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A capacidade de adaptação do futebol brasileiro à realidade após a Copa do Mundo de 2014 tem sido colocada à prova na gestão dos estádios que foram construídos pensando nas necessidades da Fifa. Na falta de interessados em ocupar os camarotes corporativos, a solução encontrada pelas arenas foi criar uma experiência VIP para torcedores endinheirados. Neste domingo, na Arena Corinthians, cerca de 300 torcedores chegaram antes do horário de Corinthians x Palmeiras para assistir a um show do Fundo de Quintal. O evento ficou restrito a quem se dispôs de pagar entre R$ 345 e R$ 460 para che- gar 4h antes do início do jogo, comer e beber à vontade e depois ficar na área da "Arena Pop", nome dado ao espaço que é gerenciado pela gravadora Som Livre. O BOLETIM DO MARKETING ESPORTIVO DO POR ERICH BETING Camarote para torcedor comum prolifera no país 1 NÚMERO DO DIA EDIÇÃO 1302 - SEGUNDA-FEIRA, 5 / AGOSTO / 2019 de euros pode ser o prejuízo de um promotor sul-coreano após fazer amistoso no país com a Juventus e Cristiano Ronaldo não ter jogado 50 mi

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Acapacidade de adaptação do futebol brasileiro à realidade após a Copa do Mundo de 2014 tem sido colocada à prova na gestão dos estádios que foram construídos pensando nas necessidades da Fifa. Na falta de

interessados em ocupar os camarotes corporativos, a solução encontrada pelas arenas foi criar uma experiência VIP para torcedores endinheirados.

Neste domingo, na Arena Corinthians, cerca de 300 torcedores chegaram antes do horário de Corinthians x Palmeiras para assistir a um show do Fundo de Quintal. O evento ficou restrito a quem se dispôs de pagar entre R$ 345 e R$ 460 para che-gar 4h antes do início do jogo, comer e beber à vontade e depois ficar na área da "Arena Pop", nome dado ao espaço que é gerenciado pela gravadora Som Livre.

O B O L E T I M D O M A R K E T I N G E S P O R T I V O

DO

POR ERICH BETING

Camarote para torcedor comum prolifera no país

1

N Ú M E R O D O D I A EDIÇÃO 1302 - SEGUNDA-FEIRA, 5 / AGOSTO / 2019

de euros pode ser o prejuízo de um promotor sul-coreano após fazer amistoso no país com a Juventus e Cristiano Ronaldo não ter jogado50mi

"Estamos aproveitando nossa expertise em produção de shows e festivais para desenvolver este modelo de negócios que une música e esportes. A ideia é expan-dir esse modelo para outros estádios em breve", afirma Alexandre Wesley, diretor de shows e relacionamento com marcas da Som Livre.

A gravadora tem usado a arena corintiana para testar o modelo e ver de que forma o público se comporta. Chegar antes ao estádio é uma necessidade das arenas para gerar maior receita com o dia de jogo. Ter atrações que possam fazer o torcedor ficar mais horas dentro do estádio vira a solução do momento.

A Arena Pop ocupa uma área que, na Copa do Mundo, recebia as arquibancadas provisórias atrás do gol. Ela foi anexada a um camarote que estava "encalhado" e passou a receber, desde a volta da Copa América, esse mix de shows e futebol.

O modelo é parecido ao que o Allianz Parque fez com o Champions Club. Uma área de pequenos camarotes corporativos foi transformada num grande espaço VIP, que tem até serviço de barbearia para os torcedores em dia de jogo. O local, gerenciado pela CSM, virou modelo para a atuação da empresa em outros está-dios, como Nilton Santos, Morumbi, Arena Corinthians e Beira-Rio.

O estádio do Internacional, aliás, tem outro modelo de área VIP coordenada pela Brio, gestora da arena. O "Coração do Gigante" oferece um serviço de assinatura mensal para áreas premium do estádio. O torcedor tem acesso ao setor que rece-beu os VIPs na Copa de 2014, ou então, pode se acomodar em camarotes.

