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Monges Tibetanos

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Page 1: Monges Tibetanos

Monges Tibetanos

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ÍndiceIntrodução;Origem;Escolas tibetanas;Vida do Tibete;Oração;Meditação;Rituais crenças e princípios;A vida sagrada e as oito ramificações;Lugares Sagrados;O Nirvana;Título “Lama”;Conclusão;Bibliografia;Observações;

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IntroduçãoEste trabalho foi realizado para a disciplina de Filosofia, com o tema Crenças Religiosas e subtema Monges Tibetanos.

O grupo decidiu escolher este tema, pois é actual e tem muito conteudo para tratar, o objectivo essencial é explicar o melhor possível a vida dos Monges Tibetanos.

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OrigemOs monges tibetanos surgiram na fase de expansão do budismo e teve principalmente dois momentos diferentes. O rei Srong-brtsan-sgam po

(627-650), influenciado pelas suas duas esposas budistas, decidiu mandar chamar ao Tibete monges indianos para ali difundirem a religião, o budismo. Durante o reinado de Khri-srong-lde-btsan, Construiu se o primeiro mosteiro budista tibetano. Em 747chegou ao território um Iogue (praticante de Yoga) indiano ,Padmasambhava, que organizou o budismo tibetano e fundou

a escola hoje conhecida como Nyingma ("escola da tradição antiga", em relação às posteriores escolas estabelecidas por outros professores).

Contudo, uma reacção hostil da religião indígena, levaria ao declínio do budismo nos dois séculos seguintes.

O budismo seria reintroduzido no Tibete a partir do século XI, com a ajuda do monge indiano Atisa, que chegou ao território em 1042. Com o passar do tempo, formaram-se quatro escolas. Em 1578, membros desta última escola converteram o mongol Altan Khan à sua doutrina. Alta Khan criou o título de Dalai Lama, que concedeu ao líder da escola Gelugpa. Em 1641, com ajuda dos mongóis, o quinto Dalai Lama derrotou o último príncipe tibetano e tornou-se o líder temporal do Tibete.

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Escolas do TibeteNo Budismo Tibetano, há quatro escolas principais: a escola Nyingma (a escola antiga), e as escolas Kagyu, Sakya e Gelug, que utilizam textos de traduções mais recentes que a primeira.

Nyingma - Uma das características desta escola é a transmissão de ensinamentos através de “tesouros” (terma);

Kagyu - Tem origem nos ensinamentos do Iogue indiano Tilopa. O principal ensinamento desta escola é o Mahamudra (Grande Selo, ou Grande Marca), ou a percepção directa da claridade da mente;

Sakya – É considerada a escola mais esotérica do Budismo Tibetano;

Gelug- Designada a escola dos Virtuosos, esta escola está na origem na linhagem do Dalai Lama.

Vida no TibeteO Tibete é a região mais alta do Mundo, e é lá que os monges passam o seu dia.

Os monges budistas são extremamente cultos, passam a vida a estudar e meditar, deixando para trás bens monetários, não querem grandes luxos, andam sempre vestidos com uma túnica vermelha e laranja que representa o Sol e é uma cor utilizada para contactar com Deus.

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Os monges budistas deixam para segundo plano o mundo físico da matéria e são extremamente felizes com a vida que levam, exemplo disso é Mathieu Ricard (na imagem ao lado), monge budista que reside no Nepal. Foi condecorado como a "pessoa mais feliz do mundo", pelos media de todo o Mundo e o único objecto que possui é um par de sapatos.

Oração e MeditaçãoPara os budistas, a meditação é fundamental para alcançar a felicidade no nirvana. Mas, não basta ficar dez minutos de olhos fechados, é necessário uma grande meditação que exige anos de treino, um esforço que dura a vida inteira.Há técnicas que ajudam nisso, tais como uma postura correta, concentração numa ideia ou num objeto e recitar palavras sagradas. Alguns budistas olham fixamente o Thanka, uma pintura religiosa circundada de seda.

Existem outros objetos que ajudam na meditação, tais como: a estátua de Buda, um recipiente com água, incenso queimando e emanando o seu perfume agradável. Nos seus templos há uma sala reservada à meditação dos fiéis, mas há também centros dedicados à meditação.

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Muitos budistas não rezam, porque não existe um deus ao qual dirigir-se.

No Tibete existem moinhos e bandeiras feitos de orações, que tremulam ao vento difundindo no mundo as orações que ali estão escritas.

A maior oração é dar atenção especial a todos os seres vivos, homens e animais, e tratá-los com respeito.

Rituais, Crenças e Princípios

Os monges regem-se pelo Budismo, por isso os seus rituais e crenças são identicas.

Pujas- As pujas são orações e bênçãos que os monges tibetanos realizam ancestralmente, com o objectivo de harmonizar as energias dos lares, empresas e pessoas. As Pujas são acompanhadas de oferendas às deidades, Budas, Bodhisattvas e protectores, com o objectivo de remover todos os obstáculos e negatividades, criar harmonia, proporcionar êxito aos membros que habitam a casa ou empresa e melhorar a sua qualidade de vida. 

Benção de crianças e jovens- Os participantes deverão ter entre os 0 (desde que nascem) e os 16 anos. A Cerimónia será realizada em 4 fases, durante as quais serão invocados 4 Budas diferentes que acompanharão as Crianças e Jovens ao longo da sua vida.

Prostração- Embora Buda não seja venerado como um deus, os budistas homenageiam-no e agradecem os seus ensinamentos ao inclinar-se, ajoelhar-se diante de sua imagem. 

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Oferendas-Os budistas fazem oferendas simbólicas, como flores, velas e incenso, em templos e santuários. As flores simbolizam a natureza fugaz da vida terrena; a chama de uma vela representa a luz da iluminação; o aroma do incenso reflete a expansão do darma (verdadeira realidade). 

Esmolas-Monges levam uma vida de pobreza. Para sobreviver dependem de esmolas dadas pelos leigos. A cada dia, monges fazem coletas na sua comunidade local. Doar comida e roupas é prática comum de budistas leigos para adquirir

mérito. 

Perambulação-Caminhar ao redor de um sítio sagrado é ritual comum no budismo tibetano. Os peregrinos devem caminhar três vezes ao redor de um mosteiro ou santuário, numa evocação das Três Jóias.

Rituais Fúnebres:

No centro dos rituais fúnebre budistas está a crença de que enquanto o corpo estiver presente ainda é possível ganhar méritos que beneficiem o falecido, ajudando-o a chegar ao Nirvana, ou pelo menos a reencarnar numa condição mais favorável. Por essa razão, entre a morte e a cremação (recorde-se que o budismo tem as suas raízes nas tradições indianas, e que o próprio Buda foi cremado), há uma série de rituais, como a recitação de textos sagrados e a doação de esmolas aos monges que vêm presidir às cerimónias, que são indispensáveis.

Algumas famílias mais ricas adiam a cremação durante longos períodos para maximizar os méritos alcançados.

Quando é chegada a hora da cremação o corpo é colocado sob uma pira de cimento. Os familiares e amigos colocam a

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lenha, mas também incenso e velas. As cinzas do falecido poderão depois ser recolhidas e colocadas numa urna.

Tal como no hinduísmo as cremações budistas são cerimónias públicas, ao contrário das cremações que se praticam no ocidente.

Via sagrada e as oito ramificações

A roda com os seus oito raios é o símbolo do budismo, pois representa a via sagrada dos oito ensinamentos que Buda deixou para os seus seguidores no seu primeiro discurso, chamado “Sermão de Benares”.

São eles:

1. Cultivar pensamentos dirigidos

2. Não fazer mal aos outros.

3. Pensar nos outros.

4. Compreender os ensinamentos de Buda sobre o sofrimento.

5. Saber repousar a própria mente.

6. Dizer a verdade.

7. Ser consciente da existência dos outros.

8. Ser reflexivo.

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Lugares SagradosTemplos:Os templos guardam a tumba ou as relíquias dos grandes mestres budistas, como também estátuas e pinturas que representam Buda, para ajudar os fiéis nas suas meditações.

Mosteiros:

Nos mosteiros Buda é geralmente representado sentado, com as pernas em forma de borboletas e com as mãos em posições diversas, mas todas com significados precisos.

Em casa também há um altar com uma estátua de Buda, todos os dias colocam diante dela as suas ofertas.

O NirvanaO Nirvana é o estado de libertação do sofrimento segundo o pensamento dos monges shramana, é o estado atingido pelos Arahant

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(designa um ser de elevada estatura espiritual). De acordo com a concepção budista, o Nirvana seria uma superação do apego aos sentidos, do material e da ignorância; tanto como a superação da existência, a pureza e a transgressão do físico. Siddhartha Gautama, o Buda, ou na maioria das tradições budistas, também conhecido como Supremo Buda descreveu o Nirvana como um estado de calma, paz, pureza de pensamentos, libertação, transgressão física e de pensamentos, a elevação espiritual, e o acordar à realidade.

Título “Lama”Lama  é um título dado, no budismo tibetano, a um professor de darma. O nome é usado como um honorífico, dado a um monge ou praticantes (nas escolas Nyingma, Kagyu e Sakya) que tenham conhecimentos  avançados, para indicar um nível elevado de realização espiritual, e de autoridade para ensinar seus conhecimentos. O nome pode ainda fazer parte de outro título, como Dalai Lama ou Panchen Lama, que são aplicados a determinadas linhagens

de lamas reencarnados.

Talvez devido à incompreensão dos primeiros estudiosos ocidentais que tentaram compreender o budismo tibetano, o termo lama era aplicado erradamente, ao longo da história, para monges tibetanos de uma maneira geral. Da mesma maneira, o budismo tibetano é chamado de Lamaísmo por alguns académicos e viajantes ocidentais,

que não compreenderam que estavam testemunhando uma forma de budismo, e desconheciam a distinção entre o budismo tibetano e o Bön. Lamaísmo é um termo considerado pejorativo hoje em dia.

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ConclusãoApós a realização deste trabalho, pensamos que conseguimos explicar a vida, no geral, dos monges tibetanos e tudo o que eles fazem em prol da religião e de si mesmos.

Aprendemos também muita coisa, pois o Tibete é uma região pequena e principalmente fechada para o Mundo, pois raramente se ouve nos diários e na comunicação social falar do Tibete.

Bibliografia http://pt.wikipedia.org/wiki/Monge http://pt.wikipedia.org/wiki/Budismo_tibetano http://pt.wikipedia.org/wiki/Budismo http://budismotibetano.no.sapo.pt/budismo.htm http://budismotibetano.no.sapo.pt/links.htm http://budismotibetano.no.sapo.pt/linhagens.htm

Observações da Professora: