nada provem do nada por edson mahfuz

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  • 8/19/2019 Nada Provem Do Nada Por Edson Mahfuz

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    Nada provém do nada  por Edson Mahfuz 

    A produção da arquitetura vista como transformação de conhecimento

    Edson da Cunha Mahfuz

    “O conceito de evolução

    não se aplica à

    arquitetura porque em

    nossa pro!ssão s" e#iste

    metamorfose$%

    Al&erto 'artoris

    “(ara sa&er escreveré preciso sa&er ler$%

     )or*e +uis ,or*es

      Neste momento em que cresce de import-ncia a discussão so&re os

    valores essenciais da arquitetura moderna tal como a entendemos e

    praticamos no ,rasil é talvez oportuno discutir um assunto que diz respeito

    a todo aquele que como arquiteto ou em outras capacidades se dedique a

    criar ou quali!car espaços nos quais atividades humanas possam sere#ercidas$ Esse assunto tão importante refere.se às maneiras pelas quais

    aqueles espaços ou o&/etos que os quali!cam *anham suas formas$ At a

    time in 0hich there is *ro0in* importance to the discussion of the essential

    values of modern architecture 1such as 0e understand and practice in

    ,razil2 it is perhaps appropriate3timel43opportune to discuss an issue that

    concerns ever4one 0ho as an architect or in other capacities focuses on

    creatin* or qualif4in* spaces in 0hich human activities can &e carried

    out$ 5his su&/ect matter importantl4 refers to the 0a4s in 0hich those

    spaces or o&/ects that qualif4 *ain their forms$

      No ,rasil a maioria dos arquitetos sa6dos das universidades depois da

    'e*unda 7uerra Mundial tiveram uma formação arquitet8nica estruturada

    nos moldes do sistema esta&elecido pela ,auhaus$ Essa escola alemã um

    dos v9rios desdo&ramentos que se se*uiram à reação ao ecletismo e

    revivalismo que caracterizaram a se*unda metade do século :;: em toda a

    Europa tinha duas entre suas principais caracter6sticas que in

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    recente e ainda se fazem sentir com muita intensidade$ A primeira delas é

    o desencora/amento ao estudo da hist"ria da arquitetura= a maior evid>ncia

    disso é a aus>ncia de cursos de hist"ria da arquitetura e de an9lise de

    precedentes no curr6culo da ,auhaus$ No ,rasil isso se re

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    é verdade$ Arquitetura é muito mais do que uma resposta ori*inal a

    pro&lemas pro*ram9ticos e estruturais$ Neste ensaio se tentar9 apresentar

    uma visão um tanto diferente do processo de criação de formas

    arquitet8nicas$ O ar*umento de fundo do te#to que se*ue est9 resumido no

    t6tulo dado a este arti*o ou se/a de que a produção arquitet8nica consista

    em *rande parte na transformação e adaptação do conhecimento e#istente

    à luz de circunst-ncias sempre vari9veis$ o0ever ever4 architect that has

    the capacit4 to understand the process throu*h 0hich he realizes his o0n

    0orB Bno0s that this is not true$ Architecture is much more than an ori*inal

    response to pro*rammatic and structural pro&lems$ ;n this lecture an

    attempt 0ill &e made to present a some0hat diFerent vision of the process

    of the creation of architectural forms$ 5he ar*ument of the te#t that follo0s

    is summed up in the title *iven namel4 that architectural productionlar*el4 consists in the transformation of e#istin* Bno0led*e in the li*ht of

    al0a4s.varia&le circumstances$

     5odo pro/eto se fundamenta na premissa inicial de que e#iste uma

    atividade humana para a qual um espaço ou mais *enericamente um

    artefato precisa ser criado a !m de possi&ilitar aquela atividade$ Mesmo se

    nos concentrarmos e uma relação tão limitada quanto a que se supDe e#istir

    entre uma atividade e o artefato que possi&ilita o seu desempenho iremosnos defrontar com um vasto nGmero de formas poss6veis e i*ualmente

    satisfat"rias ao menos de um ponto de vista puramente quantitativo$ ;sso

    acontece porque nenhuma função pode fazer mais do que su*erir uma

    forma espec6!ca não podendo nunca determina.la$ +o*o para escolher uma

    entre tantas possi&ilidades o arquiteto necessitar9 ir além do prop"sito

    imediato que e#i*e a criação de novos espaços passando a considerar

    como de i*ual import-ncia as outras dimensDes de arquitetura tais como a

    dimensão cultural a social e a individual$ Ever4 pro/ect is &ased on the

    initial premise that there is a human activit4 for 0hich a space or more

    *enericall4 an artifact needs to &e created in order to ena&le that activit4$

    Even if 0e focus on a relationship as limited as that 0hich is supposed to

    e#ist &et0een an activit4 and the artifact 0hich allo0s its performance 0e

    0ill meet 0ith a vast num&er of possi&le and equall4 satisfactor4 forms at

    least from a purel4 quantitative point of vie0$ 5his happens &ecause no

    function can do more than su**est a speci!c form &ut never determines it$

    'oon to choose &et0een so man4 possi&ilities the architect 0ill have to *o

    &e4ond the immediate proposition 0hich demands the creation of ne0

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    spaces thus considerin* other dimensions of architecture such as the

    cultural dimension as equall4 important$

    A atividade de criação e#ercida por arquitetos e desi*ners não

    partindo de uma ta&ula rasa nem da consideração e#clusiva de aspectos

    estruturais e pro*ram9ticos pode ser de!nida como uma atividade que se

    &aseia em *rande parte na interpretação e adaptação de precedentes$ H

    claro que limitar o tra&alho do arquiteto e#clusivamente ao uso de

    precedentes seria uma simpli!cação *rosseira da comple#idade pr"pria da

    arquitetura mas como se ver9 a se*uir o uso de precedentes cumpre um

    papel important6ssimo na 9rea da composição arquitet8nica$ Creative

    activit4 e#ercised &4 architects and desi*ners not startin* from a II ta&le

    nor from the e#clusive consideration of structural and pro*rammaticaspects can &e de!ned as an activit4 that is lar*el4 &ased on the

    interpretation and adaptation of precedents$ Of course to limit the 0orB of

    the architect e#clusivel4 to the use of precedents 0ould &e a *ross

    simpli!cation of the comple#it4 of architecture itself &ut as is *oin* to &e

    seen &elo0 the use of precedent ful!ls a ver4 important role in the area of

    architectural composition$

      Analo*ia é o instrumento principal usado para a interpretação eadaptação de precedentes em arquitetura$ “Analo*ias não s" e#istem dentro