Sem ter o público corporativo, as arenas conseguiram encontrar a solução para aumentar o tíquete médio nos jogos e, assim, desencalhar as áreas empresariais.

I M A G E M D A S E M A N A

SANTOS ABRE MÁSTER PARA

AÇÃO COM GRAACC

Ainda sem achar um patrocinador máster, o líder do Brasileirão fez uma ação social no domingo. O time

do Santos jogou com a marca do

GRAACC na parte nobre da camisa e fez ainda uma

série de ações nas redes sociais para incentivar doações

O P I N I Ã O

Camarotes mostram mercado distante

Algumas arenas brasileiras têm transformado os mais valiosos camarotes em uma área premium para torcedores comuns. É uma solução interes-sante para locais que não têm tido saída, mas mostra como o mercado

ainda vê o futebol com desconfiança. Em resumo, esses espaços são ótimas oportuni-dade para as empresas, e é no mínimo curioso a atual falta de apelo deles.

A expectativa era que, após a Copa do Mundo de 2014, as empresas começassem a ver as cabines nos estádios com outros olhos. O estádio de futebol deveria ter aban-donado a imagem tosca das antigas estruturas para gerar a ideia de um ambiente so-fisticado de negócio, um local em que marcas pudessem fazer ações com efetividade.

Os camarotes de estádios como a Arena Corinthians e o Allianz Parque são estru-turas interessantes para ações de relacionamento. Eles proporcionam uma grande ex-

periência de jogo aliada com um conforto ideal para os mais diversos tipos de ações. E isso sem a necessidade de comprometi-mento de um patrocínio esportivo.

Não é inventar a roda. Na Europa e nos Estados Unidos, os camarotes de gran-des estádios são essenciais para o modelo de negócio de arenas justamente porque eles são atrativos ao mercado corporativo. Para fechamento de negócios ou até mes-mo ações internas entre funcionários, os espaços formam uma propriedade valiosa.

No Brasil, está claro que ainda há resistência a esse tipo de negócio. No próprio Allianz Parque, onde a venda foi maior, o interesse central costuma ser a possibilidade de apresentações musicais no estádio. E mesmo no Maracanã, que recebe mais times e mais datas, as cabines mais nobres nunca foram um grande sucesso de venda.

Quando passam a ser oferecidos a torcedores comuns, eles perdem um pouco do sentido original. Afinal, áreas nobres, com serviço premium, não precisariam neces-sariamente da estrutura do camarote. O atrativo desses serviços não está no senso de grande exclusividade, como seria, por exemplo, em um encontro de negócios. Evi-dentemente, essa tem sido uma solução honesta das arenas, que usam o luxo de suas estruturas para fornecer uma experiência diferente aos torcedores comuns.

A tendência, por outro lado, é que a medida perca força nos próximos anos. O desenvolvimento natural do mercado esportivo é dar mais força aos camarotes dentro do mercado corporativo. E, nesse processo, o sucesso das atuais ações tende a ganhar peso, já que mais gente tem visto o valor que a experiência na arena gera.

Locais têm claro apelo às marcas,

mas empresas ainda não enxergam

valor em ações de relacionamento

POR DUDA LOPES

diretor de novos negócios da Máquina do Esporte

Com nome em torneio, Uber

reforça feminino

A LaLiga fechou acordo com a Renfe para que os jogos do Campe-onato Espanhol possam ser trans-mitidos dentro dos trens de alta velocidade da rede ferroviária.

A parceria prevê que partidas da LaLiga, da Champions League e da Europa League sejam exibidas nos trens luxuosos e, também, naqueles de baixo custo, que devem entrar em operação só em abril de 2020.

O acordo também torna a Renfe transporte oficial ferroviário da La-Liga para a nova temporada. Isso significa ofertas de viagens especi-ais para torcedores e exposição da marca ao longo da temporada, bem como promoção da empresa através dos canais digitais da LaLiga.

