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MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES, PORTOS E AVIÇÃO CIVIL DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES RELATÓRIO DE ANTEPROJETO ANEL VIÁRIO ARAGARÇAS RODOVIA: BR-070 TRECHO : DIV. DF/GO DIV. GO/MT SUB TRECHO: ENTR. BR-158/GO (km 9,8) DIV. GO/MT FEVEREIRO/2018

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MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES, PORTOS E AVIÇÃO CIVIL

DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES

RELATÓRIO DE ANTEPROJETO ANEL VIÁRIO ARAGARÇAS

RODOVIA: BR-070

TRECHO : DIV. DF/GO – DIV. GO/MT

SUB TRECHO: ENTR. BR-158/GO (km 9,8) – DIV. GO/MT

FEVEREIRO/2018

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Sumário

1. APRESENTAÇÃO ............................................................................................................. 4

2 ESTUDOS TOPOGRÁFICOS. ........................................................................................... 6

3 ESTUDOS DE TRÁFEGO ................................................................................................. 6

4 ESTUDOS HIDROLOGICOS. ........................................................................................... 9

4.1 Elementos Utilizados ........................................................................................ 9

4.2 Características Climáticas, Solos/Geologia e Vegetação.................................. 9

4.2.1 Clima ........................................................................................................... 9

4.2.2 Vegetação .................................................................................................... 9

4.2.3 Solo/Geologia ............................................................................................ 10

4.3 Características Pluviométricas ........................................................................ 10

4.3.1 Acervo de Dados Pluviométricos .............................................................. 10

4.3.2 Chuvas Intensas ......................................................................................... 14

4.4 Cálculo das Descargas .................................................................................... 23

4.4.1 Método Racional ....................................................................................... 23

4.4.2 Hidrograma Unitário ................................................................................. 24

4.5 Resultados Obtidos. ........................................................................................ 25

5 ESTUDOS GEOLÓGICOS. ............................................................................................. 26

6 PROJETO GEOMÉTRICO. ............................................................................................. 31

7 PROJETO TERRAPLENAGEM ...................................................................................... 36

8 PROJETO DE PAVIMENTAÇÃO. ................................................................................. 39

8.1 PAVIMENTOS NOVOS. ............................................................................... 39

9 PROJETO DE DRENAGEM. ........................................................................................... 54

9.1 SARJETAS DE CORTE. ................................................................................ 54

9.1.1 Resultados Obtidos ................................................................................... 59

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9.2 SARJETA DE ATERRO OU MEIO FIO. ...................................................... 59

9.2.1 Resultados Obtidos ................................................................................... 62

9.3 VALETA DE CANTEIRO CENTRAL. ........................................................ 62

9.4 DESCIDAS DÁGUA. .................................................................................... 62

9.4.1 Resultados obtidos .................................................................................... 65

9.5 SAÍDA DÁGUA. ............................................................................................ 65

9.6 CAIXA COLETORA ..................................................................................... 70

9.7 BUEIROS DE GREIDE. ................................................................................ 72

10 PROJETO DE SINALIZAÇÃO........................................................................................ 75

11 AVALIAÇÃO AMBIENTAL........................................................................................... 75

12 OBRA DE ARTES ESPECIAIS - PREMISSAS DE PROJETO DO VIADUTO SOBRE

A BR-158 .................................................................................................................................. 76

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1. APRESENTAÇÃO

O Ministério dos Transportes, Portos e Aviação civil através do Departamento Nacional

de Infraestrutura de Transportes (DNIT), apresentam o relatório de anteprojeto de Engenharia

de implantação do anel viário na Rodovia BR-070/GO, no segmento especificado a seguir:

RODOVIA: BR-070

TRECHO : DIV. DF/GO – DIV. GO/MT (Rio Araguaia)

SUB TRECHO: Entr. BR-158/GO (km 9,8) – DIV. GO/MT (Rio Araguaia)

EXTENSÃO: 6,3 km

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MAPA DE SITUAÇÃO.

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2 ESTUDOS TOPOGRÁFICOS.

Os estudos topográficos neste segmento tiveram como objetivo materializar em campo

um sistema de referência para os demais projetos.

Posteriormente os estudos devem, com base na IS-205, nos locais de melhoramentos de

traçado, de interseções e de outras melhorias, complementar a área a ser utilizada para a

implantação das novas plataformas estradais que foram levantadas

planialtimetricamente, por irradiação de pontos, com utilização de estação total.

A superfície do terreno foi gerada através de modelagem digital do terreno – MDT, com

uso de imagens Shuttle Radar Topography Mission – SRTM, com processo de correção do

MDT por meio de pontos de controle terrestre ao longo do trecho em estudo.

3 ESTUDOS DE TRÁFEGO

Os estudos de tráfego utilizados na elaboração do presente Anteprojeto de Engenharia

para a Obra do Contorno de Aragarças foram realizados de acordo com o projeto executivo,

contrato nº PD/11-012/2000-00 da TRAFECON – Consultoria e Projetos de Engenharia Ltda.

No Volume 3 – Dados Gerais são apresentados os resultados obtidos.

Os Estudos de Tráfego têm como finalidade estimar o tráfego atual e futuro da rodovia

e servir de subsídios para tomada de decisões nos projetos do pavimento e geométrico, inclusive

quanto aos melhoramentos.

Efetivaram-se contagens volumétricas classificatórias e direcionais, bem como pesquisas

de origem e destino das cargas nos 2 (dois) entroncamentos que dão início e fim ao segmento

coincidente das rodovias BR-070 e BR-158 atuais.

Locais com Contagens:

Posto 1:

Contagens volumétricas classificatórias e direcionais no entroncamento da BR-070/MT

com a BR-158/MT, no Município de Barra do Garças/MT;

Pesquisa de origem/destino na BR-070/158/MT, no acesso a Barra do Garças, próximo

ao entroncamento da BR-070/MT com a BR-158/MT, no mesmo Município;

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Posto 2:

Contagens volumétricas classificatórias e direcionais no entroncamento da BR-070/MT

com a BR-158/MT, no Município de Barra do Garças/MT;

Pesquisa de origem/destino na BR-070/158/MT, no acesso Aragarças, próximo ao

entroncamento da BR-070/MT com a BR-158/GO, no mesmo Município;

CARACTERÍSTICAS DO TRÁFEGO

Os volumes médios diários (VMDs) de tráfego considerados decorrem das contagens das

pesquisas de origem e destino, nos postos 1 e 2.

Número N

Para o cálculo do número N utilizou-se a expressão:

N = 365 X FR X VMDi x Fi

onde:

N = Número de operações do eixo padrão; FR = Fator climático regional = 1;

VMDi = Somatório dos volumes médios diários por classe de veículo, por sentido, no período considerado;

Fi = Fator de veículo segundo sua classe.

Os fatores de veículos foram determinados através do emprego da “Lei da Balança”,

para obter-se a carga permitida e os fatores de equivalência de carga por tipo de eixo do

USACE, conforme descriminado a seguir.

O fator de equivalência de operação foi determinado por cada tipo de eixo, adotando-se

a tonelagem máxima permitida por eixo, conforme norma.

O número N apresentado no projeto executivo referenciado anteriormente foi de “N” =

4,99E+07 (Ano de 2021). O período de projeto adotado foi de 15 anos, sendo o primeiro ano

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em 2007, ano da abertura do tráfego, e o ano de projeto resultou em 2021, conforme consta do

Volume 3 – Dados Gerais

Por meio dos dados do projeto executivo foi determinado o “N” = 6,14E+07 para esse

Anteprojeto, obtido com taxa de crescimento de 3% e projeção de tráfego para 10 anos, sendo

o primeiro ano em 2019, ano de abertura do tráfego, e o ano de projeto resultou em 2028.

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4 ESTUDOS HIDROLOGICOS.

Os trabalhos foram desenvolvidos com o objetivo de avaliar o funcionamento hidráulico

das obras de drenagem problemáticas especificamente as que apresentaram estruturas precárias

ou deficientes ou incapacidade de vazão. Foram desenvolvidas as seguintes etapas:

Determinação dos aspectos climáticos e fisiológicos da região;

Qualificação do regime pluviométrico, através da determinação das chuvas

intensas;

Definição da metodologia para cálculo da descarga máxima provável e

Cálculo da descarga máxima provável com ênfase para as obras problemáticas.

4.1 Elementos Utilizados

Na elaboração dos estudos hidrológicos foram utilizados os seguintes elementos:

Dados de modelo digital gerado pelo projeto SRTM (Shuttle Radar Topography

Mission) e disponibilizado por download no site da EMBRAPA

www.cnpm.embrapa.br ;

Dados pluviométricos de postos situados nas proximidades do trecho

disponibilizado por download no site da Agência Nacional de Águas - ANA;

Normais Climatológicas do Brasil;

Especificações e instruções de Serviços para Estudos Hidrológicos do

Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT (IS-203).

4.2 Características Climáticas, Solos/Geologia e Vegetação.

4.2.1 Clima

O clima na região é tropical. A temperatura apresenta média máxima anual de 39ºC e

média mínima anual de 15ºC. A temperatura do ar média é de 28ºC e o período de chuvas

regulares vai de Novembro a Abril, enquanto a estação das secas se estende de Maio a

Setembro, podendo ocorrer chuvas no mês de outubro. As chuvas situam-se na faixa dos 1.300

a 1.400mm anuais. Normalmente, o mês de Agosto é o mais seco e o de janeiro, o mais chuvoso.

4.2.2 Vegetação

A região possui dois tipos de vegetação, próprias das áreas de Cultura e do Cerrado.

Apresenta campos e matas onde se encontra grande quantidade de babaçu. Há, também, várias

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espécies de plantas medicinais, como a caroba, quimera e outras. As matas aparecem como

manchas isoladas em algumas partes e são formadas por árvores grandes, como cedros, jatobás,

jequitibá, peroba, aroeira e sucupira. Sua hidrografia, pertence à bacia do Araguaia, tendo os

principais rios: Araguaia, Claro e Água Limpa, complementado por pequenos cursos d’água

como os dos ribeirões Samambaia, Onça, Molha Biscoito, Marreca e Mata Fria, dentre outros.

4.2.3 Solo/Geologia

O solo é caracterizado por 2 tipos de rochas distintas, quais sejam: latossolo vermelho

escuro e terra roxa estruturada, ambas com capacidade de alta fertilidade natural.

A formação geológica decorre da era mesozóica, períodos Cretáceo e Jurássico, com

formações do tipo Bauru e São Bento, com ocorrência de arenitos, síltitos, lamitos e lavas

basálticas.

4.3 Características Pluviométricas

4.3.1 Acervo de Dados Pluviométricos

Atualmente, a Agência Nacional de Águas – ANA mantém um banco de dados no qual

se encontram catalogados os postos pluviométricos instalados em todo o território nacional,

estejam eles em operação ou mesmo desativados. Fornece, ainda, dentre outras informações,

quais as entidades responsáveis pela manutenção e operação dos postos. Além disso, a ANA

dispõe das séries históricas observadas ao longo do tempo quando o monitoramento dos postos

pluviométricos é de sua responsabilidade ou quando as entidades responsáveis pelo

monitoramento repassam à ANA as séries observadas.

HISTOGRAMA DE PRECIPITAÇÕES DE CHUVAS DE 1972 A 2015

ESTAÇÃO PERES

05

1015202530

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

P (

mm

)

MESESMínima Média Máxima

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MÉDIA DO NÚM. DE DIAS DE CHUVAS (NDC) DE 1972 A 2015

ESTAÇÃO PERES

05

1015202530

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

ND

C

MESESMínima Média Máxima

0

500

1000

1500

2000

2500

19

72

19

76

19

80

19

84

19

88

19

92

19

96

20

00

20

04

20

08

20

12

P(m

m)

ANOS

PRECIPITAÇÕES TOTAIS ANUAIS

0

100

200

300

400

500

600

700

800

900

J F M A M J J A S O N D

P (

mm

)

MESES

PRECIPITAÇÕES MENSAIS

020406080

100120140

197

2

197

4

197

6

197

8

198

0

198

2

198

4

198

6

198

8

199

0

199

2

199

4

199

6

199

8

200

0

200

2

200

4

200

6

200

8

201

0

DIA

S

ANOS

NÚMERO DE CHUVAS POR ANO

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Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro

P(mm) P(mm) P(mm) P(mm) P(mm) P(mm) P(mm) P(mm) P(mm) P(mm) P(mm) P(mm)Prec. Máx. Mensal

Prec. Méd. Mensal

Prec. Min. Mensal

NDC Máx. Mensal

NDC Méd. Mensal

NDC Min. Mensal

16

0 4 8 97 5 6 0 0 0 0 0

492,80

243,14 178,68 222,69 94,77 18,81 267,32

259,80 84,70580,30 259,1013,40 16,60 28,10 64,70 268,30

4

20

4,001,001,00

1

19

1,00

6

171,81

13

8 11

6

20,416,40 132,30

1

2

1

3 3

1,00

2,81 2,93

1,00

10 22

1,00 9,008,007,00 5,00

24

16 12 13

517,10 464,70

6,00

19 21

Estação: PERES - Pluviograma

PRECIPITAÇÕES E NÚM. DE DIAS DE CHUVAS POR ANO

Região hidrográfica: / Carta topográfica do município de aragarças: IBGE - folha SE-22-X-B-II - MI-2257 - ESC. 1:100.000.

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RODOVIA: ANEL VIÁRIO ARAGARGAS LATITUDE : 15º53'24" m ) ENTIDADE : ANA-1/2018

TRECHO: - LONGITUDE : 51º51'13" m ) PERÍODO : 1972 A 2015

ESTAÇÃO : PERES CÓDIGO : 1551002 Uf. : Goias

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Características Anuais

Anos P(mm) N P(mm) N P(mm) N P(mm) N P(mm) N P(mm) N P(mm) N P(mm) N P(mm) N P(mm) N P(mm) N P(mm) NP.

Máx.( * )

Data

dia / mêsNDC P. Total (mm)

1972 209,00 17 84,20 15 57,90 8 46,10 4 42,30 3 0,00 0 10,70 3 20,50 3 64,70 5 42,00 8 219,40 15 280,20 13 80,40 22/12/1972 94 1077,00

1973 198,90 11 83,00 12 182,20 12 259,80 8 8,00 1 10,70 2 0,00 0 0,00 0 21,10 1 268,30 11 122,10 19 265,60 18 93,80 12/4/1973 95 1419,70

1974 258,20 17 146,60 13 580,30 20 117,40 10 41,70 4 0,00 0 0,00 0 28,10 3 8,90 3 204,60 9 177,20 8 288,90 16 121,30 12/3/1974 103 1851,90

1975 187,30 12 121,40 8 93,10 9 176,00 10 0,00 0 0,00 0 16,30 2 0,00 0 6,20 1 111,00 9 101,90 10 169,70 12 70,20 1/4/1975 73 982,90

1976 139,50 7 67,40 7 152,00 12 48,90 7 49,00 5 0,00 0 0,00 0 0,00 0 157,50 15 192,20 12 164,20 17 288,10 17 56,20 28/1/1976 99 1258,80

1977 388,50 17 206,20 13 69,80 7 203,00 9 107,50 4 16,90 3 0,00 0 0,00 0 44,20 4 105,40 5 230,90 11 288,40 13 90,20 3/4/1977 86 1660,80

1978 403,50 11 328,00 11 139,20 7 70,40 5 55,00 2 0,00 0 20,00 2 0,00 0 33,00 3 158,00 6 238,00 9 372,00 20 95,00 11/11/1978 76 1817,10

1979 325,00 20 221,00 12 63,00 6 90,00 4 57,00 3 0,00 0 8,00 1 9,00 1 20,00 3 33,00 4 93,00 9 223,00 13 48,00 17/2/1979 76 1142,00

1980 0,00 0 0,00 0 0,00 0 86,00 5 36,00 3 16,00 2 0,00 0 0,00 0 79,00 5 0,00 0 0,00 0 0,00 0 23,00 25/4/1980 15 217,00

1981 139,00 25 88,00 7 294,00 23 26,00 2 7,00 2 31,00 2 0,00 0 0,00 0 0,00 0 70,00 10 172,00 16 76,00 7 30,00 20/11/1981 94 903,00

1982 228,00 24 90,00 18 155,00 20 35,00 7 50,00 3 0,00 0 0,00 0 19,00 3 73,00 8 62,00 7 64,00 9 127,00 18 52,00 14/1/1982 117 903,00

1983 256,00 24 297,00 14 250,00 15 34,00 6 11,00 2 4,00 1 10,00 2 0,00 0 34,00 4 219,00 8 229,00 14 579,00 24 88,00 11/12/1983 114 1923,00

1984 114,00 9 83,00 11 178,00 11 63,00 8 60,00 2 0,00 0 0,00 0 21,00 4 63,00 5 81,00 6 254,00 11 295,00 17 100,00 14/11/1984 84 1212,00

1985 519,00 25 137,00 13 219,60 16 35,50 5 7,60 2 0,00 0 0,00 0 0,00 0 21,80 4 58,00 9 238,80 12 151,00 8 82,00 30/1/1985 94 1388,30

1986 331,60 15 180,90 12 136,00 11 48,20 5 14,20 2 0,00 0 0,00 0 66,60 5 41,40 4 24,40 4 199,00 8 350,90 21 83,60 4/1/1986 87 1393,20

1987 229,60 18 150,40 11 160,00 8 32,30 5 9,60 2 0,00 0 0,00 0 4,80 2 93,60 4 123,20 6 153,40 11 329,60 22 74,00 21/1/1987 89 1286,50

1988 220,10 13 242,80 17 376,40 13 135,90 8 0,00 0 2,40 1 0,00 0 0,00 0 0,00 0 111,20 6 124,20 12 268,00 13 100,80 9/3/1988 83 1481,00

1989 240,70 15 300,60 12 221,50 15 75,00 4 0,00 0 44,60 3 21,20 1 62,60 4 19,20 2 89,00 7 235,70 12 584,60 26 70,60 14/2/1989 101 1894,70

1990 183,50 15 155,00 7 74,80 6 42,60 7 35,40 3 0,00 0 0,00 0 0,00 0 86,20 6 119,20 8 122,40 8 96,60 10 58,20 30/9/1990 70 915,70

1991 363,20 21 280,40 13 486,40 19 56,60 3 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 34,60 4 113,40 6 233,90 14 102,00 10/1/1991 80 1568,50

1992 258,30 14 309,60 11 97,50 9 165,00 8 14,00 1 0,00 0 0,00 0 0,00 0 42,60 7 245,60 12 241,60 16 336,80 17 82,40 17/10/1992 95 1711,00

1993 160,20 13 190,60 17 90,80 5 74,80 6 11,00 1 18,20 3 0,00 0 65,40 2 53,80 5 193,80 6 43,20 2 282,00 18 112,00 25/10/1993 78 1183,80

1994 491,10 25 124,40 8 235,60 16 50,40 6 1,60 1 23,20 3 16,40 1 0,00 0 0,00 0 62,00 6 462,10 16 257,40 16 105,60 23/11/1994 98 1724,20

1995 136,60 9 342,40 24 295,20 13 241,60 9 3,20 1 0,00 0 0,00 0 0,00 0 85,20 2 109,80 8 201,60 8 139,90 11 100,40 2/4/1995 85 1555,50

1996 343,30 11 239,60 11 140,50 8 96,40 6 11,10 2 0,00 0 0,90 1 11,80 2 30,70 4 66,00 6 257,50 10 181,00 11 121,40 2/1/1996 72 1378,80

1997 785,90 27 188,40 13 383,00 19 92,80 6 73,20 3 115,70 4 0,00 0 0,00 0 17,60 3 89,80 6 363,10 12 175,40 17 120,20 29/1/1997 110 2284,90

1998 197,10 11 270,10 12 78,70 6 93,20 4 3,80 1 0,00 0 3,70 1 0,00 0 168,60 4 104,00 5 193,20 6 382,80 16 144,20 2/12/1998 66 1495,20

1999 191,30 11 209,90 9 227,90 16 3,40 1 15,20 2 0,00 0 0,00 0 0,00 0 29,10 5 42,20 4 330,90 11 239,60 18 144,70 8/11/1999 77 1289,50

2000 188,90 16 222,80 13 310,60 20 28,10 3 0,00 0 0,00 0 0,00 0 22,60 1 60,20 5 71,10 5 204,60 12 298,50 14 95,20 12/12/2000 89 1407,40

2001 120,30 11 63,80 5 213,60 11 0,00 0 35,40 1 0,00 0 0,00 0 21,40 1 0,00 0 161,00 6 259,10 17 342,70 22 54,60 15/10/2001 74 1217,30

2002 402,60 20 126,50 10 209,20 12 81,60 1 0,00 0 0,00 0 16,60 1 0,00 0 6,10 2 62,80 9 116,00 8 154,90 14 81,60 13/4/2002 77 1176,30