    da disciplina chamada arquitetura mas são tam&ém a ess>ncia do seu

    si*ni!cado%$ Analo*ia é entre outras de!niçDes uma correspond>ncia entre

    duas coisas ou situaçDes$ Outra de!nição Gtil é a que se refere à analo*ia

    como sendo um processo de racioc6nio a partir de casos paralelos$ H

    necess9rio enfatizar que uma analo*ia não implica identidade total mas sim

    similitude entre os elementos constituintes de dois o&/etos ou situaçDes que

    se/am comparadas$ Essa similitude não se refere somente a analo*ias

    formais mas tam&ém a propriedade isto é leis e princ6pios de formação

    comuns aos dois o&/etos ou situaçDes$ Analo*4 is the main instrument used

    in the interpretation and adaptation of precedents in architecture$ “Not onl4

    are there analo*ies 0ithin the discipline called the4 are also the essence of

    its meanin*%$ Analo*4 is amon*st other de!nitions a match &et0een t0o

    thin*s or situations$ Another useful de!nition is that 0hich refers to analo*4

    as &ein* a process of rationalit4 from parallel cases$ ;t is necessar4 to

    emphasize that an analo*4 does not impl4 total identit4 &ut similarit4

    &et0een the constituent elements of t0o o&/ects or situations$ 5his

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    similarit4 does not onl4 refer to formal analo*ies &ut also the propert4 that

    is la0s and principles of trainin* common to the t0o o&/ects or situations$

      H através de um processo anal"*ico que em arquitetura se cria o novo

    a partir do e#istente$ O uso arquitet8nico de analo*ias tem dois prop"sitos=

    o primeiro é o de empre*ar o conhecimento e#istente na forma de

    edi!caçDes e o&/etos como ponto de partida para a criação de novos

    artefatos? o se*undo é o de conferir si*ni!cado preciso a um edif6cio ou

    o&/eto através do esta&elecimento de relaçDes formais entre o novo e o

    e#istente$ ;t is throu*h an analo*ical process that in architecture the ne0 is

    created from the e#istin*$ 5he architectural use of analo*ies has t0o

    purposes= the !rst is to emplo4 the e#istin* Bno0led*e in the form of

    &uildin*s and o&/ects as a startin* point for the creation of ne0 artefacts?the second is to *ive precise meanin* to a &uildin* or o&/ect throu*h the

    esta&lishment of formal relations &et0een the ne0 and the e#istin*$

      Jormas arquitet8nicas são *eradas de quatro maneiras através dos

    procedimentos metodol"*icos do processo pro/etual em arquitetura= pelos

    métodos inovativo normativo tipol"*ico e mimético$ O ponto comum entre

    eles é o uso que todos fazem de analo*ias como instrumento &9sico de

    *eração formal$ ;n architectural pro/ects architectural forms are createdthrou*h K methodolo*ical procedures= &4 ;nnovative Methods Normative

    Methods 54polo*ical Methods and Mimetic Methods$ 5he common element

    &et0een them is the utilization of analo*ies as a &asic instrument of formal

    *eneration$

    A ver4 important aspect of the use of analo*ies in architecture is that

    the o&/ect or situation 0ith 0hich an analo*4 is dra0n can &e architectural

    or non.architectural 1e#emplo ,iomimetismo and the analo*4 dra0n can &e

    positive= i$e$ &ased on e#istin* similarities or ne*ative= i$e$ &ased on the

    diFerences &et0een the o&/ects or in the inversion3 reversal of a form or

    esta&lished method$

    •  5odos os procedimentos metodol"*icas pro/etual em arquitetura

    transformam os precedentes em al*um /eito$

    • O padrão ou sequ>ncia de crescimento ou evolução no uso dos

    métodos de criação é= MiméticoL NormativoL 5ipol"*ico L;novativo

    • Como sa&e construir uma analo*ia no pro/eto

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    O Método ;novativo= (ro/etar pelo método inovativo

      H um dos quatro procedimentos metodol"*icos pro/etuais dearquitetura que são a&orda*ens à criação de formas elementos e detalhes

    arquitet8nicos ou à resolução de um pro&lema arquitet8nico através deuma maneira diferente e ori*inal sem um precedente e#istente ou aoescolher não consultar e empre*ar os precedentes e#istentes entãosempre resulta na criação de al*um novo precedente$ O método inovativo éprincipalmente vinculado à criação de detalhes menores 1lesser minor2 queconferem um car9ter especi!co à o&ra 1edif6cio espaço o&/eto2 ur&ano taiscomo p"rticos transiçDes a&erturas colunas etc$

    H o método pelo qual se tenta resolver um pro&lema novo oucomum de uma maneira diferente sem a utilização de precedentese#istentes$ As ori*ens desse método se encontram nos primeiros

    construtores que por um processo de tentativa e erro e#perimentavam osmateriais dispon6veis até encontrarem uma maneira satisfat"ria de *arantirproteção contra os elementos e de dar uma forma espacial a umadeterminada cultura$

      ma das maneiras de ilustrar o que pode ser o método inovativo é porrefer>ncia ao conceito de &ricola*e de Claude +évi.'trauss$ O &ricoleur épor ele de!nido através de uma comparação com o en*enheiro$ Enquantoeste permanece dentro de um pro&lema na &usca de solução o &ricoleur saidele e o resultado disso é o que os artefatos por ele produzidos são

    *eralmente inesperados e inovativos$ @hile this remains a pro&lem in thesearch for a solution the &ricoleur leaves it and the result is that theartifacts it produces are usuall4 une#pected and innovative$

      ma caracter6stica &9sica de método inovativo é que por ele se criaal*o que não e#istia anteriormente pelo menos no campo da arquitetura$evido ao nGmero enorme de artefatos arquitet8nicos produzidos no mundoao lon*o dos séculos é muito dif6cil para um arquiteto ser ori*inal tanto emtermos da con!*uração total de uma edi!cação como da maneira que suaspartes principais são or*anizadas$ (or essa razão o método inovativo est9

    li*ado principalmente 9 criação de detalhes ou se/a dos elementosmenores que conferem um car9ter espec6!co a uma edi!cação ou espaçour&ano tais como p"rticos transiçDes a&erturas colunas etc$ O detalhevisto dessa maneira e não como detalhe construtivo é praticamente a Gnica9rea em que um arquiteto ainda pode ser ori*inal$

