mecanismos cerebrais

65
MECANISMOS MECANISMOS CEREBRAIS CEREBRAIS DR. RENATO FERNANDES ELIAS DR. RENATO FERNANDES ELIAS CRM 52 65607-0 CRM 52 65607-0

Upload: malha

Post on 10-Jan-2016

77 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

MECANISMOS CEREBRAIS. Dr. Renato Fernandes Elias CRM 52 65607-0. Pós Graduado em Tratamento de Dependência Química pela PUC-RIO Professor do Curso de Pós Graduação Latu Sensu “Prevenção e Tratamento do Uso de Drogas Psicoativas” pela PUC-RIO Médico Assistente da Clínica Jorge Jaber - PowerPoint PPT Presentation

TRANSCRIPT

Page 1: MECANISMOS CEREBRAIS

MECANISMOS MECANISMOS CEREBRAISCEREBRAIS

DR. RENATO FERNANDES ELIAS DR. RENATO FERNANDES ELIAS CRM 52 65607-0CRM 52 65607-0

Page 2: MECANISMOS CEREBRAIS

Pós Graduado em Tratamento de Dependência Química pela PUC-RIO

Professor do Curso de Pós Graduação Latu Sensu “Prevenção e Tratamento do Uso de Drogas

Psicoativas” pela PUC-RIO

Médico Assistente da Clínica Jorge Jaber

Médico Plantonista da Clínica Jorge Jaber

Contato e-mail: [email protected]

Telefone 9528-8008/2529-8585

www.clinicajorgejaber.com.br

Page 3: MECANISMOS CEREBRAIS

MECANISMOS CEREBRAISMECANISMOS CEREBRAIS

Ainda sobre Espiritualidade Cérebro Sistema Límbico Circuito do Prazer/Recompensa Disfunção Executiva Circuito da Memória Fissura/Craving

Page 4: MECANISMOS CEREBRAIS

Espiritualidade :Desenvolvimento Progressivo de uma

Homeostase Positiva

Euforia

Normoforia

Disforia

Aumento contínuo do bem-estar e da resiliência

Page 5: MECANISMOS CEREBRAIS

Dependência de Drogas :Desenvolvimento Progressivo de uma

Homeostase Negativa

Euforia

Normoforia

Disforia

Page 6: MECANISMOS CEREBRAIS

CÉREBROCÉREBRO

Page 7: MECANISMOS CEREBRAIS
Page 8: MECANISMOS CEREBRAIS
Page 9: MECANISMOS CEREBRAIS
Page 10: MECANISMOS CEREBRAIS

O sistema límbico é responsável pelo O sistema límbico é responsável pelo prazer, recompensa, emoções e prazer, recompensa, emoções e

comportamentos sociais.comportamentos sociais.Formado pela

Área Tegmentar Ventral (VTA),

Núcleo Accumbens (NAc),

Córtex Pré-Frontal (CPF),

Amigdala,

Hipocampo, Tálamo, Hipotálamo, Ciro Cingulado ou

do CínguloSepto

Page 11: MECANISMOS CEREBRAIS

SISTEMA LÍMBICOSISTEMA LÍMBICO PFC – prefrontal cortex;

ACG – anterior cingulate gyrus;

OFC – orbitofrontal cortex;

SCC – subcallosal cortex;

NAcc – nucleus accumbens;

VP – ventral pallidum;

Hipp – hippocampus;

Amyg – amygdala

Page 12: MECANISMOS CEREBRAIS

SISTEMA LÍMBICO SISTEMA LÍMBICO Envolvido no processamento e regulação das emoções, na

memória interesse sexual

Amígdala: Envolvida no processamento do medo e das emoções, no aprendizado, na recompensa, na resposta de fuga ou luta

Hipocampo: Principais funções – armazenamento da memória recente, formação de memória de longo prazo e orientação espacial

Núcleo Accumbens: Envolvido no circuito de busca e de recompensa

Page 13: MECANISMOS CEREBRAIS

CIRCUITOS CEREBRAIS CIRCUITOS CEREBRAIS ENVOLVIDOS NA DEPENDÊNCIA ENVOLVIDOS NA DEPENDÊNCIA

QUÍMICAQUÍMICA

Amígdala, Núcleo Accumbens

CIRCUITO DE RECOMPENSA

Page 14: MECANISMOS CEREBRAIS

CIRCUITO DE BUSCANúcleo Accumbens, globo pálido, tálamo, córtex orbito frontal

CIRCUITO DO CRAVING

CPF, hipocampo e amígdala

Page 15: MECANISMOS CEREBRAIS

CENTRO DE CENTRO DE RECOMPENSARECOMPENSA

Para esta aula consideraremos a VTA, o NAc e o CPF e passaremos a chamar de CENTRO DE RECOMPENSA

Page 16: MECANISMOS CEREBRAIS

CIRUITO DE RECOMPENSACIRUITO DE RECOMPENSA

Page 17: MECANISMOS CEREBRAIS
Page 18: MECANISMOS CEREBRAIS
Page 19: MECANISMOS CEREBRAIS
Page 20: MECANISMOS CEREBRAIS
Page 21: MECANISMOS CEREBRAIS

0

50

100

150

200

0 60 120 180

Time (min)

% o

f B

asal

DA

Ou

tpu

t

NAc shell

Empty

Box Feeding

Di Chiara et al., Neuroscience, 1999.

