método kumon (2)

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LISTA DE GRAVURAS FOTO 1 - FOTO DOFUNDADOR . 08 DESENHO 1 - GRAVURA DE UMA UNIDADE DO KUMQN.................... 54 GRAVURA l-ESTAGIO 7A-DE QUANTIDADE DE OBJETOS 60 GRAVURA 2 - EST AGIO 7A - DE QUANTIDADE DE BOLINHAS............. 61 GRAVURA 3 - ESTAGIO 7A - DE QUANTIDADE DE OBJETOS 62 GRAVURA4-ESTAGI07A-TABULEIRO 1-10..................................... 63 GRAVURA 5 - ESTAGIO 7A - DE QUANTIDADE DE OBJETOS 64 GRAVURA 6 - ESTAGIO 7A - TABULEIRO 1- 10 65 GRAVURA 7 - ESTAGIO 6A - TABULEIRO ATÉ 30.................................... 69 GRA VURA 8 - ESTAGIO 6A - TABULEIRO ATÉ 30.................................... 70 GRAVURA 9 - ESTAGIO 6A - TABULEIRO ATÉ 30.................................... 71 GRAVURA 10- ESTAGIO 6A - DE QUANTIDADE DE OBJETOS 72 GRAVURA 11- ESTAGIO 5A - TREINANDO O TRAÇADO.............. 76 GRAVURA 12- ESTAGIO 5A - TREINANDO O TRAÇADO......................... 77 GRAVURA 13-ESTAGIO 5A-TREINANDOO TRAÇADO 78 GRAVURA 14 - ESTAGIO 3A - SEQÜÊNCIA NUMÉRICA........................... 87 GRAVURA 15-ESTAGI03A-SEQÜÊNCIANUMÉRICA 88 EXERCÍCIOS 1- ESTAGIO F - EXPRESSÕES ARITMÉTICAS.............. 111 EXERCÍCIOS 2 - ESTAGIO F - EXPRESSÕES ARITMÉTICAS 112 EXERCÍCIOS 3- ESTAGIO G - MULTIPLICAÇÃO E DIVISÃO DE NÚMEROS POSITIVOS E NEGATIVOS.... 117 EXERCÍCIOS 4- ESTAGIO G - MULTIPLICAÇÃO E DIVISÃO DE NÚMEROS POSITIVOS E NEGATIVOS.... 118 EXERCÍCIOS 5- ESTAGIO H - PROBLEMAS..... 122 EXERCÍCIOS 6 - ESTAGIO H - PROBLEMAS 123 EXERCÍCIOS 7- ESTAGIO J - FATORAÇÃO 131 EXERCÍCIOS 8 - ESTAGIO K - FUNÇÃO IRRACIONAL. 135 vi

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LISTA DE GRAVURAS

FOTO 1 - FOTO DOFUNDADOR . 08

DESENHO 1 - GRAVURA DE UMA UNIDADE DO KUMQN.................... 54

GRAVURA l-ESTAGIO 7A-DE QUANTIDADE DE OBJETOS 60

GRAVURA 2 - EST AGIO 7A - DE QUANTIDADE DE BOLINHAS............. 61

GRAVURA 3 - ESTAGIO 7A - DE QUANTIDADE DE OBJETOS 62

GRAVURA4-ESTAGI07A-TABULEIRO 1-10..................................... 63

GRAVURA 5 - ESTAGIO 7A - DE QUANTIDADE DE OBJETOS 64

GRAVURA 6 - ESTAGIO 7A - TABULEIRO 1 - 10 65

GRAVURA 7 - ESTAGIO 6A - TABULEIRO ATÉ 30.................................... 69

GRA VURA 8 - ESTAGIO 6A - TABULEIRO ATÉ 30.................................... 70

GRAVURA 9 - ESTAGIO 6A - TABULEIRO ATÉ 30.................................... 71

GRAVURA 10- ESTAGIO 6A - DE QUANTIDADE DE OBJETOS 72

GRAVURA 11- ESTAGIO 5A - TREINANDO O TRAÇADO.............. 76

GRAVURA 12- ESTAGIO 5A - TREINANDO O TRAÇADO......................... 77

GRAVURA 13-ESTAGIO 5A-TREINANDOO TRAÇADO 78

GRAVURA 14 - ESTAGIO 3A - SEQÜÊNCIA NUMÉRICA........................... 87

GRAVURA 15-ESTAGI03A-SEQÜÊNCIANUMÉRICA 88

EXERCÍCIOS 1- ESTAGIO F - EXPRESSÕES ARITMÉTICAS.............. 111

EXERCÍCIOS 2 - ESTAGIO F - EXPRESSÕES ARITMÉTICAS 112

EXERCÍCIOS 3- ESTAGIO G - MULTIPLICAÇÃO E DIVISÃO DE

NÚMEROS POSITIVOS E NEGATIVOS.... 117

EXERCÍCIOS 4- ESTAGIO G - MULTIPLICAÇÃO E DIVISÃO DE

NÚMEROS POSITIVOS E NEGATIVOS.... 118

EXERCÍCIOS 5- ESTAGIO H - PROBLEMAS..... 122

EXERCÍCIOS 6 - ESTAGIO H - PROBLEMAS 123

EXERCÍCIOS 7- ESTAGIO J - FATORAÇÃO 131

EXERCÍCIOS 8 - ESTAGIO K - FUNÇÃO IRRACIONAL. 135vi

EXERCÍCIOS 9 - ESTAGIO K - FUNÇÃO IRRACIONAL............................... 136

EXERCÍCIOS 10- ESTAGIO O - FUNÇÕES CONTÍNUAS E

DESCONTÍNUAS................ 145

VI

RESUMO

A escolha em apresentar o "MÉTODO KUMON", justifica-se por perceber queprofessores e outras pessoas do meio acadêmico fazem uma idéia errada a seu respeito,desprezando sua contribuição em vários aspectos para a melhora do ensino damatemática Através da análise do material bibliográfico publicado pelo Kumon, foipossível ter acesso à visão que o mesmo têm sobre a aprendizagem em matemática ena aprendizagem como um todo. A descrição das informações relativas ao MétodoKumon, apresentadas neste trabalho, seguem na íntegra o seu conteúdo, de modo aproporcionar ao leitor uma visão ampla e específica do mesmo, respeitando a suacaracterização original. Os procedimentos metodológicos utilizados nesta pesquisabibliográfica apresentam a análise. do pensamento filosófico do Professor ToruKumon, das características e materiais utilizados no método (estágios), exemplos eresultados da aplicação do método em diversos países, e a sua aplicação em nívelcerebral no aluno. O capítulo I, apresenta a biografia do Professor Toru Kumon. Nocapítulo II é feita a descrição da filosofia do método. No capítulo III, é apresentado umrelato sobre características do Método Kumon. O capítulo IV, discorre sobre o materialdidático utilizado, como f6Í feita a distribuição dos 'conteúdos e a seleção dós mesmos.No capítulo V, é feito a descrição de uma pesquisa realizada no Japão, pelo ProfessorDr Ryuta Kawashima sobre Neurociência aplicada, e sua relação com o MétodoKumon. As considerações finais, apresentam algumas análises sobre contribuições doMétodo Kumon, sua validade, sua aplicabilidade dentro do contexto educacional atual.

VIII

------

sUMÁRIO

AGRADECIMENTOS......... III

LISTA DE TABELAS....... lV

LISTA DE GRAVURAS.......................................... vRESUMO......................................................................................................... Vll

INTRODUÇÃO................................................................................................. 01

CAPÍTULO IBIOGRAFIA DO FUNDADOR..................................... 03

CAPÍTULO IIFILOSOFIA DO MÉTODO KUMON............................................................... 12

CAPÍTULO nrCARACTERÍSTICAS DO MÉTODO KUMON................................................ 19

CAPÍTULO IVESTRUTURA DO MÉTODO - MATERIAL DIDÁTICO.... 45

CAPÍTULO VNEUROCIÊNCIA.... 146

CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................. 154

REFERÊNCIAS......... 156

ANEXOS............................................................................................................. 157ANEXO 1.................................................................................................. 158

IX

INTRODUÇÃO

A escolha do presente tema "MÉTODO KUMON: CONHECER E

ACREDITAR", justifica-se por perceber que professores e outras pessoas do meio

acadêmico têm uma idéia equivocada a respeito do método, difundindo-a inclusive,

tachando-o de mecanicista ou tecnicista, deixando entender que pouco contribui para o

aprendizado da matemática e quando do sucesso de seus alunos, afirmam que é

decorrente de uma mente treinada e não de uma mente que desenvolveu ampla

capacidade de raciocínio.

Pretende-se levar a comunidade acadêmica a um conhecimento em nível do

senso comum, mais elaborado sobre o Método Kumon, mostrando a sua eficiência no

processo de auto-aprendizagem da criança em matemática, bem como a importância

do cálculo mental básico, no desenvolvimento cerebral, por meio desta prática.

Na busca do entendimento do Método Kumon, a preocupação centrou-se na

observação de alunos de ga série que apresentavam dificuldades em cálculos básicos.

Constatou-se também que estes, devido a essa defasagem sentiam-se incapazes e o que

é pior apresentavam uma grande aversão à matemática, consequentemente baixa auto-

estima em relação à sua potencialidade.

Por meio da análise do material bibliográfico publicado pelo Kumon, foi

possível ter acesso à visão que o mesmo têm sobre a aprendizagem em matemática e

na aprendizagem como um todo, o que justificou o porquê do seu sucesso em quase

todo o mundo.

A descrição das informações relativas ao Método Kumon, apresentadas neste

trabalho, seguem na íntegra o seu conteúdo, de modo a proporcionar ao leitor uma

visão ampla e específica do mesmo, respeitando a sua caracterização original.

Os procedimentos metodológicos utilizados nesta pesquisa bibliográfica

apresentam a análise do pensamento filosófico do Professor Toru Kumon, das

características e materiais utilizados no método (estágios), exemplos e resultados da

aplicação do método em diversos países, e a sua aplicação a nível cerebral no aluno.

2

r

o referencial teórico está baseado em livros que trazem a teoria sobre o método,

escritos pelo Professor Toru Kumon, anais de encontros, boletins informativos,

material didático específico do método e consulta on-line da Home Page do Kumon,

aliada à experiência pessoal da pesquisadora, como professora orientadora do método.

O capítulo I, descreve a biografia do fundador do Método Kumon, Professor

Toru Kumon.

No II capítulo é feito um apanhado sobre a filosofia do método, ressaltando

pareceres interessantes sobre os vários aspectos da educação, no ponto de vista do seu

fundador: a influência dos pais no progresso da inteligência de seus filhos e fatores que

influenciam nesse desenvolvimento.

No capítulo llI, é feito um relato breve das oitenta e oito características do

Método Kumon que são princípios sobre os mais variados aspectos da educação para

alunos em qualquer faixa etária e incluindo alunos em condições especiais.

O capítulo IV, descreve o material didático utilizado, como foi feita a

distribuição dos conteúdos e a seleção dos mesmos. É importante destacar que neste

capítulo, pelo conteúdo que o mesmo apresenta, e por ser de habilidade puramente

técnica, tem um direcionamento específico para leitores afins à presente temática.

No capítulo V, é feito a descrição de uma pesquisa realizada no Japão, pelo

Professor Dr Ryuta Kawashima sobre Neorociência aplicada, e sua relação com o

Método Kumon.

Nas considerações finais, são apresentadas algumas análises sobre as reais

contribuições do Método Kumon, sua validade, sua aplicabilidade dentro do contexto

educacional atual.

3

CAPÍTULO I

BIOGRAFIA DO FUNDADOR

Para melhor entender o Métobdo Kumon, faz-se necessário conhecer aspectos

da vida de seu fundador, professor Toru Kumon.

Toru Kumon nasceu em 26 de março de 1914, em Otsu, na cidade de Kochi

(antiga vila de Otsu, distrito de Nagoaka), no Japão. Era o segundo filho do casal

Kumonosuke (pai) e Koyoshi (mãe).

Iniciou seus estudos em abril de 1920, na Escola Primária Shimoji, passou para

o Ginásio de Tosa em 1926, concluindo esta etapa em quatro anos.

