nº9 os graus-cores e vestes

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Supremo Grande Capítulo de Maçons do Real Arco do Brasil Filiado a The General Grand Chapter of Royal Arch Masons, International Mergulhando nos Graus Capitulares Nº 9. fevereiro/2013 Os Graus do Real Arco, suas Cores & suas Vestes

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Supremo Grande Capítulo de Maçons do Real Arco do Brasil Filiado a The General Grand Chapter ofRoyal Arch Masons, International

Mergulhando nos Graus Capitulares Nº 9. fevereiro/2013

Os Graus do Real Arco, suas

Cores & suas Vestes

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Uma sugestão de vestimentas para , as Cerimônias do Real

Arco brasileiro

Comp. João Guilherme C. Ribeiro, GSS, MRA

Importante para este trabalho foram os

escritos de um ilustre Maçom do Real Arco, o Companheiro

Ray V. Denslow, num precioso livreto, A Handbook for

Royal Arch Masons (Um Manual para Maçons do Real Arco).

Os trechos relativos às vestimentas não

foram transcritos na íntegra, mas sim adaptados para

nossas condições. Ao nosso ver, o importante é criarmos,

nos Capítulos brasileiros, uma atmosfera que possa

transmitir a magnificência e a emoção das Cerimônias do

Real Arco, procurando produzir um máximo de efeito

dentro de um custo razoável. 2002

Os Graus do Real Arco,

suas Cores & suas Vestes

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As Jóias dos Cargos

Narra o Comp. Ray V. Denslow ter observado, em sua

longa carreira Maçônica, que “alguns Capítulos têm jóias

para os Cargos, compradas com a intenção de que sejam

usadas por seus Oficiais.

E então se descobre que ninguém sabe que jóia

pertence a que Oficial!... O pior é que essa falta de

conhecimento não acontece apenas com Capítulos

isolados.

Sei até de alguns Grandes Oficiais que dependem dos

outro para saber das coisas. “Por isso, achei conveniente

juntar esses breves parágrafos para dar algumas poucas

informações sobre os Oficiais dos Capítulos”.

Baseado na obra dele, aqui estão algumas

observações, adaptadas para nosso consumo...

Vejamos o Grande Conselho

O Sumo Sacerdote no Grau de Maçom do Real Arco

corresponde ao Mui Venerável Mestre na Loja de Mestres de

Marca. Representa o Sumo Sacerdote de Israel. Seu

emblema é a Mitra, lembrando-o da dignidade de seu cargo

e de sua dependência a Deus. Ela traz a divisa Santidade

ao Senhor, ensinando que a sagrada perfeição não é dada a

homem algum na face da terra, mas sim um atributo do

Senhor. Ele deve usar a Placa, imitação daquela em que

estavam gravados os nomes das doze tribos de Israel.

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Isto para relembrá-lo de que, como Sumo Sacerdote,

ele deve sempre observar as Leis e Ordenanças. Suas vestes

têm bordas de cores variadas, cada uma delas com seu

simbolismo particular.

Mas é bom lembrar que, na segunda parte do Grau de

Mui Excelente Mestre, o Mui Venerável Mestre transforma-

se no Rei Salomão. O Capelão é quem assume a função do

Sumo Sacerdote na Dedicação do Templo, envergando a

Placa e as vestes de bordas coloridas.

O Rei, correspondendo ao 1° Vigilante nos Graus de

Mestres de Marca, Past Master e Mui Excelente Mestre,

representa o Rei da antiga Israel.

Sua insígnia é o Prumo Coroado, porque, se está acima de

seus Companheiros na hierarquia, ainda assim se encontra

no mesmo nível que eles no que toca a seus deveres para

com Deus e com seus próximos. O Rei, na Maçonaria

americana, está subordinado ao Sumo Sacerdote porque se

considera que nossos deveres para com Deus estão acima

de todos os outros. A sua cor é o escarlate, um emblema da

dignidade real e símbolo do zelo e fervor que se

constituem na característica do Maçom do Real Arco.

O terceiro Oficial do Capítulo é o Escriba,

correspondente ao 2° Vigilante, cuja Jóia é um Nível

encimado por um Turbante. A sua cor é púrpura, emblema

da união, porque é resultado da combinação do azul do

Simbolismo com o vermelho do Real Arco. Serve para

lembrar a harmonia que deve existir no Capítulo. O Prumo

é um emblema de retidão e vigilância, qualidades que

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aquele que o ostenta deve possuir para que possa andar

altivo e vigilante contra aqueles inimigos da felicidade

humana, a intemperança e o excesso.

Agora, os outros cargos.

O Capitão do Exército corresponde ao Marechal na

Loja de Mestres de Marca.

