUSTRIAL MECNICA
7 PERIODO - NOTURNO
Termodinmica IICiclo Stirling
Douglas Mateus Campos SouzaAntnio Marques Vieira Neto
CONSELHEIRO LAFAIETE2011
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ndice
Introduo.....................................................................................................21.0-Princpio..................................................................................................6
2.0-Ciclo Termodinmico do Motor Stirling..............................................7
3.0-Descrio detalhada do ciclo termodinmico.......................................8
3.1-Compresso Isotrmica (temperatura constante)..............................8
3.2 -Aquecimento Isovolumtrico (volume constante).............................9
3.3-Expanso Isotrmica.............................................................................9
3.4-Resfriamento Isovolumtrico................................................................10
4.0-Motores Stirling........................................................................................11
4.1-Tipos de Motores....................................................................................11
4.1.1-Motores Alpha....................................................................................12
4.1.2-Motores Beta.......................................................................................12
4.1.3-Motores Gama....................................................................................13
Concluso........................................................................................................14
Bibliografia......................................................................................................15
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Introduo
Foi aperfeioado pelo pastor escocs Robert Stirling em 1816, auxiliado pelo seu irmo
engenheiro. Eles visavam a substituio do motor a vapor, com o qual o motor stirling
tem grande semelhana estrutural e terica. No incio do sculo XIX, as mquinas a
vapor explodiam com muita frequncia, em funo da precria tecnologia metalrgica
das caldeiras, que se rompiam quando submetidas alta presso.
Sensibilizados com a dor das famlias dos operrios mortos em acidentes, os irmos
Stirling procuraram conceber um mecanismo mais seguro. referido tambm como
motor de ar quente, por utilizar os gases atmosfricos como fluido de trabalho.
Robert Stirling
So poucas as informaes que se tem sobre pesquisas com este ciclo termodinmico
em universidades brasileiras; h a necessidade de desenvolvimento de pesquisas, porbrasileiros, para casos verdadeiramente voltados a nossa realidade de uso racional, mais
eficiente e com aproveitamento local de diversas fontes trmicas primrias.
O ciclo termodinmico Stirling permite a construo de motores que podem funcionar a
partir de uma fonte de calor qualquer. As pesquisas so recentes em todas as partes do
mundo, atualmente h algumas empresas se especializando na fabricao dos motores
Stirling; h at mesmo, pesquisas que desenvolvem motores que simplesmente operam
a partir de uma fonte sonora.
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Os motores Stirling tm, nas suas vrias configuraes, basicamente dois lados ou
partes. A primeira a parte quente e a outra a parte fria. Esta diviso ocorre devido ao
estado do gs ou fluido de trabalho durante o ciclo termodinmico, na sua expanso e
compresso, absorvendo e liberando calor.
O ciclo Stirling, no seu lado quente, aproveita a energia trmica (calor) de outra fonte,
que pode ser proveniente da queima de algum combustvel ou de certas quantidades de
calor rejeitadas em outros ciclos, como por exemplo, os condensadores das
termoeltricas, ou o escapamento dos automveis. A partir desse calor, o ciclo Stirling
capaz de produzir trabalho, que pode ser aproveitado para a gerao de energia e
tambm pode funcionar como uma geladeira, em substituio aos compressores selados
atuais. A parte fria do motor Stirling o congelador (evaporador dos atuais - ciclo
Rankine). Algumas empresas esto desenvolvendo refrigeradores e caixas trmicas que
funcionam a partir da queima de gs e tambm a partir da energia solar.
Apesar de as pesquisas de aplicaes serem recentes, o ciclo Stirling, como concepo
em si, bastante antigo. Em 1816, o engenheiro escocs Robert Stirling criou um
modelo de um motor que utiliza um determinado volume de um gs qualquer, que
aquecido externamente, sendo forado a entrar numa cmara de volume maior que o
inicial, onde o gs pode expandir-se livremente. A energia desta expanso pode ser
usada para mover motores, gerar energia, ou outra aplicao que se desejar. Ou, como
foi usado em 1873, para refrigerao e/ou aquecimento, absorvendo calor no estgio de
compresso e liberando trabalho ou mais calor na fase de expanso. Nesta poca foram
criados alguns prottipos com uso do ciclo Stirling.
