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MORFOLOGIA
Classes de palavras e seus mecanismos de flexão
Professor: Moacir Romeu
SUBSTANTIVOS
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Classes de Palavras
As palavras se distribuem em classes fora de contexto, na
forma como aparecem no dicionário.
A morfologia trata da classificação das palavras, mas,
como adverte Sandman: “(...) nem sempre é simples classificar as
palavras, pô-las em gavetas pré-escolhidas e em que elas fiquem
bem comportadas e acomodadas. Os fatos da linguagem são
complexos e dinâmicos, mutáveis no tempo.” (SANDMAN Antônio
Morfologia Geral. 2ª ed. São Paulo, Contexto, 1993.p.32)
A NGB divide as palavras da língua portuguesa em dez
classes, chamadas de classes gramaticais.
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Variáveis Invariáveis
. Substantivo . Artigo . Advérbio . Interjeição
. Adjetivo . Pronome . Preposição
. Verbo . Numeral . Conjunção
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Classificação dos Substantivos
1. Quanto à sua estrutura e formação:
- simples ou compostos
- primitivos ou derivados
2. Quanto ao significado (sentido):
- comuns ou próprios
- concretos ou abstratos
3. Quanto ao conteúdo e forma:
- coletivos
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1. Simples ou compostos – primitivos ou derivados
Simples: É aquele que apresenta um único radical em sua estrutura.
Exemplos: flor, casa, amor, tempo, sol, água, etc.
Composto: É aquele substantivo formado por dois ou mais radicais.
Exemplos: Couve-flor, pé-de-moleque, amor-perfeito, passatempo, girassol,
aguardente, etc.
Observação: Devido ao desconhecimento do processo de formação de
algumas palavras, certos substantivos são considerados simples, apesar de
serem compostos quanto à forma como foram criados. É o caso de vinagre
(vinho + acre) e alçapão (alça –do verbo alçar, levantar + pom – põe, abaixa).
Primitivo: É aquele substantivo que não deriva de nenhuma outra palavra
dentro da própria língua. Exemplos: escada, ferro, piano, noite.
Derivado: É aquele que se origina de outra palavra da língua, por um dos
processos de derivação. Exemplos: escadaria, ferreiro, pianista, noitada.
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2. Comuns ou próprios – concretos ou abstratos
Comum: É aquele substantivo que nomeia todos os seres de uma mesma
espécie. Exemplos: garoto, bola, planta, país, etc.
Próprio: É aquele que nomeia um ser particular ou alguns seres particulares
entre todos os outros da mesma espécie. Exemplos: Manuel, Geraldo, África,
etc.
Concreto: É aquele substantivo que designa o ser com existência própria e
independente de outros seres. Esses seres podem ter existência no mundo real ou
imaginário.
Abstrato: É aquele que designa seres que têm existência dependente de outros
seres: ações, sentimentos, sensações, estados, qualidades, processos; enfim,
tudo o que só pode existir quando intermediado por outro ser.
A galinha do vizinho bota ovo amarelinho.
Costumava reclamar de si mesma, dos anjos, das almas, de Deus e do demônio.
A saudade é amiga da tristeza e da dor. O pensamento é solitário.
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3. Coletivos
Substantivo coletivo é o substantivo comum que, no singular, designa
um conjunto de seres.
Alguns substantivos coletivos podem expressar número exato de
alguns seres: dúzia, centena, par, etc. Esses coletivos não podem ser
confundidos com os numerais, visto que exigem a presença da
preposição de. Compare:
Doze bananas (numeral = quantidade de bananas)
Uma dúzia de bananas (substantivo = número de seres da mesma
espécie)
Acervo – de obras de arte alcatéia – de lobos
Arquipélago – de ilha banda – de músicos
Boiada – de bois caravana – de viajantes
Corja – de malandros discoteca – de disco
Atlas – de mapas cacho - de frutas
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Substantivação de palavras
A rigor cada palavra deveria se enquadrar em uma única classe
gramatical. No entanto, não é o que ocorre na classificação proposta pela
NGB.
