mini curso cirs 2010
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This is a course about social network analysis and applications.TRANSCRIPT
ANÁLISE DE REDES SOCIAISMini-curso
Clara Pelaez Alvarez CIRS – Março 2010
O que significa a palavra“social”?
O que é a sociedade?
Sociedade – Agrupamento de seres que vivem em estado gregário
Social – Da sociedade e/ou relativo a ela: fenômeno social ou mudança social
O social parece estar diluído emtodos os lugares e ainda assim
em nenhum em particularBruno Latour
Segundo o Aurélio...
Gregário – Que faz parte do rebanho, que vive em bando
O social só é visível pelos traçosque deixa quando uma novaassociação está sendo feita,
produzida por elementos que não são, eles mesmos, sociais
Bruno Latour
O social não é um domínio derealidade, mas um princípio
de conexões Gabriel Tarde
SOCIEDADE
Interação Local
Emergência Criativa
Rede-mãe
InstituçõesPúblicasInstituições
Privadas OrganizaçõesTerceiro
Setor
CIDADE
Conectividade – Interdependência
Conectividade e Interdependência:Decisões ou ações tomadas por um
agente (nodo) afetarão os outrosagentes/sistemas inter-relacionados.
(Anderson, 1999; Mitleton-Kelly 2003)
A função de cada nodo éparticipar na transformação dos
outros nodos
O impacto de uma ação nosistema não é uniforme mas vai
depender do estado de cadaum dos agentes/nodos e de como
eles estão inter-relacionados(Anderson, 1999)
Agentes/Nodos (indivíduos ou grupos)
Interagem de maneiraintencional e não-linear
Possuem estruturas cognitivasque determinam suas açõescom base nas percepções
do ambiente
Essas estruturas cognitivas sãorepresentadas por regras de
interpretação e comportamento
(Holland & Miller, 1991; Gell-Man 1994;Senge 1994; Carley 1995; Ecoyang 1997)
Adaptam-se e co-evoluemao longo do tempo
Informação
Cognição Cognição
O que é, ou qual é a estrutura da realidade ?
Limite do concebível
Estruturas neurais
Díade: a menor unidade de uma rede
Paul MacLean
Axônio
Dentritos
100.000
100 bilhões neurônios
100 trilhôes de conexões em constante mudança
1 único neurôniopode se comunicaratravés de 100 mil
sinapses
40 quatrilhões de conexões possíveis
O cérebro é um órgão social: ondenão há conexão
não há vida!(John Ratey)
Hagmann et al. Mapping the Structural Core of Human Cerebral Cortex.
PLoS Biology, 2008; 6 (7): e159 DOI: 10.1371/journal.pbio.0060159
“Podemos medir uma correlaçãosignificativa entre a anatomia
cerebral e a dinâmica cerebral.Isso significa que se soubermoscomo o cérebro está conectadopoderemos predizer o que ele
fará.” (Sporns)
Uma criança de 1 ano tem o dobro desinapses que um cérebro adulto paraa mesma quantidade de neurônios...
Essa exuberância sinaptica continuaaté o início da adolescência quandocomeça a ser reduzida nas regiões do córtex - a massa cinzenta diminui deixando apenas as sinapses e neurônios que foram mais utilizados na infância...
A cada ano, milhões de pensamentos eemoções são registrados na memória
tecendo complexas redes neurais.Pouco a pouco essas redes preparam
a formação do “eu”.
Pensamos ver algo que não está lá porque as pistas induzem os nossos
modelos de predição a dizer-nos que está.
A retina divide a informaçãoem sistemas especializados
A fóvea vê somentefragmentos de formas,seções de curvas,segmentos de contornose partes de cores
O cérebro prediz asformas finais combase nas formasfragmentadas quea fóvea vê
Há um princípio básico para o cérebro: use-o ou perca-o.
O cérebro é modelado por experiênciasda mesma forma que determinados músculosrespondem a determinados exercícios...
Ajustamos automática e inconscientementeas nossas sensações às categorias que
aprendemos, distorcendo-as com freqüênciano decorrer do processo.
John Ratey, 2001
Nunca podemos estar “certos”
sobre qualquer coisa
que recordemos.
Assim que alguma coisa chega ao nosso conhecimento
imediatamente a interpretamos e reorganizamos.