Em 1930 ingressou no 20 grau no Colégio de Kochi, ( curso de ciências)

finalizando em 1933 e ingressando a seguir na Universidade Imperial de Osaka, no

curso de Matemática em sua primeira turma.

Começou a trabalhar em 1936, no Corpo Docente do Ginásio Kainan, da

província de Kochi. Porém, no ano seguinte (1937), foi chamado para a guerra, na qual

serviu seu país como professor da Marinha do corpo de Tsuchiura.

Ao retomar, desenvolveu sua carreira de professor em Osaka, fazendo parte do

corpo docente de colégios como Ottemon e Sakuramiya.

Em 1945, casou-se com Teiko Kumon e teve três filhos, dois meninos e uma

menina: Takeshi nasceu em 1946 (in memorian); Hiroshi nasceu em 1949 e sua filha

Mahoko em 1950, atualmente Mahoko Shinjo.

Trabalhava o dia todo e à noite ao retomar, Takeshi ( seu filho mais velho) já

havia feito suas lições e como era na época um menino cuja saúde inspirava certos

cuidados, lhe era recomendado que não estudasse a noite. Então, a tarefa de atender

seus estudos ficava a cargo de sua esposa Sra. Teiko.

Quando Takeshi, em 1954, ao cursar a 28. sériell o grau, apresentou uma nota

baixa em matemática, sua esposa ficou preocupada e queria que o professor fizesse

algo.

"Mas na ocasião, praticamente não dei importância ao fato" (KUMON, 1998,

p.13) por achar que uma nota ruim não significava problemas.

Julgava que o menino se recuperaria facilmente pois lia muitos livros, tinha boa

capacidade de compreensão e pensava, na época, não ser necessário os pais ensinarem

seus filhos em nenhuma disciplina, quando estes estivessem no "primário".

Porém, as cobranças de sua esposa continuavam e para tranqüilizá-Ia, resolveu

folhear o livro de matemática de Takeshi e percebeu que embora as questões de

cálculo e equações fossem boas, não havia uma distribuição sistemática dos conteúdos.

Não se conformou com aquela bibliografia e foi comprar várias outras

percebendo que também eram assim e não causavam interesse algum no aluno. Daí,

surgiu-lhe a idéia de elaborar seus próprios exercícios em folhas de papel As

preenchidas na frente e no verso do mesmo tamanho do material didático atual,

tomando o cuidado de não colocar questões que o Takeshi já dominava ou as difíceis

demais, que pudessem fazê-lo desanimar. Procurou também, tomar este material

atrativo, interessante e que através do próprio esforço o Takeshi fosse resolvendo

exercícios e descobrindo passos para realizar outros mais complexos.

Também teve a preocupação de adiantá-lo para que rapidamente atingisse

conteúdos referentes ao 2° grau, por achar esta parte da matemática a mais importante

e consequentemente se estivesse bem preparado, não sofreria o drama dos vestibulares;

lamentava o sofrimento dos alunos dos cursinhos do 3°./2°grau.

Sua opinião era que durante todo o trajeto escolar fosse um preparo realmente. e

não um apelo de última hora. (KUMON, 1998,p.14)

Mas para a resolução desses exercícios, achou necessário estabelecer metas, a

serem atingidas, fazendo-as em número de 3.

1a.) limitou o tempo de estudos diário em 30 minutos marcados e conferidos

pela mãe.

2a.) fez com que resolvesse questões dadas em vestibulares, ao invés de

objetivar apenas a melhora no 1°. grau.

3a.) Queria que chegasse nas equações o mas rápido possível.

5

Então, as metas objetivos e distribuição dos exercícios eram completamente

diferentes da escola, justamente para que não perdesse o interesse pelos estudos.

Corrigia-os toda noite e deixava outros para o dia seguinte. Quando acertava,

dava-lhe a nota I00, e os exercícios eram ticados ( '" ) e não apresentava a resolução

correta mas fazia o próprio Takeshi identificar seu erro e corrigi-Ias. Nos assuntos

novos, sempre deixava um modelo resolvido e os outros estabelecia uma graduação na

dificuldade. E a meta de fazê-Io resolver equações foi atingida sem problemas, achou

que seria possível fazê-lo chegar à resolução de exercícios com derivadas e integrais

antes de chegar ao 20 grau.(KUMON,1998,p.15)

Este trabalho resultou em uma enorme agilidade mental e concentração de

Takeshi a ponto de ser percebido por seus professores e colegas.

Passado algum tempo, conhecidos e pais de alunos, procuraram o professor para

conversar e pedir conselhos sobre seus filhos, que não apresentavam bom desempenho

no 10 grau; ele os escutava e discutia detalhadamente a situação de cada criança,

depois deixava que copiassem as folhas de exercícios feitas para o Takeshi. Sem

exceção todas as crianças apresentaram ótimos resultados, em curto espaço de

tempo.(KUMON,1998,p.16)

Percebeu o Takeshi mais confiante e alegre, dominando seus estudos logo depois

acontecendo o mesmo com as crianças que fizeram uso do mesmo material e

metodologia, fê-lo pensar que não poderia guardar ou limitar seu uso, ao contrário

devia compartilhá-Ios com o maior número possível de crianças (KUMON, 1998,p.17)

Ao consultar a senhora Teiko, da possibilidade de orientar outras crianças, esta

prontamente concordou, surge então a primeira Unidade. do Método, na sala de sua

casa. Como o sucesso se repetiu em 1956 é fundado o Método Kumon sua primeira

Unidade na cidade de Morigruchi (Osaka), e a Sra. Teiko como 13. orientadora.

A expansão foi tão grande que uma Unidade apenas não comportava a procura,

tendo a necessidade de mais Unidades e o primeiro escritório no prédio de Daito,

Higobashi (Osaka) dando início ao Kumon Instituto de Educação.

6

Em 1968, o professor percebeu a expansão do Método e aposentou-se do

colégio de Higashi de Osaka, após 33 anos de intenso trabalho para se dedicar ao que

havia criado.

A estruturação do Método foi de tal forma que em 1974 o Kumon já estava

exportando sua idéia. A primeira nação a receber o Método foi os Estados Unidos, em

Nova Iorque.

Quanto mais fazia sucesso o Método com sua expansão, mars escritórios

surgiram e pesquisas pedagógicas para aperfeiçoamento.

Fazia-se necessário que o professor escrevesse sobre sua criação então surgiu

"Os segredos do Método Kumon", seu primeiro livro diante de uma série deles, o qual

tornou-se um Best Seller como mais de 1.000.000 de livros vendidos apenas no Japão,

sem contar sua venda no restante do mundo.

Em 1975, o professor inaugura o "Kumon Centro de Pesquisas Matemáticas".

Nesta época o número de alunos passava dos 100.000 e em seu país de origem, o

método estava realmente difundido. Para acompanhar toda esta evolução, surgiu o

primeiro escritório fora do Japão, em Taipei, Taiwan.

Em 1978, ao completar 20 anos do Método Kumon, Takeshi assume a

presidência.

O professor Kumon, ciente das responsabilidades assumidas pelo Instituto nos

diversos países presentes, bem como da necessidade de um trabalho sincronizado,

realiza o 1°. Encontro de Professores (Orientadores) do Kumon.

Hoje devido à expansão nos 5 continentes do Instituto, os encontros acontecem

regionalizados; a exemplo da América do Sul, onde o Brasil anualmente cedia os

encontros Sul-Américano de Professores do Método, envolvendo todos os países onde

o Kumon se faz presente na América do Sul (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile,

Colômbia, Peru, Paraguai, Uruguai).

A capacidade de criação e a visão ampliada do professor Kumon não parou por

aí. Em 1980, publica o livro "Curso de Matemática Kumon", e percebe a necessidade

de cursos de língua pátria, o primeiro foi o de Inglês. Logo a seguir em 1981, acontece

o curso de língua pátria (Japonês).

7

Surge, em 1982, a Pré-Escola do Kumon, (Nobiteyuku Yochien), cidade

Takatsuki, Osaka, e no mesmo ano, a unificação dos Instituto de Matemática de Osaka

com o Instituto de Matemática de Tóquio, passando a se chamar de "Kumon Instituto

de Matemática", que em 1983 recebe um nome vigente até os nossos dias "Kumon,

Instituto de Educação".

A visão da necessidade de estudar as mais diversas línguas através do Método,

levou ao lançamento, em 1984, do curso Kumon de Japonês para estrangeiros e em

1986 no Japão os cursos de Francês e Alemão.

Havia porém, devido a grande demanda de material a necessidade de uma

Editora, sendo assim chamada Editora Kumon Sociedade Anônima.

O Método Kumon, devido à sua eficácia, foi requisitado em Birminghan, no

Estado do Alabama, Estados Unidos, na escola Summinton que passou a partir de

1989 a utilizar-se do Método Kumon em suas aulas.

O professor Kumon visitou esta escola no mês de maio; e também participou da

Abertura do Colégio Kumon em 1990 em Heysin, Suíça.

Ao completar seu 77°. aniversário em julho de 1991 em sua homenagem é

criada a Fundação Tom Kumon., e recebe a notícia de que o número de alunos do

primário e pré do Kumon aprovados no Exame de Proficiência em Inglês, passara de

10 mil, contente com esta notícia reafirma sua intenção de formar pessoas que

enfrentam desafios, dizendo "Espero que mais e mais crianças se tornem autodidatas

através do Kumon . Assim o estudo deixará de ser um peso para se tornar uma espécie

de hobby em que a criança avança sozinha". (KUMON, 1995, p.53)

Em 1993 inaugura o Ginásio da Escola Internacional do Kumon.

8

FOTO 1 - FOTO DO FUNDADOR

"Há muitos cavalos que conseguiriam correr 1.000 milhas de uma vez,mas são raros os treinadores capazes de [azê-los correr tanto. "

9

Ao completar 80 anos, o balanço do número de alunos que passaram pelo

Kumon do Japão era de 7.000.000 e o número de alunos fazendo o Kumon na época

no Japão era de 1.680.000 (número recorde).

Em agosto de 1994, o professor retoma ao Brasil pela última vez, também

sendo a sua última viagem ao exterior. Comentando sobre os alunos brasileiros após

observação "Creio que o nível educacional no Brasil será o primeiro do mundo daqui a

20 anos".(KUMON,1998,p.9)

Segundo sua filha Mahoko Shinjo ( Kumon Instituto de Educação, Homenagem

Póstuma, 1997,p.17) seu pai nutria grandes expectativas com relação ao Brasil, tanto

que foi uma grande alegria para o professor a inauguração do prédio (sede própria em

São Paulo),"Tenho certeza de que o dia que tirou a foto em que está com um sorriso

resplandecente, rodeado pelos orientadores e funcionários brasileiros, que lutaram

tanto até hoje, ou aquela que aparece meio sem jeito ao lado do próprio busto em

bronze, foi um dos dias mais felizes de sua vida".

Para alegria do professor Kumon, o número de alunos fora do Japão em 1995

passara de 500 miL Mas já estava doente desde dezembro de 1994 e em 25 de julho de

1995 faleceu.

São também importantes as palavras de seu filho Hiroshi Kumon quando da

abertura do IX Congresso Sul- Americano do Método Kumon, em 1997: "O Kumon

Instituto de Educação não é uma empresa que primeiro foi fundada para depois

"Vender"o Método Kumon como um produto dessa empresa. Antes de ser fundada a

Empresa Kumon Instituto de Educação, havia o professor Toru Kurnon, com uma

larga experiência na orientação, por meio do Método Kumon. (Anais do IX Encontro

Sul-Americano de Professores, 1997,p.9).

Segundo sua esposa e companheira por 50 anos (Kumon Instituto de Educação

America Latina, Homenagem Póstuma, 1997, p.15): "Meu marido possuía um grande

sonho em prol de todas as crianças do mundo, e toda a sua existência esteve voltada

para a concretização de seu enorme objetivo. Com certeza, sua vida foi um reflexo de

sua visão humanística do mundo".

10

"Foi um educador admirável, incansável no aperfeiçoamento dos pontos

problemáticos".