2003 289,70 22 137,60 14 251,70 12 98,10 5 28,50 3 0,00 0 0,00 0 0,00 0 2,50 1 61,70 7 236,20 12 109,60 9 95,50 3/11/2003 85 1215,60

2004 517,10 24 464,70 19 153,10 9 84,70 9 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 111,00 8 150,30 8 278,20 15 78,20 20/3/2004 92 1759,10

2005 199,20 19 54,30 9 214,30 20 48,20 6 45,10 3 6,40 2 0,00 0 0,00 0 2,00 2 147,50 8 239,60 13 276,80 22 82,80 14/12/2005 104 1233,40

2006 163,30 14 315,20 13 192,80 10 93,20 7 7,30 1 0,00 0 0,00 0 0,00 0 47,20 4 166,70 13 236,70 9 289,50 19 75,20 28/2/2006 90 1511,90

2009 277,30 9 365,40 11 119,20 8 156,60 9 0,00 0 0,00 0 0,00 0 22,60 1 22,30 6 156,70 9 142,40 10 373,90 21 81,20 14/2/2009 84 1636,40

2010 101,10 7 77,15 11 167,00 13 63,70 3 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 153,10 4 120,80 11 211,00 16 48,60 3/10/2010 65 893,85

2011 202,00 18 229,30 13 361,30 21 33,00 6 0,00 0 10,10 1 0,00 0 0,00 0 0,30 1 160,40 9 75,80 9 267,50 18 82,70 8/3/2011 96 1339,70

2012 293,40 19 178,50 8 55,30 6 66,10 5 32,20 2 7,60 2 0,00 0 0,00 0 23,60 3 89,40 4 151,00 15 158,70 11 73,40 1/2/2012 75 1055,80

2013 464,80 20 69,40 10 332,60 12 126,50 7 13,40 1 13,40 1 0,00 0 0,00 0 24,90 2 181,70 8 241,40 10 492,80 15 127,80 12/12/2013 86 1960,90

2014 238,20 14 193,10 11 167,00 11 99,30 6 0,00 0 2,40 1 9,10 1 0,00 0 39,10 1 100,10 5 126,20 8 286,00 16 79,70 25/3/2014 74 1260,50

2015 65,30 9 283,30 13 347,20 15 127,40 8 84,70 3 0,00 0 0,00 0 0,00 0 38,20 3 77,50 13/3/2015

Obs.: Utilizou-se os dados dos últimos 27 anos de observação mais representativos. ( * ) Máximas chuvas diárias.

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro

P(mm) P(mm) P(mm) P(mm) P(mm) P(mm) P(mm) P(mm) P(mm) P(mm) P(mm) P(mm)

Prec. Máx. Mensal

Prec. Méd. Mensal

Prec. Min. Mensal

NDC Máx. Mensal

NDC Méd. Mensal

NDC Min. Mensal

Região hidrográfica: / Carta topográfica do município de aragarças: IBGE - folha SE-22-X-B-II - MI-2257 - ESC. 1:100.000.

717.224,62( UTM E =

0 0

462,10

7

24,40

0

Pmáx = 2284,9 mm (Precip. Máxima Anual para o período).

113,23 263,48186,49

268,30 584,60

0,30

37,16

13

0

8,94

5

1 11

0

43,20

193

016 12 12

Nmín = 15 (Número mín. de dias de chuva por ano no período).0 0

2

0 0 0

Pmín = 217 mm (Precip. Mínima Anual para o período).

Nmáx = 117 (Núm. máximo de dias de chuva por ano no período).

Nméd = 85 ( Média do núm. de dias de chuva por ano no período).

0 0

15

76,00

3 16

26

23,12 7,68

5

1

4

1,60

259,80 115,70 21,20107,50580,30

TOTAIS PLUVIOMÉTRICOS MENSAIS ( em milímetros ) E NÚM. DE DIAS DE CHUVA POR ANO

( UTM N = 8.193.102,04

3,40 2,40

Pméd = 1380,17 mm (Precip. Média Anual para o período).85,85

Diagrama Climatológico

Estação: PERES Pluviograma

6

24 23

785,90 464,70

262,42 188,55

65,30 54,30 55,30

PRECIPITAÇÕES E NÚM. DE DIAS DE CHUVAS POR ANO

4,800,90

3,16

1027

203,17

168,6066,60

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4.3.2 Chuvas Intensas

Para a determinação das chuvas intensas foi seguido como referencial as equações de

chuva publicadas pelas ReCESA- Rede de capacitação e Extensão Tecnológica em

Saneamento Ambiental – Universidade de Brasília, Universidade Federal de Mato

Grosso do Sul, Universidade Federal de Goiás – Curso Básico de Hidrologia Urbana:

nível 3 – Costa, Alfredo Ribeiro da; Siqueira, Eduardo, Queija de Menezes Filho,

Frederico Carlos de Martins. As equações, segundo o autor, foram especializadas,

conforme Costa e Prado (2003) após um amplo trabalho de interpretação de

pluviogramas e montagem de equações envolvendo uma equipe de pesquisadores. As

equações mostram a forma do relacionamento entre a intensidade “i” a duração “t” e

período de retorno “T”. Os parâmetros de chuva apresentados em forma de tabela para

serem aplicados na equação estão inseridos na tabela da referida publicação pelo qual

foram extraídos para a utilização no presente estudo hidrológico os dados de Aragarças

– Goiás, ao qual pertence o trecho em questão.

Estação : PERES Precipitações Totais Anuais

Estação : PERES Precipitações Mensais

Estação : PERES Número de Dias de Chuva por Ano

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

1800

2000

1972

1973

1974

1975

1976

1977

1978

1979

1980

1981

1982

1983

1984

1985

1986

1987

1988

1989

1990

P(m

m)

Anos

Mínima

Média

Máxima

0

500

1000

J F M A M J J A S O N D

P (

mm

)

Meses

0

20

40

60

80

100

120

197

2

197

3

197

4

197

5

197

6

197

7

197

8

197

9

198

0

198

1

198

2

198

3

198

4

198

5

198

6

198

7

198

8

198

9

199

0

Dia

s

Anos

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Onde, α, β, γ, δ são parâmetros regionais constantes e que dependem apenas do período

de retorno

B, b, c são parâmetros que descrevem características locais;

i é a intensidade máxima de chuva (mm/min);

t é a duração (mim)

T é o período de retorno (em anos);

α= 0,14710;

β= 0,22;

γ=0,09;

δ= 0,62740;

Latitude Longitude B C B1 B2

15 Aragarças GO 15º 53’ 52º 15’ 0,89089 20,286 37,7146 42,7001

Nº Estação UF Coordenadas Parâmetros Locais

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1 2 3 4 5 6

(min) (mm/h) (mm) (mm) (mm) (mm)

5 148,48 12,37 12,37 12,37 1,73

10 126,43 21,07 8,70 8,70 2,19

15 110,34 27,59 6,51 6,51 2,90

20 98,05 32,68 5,10 5,10 4,13

25 88,35 36,81 4,13 4,13 6,51

30 80,48 40,24 3,43 3,43 12,37

35 73,96 43,14 2,90 2,90 8,70

40 68,47 45,65 2,50 2,50 5,10

45 63,78 47,83 2,19 2,19 3,43

50 59,72 49,77 1,93 1,93 2,50

55 56,17 51,49 1,73 1,73 1,93

60 53,05 53,05 1,55 1,55 1,55

CALCULO DO HIETOGRAMA(Método dos Blocos Alternados)

Para uma chuva de projeto de 1 hora com Tr-2 anos em intervalos de 5 minutos

Precipitação

no intervaloTempo

Intensidade da

Chuva

Col 1 x Col

2/60

Diferenças da

col 3

Ordem decrescente

da col 4

5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60

Precipitação 1,73 2,19 2,90 4,13 6,51 12,37 8,70 5,10 3,43 2,50 1,93 1,55

0,00

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

12,00

14,00

Pre

cip

ita

çã

o (m

m)

Histograma p/chuva de 1h com Tr 2anos e Δ= 5 min

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1 2 3 4 5 6

(min) (mm/h) (mm) (mm) (mm) (mm)

5 178,99 14,92 14,92 14,92 2,08

10 152,41 25,40 10,49 10,49 2,64

15 133,01 33,25 7,85 7,85 3,50

20 118,20 39,40 6,15 6,15 4,98

25 106,50 44,38 4,98 4,98 7,85

30 97,01 48,51 4,13 4,13 14,92

35 89,16 52,01 3,50 3,50 10,49

40 82,54 55,03 3,02 3,02 6,15

45 76,88 57,66 2,64 2,64 4,13

50 71,99 59,99 2,33 2,33 3,02

55 67,72 62,07 2,08 2,08 2,33

60 63,95 63,95 1,87 1,87 1,87

CALCULO DO HIETOGRAMA(Método dos Blocos Alternados)

Para uma chuva de projeto de 1 hora com Tr-5 anos em intervalos de 5 minutos

TempoIntensidade da

Chuva

Col 1 x Col

2/60

Diferenças da

col 3

Ordem decrescente

da col 4

Precipitação

no intervalo

5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60

Precipitação 2,08 2,64 3,50 4,98 7,85 14,92 10,49 6,15 4,13 3,02 2,33 1,87

0,00

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

12,00

14,00

16,00

Pre

cip

ita

çã

o (m

m)

Hietograma p/chuva de 1h com Tr 5 anos e Δ= 5 min

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1 2 3 4 5 6

(min) (mm/h) (mm) (mm) (mm) (mm)

5 214,67 17,89 17,89 17,89 2,49

10 182,79 30,47 12,58 12,58 3,16

15 159,53 39,88 9,42 9,42 4,20

20 141,76 47,25 7,37 7,37 5,97

25 127,73 53,22 5,97 5,97 9,42

30 116,35 58,18 4,96 4,96 17,89

35 106,93 62,38 4,20 4,20 12,58

40 98,99 66,00 3,62 3,62 7,37

45 92,21 69,16 3,16 3,16 4,96

50 86,34 71,95 2,79 2,79 3,62

55 81,22 74,45 2,49 2,49 2,79

60 76,69 76,69 2,25 2,25 2,25

CALCULO DO HIETOGRAMA(Método dos Blocos Alternados)

Para uma chuva de projeto de 1 hora com Tr-15 anos em intervalos de 5 minutos

Precipitação

no intervaloTempo

Intensidade da

Chuva

Col 1 x Col

2/60

Diferenças da

col 3

Ordem decrescente

da col 4

5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60

Precipitação 2,49 3,16 4,20 5,97 9,42 17,89 12,58 7,37 4,96 3,62 2,79 2,25

0,00

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

12,00

14,00

16,00

18,00

20,00

Pre

cip

ita

çã

o (m

m)