J
Consciência
Sistemas Complexos Adaptativos
Pequenos estímulos podemprovocar grandes mudanças
Não-lineares
Diferenças mínimas nas condiçõesiniciais produzem resultados muito
diferentes
Propriedades globaisemergem do comportamento
gregário dos indivíduos
Sucessivas adaptações provocamuma transição de fase:
o sistema muda sua lógica deprocessamento de informações
Agentes Autônomos
Aprendem, adaptam-se e produzem ordem;Auto-organização
Processos de Feedback
Positivos - criam mudanças e instabilidadeNegativos – criam estabilidade
(Kahen & Lehman 2000)
Esses múltiplos tipos de feedbackslevam o sistema a um comportamento
ordem-mudança = Limite do Caos(Packard 1988; Langton 1990)
É necessária a ordem para armazenarinformação e manter a estabilidade
estrutural, e a mudança, ou a desordemque flexibiliza a transmissão de informação
Redes sociais
A comunicação é o elemento central;
Cada comunicação cria pensamentos esignificados que dão origem a outrascomunicações, assim a rede inteira seregenera;
As comunicações produzem um sistema comum de crenças, explicações e valores – um contextocomum de significado – que é continuamente sustentado por novas comunicações;
Através desse contexto comumde significado, cada indivíduoadquire a sua identidade comomembro da rede social e assima rede gera seu próprio limite externo;
Fritjof Capra, 2002
A dinâmica da cultura
Geração contínua de imagensmentais, pensamentos e
significados
Coordenação contínua docomportamento dos seus
membros
O sistema integrado de valores,crenças e regras de conduta...
Cria uma identidade entre osmembros da rede social, baseada
na sensação de fazer parte deum grupo maior
A identidade cultural reforça ofechamento da rede pois cria um
limite feito de significados e exigênciasque não permite que quaisquer
pessoasou informações entrem na rede...
Autoregulação Sistêmica
Fritjof Capra, 2002
Componentes estruturais
bens e artefatos materiaisFritjof Capra, 2002
REDE DEPESSOAS
PROCESSOSProdutos/serviços
ESTRATÉGIAS MERCADO
Redes dePessoas
ClientesFornecedoresParceiros
Hiperciclos de fluxos contínuos
COMUNIDADES
É aplicável em qualquer situaçãoem que exista transição de
informação entre as pessoas
Estuda as estruturas e dinâmicasdas redes sociais e sua evolução
ao longo do tempo
ARS Análise de Redes Sociais
Entrelaçamento Regular Rede Randômica: a maioria dos nodos têm o mesmo número de links
Rede Mundo Pequeno Scale-free: alguns nodos têmmuitas ligações
ErdõsRényi
Strogatz Watts
Barabási
Sem reciprocidade
Com reciprocidade
Círculos Sociais – Abordagem ABM (Agent Based Model)
Jacob Levi MorenoMutualidades/Incongruências
HamillGilbert
Simulação Sistemas Sociais Complexos
Agentes heterogêneos interagindo em ambientes em constante mudança
• Complexidade sócio-tecnológica: Sistemas sociais que interagem com ambientes naturais numa dinâmica física e biológica• Complexidade de multi-escala Múltiplos níveis do social, técnico e escalas de organização; Múltiplas escalas de tempo: As decisões dos agentes são tomadas em milisegundos; As mudanças culturais e climáticas podem variar de séculos a milênios.• Complexidade inter-multi disciplinar Ciência da computação, ciência ambiental, humanas, exatas...
Ciência das
Redes
Sociologia
Computação
História
Neuro-ciência
Filosofia
Matemática
AntropologiaComple-xidade
Psicologia Social
Ecologia
Ciência das Redes: é o miolo de uma flor com muitas pétalas...