      A etimolo*ia de um termo sempre nos possi&ilita de!nir melhor oso&/etos e situaçDes a que se refere$ O ver&o inovar si*ni!ca tornar novo?introduzir novidade em$ ,uscando.se a raiz latina do ver&o inovar que éinovare o&tém.se um si*ni!cado mais preciso em que inovar tem o sentido

    de modi!car$ Arquitetonicamente isso tem duas implicaçDes= oreconhecimento da e#ist>ncia de um corpo de conhecimento so&re o qual

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    essas inovaçDes3modi!caçDes são e#ercidas? a criação de elementos queque&ram a continuidade do precedente e se constituem numa novidadeaut>ntica$ Essas situaçDes em&ora raras acontecem quando uma soluçãoinovadora e ori*inal é criada em resposta a uma nova situação que podee#i*ir o empre*o de um material novo ou a criação de formas para edif6cios

    que se destinem a a&ri*ar atividades inteiramente novas$ m &om e#emplodisso é o Edif6cio +arBin pro/etado por JranB +lo4d @ri*ht$

     

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    No sentido anteriormente referido inovação tam&ém é sin8nimo deinvenção que se entende menos como a criação de al*o em um v9cuo1eurecaP2 do que como o poder de conce&er novas relaçDes e do fazer al*oque diver*e ainda que em *rau reduzido da pr9tica e doutrinaesta&elecidas$ Em&ora a possi&ilidade de o&ter uma criaçãoverdadeiramente ori*inal não deva nunca ser descontada o métodoinovativo a/uda.nos a criar formas que diferem das e#istentesprincipalmente devido ao seu uso de analo*ias$ uas são as maneiras pelasquais isso ocorre= por meio de um cruzamento de conte#tos isto é&uscando soluçDes fora do campo da arquitetura com analo*ias positivas

    traçadas entre os dois conte#tos o arquitet8nico e o não.arquitet8nico? pormeio de uma inversão do procedimento esta&elecido para resolver umdeterminado pro&lema arquitet8nico 1analo*ia ne*ativa2$

      No primeiro caso cruzamento de conte#tos o método inovativo oferecetr>s alternativas cada uma &aseada em um tipo de analo*ia= Q$ Analo*iasvisuais= com a apar>ncia de formas humanas e naturais? com artefatos não.arquitet8nicos? R$ Analo*ias estruturais= com a or*anização do corpohumano? com o funcionamento do mundo natural como por e#emplosistemas naturais que se assemelham às colméias? com a or*anização de

    um pro*rama S na arquitetura funcionalista ortodo#a a “forma se*ue afunção%? T$ Analo*ias !los"!cas com princ6pios de outras disciplinas como

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    foi o caso da en*enharias no in6cio deste século e da lin*U6stica maisrecentemente$

      No se*undo caso o método inovativo ao traçar analo*ias ne*ativassu&verte maneiras esta&elecidas de resolver certos pro&lemas formais ou

    toma caminhos improv9veis para alcançar soluçDes “inéditas%$ Aquipodemos nos referir a +e Cor&usier mais precisamente nos seus pro/etosdomésticos realizados no per6odo entre as duas *uerras mundiais em queele invertia o padrão de movimento comum à arquitetura tradicional$Enquanto na tradição de casas de campo in*lesas e francesas o prédioatuava *eralmente como um portal que dava acesso à natureza e dentro doqual o sentido principal de movimento das pessoas era o horizontal emuma casa como a Ville 'avoie o movimento das pessoas ocorre na verticalem direção ao terraço /ardim que é o destino !nal de onde a natureza s"pode ser e#perimentada visualmente ao contr9rio do que aconteceria nas

    casas de campo pré.modernas onde a natureza pode ser desfrutadainte*ralmente$

      ;n the second case in dra0in* a ne*ative analo*4 the innovativemethod su&verts an esta&lished standard3 precedent traditionall4 utilized tosolve certain formal pro&lems or taBes impro&a&le paths to reachunprecedented3 unheard of solutions$ ere 0e refer to +e Cor&usier moreprecisel4 to his domestic pro/ects carried out in the period &et0een the t0o0orld 0ars in 0hich he reversed the pattern of movement common to thetraditional architecture of En*lish and Jrench countr4 houses$ 5he &uildin*

    *enerall4 acted as a portal that *ave access to nature 0ithin 0hich the maindirection of the movement of people 0as in the horizontal$ ;n a place liBeVille 'avoie the movement of persons taBes place verticall4 to0ard theterrace *arden 0hich is the !nal destination 0here nature could onl4 &ee#perienced visuall4 unliBe 0hat 0ould happen in the pre.modern villas

    0here nature could &e en/o4ed in full$

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    O Método Normativo= pro/etar pelo método normativo2

      H a criação de formas arquitet8nicas através da utilização de normas

    estéticas ou princ6pios re*uladores$ 

    Em&ora e#istam muitas normas estéticas em arquitetura h9 tr>s tipos

    que se destacam e sua import-ncia para a arquitetura é con!rmada pelo

    seu uso repetido ao lon*o da hist"ria$ Os tr>s tipos de normas estéticas

    1princ6pios re*uladores2 importantes que são empre*ados repetidamente

    na arquitetura são=; . O sistema de coordenadas em que as linhas se cruzam comdireções e dimensões constantes 

    . Exemplo do mais usado. O sistema chamado de malha ou grelhabidimensional ou tridimensional que é o sistema de coordenadas que secompDe de linhas que se cruzam a WX *raus 1linhas que são perpendicularesuma a outra2 sem se fundir 1mer*e or fuse2$

    . A malha/ grelha bidimensional é um sistema latente que *uia eorienta sem ter uma presença f6sica$ Esta&elece uma distinção clara entreos espaços principais a circulação e os espaços au#iliares$

    . A malha/ grelha tridimensional é um sistema que tem uma presençaf6sica e então a*e como um esqueleto estrutural que coe#iste com osespaços num estado de superposição 1interlappin*2 e tensão$ Encontradoem templos e*6pcios do século ;; a$C$ mas se tornou um meio de e#pressãonas mãos de +e Cor&usier e seus se*uidores em cu/os tra&alhos malha evolumes mant>m sua individualidade coe#istindo sem fundir.se

    II- Os sistemas proporcionais

    . 'ão usados para criar um senso de ordem entre os elementos de umacomposição e possuem v6nculos aos conceitos !los"!cos e metaf6sicos$. e#emplo= a 'eção Yura as Ordens Cl9ssicas o Modulor o Zen etc$

    lll- O sistema de formas geométricas

    - As formas *eométricas 1cilindro cu&o esfera paralelep6pedo pir-mide!*uras *eométricas que *erem esses volumes2 são usadas para de!nir econtrolar os espaços principais de uma edi!cação$