O termo substantivação define o fato de palavras de qualquer classe
funcionarem como substantivos, desde que possam ser modificadas por artigo
e pelos seguintes tipos de pronomes: pessoal, possessivo, demonstrativo ou
indefinido.
a) Ela usava uma saia verde. (= adjetivo)
Começa hoje a 24ª Festa do Verde. (= substantivo)
b) Bancários decidem amanhã se farão greve. (= advérbio)
“Como será o amanhã...” (= substantivo)
c) Os homens começaram a jantar. (= verbo)
- Senhores, o jantar está servido! (= substantivo)
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Flexão dos Substantivos – Gênero
Em português, grande parte dos substantivos que
nomeiam seres vivos apresentam duas formas: uma para o
gênero masculino e outra, diferente, para o feminino. Tais
substantivos são chamados de biformes. Exemplos: gato – gata;
pintor – pintora.
Há outros substantivos, no entanto, que apresentam uma
única forma para indicar os dois gêneros. São os substantivos
chamados de uniformes. Exemplos: o colega – a colega; a
criança; o indivíduo. Pertencendo a um único gênero (masculino
ou feminino), a indicação do sexo do indivíduo se faz pelos
modificadores que os acompanham (artigo, adjetivo, numeral,
pronome) ou pelo contexto.
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Substantivos Uniformes
1. Comum de dois gêneros
Não se flexionam para indicar gênero. A indicação de
sexo se faz por meio de modificadores do substantivo
(adjetivo, artigo, pronome ou numeral).
o pianista – a pianista o imigrante – a imigrante
o colega – a colega o jovem – a jovem
o herege – a herege o indígena – a indígena
pianista alto – pianista alta este dentista – esta dentista
colega novo – colega nova dois artistas – duas artistas
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2. Sobrecomuns
Apresentam um só gênero para designar o masculino e o
feminino. A identificação do sexo do ser a que se refere
só é possível no contexto.
o cônjuge = (marido ou esposa)
a criança = (menino ou menina)
a criatura = (macho ou fêmea)
o indivíduo
a pessoa
a testemunha
a vítima
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3. Epicenos
São nomes de animais que apresentam uma só forma para os dois
gêneros. Quando há necessidade de especificar o sexo do animal,
anexam-se as palavras macho ou fêmea.
“(...) o último animal, um crocodilo, morreu de fome há alguns dias (...)
Em outras épocas havia elefantes, leões, jaguares, camelos, antílopes
e muitos outros animais...” (O Estado de São Paulo)
Pertencem também à categoria dos epicenos os seguintes
substantivos:
a águia a baleiaa barata a borboleta a onça
a cobra a girafa a minhoca a pulga o tatu
o sabiá a sardinha o peixe a mosca
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Curiosamente…
Podem ser masculinos ou femininos os seguintes
substantivos:
o diabetes ou a diabetes
o hélice ou a hélice
o íris ou a íris
o laringe ou a laringe
o personagem ou a personagem
o preá ou a preá
o tapa ou a tapa
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Cuidado!!!
São substantivos masculinos:
o clã o magma o telefonema
o champanha o trema o aneurisma
o dó o estratagema
o eclipse o milhar
o estigma o plasma
São substantivos femininos:
a omoplata a comichão a aguardente
a faringe a dinamite a alface
a cal a omelete a sentinela
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Flexão dos Substantivos – Número
• Formação do plural dos substantivos simples:– Regra geral: o plural é formado pelo acréscimo da desinência (s)
Ex: mapa = mapa(s). Degrau = degrau(s)
– Terminados em (ÃO) = plural em (ÕES), (ÃES) OU (ÃOS)
Ex: questão = questões; capitão = capitães ; irmão = irmãos
– Terminados em (R), (Z), = acréscimo de (-ES)
Ex bar = bares; raiz=raízes
– Terminados em (-S) = acréscimo de (-ES) quando forem oxítonos; invariáveis quando não forem oxítonos.
Ex: país = países; lápis = lápis
– Terminados em (-L) = substitui-se o (L) por (-IS).
Ex: anel = anéis; álcool = álcoois
Exceções: mal = males; cônsul = cônsules
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Atenção!!!
• Os substantivos terminados em (-IL)
flexionam-se de forma diferente: quando
oxítonos, trocam o (-L) por (-S); quando
paroxítonos, trocam (-IL) por (-EIS)
Ex: fuzil = fuzis; barril = barris
projétil = projéteis
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• Substantivos terminados em (-M) – trocam (-M) por (-NS)
Ex: atum = atuns ; álbum = álbuns
• Terminados em (-X) – são invariáveis.
Ex: látex = látex; xerox = xerox
• Terminados em –(ZITO), (-ZINHO) – pluraliza-se a palavra
primitiva sem o (-S) e a terminação.
Ex: balão + zinho = balõezinhos
Flexão dos Substantivos –Número
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PLURAL DOS SUBSTANTIVOS COMPOSTOS
• Compostos de substantivo + substantivo
– Os dois elementos variam. Neste caso, a relação entre os dois nomes será coordenativa (pode-se colocar a conjunção E).
cirurgião-dentista = cirurgiões-dentistas
couve-flor = couves-flores
Porém, varia apenas o primeiro elemento, quando o segundo limita ou determina o primeiro (neste caso, a relação entre os dois é de subordinação – não se pode colocar a conjunção E)
salário-família = salários-família
peixe-boi = peixes-boi
saia-balão = saias-balão
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• Compostos de substantivo + adjetivo (ou vice-versa)
Os dois variam.
Amor-perfeito = amores-perfeitos
Guarda-civil = guardas civis
Obra-prima = obras-primas
Curta-metragem = curtas-metragem
• Compostos ligados por preposição
Apenas varia o primeiro elemento
Pé-de-moleque = pés-de-moleque
Pão-de-ló = pães-de-ló
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• Compostos formados por GRÃO, GRÃ, BEL
+substantivos
Apenas varia o substantivo.
Grão-duque = grão-duques
Grã-duquesa = grã-duquesa
• Compostos de verbo + verbo
Variam os dois ou somente o segundo, quando os
verbos são repetidos.
Ficam invariáveis quando têm sentidos opostos.
O corre-corre = os corres-corres ou corre-corres
O perde-ganha = os perde-ganha
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• Compostos formados de palavras repetidas ou
onomatopaicas
Vai para o plural apelas o último elemento.
O reco-reco = os reco-recos
O pingue-pongue =os pingue-pongues
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Plural com mudanças de timbre
• corpo – corpos
• esforço – esforços
• osso – ossos
• poço – poços
• tijolo – tijolos
• estojo – estojos
• posto - postos
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• É a possibilidade de indicar o tamanho do ser que nomeia.– Normal
– Aumentativo
– Diminutivo
• As variações de grau podem ser feitas de duas formas:– Analítica: Acréscimo de um adjetivo = casa
pequena/grande; pé pequeno/grande
– Sintética: Acréscimo de um sufixo: casinha-casebre; pezinho/pezão
Flexão dos Substantivos – Grau
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Dicas...
• Alguns sufixos utilizados na formação do
grau sintético:
- Diminutivo - Aumentativo
-inho. –zinho, -ebre, -im, -ona,-ázio, -aça, -az
-acho, -ejo, -eta, -ote - arra
Ex: amorzinho, riacho, lugarejo, molecote,
boceta, bocarra, copázio, mulherona
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Artigo
• Palavra que se antepõe aos substantivos
para dar aos seres um sentido
determinado ou indeterminado.
– Artigos definidos: O, A, OS, AS
– Artigos indefinidos: UM, UMA, UNS, UMAS
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ADJETIVO
• Palavra variável que qualifica o substantivo ou palavra substantivada.
• Locução adjetiva – Expressão que equivale a um adjetivo. Geralmente é formada de preposição + substantivo ou preposição + advérbio
Ex: presente de rei = presente régio.
– Amor de filho = amor filial
– Confiança sem limite = confiança ilimitada
– Aves da noite = aves noturnas
– Alimento sem sabor = alimento insípido
– Casa da frente = casa frontal
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FLEXÃO DOS ADJETIVOS
• Como o adjetivo concorda sempre com o substantivo,
sofrerá as mesmas flexões que ele: gênero, número e
grau.
• Flexão de Gênero
– Quanto ao gênero, os adjetivos podem ser:
• Biformes: possuem duas formas , uma para o feminino e outra
para o masculino.
Ex: bonito / bonita gostoso / gostosa ateu/ateia são/sã
• Uniformes: possuem apenas uma forma para indicar os dois
gêneros.
Ex. Inteligente, azul, leal, cruel , gentil
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Flexão dos adjetivos
• Flexão de Número
– Os adjetivos simples seguem a mesma regra de flexão numérica
dos substantivos.
gentil/gentis, igual/iguais, fiel/fiéis, útil/úteis, feroz/ferozes
– Nos adjetivos compostos, somente o segundo elemento varia,
sendo este um adjetivo.
castanho-escuro = castanho-escuros
político-social = político-sociais
verde-escura = verde-escuras
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Plural dos adjetivos compostos
• Quando o segundo elemento do adjetivo composto for um substantivo, o adjetivo permanecerá invariável.
