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MERCADO DE TRABALHO REGIONAL FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU Graduação em Engenharias Civil e Mecânica Disciplina: Desenvolvimento Pessoal e Empregabilidade Profa. Dra. Marcela Montalvão Teti

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MERCADO DE TRABALHO REGIONALFACULDADE MAURÍCIO DE NASSAUGraduação em Engenharias Civil e MecânicaDisciplina: Desenvolvimento Pessoal e EmpregabilidadeProfa. Dra. Marcela Montalvão Teti

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PARTICULARIZANDO O CASO NORDESTINO• O Nordeste é a economia Regional mais antiga do país.• Desenvolvimento da economia açucareira acontece no início

do séc. XX• Em geral, destaca-se duas fases do desenvolvimento

regional:• Uma diz respeito ao isolamento regional e letargia.

• Tem relação com a herança de recorrentes e prolongadas crises do setor primário-exportador.

• Outra tem relação com a crescente articulação regional, especialmente com o Sudeste.• Nas décadas de 1940 e 1950, caracterizada por uma etapa

concorrencial.• Depois, um período de integração da estrutura produtiva inter-

regional, mediante a transferência de capitais, das regiões mais desenvolvidas do país para o Nordeste brasileiro.

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DESENVOLVIMENTO DO MERCADO INTERNO

• Até 1930 – Desenvolvimento do mercado interno com a economia volta à produção açucareira.

• Os maiores mercados do açúcar nordestino eram estados do Sudeste.

• A partir de 1930 há uma queda na produção.• Após a 2ª Guerra Mundial, os produtores do Sudeste passam a

vender açúcar para o mercado nacional, tornando-se concorrência do Nordeste.

• Principais estados concorrentes: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas.

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INDÚSTRIA TEXTIL• Início do séc. XX apresentava incipiente desenvolvimento.• Características dos estados da Bahia e Pernambuco.• Juntamente com o setor agrícola, tipificou o

desenvolvimento regional até o final da década de 1950.• Atravessou uma crise dos anos 1950, por causa da abertura

de rodovias e a integração do mercado nacional.• Depois da Guerra, o parque têxtil do Sudeste se moderniza,

por meio de subsídios cambiais à importação de equipamentos.

• Na segunda metade do séc. XX, a indústria textil se debilita entrando em um estado de obsolência.

• Há, então, uma ecessidade de ajustamento da economia nordestina.

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SEC. XX - INDUSTRIALIZAR• Até a década de 1950 – A economia nordestina procurava se

adaptar às mudanças na economia brasileira.• A partir da década de 1950 – há um período de vigoroso

dinamismo. • Mudança que está relacionada à transferência de capitais

produtivos na região por meio de ações de estado.• Principal objetivo: Industrializar a região, implantar

atividades industriais; promover modernização das mesmas.• Mudanças nos Modos de Produção:• Superação do quadro de letargia e atraso.• Produzem a expansão do produto regional, com taxas de

crescimento superiores ao resto do país.• Potencial capacidade de acumulação nos períodos de 1965-1979.

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MUDANÇAS NO REGIME DE PRODUÇÃO• Tal crescimento da economia nordestina resulta numa

mudança da estrutura produtiva.• Novos processos de trabalho foram introduzidos.• Houve redução da mão-de-obra em determinados

subsetores.• Ao mesmo tempo que houve expansão de mão-de-obra em

atividades industriais antes não existentes.• Mudanças na competividade inter-regional.• Redefinição dos limites de interdependência regional.• Mudanças na composição da oferta e da procura.• A mudança reflete o período de 3 décadas de intenso

crescimento da economia brasileira.• Até a década de 1980.

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HISTÓRIA RECENTE• Década de 1980: Crise financeira aguda.• Interrupção abrupta de fontes de financiamento externas.• Incapacidade do Estado de gerar fontes alternativas de poupança.

• Tentativas frustradas de planos de estabilização.• Manutenção considerável do nível de desemprego.• Elevado crescimento da informalização do mercado de

trabalho.• Resultado da política macroeconômica e das mudanças

tecnológicas, do processo de reestruturação produtiva.• Incapacidade do estado de gerar mecanismos incentivadores

de formalização das relações de trabalho.

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PECULIARIDADES DO NORDESTE• O sistema da monocultura manufatureira, se ajustava às

crises mantendo intacta sua estrutura.• Tinha, em geral, financiamento público, mantendo dívidas

adiadas ou perdoadas.• Herança escravocrata: • Regime de trabalho assalariado, mas com• Estrutura fundiária.• Dominância oligárquica.• Atraso cultural.• Baixos salários.• O ajuste do sistemas às crises sempre envolveu custos salariais.• Por isso, a rentabilidade se mantinha.

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RITMOS DE CRESCIMENTO• Paraíba, Sergipe e

Rio Grande do Norte têm uma base econômica relativamente reduzida.• Bahia, Pernambuco e

Ceará são as maiores economias do Nordeste.

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ATIVIDADES EM CRESCIMENTO

• Agricultura Irrigada e fruticultura no Vale do São Francisco.

• Fruticultura do oeste do Rio Grande do Norte.

• Complexo Petroquímico de Camaçari.

• Agricultura de Grãos no oeste da Bahia.

• Atividade Petrolífera no Rio Grande do Norte, Bahia e Sergipe.

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POPULAÇÃO NORDESTINA• Baixa capacidade de

retenção da população, especialmente na década de 1970.• As vezes, a migração é

considerada benéfica por diminuir a pressão sobre a infraestrutura, serviços urbanos e mercado de trabalho• O Nordeste concentra 1/3

das 21 cidades brasileiras com mais de 500 mil habitantes.

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CRESCIMENTO DESORDENADO NO NORDESTE• A taxa de urbanização é

inferior a do Brasil.• Grande pressão sobre a

infraestrutura urbana.• Maranhão tem taxa de

ocupação urbana de 40%.• Pernambuco tem mais de

70%.• A da Bahia é menor que

20,9%.• Alagoas tem 85,3%.• Sergipe está entre os

estados mais densamente povoados.

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PROBLEMAS ECONOMICO-SOCIAIS

• Economia canavieira ainda constitui a mais importante atividade.• Há graves problemas de

desemprego.• A distribuição de

rendimentos é muito desigual.• Juntamente com o Norte, a

distribuição de renda no Nordeste influencia o atual perfil da distribuição de renda nacional.

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DESEMPREGO• O Nordeste possui as

maiores taxas de desemprego do país.• As maiores estão em

Recife e Salvador.• Influem para isso, a

economia das famílias e os mecanismos de acesso educacionais.• Recife tem destaque

também pelos altos índices de criminalidade e pobreza.

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CRESCIMENTO DO SETOR DE SERVIÇOS

• Aos poucos desenvolve-se uma vocação terciária.• Englobam atividades

comerciais e de serviços.• Pólos médicos, de

informática, implantação de shopping centers, lojas de departamento e mini-shopping centers.

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PROBLEMAS ESTRUTURAIS QUE AINDA PERSISTEM• Baixa qualificação da mão-

de-obra.• Poucos profissionais com

alto nível de escolaridade.• Alta proporção das relações

informais.• Somente 15,6% no Nordeste

tem carteira assinada.• Grande importância do

setor público.• Sucessão de governos de

competência administrativa questionável.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS• Araújo, T. P.; Souza, A. do V.; Lima, R. A. (1997). Nordeste:

Economia e mercado de trabalho. Estudos Avançado, 11 (29), pp. 55-77.