    O primeiro tipo de norma estética é o sistema de coordenadas queconsiste em linhas que se cruzam com direçDes e dimensDes constantes$ Osistema de coordenadas mais usado é aquele em que as linhas se cruzam a

    WX *raus chamado de malha ou *relha e pode ser &idimensional outridimensional$ A malha &idimensional é &asicamente aplicada à planta

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    como um elemento latente um sistema de orientação sem presença f6sicaque esta&elece uma hierarquia &em clara entre espaços principaiscirculação e espaços au#iliares$ A malha tridimensional é assim chamadaporque tem uma realidade f6sica pr"pria sendo por assim dizer umesqueleto estrutural$ Ao contr9rio da malha &idimensional a malhatridimensional não se confunde com os espaços mas coe#iste com eles numestado de superposição e até às vezes de tensão$ Esse tipo de malha não éuma invenção do século :: e pode ser encontrado até em templos e*6pciosdo século ;; a$C$ mas foi s" neste século que se tornou um meio dee#pressão nas mãos de +e Cor&usier e seus se*uidores em cu/os tra&alhosmalha e volumes mant>m sua individualidade coe#istindo sem fundir.se$

      O se*undo tipo de norma estética é composto pelos sistemasproporcionais usados para criar um senso de ordem entre os elementos deuma composição havendo tam&ém razDes !los"!cas e metaf6sicas para seuuso$ Como e#emplo de sistemas proporcionais podendo.se citar a 'eçãoYura as Ordens Cl9ssicas o Modulor o Zen etc$

      O terceiro tipo de normas estéticas consiste no uso de formas*eométricas elementares como elemento de de!nição e controle das partesprincipais de uma edi!cação$ Essas formas são a esfera o cu&o a pir-mideo cilindro e o paralelep6pedo além das !*uras *eométricas que *erem essesvolumes$

      Normas estéticas são empre*adas em arquitetura por duas razDes$ Aprimeira é o dese/o de criar um senso de ordem entre as partes de umaedi!cação o que pode ser o&tido com o esta&elecimento de relaçDes deanalo*ia entre as partes ou por sua su&ordinação a al*um sistema formala&ran*ente$ A se*unda razão para o uso de normas estéticas é o fato de

    conferirem ao arquiteto maior autoridade e se*urança para a tomada dedecisDes formais e dimensionais$

      m si*ni!cado espec6!co pode ser atri&u6do a uma edi!cação compostacom o au#6lio de normas e estéticas por associação com o si*ni!cadohist"rico inerente ao sistema empre*ado? ou através das relaçDes entre osistema e sua violação dentro do pr"prio o&/eto$ ma condição necess9riapara que al*um si*ni!cado hist"rico se/a poss6vel é que a norma estéticase/a um fato de dom6nio da chamada mem"ria coletiva$ ;sso /9 não énecess9rio para o se*undo tipo de si*ni!cado que pode e#istir mesmoquando o o&/eto é o&servado isoladamente$

      A speci!c meanin* can &e assi*ned to a &uildin* composed 0ith the aidof aesthetic norms &4 association 0ith the historical si*ni!cance inherent tothe s4stem emplo4ed? or throu*h relations &et0een the s4stem and itsviolation 1infrin*ement2 0ithin the o&/ect itself$ One condition necessar4 foran4 historical si*ni!cance to &e possi&le is that the aesthetic norm is a factdominion of the so.called collective memor4$ ;t is no lon*er necessar4 forthe second t4pe of meanin* 0hich can e#ist even 0hen the o&/ect iso&served in isolation$

     5he 54polo*ical Method= esi*n &4 t4polo*ical Method=

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      ra0in* an analo*4 &et0een the architectural pro&lem and a chosent4pe$ ;t is the use of a relationship &et0een elements and spaces$ o0everthe creation of a ne0 relationship &et0een spaces is innovative$

      Nothin* can ever &e re&orn$ ,ut at the same time nothin* disappears

    completel4$ And an4thin* that e#isted al0a4s reappears in a ne0 form$$$theart of &uildin* is &orn from a pre.e#istin* seed? nothin* comes from

    nothin* $$$ the t4pe is a species of seed around 0hich and accordin* to

    0hich all of the 0a4s in 0hich an o&/ect is suscepti&le are ordered[ 1all of

    the 0a4s in 0hich an o&/ect is suscepti&le are ordered &4 the t4pe2$

      5he !rst citation refers in clear terms to the fact that 0e are al0a4s

    taBin* advanta*e of e#istin* Bno0led*e to *enerate ne0 Bno0led*e that is

    ne0 &uildin*s 1edi!cations2$ 5he second starts to e#plain ho0 this happensreferrin* to a desi*n method that relies on t4pes$ And 0hat is a t4pe 5he

    universall4 accepted canonical de!nitiontells us that= [the 0ord t4pe

    represents not the ima*e of somethin* &ein* copied or imitated perfectl4

    &ut the idea of an element 0hich should serve as a rule to the template

    1model2$5he model understood in terms of the practical implementation of

    architecture is an o&/ect that must &e repeated as it is? the t4pe on the

    contrar4 it is a principle that can *overn the creation of several completel4

    diFerent o&/ects$ ;n the model ever4thin* is accurate and *iven$ On t4pe

    ever4thin* is va*ue [$

      5he t4pe then is somethin* 0hich cannot &e reduced an4 more than it

    alread4 is$ 5he t4pe must &e formal understood as the interior structure of a

    shape or a principle that contains the possi&ilit4 of in!nite variation and

    even its o0n structural modi!cation$ 5o illustrate the de!nition of t4pe one

    can thinB of the t4pe [court4ard house[ 0hich rou*hl4 speaBin* can &e

    ima*ined as a volume of an4 shape 0ith an empt4 inside too an40a4$ 5he

    important thin* here is the relationship &et0een the volume 0ith a space in

    its interior also of an4 shape

     5he t4pe is the structural principle of architecture not to &e &e

    confused 0ith an amenda&le form of detailed description$ Ever4 &uildin* can

    &e conceptuall4 reduced to a t4pe i$e? it is possi&le to a&stract the

    composition of a &uildin* to the point at 0hich onl4 the e#istin* relations

    &et0een the parts are seen leavin* aside the parts themselves$

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      5o desi*n &4 the t4polo*ical method is to use t4pes as part of the

    process of creatin* ne0 architectural artifacts$ 5he use of a certain t4pe is

    usuall4 /usti!ed &4 the e#istence of some structural a\nit4 or in other

    0ords an analo*4 &et0een a precedent and the pro&lem 0e have on the

    dra0in* &oard$

      54pes can &e emplo4ed in t0o 0a4s a historical or an a.historical$ 5he

    purpose of the historical use of t4pes 0ould &e to *ive meanin* to a form &4

    means of a mental association 0ith an alread4 Bno0n e#istin* o&/ect or

    &uildin*$ ;n this re*ard emetri (orph4rios sa4s= [the architectural form

    &ecomes meanin*ful onl4 0hen it is t4polo*icall4 encoded &ecause the

    t4pe 0ith its &ase in ha&its and social conventions acts as a classi!cator4instrument 0hich maBes the visi&le 0orld understanda&le[$