Ex: marrom-café = marrom-café, verde-esmeralda = verde esmeralda, amarelo-laranja = amarelo-laranja
• Quando os componentes forem palavras ou elementoss invariáveis, somente o último é flexionado.
Ex: mal-educado = mal-educados, semi-selvagem = semi-selvagens, sobre-humano = sobre-humanos
• O adjetivo composto surdo-mudo varia os dois elementos: surdos-mudos.
• Ultravioleta, azul-celeste e azul-marinho são invariáveis.
• As palavras creme, cinza, laranja e rosa são substantivos que podem, ser empregados como adjetivos. Portanto, não variam.
• Não variam as locuções adjetivas formadas de cor+ de+substantivo.
Ex: cor-de-rosa = cor-de-rosa, cor-de-palha = cor-de-palha
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FLEXÃO DOS ADJETIVOS
• Flexão de Grau– A flexão de grau corresponde à variação em
intensidade da qualidade expressa pelo adjetivo.
– Grau Comparativo• Igualdade: Este cão é tão feroz quanto aquele.
• Superioridade: Este cão é mais feroz que aquele.
• Inferioridade: Este cão é menos feroz que aquele.
– Grau Superlativo• Absoluto
– Sintético: Este cão é ferocíssimo.
– Analítico: Este cão é muito feroz
• Relativo– Superioridade: Este cão é o mais feroz do bairro.
– Inferioridade: Este cão é o menos feroz do bairro.
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Pronomes
• Pronome é a palavra que se usa em lugar do nome, ou a ele se
refere, ou ainda, que acompanha o nome qualificando-o de alguma
forma.
• Exemplos:
• A moça era mesmo bonita. Ela morava nos meus sonhos!
• [substituição do nome]
• A moça que morava nos meus sonhos era mesmo bonita!
• [referência ao nome]
• Essa moça morava nos meus sonhos!
• [qualificação do nome]
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Classificação dos pronomes
Pessoais Relativos
Demonstrativos Possessivos
Indefinidos Interrogativos
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Pronomes pessoais
• São aqueles que substituem os substantivos, indicando
diretamente as pessoas do discurso. Quem fala ou
escreve assume os pronomes eu ou nós, usa os
pronomes tu, vós, você ou vocês para designar a
quem se dirige e ele, ela, eles ou elas para fazer
referência à pessoa ou às pessoas de quem fala.
• Os pronomes pessoais variam de acordo com as
funções que exercem nas orações, podendo ser do caso
reto ou do caso oblíquo. São considerados, também , os
de tratamento como pronomes pessoais.
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Pronomes pessoais
• Reto – só podem atuar como sujeito da oração
• eu, tu, ele, nós, vós, eles
• Oblíquo – só podem atuar como complementos do verbo (OD
ou OI)
– Átonos: não são regidos de preposição ou não têm preposição
na estrutura. (me, te, se, nos, vos, o, a, os, as)
– Tônicos: sempre regidos de preposição ou com preposição
presente na estrutura. (mim, comigo, ti, contigo, si, consigo,
conosco,convosco)
• de tratamento
• Vossa Senhoria,
• Vossa Excelência,
• etc ...
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Pronomes Pessoais
Por exemplo:
fiz + o = fi-lo
fazeis + o = fazei-lo
dizer + a = dizê-la
Por exemplo:
viram + o: viram-no
repõe + os = repõe-
nos
retém + a: retém-na
tem + as = tem-nas
Atenção:
Os pronomes o, os, a, as assumem formas especiais depois de certas
terminações verbais. Quando o verbo termina em -z, -s ou -r, o pronome
assume a forma lo, los, la ou las, ao mesmo tempo que a terminação
verbal é suprimida.
Quando o verbo termina em som nasal, o pronome assume as formas no,
nos, na, nas.
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Pronomes pessoais
- Trouxeste o pacote?- Não contaram a novidade a
vocês?
- Sim, entreguei-to ainda há
pouco.- Não, não no-la contaram.
Saiba que:
Os pronomes me, te, lhe, nos, vos e lhes podem combinar-se com os
pronomes o, os, a, as, dando origem a formas como mo, mos, ma, mas;
to, tos, ta, tas; lho, lhos, lha, lhas; no-lo, no-los, no-la, no-las, vo-lo,
vo-los, vo-la, vo-las.