Exploring the Dynamics of International Trade by Combining the Comparative Advantages of Multivariate Statistics and Network Visualizations
Lothar Krempel Thomas Plümper
Disseminação da tuberculose
Nodos pretosPessoas clinicamentedoentes e com potencialinfeccioso
Nodos rosaPessoas que têm a doença incubada
Nodos verdesPessoas expostassem infecção
(André et al)
Rede de co-autoriade físicos e matemáticosque trabalham com redes
(Kleinberg)
Mostra as relações entre asempresas de óleo/gás no
Arzebaijão
Fonte de dados:Contratos entre as empresas
(Josh Peterson)
Vermelha – 1 negócioAzul - 2Preta - 3Cinza - 4Verde - 6
Intermediação
Como os fornecedores de TIestão ligados aos clientes,via produtos ou redes de
suprimentos(Mercado Australiano)
Entendendo como o mercadoestá estruturado podemos
alcançar outro nível deinteligência de mercado
Exemplo – Estrutura Formal
Presidente
Pedro
Área 1 Área 2 Área 3
Mauro Paulo Bento
Luís
João
Antonio
Benjamim
Felipe
Fernando
Alfredo
Fred
Ana
Gabriel
Laís
Amaral
Julio
César
Junior
Eva
Vicente
Jorge
Aldo
Victor
Alexandre
Exemplo – Estrutura Informal
Vicente
Bento
JorgeVictor
FernandoLuís
Pedro
Gabriel
Mauro
Junior
Eva
Julio
Alfredo
Felipe
Antonio
Benjamim
Fred
JoãoAna
Cesar
Área 1
Área 2
Área 3
Alexandre
Aldo
Laís
Amaral
Paulo
Exemplo – Estrutura Informal
Vicente
Bento
JorgeVictor
FernandoLuís
Pedro
Gabriel
Mauro
Junior
Eva
Julio
Alfredo
Felipe
Antonio
Benjamim
Fred
JoãoAna
Cesar
Área 1
Área 2
Área 3
Alexandre
Aldo
Laís
Amaral
Paulo
Exemplo – Estrutura Informal (3 meses depois)
Vicente
Bento
JorgeVictor
FernandoLuís
Pedro
Gabriel
Mauro
Junior
Eva
Julio
Alfredo
Felipe
Antonio
Benjamim
Fred
JoãoAna
Cesar
Área 1
Área 2
Área 3
Alexandre
Aldo
Laís
Amaral
Paulo
Exemplo – Estrutura Informal (3 meses depois)
Vicente
Bento
JorgeVictor
LuísPedro
Gabriel
Mauro
Junior
Eva
Julio
Alfredo
Felipe
Antonio
Benjamim
Fred
JoãoAna
Cesar
Área 1
Área 2
Área 3
Alexandre
Aldo
Laís
Amaral
Paulo
Estágios de uma ARS
1. Definir necessidades/problemas; 2. Identificar a rede de pessoas a ser analisada;3. Desenvolver e desenhar a pesquisa;4. Definir as ferramentas a serem utilizadas;5. Programas de conversão de dados;6. Cálculos e desenhos de redes;7. Analisar os resultados;8. Desenhar e implementar ações que tragam as mudanças desejadas;9. Mapear novamente o grupo.
BASESDADOS
Softwaresde
ARS
Pesquisa
Conversãode dados
e/ou
Minning
SENSEMAKING
Exemplo de pesquisa
• Com quem você troca informações, documentos, planos e/ou outros recursos?
• Com quem você tem conversas informais sobre a dinâmica da empresa?
• A opinião de quem você procura antes de tomar uma decisão chave?
• Quem você procura por sua expertise técnica?
• Com quem você discute novas idéias?