Hietograma p/chuva de 1h com Tr 15 anos e Δ= 5 min

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1 2 3 4 5 6

(min) (mm/h) (mm) (mm) (mm) (mm)

5 231,42 19,29 19,29 19,29 2,69

10 197,06 32,84 13,56 13,56 3,41

15 171,98 42,99 10,15 10,15 4,53

20 152,83 50,94 7,95 7,95 6,43

25 137,70 57,38 6,43 6,43 10,15

30 125,43 62,72 5,34 5,34 19,29

35 115,28 67,24 4,53 4,53 13,56

40 106,72 71,15 3,90 3,90 7,95

45 99,41 74,55 3,41 3,41 5,34

50 93,08 77,57 3,01 3,01 3,90

55 87,55 80,26 2,69 2,69 3,01

60 82,68 82,68 2,42 2,42 2,42

Para uma chuva de projeto de 1 hora com Tr-25 anos em intervalos de 5 minutos

TempoIntensidade da

Chuva

Col 1 x Col

2/60

Diferenças da

col 3

Ordem decrescente

da col 4

Precipitação

no intervalo

CALCULO DO HIETOGRAMA(Método dos Blocos Alternados)

5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60

Precipitação 2,69 3,41 4,53 6,43 10,15 19,29 13,56 7,95 5,34 3,90 3,01 2,42

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

Pre

cip

ita

çã

o (m

m)

Hietograma p/chuva de 1h com Tr 25 anos e Δ= 5 min

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1 2 3 4 5 6

(min) (mm/h) (mm) (mm) (mm) (mm)

5 256,26 21,36 21,36 21,36 2,98

10 218,21 36,37 15,01 15,01 3,77

15 190,44 47,61 11,24 11,24 5,01

20 169,23 56,41 8,80 8,80 7,12

25 152,48 63,53 7,12 7,12 11,24

30 138,90 69,45 5,92 5,92 21,36

35 127,65 74,46 5,01 5,01 15,01

40 118,17 78,78 4,32 4,32 8,80

45 110,08 82,56 3,77 3,77 5,92

50 103,07 85,89 3,34 3,34 4,32

55 96,95 88,87 2,98 2,98 3,34

60 91,55 91,55 2,68 2,68 2,68

CALCULO DO HIETOGRAMA(Método dos Blocos Alternados)

Para uma chuva de projeto de 1 hora com Tr-50 anos em intervalos de 5 minutos

TempoIntensidade da

Chuva

Col 1 x Col

2/60

Diferenças da

col 3

Ordem decrescente

da col 4

Precipitação

no intervalo

5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60

Precipitação 2,98 3,77 5,01 7,12 11,24 21,36 15,01 8,80 5,92 4,32 3,34 2,68

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

Pre

cip

ita

çã

o (m

m)

Hietograma p/chuva de 1h com Tr 50 anos e Δ= 5 min

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1 2 3 4 5 6

(min) (mm/h) (mm) (mm) (mm) (mm)

5 283,77 23,65 23,65 23,65 3,30

10 241,63 40,27 16,62 16,62 4,18

15 210,88 52,72 12,45 12,45 5,55

20 187,40 62,47 9,75 9,75 7,89

25 168,85 70,35 7,89 7,89 12,45

30 153,81 76,90 6,55 6,55 23,65

35 141,35 82,46 5,55 5,55 16,62

40 130,86 87,24 4,78 4,78 9,75

45 121,89 91,42 4,18 4,18 6,55

50 114,14 95,11 3,69 3,69 4,78

55 107,36 98,41 3,30 3,30 3,69

60 101,38 101,38 2,97 2,97 2,97

CALCULO DO HIETOGRAMA(Método dos Blocos Alternados)

Para uma chuva de projeto de 1 hora com Tr-100 anos em intervalos de 5 minutos

TempoIntensidade da

Chuva

Col 1 x Col

2/60

Diferenças da

col 3

Ordem decrescente

da col 4

Precipitação

no intervalo

5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60

Precipitação 3,30 4,18 5,55 7,89 12,45 23,65 16,62 9,75 6,55 4,78 3,69 2,97

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

Pre

cip

ita

çã

o (m

m)

Hietograma p/chuva de 1h com Tr 100 anos e Δ= 5 min

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4.4 Cálculo das Descargas

verificação da seção de vazão das obras existentes foi realizada utilizando-se os métodos

recomendados pelas normas vigentes seguindo as metodologias contidas no Manual de

Drenagem de Rodovias do DNIT e Instrução de Serviço IS-210.

As bacias hidrográficas tiveram as suas descargas máximas calculadas pela Fórmula

Racional, conforme apresentado no capítulo referente ao Projeto de Drenagem.

4.4.1 Método Racional

Para as bacias com área inferior a 4,0 km², utilizou-se o Método Racional com a seguinte

configuração:

Q = CIA/36

Para as bacias com área compreendida entre a 4,0 km² e 10,0 km², utilizou-se o Método

Racional com a aplicação de um coeficiente de retardo “δ”:

Onde:

Q = Vazão de contribuição, em m³/s;

C = Coeficiente de escoamento superficial;

I = Intensidade de chuva em cm/h;

A = Área da bacia de contribuição em Ha;

δ= Coeficiente de retardo utilizado para bacias compreendidas entre

4,0km² e 10,0 km².

O coeficiente de retardo utilizado tem a seguinte configuração:

δ = A–0,1

Onde:

A = área da bacia drenada, em km²;

δ =Coeficiente de retardo;

Para as bacias com área acima de 10,0 km², utilizou-se o Método do Hidrograma

Unitário - HUT.

O tempo de concentração foi calculado pelas fórmulas:

Tc = 0,95 (L3/ H)0,385

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Tc = 1,42 (L3/ H)0,385

Onde:

Tc = Tempo de concentração, em hora;

L = Comprimento da linha de fundo em km;

H = Diferença de nível entre o ponto mais afastado na bacia e a seção em estudo,

em metro;

Os valores utilizados para o Coeficiente de Deflúvio tiveram sua aplicação em

função das características da superfície em uso do solo da bacia hidrográfica:

Para o cálculo das descargas de projeto foram utilizados os seguintes períodos de

recorrência de chuva conforme preconizado nas Instruções de Serviço do DNIT

TR= 10 anos, para as obras de drenagem superficial;

TR= 10 anos, para as obras de drenagem subsuperficial;

TR= 15 anos, para bueiros tubulares (como canal);

TR= 25 anos, para bueiros tubulares (como orifício);

TR= 25 anos, para os bueiros celulares como canal;

TR=50 anos, para os bueiros celulares como orifício

4.4.2 Hidrograma Unitário

Para as bacias com áreas acima de 10 km², serão utilizado o Método do Hidrograma

Unitário.

Os parâmetros do Hidrograma Unitário para uma chuva efetiva “R” fora os seguintes:

Onde:

Qp =descarga de pico, em m³/s;

R = Chuva efetiva em mm;

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A = área da bacia hidrográfica em km²;

D = duração da chuva em hora;

Tp =Tempo de pico, em hora;

Tr = Tempo de recessão em hora;

Tb = tempo de base em hora.

4.5 Resultados Obtidos.

Segue a tabela com os resultados obtidos diante do exposto.

T= 15 T=25 T= 15 T=25

0 6,6284 RACIONAL MODIFICADO 3,92 379,00 334,00 1,5903 0,2 55,38 59,70 24,64 26,56

1 0,7809 RACIONAL 1,03 362,00 335,00 0,2763 0,2 153,43 165,40 6,66 7,18

2 0,1849 RACIONAL 0,26 344,00 338,00 0,1016 0,2 206,71 222,84 2,12 2,29

3 0,2504 RACIONAL 0,16 331,00 325,00 0,0589 0,2 226,38 244,05 3,15 3,40

4 0,7667 RACIONAL 1,39 331,00 308,00 0,4144 0,2 128,07 138,07 5,46 5,88

Medoto de cálculo da

vazão

Area

(km²)PONTO

PRECIPITAÇAO Vazão (m³/s)TC

usado

(hr)

Coeficiente de

Runoff

COTA

MÍNIMA

(m)

COTA

MÁXIMA

(m)

COMPRIMENTO

DO TALVEGE

(km)

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5 ESTUDOS GEOLÓGICOS.

Os Estudos Geológicos utilizados neste relatório de anteprojeto de engenharia para a

contratação integrada das Obras da implantação anel viário aragarças

O conhecimento geológico de uma região é de grande importância para os estudos de

engenharia. Esses estudos costumam indicar as unidades geológicas, sua estrutura, estratigrafia,

litologia e evolução. As informações são úteis para análise dos tipos e da dinâmica superficial

dos terrenos. Elas subsidiam as interpretações sobre o relevo, solo e processos de erosão, entre

outros dados. E entre uma gama variada de produtos, permite deduzir sobre a natureza dos

materiais que serão utilizados para a execução da obra.

O estudo geológico realizado visa subsidiar o Estudo Geotécnico e os Projetos

Geométricos, de Obras de Arte Correntes e Especiais.

O relatório destes estudos de geológicos discorre sobre os estudos bibliográficos e de

campo realizados ao longo do trecho rodoviário em projeto e abrange sobre o relato da

fisiografia regional do trecho em questão, discorrendo as condições climáticas, vegetais,

pedológicas e sistemas de drenagem, bem como suas interrelações com a geologia local.

O principal objetivo dos estudos geológicos foi o de desenvolver uma geologia de fácil

compreensão, procurando mostrar os problemas encontrados ao longo do trecho, apresentando

sugestões para solucioná-los.

A execução dos estudos foi feita alternando trabalhos de reconhecimento em campo e

trabalhos bibliográficos, mapeando a região de influência do projeto, bem como apontando os

problemas geológicos e geotécnicos.

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6 PROJETO GEOMÉTRICO.

O trecho rodoviário da rodovia, compreendido entre km 0,00 ao km 6,3 teve a

elaboração do anteprojeto de geométrico desenvolvida tendo como referência o seguinte

documento:

Baseando-se na exploração locada, que promoveu o aproveitamento da implantação

existente, sem deixar, contudo, de proporcionar características adequadas ao desenvolvimento

seguro do tráfego previsto, obtendo um projeto em conformidade com as instruções do DNIT,

para Rodovia Classe I-B Ondulada

O projeto tem o objetivo de resguarda todos os transeuntes da rodovia por isso optou-se

pelo modelo de interseção em desnível na interseção com a BR-158.