A ele cabe organizar e dirigir todas as Cerimônias. Seu

cargo é militar por natureza. Assim, suas vestes devem ser

as de um soldado de alto posto. Ele deve sempre carregar

uma espada.

O Peregrino Principal representa o líder de um

pequeno grupo de judeus que veio da Babilônia para

Jerusalém, para assistir a reconstrução do Templo do

Senhor. Suas vestes não têm ostentação, como cabe a um

peregrino. São cinzentas, com borda rosada.

O Tesoureiro é o responsável pelas finanças do

Capítulo. Ainda que não tenha tarefas na ritualística nem

vestes específicas. Mas deve estar vestido a caráter, como

os demais Oficiais. Sua jóia tem duas Chaves Cruzadas.

O Secretário, responsável pelos registros do Capítulo.

Do mesmo modo que o Tesoureiro, também não tem

tarefas ritualísticas nem vestes específicas, mas deve estar

vestido a caráter. Sua jóia tem duas Penas Cruzadas.

Estes dois cargos já têm atribuições e

responsabilidades em demasia para que se lhes atribuam

outras!

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O Capitão do Real Arco, que corresponde ao 2°

Diácono na Loja de Mestres de Marca, é também um

soldado, como demonstra sua jóia, duas Espadas Cruzadas.

Suas vestes podem ter o mesmo estilo daquela do Capitão

do Exército. Ele também carrega espada.

Também os Mestres dos Véus têm características

marciais no Grau de Maçom do Real Arco. Se nos Graus de

Mestre de Marca e de Mui Excelente Mestre eles,

representam os Supervisores da construção, aqui

representam o papel de guardiães do Tabernáculo. Embora

na Bíblia o véu do Tabernáculo tinha as quatro cores, estas

cores, no Real Arco, se desdobraram em quatro véus. Por

isso, cada Mestre ostenta as cores daqueles Véus: azul para

o Mestre do 1° Véu, púrpura para o do 2° Véu e vermelho

para o do 3° Véu. O último véu, branco, era vigiado pelo

Capitão do Real Arco.

Os demais cargos, Capelão, Sentinela e Diretor de

Harmonia, também devem vestir túnicas para compor o

Capítulo.

Entendendo o clima

O Comp. Denslow ridiculariza os muitos excessos que

já presenciou: “no esquema de cores das vestes do

Capítulo, muitas vezes, o simbolismo vai para o brejo.

Porque um Mestre dos Véus deve ter uma cor e outro uma

diferente, esquecem de explicar. [...] O Rei e o Escriba às

vezes aparecem com a mesma roupa e, ainda por cima

usando coroas. Imaginem o Profeta Ageu usando coroa!”

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a indignação do Comp. Denslow é que a ostentação rouba a

Cerimônia de seu real significado.

As vestes devem refletir a natureza dos Graus, para

que eles sejam entendidos em sua plenitude. Respeitando o

bom senso, este é o fundamento desta proposição que aqui

fazemos.

O Grau de Mestre de Marca acontece numa Loja

operativa. Aí não deve haver suntuosidade. São pedreiros

trabalhando numa pedreira, cheios de poeira.

Luxo aqui seria ridículo.

O Grau de Past Master acontece em uma Loja

Simbólica, embora represente o cumprimento da promessa

de Salomão de fazer Mestres os Obreiros que participaram

da construção do Templo. Aqui não há vestes específicas.

Diz o Comp. Denslow a respeito: “Todas as vestes neste

Grau devem ser simples e práticas. Não há desculpa para

ornamentos e menos ainda para coroas.

Os personagens devem envergar costumes típicos dos judeus

da época.”

Por isso pensamos na túnica como uma solução

econômica e prática.

O Grau de Mui Excelente Mestre é o mais suntuoso de

todos. “Supostamente, esta é uma cena em que todos os

residentes da Palestina têm participação, o artesão, o

sacerdote, o monarca e o comerciante. Somos informados

que nada jamais se igualou ao esplendor da consagração do

Templo.”

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Este é o clima que gostaríamos de revestir um Grau

que é exclusivo do Real Arco, não constando em qualquer

Grau de nenhum outro Rito.

Como sabemos, são duas Cerimônias.

A primeira, a Terminação ainda é operativa, com as

roupas de Mestre de Marca.

Mas a segunda, a Dedicação, tem um caráter festivo,

de culminância, que deve ser preservado. E aqui, há uma

troca de papéis, quando o Capelão assume as funções

ritualísticas do Sumo Sacerdote e o Mui Venerável Mestre

transforma-se no Rei Salomão. As vestes desempenham um

papel importantíssimo para criar o clima do dia em que,

depois de sete anos e mais, o Templo ficou pronto.