Em breve, espera-se que os motores de combusto interna, que trabalham com a queima
de alguns derivados de petrleo na forma lquida, entrem em desuso, devido
viabilizao do ciclo Stirling e outros ciclos. Outro contemporneo do Stirling, Willian
Rankine, criou um ciclo que foi mais aceito para o uso na refrigerao por causa doadvento dos fluidos refrigerantes, como os CFCs ou freons e outros lquidos
refrigerantes.
Contudo, nos ltimos anos do sculo passado, as inovaes proporcionaram um
aumento de eficincia na gerao de mdias potncias com menores investimentos. O
que possibilita essa reduo nos custos a significativa eficincia do ciclo Stirling,
alcanada sem o uso de flor carbonos como fluido de trabalho.
Refrigeradores Stirling incorporam ao motor o uso de pisto livre (denominadosinternacionalmente de: Stirling Free-Piston) e o uso de hlio ou nitrognio, por
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exemplo, em vez de CFCs e HFCs, o que muito bem visto, tanto que as grandes
corporaes esto cada vez mais usando e desenvolvendo esta tecnologia. Os grandes
fabricantes de veculos automotivos, como aDaimlerChrysler Corp., so os principais
responsveis pelo desenvolvimento e aprimoramento da tecnologia Stirling para uso na
refrigerao.
Os motores Stirling esto sendo estudados, quanto a sua viabilidade para a gerao de
energia eltrica, por causa de sua eficincia, que considerada por muitos como a
melhor em relao a outros mtodos de gerao e, principalmente, quando se deseja o
uso alternativo aos combustveis fsseis.
Habitualmente, o ciclo mais utilizado (e por isso mais estudado) nos refrigeradores
domsticos, por exemplo, o ciclo Rankine. Para estes casos, o ciclo Stirling pode ser
usado como alternativa, atuando com mais eficincia e de maneira ecolgica se
comparado com os refrigeradores que ainda utilizam CFCs ou HFCs.
O ciclo Stirling pode tambm ser usado em outras aplicaes, como no caso da
utilizao de um motor para obteno de trabalho mecnico, ou energia cintica, que
pode ser convertida em energia eltrica. Este motor pode operar a partir de uma fonte
trmica, que normalmente est sendo desperdiada ou eliminada por outro processo
qualquer. Portanto, o motor Stirling pode estar convertendo algo, normalmente
perdido, em trabalho til ou energia eltrica.
Atualmente esto sendo desenvolvidos diversos estudos que objetivam projetar e
fabricar motores operando segundo o ciclo termodinmico Stirling, como motores de
pisto-livre e, at mesmo, motores que funcionam por meio de vibraes provocadas
por ondas sonoras, os chamados motores acsticos.
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1.0-Princpios
O princpio fundamental de um motor Stirling que uma quantidade fixa de gs encerrada no interior do motor. O ciclo Stirling envolve uma srie de eventos que
alteram a presso do gs no interior do motor, fazendo com que ele funcione.
H diversas propriedades dos gases que so essenciais para o funcionamento dos
motores Stirling:
se voc tiver uma quantidade fixa de gs em um volume fixo de espao e atemperatura desse gs aumentar, a presso tambm ir aumentar;
se voc tiver uma quantidade fixa de gs e comprimi-lo (diminuir o volume deseu espao), a temperatura desse gs ir aumentar.
Este tipo de motor funciona com um ciclo termodinmico composto de 4 fases e
executado em 2 tempos do pisto: compresso isotrmica (=temperatura constante),
aquecimento isocrico (volume constante), expanso isotrmica e arrefecimento
isocrico. Este o ciclo idealizado (vlido para gases perfeitos), que diverge do ciclo
real medido por instrumentos. No obstante, encontra-se muito prximo do chamadoCiclo de Carnot, que estabelece o limite terico mximo de rendimento das mquinas
trmicas.