Observe o uso dessas formas nos exemplos que seguem:
No português do Brasil, essas combinações não são usadas; até
mesmo na língua literária atual, seuemprego é muito raro
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Pronomes de tratamento
A Segunda Pessoa Indireta
A chamada segunda pessoa indireta se manifesta quando utilizamos
pronomes que, apesar de indicarem nosso interlocutor ( portanto, a segunda
pessoa), utilizam o verbo na terceira pessoa. É o caso dos chamados
pronomes de tratamento, que podem ser observados no quadro seguinte:
Pronomes de Tratamento
Também são pronomes de tratamento o senhor, a senhora e você, vocês.
"O senhor" e "a senhora" são empregados no tratamento cerimonioso;
"você" e "vocês", no tratamento familiar. Você e vocês são largamente
empregados no português do Brasil; em algumas regiões , a forma tu é de
uso frequente, em outras, é muito pouco empregada. Já a forma vós tem
uso restrito à linguagem litúrgica, ultraformal ou literária.
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Pronomes de tratamento
• Vossa Alteza V. A. príncipes, duques
• Vossa Eminência V. Ema.(s) cardeais
• Vossa Reverendíssima V. Revma.(s) sacerdotes e bispos
• Vossa Excelência V. Ex.ª (s) altas autoridades
e oficiais-generais
• Vossa Magnificência V. Mag.ª (s) reitores de universidades
• Vossa Majestade V. M. reis e rainhas
• Vossa Majestade Imperial V. M. I. Imperadores
• Vossa Santidade V. S. Papa
• Vossa Senhoria V. S.ª (s) tratamento cerimonioso
• Vossa Onipotência V. O. Deus
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Pronomes possessivos
NÚMERO PESSOA PRONOME
singular primeira meu(s), minha(s)
singular segunda teu(s), tua(s)
singular terceira seu(s), sua(s)
plural primeira nosso(s), nossa(s)
plural segunda vosso(s), vossa(s)
plural terceira seu(s), sua(s)
São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical (possuidor),
acrescentam a ela a ideia de posse de algo (coisa possuída).
Por exemplo: Este caderno é meu. (meu = possuidor: 1ª pessoa do
singular)
A forma do possessivo depende da pessoa gramatical a que se refere; o
gênero e o número concordam com o objeto possuído.
Por exemplo:
Ele trouxe seu apoio e sua contribuição naquele momento difícil.
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Pronomes demonstrativos
• Os pronomes demonstrativos são utilizados para
explicitar a posição de uma certa palavra em relação a
outras ou ao contexto. Essa relação pode ocorrer em
termos de espaço, tempo ou discurso.
• No espaço:
• Compro este carro (aqui). O pronome este indica que
o carro está perto da pessoa que fala.
• Compro esse carro (aí). O pronome esse indica que o
carro está perto da pessoa com quem falo, ou afastado
da pessoa que fala.
• Compro aquele carro (lá). O pronome aquele diz que o
carro está afastado da pessoa que fala e daquela com
quem falo.
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Pronomes demonstrativos
No tempo:
Este ano está sendo bom para nós. O pronome este refere-se ao ano presente.
Esse ano que passou foi razoável. O pronome esse refere-se a um passado
próximo.
Aquele ano foi terrível para todos. O pronome aquele está se referindo a um
passado distante.
- Os pronomes demonstrativos podem ser variáveis ou invariáveis, observe:
Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aquela(s).
Invariáveis: isto, isso, aquilo.
- Também aparecem como pronomes demonstrativos:
o (s), a (s): quando estiverem antecedendo o que e puderem ser substituídos por
aquele(s), aquela(s), aquilo.
Por exemplo:
Não ouvi o que disseste. (Não ouvi aquilo que disseste.)
Essa rua não é a que te indiquei. (Esta rua não é aquela que te indiquei.)
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Pronomes indefinidos
São palavras que se referem à terceira pessoa do discurso, dando-lhe
sentido vago (impreciso) ou expressando quantidade indeterminada.
Por exemplo: Alguém entrou no jardim e destruiu as mudas recém-
plantadas.
Não é difícil perceber que "alguém" indica uma pessoa de quem se
fala (uma terceira pessoa, portanto) de forma imprecisa, vaga. É uma
palavra capaz de indicar um ser humano que seguramente existe, mas
cuja identidade é desconhecida ou não se quer revelar.