      ;n this !rst use the t4pe is as much a startin* point for the pro/ect as an

    instrument of meanin*$ As is supported in the associative richness of t4pes

    that are sociall4 le*itimized this use of t4pes could also &e called

    icono*raph4$ 5he use of the “court4ard house% t4pe in various scales

    throu*hout histor4 oFers a clear e#ample of the utilization of t4pes in

    composition$

      @hen used a.historicall4 the t4pe is a&sor&ed in the process of

    composition and the meanin* of the resultin* o&/ect is not that of the t4pe

    used &ut results from the operation of its composition and the ne0 use to

    0hich the t4pe is su&/ect$ 5he a.historical use of t4pes implies the

    suspension of time since the t4pe is disassociated from its historical

    condition? the transposition of place ] the t4pe is separated from its ori*inal

    culture? the dissolution of scale &ecause a t4pe e#tracted from a house can

    *enerate a palace and vice versa$

      An important consequence of the use of the t4polo*ical method is the

    implication that forms are not eternall4 linBed to the functions for 0hich the4

    0ere desi*ned$ On the contrar4 architectural forms have the potential to

    contain and in fact do contain a multiplicit4 of functions throu*h time$ ,ut

    perhaps the most important &ene!t that one can o&tain from understandin*

    the concept of the t4pe is that it ena&les us to maBe use of the entire histor4

    of architecture as a source of research and inspiration since &4 stud4in*

  • 8/19/2019 Nada Provem Do Nada Por Edson Mahfuz

    14/23

    this histor4 from a t4polo*ical point of vie0 0hat the architect e#tracts are

    principles not literal forms$ esi*n 0ith the aid of histor4 does not

    necessaril4 lead to the creation of pastiches$

    O Método 5ipol"*ico= (ro/etar pelo método tipol"*ico=

      Jazendo uma analo*ia entre o pro&lema e um tipo escolhido1principio2$ tilização de uma relação entre elementos e espaços$

    .A criação de uma nova relação entre espaços é inovativo$

      Nada pode /amais renascer$ Mas por outro lado nada desaparece

    completamente$ E qualquer coisa que um dia e#istiu sempre reaparece emuma nova forma$% “$$$ a arte de edi!car nasce de um *erme pré.e#istente?

    nada vem do nada$$$ o tipo é uma espécie de *erme em torno do qual e de

    acordo com ele são ordenadas todas as variaçDes de que um o&/eto é

    suscet6vel$%

    A primeira citação se refere em termos &em claros ao fato de que estamos

    sempre aproveitando o conhecimento e#istente para *erar novo

    conhecimento isto é novas edi!caçDes$ A se*unda /9 começa a nose#plicar como isso acontece referindo.se a um método de pro/eto que se

    &aseia em tipos$ E o que é um tipo A de!nição can8nica universalmente

    aceita nos diz que= “A palavra tipo representa não a ima*em de uma coisa a

    ser copiada ou perfeitamente imitada mas a idéia de um elemento que

    deva servir como re*ra para o modelo$$$ O modelo entendido em termos da

    e#ecução pr9tica da arquitetura é um o&/eto que deve ser repetido como

    ele é? o tipo ao contr9rio é um princ6pio que pode re*er a criação de v9rios

    o&/etos totalmente diferentes$ No modelo tudo é preciso e dado$ No tipotudo é va*o%^_W` $

      O tipo então é al*o que não pode ser mais reduzido do que /9 é$ O tipo

    deve ser entendido como a estrutura interior de uma forma ou um princ6pio

    que contém a possi&ilidade de variação formal in!nita e até de sua pr"pria

    modi!cação estrutural$ (ara ilustrar a de!nição de tipo pode.se pensar no

    tipo “casa.p9tio% que *rosso modo seria ima*inado como um volume de

    qualquer forma com um vazio em seu interior tam&ém de qualquer forma$

    O importante aqui é essa relação entre o volume e o vazio que ele contém

    http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=3067835825248508977#_msocom_9http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=3067835825248508977#_msocom_9

  • 8/19/2019 Nada Provem Do Nada Por Edson Mahfuz

    15/23

    a qual pode tomar qualquer forma quando materializada$

      O tipo é o princ6pio estrutural da arquitetura não podendo ser

    confundido com uma forma pass6vel de descrição detalhado$ 5odo edif6cio

    pode ser reduzido conceitualmente a um tipo ou se/a é poss6vel a&strair.se

    a composição de uma edi!cação até o ponto em que se v>em apenas as

    relaçDes e#istentes entre as partes dei#ando.se de lado as partes

    propriamente ditas$

      (ro/etar pelo método tipol"*ico é usar tipos como parte do processo de

    pro/etos de novos artefatos arquitet8nicos$ O uso de um determinado tipo é

    *eralmente /usti!cado pela e#ist>ncia de al*uma a!nidade estrutural. umaanalo*ia entre um precedente e o pro&lema que temos na prancheta$

      5ipos podem ser empre*ados de duas maneiras uma hist"rica outra a.

    hist"rica$ O prop"sito do uso hist"rico de tipos seria conferir um si*ni!cado

    a uma forma por meio de associação mental com um o&/eto3edif6cio /9

    e#istente e conhecido$ A esse respeito emetri (orph4rios diz= “A forma

    arquitet8nica torna.se si*ni!cativa somente quando é codi!cada

    tipolo*icamente porque o tipo com suas &ases nos h9&itos e convençDes

    sociais a*e como um instrumento classi!cat"rio que torna le*6vel o mundo

    vis6vel%$

      Nesse primeiro uso o tipo é tanto um ponto de partida para o pro/eto

    como um instrumento de si*ni!cação$ Como se ap"ia na riqueza associativa

    de tipos que são socialmente le*itimados esse uso de tipos poderia

    tam&ém ser chamado de icono*r9!co$ O empre*o do tipo casa.p9tio em

    v9rias escalas através da hist"ria nos oferece e#emplos claros desse modo

    de utilizar tipos em composição$

      Ao ser usado a.historicamente o tipo é por assim dizer a&sorvido no

    processo de composição e o si*ni!cado do o&/eto resultante não é aquele

    do tipo utilizado mas resulta da pr"pria operação de composição e do novo

    uso a que o tipo é su/eito$ O uso a.hist"rico de tipos implica= a suspensão do

    tempo /9 que o tipo é dissociado de sua condição hist"rica? a transposição

    de lu*ar S o tipo se desvincula de sua cultura ori*inal? a dissolução de

    escala pois um tipo e#tra6do de uma casa pode *erar um pal9cio e vice.versa$

  • 8/19/2019 Nada Provem Do Nada Por Edson Mahfuz

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      ma conseqU>ncia importante do empre*o do método tipol"*ico é a

    implicação de que as formas não são eternamente li*adas às funçDes as

    quais foram pro/etadas$ (elo contr9rio formas arquitet8nicas t>m o

    potencial de conter e de fato cont>m uma multiplicidade de funçDes

    através do tempo$ Mas talvez o &enef6cio mais importante que se pode

    o&ter do entendimento do conceito de tipo é que nos possi&ilita fazer uso de

    toda a hist"ria da arquitetura como fonte de pesquisa e inspiração /9 que

    ao estudar essa hist"ria desde um ponto de vista tipol"*ico o que o

    arquiteto e#trai dela são princ6pios não formas literais$ (ro/etar com o

    au#6lio da hist"ria não leva necessariamente à criação de pastiches$

     5he Mimetic Method  se of templates or architectural elements= maBin* analo*ies &et0een

    the pro&lem and the architectural elements$

      ;s the method &4 0hich ne0 o&/ects and &uildin*s are *enerated &ased

    on the imitation of e#istin* models$ 5he process &e*ins 0ith the selection of

    the model to &e imitated$ 5his model is a familiar form tested e#haustivel4

    and 0idel4 accepted$ 5he choice of this model implies a /ud*ment of valuea reco*nition that a certain architectural structure is the &est solution for a

    particular pro&lem and cannot &e improved it must &e imitated$

      5he term comes from the 7reeB mimesis 0hich means imitation$ 5he

    theor4 of imitation is a product of classical 7reece i$e$ it occurred 0ithin the

    centuries &efore Christ$ 'ince that time four concepts of imitation have

    &een developed$ Amon* them are t0o 0hich concern us directl4: The

    Platonic concept accordin* to 0hich imitation is a faithful cop4 of the

    appearance of thin*s 1this is the meanin* assi*ned to the term toda4 in

    most cases2$ The Aristotelian Concept 0hich does not de!ne imitation as

    a faithful cop4 &ut as free interpretation of the essence of realit4 on the

    part of the artist$

     5he Mimetic method imitates chosen models in the sense *iven &4

    Aristotles de!nition i$e$ &4 interpretin* them and adaptin* them$ 5he fact

    that models are transposed in time and in space means that there are

    al0a4s diFerences &et0een the conte#ts involved and that in itself maBesthe e#istence of perfect copies impossi&le$ ;n fact the desi*n method &ased

  • 8/19/2019 Nada Provem Do Nada Por Edson Mahfuz

    17/23

    on the imitation of models includes amon* its features a reasona&le de*ree

    of invention 0hose purpose is to adapt the model to the ne0

    circumstances$ A ver4 clear e#ample of this is the architecture of the

    _enaissance 0hich althou*h derivin* from _oman architecture of the

    classical period can never &e confused 0ith it$

      5he Mimetic method then *enerates ne0 architectural forms 0ith the

    aid of e#istin* visual analo*ies$ 5hese analo*ies can &e classi!ed into three

    *roups= reialism or st!listic reial? st!listic eclecticism? st!listic

    analog!$

      "eialism or st!listic reial consists in the imitation of &uildin*s

    from another time or place in their *eneral appearance or mainparts$ #t!listic eclecticism is the imitation of entire &uildin*s &ut not of

    parts or fra*ments of e#istin* &uildin*s or Bept someho0 for

    posterit4$ 5he &asic characteristics of this variet4 of mimicr4 are the

     /u#taposition of fra*ments of various ori*ins and the possi&ilit4 of creatin*

    ne0 &uildin*s throu*h compositional permutations$

    On st4listic analo*4 unliBe the !rst t0o *roups 0here the imitation of an

    entire &uildin* or various parts taBen from various &uildin*s 0hat happensis the choice of a reduced num&er of parts taBen carefull4 chosen models

    0ith the aim of *ivin* precise meanin*s to ne0 architectural artifacts$ 5he

    Be4 to this procedure is not a literal transposition of a conte#t to another

    &ut a [reinvention[ of reason in such a 0a4 as to form a ne0 lan*ua*e

    0hich nevertheless still &ears the ori*inal as a shado0$

    Althou*h the four formal *eneration methods most commonl4 used in

    architecture have &een here discussed separatel4 to maBe the te#t clearer

    the evidence sho0s that in 7eneral the4 appear in com&ination durin* the

    process of composition in architecture$ Not al0a4s all emplo4 at the same

    time &ut the rare architectural 0orBs of some importance *enerated

    e#clusivel4 &4 one of these methods$ Chances are that at least t0o or three

    are present in the !nal product and to relate hierarchicall4= a method is

    used to *enerate the main parts and the other for the other$

      ,4 acceptin* the idea that architecture and a formal s4nthesis of

    various internal and e#ternal factors to the pro/ect related to each other on

  • 8/19/2019 Nada Provem Do Nada Por Edson Mahfuz

    18/23

    several levels it is clear that no compositional s4stem or formal *eneration

    is a&le to s4nthesize all the factors and levels involved in a pro/ect$ 5hus

    the four methods of formal *eneration presented throu*hout this article

    should &e seen as complementar4 aspects of architectural never as

    independent s4stems or mutuall4 e#clusive$ 50o e#amples are su\cient to

    demonstrate this$

    @hen desi*nin* the !rst nitarian Church in OaB (arB JranB +lo4d @ri*ht

    used the innovative method to solve the pro&lem of the use of a ne0

    material concrete 0hich 0as in this case left apparent for the !rst time in

    a non.industrial &uildin*? the Mimetic method appears in the repetition of

    the same solution for vertical circulation 1to0ers at the four corners of the

    plant2 alread4 emplo4ed &4 @ri*ht in the +arBin ,uildin*? the use oft4polo*ical method is evident in the choice of a t4pe quite used in other

    reli*ious &uildin*s i$e$ a ri*ht.footed central volume multiple surrounded &4

    &alconies? +astl4 is the normative method in the form of a t0o.dimensional

    mesh that controls the la4out of the Church &4 settin* their primar4 and

    secondar4 spaces$

    An anal4sis of Villa 'tein desi*ned &4 +e Cor&usier sho0s that the famous

    architect emplo4ed the t4polo*ical method availa&le accommodations in asimilar manner to those of _enaissance palaces i$e$ 0ith the seatin* areas

    placed on the !rst

  • 8/19/2019 Nada Provem Do Nada Por Edson Mahfuz

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    that the use of the stor4 depends on a critical Act selective and

    transformer conducted &4 architect that emplo4s as ra0 material$

    Althou*h the *roups linBed to the ,auhaus spreadin* the doctrine of

    ori*inalit4 the facts sho0 a ver4 diFerent stor4$ An4 architectural tradition

    develops its o0n themes its characteristic motifs and forms &ut this is

    al0a4s compared 0ith the e#istin* one$ 5he deepest architects of the RXth

    centur4 Bne0 ho0 to use the histor4 of architecture in such a 0a4 that it

    presents itself to our e4es totall4 transformed$ ;t has alread4 &een said until

    the histor4 of architecture chan*es ever4 time an architect of talent maBes

    use of it$

    O Método Mimético

    • tilização de modelos ou elementos de arquitetura= fazer analo*ias

    entre o pro&lema e os elementos arquitet8nicos$

    H o método pelo qual novos o&/etos e edi!caçDes são *erados com &asena imitação de modelos e#istentes$ O processo se inicia com a escolha domodelo a ser imitado$ Esse modelo e uma forma familiar testada

    e#austivamente e de lar*a aceitação$ A escolha desse modelo implica um /u6zo de valor um reconhecimento de que certa o&ra de arquitetura é amelhor solução para determinado pro&lema e que não podendo seraperfeiçoada deve ser imitada$

    O termo mimético vem do *re*o mimesis que quer dizer imitação$ A teoriada imitação é um produto da 7récia cl9ssica ou se/a dos séculos ocorridosantes de Cristo$ esde esse tempo quatro conceitos de imitação foramdesenvolvidos$ Entre eles h9 dois que nos interessam diretamente= oconceito plat8nico se*undo o qual imitação é uma c"pia !el da apar>nciadas coisas 1esse é o sentido ho/e atri&u6do ao termo na maioria dos casos2?o conceito aristotélico que não de!ne a imitação como c"pia !el mas comolivre interpretação da ess>ncia da realidade por parte do artista$

    O método mimético imita modelos escolhidos no sentido dado ao termo porArist"teles ou se/a interpretando.os e adaptando.os$ O fato de quemodelos são transpostos no tempo e no espaço si*ni!ca que h9 semprediferenças entre os conte#tos envolvidos e isso por si s" /9 impossi&ilita ae#ist>ncia de c"pias perfeitas$ e fato o método de pro/eto que se &aseiana imitação de modelos inclui entre suas caracter6sticas um razo9vel *raude invenção cu/o !m é adaptar o modelo às novas circunst-ncias$ me#emplo muito claro disso é a arquitetura do _enascimento que apesar dederivar da arquitetura romana do per6odo cl9ssico não pode nunca ser com

    esta confundida$

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    O método mimético então *era nova arquitetura com o au#6lio deanalo*ias visuais com a e#istente$ Essas analo*ias podem ser classi!cadasem tr>s *rupos= revivalismo ou revivi!cação estil6stica? ecletismo estil6stico?analo*ia estil6stica$

    O revivalismo ou revivi!cação estil6stica consiste na imitação de edif6cios deoutro tempo ou lu*ar em sua apar>ncia *eral ou partes principais$ Oecletismo estil6stico consiste na imitação não de edif6cios inteiros mas departes ou fra*mentos de edif6cios e#istentes ou mantidos de al*umaforma para a posteridade$ As caracter6sticas &9sicas dessa variedade demimetismo são a /ustaposição de fra*mentos de v9rias proced>ncias e apossi&ilidade de se criar novos edif6cios através de permutaçDescompositivas$

    Na analo*ia estil6stica ao contr9rio dos dois primeiros *rupos onde se falada imitação de um edif6cio inteiro ou de v9rias partes tiradas de edif6ciosdiversos o que acontece é a escolha de um nGmero reduzido de partes

    tomadas cuidadosamente de modelos escolhidos com o !m de conferirsi*ni!cados precisos a novos artefatos arquitet8nicos$ A chave desseprocedimento não é a transposição literal de um motivo de um conte#topara outro mas uma [reinvenção[ do motivo de maneira a formar umanova lin*ua*em que não o&stante ainda carre*a o ori*inal como umasom&ra$

    Em&ora os quatro métodos de *eração formal mais comumente usados emarquitetura tenham sido aqui discutidos separadamente para clareza dote#to as evid>ncias mostram que em *eral elas aparecem em com&inaçãodurante o processo de composição em arquitetura$ Nem sempre todos seempre*am ao mesmo tempo mas raras as o&ras de arquitetura de al*uma

    import-ncia *eradas e#clusivamente por um desses métodos$ O maisprov9vel é que pelo menos dois ou tr>s este/am presentes no produto !nale que se relacionem hierarquicamente= um método é usado para *erar aspartes principais e os outros para as demais$

    Ao aceitar se a idéia de que a arquitetura e uma s6ntese formal de v9riosfatores internos e e#ternos ao pro/eto relacionados entre si em v9riosn6veis !ca claro que nenhum sistema compositivo ou de *eração formal écapaz de sintetizar todos os fatores e n6veis envolvidos em um pro/eto$Assim os quatro métodos de *eração formal apresentados ao lon*o destearti*o devem ser vistos como aspectos complementares do fazer

    arquitet8nico nunca como sistemas independentes ou mutuamentee#clusivos$ ois e#emplos serão su!cientes para demonstrar isso$

    Ao pro/etar a (rimeira ;*re/a nit9ria em OaB (arB JranB +lo4d @ri*ht usouo método inovativo para resolver o pro&lema do uso de um material novo oconcreto que foi nesse caso dei#ado aparente pela primeira vez em umedif6cio não.industrial? o método mimético aparece na repetição da mesmasolução para a circulação vertical 1torres nos quatro cantos da planta2 /9empre*ada por @ri*ht no Edif6cio +arBin? o uso do método tipol"*ico éevidente na escolha de um tipo &astante usado em outros edif6ciosreli*iosos ou se/a um volume central de pé direito mGltiplo circundado por&alcDes? por Gltimo encontra.se o método normativo na forma de uma

    malha &idimensional que controla a planta da i*re/a de!nindo seus espaçosprincipais e secund9rios$

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    ma an9lise da Villa 'tein pro/etada por +e Cor&usier mostra que o famosoarquiteto empre*ou o método tipol"*ico ao dispor as acomodaçDes demaneira similar àquelas dos palacetes renascentistas ou se/a com as 9reasde estar colocadas no primeiro andar o chamado piano no&ile$ O métodonormativo est9 presente na forma cG&ica da saca e na malha estruturaltridimensional que é vis6vel por toda ela$ +e Cor&usier tam&ém fez uso dométodo mimético empre*ando uma série de elementos usados em outrospro/etos seus como escadas semicirculares volumes curvos que de!nemespaços au#iliares e paredes onduladas que modulam a circulação interna$(or !m localizamos a utilização do método inovativo na inversão doesquema tradicional da casa de campo /9 discutido aqui em outra parte$

    (ara terminar seria oportuno retornar às duas citaçDes que a&rem esteensaio$ A primeira delas do arquiteto racionalista italiano Al&erto 'artorisilustra a intenção central deste arti*o que é a de caracterizar a arquiteturacomo uma pr9#is &aseada na transformação de conhecimento$ A se*unda

    citação em que ,or*es a!rma que “para sa&er escrever é preciso sa&erler% foi diri*ida à literatura mas é tam&ém v9lida para todas as atividadesessencialmente criativas e e#pande a idéia contida na primeira citação aosu*erir que o uso da hist"ria depende de um ato cr6tico seletivo etransformador realizado pelo arquiteto que a empre*a como matéria.prima$

    Apesar de os *rupos vinculados à ,auhaus propa*arem a doutrina daori*inalidade os fatos mostram uma hist"ria &em diferente$ ualquertradição arquitet8nica desenvolve seus pr"prios temas seus motivos eformas caracter6sticos mas isso se d9 sempre em relação com o e#istente$Os mais profundos arquitetos do século :: sou&eram usar a hist"ria daarquitetura de tal maneira que ela se apresenta aos nossos olhos

    totalmente transformada$ )9 se disse até que a hist"ria da arquitetura mudaa cada vez em que um arquiteto de talento faz uso dela$

    Ao contr9rio do que diziam os mit"*rafos da arquitetura moderna todos os*randes arquitetos deste século recorreram à hist"ria como referencial$ +eCor&usier um dos maiores arquitetos da era moderna e um dos supostos“criadores ori*inais% dei#ou.nos ampla evid>ncia disso em prédios como asede do (arlamento em Chandi*arh$ Comparando.se sua planta com a doMuseu Altes em ,erlim pro/etado em QbRT por Zarl Jriederich 'chinBel^_QR`  uma relação tipol"*ica entre as duas pode ser detectada poisam&os apresentam a mesma seqU>ncia &9sica que começa no p"rtico de

    entrada e prosse*ue por um caminho processional até um espaço centralco&erto por um domo$ Outra semelhança é a disposição de atividadessecund9rias na periferia dos dois edif6cios$

    Ainda na planta o vasto nGmero de colunas e#istentes no interior do(arlamento é reminiscente de certas salas hip"stilas^_QT` encontradas nostemplos e*6pcios$ Vistas dos dois pro/etos mostram que o mesmo esquemaou se/a um domo so&re um volume prim9rio se faz presente em am&osem&ora tratado de maneira diferente$ A relação entre os dois pro/etos se d9a n6vel conceitual e em nenhuma parte isso é mais evidente do que nosp"rticos e#istentes nas fachadas principais dos dois edif6cios$ Enquanto op"rtico do museu é cl9ssico o de +e Cor&usier faz muitas coisas no mesmo

    tempo= cria uma ordem quase cl9ssica pela disposição e proporção dossuportes verticais mas formalmente difere totalmente da solução

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  • 8/19/2019 Nada Provem Do Nada Por Edson Mahfuz

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    empre*ada por 'chinBel? a parte superior do p"rtico que ocupa o lu*ar daenta&latura cl9ssica d9 som&ra ao p"rtico e resolve o pro&lema doescoamento das 9*uas pluviais 1sendo aquela uma re*ião onde chove muitodurante o inverno2 funcionando como uma calha *i*antesca? ao criar uma9rea de som&ra à entrada do edif6cio o p"rtico se apresenta como umacontinuação da tradição indiana se*undo a qual os e#cessos do clima localsão controlados por meio de verandahs$

    Com esse e#emplo espero ter dei#ado claro que parafraseando ,or*espara escrever &em não é su!ciente ler mas sa&er ler$ ;sso se aplicaperfeitamente à produção arquitet8nica$ Em arquitetura é preciso sa&era&strair che*ar à ess>ncia do e#istente e principalmente sa&er /ul*ar suarelev-ncia para o caso de que nos ocupamos no momento$ ma arquiteturaaut>ntica s" sur*e quando um arquiteto entra na hist"ria em v9rios n6veisao mesmo tempo e#traindo dela princ6pios &9sicos e transformando.os oumesmo “reinventando.os% por assim dizer para que eles possam a/ud9.lo aresolver pro&lemas e necessidades do momento$ Como foi visto no Gltimo

    e#emplo a hist"ria s" é &em usada quando não restam traçDes literais doseu uso ou em outras palavras quando é “&em lida%$

  • 8/19/2019 Nada Provem Do Nada Por Edson Mahfuz

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    Atividade=

    • Em *rupos de K alunos= Numa folha de AT ;lustrar as analo*iasusadas por arquitetos= JranB +lo4d @ri*ht +e Cor&usier e citadas por

    Mahfuz$$$a correspond>ncia entre o pré.e#istente e adaptação1par9*rafo para cada arquiteto2 podendo fazer outros e#emplos$

    Analo*ia= uma a!nidade estrutural e#istente que pode ser ne*ativo oupositivo entre um precedente e um pro&lema arquitet8nica$