Deixou também 24 obras, cujos títulos vem a seguir.

KUMON, Tom. O Kumon de Matemática. Editora: Fujin Seikatsu, abril, 1976.

KUMON, Tom. A Revolução do Kumon de Matemática. Editora:Kodansha,agosto, 1977.

Tom Kumon. Melhorando o Desempenho em Matemática. Editora: Goma Shobo,julho, 1978

KUMON, Tom. A Culpa não é da Criança Co-autoria com Hiroko Kuramoto.Editora: Kumon Centro de Pesquisas Matemáticas janeiro, 1979.

KUMON, Tom. Revolução na Educação em Casa. Co-autoria com Dailbuka et alii.Editora: Kodansha,maio, 1979.

KUMON, Tom. Curso de Matemática com Amor. Editora: Gakushu Kenkyusha,junho,1979.

KUMON, Tom. Proposta do Curso de Língua Pátria. Editora: KumonNovembro,1985.

KUMON, Tom. Método que Desenvolve a Capacidade de Estudar. Editora: GomaShobo outubro, 1979.

KUMON, Tom. O Kumon Revoluciona a Educação Pré-Escolar. Editora:Kodansha, abril,1986

KUMON, Tom. Curso de Matemática do Kumon. Editora: Kumon, março, 1980

KUMON, Tom. Desenvolvendo as Crianças. Editora: PHP Kenkyujo,setembro,1986.

KUMON, Tom. Matemática a Partir dos Dois Anos editora: Gakushu Kenkyusha,março de 1980

KUMON, Tom. A Canção Desenvolve o Intelecto das Crianças. Co-autoria comHiroko Odabayashi. Editora: Kumon agosto, 1988

KUMON, Tom. Assim se Desenvolveram os Excelentes Alunos. Editora: KumonCentro de Pesquisas Matemáticas, julho, 1980

11

KUMON, Toru. Os Segredos do Kumon de Matemática (Reedição)Editora: Kumon,abril, 1989

KUMON, Toru. Alunos que se Desenvolveram, Mães que os Desenvolveram. Co-autoria com Akiyuki Shikatani. Editora: Kumon Centro de Pesquisas Matemáticas,agosto, 1980

KUMON, Toru. Registrando o Crescimento da Criança. Co-autoria com NorikoKawai e Mieko Komori. Editora: Kumon julho, 1989.

KUMON, Toru. Introdução ao Método Kumon. Editora: Kumon, outubro de 1983.

KUMON, Toru. Vamos Tentar! Editora: Kumon, maio, 1991.

KUMON, Toru. Estudantes do Primário Também Podem Ler Textos em Inglês.

KUMON, Toru. Segredos do Curso de Inglês do Kumon. Editora: Kumon,setembro, 1984

KUMON, Toru. Crianças de Dois Anos Podem Ler Livros. Editora: Kodansha,outubro, 1991

KUMON, Toru. Os Segredos de Kumon de Matemática (Nova versão)Co-autoriacom Kiyomi Iwatani Editora: Kumon Julho, 1993

KUMON, Toru. A Culpa Não é da Criança. Editora: Kumon, Novembro,1994

12

CAPÍTULO 11

FILOSOFIA DO MÉTODO KUMON

"Descobrir o potencial com o qual cada indivíduo é dotado e, com a expansão

deste dom ao máximo limite, desenvolver pessoas responsáveis e mentalmente sãs,

contribuindo, assim, para a sociedade". Toru Kumon

Antes de tudo, o professor Kumon era um apaixonado pelo ser humano e pela

crença no desenvolvimento do seu potencial. Preocupava-se muito e sentia que estava

na educação a base de um mundo melhor. Era categórico ao afirmar" A criança não se

motiva espontaneamente".(KUMON, 1998, p.99), justificando que o interesse da

criança não nasce do nada e que qualquer criança pode apresentar resultados

surpreendentes se o meio ambiente oportunizar, se o material for adequado e de boa

qualidade e o orientador (professor) amar o que faz e tiver capacidade para tal.

Não delegava apenas à escola o desenvolvimento intelectual do ser humano, ao

contrário, afirmava "Os primeiros educadores são os pais" e que estes devem olhar a

educação de seus filhos como uma tarefa de muita perseverança, e de forma muito

ampla (KUMON, 1998, p.26). Também não atribuía apenas às mães tal tarefa, mas

claramente enfatizava a importância da figura paterna.

Muito se referiu ao ambiente gerador, quanto mais sereno e alegre, fazendo da

cnança um ser capaz de ser amado, respeitado, apreciado, melhor será seu

desempenho intelectual.

Na fase pré natal e na primeira fase da infância, os pais podem começar a

desenvolver o intelecto de seus filhos, sem estar forçando ou prejudicando a criança, o

primeiro estímulo pode ser feito através da mãe na gestação ouvindo música clássica

(5° sinfonia de Betowen) e cantando canções de ninar, continuar após o nascimento e à

medida de seu crescimento, aumentar gradativamente o número de canções,

conseqüentemente haverá o aumento do número de palavras e o entendimento do seu

sentido, a melhora do vocabulário, e o conhecimento de vários ritmos.

13

Da mesma forma que as canções, os livros infantis são extremamente

importantes, a princípio lidos por seus pais, trazendo além dos benefícios já citados, a

capacidade de ler precocemente, beneficiando a criança em sua concentração e força

de vontade. Cabe citar o caso da menina Shoko Kanagawa que aos 3 anos e 10 meses

já estudava no Método Kumon equações, foi estimulada por seus pais desde o berço,

aos dois anos e meio já cantava mais de 200 canções.(KUMON, 1995, p.18).

Ao se referir à televisão , era contrário à exposição da criança, ainda mais por

períodos muito longos, dizia ser esta uma péssima babá, ressaltando "Não deixe a

televisão ser a babá de seu filho". "Deixem que os livros tomem conta das crianças"

(KUMON, 1995,p.28).

Sugeriu outras alternativas educativas, como o uso de jogos tipo quebra-cabeça,

iniciando com o de duas peças (aos seis meses) ,podendo chegar a jogos com mais de

300 peças ainda na fase pré-escolar; bem ajustados à capacidade da criança, ajudam

no desenvolvimento das capacidades de memorização e inferência, relacionadas ao

pensamento matemático, bem como na discriminação de formas e figuras .

Afirmava que filhos de mães perspicazes e comunicativas, fazem até de um~ ,

passeio informal uma fonte de aprendizado, através das respostas às dúvidas e

observações da criança, conferindo-lhe um aumento de conhecimentos e vocabulário.

(Há relatos científicos, que estes fatores, simples e naturais estariam possibilitando nas

células cerebrais as sinapses'}. (KUMON,1995, p.28)

Outra colocação importante à respeito da colaboração dos pais na educação de

seus filhos é saber avaliá-Ios. Por muitas vezes os pais não percebem ou imaginam as

diferenças individuais de seus filhos. Isto acaba prejudicando as crianças, tanto as de

grande capacidade, pois se satisfazem em vê-Ias niveladas aos outros alunos da mesma

série escolar com bom desempenho, e as com dificuldades que são pressionadas a

chegarem no nível dos colegas, mesmo que os conteúdos estejam acima de sua

capacidade, o que é grave pois pode ocasionar desinteresse pelos estudos e sentimento

de inferioridade e incapacidade.

I Sinapses- Região de contato entre dois neurônios.

14

Então se a criança não consegue adquirir maior capacidade, sua visão era a de

que não lhe foi proporcionado o meio e o método adequados.

Julgava existir nos tempos atuais, um excesso de informações sobre educação,

muitas vezes conflitantes, agravando mais o discemimento dos pais quanto ao

procedimento com seus filhos, seu conselho era simples: "Os pais não devem ser

resignados ou pretensiosos, devem controlar suas ansiedades". (KUMON,1998,p.95).

Na cultura japonesa está mais presente a idéia de que o estudo é um bem maior,

que estudar é bom e pode causar prazer, e que construir conhecimento é um processo

contínuo diário, e não de última hora às vésperas das provas .

Outro aspecto importante para o professor Kumon, na educação, é o elogio,

enfatizava é preciso encontrar pontos concretos para elogiar, porém o elogio pelo

elogio, não tem sentido algum, pode até ser negativo, mas no ponto ideal traz uma

visão sensata e carinhosa, ajudando no resgate de sua autoconfiança.

"Para elogiar, é essencial ter sensibilidade", muitas vezes não parece existir

motivos para o elogio, exemplificou que determinado aluno seu , da escola

tradicional:, ao tirar o terceiro zero consecutivo em três provas, o fez pensar em como

motivá-Io para ter sucesso, então, ao prestar atenção nas suas respostas percebeu as

diferenças: a primeira prova estava praticamente em branco, a segunda mostrava certo

progresso, porém a terceira apresentava tentativas concretas de resolução de algumas

questões; à partir daí, pôde elogiá-Io, estimulando-o a progredir, até que este aluno

obteve o acerto em questões futuras.(KUMON, I995,p.24)

Mas sua preocupação quanto a alunos com este tipo de desenvolvimento era

ajustar à sua capacidade o material de estudos, não deixando-o no desânimo por não

saber, mas a partir de um ponto fácil que dominasse, mostrar-lhe que era possível um

novo caminho para se desenvolver, proporcionando-lhe um resgate.

Este seu pensamento tomou-se realidade através do seu método; expressos pelas

88 características mencionadas no capítulo IH.

Estabeleceu laços estreitos entre a formação intelectual na formação do caráter,

a importância de uma educação precoce para minimizar as diferenças individuais e

formação de uma boa índole.

15

Ilustrou seu pensamento (KUMON,1995, p.35) contando a história do

dramaturgo japonês, Ihara Saikaku, sobre a inveja:

"TORNARINO lEGA BINBONANOWA KAMANO AJI" (O fato de meu

vizinho ser pobre me traz satisfação).

Achava que as crianças ao fazerem o Método Kumon, na medida de seu

desenvolvimento intelectual, tornar-se-iam pessoas mais bondosas, gentis e de

capacidade ampliada.

Casos concretos comprovam suas afirmações, citados a seguir:

Num reformatório da Província de Aichi (Japão) a maioria dos internos com

idade entre 14 e 16 anos, iniciaram seus estudos no Método Kumon no estágio 2 A )de

matemática (adição e subtração de 1° série/I" grau). A evolução foi ótima e 10 meses

depois já estavam no estágio I (refere-se a conteúdos da 8° série do 1° grau),

simultaneamente a este rápido avanço nos estudos, verificou-se uma mudança de

postura: houve uma diminuição notável nas infrações e situações de violência,

passaram a se dedicar em atividades culturais e a acreditar em si mesmos, a lutar para

atingir os seus objetivos.

Outra experiência aconteceu em Shinyou , uma escola de 1° grau Chinesa, ao

freqüentarem o método Kumon num período de 8 meses, 38 dos 40 alunos

ultrapassaram a sua série escolar em apenas seis meses, além dos beneficios quanto

aos conteúdos matemáticos aprendidos, o diretor percebeu uma mudança de postura

em relação à assimilação do hábito de estudar.

Para o professor Kumon, a importância na formação do hábito de estudar, está

em tomar o aluno autodidata, independente, capaz de resolver seus problemas sozinho;

a isto chamou reserva de capacidade (KUMON, 1995, p.36).

Na sua opinião, a solidariedade resulta da autoconfiança e da reserva de

capacidade (KUMON , 1995, p.38) ao relatar as palavras da mãe de Koji-Shimada (aos

5 anos que já resolvia equações , na 2°/1°grau cursou 9 meses de Kumon Inglês,

concluindo o estágio P que refere-se a conteúdos do 2° grau) , sobre o que mais lhe

impressionou com o sucesso do menino no Kumon, foi a sua capacidade de resolver

seus próprios problemas.e a autonomia nos estudos.. Estava certa de que estes

16

requisitos são essenciais à formação de seu caráter. A este respeito o professor achou

propícia a afirmação de Thornas Morus (escritor durante os séculos XV e XVI, que

viveu na Inglaterra) numa de suas obras UTOPIA, onde retrata o estado ideal,

questiona a moral, ressalta o mundo onde todos seriam felizes, destacando: "Se puder

levar uma vida alegre e feliz, o homem desejará ajudar o próximo para que este

também possa sentir-se feliz" .(KUMON, 1995,p.38)

O professor Kumon desejava uma educação intelectual contínua e aprimorada

não só para as crianças de sua nação (Japão), mas para todas as crianças do mundo.