L A L I G A F E C H A A C O R D O PA R A E X I B I R J O G O S N O S T R E N S

O MyCujoo transmitirá ao vivo no site e no aplicativo todos os 46

jogos da Copa do Brasil Sub-17, após acordo assinado com a CBF. Se-

gundo a plataforma, o compromisso de estar ao lado das chamadas "ligas

secundárias" é reforçado nesse acordo. Outra novidade é que todos os

jogadores que participam do torneio terão uma página de perfil, na qual poderão assistir seus próprios mel-

hores momentos e compartilhar com familiares, amigos e fãs de futebol.

MYCUJOO VAI MOSTRAR COPA

DO BRASIL SUB-17 EXCLUSIVA

NA PLATAFORMA

POR REDAÇÃO

A Uber deu mais um passo no projeto de se tornar o maior patrocinador do futebol feminino no país. A empresa de mo-bilidade urbana será patrocinadora do Torneio Uber Interna-cional Feminino de Seleções. O campeonato amistoso entre seleçoes de futebol feminino acontece em 29 de agosto e 1° de setembro, no estádio do Pacaembu, em São Paulo.

"Sempre acreditamos em oportunidades iguais, que mu-lheres podem ser o que desejarem, e queremos que essa visão vá além da nossa plataforma. Na Uber, entendemos que o futebol feminino é uma representação do desafio das mulheres na sociedade. Precisamos dar valor e visibilidade a todas mulheres que se empoderaram, buscaram indepen-dência e tiveram a coragem para alcançar seus sonhos", afir-ma Claudia Woods, diretora-geral da Uber no Brasil.

Desde junho que a marca vem injetando verba no patro-cínio ao futebol feminino, quando iniciou um movimento chamado #AcreditaNelas. Além de apoiar as equipes femi-ninas de Inter e Grêmio, a marca fez uma ação com o Santos durante clássico com o Corinthians na Série A do Brasileiro masculino em que levantou um bandeirão na torcida com os dizeres: "infelizmente essa bandeira será mais vista que o futebol feminino". Depois, em julho, a Uber se tornou a primeira marca a patrocinar o Brasileirão feminino.

A competição amistosa, que ainda terá Argentina, Chile e Costa Rica, deve marcar a estreia da nova treinadora da sele-ção brasileira, Pia Sundhage, no comando do time nacional.

POR ERICH BETING

No final de semana, Fluminense e Botafogo entraram em campo pelo Cam-peonato Brasileiro com um novo patrocinador na camisa. A Azeite Royal, que já havia assinado patrocínio ao Vasco, estendeu a parceria à dupla.

Por trás dos acordos de patrocínio aos três times está uma estratégia traçada por Eduardo Girales, empresário que no final do ano passado comprou a oliveira produtora do azeite português e decidiu trazer a marca Azeite Royal para o Brasil.

"É um prazer ter a nossa marca vinculada ao Fluminense. Estamos juntos de um clube vencedor, que tem demonstrado isso ao longo de todos esses anos. O Flu-minense está entre os melhores do Brasil. Estamos felizes em incentivar o esporte e sabemos que teremos um retorno bacana”, afirmou Giraldes, sobre o patrocínio fechado com o Fluminense, único com quem o vínculo seguirá até o final de 2020.

Desde que assumiu a comercialização da marca no Brasil, o empresário tem usa-do o esporte para promover a Azeite Royal. O lutador de MMA Thiago Marreta, que disputa o UFC, é também um atleta patrocinado pela empresa. Antes de fe-char com ele, a Royal havia feito entradas pontuais no Brasil. No final de 2018, foi patrocinadora do Vasco em jogos que tinham exposição na TV aberta. Este ano, a Royal esteve no San Jose, da Bolívia, em jogo da Libertadores contra o Flamengo.

Por trás da estratégia está também o posicionamento do produto no mercado. O Azeite Royal acaba tendo um custo mais baixo em relação aos concorrentes. No Rio, por exemplo, a marca é encontrada em supermercados mais populares.

"Estamos apostando na força do time, na grandiosidade do clube e na exposição positiva proporcionada à marca", disse Giraldes sobre o patrocínio ao Botafogo.

Azeite Royal tenta crescer com trio carioca

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POR REDAÇÃO