nicotina (1)

17
N I C O T I N A

Upload: kary-vanini

Post on 03-Jun-2015

521 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Nicotina (1)

NICOTINA

Page 2: Nicotina (1)

A nicotina é encontrada nas folhas da planta do tabaco, a partir das quais se produz os derivados do tabaco.

A forma mais comum de consumo de nicotina é pelos cigarros de tabaco. As outras formas são o fumo de charutos e cachimbos.

Ela é produzida na queima do cigarro e é a principal causadora da dependência.

Page 3: Nicotina (1)

Entendendo como a nicotina age no Organismo

A fumaça inalada a partir da queima do fumo atravessa a faringe, a laringe, traqueia e invade os brônquios, seguindo na direção dos alvéolos pulmonares – estruturas em forma de saco, altamente irrigadas por pequenos vasos sanguíneos – para que as trocas de oxigênio por gás carbônico possam ser efetuadas.

Ao chegar aos alvéolos, as gotículas de nicotina entram em contato com a infinidade de vasos sanguíneos que os irrigam, atravessam suas paredes e caem na corrente sanguínea. Dependendo da profundidade da tragada, 70 a 90% da nicotina presente na fumaça é absorvida nos alvéolos. Ao cair no interior dos milhares de vasos capilares dos pulmões, a nicotina se mistura com o sangue já oxigenado, que será levado ao coração para ser bombeado para todo o organismo.

Page 4: Nicotina (1)

O processo é tão rápido que a nicotina atinge o cérebro entre apenas seis e dez segundos. Os neurônios de várias regiões do cérebro possuem, em suas membranas, receptores às quais as moléculas de nicotina se ligam.

Que funcionam como receptores da droga e não têm número fixo: conforme a repetição diária de tragadas aumenta, maior o número desses receptores. Com mais receptores disponíveis, a quantidade de nicotina necessária para acalmá-los precisa ser maior.

À medida que a droga vai sendo metabolizada, isto é, decomposta, os receptores começam a ficar vazios, e a vontade de fumar aumenta progressivamente: surge a crise de abstinência, carregada de ansiedade e agitação, que só regride quando a fumaça chega outra vez aos pulmões e a primeira dose de nicotina atinge o cérebro.

Page 5: Nicotina (1)

Abstinência

Page 6: Nicotina (1)

A nicotina é de excreção rápida. Sua meia-vida é curta: duas horas, em média. Isto é, metade da dose fumada é eliminada da circulação em duas horas. Por razões genéticas, essa velocidade de excreção varia de um fumante para outro; os que eliminam a droga mais depressa tendem a fumar mais.

Viciados em nicotina, os neurônios do centro que integra as sensações de prazer, ao sentirem seus receptores vazios dela, estimulam outros circuitos de neurônios, que convergem para o chamado centro da busca.

Esse centro é responsável por induzir alterações comportamentais com a intenção de nos obrigar a repetir ações que anteriormente nos trouxeram prazer: sexo, comida, temperatura agradável para o corpo, etc.

Page 7: Nicotina (1)

Uma vez que os centros do prazer ativam o centro da busca, este não pode ser mais desativado. O centro da busca permanecerá ativado mesmo que o prazer responsável por sua ativação deixe de existir. Por isso o fumante se surpreende ao acender um cigarro no toco do outro.

Informados da falta de nicotina, os neurônios do centro da busca lançam mão de sua mais poderosa arma de persuasão comportamental: a ansiedade crescente.

Tomado pela vontade de fumar, o fumante perde a tranquilidade, fica agitado e nervoso, com humor depressivo, tem lentificação da frequência cardíaca, aumento do apetite e não consegue se concentrar em mais nada. Para ele, não existe felicidade possível sem o cigarro.

Page 8: Nicotina (1)

Como a nicotina é droga de excreção rápida, essas crises de ansiedade se repetem muitas vezes por dia. Para evitá-las, o fumante vive com o maço ao alcance da mão para acender um cigarro assim que surgirem os primeiros sinais, porque sabe que a intensidade dos sintomas da crise é crescente, insuportável.

O cérebro aprende, então, que ansiedade e nicotina estão indissoluvelmente ligadas. Daí em diante, todo acontecimento que provocar ansiedade será interpretado por ele como resultante da ausência de nicotina. Por isso os fumantes levam imediatamente um cigarro à boca ao menor sinal de ansiedade ou diante da emoção mais rotineira. Por isso dizem que o cigarro os acalma.

O curto-circuito de prazer que a nicotina arma entre os neurônios provoca uma dependência química de forte intensidade, enfermidade cerebral crônica e recidivante. Para tratá-la, é preciso ensinar o cérebro novamente a funcionar como fazia antes de entrar em contato com a droga.

Page 9: Nicotina (1)
Page 10: Nicotina (1)

No Brasil, o consumo de tabaco não é crime, optando-se, neste caso, por uma politica de prevenção e restrições à propaganda e ao consumo em locais públicos fechados. Além disso, o Ministério da Saúde apóia o tratamento gratuito em serviços de saúde.

Page 11: Nicotina (1)
Page 12: Nicotina (1)
Page 13: Nicotina (1)

Tratamento O Instituto Nacional de Câncer (INCA), como órgão do

Ministério da Saúde responsável pela articulação do Programa Nacional de Controle do Tabagismo e atento a complexidade que envolve a dependência e tratamento do tabagismo, reuniu, em 2000, diferentes sociedades científicas e conselhos profissionais da área de saúde no Brasil para elaborar o “Consenso sobre Abordagem e Tratamento do Fumante” que contém as linhas gerais sobre métodos para deixar de fumar.

Hoje no Brasil o tratamento do tabagismo está vinculado ao Sistema Único de Saúde (SUS), e é regulado por Portarias do Ministério da Saúde (Portaria nº 1.035/2004 e Portaria nº 442/2004) que ampliam o acesso da abordagem nos 3 níveis de atenção à saúde (básica, média e alta complexidade).

Page 14: Nicotina (1)

O modelo de tratamento baseado na abordagem cognitivo-comportamental possibilita que o tratamento seja realizado em grupo ou individualmente, e tem como objetivo auxiliar o fumante a desenvolver habilidades que o auxiliarão a permanecer sem fumar. O apoio medicamentoso, quando necessário, é outro recurso usado no tratamento do tabagismo e disponibilizado na rede SUS.

A rede de abordagem e tratamento do tabagismo segue a lógica do SUS, e é encontrada nos diversos municípios brasileiros, contribuindo desta forma, para o alcance da importante meta de controlar a epidemia do tabagismo no Brasil.

Page 15: Nicotina (1)
Page 16: Nicotina (1)
Page 17: Nicotina (1)

Referências Bibliográficas

http://www.saude.sp.gov.br/cratod-centro-de-referencia-de-alcool-tabaco-e-outras-drogas/tabaco/dependencia-de-nicotina

http://fantastico.globo.com/platb/brasil-sem-cigarro/2011/10/07/entenda-como-a-nicotina-age-no-organismo/

http://drauziovarella.com.br/dependencia-quimica/tabagismo/a-crise-de-abstinencia-de-nicotina/

http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/observatorio_controle_tabaco/site/status_politica/tratamento_tabagismo