A nova pista a ser implantada possui as seguintes características;

O alinhamento da locação foi desenhado a partir do cálculo de coordenadas cartesianas

dos vértices dos alinhamentos retos, a partir dos elementos constantes nas cadernetas de

locação. Todos os pontos notáveis de curvas horizontais foram representados com indicação de

seus elementos de definição

Para a representação do relevo na faixa de domínio foram utilizadas as seções

transversais levantadas por “nuvem de pontos”. Estas seções foram executadas a partir do eixo

locado e referidas as cotas de nivelamento geométrico. A partir destes dados, foi representado

o relevo da faixa de domínio, através de curvas de nível equidistantes de 1m.

FAIXA DE ROLAMENTO 2 X 3,60 m 6,20 m

ACOSTAMENTO EXTERNO 2 X 2,50m 5,00 m

PLATAFORMA DE PAVIMENTAÇÃO ACABADA 12,20 m 12,20 m

FAIXA DE DRENAGEM 2 X 1,00m 2,00 m

PLATAFORMA DE TERRAPLENAGEM ACABADA 14,20 m 14,20 m

CARACTERISTICAS PISTA

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O desenho do alinhamento geométrico recebeu ainda, em complementação, de

elementos referentes ao próprio Projeto Geométrico, ao Projeto de Drenagem, de Obras-de-

Arte e de Pavimentação.

SUPERELEVAÇÃO

A superelevação é a inclinação transversal da pista nas curvas, feitas em torno do bordo

de referência, de modo a assegurar ao tráfego condições de segurança e conforto.

As superelevações das curvas foram calculadas utilizando a fórmula do DNIT:

Para R > 1000 m adotou‐se e = 3,0%.

Os valores assim obtidos foram arredondados de meio em meio por cento.

No acostamento foi adotado a mesma declividade transversal que a da pista.

A distribuição da superelevação foi feita da seguinte forma:

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• entre o ponto de abaulamento (PA) (ponto de início da transição vertical, em que a

pista tem abaulamento completo) e o ponto de nível (PN) (ponto em que a semi pista externa

ou toda a pista, no caso de duas curvas consecutivas próximas em sentido contrários, está em

nível), é feita a rotação da pista externa, em torno do eixo da plataforma, em uma distância T,

calculada de sorte a manter a transição, em perfil, segundo uma rampa máxima de 1:200, ao

longo do eixo;

• entre o ponto de nível (PN) e o ponto de máxima superelevação (PE), em uma distância

L, toda a plataforma gira em torno de seu eixo até atingir a taxa de superelevação total. O ponto

PE coincide com o ponto TS, no caso das curvas com raios inferiores a 600m. Nas curvas

circulares, o ponto PE está situado dentro da curva, a L/3 do PC;

• nas curvas com espirais de transição entre SC e CS e nas curvas circulares entre PC +

L/3 e PT – L/3 , a superelevação total deverá ser mantida;

• a partir deste ponto segue-se em razão inversa as rotações descritas para o começo da

concordância.

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Para manter uma mesma taxa de variação da superelevação nos trechos em T (em

tangente) e L (em curva), o comprimento de transição é:

Para a determinação do LRmín do trecho de variação da superelevação:

• LRmín é determinado em função da máxima inclinação relativa (α);

• Quando LRmín calculado for menor que Ls (comprimento de transição), adota-se

L=Ls, isto é, a variação da superelevação é feita junto com a transição;

• Quando LRmín > Ls, deve-se analisar a possibilidade de aumentar o Ls, para um valor

Ls=L> LRmín de forma a ter toda a variação da superelevação dentro da transição, quando isso

não for possível ou quando a curva não tiver transição a variação da superelevação deve ser

feita parte no trecho em tangente e parte no trecho circular.

CURVAS VERTICAIS

Utilizou-se para concordância parábola do 2º grau. Esta parábola é definida pelo seu

parâmetro de curvatura k, que equivale ao comprimento da curva no plano horizontal, em

metros, para cada 1% de variação da rampa. Os comprimentos y das curvas de concordância

vertical são obtidos multiplicando os valores do parâmetro k pela diferença algébrica A das

rampas concordadas, ou seja: y = k . A

O cálculo de k ser baseia normalmente na necessidade de proporcionar as distâncias de

visibilidade de parada, e calculada pelas fórmulas:

Estabeleceram-se os seguintes Kmin desejável no projeto para curva côncava: k > 28 e

para curva convexa: k > 40, com o intuito de garantir a condições de segurança e conforto ao

usuário da rodovia.

Os casos extremos foram estudados separadamente. Os valores de k são apresentados

nas planilhas do projeto vertical.

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Os valores mínimos as projeções horizontais das parábolas côncavas e convexas foram

determinadas através das fórmulas:

Onde:

L = distância de visibilidade;

y = projeção horizontal da parábola;

h1 = 1,20m = altura do olho do observador;

h2 = altura do obstáculo = 0,10m;

α = i1 - i2 = diferença de rampas.

Onde:

L = distância de visibilidade;

y = projeção horizontal da parábola;

h = altura dos faróis (0,75m);

j = ângulo do eixo dos faróis com limite de iluminação = 0,1º.

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7 PROJETO TERRAPLENAGEM

O Projeto de Terraplenagem visa o cálculo do volume de movimentação de terra para

implantação da pista apresentada no projeto geométrico. Para tanto foram seguidas as

orientações contidas na IS-209.

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Para a obtenção dos volumes de terraplenagem foi calculada a área de cada uma das

seções situadas de 20 em 20 metros ou de 10 em 10 metros, conforme conveniência, e fez-se a

cubação, que é o cálculo do movimento da terra.

O cálculo dos volumes de terraplenagem foi realizado por um programa de computador

que efetuou o cálculo das áreas de corte e aterro em cada seção transversal relativa a uma estaca

da rodovia em estudo, determinando-se, subsequentemente, os volumes excedentes, bem como

os volumes acumulados.

Os volumes foram calculados pelo método da semi-soma das áreas de corte e aterro em

cada par de seções transversais relativas a duas estacas sucessivas do projeto, correspondendo

ao volume geométrico.

A escavação de um dado volume geométrico de solo, medido em seu estado natural,

resultará num volume maior de material, no estado solto. A este aumento do volume

geométrico, que resulta da ruptura da estrutura interna original do solo, em decorrência da

escavação, se denomina genericamente empolamento do solo.

Os estudos geotécnicos permitem a definição do fator de empolamento a considerar para

a correta compensação entre volumes de cortes e aterros, sendo este dado pela relação entre a

massa específica aparente seca do solo in situ e a massa específica aparente do solo obtida em

laboratório.

É recomendado que nos estudos de compensação de volumes de terraplenagem seja

efetuada a correção dos volumes de aterros, visando a obtenção do denominado volume

empolado de aterro, que representa o volume de escavação necessário à obtenção de dado

volume de aterro compactado (DNER, 1974, v.3, cap 11, p.16).

O volume empolado do aterro pode ser obtido multiplicando-se o volume geométrico

de aterro compactado pelo fator de empolamento.

Alguns aspectos adicionais de ordem prática devem ser levados em consideração na

compensação dos volumes de terraplenagem para minimizar o cometimento de erros na

quantificação dos volumes envolvidos, entre os quais citam-se:

• As perdas de materiais devidas ao processo de execução dos serviços mecanizados de

escavação, carga, transporte e descarga;

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• Os acréscimos de volumes que decorrem das imperfeições naturais na configuração

dos cortes e/ou dos aterros em relação às seções teóricas de projeto, mesmo quando observadas

as tolerâncias especificadas;

• Os volumes adicionais necessários para compensar as quantidades de materiais

superficiais que acabam sendo retiradas por ocasião da realização de serviços de limpeza.

Para a consideração dessas e de outras eventuais variações, a experiência prática indica

que devam ser feitos ajustes adicionais visando a majoração dos volumes de forma a compensar

as perdas e outras variações já apresentadas. Para tanto, foi atribuído um valor maior para o

fator de empolamento, de forma a já agregar, aos volumes acrescidos em decorrência do

empolamento, as perdas e variações esperadas em função da própria forma de execução dos

serviços de terraplenagem.

Para este trabalho foi estabelecido um fator de empolamento para a equivalência entre

os volumes de corte e aterro de 1,30. O empolamento foi definido à partir dos ensaios

geotécnicos do material de corte das pistas e da caixas de empréstimo concentrados. Foi adotado

o valor médio das duas fontes de materiais, que é 27,0%. Foi considerado ainda um acréscimo

de 3,0% no fator de empolamento visando a consideração de eventuais variações nos volumes

conforme descrito anteriormente. O valor do fator de empolamento adotado foi de 1,3%. O seu

emprego permitiu referir os volumes de terraplenagem a uma unidade comum, ou seja, a

unidade de volume do material escavado (corte), para os quantitativos de terraplenagem.

A distribuição dos materiais de terraplenagem foi feita através de centros de massa dos

corpos de cortes e aterros com o objetivo de obter a menor distancia de transporte dos materiais.

Para o serviço de desmatamento destocamento e limpeza foi utilizado além dos off-sets

uma faixa adicional de 4 metros para utilização como caminho de serviços para os

equipamentos pertinentes a execução dos serviços. A parte de canteiro foi feita toda a limpeza

da área a fim de serviços de regularização e compactação de canteiros para posterior plantio de

gramas em muda (enleivamento).

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8 PROJETO DE PAVIMENTAÇÃO.

8.1 PAVIMENTOS NOVOS.

As soluções para o pavimento foram definidas conforme Estudos de Tráfego, cálculo

do número N apresentado anteriormente, obtido a partir do projeto executivo, contrato nº

PD/11-012/2000-00 da TRAFECON – Consultoria e Projetos de Engenharia Ltda.

O número N apresentado no projeto executivo referenciado anteriormente foi de “N” =

4,99E+07 (Ano de 2021). O período de projeto adotado foi de 15 anos, sendo o primeiro ano

em 2007, ano da abertura do tráfego, e o ano de projeto resultou em 2021. Com isso foi

determinado o número “N” com taxa de crescimento de 3% e projeção de tráfego para 10 anos,

sendo esse: 6,14E+07.

Foram realizadas verificações amostrais dos ensaios de caracterização. Adotando-se ISp

de 9,93.

O pavimento foi dimensionando pelo Método da Resistência e a seguir é apresentado o

resultado obtido da estrutura do pavimento flexível para o Contorno de Aragarças.

