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Módulo 4 - A EUROPA NOS SÉCULOS XVII E XVIII – SOCIEDADE, PODER E DINÂMICAS COLONIAIS 11ºAno Unidade 1 – A População da Europa nos séculos XVII e XVIII: crises e crescimento As ordens sociais do Antigo Regime, segundo pintura francesa do século XVII.

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Page 1: Módulo 4 - A EUROPA NOS SÉCULOS XVII E XVIII – SOCIEDADE, PODER E DINÂMICAS COLONIAIS 11ºAno Unidade 1 – A População da Europa nos séculos XVII e XVIII:

Módulo 4 - A EUROPA NOS SÉCULOS XVII E XVIII – SOCIEDADE, PODER E DINÂMICAS COLONIAIS

11ºAno

Unidade 1 – A População da Europa nos séculos XVII e XVIII: crises e crescimento

As ordens sociais do Antigo Regime, segundo pintura francesa do século XVII.

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Aula de História

11ºAno

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A Recusa do absolutismo na Sociedade Inglesa Na Inglaterra, o poder do rei foi, desde cedo, limitado pelos seus

súbditos. Tal como na Holanda, também na Inglaterra a afirmação da

burguesia contribuiu para a desagregação da sociedade de ordens O absolutismo não era bem aceite pelos ingleses que, desde o

século XIII, com Magna Carta – 1215 – negavam ao rei o direito de, só por si, fazer leis e aumentar impostos, sendo obrigado a convocar regularmente o Parlamento.

As tentativas de impor o absolutismo em Inglaterra deu origem a revoluções violentas que, conduziriam à execução de um rei (Carlos I, em 1649), à deposição de Jaime II, em 1689 e à instauração de um regime republicano (1649-1659)

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Instauração da República

Quando, no século XVII, o Absolutismo se impôs na Europa, os soberanos ingleses reivindicaram também uma autoridade total.

Esta atitude gerou tensões e conflitos com os representantes parlamentares

No reinado de Carlos I agudizou-se a malquerença com o Parlamento e o rei. O rei viu-se forçado em 1628 a assinar a Petição dos Direitos, em que se comprometia a respeitar as antigas leis, não procedendo a prisões arbitrárias nem arrecadando impostos sem consentimento dos ingleses.

Carlos I dissolve o Parlamento e inicia um governo de índole absolutista

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A tensão agrava-se e, em 1642, eclode uma guerra civil Cromwell, chefe da oposição ao rei, condena o rei ao cadafalso. Instaura-se a República em Inglaterra

A República inglesa acaba em ditadura

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Restauração da Monarquia Carlos II (1660-1685) era adepto do absolutismo. Suas atitudes

eram recebidas com desconfiança pelo Parlamento e pela população. As relações amistosas com Luís XIV, rei da França, aumentavam ainda mais a desconfiança. O Parlamento pressionava cada vez mais o rei, aprovando novos impostos sempre em troca de maior autonomia. Além disso, Carlos II era simpático ao catolicismo, e seu irmão, futuro rei, já havia publicamente se convertido a essa religião. Esse fato acirrava ainda mais as divergências entre o Parlamento e o monarca.

Com a morte de Carlos II e a ascensão de seu irmão, Jaime II, os problemas continuaram. A burguesia inglesa temia uma rebelião armada, como aquela  que conhecera anteriormente. Esperava-se que o rei morresse deixasse o trono para uma de suas filhas protestantes. Mas o rei teve um filho homem, o que garantia a sucessão católica ao trono inglês.

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A Revolução Gloriosa Temerosa do absolutismo de Jaime II e da rebelião popular, a

burguesia inglesa entrou em acordo com Guilherme de Orange, da Holanda, casado com a filha protestante de Jaime II. O plano consistia em destruir Jaime II, substituindo-o por Guilherme.

Guilherme de Orange desembarcou na Inglaterra, com seu exército, em 1688. Jaime II tentou resistir, mas os soldados passaram para o lado de Guilherme. Ao velho rei absolutista só restou fugir para a França.

Guilherme de Orange e sua mulher foram reconhecidos como soberanos da Inglaterra pelo Parlamento, que, temendo um novo absolutismo, promulgou um segundo Bill of Rights, em 1689. A partir daí, passou a prevalecer na Inglaterra o princípio de que o “rei reina, mas não governa”. O governo ficava sob a autoridade do Parlamento, que, a cada ano, limitava ainda mais o poder real. Esse movimento ficou conhecido como Revolução Gloriosa.

A Revolução Gloriosa foi inspirada nas teorias políticas de John Locke, o grande teórico do liberalismo político.

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Locke e a justificação do parlamentarismo No século XVII, a classe média era formada pela burguesia de

negócios e por ricos proprietários rurais. Este grupo era a base social em que se apoiou a luta pelo regime parlamentar.John Locke fundamentou o parlamentarismo de um modo teórico. Segundo Locke, todos os homens "nascem livres, iguais e autónomos", por isso só com o consentimento de cada um é que pode vir um poder a que obedeçam. Esse poder trata-se de um género de contrato entre os governados e os governantes.

A revolução de 1688 foi originada pelos governados que, uma vez que o poder depende deles, tinham o direito de se revoltarem contra os príncipes.A obra de Locke contribuiu para o prestigio do sistema parlamentar que mais tarde se consolidou. este sistema era considerado como um modelo de liberdade e um exemplo a seguir.