Intensidade 3. Alta 2. Média 1. Baixa 0. Nula
NEUROMETRIA
A 0A A
M M
B B
M 0
A B
Fluxos Síncronos Fluxos Assíncronos
Com reciprocidade Sem reciprocidade
João
João
Taís
Lúcia
BrunaFelipe
Helena Felipe Bruna Lúcia
HelenaFelipe
NEUROMETRIA
Empresa XPTO
92 de 26783,43%
Grupo ABCF
Empresa XYZ
CONTEXTO
Comparativo SAN Geral
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
1 2 3 4 5P1 P2 P3 P4 P5
SincroniasAssincroniasNulos
P1 – Fluxos FormaisP2 – Fluxos InformaisP3 – Fluxos Decisão
P4 – Expertise TécnicoP5 – Novas Idéias
Pergunta 1 – Fluxo Formal Visão Geral
Sincronias 9,93%Assincronias 10,08%Nulos 79,90%
NEUROMETRIA
Pergunta 1 – Fluxo Formal Sincronias Geral
Sincronias 9,93%
3. Alto 1,86%2. Médio 2,76%1. Baixo 5,75%
NEUROMETRIA
Sincronias GeralPergunta 1 – Fluxo Formal
Sincronias 9,93%
3. Alto 1,86%2. Médio 2,76%1. Baixo 5,75%
NEUROMETRIA
Ponto de RupturaPergunta 1 – Fluxo Formal
Ponto de Ruptura 19,56% 10,17,19,21,25,26,33,45
48,52,58,71,75,76,7881,90,92
Pergunta 1 – Fluxo Formal Sincronias Cidades Geral
Pergunta 1 – Fluxo Formal Sincronias Cidade São Paulo
Pergunta 1 – Fluxo Formal Sincronias Cidades FiliaisNEUROMETRIA
Sincronias Área ComercialPergunta 1 – Fluxo Formal NEUROMETRIA
Sincronias Área Comercial Principais ComponentesPergunta 1 – Fluxo Formal NEUROMETRIA
Sincronias Cargos GerentesPergunta 1 – Fluxo Formal NEUROMETRIA
Sincronias Cargos GerentesPergunta 1 – Fluxo Formal NEUROMETRIA
Sincronias Cargos Superintendentes e DiretoresPergunta 1 – Fluxo Formal NEUROMETRIA
Pergunta 1 – Fluxo Formal Assincronias Geral
Assincronias 10,08%
A20 – 5,08%A30 – 3,17%A31 – 1,81%
NEUROMETRIA
Assincronias GeralPergunta 1 – Fluxo Formal
Assincronias 10,08%
A20 – 5,08%A30 – 3,17%A31 – 1,81%
NEUROMETRIA
0
50
100
1501 8
15 22 29 36 43 50 57 64 71 78 85 92
Entrada Saída
Pergunta 1 – Fluxo Formal
NEUROMETRIA
2. Gerente Comercial São Paulo
Sincronias 8,75%
Altas 1,09%Médias 2,18%Baixas 5,48%
Assincronias 2,18%
A31 1,09%A30 0%A20 1,09%
Nulos 89,07%
Entrada 13Saída 14
NEUROMETRIA
Sincronias 7,67%
Altas 2,19%Médias 3,29%Baixas 2,19%
Assincronias 20,86%
A31 6,59%A30 10,98%A20 3,29%
Nulos 71,47%
Entrada 24Saída 38
3. Gerente Operacional Campo Grande NEUROMETRIA
Sincronias 6,56%
Altas 3,29%Médias 1,09%Baixas 2,18%
Assincronias 14,28%
A31 0%A30 7,69%A20 6,59%
Nulos 79,16%
Entrada 51Saída 0
5. Gerente Regional Porto Alegre NEUROMETRIA
Sincronias 48,34%
Altas 9,89%Médias 10,98%Baixas 27,47%
Assincronias 51,63%
A31 3,29%A30 1,09%A20 47,25%
Nulos 0,03%
Entrada 7Saída 121
10 SUPERINTENDENTE São Paulo NEUROMETRIA
Sincronias 0%
Altas 0%Médias 0%Baixas 0%
Assincronias 13,17%
A31 1,09%A30 4,39%A20 7,69%
Nulos 86,83%
Entrada 37Saída 2
11. Gerente Comercial Belo Horizonte NEUROMETRIA
Sincronias 53,84%
Altas 10,98%Médias 24,17%Baixas 18,68%
Assincronias 20,87%
A31 2,19%A30 3,29%A20 15,38%
Nulos 25,27%
Entrada 12Saída 68
25. SUPERINTENDENTE São Paulo NEUROMETRIA
estagiários
coordenadores
assistentes
dirs/gers
analistas
Fluxo Formal Síncrono
Baixa 8,7%Média 8,2%Alta 10,3%
27,2%
(Análise Vertical)NEUROMETRIA
Formal síncrono
estagiários
coordenadores
assistentes
dirs/gers
analistas
(Análise Vertical)NEUROMETRIA
Formal síncrono
estagiários
coordenadores
assistentes
dirs/gers
analistas
(Análise Vertical)NEUROMETRIA
ANÁLISE DE REDES SOCIAISMini-curso
Clara Pelaez Alvarez CIRS – Março 2010
Obrigada pela atenção!