O motor Stirling surpreende por sua simplicidade, pois consiste de duas cmaras em
diferentes temperaturas que aquecem e arrefecem um gs de forma alternada,
provocando expanses e contraces cclicas, o que faz movimentar dois mbolos
ligados a um eixo comum. A fim de diminuir as perdas trmicas, geralmente instalado
um "regenerador" entre as cmaras quente e fria, onde o calor (que seria rejeitado na
cmara fria) fica armazenado para a fase seguinte de aquecimento, incrementando
sobremaneira a eficincia termodinmica. O gs utilizado nos modelos mais simples o
ar (da a expresso citada acima); hlio ou hidrognio pressurizado (at 150kgf/cm2) so
empregados nas verses de alta potncia e rendimento, por serem gases com
condutividade trmica mais elevada e menor viscosidade, isto , transportam energia
trmica (calor) mais rapidamente e tm menor resistncia ao escoamento, o que implica
menos perdas por atrito. Ao contrrio dos motores de combusto interna, o fluido de
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trabalho nunca deixa o interior do motor; trata-se portanto de uma mquina de ciclo
fechado.
O motor Stirling um motor trmico que trabalha a partir da energia proviniente da
expanso e contrao de um gs. De acordo com a lei dos gases ideais, que relacionam
as propriedades do gs: temperatura (T), presso (P) e volume (V) com o nmero de
moles (n), temos a seguinte equao: P.V=n.R.T , onde (R) a constante universal dos
gases. Todo ciclo termodinmico envolve transformaes com a variao de uma destas
trs grandezas fundamentais dos gases.
2.0-Ciclo Termodinmico do Motor Stirling
Ciclo de Carnot: diagrama Presso X Volume.Onde:
1-2Compresso isotrmica (na qual h tambm rejeio de calor).
2-3Calor transferido ao fluido de trabalho a volume constante.
3-4Expanso isotrmica (h tambm transferncia de calor ao fluido de
trabalho).
4-1Calor rejeitado a volume constante.
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3.0-Descrio detalhada do ciclo termodinmico
3.1-Compresso isotrmica (temperatura constante)
O pisto frio se move para cima at um ponto intermedirio, comprimindo o gs de
trabalho, e o calor produzido pela compresso simultaneamente removido.
1 2 = expanso a TH
(temperatura constante) T1
= T2
como se trata de expanso, V2
> V1
ento, seguindo a equao dos gases:P1 x V1 = P2 x V2 => P2 = P1 x V1 , e comoV2
V2
> V1, resulta que P
2< P
1. De acordo com o diagrama, o percurso do estado 1 para o
estado 2 provoca reduo da presso sobre o gs.
Com o volume especfico v, ocorre o contrrio; j que volume especfico a relao
entre o volume ocupado pelo gs e a sua massa (v = V/m), a expanso do gs aumenta
seu volume enquanto a massa permanece constante, assim, conseqentemente h
aumento no volume especfico.
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3.2-Aquecimento isovolumtrico (volume constante)
O pisto do lado frio continua se movendo para cima, do ponto intermedirio at o
ponto mximo enquanto o pisto quente desce at o ponto intermedirio o que faz com
que o gs atravesse o regenerador. Passando pelo regenerador o gs sofre um acrscimo
de temperatura, pois o regenerador est numa temperatura maior do que Tc. Com o
volume constante este acrscimo na temperatura causa um aumento da presso.
2 3 = resfriamento a volume constante V2
= V1
Como se trata de resfriamento, T2
< T1
e P1 = P2 => P2 = P1 x T2
T1 T2 T1Sendo a frao menor do que um, deduz-se que P
2< P
1
O volume especfico v permanece constante, j que nem massa nem volume se alteram.
3.3-Expanso isotrmica
O gs aquecido atravs de uma fonte de calor externa de temperatura (Th) e se
expande. A expanso impulsiona o pisto quente at a posio inferior mnima.
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3 4 = compresso a TC
(temperatura constante) T1
= T2
como se trata de compresso, V2
< V1
ento, seguindo a equao dos gases: P1 x V1 = P2 x V2 => P2 = P1 x V1 , e comoV2
e como V2
< V1, resulta que P
2> P
1
O volume especfico v, reduzido, j que o volume ocupado pelo gs diminui e a massa
permanece constante.
3.4-Resfriamento isovolumtrico
O pisto quente retorna at a posio superior enquanto, simultaneamente, o pisto frio
desce quando o gs passa novamente atravs do regenerador entregando calor que ser
usado novamente na fase dois. Esta transformao a volume constante o que causauma queda de presso do gs. Esta fase completa o ciclo.
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4 1 = aquecimento a volume constante V2
= V1
Como se trata de aquecimento, T2
> T1
e P1 = P2 => P2 = P1 x T2
T1 T2 T1Sendo a frao maior do que um, deduz-se que P
2> P
1
O volume especfico V permanece constante, j que nem massa nem volume se alteram.
4.0-Motores Stirling
4.1-Tipos de motores
Apesar de haver vrios tipos de motor stirling todos funcionam no mesmo princpio. As
diferenas entre uns e outros so maioritariamente a disposio dos cilindros e pistes.
Existem trs grandes tipos de motor stirling:
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4.1.1-Motores Alpha
Um motor alpha constitudo por dois pistes em cilindros separados. Ambos os
cilindros esto ligados exteriormente pelo regenerador. Este tipo de motores tem um
grande ratio de volume poder mas alguns dos seus componentes tm pouca durabilidade
devido s temperaturas elevadas que so necessrias para o funcionamento do motor,
nomeadamente a necessidade da vedao completa (impedindo a passagem de ar) do
motor quente sendo necessrio por isso um selo que se mantm o movimento a
temperaturas muito elevadas.
4.1.2-Motores Beta
O Motor beta tem apenas um cilindro e ambos os pistes funcionam dentro
dele. O pisto quente est relativamente solto permitindo assim a passagem
de ar para a parte fria do cilindro. Deste modo mantm se o ciclo e criam-se as
diferenas de temperatura necessrias para o funcionamento do motor. Com
este tipo de motores evita se alguns problemas existentes com o motor alpha
como o movimento de selos quentes
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4.1.3-Motores Gama
Os motores do tipo gama funcionam como os alpha mas em vez do regenerador ser um
componente separado est includo no corpo do motor. Esta configurao no produztanta compresso
Mas a sua mecnica mais simples e normalmente usado em motores multi-cilindros.
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Para alm destes tambm existe um tipo de motor que consideramos importante. O
motor stirling free piston no possui pistes (como o nome sugere) usando a seu favor
a gravidade para movimentar os componentes. Ainda esto a ser desenvolvidos mas o
seu rendimento consideravelmente superior aos outros e por isso est a ser utilizado
por empresas (que exploram estes motores para a produo de energia)
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Concluso
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Bibliografia
Jonas Cordeiro da Silva. Universidade Federal de Santa Maria, Centro deTecnologiaO uso do ciclo stirling no aproveitamento de Fontes trmicas
UNISAL.Curso Universitrio de So Paulo.Engenharia MecatrnicaMotoresStirling
Tiago Carril Puig RA.971718 . Erasto A. Franco Neto RA.970592-MOTORES STIRLING
Daniel Schulz - UFRGS2009 - Ciclo de Stirling. Aprendizagem significativa determodinmica no ensino mdio atravs do estudo de mquinas trmicas como tema
motivador -MARSHALL BRAIN. "HowStuffWorks - Como funcionam os motores a
diesel".Publicado em 01 de abril de 2000 (atualizado em 14 de abril de
2008)
Wikipedia (Ciclo Stirling), acesso em Out/2011.
mailto:[email protected]:[email protected]