Daí sua grande satisfação ao levar seu método a um novo país.

Conceituava seu método como "Método mais gentil", certamente por conseguir

tantos progressos na educação e formação do ser humano sem causar-lhe traumas.

Quanto ao futuro e ao passado da humanidade, afirmou: "No século XXI,

provavelmente as pessoas irão lembrar e rir da defesa da educação não intelectual do

século XX".(KUMON,1995, p.39)

Recebeu críticas de educadores sobre a criatividade, visto que alguns

afirmavam que para educar o importante é desenvolver primeiro a criatividade, e com

firmeza deu sua opinião a respeito: O essencial na educação é antes de tudo

desenvolver a capacidade de estudos, de forma gradativa e a partir daí colher frutos,

como o desenvolvimento da perseverança, concentração, independência, autonomia;

só depois faria sentido falar em criatividade e desde que trabalhada num programa

inserido num método concreto e não tipo EDUCAÇAO UNKIND (do inglês:

desatenciosa); criatividade é algo abstrato e os defensores de tal afirmação, sequer

sabem como fazer para desenvolvê-Ia, tomando-se uma palavra sem consistência.

"(KUMON, 1995, pAO)

Um dos pontos básicos do seu método é fazer com que todo aluno possa com

freqüência ter pequenas experiências de sucesso; isto se dá cada vez que este tirar a

nota 100, que com o seu suceder permitirá a formação de pessoas confiantes, não

ansiosas e fortes.

Para ele, desenvolver a autoconfiança e a reserva de capacidade precisam da

continuidade de experiências bem sucedidas.

17

o desejo real do professor Kumon de formar pessoas que enfrentam desafios

está expresso nestas palavras:

Espero que mais e mais crianças se tornem autodidatas através do Kurnon. Assim, o estudodeixará de ser um sofrimento imposto pelos outros, para ser uma espécie de hobby em que acriança avança sozinha. Com experiência e sabendo estudar, ela terá condições de ler livros efazer pesqui sas. Daí para frente, pode desbravar o seu infindável potencial da forma quequiser. Faço votos que isto aconteça. (KUMON, 1995, p.53)

Outra preocupação do Professor Kumon era com o vestibular, sabia que esta era

uma situação que todas as pessoas devem passar para entrar no 3° grau, mas não

concordava com o inferno causado por noites sem dormir, cursinhos preparatórios e

estudo intensivo.

Para ele (KUMON, 1995,p.42) a fase do 2° grau é a época da vida do jovem

onde desperta para ampliar sua formação e o espírito humanitário, precisa também

divertir-se, levar uma vida com sentido, adquirir novos conhecimentos e experiências;

ou então, ao queimar esta etapa passará a fazê-lo na faculdade ou se alienará.

O depoimento de alunos do método Kumon ,nas revistas "Capable"e "Kumon

Graphics" que cursaram desde pe9uenos, e ainda no 1° grau atingiram o nível do 2°

grau e ingressaram em Universidades famosas: "fiz o segundo grau tranqüilamente,

sem me preocupar com o vestibular, e fui aprovado", sensibilizou o professor pois

passou a achar que seu método ajuda a transformar o inferno dos vestibulares em

paraíso.

"Quando a Matemática for o seu forte , o aluno terá melhor desempenho

também nas outras disciplinas. " (KUMON, 1995,p.48).

Observou que alunos que passaram a ir bem em matemática, melhoraram

também seu desempenho em outras disciplinas, justificando o que sempre disse: "se os

cálculos do aluno forem muito bons, adquirirá autoconfiança e reserva de capacidade,

aSSIm passará a dedicar-se também em outras disciplinas obtendo bom

aproveitamento"(KUMON, 1995,p.48)

Concluiu, se uma criança não está indo bem nos estudos, a culpa não é dela, é

da orientação ou do material didático. Se ela não está bem na escola, é a escola que

deve mudar seu método.

19

CAPÍTULom

CARACTERÍSTICAS DO MÉTODO KUMON

DIRETRIZES DO KUMON (PIO, 1997, p.4)

1. O KUMON, por meio de ensino individualizado do Método Kumon, busca o

potencial em cada criança e procura desenvolver esta capacidade ao máximo.

2. O KUMON, reconhecendo que divulgar amplamente este método de ensino traz

a maior contribuição à sociedade, procura oferecer para a maior quantidade

possível de crianças a oportunidade de estudar pelo Método Kumon.

3. O KUMON, sempre avaliando e refletindo a eficácia da orientação procura

produzir o efeito educacional ainda mais alto por meio do empenho na pesquisa

e desenvolvimento dos materiais didáticos e das técnicas de orientação mais

ideais.

4. O KUMON, tentando desenvolver capacidades mais amplas por meio da

aplicação dos princípios deste método de ensino em outras áreas, procura

contribuir para a sociedade no futuro.

5. O KUMON, com seus orientadores e funcionários, unidos, sempre tentando

melhorar sua qualidade, procura desenvolver este método de ensino de forma

ilimitada. (PIO, 1997,p.4)

Hiroshi Kumon, segundo filho do professor Kumon, Diretor Presidente do

Instituto Kumon de Educação, quando participou do Congresso Sul Americano no Ano

de 1997, que aconteceu em Mangaratiba, Rio de Janeiro, ressaltou:(Anais do IX

Encontro Sul Americano de Professores do Kumon, 1997,p.l0).

O professor Kumon não fez segredo dos meios usados pelo Método Kumon,

para alcançar seus objetivos, ao contrário era favorável que o maior número possível

de pessoas compreendessem o trabalho, colaborando com ele, inclusive com críticas.

Suas características foram escritas e revisadas pelo próprio professor Toru

Kumon.

20

São em número de 88, e referem-se a vários aspectos do Método, destacados a

seguir:

PONTOS BÁSICOS

1 - Educar no ponto ideal é o fator mais importante da educação.

Atribuir o conteúdo adequado à capacidade da cnança no processo de

aprendizado; muitas vezes a criança perde a motivação pelos estudos por serem

aplicados a ele conteúdos além de sua capacidade de compreensão.

Caso contrário avançara com satisfação, até mesmo além da sua série escolar.

Nesta característica, estabelece um paralelo entre o método e a escola

tradicional, onde o grupo é heterogêneo, as aulas expositivas, sem preocupar-se com o

ritmo de cada um.

2 - Os Pré-Escolares gostam de aprender.

E podem chegar a conteúdos da 2a. fase do 1°. grau, mesmo antes de

ingressarem na 1a. série do 1°. grau.

3 - Alunos Portadores de Necessidades Educacionais Especiais também se

desenvolvem.(PNEE)

Qualquer pessoa pode se desenvolver pelo método, e os PNEE não são

exceção.

Alguns alunos PNEE excluídos da escola tradicional por não acompanharem,

conseguiram atingir conteúdos das séries equivalentes à sua idade, de acordo com sua

capacidade nas disciplinas de Matemática, Língua Pátria e Inglês.

4 - Método Individualizado de ensino e Sistema Tradicional das aulas.

O registro de casos de sucesso como de fracasso, ao contrário do sistema

tradicional, possibilita uma imediata intervenção e orientação especial.

21

5 - A culpa não é da criança.

Muitas vezes, o fracasso pode gerar culpa na criança ou nos pais, no método é

feita uma revisão para um aprimoramento na orientação desta criança.

6 - Capacidade de Orientação.

Esta capacidade está ligada ao orientador da criança no Método. Sua habilidade

em detectar o "ponto ideal" de cada um trará o sucesso.

7 - Estudo no Ponto Ideal.

É detectar o ponto ideal de entendimento de cada um, o ponto ideal de execução

de tarefas, o ponto ideal para o desenvolvimento da postura de estudo. Se a criança

estiver estudando conteúdos adequados à sua capacidade avançará dois a três anos

além de sua série escolar.

8 - Não se limitar à seriação escolar

Na opinião do professor Kumon, não pode ser considerado um bom orientador

aquele que se contenta em ensinar ao aluno apenas os conteúdos da sua série escolar

atual, e não podem ser considerados bons pais aqueles que se contentam com tal

resultado.

Ao aluno que tem capacidade, deve-se ensinar conteúdos de duas, três, até

mesmo quatro séries acima da sua.

Assim como aos alunos com dificuldades em sua série escolar, fazê-lo voltar

três ou quatro séries abaixo da sua, isto lhes proporcionaria reserva de capacidade para

alcançar a sua série escolar e até mesmo ultrapassá-Ia.

9 - Ultrapassar e avançar além de série escolar.

Da forma como o material didático está organizado, esta característica permite a

"todos" os alunos estudarem além da sua série escolar, proporcionando meios e

experiências para que estudem sozinhos.

22

10 - Caminhos estratégicos para ultrapassar e avançar além da série escolar.

No Método Kumon, são enfatizados a habilidade de cálculo em Matemática, a

leitura e compreensão de textos em Língua Estrangeira e a leitura de livros em Língua

Pátria, projetando o aluno estrategicamente para avançar duas, três ou quatro séries.

Se houver o avanço de suas séries escolares, o aluno sentirá maior facilidade

nos estudos da série atual, no caso de avançar três ou quatro séries, estará apto a

estudar conteúdos de até dois anos além da sua série escolar.

11 - O Material Didático do Método Kumon

Em todos os países espalhados pelos 5 continentes onde o Kumon se faz

presente os principais materiais são o de Matemática, Língua Pátria e Língua

Estrangeira.

No Brasil, utilizam-se os estágios:

Matemática I 7A, 6 A , 5A ,4 A, 3A, 2A, A, B, C, D, E, F, G, H, I, J, K, L, M, N, O

LÍngua Pátria 14 A, 3A, 2A, A, B, C, D, E, F, G, H, I

Os estágios em Matemática e Língua Pátria correspondem à matéria da 1a. fase

do 1°. grau, os estágios de G a I correspondem à segunda fase do 1°. grau e do estágio

J em diante, materiais correspondentes ao 2°. grau e ao nível universitário (conteúdos

elementares ).

12 - A determinação do Ponto de Partida

É determinado através do Teste Diagnóstico.

13 - Critérios para decidir sobre as repetições.

O bom ou mau andamento do aluno é determinado com base no tempo

padrão(TPRi, que é medido de X a Y minutos.

2 Tempo padrão de resolução (TPR): tempo que o aluno leva para resolver seu material.

23

Se o tempo padrão for menor que X minutos, o aluno pode prosseguir sem

repetições, se ultrapassar Y minutos, será necessário repetições a partir do ponto mais

fácil de entendimento.

Ao determinar as repetições com base T.P.R (tempo padrão de resolução), é

correta em 90%. Os 10% restantes variam segundo a personalidade, os estudos

acumulados ou sua inteligência.

14 - Anterior à Criatividade

O método Kumon não despreza a importância da criatividade.

Primeiro desenvolve a capacidade de estudos, executar tarefas, de perseverança

e concentração. Resultando autonomia e conseqüentemente desenvolverá a

criatividade.

15 - Ensino individualizado para muitos alunos

Nas unidades do Método podem haver vários alunos estudando ao mesmo

tempo, com orientação individualizada.

Buscando o potencial de cada um.

16 - O quão é infindável o Potencial do aluno e o Estudo no seu Ponto Ideal.

O método tenta descobrir quando infindável é o potencial de cada aluno, e seu

objetivo é chegar à excelência; aperfeiçoando seus conceitos sobre o "ponto ideal".

17 - A verdadeira extensão do Potencial do Aluno

Observando-se estatisticamente o progresso dos alunos ao longo dos anos de

março de 1981 a 1995, no Japão, e comparando-os a dado anteriores, o desempenho

dos alunos Kumon vem melhorando sensivelmente, o que comprova também uma

melhora na orientação.

18 - Recorde na Maratona Mundial Versus recorde do Aluno Pré-Escolar mais

novo resolvendo Equações.

24

° professor, nesta característica, refere-se à importância que se dá aos esportes

em contra partida "à matemática".

"As pessoas interessam-se 100 vezes mais pelo recorde do corredor da

Maratona Mundial, do que pela idade do pré-escolar mais novo que resolve equações"

(PIO, 1997, p.188) mesmo que o número de pré-escolares aptos a resolver equações

passe de 10.000.

19 - Um excelente aluno pré-escolar

A missão do Método é fazer com que crianças se tornem estudantes excelentes.

20 - Há muitos cavalos que conseguiriam correr 1000 milhas de uma vez, mas

são raros os treinadores capazes de fazer com que corram tanto.

A orientação adequada é fundamental para que um aluno passe a brilhar.

Em 1977, 19 anos após a fundação do Método (1958), registrou-se os primeiros

casos de pré-escolares que resolveram equações, em março de 1995 esse número

passou a 1050.

Na época, comentava-se que equações só poderiam ser resolvidas por alunos na

2a. ou 4a. séries do 1°. grau.

A orientadora Minato (PIO, 1997, p.188) afirmou que um pré-escolar canhoto,

poderá tomar-se um destro, com facilidade, basta fazê-lo para preencher o tabuleiro

imantado (tabela com imã contendo valores de I a 30 ou de 1 ao 100), em 2 minutos.

21 - A relação entre ambiente e o Potencial Inato.

° aprimoramento das orientadoras é considerado fundamental. Existem

diferenças no desenvolvimento dos alunos geradas pela capacidade de orientação. Este

aperfeiçoamento será mais efetivo se além dos treinamentos necessários, os

orientadores se dispuserem a orientar pré-escolares de apenas dois anos.

Perceberão que estes alunos podem chegar a níveis incríveis de aprendizado,

sem estar forçando-o, e quanto melhor a orientação melhor sua evolução

25

22) Aprendendo através do aluno

Para trabalhar com o Método, o orientador que conhece apenas o Sistema

Tradicional de Aulas, dificilmente poderá aperfeiçoar sua orientação. No Kumon

precisa ir além, perceber a individualidade, aprender com o aluno em suas diferentes

necessidades e condições.

23 - Quem são os Orientadores Excelentes?

São aqueles cujos alunos, ao ver seus semblantes, ficam motivados a fazer

muitas folhas.

24 - Um semblante que motiva os alunos.

Como o progresso do aluno traz beneficio também ao próprio Orientador, este

terá um semblante alegre capaz de motivar outros alunos.

25 - Tornando-se mais bela.

Quis dizer às suas orientadoras, quanto maior o número de alunos motivados,

mais entusiasmada estará a orientadora, e consequentemente mais feliz, seu semblante

resplandecerá.

26 - Acontece um Milagre.

A mudança pela qual o aluno passa ao cursar o método Kumon, pode soar

como um "milagre", o que não é verdade é apenas o desenvolvimento do seu

potencial.

27 - Kumon is the best !

O Kumon acredita no seu sucesso.

28 - Um equipe que estuda.

26

o estudo é uma das características das pessoas que trabalham no Kumon, os

orientadores também fazem o material e devem se aprimorar até o último estágio de

qualquer curso (Matemática, Língua Pátria ou Língua Estrangeira).

29 - Para melhorar o mundo.

Ao freqüentar o curso Kumon, sua capacidade de estudo será elevada, com isso

terá um excelente caráter.

Se as crianças se tornarem excelentes, suas mães se tornarão excelentes, toda a

família se tornará eficiente, e o mundo será melhor.

30 - Sentir fazer no trabalho na Unidade.

Nesta característica o professor Kumon compara-a com um provérbio atribuído

a Confúncio que diz (PIO, 1997, p.191). "Aquele que apenas conhece uma atividade

não consegue completar com aquele que gosta desta atividade, que, por sua vez, não é

capaz de competir com aquele que realiza esta atividade com prazer".

31- Foi bom ter me tornado um orientador(a) do Kumon.

A Orientadora Nakatomi (PIO, 1997, p.191) relata seus sentimentos em relação

à sua função:

a) consegui ter amigos maravilhosos;

b) tive contato com crianças admiráveis;

c) conheci pais formidáveis;

d) consegui desenvolver minha própria capacidade;

e) aumentei a autoconfiança e a minha reserva de capacidade;

f) ao compreender como educar as crianças, passe a empenhar-me na melhoria

da humanidade.

ALUNO IDEAL

32 - Desenvolver alunos que conseguem entender sem ter ouvido as explicações.

27

o Kumon prepara seus alunos para serem auto didatas, alunos responsáveis

pelos seus estudos e deveres escolares, ainda que muito pequenos. O gosto pelo

estudo, capacitará este aluno, para entrar nas melhores Universidades.

33 - O hábito de aprender edifica o caráter.

Os alunos que adiantaram através do método, três ou mais anos além de sua

série escolar, tomam-se pessoas atenciosas e prestativas.

É também importante a formação do hábito da leitura, que proporcionará

conhecimentos profundos, sobre a sociedade e a vida, abrindo horizontes.

34 - Concluintes do Kumon como Auxiliares

Os alunos Shennosuke Yamakawa (4a. série/I 0.grau) e Maki Kokubo

(6a.sériell 0.grau) tomaram-se concluintes no curso de Matemática e estão auxiliando

seus orientadores na correção de blocos da Unidade, servindo incluíssem de exemplo

para outros alunos.

EDUCAÇÃO DE PRÉ-ESCOLARES

35 - Crianças com dificuldade na aprendizagem.

O professor percebeu que o número de alunos com dificuldade é maior na 1a.

fase do 1°. grau (Ia. série) do que entre alunos de 3a. ou 4a. série, devido ao seu

vocabulário ainda restrito assim como a capacidade de compreensão e expressão.

É interessante a afirmação, baseada na observação de mães de alunos do

método, as que se comunicam melhor com seus filhos, estes apresentam um vasto

vocabulário, e são mais espertos.

Um bom vocabulário pode conferir inclusive equilíbrio emocional.

36 - Diferença de habilidade entre as mães.

A capacidade dos filhos ou a diferença de capacidade entre os pré-escolares,

está diretamente relacionada à diferença de habilidades entre as mães.

28

Mães que sabem elogiar, reconhecer, que têm paciência ao lidar com a criança,

não gerando ansiedade, escolhendo o brinquedo certo para a fase certa e sobretudo

dedicando-lhe tempo; estão proporcionando ambiente favorável ao desenvolvimento

do potencial .

Faz parte também a boa escolha do orientador , e seguir as suas orientações.

37 - Diferença de habilidade entre os pais.

O reconhecimento dos esforços feitos pelas mães, por parte dos pars é

importante, assim como a sua participação.

Está aumentando consideravelmente o número de pais que ensinam canções e

lêem historinhas para seus filhos.

38 - O que os pré-escolares gostam e não gostam.

O gosto da criança por determinada matéria é influenciada pela atitude dos pais

e dos orientadores.

Os pré-escolares gostam de ouvir histórias e de montar quebra-cabeças, caso

não gostem significa que estas atividades não estão sendo atribuídas de forma correta.

39 - Quebra-cabeças e Pré-escolares Excelentes.

Para o Kumon existe uma correlação entre os alunos pré-escolares japoneses

que resolvem equações ou atingem o estágio G do material de línguas com a

montagem de quebra-cabeças de até 330 peças no período de um mês, pois os pré-

escolares que conseguem montar este tipo de quebra-cabeças, poderão fazer equações

e atingir o estágio G de Língua Pátria em um ano, e quem resolve equações

precocemente também estará apto a resolver um quebra-cabeças de 330 peças em um

mês.

Os bebês de apenas 6 meses já têm condições de montar quebra-cabeças de 2

peças, desde que o material seja maleável e macio.

40 - Fazer registros.

29

Há grande importância em registrar o desenvolvimento dos pré-escolares, pois

através deles verifica-se nitidamente a evolução do pré-escolar. Dados como o número

de canções cantadas as palavras novas pronunciadas, o número de livros lidos, os tipos

e os números de peças dos quebra-cabeças, etc.

41 - Registro do aprendizado (folha de registro dos estudos).

Antes dos pré-escolares serem matriculados no Kumon, recomenda-se às mães

fazerem registros, das atividades ligadas ao método, realizadas em casa. Assim, o

Orientador poderá conhecer melhor o potencial destes alunos, e a melhor maneira de

orientá-Ios.

42 - "Trabalhar em dias de sol e ler nos dias chuva".

O objetivo da educação de pré-escolares não está apenas em desenvolver

adultos de sucesso, mas sobretudo em formar pessoas que não desanimem com os

infortúnios da vida, resistentes, que saibam aproveitar e até mesmo esperar as

oportunidades.

43 - Primeiro fazer o "INPUT".

O importante na educação da criança é dar-lhe acesso ao conhecimento INPUT3

e não extrair-lhe o conhecimento.

Isto se faz desde o nascimento através de conversas, canções, cartões

educativos, proporcionando-lhes o máximo de informações.

44 - Orientação de Pré-Escolares,

No Japão, algumas unidades orientam os pais que querem começar o quanto

antes a desenvolver seus filhos" pois o estudo na cultura japonesa é visto como um

bem maior.

Para o professor Kumon também.

A seguir destaca a fase cronológica e o tipo de estímulo:

3 INPUT: proporcionar à criança acesso ao conhecimento

30

1. A partir do r.mês de gravidez.

A mãe, fará o beber ouvir música clássica (exemplo a 5a. sinfonia de

Beethoven) ou canções infantis.

2. Desde o nascimento.Continuar tocando música clássica e as canções infantis.

Trabalhar com os cartões educativos (em n.? de 100 cartões ,que apresentam

numa face a figura do animal ou objeto e na outra a palavra correspondente)

mostrando-lhes somente a face ilustrada.

3. A partir dos 2 ou 3 meses de idade.Mostrar cartões do alfabeto (no Japão chama-se HlRAGANA e cartões com

palavras em Inglês.

Ler livros de história para as crianças.

4. A partir dos 6 meses de idade:Começar a montar quebra-cabeças.

5.A partir de 1 ano de idade:

Começar a montar o tabuleiro imantado com os números de 1 a 30 .

6. A partir de 1ano e 3meses de idade:

Montar o tabuleiro com 50 peças ou seja do 1 ao 50.

7 . A partir de 1 ano para crianças de rápido aprendizado e dos 2 anos, para

as crianças que aprendem mais devagar:

Fazer a criança ler frases curtas em voz alta escritas pelos pais, que aumentarão

gradativamente o número de palavras.

8 . A partir de 1 ano e 6meses de idade:

Montar o tabuleiro completo com 100 peças; com os numerais do 1 ao 100.

31

9. A partir de um ano e seis meses de idade:

Deixar que a criança escreva algo, não necessariamente palavras ou letras,

utilizando diferentes tipos de instrumentos de escrita.

10. A partir de 1 ano e 8 meses de idade.

Fazer com que a criança comece a escrever as letras do alfabeto e depois o

hiragana.

45 - Vamos fazer com que as crianças ouçam canções desde seu nascimento.

As canções são consideradas pelo professor Kumon e conseqüentemente pelo

método a forma mais fácil de aumentar o vocabulário das crianças.

Shoko Kanagawa aprendeu mais 200 canções até a idade de 2 anos e 6 meses, e

se tomou capaz de resolver equações com 3 anos e 10 meses.

A importância das canções é justificada e comprovada por orientadoras

destacando:

1) Ao aprender 200 canções, a criança é estimulada na habilidade em aprender

palavras e melodias, de maneira considerável.

Uma vez alcançada esta meta, aumentar o número de canções (300 ou até 500

músicas).

2) No caso de crianças PNEE, quando chegam a aprender 50 canções, sua

dificuldade no aprendizado são reduzidos.

3) Para as crianças hiperativas, o aprendizado de 10 canções, param de babar e

tomam-se mais tranqüilos (às vezes nem precisam atingir 10 canções).

4) 80% das crianças que ouviam canções todos os dias, após o nascimento,

tomaram-se capazes de reconhecê-Ias com apenas 1 mês de vida.