No Grau de Maçom do Real Arco, retornamos a um

local de trabalho. “Depois do cativeiro da Babilônia, muitos

judeus foram libertados para que voltassem a Jerusalém e

ajudassem na reconstrução da cidade e do Templo.

Eles encontraram, em seu retorno, apenas alguns judeus

das classes mais pobres. E os próprios peregrinos não

estavam lá em melhores condições financeiras. [...] Gente

empobrecida não sai por ai com roupas espetaculosas ou

elaboradas. Não dá para imaginar Josué, Zorobabel e Ageu

todos coloridos...”

Não pode aqui haver a suntuosidade da segunda parte

do Grau anterior. Pelo contrário, porque todo o Grau tem

um simbolismo fortíssimo, que deve ser demonstrado

pelas vestes: ainda que nada seja eterno, nem o que de

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mais perfeito fizer o homem, tudo merece ser

reconstruído. E será, se o homem for persistente. E haverá

uma grande recompensa nessa persistência, nesse zelo de

realizar, quando o que foi perdido finalmente for

reencontrado.

A Túnica

O objetivo era encontrar um modo de vestir os

Oficiais de modo econômico e representativo. E também

que não sobrecarregasse as finanças dos Capítulos.

Buscamos encontrar um tipo de vestimenta que não

tivesse que ser refeita ou substituída quando um Oficial

baixinho fosse sucedido no cargo por um altão... E que

permitisse liberdade de movimentos àqueles que

abrilhantam a Cerimônia com seu trabalho.

Foi assim que chegamos a uma espécie de poncho

retangular, uma peça de pano com uma abertura para

passar a cabeça, caindo pela frente e pelas costas e

amarrada na cintura pelo avental. Deve ser colocada sobre

uma camisa ou, de preferência, sobre uma camiseta. Além

de permitir liberdade aos Oficiais, possibilitaria fazer um

tamanho único e não daria muito trabalho. Só teríamos que

costurar a abertura e as fitas coloridas para fazer as

bordas.

Pelo protótipo elaborado pelo habilidoso

Companheiro José Carlos Morosini foi possível constatar a

operacionalidade e o efeito visual das túnicas.

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Conclusão

Em resumo, para representar todos os Oficiais nas

Cerimônias de três dos quatro Graus do Real Arco são

necessárias apenas 16 túnicas.

O Grau de Past Master, trabalhado numa Loja

Simbólica, não utiliza as túnicas, até para ressaltar sua

importância para todos os Ritos da Maçonaria, uma vez que

desse Grau tiveram origem todas as Cerimônias de

Instalação.

Sempre teremos um efeito mais completo se o

Capítulo tiver túnicas para os Obreiros. Será uma maneira

de incluir a todos na realização das Cerimônias,

aumentando a integração e o espírito de equipe,

principalmente nas duas procissões do Grau de Mui

Excelente Mestre, onde eles representarão os levitas e o

povo.

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Simões - Fev. 2013.

Curiosidade

Vale registrar em tempo, que nos Estados

Unidos da América são comuns apresentações como

esta do Grau de Mui Excelente Mestre (abaixo) em

sua segunda parte, a Dedicação, ser apresentada em

um grande local (como fazemos hoje nos últimos

Graus do Críptico nas Trienais), unindo

Companheiros de Capítulos co-irmãos.

Esse procedimento de união entre os nossos

Capítulos objetivando que Companheiros com

aptidões artísticas participem, já é um exemplo

usado pelo Supremo Grande Capítulo de Maçons do

Real Arco do Brasil, em suas anuais e trienais.

O mesmo exemplo ocorreu no Rio Grande do

Sul, em setembro de 2012, quando tivemos a

oportunidade de fazer um evento para o

recebimento de 36 novos Companheiros MRA em

conjunto com os Capítulos: - Thomas Smith Webb

Nº 2, Monte Moriah Nº 10 e Cidade de Porto Alegre

Nº 36.

Aproveitamos a oportunidade para agradecer a

esses Capítulos Fraternos e aos novos

Companheiros.

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Local: Teatro

Apresentação nos Estados Unidos da América

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Rito de York - Mergulhando nos Graus Capitulares - Jorge R. L. Simões, PGSS, KT

Fontes:

Infinity Editorial e Promocional Rua São Vicente, 127 - Tijuca

20260-140 - Rio de Janeiro - RJ

www.artedaleitura.com

www.realarco.org.br

www.realarco.org.br

Traduzido livremente do livreto « A Handbook for Royal Arch Masons» , do Comp. Ray V. Denslow.

PGSS (BR), DEP.GGHP - Latino América

Tradução e Adaptação do Comp. João Guilherme da Cruz Ribeiro,

Desenhos do Comp. João Guilherme da Cruz Ribeiro.