A composição do pavimento ficou sendo a seguinte

Revestimento: Na pista a ser implantada no Contorno de Aragarças terá espessura total

de 12,5 cm, sendo composta por uma camada de CBUQ (faixa B), binder com espessura

de 7,5 cm e outra camada de CBUQ (faixa C) capa de rolamento de 5,0 cm. Notando-

se que nos acostamentos externos haverá somente Faixa B.

Base: terá espessura de 15 cm, composta por solo estabilizado granulometricamente

sem mistura com material de jazida.

Sub-Base: terá espessura de 15 cm, composta por solo estabilizado

granulometricamente sem mistura com material de jazida.

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Diante do exposto a seguir mostra uma seção representativa de pavimentação.

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9 PROJETO DE DRENAGEM.

A drenagem superficial de uma rodovia tem como objetivo interceptar e captar,

conduzindo ao deságue seguro, as águas provenientes de suas áreas adjacentes e aquelas que se

precipitam sobre o corpo estradal, resguardando sua segurança e estabilidade. Para um sistema

de drenagem superficial eficiente, utiliza-se uma série de dispositivos com objetivos

específicos, a saber:

– Valetas de proteção de cortes;

– Valetas de proteção de aterros;

– Sarjetas de cortes;

– Sarjetas de aterros;

– Sarjeta de canteiro central;

– Descidas d'água;

– Saídas d'água;

– Caixas coletoras;

– Bueiros de greide;

– Dissipadores de energia;

– Escalonamento de taludes;

– Corta-rio

9.1 SARJETAS DE CORTE.

A sarjeta de corte tem como objetivo captar as águas que se precipitam sobre a

plataforma e taludes de corte e conduzi-las, longitudinalmente à rodovia, até o ponto de

transição entre o corte e o aterro, de forma a permitir a saída lateral para o terreno natural ou

para a valeta de aterro, ou então, para a caixa coletora de um bueiro de greide.

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As sarjetas devem localizar-se em todos os cortes, sendo construídas à margem dos

acostamentos, terminando em pontos de saída convenientes (pontos de passagem de corte para

aterro ou caixas coletoras)

Dimensionamento Hidráulico.

O dimensionamento hidráulico da sarjeta de corte consiste na determinação de uma

seção transversal com capacidade hidráulica suficiente para atender à descarga de projeto.

Pela comparação entre a descarga afluente e a capacidade de vazão da sarjeta determina-

se o seu comprimento crítico, isto é, a distância máxima da sarjeta para que não haja

transbordamento,

Os elementos básicos para o dimensionamento da sarjeta de corte são:

as características geométricas da rodovia;

área de implúvio;

coeficiente médio de escoamento superficial, levando-se em conta adversidade do

revestimento que compõe a bacia de captação, (faixas de rolamento e talude de corte);

Elementos hidrológicos para o cálculo da descarga de projeto.

Cálculo da descarga de projeto

Para o cálculo da descarga de projeto, calcula-se a contribuição por metro linear da

rodovia pela aplicação da fórmula racional, de vez que as áreas de contribuição, sendo

pequenas, estão dentro do limite de aplicabilidade desse método.

A fórmula básica é:

Onde:

Q = descarga por metro linear da rodovia (m3/s/m);

c = coeficiente médio de escoamento superficial (adimensional);

i = intensidade de precipitação (cm/h);

A - área de contribuição por metro linear da sarjeta, (m²/m);

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Coeficiente médio de escoamento superficial (c).

Sendo a área de contribuição formada por superfície de diferentes coeficientes de

escoamento adota-se a média ponderada de seus valores, usando-se como peso as respectivas

larguras dos implúvios.

Intensidade de precipitação (i)

O valor da intensidade de precipitação é obtido na curva de intensidade - duração -

freqüência, fornecida pelo estudo hidrológico para um tempo de duração de 5 minutos e tempo

de recorrência de 10 anos.

Área de contribuição (A)

A bacia de contribuição para a sarjeta é um retângulo equivalente onde um dos lados é

o comprimento a determinar e o outro a largura do implúvio, composto da seção da plataforma

contribuinte e da projeção horizontal equivalente do talude de corte.

A = (L1 + L2 )× d

onde:

L1 = faixa da plataforma da rodovia que contribui para a sarjeta. Será a largura da

semiplataforma nos trechos em tangente e toda a plataforma contribuinte para a sarjeta na borda

interna das curvas. Será nulo ou se restringirá à largura do assentamento contíguo para a sarjeta

na borda externa das curvas;

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L2 = largura da projeção horizontal equivalente do talude de corte;

C1 = coeficiente de escoamento superficial da plataforma da rodovia;

C2 = coeficiente de escoamento superficial do talude de corte.

Havendo escalonamento de taludes, a largura máxima L2 a ser considerada no cálculo

do implúvio é referente à projeção horizontal do primeiro escalonamento, já que os demais terão

as águas conduzidas por meio de dispositivos próprios para fora do corte.

Excetuam-se os casos em que se torna necessária a construção de descidas com deságue

diretamente na sarjeta de corte.

Cálculo da capacidade de vazão da sarjeta

A capacidade hidráulica máxima da sarjeta é obtida pela associação das equações de

Manning e da continuidade.

do que resulta,

onde :

V = velocidade de escoamento; (m/s) ;

R = raio hidráulico, (m);

I = declividade da sarjeta, (m/m);

n = coeficiente de rugosidade, (adimensional);

Q = vazão máxima admissível, (m3/s);

A = área molhada da sarjeta, (m2);

Comprimento crítico

Fixada a seção prévia da sarjeta, passa-se à determinação do seu comprimento crítico

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para as diversas declividades do greide correspondente aos cortes existentes.

Igualando-se as equações e considerando à área de implúvio A = L x d

(área do retângulo de contribuição), tem-se:

Na equação acima os valores de A, R e n são conhecidos de acordo com a sarjeta

projetada; os valores de C, i e L, são conhecidos, função da chuva de projeto, do tipo de

revestimento da pista e das características geométricas da rodovia, ficando I, declividade

longitudinal da sarjeta, como única variável ao longo do trecho estudado.

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9.1.1 Resultados Obtidos

Todos os cortes com altura média superior a 1m terão sarjetas revestidas de concreto,

para canalizar as águas superficiais que incidem sobre a plataforma e os taludes de corte.

As sarjetas de corte estão indicadas no anteprojeto de drenagem, juntamente com as

notas de serviço e projeto tipo.

9.2 SARJETA DE ATERRO OU MEIO FIO.

A sarjeta de aterro tem como objetivo captar as águas precipitadas sobre a plataforma

de modo a impedir que provoquem erosões na borda do acostamento e/ou no talude do aterro,

conduzindo-as ao local de deságue seguro.

A indicação da sarjeta de aterro deve fundamentar-se nas seguintes situações:

– trechos onde a velocidade das águas provenientes da pista provoque erosão na borda

da plataforma;

Area Molhada (m²) 0,12

Perimetro Molhado (m) 1,01

0,50% 136 222 1,1 raio hidraulico (admensional) 0,12

1,00% 193 314 1,6 coeficiente de rugosidade (admiensional) 0,02

1,50% 237 385 1,9 velocidade de erosão 4,5 m/s

2,00% 273 445 2,2 Declividade de erosão > 8,5%

2,50% 306 497 2,5 precipitação (cm/h) 20,22

3,00% 335 545 2,7 plataforma em tangente 10,00

3,50% 362 589 3,0 plataforma em curva 10,00

4,00% 387 629 3,2 declividade longintudinal tangente 0,03

4,50% 410 667 3,4 largura do impluvio 15,000

5,00% 433 704 3,6

5,50% 454 738 3,7

6,00% 474 771 3,9

6,50% 493 802 4,1

7,00% 512 833 4,2

7,50% 530 862 4,4

8,00% 547 890 4,5

8,50% 564 917 4,7

9,00% 581 944 4,8

9,50% 596 970 4,9

DIMENSIONAMENTO SARJETA TRIANGULAR DE CONCRETO STC-03

i Vazão (l/s)Comprimento

Critico (m)

velocidade

critica (m³/s)

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– trechos onde, em conjunto com a terraplenagem, for mais econômica a utilização da

sarjeta, aumentando com isso a altura necessária para o primeiro escalonamento de aterro;

– interseções, para-coletar e conduzir as águas provenientes dos ramos, ilhas, etc.

Dimensionamento Hidráulico.

A capacidade de esgotamento de uma boca de lobo, sua localização e espaçamento,

qualquer que seja o seu tipo, conforme visto no item anterior, depende da altura d'água no trecho

da sarjeta imediatamente a montante da boca de lobo, isto é, em suma, da capacidade de vazão

da sarjeta. Se esta estiver localizada em trecho de declividade uniforme, a altura d'água na

sarjeta dependerá das suas características de escoamento como conduto livre. Tais

características incluem a seção transversal, a declividade e a rugosidade da sarjeta e as

superfícies do pavimento sobre as quais a água escoa.

Para o cálculo da altura d'água na sarjeta para uma dada vazão ou vice-versa, pode-se

utilizar a formula de Izzard baseada na fórmula de Manning:

onde:

Qo = vazão da sarjeta, em m3/s;

Yo = altura d'água na sarjeta, em m;

Z = recíproca da declividade transversal, Z = Z = tgθ, ver

I = declividade longitudinal da sarjeta, em m/m;

n = coeficiente de rugosidade de Manning.

Dessa expressão, obtém-se:

e, pela equação da continuidade:

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A determinação da velocidade de escoamento na sarjeta (V ) é importante, pois, além

deter limites restritos, função do tipo de revestimento, permite determinar o tempo de percurso

na sarjeta.

Para o cálculo do espaçamento entre as bocas de lobo pode-se utilizar a fórmula de

Izzard associada à fórmula racional para a determinação das descargas afluentes.

Pelo método racional,

Q = 2,78 x 10−7 x C x i x A

onde:

Q = descarga afluente à sarjeta, em m/s;

C = coeficiente de escoamento superficial;

i = intensidade de precipitação, em mm/h;

A = área de drenagem, em m2, que pode ser expressa como;

A = L x d, onde:

L = largura do implúvio, em m;

d = comprimento crítico da sarjeta, em m.

O comprimento crítico irá definir o espaçamento máximo entre bocas de lobo ou saídas

d’água, para que não haja transbordamento da sarjeta.

Igualando-se a capacidade hidráulica da sarjeta, equação de vazão, com a descarga

afluente (método racional), obtém-se:

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9.2.1 Resultados Obtidos

Todos os aterros com altura média superior a 1,5m terão meio fio de concreto, para

canalizar as águas superficiais que incidem sobre a plataforma para um desague seguro.

Os meios fios estão indicados no anteprojeto de drenagem, juntamente com as notas de

serviço e projeto tipo.

9.3 VALETA DE CANTEIRO CENTRAL.

Quando uma rodovia for projetada em pista dupla, isto é, onde as pistas são separadas

por um canteiro central côncavo, torna-se necessário drená-lo superficialmente através de um

dispositivo chamado de valeta do canteiro central.

Esta valeta tem como objetivo captar as águas provenientes das pistas e do próprio

canteiro central e conduzi-las longitudinalmente até serem captadas por caixas coletoras de

bueiros de greide

Dimensionamento Hidráulico.

O dimensionamento Hidráulico é igual ao item 2.1 sarjeta de corte utilizando as

formulas de Manning e Método Racional.

9.4 DESCIDAS DÁGUA.

As descidas d'água tem como objetivo conduziras águas captadas por outros dispositivos

de drenagem, pelos taludes de corte e aterro.

Tratando-se de cortes, as descidas d'água têm como objetivo principal conduzir as águas

das valetas quando atingem seu comprimento crítico, ou de pequenos talvegues, desaguando

numa caixa coletora ou na sarjeta de corte.

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No aterro as descidas d'água conduzem as águas provenientes das sarjetas de aterro

quando é atingido seu comprimento crítico, e nos pontos baixos, através das saídas d'água,

desaguando no terreno natural.

As descidas d'água também atendem, no caso de cortes e aterros, às valetas de banquetas

quando é atingido seu comprimento crítico e em pontos baixos.

Não raramente, devido à necessidade de saída de bueiros elevados desaguando no talude

do aterro, as descidas d'água são necessárias visando conduzir o fluxo pelo talude até o terreno

natural.

Posicionam-se sobre os taludes dos cortes e aterros seguindo as suas declividades e

também na interseção do talude de aterro com o terreno natural nos pontos de passagem de

corte aterro

As descidas d'água podem ser do tipo rápido ou em degraus. A escolha entre um e outro

tipo será função da velocidade limite do escoamento para que não provoque erosão, das

características geotécnicas dos taludes, do terreno natural, da necessidade da quebra de energia

do fluxo d'água e dos dispositivos de amortecimento na saída.

A análise técnica e econômica desse conjunto de fatores levará o projetista à escolha de

uma descida do tipo rápido ou em degraus.

A descida d'água, por se localizar em um ponto bastante vulnerável na rodovia,

principalmente nos aterros, requer que cuidados especiais sejam tomados para se evitar

desníveis causados por caminhos preferenciais durante as chuvas intensas e consequentes

erosões que podem levar ao colapso toda a estrutura.

Assim, deve ser previsto o confinamento da descida no talude de aterro, devidamente

nivelada e protegida com o revestimento indicado para os taludes.

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As descidas d'agua podem ter a seção de vazão das seguintes formas:

– retangular, em calha tipo rápido ou em degraus;

– semicircular ou meia cana, de concreto ou metálica ;

– em tubos de concreto ou metálicos.

É desaconselhável a seção de concreto em módulos, pois a ação dinâmica do fluxo pode

acarretar o descalçamento e o desjuntamento dos módulos, o que rapidamente atingiria o talude,

o erodindo.

No caso da utilização de módulos, as peças deverão ser assentadas sobre berço

previamente construídos.

Quanto à execução, as descidas retangulares podem ser executadas no local com formas

de madeira, em calha ou degraus.

Para o detalhamento dos projetos de execução deverão ser seguidas as Especificações

de Serviço DNIT 021/2004.

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Dimensionamento Hidráulico.

O dimensionamento hidráulico consiste em calcular as dimensões da descida d'água de

forma que esta possa conduzir ao deságue seguro a vazão a ela destinada por outros dispositivos

de drenagem superficial.

Neste caso, o dimensionamento pode ser feito através da expressão empírica seguinte,

fixando-se o valor da largura (L) e determinando-se o valor da altura (H).

Onde:

Q = Descarga de projeto a ser conduzida pela descida d'água, em m3/s;

L = Largura da descida d'água, em m;

H = altura média das paredes laterais da descida, em m.

9.4.1 Resultados obtidos

O modelo adotado é a DAR-02 com L=0,5m e H = 0,2m com uma vazão estimada de

84 l/s compreendendo assim todo o dimensionamento de meio-fio ou sarjetas de aterro, esse

tipo de descida já é padronizado pelo DNIT. As descidas serão posicionadas nos comprimentos

críticos dos meio fios.

As sarjetas de descidas d’água, estão indicados no diagrama linear de drenagem e nas

notas de serviço do anteprojeto, com base nos critérios apresentados no dimensionamento de

descidas d’água.

9.5 SAÍDA DÁGUA.

As saídas d'água, nos meios rodoviários também denominados de entradas d'água, são

dispositivos destinados a conduzir as águas coletadas pelas sarjetas de aterro lançando-as nas

descidas d'agua. São, portanto, dispositivos de transição entre as sarjetas de aterro e as descidas

d'água.

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Localizam-se na borda da plataforma, junto aos acostamentos ou em alargamentos

próprios para sua execução, nos pontos onde é atingido o comprimento crítico da sarjeta, nos

pontos baixos das curvas verticais côncavas, junto às pontes, pontilhões e viadutos e, algumas

vezes, nos pontos de passagem de corte para aterro

As saídas d`água devem ter uma seção tal que permita uma rápida captação das águas

que escoam pela borda da plataforma conduzindo-as às descidas d'água.

O rebaixamento gradativo da seção, conforme mostrado nas figuras abaixo, é um

método eficiente de captação. O rebaixamento da borda deve ser controlado com rigor, e

considerado nas notas de serviço de pavimentação.

Considerando sua localização, as saídas d'água devem ser projetadas obedecendo aos

seguintes critérios:

a) Greide em rampa

Neste caso, o fluxo d'água se realiza num único sentido, como esquematicamente se

mostra na figura abaixo

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b) Curva vertical côncava (ponto baixo)

Neste caso o fluxo d'água se dá nos dois sentidos, convergindo para um ponto baixo,

como esquematicamente é mostrado na figura abaixo.

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Para maiores detalhes sobre a seção das saídas d'água, devem ser consultados os projetos

tipo do DNIT.

Quanto ao revestimento, as saídas d'água podem ser de concreto com superfície lisa ou

de chapas metálicas.

As saídas d'água de concreto são executadas no local conjuntamente com as descidas

d'água. As chapas metálicas são moldadas no canteiro de obra e fixadas no local, através de

chumbadores.

Para maiores esclarecimentos deverão ser seguidas as Especificações de Serviço DNIT

021/2004 .

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O dimensionamento hidráulico

da saída d'água consiste em determinar a largura da entrada de forma a conduzir, sem

turbulências, toda a água proveniente das sarjetas até as respectivas descidas d'água.

O valor de L, largura da saída, ou seja, correspondente à abertura da sarjeta, é dado pela

fórmula:

onde:

L = comprimento da abertura na sarjeta ou largura da saída d'água, de modo a interceptar

todo o seu fluxo (m);

Q = descarga afluente pela sarjeta (m3/s);

g = aceleração da gravidade (m/s2);

y = altura do fluxo na sarjeta (m);

K = coeficiente, função da declividade, tomado igual a 0,20 para declividades da sarjeta

entre 2% e 5% (adimensional).

A determinação dos demais elementos constituintes da saída d'água pode ser feita como

se segue, conhecidas "a priori" a largura B e a altura H da descida d'água:

– O espaçamento entre o alinhamento da sarjeta e o início da descida, X, deve ser igual

a 2,5 vezes a largura da descida d'água, B;

– O raio da curva da concordância entre a saída d'água e a descida d'água deve ser igual

a altura H da descida;

– O valor mínimo recomendado para a largura da saída d'água é de 7 vezes a largura B

da descida d'água.

As saídas d’águas que foram utilizadas são do tipo EDA-01 e EDA-02 conforme álbum

de dispositivos tipo DNIT padronizados pelo órgão e que atendem à demanda de vazão dos

meio fios.

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As saídas d’água, estão indicados no diagrama linear de drenagem e nas notas de serviço

do Projeto Executivo, com base nos critérios apresentados no dimensionamento de saída d água

9.6 CAIXA COLETORA

As caixas coletoras têm como objetivos principais:

– Coletar as águas provenientes das sarjetas e que se destinam aos bueiros de greide;

– Coletar as águas provenientes de áreas situadas a montante de bueiros de transposição

de talvegues, permitindo sua construção abaixo do terreno natural;

– Coletar as águas provenientes das descidas d'água de cortes, conduzindo-as ao

dispositivo de deságue seguro;

– Permitir a inspeção dos condutos que por elas passam, com o objetivo de verificação

de sua funcionalidade e eficiência;

– Possibilitar mudanças de dimensão de bueiros, de sua declividade e direção, ou ainda

quando a um mesmo local concorre mais de um bueiro

As caixas coletoras, quanto à sua função, podem ser: caixas coletoras, caixas de inspeção

ou caixas de passagem e, quanto ao fechamento, podem ser com tampa ou abertas.

As caixas coletoras localizam-se:

– Nas extremidades dos comprimentos críticos das sarjetas de corte, conduzindo as

águas para o bueiro de greide ou coletor longitudinal, que as levará para o deságue apropriado.

– Nos pontos de passagem de cortes para aterros, coletando as águas das sarjetas de

modo a conduzi-las para o bueiro, nos casos em que as águas ao atingir o terreno natural possam

provocar erosões;

– Nas extremidades das descidas d'água de corte, quando se torna necessária a condução

das águas desses dispositivos para fora do corte sem a utilização das sarjetas;

– No terreno natural, junto ao pé do aterro, quando se deseja construir um bueiro de

transposição de talvegues abaixo da cota do terreno, sendo, portanto, inaplicável a boca

convencional;

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– Nos canteiros centrais das rodovias com pista dupla;

– Em qualquer lugar onde se torne necessário captar as águas superficiais, transferindo-

as para bueiros.

As caixas de passagem localizam-se:

– Onde houver necessidade de mudanças de dimensão, declividade, direção ou cotas de

instalação de um bueiro;

– Nos lugares para os quais concorra mais de um bueiro.

As caixas de inspeção localizam-se:

– Nos locais destinados a vistoriar os condutos construídos tendo em vista verificar sua

eficiência hidráulica e seu estado de conservação.

– Nos trechos com drenos profundos com o objetivo de vistoriar seu funcionamento.

As caixas com tampa, em forma de grelha, são indicadas quando tem a finalidade

coletora, sendo localizadas em pontos que possam afetar a segurança do tráfego ou se destinem

a coletar águas contendo sólidos em volume apreciável e que possam obstruir os bueiros ou

coletores.