Classificam-se em:
Pronomes Indefinidos Substantivos: assumem o lugar do ser ou da
quantidade aproximada de seres na frase.
São eles: algo, alguém, fulano, sicrano, beltrano, nada, ninguém,
outrem, quem, tudo.
Pronomes Indefinidos Adjetivos: qualificam um ser expresso na
frase, conferindo-lhe a noção de quantidade aproximada.
São eles: cada, certo(s), certa(s).
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Pronomes Relativos
São pronomes relativos aqueles que representam nomes já mencionados
anteriormente e com os quais se relacionam. Introduzem as orações
subordinadas adjetivas.
Por exemplo:
O racismo é um sistema que afirma a superioridade de um grupo
racial sobre outros.
(afirma a superioridade de um grupo racial sobre outros = oração subordinada
adjetiva).
O pronome relativo "que" refere-se à palavra "sistema" e introduz uma oração
subordinada. Diz-se que a palavra "sistema" é antecedente do pronome
relativo que.
O antecedente do pronome relativo pode ser o pronome demonstrativo o, a, os,
as.
Por exemplo:
Não sei o que você está querendo dizer.
Às vezes, o antecedente do pronome relativo não vem expresso.
Por exemplo:
Quem casa, quer casa.
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Pronomes Relativos
QUE Uso mais geral
QUEM Indicado para pessoas
QUAL É o único que carrega o artigo do referente
ONDE Indicado apenas para lugar físico
CUJO Liga posse a possuidor
QUANDO Indicado para dar ideia de tempo
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CONJUNÇÃONexo, conetivo ou articulador (elementos que ligam orações)
ADITIVAS e; nem; também;não
só ... mas também;
etc.
Ana estuda biologia e toma suco de
laranja
ADVERSATIVAS mas; porém; contudo;
todavia; entretanto;
no entanto; etc.
A equipe jogou bem, mas perdeu a
partida.
EXPLICATIVAS porque; pois; etc. Rui foi aprovado, porque estudou muito.
CONCLUSIVAS portanto; por isso;
logo; etc.
Rui estudou muito, portanto foi
aprovado com facilidade.
ALTERNATIVA ou ... ou; ora ... ora;
quer ... quer; etc.
Ou Nei entrega as provas do crime, ou
ele não poderá acusar ninguém.
Nexos COORDENADOS
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CONSECUTIVA tão ... que; etc. Ele é tão inteligente que surpreendeu a
todos.
COMPARATIVA mais ... que; menos
... que; tanto ...
quanto; etc.
João é mais inteligente que o irmão.
PROPORCIONAL à medida que; etc. O jogo foi ficando nervoso à medida que
se aproximava do final.
TEMPORAL quando; mal; só;
enquanto; etc.
Ana descobrirá tudo quando chegar em
casa.
FINAL para; a fim de; com a
finalidade; etc.
Tu irás à praia para descansar?
Conjunções Subordinativas
CONJUNÇÃO
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INTEGRANTE que; se Eu sei que minha equipe venceu.
Perguntamos se Rui estava em casa.
CAUSAL porque; já que; que;
etc.
Estudas que serás recompensado.
CONCESSIVA embora; apesar de;
ainda que; etc.
Ela foi à festa apesar de estar muito
triste.
CONFORMATIVA conforme;
consoante; etc.
Fizemos o trabalho conforme o
professor determinou.
CONDICIONAL se; caso; desde que;
etc.
Compraremos a casa se sair o
financiamento.
Nexos SUBORDINADOS• CONJUNÇÃO
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NUMERAL
Numeral é a palavra que indica os seres em termos numéricos, isto é,
que atribui quantidade aos seres ou os situa em determinada
sequência.
Classificação dos Numerais
Cardinais: indicam contagem, medida. É o número básico. Por
exemplo: um, dois, cem mil, etc.
Ordinais: indicam a ordem ou lugar do ser numa série dada. Por
exemplo: primeiro, segundo, centésimo, etc.
Fracionários: indicam parte de um inteiro, ou seja, a divisão dos seres.
Por exemplo: meio, terço, dois quintos, etc.
Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação dos seres, indicando
quantas vezes a quantidade foi aumentada. Por exemplo: dobro, triplo,
quíntuplo, etc.
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INTERJEIÇÃO
São expressões que denotam sentimentos.
de alegria ah! oba! opa!
de espanto chi! ah! ué!
de invocação alô! ó! ô! psiu!
de dor ui! ai!
Alguns exemplos: