motores de combustão interna - mci · classificação dos motores quanto ao tipo de combustão:...
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Motores de Combustão Interna - MCI
Eng. Nauberto R. Pinto
Colaboração: Camila R. de Lacerda
29/01/2016
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Elementos da Combustão
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Classificação dos motores quanto ao
tipo de combustão:
• Motores de Combustão Externa (MCE)
Máquinas a vapor
• Motores de Combustão Interna (MCI)*
Alternativos (Pistão, biela, eixo manivela)
Ciclo Otto – ignição por centelha
Ciclo Diesel – ignição por compressão
Rotativos
Wankel
Turbina a Gás
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Figuras: Apostila Motores Combustão Interna UFPEL * Maquetes
Ciclo Otto (4 tempos)
4 http://rumoaossonhos.blogspot.com.br/2013/09/motores-4-tempos.html
Ciclo Diesel (4 tempos)
5 Fonte: http://maquinasemotoresnapescavso.blogspot.com.br/p/motor-do-ciclo-diesel.html
Petróleo
Refino
Combustíveis
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Refinarias Petrobrás 1. Refinaria de Paulínea (Replan) – SP ............ 415.000 bbl/d (66.000 m³/dia)
2. Refinaria Landulpho Alves (Relam) – BA ....... 323.000 bbl/d (51.352 m³/dia)
3. Refinaria Henrique Lage (Revap) – SP ......... 252.000 bbl/d (40.000 m³/dia)
4. Refinaria Duque de Caxias (Reduc) – RJ ....... 239.000 bbl/d (38.000 m³/dia)
1. Refinaria Alberto Pasqualini (Refap) – RS
2. Unidade de Industrialização do Xisto (SIX) - PR
3. Refinaria Gabreil Passos (Regap) – MG
4. Refinaria Lubnor – CE
5. Refinaria Capuava (Recap) – SP
6. Refinaria Isaac Sabbá (Reman) – AM
7. Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar) – PR
8. Refinaria Presidente Bernardes (RPBC) - SP
9. Refinaria Potiguar Clara Camarão – RN
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Processos de destilação
8 http://compreendendoquimica.blogspot.com.br/2013/06/estudando-para-o-enem-combustiveis.html
Petróleo e seus derivados
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Combustíveis para Motores
• Ciclo Otto
Gasolina A
Gasolina C
Etanol Hidratado
Mistura Gasolina C + Etanol Hidratado (FLEX)
Gás Natural Veicular (GNV)
• Ciclo Diesel
Óleo Diesel
Óleo Diesel + Biodiesel
Óleo Bunker (combustível pesado)
Biodiesel puro (B100 )
Óleo Vegetal in natura
Óleo Diesel + Gás Natural Veicular (Sistema “Dual Fuel”)
Etanol Aditivado
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Combustíveis: Gasolina
Gasolina A Combustível produzido a partir de processos utilizados nas refinarias (sem etanol).
Gasolina C ... (Gasolina A + 27,5 % vol. de Etanol Anidro combustível)
1 - Gasolina Comum Sem aditivos
2 - Gasolina Aditivada Recebe aditivos detergentes-dispersantes (“keep clean”).
3 - Gasolina Premium ... (Gasolina A + com 25 % Vol. de Etanol)
Possui maior octanagem, permitindo melhor aproveitamento do
potencial do motor (Motores de alto desempenho).
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Combustíveis Alternativos
para ciclo Otto
• Etanol Não é derivado do petróleo;
É obtido a partir da fermentação de biomassa (ex. cana de açucar, milho,...)
• Gás Natural Veicular - GNV Mistura de hidrocarbonetos leves, em estado gasoso (abastecimento veicular
a 200 atm);
Queima reconhecidamente mais limpa, praticamente sem emissão de
monóxido de carbono.
• Gás Liquefeito de Petróleo - GLP Uso restrito para empilhadeiras.
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Esquema Injeção Eletrônica (FLEX)
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1 - Canister 2 - Reservatório de gasolina para partidas a frio 3 - Relé 4 - Bomba elétrica de combustível 5 - Válvula solenóide 6 - Válvula de purga do canister 7 - Sensor de temperatura e pressão do ar 8 - Válvula de injeção 9 - Sensor de detonação 10 - Sensor de rotação 11 - Sensor de temperatura 12 - Sensor de fase 13 - Bobina de ignição 14 - Pedal do acelerador 15 - Vela de ignição 16 - Sonda Lambda 17 - Bomba de combustível 18 - Unidade de comando 19 - Corpo da borboleta
Fonte: http://www.bosch.com.br/br/autopecas/produtos/injecao/flex_fuel.asp
Cadeia de Comercialização - Otto
14 http://www.petrobras.com.br/pt/produtos-e-servicos/composicao-de-precos/gasolina/
Octanagem
É a capacidade que um combustível
tem em resistir a altas temperaturas na
câmara de combustão, sem sofrer
combustão espontanea fora de tempo.
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Octanagem (Métodos ASTM)
• Método Motor ( MON - “Motor Octane Number” )
Avalia a resistência da gasolina quanto a detonação, na
situação em que o motor está em plena carga e em alta rotação.
• Método Pesquisa ( RON - “Research Octane Number” )
Avalia a resistência da gasolina quanto a detonação, na
situação em que o motor está em carga parcial e em baixa rotação.
• Índice Anti-detonante ( IAD )
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Método Motor (MON)
CFR F-2 (ASTM D 2700)
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Método Pesquisa (RON)
CFR F-1 (ASTM D 2699)
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Índice Antidetonante - IAD (Resolução ANP nº 40, 25/10/2013)
•Gasolina C : Comum e Aditivada
IAD= 87
MON = 82
•Gasolina C : Premium
IAD= 91
MON = 82
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RON = 92
RON = 100
Fatores de Influência sobre a Octanagem
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Fatores de Influência sobre a Octanagem (Otto)
• Composição da gasolina (aromática ou parafínica)
• Pressão atmosférica (altitude)
• Temperatura e umidade do ar atmosférico
• Taxa de compressão
• Formato da câmara de combustão
• Posição da vela de ignição
• Sistema de combustível (carburação, injeção)
• Temperatura da mistura
• Relação ar/combustível (pobre, rica, estequiométrica)
• Avanço da centelha
• “Ponto quente” (carbonização/ vela quente)
• Rotação do motor
• Carga aplicada ao motor (ex.: subida de serra)
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Isoctano n-Heptano
Padrões ASTM de Referência (Octanagem)
Mistura dos Padrões - (% vol.)
Exemplo Padrão 83: 83% Iso. + 17% n-Hep.
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100 (cem)
0 (zero)
Amostra A: Cálculo da Octanagem (Interpolação entre Padrões)
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A – 86 87 - 86
------------ = ------------
63 – 50 63 – 44
87 - 86
A – 86 = ( 63 – 50 ) x -----------
63 – 44
1
A = 86 + 13 x --------
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A = 87,7
Combustíveis: Óleo Diesel 1) - Óleo Diesel Rodoviário (baixo ponto de fulgor)
1.1) - Diesel A – Para uso rodoviário e não rodoviário, sem biodiesel
1.2) - Diesel B7 – Óleo Diesel A com 7% de biodiesel
7% a partir de 1º de novembro
( Lei nº 13.033, da Presidência da República, de 24/09/2014 )
1.3) - Diesel Bx – Óleo Diesel A com biodiesel na proporção ( X % ),
( quando autorizado para uso específico ou experimental ).
Quanto ao teor de enxofre (Resolução ANP nº 50 de 23.12.2013)
S 10 - combustíveis com teor de enxofre, máximo, de 10 mg/kg
S 500 - combustíveis com teor de enxofre, máximo, de 500 mg/kg
2 - Óleo Diesel Marítimo (alto ponto de fulgor)
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Qualidade de ignição do diesel
A qualidade de ignição do diesel pode ser
medida pelo seu número de cetano (NC) ou
calculado pelo índice de cetano (IC).
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NÚMERO DE CETANO
O Número de Cetano (NC) mede a capacidade do
combustível entrar em autocombustão quando injetado
no motor (determinado em motor ASTM CFR-5).
ÍNDICE DE CETANO
O Índice de Cetano (IC) mede a qualidade de combustão
dos combustíveis diesel (obtido por cálculo).
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Método Cetano
CFR F-5 (ASTM D 613)
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Número de Cetano
(Resolução ANP nº 50, 23/12/2013)
• Diesel S-10 ( máximo Teor de enxofre 10 mg/kg )
NC= 48 • Diesel S-500 ( máximo Teor de enxofre 500 mg/kg )
NC= 42 (eventualmente calculado pelo Índice de Cetano-IC)
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Fatores de Influência sobre o Número de Cetano
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Fatores de Influência sobre o Número de Cetano (Diesel)
• Composição do Diesel
• Temperatura do ar de admissão
• Rotação do motor
• Taxa de compressão
• Temperatura do combustível
• Débito da bomba injetora de combustível
• Avanço da injeção
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Curva do Motor (Cetano)
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Curva do Motor (Cetano)
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Combustão:
Relação Estequiométrica
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Relação Estequiométrica
Combustível Relação ar/combustível
Gasolina A 14,7 : 1
Gasolina C (com 22% de etanol) 13,3 : 1
Álcool Hidratado(etanol) 9,0 : 1
Diesel 15,2 : 1
Gás Natural Veicular 17,2 : 1
Combustível “FLEX” 9,0 a 13,3 : 1
Fonte: GLEHN, 1999
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Parte Prática (Laboratório de Máquinas Térmicas)
CFR-F2 (MON)
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