As caixas com tampa removível são indicadas quando têm a finalidade de inspeção e de

passagem.

As caixas abertas são indicadas quando têm finalidade coletora e localizam-se em

pontos que não comprometam a segurança do tráfego.

A seção tipo das caixas coletoras deverá obedecer aos projetos tipos do DNIT onde são

indicadas as dimensões e detalhes das tampas.

Para a execução das caixas deverão ser seguidas as Especificações de Serviço DNIT

026/2004 .

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O dimensionamento hidráulico

Embora as dimensões das caixas coletoras sejam fixadas pelas dimensões dos

dispositivos para os quais estão indicadas como coletora de passagem ou inspeção,

pode-se determinar a área transversal útil das caixas pela fórmula dos orifícios:

onde:

A = Área útil da caixa, em m²;

Q= Vazão a captar, em m³/s;

H = Altura do fluxo, em m;

C = Coeficiente de vazão, a ser tomado igual a 0,60.

A profundidade das caixas será determinada pelas cotas de instalação dos condutos que

delas partem ou chegam.

9.7 BUEIROS DE GREIDE.

Os bueiros de greide são dispositivos destinados a conduzir para locais de deságüe

seguro as águas captadas pelas caixas coletoras.

Localizam-se nos seguintes pontos:

– Nas extremidades dos comprimentos críticos das sarjetas de corte em seção mista ou

quando, em corte de seção a plena, for possível o lançamento da água coletada através de janela

de corte. Nos cortes em seção plena, quando não for possível o aumento da capacidade da sarjeta

ou a utilização de abertura de janela no corte a jusante, projeta-se um bueiro de greide

longitudinalmente à pista até o ponto de passagem de corte-a terro.

– Nos pés das descidas d'agua dos cortes, recebendo as águas das valetas de proteção de

corte e/ou valetas de banquetas, captadas através de caixas coletoras.

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– Nos pontos de passagem de corte aterro, evitando-se que as águas provenientes das

sarjetas de corte deságuem no terreno natural com possibilidade de erodi-lo.

– Nas rodovias de pista dupla, conduzindo ao deságue as águas coletadas dos

dispositivos de drenagem do canteiro central.

Os bueiros de greide podem ser implantados transversal ou longitudinalmente ao eixo

da Rodovia, com alturas de recobrimento atendendo à resistência de compressão estabelecida

para as diversas classes de tubo pela NBR-9794 da ABNT

Os elementos constituintes de um bueiro de greide são;

– Caixas coletoras;

– Corpo;

– Boca.

As caixas coletoras poderão ser construídas de um lado da pista, dos dois lados da pista

e ainda no canteiro central. As caixas coletoras que atendem aos bueiros de greide, por estarem

posicionadas próximo às pistas, são geralmente dotadas de tampa em forma de grelha.

O corpo do bueiro de greide é constituído em geral de tubos de concreto armado ou

metálicos, obedecendo às mesmas considerações formuladas para os bueiros de transposição de

talvegues.

A boca será construída à jusante, ao nível do terreno ou no talude de aterro, sendo neste

caso necessário construir uma descida d'água geralmente dotada de bacia de amortecimento.

Para a execução de bueiros de concreto devem ser seguidas as Especificações de Serviço

DNIT 023/2004.

Para o dimensionamento hidráulico dos bueiros de greide devem ser obedecidas as

seguintes recomendações:

– A descarga de projeto deverá ser obtida pela soma das descargas das obras de

drenagem superficial afluentes às caixas coletoras ou pelo levantamento da bacia de

contribuição ao bueiro de greide, aplicando-se o método de cálculo de descarga mais

conveniente, fixando-se o tempo de recorrência, função do vulto econômico da obra.

– O bueiro de greide deve ser, sempre que possível, dimensionado sem carga hidráulica

a montante, embora em ocasiões especiais possa ser dimensionado com carga hidráulica a

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montante, observando-se sempre, com muito rigor, a cota máxima do nível d'água a montante,

função da altura da caixa coletora e policiando-se sempre a velocidade do fluxo a jusante.

– Tendo em vista maior facilidade de limpeza, o diâmetro mínimo a adotar para o bueiro

de greide é de 0,80m.

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10 PROJETO DE SINALIZAÇÃO

A sinalização a ser implantada no trecho obedecerá aos requisitos de engenharia de

trânsito de forma a regulamentar o uso da via, advertir sobre perigos potenciais e orientar os

usuários através de informações necessárias durante seu deslocamento. Para ser eficiente, a

sinalização deverá preencher seus requisitos básicos, tais como visibilidade e legibilidade

diurna e noturna, adotando-se símbolos, sinais e legendas dimensionadas em função da

velocidade diretriz da rodovia, que é de 80 km/h.

A sinalização é dividida em dois tipos:

Vertical: composta por placas, semipórticos etc.

Horizontal: inclui pintura no pavimento e tachas.

A eficiência da sinalização depende principalmente dos seguintes fatores:

Do seu posicionamento correto;

Da transmissão da mensagem, a qual deverá ser clara e objetiva, a fim de evitar

interpretações incorretas.

11 AVALIAÇÃO AMBIENTAL

As medidas de reabilitação ambiental objetivam integrar a rodovia ao meio ambiente

durante e após as intervenções causadas pelas obras de construção da mesma, além de prever a

sinalização viva da via, feita através da correta disposição de maciços vegetais, que servirá de

apoio e complementação à sinalização convencional.

Essas medidas se referem a:

Medidas para recuperação de áreas trabalhadas: tratam da recomposição de áreas

utilizadas para jazidas, bota fora, empréstimos laterais, etc.

Medidas para recuperação de áreas degradadas: são aquelas áreas situadas nas

adjacências à faixa de domínio e consideradas como passivo ambiental da rodovia, destacando-

se, nesse caso, a travessia de fundos de vale, cuja recuperação será feita através do plantio de

pequenos bosques.

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Vegetação de Interseções, Canteiros e Retornos em Nível: a vegetação definida visa

contemplar os aspectos estéticos, proteger o solo e preservar a integridade da obra rodoviária.

12 OBRA DE ARTES ESPECIAIS - PREMISSAS DE PROJETO DO

VIADUTO SOBRE A BR-158

Este item apresenta as premissas que foram utilizadas para a elaboração deste Anteprojeto.

Os desenhos da ponte em questão foram elaborados por meio do programa AUTO CAD da

Autodesk. As pranchas relativas ao Anteprojeto contêm as seções transversais no vão e no

apoio, seção longitudinal, planta de forma da superestrutura, vista superior e a locação das

fundações.

Trata-se de uma obra com projeto desenvolvido para construção na modalidade de concreto

armado, e superestrutura em concreto protendido. O viaduto apresenta comprimento total de

38,0m e largura de 12,10m, possuindo 11,30m de pista de rolamento com dois acostamentos e

dois guarda-rodas (tipo New Jersey) simples com 0,40m de largura. A seção transversal é

composta por vigas pré-moldadas de concreto protendido de 1,00m de altura. As seções

longitudinais e transversais além da planta foram ilustradas nos desenhos esquemáticos da

Figura oae-01, Figura oae-02 e da Figura oae-03, respectivamente.

Figura oae-01 – Desenho esquemático da seção longitudinal do viaduto

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Figura oae-02 – Desenho esquemático da seção transversal do viaduto

Figura oae-03 – Desenho esquemático da planta do viaduto

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Detalhe das extremidades está ilustrado na Figura oae-04.

Figura oae-04 – Detalhe das extremidades do viaduto

A Figura oae-05 mostra os detalhes do bordo, como painel de laje pré-moldada, as vigas

pré-moldadas, painel de fechamento lateral pré-moldado e barreira de segurança tipo New

Jersey.

A superestrutura da ponte apresenta resistência característica do concreto de 25 MPa. O

pavimento da ponte é flexível - CBUQ.

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Figura oae-05 – Detalhe dos bordos do viaduto

O projeto do viaduto deverá prever drenos com diâmetro de =100 mm a cada 4 m.

O projeto de OAE deverá prever pingadeiras, conforme mostrado no Manual de Projeto de

Obras-de-Arte Especiais do DNER/1996 (Figura oae-06).

Figura oae-06 – Detalhe da barreira New Jersey

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As alas deverão ser previstas neste projeto. A mesoestrutura do viaduto apresenta

resistência característica do concreto de 20 MPa. Os aparelhos de apoio são do tipo neoprene

fretado.

A fundação do anteprojeto foi definida em blocos de 5,0 x 1,50 x 1,50 metros, com 08

estacas escavadas mecanicamente com lama bentonítica, com diâmetro de 100cm e

comprimento previsto de 14,0 m, conforme Figura oae-07 – Seção Longitudinal. Os blocos

foram previstos com resistência característica de fck=20 MPa. A Figura KK mostra o desenho

esquemático da locação das fundações.

Figura oae-07 – Desenho esquemático da locação das fundações

Conforme disposto no item 6.4 da NBR 6118/2014, a agressividade do meio ambiente está

relacionada às ações físicas e químicas que atuam sobre a estrutura e deve ser classificada de

acordo com a tabela 6.1 da referida norma. Tendo em vista a possibilidade de derramamento de

produtos agressivos sobre o tabuleiro da ponte e a emissão de dióxido de carbono pelos

veículos, a classe de agressividade ambiental mínima a ser adotada é II – Moderada.

O acompanhamento construtivo tem como principais objetivos:

Assegurar a correta implantação das fundações e a integridade do concreto delas

constituintes por meio de instrumentação durante a fase construtiva;

Assegurar a correta conformação geométrica do tabuleiro (greide longitudinal e greide

transversal) ao término da construção da obra.

1. SONDAGENS DE RECONHECIMENTO GEOTÉCNICO

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1.1. Estudos Geotécnicos

Por meio do Contrato UT/12-00546/2017, a Supervisora SSM Consultoria Projeto e

Construção Ltda realizou furos de sondagem à percussão SP no local onde será executado o

viaduto. O Relatório de Campo, produto apresentado pela Supervisão, está presente no Volume

3 – Dados Gerais apresentados nos anexos deste Anteprojeto.

Conforme mostrados neste relatório de Campo, foram realizadas três sondagens à

percussão SP-01, SP-02, SP-03 os laudos das mesmas encontram-se a seguir. A Figura son-01

mostra a locação dos furos de sondagens.

Figura son-01 – Locação dos furos de sondagens à percussão

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1.2. Boletim de Sondagem – SP-01

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1.3. Boletim de Sondagem – SP-02

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1.4. Boletim de Sondagem – SP-03