Esta observação foi feita através das expressões de suas faces, movimentos de

braços e pernas.

5) Quanto mais aprendem canções, mais ampliam seu vocabulário e vão

equilibrar-se emocionalmente.

32

6) Outra vantagem de aprender canções é o exercício que se faz para a

memorização.

7) Interpretar as letras das canções aumenta a capacidade de raciocínio. Serve

como treino e requisito para o autodidatismo.

8) O objetivo principal de aprender canções é o desenvolvimento da

inteligência, provocando estímulo cerebral.

9) No caso de pessoas com o Mal de Alzheimer, e problemas de memória,

amnésia, as canções servem de estímulo.

10) Para a orientadora Kodama, o elogio da família quando "a criança aprende

uma nova canção é um grande estímulo. Também enaltece o 'sorriso?' (PIO, 1997,

p.196).

11) Outros beneficios através das canções, como crianças andando mais cedo,

correndo após 1 anos de idade, e falando com voz destacada, firme.

46 - "Cantar 200 canções e ler 10.000 histórias para a criança podem torná-Ia

brilhante".(PIO, p.196)

Estes estímulos, possibilitam a leitura aos 2 anos, todas as leituras, mesmo de

livros já lidos uma vez, pode ser considerada na contagem do número de livros lidos;

80 a 90% crianças acostumadas a esta prática, pedem para seus pais lerem, mesmo por

2 ou 3 horas.

Miwa Adachi, com 1 ano e 8 meses, pediu que lhe fossem lidos numa mesma

noite 50 livros.

47 - "A eficácia da leitura de livros".

A prática da leitura em voz alta, estimula a aprendizagem e a leitura precoce.

Os casos seguintes revelam isto:

- HANAWA HOKIICHI (1746-1821), escritor japonês, perdeu a visão aos 5

anos de idade, mesmo assim continuou sua educação através de leituras em voz alta

33

por professores e colegas. Tinha uma memória espantosa, deixando grandes e

importantes obras escritas.

- KUSHIA YOHMAN, jovem da Nova Zelândia nascida em 1971, com defeito

cromossômico, resultantes numa deficiência motora e mental.

Sua mãe desde os 4 meses começou a ler-lhe livros para acalmar a irritação que

demonstrava, na época seus pais não tinham esperanças de melhoras. Porém, passados

nove meses, perceberam que a menina mostrava gostar e reconhecer certos livros que

lhe agradavam, toda vez que estavam próximos do seu campo de visão (cerca de 50

em). Estimulados, passaram a ler livros diariamente até os 3 anos de idade. Um

detalhe importante era a repetição de uma mesma história centenas de vezes. Notaram

em Kushla, uma boa memorização e um razoável vocabulário, semelhante a uma

criança normal.

Nesse período, foram lidos 140 livros.

48 - Registro diário das palavras ditas pelas crianças.

Um determinado aluno do método, cuja mãe costumava anotar todas as palavras

novas que ele pronunciava quando estava com um ano e meio de idade, começou a

observar estes escritos e a associar as palavras e letras com o que dizia. Aos 2 anos ,já

era capaz de registrá-Ias sozinho.

LEITURA DE LIVROS

49) Lendo com 2 anos de idade.

Isto toma-se possível e pode-se começar com livros didáticos da I" ou i série.

50) O entretenimento através da leitura de livros

A criança bem estimulada será entretida pelos livros e não pela TV.

(Orientadora Morita) (PIO, 1997, p.197).

34

51 - Os irmãos mais velhos são ótimos mestres.

Crianças bem educadas de 3, 4, 5 anos já poderão ajudar seus irmãos menores

1, 2 anos com sucesso. Muitas vezes de forma melhor que suas mães; canções, quebra-

cabeças, leitura em voz alta, jogos ,etc.

52 - A leitura aumenta a inteligência da criança.

Ler, ler textos com maior rapidez, aumenta a capacidade de compreensão e

inteligência, dependendo da idade que foi iniciada esta prática. (Orientadora

Nakamura).

53 - Bibliografia recomendada pelo Kumon.

O Método propicia a todo aluno o acesso a 100 livros que compõem sua

bibliografia tanto para o curso de Língua Portuguesa como para Matemática.

Os orientadores estimulam esta prática semanalmente tentando mostrar-lhes o

prazer de uma boa leitura.

54 - Antes de começar o estágio, ler 5 livros recomendados para este.

É interessante o procedimento no curso de língua Pátria na prática da leitura.

O aluno antes de entrar num determinado estágio, poderá, e é importante que

faça a leitura de 5 livros próprios do estágio.

55 - Para fazer com que a criança passe a gostar de ler.

É muito importante na visão da Orientadora Tsumagata, para que a criança

goste de ler, atribuir a ela o livro adequado. "Por exemplo para fazer uma criança da T'

série que não gosta de ler mude de postura, podemos fazê-Ia ler em voz alta um livro

para pré-escolares e elogiá-Ia muito, depois".(PIO, 1997, p.198)

CURSO DE MATEMÁTICA

56 - Curso de matemática

35

1) Os pré-escolares podem passar pelos cálculos básicos( equações) avançando

as matérias do 2°. grau.

2) Os alunos com dificuldade nos conteúdos matemáticos da 2a. fase do 1°. grau

e do 2°. grau, certamente não possuem habilidades de cálculos básicos, quatro

operações e cálculos algébricos.

3) O Método Kumon fortalece a habilidade nas 4 operações básicas para que

possam desenvolver ainda no primário, cálculos complexos como problemas, frações,

equações, fatoração, funções, gráficos, cálculos diferenciais e integrais. Quanto mais

avançado estiver o aluno nos estágios do Método Kumon, melhor será o seu

desempenho escolar.

CURSO DE LÍNGUA PÁTRIA

57 - Curso de Língua Pátria.

1) Ao aprender o alfabeto, o aluno aumenta seu vocabulário, adquire gosto pela

leitura, mostra maior maturidade emocional e eleva a sua capacidade de percepção das

coisas que o rodeiam.

2) Quanto maior for a habilidade na Língua Pátria, mais o aluno gostará de

escrever. Desde o início do estudo, é importante fazer a leitura em voz alta.

3) Existe uma ligação quanto às habilidade adquiridas da Língua Pátria e a

facilidade nos estudos de Matemática e de Inglês, ultrapassando em dois ou três anos a

sua série escolar.

4) Para o aluno que entrar no curso de Língua Pátria um pouco mais tarde, no

final do 1°. grau mesmo assim se beneficiará, pois ganhará habilidades para ler e

gostar de ler e maior facilidade de interpretar textos, beneficiando-se nas disciplinas

como Estudos Sociais e Ciências.

58 - Ler em voz alta.

Segundo a Orientadora Goto (PIO, 1997, p.199) é muito importante o aluno ler

em voz alta pois estará desenvolvendo autoconfiança no uso de sua voz.

36

o método destaca que o fato de ler em voz alta estimule o raciocínio pois

precisa identificar antecipadamente a palavra seguinte.

É importante também a entonação de voz de acordo com o texto.

59 - Promover eventos de Leitura em voz alta.

Existem alunos pré-escolares preparados para ler as bibliografias do ESTÁGIO

E, livros de 78. série, o que é realmente surpreendente.

Algumas orientadoras promovem em suas unidades concursos de leitura,

estimulando-os.

60 - Três alegrias.

O professor Kumon (KUMON, 1997, p.200) cita Mêncio (filósofo chinês) que

destacou o que achava importante para a alegria:

1) Ter uma vida familiar harmoniosa;

2) Ter um coração puro;

3) Poder reunir e educar pessoas inteligentes.

E o professor Kumom completa, afirmando que é muito prazeroso ensmar

pessoas inteligentes porém é extremamente maior a alegria de ensinar alguém que está

desacreditado nos estudos.

61) A quantidade de alunos de Língua Pátria e a de Língua Estrangeira superará

a de Matemática.

Este fato foi comprovado no Japão, a quantidade de pré-escolar em Língua

Pátria no ano de 1990 ultrapassou a de alunos de Matemática.

E há esta expectativa do Método em outros países futuramente.

CURSO DE INGLÊS E OUTROS IDIOMAS

62 - Curso de Inglês

No Brasil ainda não foi introduzido este curso.

37

63 - "CARDY"

O método utiliza-se de um aparelho chamado "Cardy,,4, com cartões criados

especialmente para o Inglês do Kumon, para estimular a habilidade auditiva e tomar o

estudo mais eficaz.

64 - Exame de proficiência da Língua Inglesa

Os resultados obtidos pelos alunos do Kumon nos exames de proficiência em

inglês, no Japão, mostram sua eficiência.

Dos 236 pré-escolares com menos de 5 anos aprovados nos exames, 41 % eram

alunos do Kumon (dados de 1994) (PIO, 1997, p.202).

O aluno Mitiru Motou estabeleceu um recorde como a criança mais nova a

conseguir a aprovação no nível 5 do exame de Proficiência, tinha apenas 2 anos e onze

meses de idade.

Este exame de Proficiência da Língua Inglesa é realizada no Japão e

reconhecido pelo Ministério Japonês de Educação; possui 5 níveis, o nível 1 é o de

maior dificuldade.

65 - Vídeo KEC

O Método, esclarece aos alunos, através de Vídeo, como é trabalhado o curso de

Língua Inglesa (KEC).

66 - Curso de Francês e Alemão

O Kumon possui também em alguns países os cursos de Alemão e Francês com

material muito bem estruturado, possibilitando o estudo não só de adultos, mas pré-

escolares e estudantes do 1°. grau.

67 - Língua Pátria

4 Cardy: aparelho com CD player; criado em conjunto com a Sanyo Corporation

38

Vários países possuem o curso de Língua Pátria, com material próprio muitas

vezes ilustrado, seguindo a mesma metodologia do Kumon Matemática, e espera estar

contribuindo grandemente para o enriquecimento dos cidadãos.

68 - Alfabetização

O professor considerava a alfabetização de adultos ou crianças pelo método

uma forma de contribuir para o declínio do analfabetismo no mundo.

EDUCAÇAO DE PNEE E IDOSOS

69 - Crianças PNEE

O método Kumon pode fazer muito por cnanças com deficiência mental,

autistas ou com Síndrome de Down, e muito já fez a milhares de pessoas em muitos

países inclusive no Brasil

Estes casos ilustram bem o quanto evoluíram:

- Aluno autista da Sa.série/ 1°. grau, atingiu o estágio J30 do material de

matemática com conteúdos correspondentes ao do 2°. grau, montando o tabuleiro

imantado de 1 a 100, em apenas um minuto e 24 segundos. Obteve sucesso nos

estudos e ao terminar o 2°. grau ingressou na faculdade de Sociologia. (Revista

Tsukushimbo Nobita, 9).

- Aluno da 2a. série/1°. grau com deficiência mental, atingiu os estágios H 150

de Matemática (conteúdos de 7a.série/1 0. grau) e F80 de Língua Pátria (Revista

Tsukushi, 30).

- Aluno com síndrome de Down da 4a. série/1 0. grau, atingiu os estágios F40 de

Matemática e F 150 de Língua Pátria, conseguiu ingressar em um curso especializado

de comércio. Continou no Kumon em matemática até conteúdos do 2°. grau e terminou

o curso de Língua Pátria (Revista Tsukushi, 29).

Escola Kasuga no Japão (Província de Saga) que é especializada em educar

deficientes mentais, introduziu o Método Kumon e seus diretores perceberam

mudanças notáveis no comportamento das crianças:

tomaram-se mais alegres e sorridentes;

39

passaram a fazer lições de casa;

verificou-se um aumento de peso e altura;

crianças com afazia passaram a falar;

passaram a comer mais e deixar menos comida nos pratos;

funcionários da escola lamentaram não ter introduzido o Método Kumon

antes.

70 - Orientando crianças PNEE

Para os PNEE, as orientadores utilizam as mesmas técnicas dos pré-escolares.

71 - Idoso de 87 anos que dormia 23 horas por dia

Um caso notável de grande progresso com um idoso de 87 anos, que em virtude

de um derrame cerebral ocorrido há 20 anos, não conseguia mais se locomover e

dormia quase o tempo todo, 23 horas por dia.

