O CAVALEIRO DA DINAMARCA

Da autoria de:Sophia de Mello Breyner Andresen

Resumido por:Margarida Santos Grilo nº13 7ºEESPAN, Queluz – 2013/14

RESUMO

Esta história começa no norte da Europa, na Dinamarca , onde os invernos são longos e rigorosos com noites compridas e os dias curtos. Há centenas de anos ,

nesse país, havia uma grande floresta,onde um Cavaleiro e a sua família viviam numa clareira rodeada de bétulas.

Durante o ano havia muitas festas e alegrias, mas a maior de todas era precisamente no inverno: o natal.

Nessa altura , agitação não faltava.Todos andavam atarefados e os amigos e parentes do Cavaleiro juntavam-se em sua casa para celebrar esse grande momento.

Quando a ceia acabava , toda a gente ouvia e contava histórias.

A ceia de natal era sempre a mesma , mas parecia sempre mais bela e misteriosa a cada ano que passava.

Ora num certo natal, para espanto de todos,o Cavaleiro fez um comunicado. Ele disse que, daí a um ano, não estaria ali. Iria em peregrinaçãoà Palestina, passar o natal onde Cristo nasceu.

Na primavera seguinte, o Cavaleiro partiu , dirigindo-se para a cidade mais próxima , embarcando de Norte para Sul.

Graças aos bons ventos, chegou antes do previsto à Palestina.Lá , ele passou por todos os locais santos e, no dia de natal,passou a noite a orar na gruta de Belém.

Depois do natal, o Cavaleiro demorou-se ainda dois meses, visitando outros locais sagrados.

O fim de fevereiro era próximo quando o cavaleiro partiu para o porto de Jafa. Entre os peregrinos, havia um mercador veneziano com quem ele travou amizade. Já em Jafa, foram obrigados a esperar por tempo favorável para partirem. Só embarcaram em meados de março.

Mais tarde, o Cavaleiro chegou a Ravena , em Itália. Mas, devido a uma tempestade na viagem, o navio tinha que ser reparado. Ele esperou por outro barco enquanto admirava a beleza da cidade.

O tal mercador fez uma proposta ao cavaleiro: queria que ele fosse com ele para Veneza e depois fosse por terra até Génova, onde apanharia um navio até a Flandres e de lá seguisse para a Dinamarca, sua terra natal. O Cavaleiro aceitou e pôs-se a caminho.

Chegado a Veneza , não se conformava com a beleza da cidade que ele nunca antes vira.O Cavaleiro alojou-se na casa do mercador.

Certo dia, depois da ceia , o mercador contou a história de Vanina e Guidobaldo ao cavaleiro. Depois convidou-o a ficar em Veneza e associar-se aos negócios dele. Mas o Cavaleiro recusou.

Passados três dias, o mercador ofereceu-lhe um cavalo e cartas de apresentação para os homens mais poderosos do norte da Itália. E o Cavaleiro partiu.

Durante a viagem para Génova , a conselho do mercador, ele fez um desvio para conhecer Florença. Chegou lá em princípios de maio.

Já em Florença, o Cavaleiro voltou a espantar - se com a beleza de uma cidade desconhecida. Procurou a casa de um banqueiro chamado Averardo. Lá, o Cavaleiro entregou a carta que o seu amigo veneziano lhe tinha dado e foi recebido alegremente.Ao fim da tarde, chegaram os amigos do banqueiro Averardo e cearam todos juntos. Depois da ceia, o Cavaleiro ouviu a história de Giotto e a de Dante e Beatriz.

Passado um mês, o banqueiro convidou-o também a ficar em Florença e associar-se aos seus negócios.Mais uma vez, o Cavaleiro recusou e partiu para Génova.

Mas estava quase a chegar a Génova quando adoeceu. Recebeu apoio num convento, onde pediu ajuda, e alguns frades trataram dele. Ficou lá um mês.Partiu e, pouco depois, tinha chegado a Génova.

Mas todos navios para a Flandres já tinham partido quando ele chegou. Só daí há alguns meses é que poderia arranjar um navio para lá.

Então o Cavaleiro decidiu que iria por terra . Quando chegou a Flandres já era inverno. Uma vez lá , procurou um comerciante flamengo, para o qual o banqueiro Averardo lhe tinha dado uma carta e hospedou-se em sua casa.

Jantaram e, passado pouco tempo, chegou um capitão de um dos navios do negociante, que falou das suas viagens ao Cavaleiro. Contou-lhe a história de um marinheiro Português chamado Pêro Dias.

Passados mais três dias do jantar, o Cavaleiro recebeu outra proposta ,desta vez do comerciante: queria que o Cavaleiro se associasse a ele.O Cavaleiro recusou uma vez mais e disse que partiria.

E o Cavaleiro continuou a sua viagem .

Até que, no dia 24, já sem esperança nenhuma e caminhando ao acaso , viu uma luz. À medida que ele se aproximava, a luz aumentava. O Cavaleiro pensou que poderia ser uma fogueira. Mas, ali, era a clareia onde ficava a sua casa.

E o Cavaleiro passou o natal com a família, como prometera.

FIM