memento mori vi noite de poesia aroldo camelo

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o Mori o Mori VI Noite de Poesia VI Noite de Poesia Carpe Diem – Brasília / DF Carpe Diem – Brasília / DF 29 de setembro de 2008 29 de setembro de 2008 Homenagem a Homenagem a Joaquim Maria Machado de Assis Joaquim Maria Machado de Assis Centenário da morte do autor – 1908 / 2008 Centenário da morte do autor – 1908 / 2008

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MementMemento Morio Mori

VI Noite de PoesiaVI Noite de PoesiaCarpe Diem – Brasília / DFCarpe Diem – Brasília / DF29 de setembro de 200829 de setembro de 2008

Homenagem a Homenagem a Joaquim Maria Machado de AssisJoaquim Maria Machado de Assis

Centenário da morte do autor – 1908 / 2008Centenário da morte do autor – 1908 / 2008

Aroldo CameloAroldo Camelo http://www.mementomori.com.brhttp://www.mementomori.com.br

Perfil do EscritorPerfil do Escritor

Aroldo CameloAroldo CameloÉÉ

Poeta da Noite...Poeta da Noite...

Memento Mori

VIVI

Aroldo CameloAroldo Camelo http://www.mementomori.com.brhttp://www.mementomori.com.br

"Quando aqui cheguei"Quando aqui chegueicumprimentei uma árvorecumprimentei uma árvorenanica e tortananica e tortaaparentemente morta,aparentemente morta,que disse absorta:que disse absorta:‘‘seja bem-vindo, amigo!seja bem-vindo, amigo!’’Fui tão bem-vindoFui tão bem-vindoque aqui plantei sementesque aqui plantei sementese colhi três frutos doces!e colhi três frutos doces!””

Aroldo CameloAroldo Camelo http://www.mementomori.com.brhttp://www.mementomori.com.br

Quase-andróide Quase-andróide

quase andróide fuiquase andróide fuipor longos anos!por longos anos!rompi com dogmas,rompi com dogmas,preceitos e perfispreceitos e perfisna luta incessantena luta incessantede continuar feliz!de continuar feliz!queriam que eu fosse escravoqueriam que eu fosse escravodo deus computadordo deus computadorou, quem sabe, escravoou, quem sabe, escravode um pseudo ditador.de um pseudo ditador.

por vezes penseipor vezes penseique nas veias daquela genteque nas veias daquela gentenão corria sangue quente,não corria sangue quente,mas, tão-somente, zeros e unsmas, tão-somente, zeros e unsa se juntarem em bis e bytesa se juntarem em bis e bytesna formação de palavrasna formação de palavrasque só mesmo um cérebroque só mesmo um cérebrode uma estúpida máquinade uma estúpida máquinaconsegue entender.consegue entender.

Aroldo CameloAroldo Camelo http://www.mementomori.com.brhttp://www.mementomori.com.br

Quase-andróide Quase-andróide o que fazer se humano sou,o que fazer se humano sou,se poeta estou?se poeta estou?desaparecer desse laboratóriodesaparecer desse laboratóriode fabricação de robôsde fabricação de robôsantes de, quem sabe, me verantes de, quem sabe, me vertransformado em simples transformado em simples software qualquersoftware qualquere ser guardado em disco magnético, e ser guardado em disco magnético, correndo o risco de ser contaminadocorrendo o risco de ser contaminadopelo vírus que destróipelo vírus que destróiou mesmo, correndo o risco ainda maior,ou mesmo, correndo o risco ainda maior,cair no abismo de um loop infinitocair no abismo de um loop infinitoe ficar maluco,e ficar maluco,ficar maluco,ficar maluco,ficar maluco...ficar maluco...

Aroldo CameloAroldo Camelo http://www.mementomori.com.brhttp://www.mementomori.com.br

Morada de Robôs Morada de Robôs lá onde o poema é pó(len)lá onde o poema é pó(len)e tudo que flutua é letra morta.e tudo que flutua é letra morta.o ignóbil é sagrado.o ignóbil é sagrado.terra de obtusos. Ali toda linguagemterra de obtusos. Ali toda linguagemé metálica, carregada, estéril.é metálica, carregada, estéril.espíritos vomitam bitsespíritos vomitam bitse profetas reverberame profetas reverberamvozes cibernéticasvozes cibernéticasna exaltação dos robôs.na exaltação dos robôs.de soda cáustica é o cálicede soda cáustica é o cáliceservido aos poetas.servido aos poetas.lá, onde sensibilidade é artigo revogado,lá, onde sensibilidade é artigo revogado,não frutifica aves sonhadoras.não frutifica aves sonhadoras.quem canta dores e alegrias?quem canta dores e alegrias?quem grita por socorro?quem grita por socorro?quem denuncia o estupro da palavra?quem denuncia o estupro da palavra?sob a égide dos andróides, o silêncio é a lei!sob a égide dos andróides, o silêncio é a lei!

MementMemento Morio Mori

VI Noite de PoesiaVI Noite de PoesiaCarpe Diem – Brasília / DFCarpe Diem – Brasília / DF29 de setembro de 200829 de setembro de 2008

Homenagem a Homenagem a Joaquim Maria Machado de AssisJoaquim Maria Machado de Assis

Centenário da morte do autor – 1908 / 2008Centenário da morte do autor – 1908 / 2008