Começou a fazer Kumon na esperança de ativar seu cérebro, no estágio 4 A e

após 5 meses já havia atingido o estágio D.

A melhora apresentada foi muito grande, passou a ir ao banheiro sozinho, já não

necessitava de auxílio dispensando a enfermeira, aumentou seu apetite, reduziu seu

tempo de sono e sua expressão facial melhorou.(PIO, 1997, p.204).

TÉCNICAS DE ORIENTAÇAO

72 - Orientação especial

É um tipo de orientação aplicada a alunos com mau andamento ou a alunos que

começam a apresentar dificuldades.

Consiste em fazer o aluno voltar 100 ou 200 folhas do material, estabelecendo

novas metas de resolução:

Retomando o ritmo e a motivação e obtendo sucesso.

73 - Estudo Concentrado

40

Este estudo, chama-se assim porque proporciona ao aluno uma espécie de

desafio, refazer o material já estudado a quantidade que lhe for possível, no período de

uma aula normal na Unidade. Tem o objetivo de revisar conteúdos, fazer o aluno

superar suas dificuldades e avançar nos seus estudos do estágio que está estudando,

aumentar o gosto pelo estudo, e consequentemente melhorar o seu desempenho

escolar.

74 - Motivação para um período difícil

Segundo o professor Kumon (Pio, 1997,p 206), quando um aluno passa por

dificuldades, o incentivo da matrícula de um amiguinho pode fazer ambos obterem

ótimos resultados.

75 - Facilitando o acesso a livros didáticos

Com leitura informativa, os orientadores podem oferecer livros didáticos

correspondentes às matérias estudadas, por exemplo em Matemática, no material

didático do estágio B , um livro correspondente à 3a série/ 10 grau, para o estágio G, da

7asérie/1 o grau e assim por diante.

76-Lendo os livros didáticos

Os alunos podem ler sempre os livros didáticos correspondentes a uma série

escolar acima da matéria que estão estudando.

o MÉTODO KUMON NA ESCOLA

77- Um método útil para o futuro

O método Kumon é uma forma de aprendizado desenvolvido no lar, não é um

reforço para os conteúdos da escola.

Seu objetivo é muito maior, é proporcionar tranqüilidade nos estudos futuros,

portanto seu material não se centraliza em conteúdos escolares.

78 - Apenas copiar em sala de aula

41

"No Japão durante as aulas de matemática, mais de 90% dos alunos do 2° Grau

são meros copiadores do conteúdo que o professor escreve no quadro negro"

(PIO, 1997, p. 206).

Não pensam sobre a matéria mais que 3 minutos, este fato, segundo o professor

Kumon se deve à falta de habilidade em cálculos algébricos, justificando o quão

importante é desenvolver no aluno a habilidade em cálculos, ultrapassando sua série

escolar.

79- Para ingressar nas melhores universidades

Um dos méritos do Método Kumon é preparar o aluno para as melhores

Universidades.

"Aquele que, quando pequeno, começa a estudar de forma contínua e adequada

à sua capacidade e, no início do primeiro grau (nas primeiras séries), atinge o nível do

segundo grau, terá um vestibular tranqüilo". (KUMON, 1995, p. 42 )

80 - Resultados mais rápido do que os outros cursos

O método Kumon não possui o sistema das aulas particulares e o resultado

obtido é bem diferente, numa pesquisa de opinião realizada pela televisão japonesa

NHK no ano de 1970, com 100 professores de ginásio obteve os seguintes resultados

para as perguntas:

a.. A capacidade de estudos dos alunos é desenvolvida com os professores particulares

e em cursos preparatórios?

SIM 12 professores

NÃO 88 professores

a.. Já ministraram aulas particulares ou lecionam em cursos preparatórios?

SIM 21 professores

NÃO 79 professores

Pelas respostas a análise feita pelo professor Kumon foi a seguinte:

42

Os próprios professores que trabalham com aulas particulares não acreditam nas

melhoras de seus aluno, e contam vantagens dos 20% de sucesso alcançados,

esquecendo-se dos outros.

No Kumon acontece ao contrário, as orientadoras obtém sucesso com 80% dos

alunos e 20% que apresentam dificuldades, lutam incessantemente para reverter esta

situação. O que acaba acontecendo.

81 - Resultados do aprendizado nas entidades assistenciais

Os cálculos matemáticos apresentados pelo método Kumon proporcionam

considerável aumento de concentração sem mencionar todas as outras habilidades

conferidas, percebida em Entidades Assistenciais onde se faz presente, com o aumento

significativo de internos que ingressaram em colégios e faculdades.

82- Estudantes excelentes no 2° grau

A seqüência do material didático e o conteúdo proporcionam ao aluno um ótimo

desempenho no 2° grau.

Conta o professor Kumon (Pio, 1997,p.208) que recebeu uma carta de uma mãe

de 28 anos, relatando que sentiu a importância de uma das características do Kumon

"avançar além da série escolar"; que na 5a série/1 ° grau resolvia muito bem os

problemas aritméticos ,tanto que seu desejo era seguir um curso de exatas, na

faculdade, entretanto no 2° ano do 2° grau teve de desistir do seu sonho ,pois percebeu

que seu rendimento em matemática não era tão bom quanto pensava.

Porém ficou muito intrigada, com um colega de turma que não apresentava

nenhuma dificuldade ao contrário dominava muito bem a matemática e foi questioná-

10 a respeito, este lhe disse: "frequentei o Método Kumon e cheguei até o estágio I,

quando estava ainda na 8a série do 1° grau".

Relatou ao professor Kumon seu arrependimento de ter se contentado apenas

com o conteúdo ensinado na escola, não procurando aprender além disso.

43

83 - Bom desempenho escolar e Método Kumon

Há a comprovação estatística de alunos do Kumon com estudos acima de sua

série escolar, 3 anos ou mais, conseguem a nota máxima na escola: 90% em

Matemática, 95% em Língua Pátria, 97% em Língua Estrangeira.

84- A grande eficácia do Kumon nos exames de admissão

Nestes exame o essencial para que o aluno obtenha êxito, é que consiga escrever

as respostas das questões rápida e corretamente.

No Japão os alunos prestam um exame para poderem cursar a Segunda fase do

10 grau em escolas particulares. É usual que os alunos frequentem cursos preparatórios

para tais exames.

Como o Kumon confere estas habilidades aos seus alunos, já é o bastante para

se obter sucesso, se ele estiver adiantado no material do Kumon o correspondente a

duas ou três séries ou até mais.

O Kumon prepara o aluno para estudar sozinho as outras matérias.

No caso dos pré escolares, ao estudarem o material de Língua Japonesa até o

estágio G, estarão aptos ao exame e ainda mais, desenvolvem as capacidades de

percepção do mundo que os cerca, de raciocínio e crítica.

85 - Prevenindo a delinqüência

A análise feita pelo professor Kumon, a partir de sua longa experiência, é que

os delinqüentes juvenis não gostam de estudar (Pio, 1997,p.209) . Mas quando

oportunizado o método Kumon a estes alunos, percebeu-se uma mudança significativa

, passaram a estudar e gostar da escola.

86 - Ponto de vista da mãe

Em diversas bibliografias, (O Infindável Potencial Humano; Os segredos do

Método Kumon; Características do Método), o professor Kumon se refere à

importância dos pais na educação, em especial das mães, e o quanto sua percepção e

ajuda podem conferir bons resultados no Kumon, na escola e no despertar para as

habilidades.

44

Mas infelizmente existem fatos comprovados pelo Kumon Instituto de

Educação, do quão prej udicial pode ser para os filhos caso suas mães negligenciem o

seu papel.

Cita o professor Kumon, (PIO,1997,p 209) o caso da aluna Emiko, da 53 série

do 10 grau, residente na Província de Saitama no Japão, que apresentava muita

dificuldade nos estudos e não era aceita por seus colegas na escola, o que lhe causou

um grande trauma a ponto de sofrer um stress, resultando na Síndrome de Quedas de

Cabelos. Sua mãe era extremamente nervosa e recusou-se a entender a situação que a

menina estava vivendo, tratando-a também com agressividade.

Mas, resolveu colocar Emiko no Kumon, esta começou seus estudos no estágio

2 AI, em dois meses havia avançado até o estágio D 140, estava muito motivada a

estudar. e ainda mais no Kumon, passava segundo a sua orientadora duas a três horas

na Unidade, fazia seu Kumon e depois os deveres da escola, fato que não acontece nas

Unidades pois existe um tempo de permanência e não é costume deixar o aluno fazer

seus deveres da escola ali. Mas a orientadora compreendia a situação da menina. Seu

exemplo de força de vontade e dedicação motivou os outros alunos da Unidade. Com

satisfação ,a orientadora passou esses dados à sua mãe, que permaneceu indiferente.

Esta situação levou Emiko ao suicídio.

87 - Ponto de vista dos professores de escola tradicional

Em 1995, foi realizada uma pesquisa no Japão, constatando que 60% dos

professores da escola tradicional, se tivessem que matricular seus filhos em outros

cursos, os colocariam no Kumon como primeira alternativa.

88- Desenvolvendo maior comunicação com os professores da escola tradicional

Nesta característica, o professor Kumon incentiva todas as orientadoras do

Método a estabelecerem boa comunicação com os professores das escolas, isto os

levará a uma troca de experiências, boas discussões, colaborando para o

enriquecimento da educação naquele país. A importância que o professor dava à

educação era tamanha, que através dela estaria ajudando a promover a paz mundial.

45

CAPÍTULO IV

ESTRUTURA DO MÉTODO - MATERIAL DIDÁTICO

Para melhor entender a metodologia do Kumon, a estrutura do seu material

didático e sua aplicação, faz-se necessário conhecer os seus princípios fundamentais e

os objetivos educacionais a que se propõem.

Princípios Fundamentais:

o método Kumon é uma forma de educação que se coloca na posição da

criança.

O Método Kumon difere da maioria dos sistemas educacionais, por perceber a

educação de forma diferente, onde o conhecimento não é passado de cima para baixo,

do professor para o aluno, as aulas não são coletivas, mas previlegiam o

desenvolvimento individualizado, independente da série escolar e respeitam as

diferenças de capacidades entre os alunos, a isto o professor Kumon chamou de

colocar-se na posição da criança.

E a essa individualidade permite que cada aluno estude no seu "Ponto Ideal",

que o conduzirá ao autodidatismo, proporcionando-lhe meios para avançar.

Isto quer dizer que o conhecimento não é imposto unilateralmente, o qual acaba

caindo no esquecimento, mas é o educando que busca aprender ou pesquisar.

o método Kumon é uma forma de educação desenvolvida no Lar.

Segundo Hiroshi Kumon, (Anais do IX Encontro Sul - Americano de

Professores do Kumon, 1997, p.lO) "O método Kumon é uma forma de educação

desenvolvida no lar, e esta educação que me refiro é aquela que se contrapõem ao

ensino da escola tradicional"; exatamente por esta razão é que se tomou possível a

elaboração do material didático de forma decrescente , isto é buscando primeiro o

conteúdo do 20 grau para depois selecionar o conteúdo do 10 grau.

46

Desta forma não fica estranho dizer que o primeiro estágio a ser formulado foi o

"O", estágio que conclui o Kumon. Ao contrário do que se pensa, o estágio "A" não

foi o primeiro, e o estágio "B" não é uma sucessão do estágio A e assim por diante.

Isto se deu por estar no estágio O, o objetivo a ser alcançado (em termos de

conteúdos) e para atingí-lo houve a necessidade do estágio anterior, que contém

conteúdos básicos para que o aluno domine com facilidade esse estágio, é nesta ordem

decrescente que foram formulados todos os estágios do Kumon.

Existe então o fator pré-requisito ou seja, o aluno que está estudando no estágio

C por exemplo, não está aprendendo simplesmente o conteúdo do estágio C, mas está

se desenvolvendo, ampliando a sua capacidade para entrar no estágio seguinte, o D .

A seleção de conteúdos estabelecida pelo professor Kumon, difere muito dos

livros didáticos da época e dos atuais da escola tradicional, pois selecionou apenas

aquilo que está diretamente ligado ao seu objetivo.

Observou que os educadores ao formularem livros didáticos, devido a sua

forma de ver a educação, selecionam praticamente todos os conteúdos, isto é uma

grande quantidade de assuntos. Ele fez o contrário , não foi acrescentando assuntos ,

na verdade foi excluindo com responsabilidade e bom censo, e excluiu tudo o que não era

necessário para o objetivo final.

Os fatores que o levaram a este tipo de seleção, era não se tomar repetitivo

pois os bloquinhos criados para o Takeshi eram um estudo paralelo aos da escola,

então o material deveria ser mais atrativo que seus livros e diferente dos mesmos.

Procurou colocar-se na posição do menino, tentar impulsioná-I o até atingir o

conteúdo do 2° grau através do autodidatismo.

Os materiais didáticos foram elaborados para produzir o maior efeito em menor

espaço de tempo.

Seu filho Hiroshi Kumon, na palestra de abertura do IX Congresso Sul-

Americano (1997), fez a seguinte indagação: "Será que se o material didático do

Kumon adotasse conteúdos dos livros didáticos da escola tradicional japonesa, seria

possível utilizá-los nos Estados Unidos, Coréia ou mesmo no Brasil"? ( Anais do IX

47

Encontro Sul Americano de Professores do Kumon, Kumon Tnstituto de

Educação.Dez/97, p.l l ).

O professor ao elaborar seu material apenas com o essencial tomou-o

UNIVERSAL. Mas , de forma alguma pensava em difundí-Io em tantos países, como

está sendo feito atualmente.

o método Kumon é uma forma de educação que desenvolve eficazmente a

habilidade técnica.

Na escola tradicional, existem algumas disciplinas que se enquadram dentre

aquelas que desenvolvem a habilidade técnica, dentre elas a Matemática, a Língua

Pátria e Música; outras basicamente transmitem conhecimentos como Ciências e

Estudos Sociais.

Segundo o professor Kumon, nas disciplinas de habilidade técnica, o

conhecimento básico é fundamental, nessas disciplinas não é fácil progredir ,

afirmando que através da repetição do básico, finalmente se adquire o domínio.

Como a matemática precisa de conteúdos básicos para que o aluno consiga

progredir, abstrair, criou como um dos pilares didáticos a repetição do material até

que a assimilação estivesse próxima do lOO%.

Inclusive estabeleceu uma pesquisa sobre a repetição e sua ligação com as

sinapses, a nível cerebral incluindo neurologistas que deram o seu parecer,

devidamente citados nos princípios de orientação.

Este é um aspecto do método bastante criticado, mas bem embasado por seu

fundador e pelas pesquisas ligadas ao método.

OBJETIVO DO KUMON

"Transformar Qualquer Criança Em Um Aluno Brilhante".

Segundo o prof. Toru Kumon, o objetivo de seu método é abrir as portas a toda

e qualquer criança e orientar, da maneira mais adequada, tanto aquelas com bom

48

desempenho, quanto aquelas com mau desempenho, a fim de que possam expandir o

seu potencial o máximo possível".(KUMON, I998,p.75)

MAS O QUE É ALUNO BRILHANTE?

Esta expressão é própria do método, para alunos que estudam 2, 3 ou mais anos

acima de sua série escolar com facilidade e destreza. O professor sabia que isto era

possível e afirmava "Dentro de toda criança existe um aluno brilhante".(Kumon,

1995, p.75)

Suas afirmações sempre são respaldadas em como fazer para se obter tal

conquista e em exemplos concretos.

Então considerou três condições determinantes, para se obter alunos brilhantes:

13) Oportunidades adequadas ao estudo (idade, época, ambiente, orientador,

etc.)

23)Orientação adequada à individualidade e à capacidade do aluno.

33) Estudar e avançar nos estudos sem sobrecargas sem desperdícios" ponto

ideal".

O professor cita o exemplo da menina japonesa Lika, que foi monitorada pelo

Método Kumon.

Aos dois anos e meio de idade conseguia identificar os números de 1 a 10.

Aos 4 anos, resolvia contas armadas de adição e subtração e de problemas de

aplicação em nível de 43 série, possuía uma grande capacidade de leitura que facilitava

seu entendimento quanto aos enunciados.

Aos 5 anos, sabia a tabuada e antes de ingressar no ensino fundamental, fazia

multiplicações de seis algarismos por seis algarismos sem errar.

Sua mãe Senhora Naomi, declarou: "Percebi o quanto é fácil para um pré-

escolar aprender, e aprendem rapidamente, a curiosidade da criança mostra que é

preciso dar respostas adequadas às suas dúvidas e quão grande é a responsabilidade

dos pais em especial das mães em dar continuidade e condições para a criança

continuar aprendendo".

49

Também notou que quando dava a Lika coisas além de sua capacidade, ela

reclamava, mas quando estava dentro de sua capacidade ela acatava e com prazer .

(KUMON, 1995, p.76)

Suas afirmações coincidem com as inúmeras declarações do professor Kumon à

esse respeito, que aí está o ponto de partida, se oferecermos o material adequado à

capacidade da criança, qualquer criança se desenvolverá, fato que só pode ser feito

individualmente, pois cada ser é único, e se houver mesmo assim alguma dificuldade,

é o momento exato para reflexões e ajustes.

A individualidade é fundamental, segundo o professor Kumon, para não

prejudicar os alunos com ótimo desempenho, poderiam prosseguir seus estudos sem

desperdício de tempo, pois são nivelados pelo ritmo dos colegas.

PONTO IDEAL DE ESTUDO

o ponto ideal de estudos será determinado pelo ajuste da programação

adequado,

feito por meio da determinação correta do ponto de partida na hora da matrícula e da

verificação e do tempo de estudo dos alunos nos estudos posteriores.(PIO, 1997,p.l O)

TEMPO PADRÃO DE RESOLUÇÃO (TPR)

É o intervalo de tempo que o aluno leva para concluir uma folha do material

didático com 100% de aproveitamento, já estão incluídas as possíveis correções. É

determinado como padrão para avaliar a condição de estudo do aluno.

O TPR ajuda a verificar a necessidade de repetições, para que o aluno possa

avançar com segurança nos estágios.

Interpretação: Está delimitado entre X e Y minutos,e os estágios apresentam o

tempo padrão em tabelas. ( início de cada estágio)

Se TPR < [ X minutos x quantidade total de folhas], é para avançar.

Se TPR >.[ Y minutos x quantidade total de folhas], é para repetir.

(PIO,1997,p.ll)

50

Cabe ao orientador observar, caso o tempo esteja entre X e Y, se deve avançar

no material ou repetir. Todos os critérios ligados a este importante ponto do Método

são explicados e estudados na formação dos orientadores, para a melhor aplicação do

método.

TESTE DE ASSIMILAÇÃO

É aplicado um teste para ver o quanto o aluno assimilou daquele determinado

estágio, quando o aluno o finaliza. Também auxilia na programação do próximo

estágio. Existe uma classificação em grupos quanto à aprendizagem , se os alunos

encaixarem-se nos grupos 1°, 2°, estudarão melhor nos estágios seguintes.

Sempre que é aplicado um teste de assimilação, os orientadores informam os

resultados aos pais.

ESTUDO DIÁRIO

o estudo diário, em casa é extremamente importante, primeiro para formar o

hábito de estudar e obter melhores beneficios, se o estudo estiver no ponto ideal, o

aluno não deixará de fazer as lições, este aspecto é verificado pela orientadora sempre

que o aluno chegar na Unidade, a qual tomará providências imediatas para manter o

mesmo ritmo e o desejo de fazê-Ia.

Para os alunos que têm dificuldade de estudar regularmente, os orientadores

pedem aos pais que estabeleçam a "Hora do Kumon", que deve acontecer sempre no

mesmo horário.

ANOTANDO SOBRE OS RESULTADOS

Todo material didático do Método possui um espaço para marcar o dia, hora e

nota obtida.

Os resultados de cada atividade são passados nas fichas especiais que compõem

o Boletim de Notas, da Unidade. Assim todo o andamento de estudo dos alunos estão

registrados e atualizados, proporcionando à orientadora urna análise fácil e conferir se

a programação está proporcionando um real aprendizado, no "Ponto Ideal".

No boletim de notas são registrados data.número e quantidade de folhas do

material didático, nota inicial, tempo de estudo, etc.

No boletim de programação, registram-se graficamente o andamento dentro

dos estágios, as repetições necessárias.

E finalizando o trabalho de registros, o Boletim Verde conta graficamente toda

a trajetória do aluno no Método Kumon , os testes de assimilação de cada estágio; é de

fácil entendimento, atualizado mensalmente e fica à disposição dos pais na Unidade

para verificar o progresso dos seus filhos.

ESTÁGIOS

"Estágios" - São fases que o aluno passa através de seu material didático à

medida que vai evoluindo, nomeados por letras do alfabeto do A ao O. Comparando

os estágios às séries escolares temos:

PRÉ ESCOLARES: 7 A, 6 A, 5 A, 4 A, 3 A, 2 A .

e FASE DO ENSINO FUNDAMENTAL: A,B,C,D, respectivamente 13série,

23 série, 33série, 43 série.

r FASE DO ENSINO FUNDAMENTAL: E,F,G,H, S3série, 63 série,73 série,

83série respectivamente.

ENSINO MÉDIO E GRADUAÇÃO: 1,J,L,M,N,O; os 4 primeiros referem-se

ao ensino médio, os dois últimos, a alguns conteúdos da graduação.

Simbologia: 7 A 1~ 10 , nas folhas a frente é face a, o verso face b. ex: estágio 7 A

bloco 3 folha 9 lê-se: 7 A 39 a ou 7 A 39b.

O material do Kumon foi elaborado para despertar o interesse e a força de

vontade nas crianças. Foram cuidadosamente estabelecidos, desde o tamanho do papel,

sua qualidade até a quantidade de exercícios em cada folha.

As folhas possuem o tamanho de um livro comum, destacáveis num bloco de 10

em 10 folhas e com uma média de 10 exercícios em cada página nos estágios iniciais.

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Quanto aos exercícios, recebem um tratamento visual leve e estimulante, dando

a cada página um aspecto agradável.

Os estágios 7A 6A 5A, são inteiramente coloridos , são importados, portanto

escritos na língua japonesa. Segundo o professor Kumon, todos estes cuidados gráficos

tomam o ensino confortável e despertam o prazer de estudar (KUMON, 1995,p.58).

UNIDADE

É o ambiente utilizado para aplicar o método Kumon, no princípio eram as salas

das casas das orientadoras, hoje já existem Unidades em centros comerciais, ou salas

COmerCIaISque sofreram uma adaptação para se tomarem o ambiente de estudo

propício.

Além da boa aparência, higiene ambiental e condições excelentes de

luminosidade e ventilação, existe um "layour' padrão, para que os alunos, auxiliares e

orientadora possam se locomover facilmente, e continuar mantendo o silêncio, quesito

importante no ambiente de estudos, para favorecer a concentração.

O aluno ao chegar na Unidade, recebe uma pasta que contém todos os seus

dados e material da aula, escolhe o seu lugar, as unidades possuem mesas e cadeiras ao

invés de carteiras enfileiradas; com uma auxiliar em cada uma delas (ilhas), que fará a

correção do material referente às lições de casa, enquanto o aluno faz o material

daquela aula, ao terminar de fazê-Ias, receberá as lições de casa já corrigidas,passará

então as notas no seu boletim e se houver erros os corrigirá imediatamente, neste

espaço de tempo a auxiliar já corrigiu seus blocos feitos na aula, cujas notas e

correções serão feitas imediatamente. Essas experiências são os primeiros passos para

tomar uma criança que não gosta de estudar, num aluno que sente prazer em

estudar."(KUMON, 1995, p.58).

Também é neste ambiente que acontecem as reuniões com os pais do aluno mês

a mês, e no encerramento do período.

5 Layout: maneira adequada de posicionar os móveis na unidade

fi pi:1Jcer Ia com os pais e consrceraca pomo runcamentaí para o sucesso do

aluno. (ANEXO I)