COMIDA

MountsIntromissionsEjaculations

Fiorino and Phillips, J. Neuroscience, 1997.

Estímulos Naturais elevam os níveis de Dopamina

100

150

200

DA

Co

nce

ntr

ati

on

(%

Bas

elin

e)

15

0

5

10

Co

pu

latio

n F

req

ue

nc

y

SampleNumber

1 2 3 4 5 6 7 8

SEXO

Female Present

Page 22: MECANISMOS CEREBRAIS

Mecanismo de Ação da Cocaína

Page 23: MECANISMOS CEREBRAIS

Mecanismo de Tolerância

Necessidade de aumentar a dose para obter os mesmos efeitos

Neurônio Pré-sinapticoNeurônio Pré-sinaptico

Neurônio Pré-sinapticoNeurônio Pré-sinaptico Neurônio Pós-sinapticoNeurônio Pós-sinaptico

Neurônio Pós-sinapticoNeurônio Pós-sinapticoA)

B)

Page 24: MECANISMOS CEREBRAIS
Page 25: MECANISMOS CEREBRAIS

DISFUNÇÃO DISFUNÇÃO EXECUTIVAEXECUTIVADificuldade de inibir impulsos

Crítica e Julgamento prejudicados

Córtex Orbitofrontal Lateral – Responsável pelas tomadas de decisão. Está inibido no caso dos dependentes químicos.

Page 26: MECANISMOS CEREBRAIS

Dependência de Cocaína e Disfunção Executiva

PRAZER e DESEJO

INIBIÇÃO E DECISÃO

+-

A cocaina ativa o sistema de motivação o e prazer ao mesmo tempo em que compromete o sistema de inibição de desejo e

tomada de decisão

Page 27: MECANISMOS CEREBRAIS

MDMA, CRACK e COCAÍNA destroem neurônios MDMA, CRACK e COCAÍNA destroem neurônios serotoninérgicos do córtex frontal e pré-frontal, serotoninérgicos do córtex frontal e pré-frontal, responsáveis pelo julgamento, critica e inibição responsáveis pelo julgamento, critica e inibição

de impulsosde impulsos

Page 28: MECANISMOS CEREBRAIS

CENTRO DA CENTRO DA MEMÓRIAMEMÓRIA

selecionaremos para esta aula a Amigdala e Hipocampo e passaremos a chamar de CENTRO DA MEMÓRIA.

A “historia do ursinho”

Page 29: MECANISMOS CEREBRAIS

SISTEMA LÍMBICOSISTEMA LÍMBICO PFC – prefrontal cortex;

ACG – anterior cingulate gyrus;

OFC – orbitofrontal cortex;

SCC – subcallosal cortex;

NAcc – nucleus accumbens;

VP – ventral pallidum;

Hipp – hippocampus;

Amyg – amygdala

Page 30: MECANISMOS CEREBRAIS
Page 31: MECANISMOS CEREBRAIS
Page 32: MECANISMOS CEREBRAIS

Nature Video Cocaine Video

Conditioned Association Conditioned Association

1.5

0

.5

1.0

2.0

2.5

Fissura Induzida no Cérebro

Childress et al., Am. J. Psychiatry, 1999

Page 33: MECANISMOS CEREBRAIS

CRAVINGCRAVING

ESTAGIO IA

Procura relacionada ao uso de drogas.

CPF, NAc, Globo Pálido Ventral. Mediado por Glutamato

Page 34: MECANISMOS CEREBRAIS

ESTAGIO IBProcura relacionada a estímulos ambientaisAmígdala Basolateral. Mediado por

Glutamato

ESTAGIO IIProcura relacionada ao estresse, disforia e

ansiedadeAmígdala e CRF. Mediado por Noradrenalina

Page 35: MECANISMOS CEREBRAIS

FIM do módulo 1

Page 36: MECANISMOS CEREBRAIS

MODULO 2DROGAS ESTIMULANTES

COCAINA, CRACK, ANFETAMINAS, MDMA, ECSTASY

Page 37: MECANISMOS CEREBRAIS

Cocaína

Erythroxylon coca

Arbusto natural da américa do Sul, cujas folhas são mascadas por povos andinos há mais de 1200 anos.

Inalada como pó (cloridrato do cocaína – forma ácida)

Fumada (pasta base - merla e crack) Intra-venosa

Page 38: MECANISMOS CEREBRAIS

Farmacologia

Meia vida de 24 horas

Rápido início de ação : 1 a 10 minutos

Mecanismo : inibição da recaptação da dopamina e ação na via tegmento-accumbens-frontal

Page 39: MECANISMOS CEREBRAIS

CRACK Forma Básica da cocaína. Mistura de pasta base de cocaína, bicarbonato e água. Essa mistura quando aquecida, resseca e se transforma numa

pedra. Utilizada fumada em “cachimbos” improvisados. Efeito em segundos. Absorção pulmonar.

Page 40: MECANISMOS CEREBRAIS

Mais barato que a cocaína. Forma de refino da cocaína é mais caro.

NÃO é um subproduto do refino da cocaína. Efeito mais rápido e mais intenso que na

forma inalada. Área de absorção pulmonar equivale 70 m2 (quadra de tênis).

Área da cavidade nasal 10cm2. Atua por aproximadamente 10 minutos.

Page 41: MECANISMOS CEREBRAIS

HISTORICO A primeira apreensão desse derivado da cocaína na cidade de

São Paulo aconteceu em 1990.

Em 1997 o volume de apreensões de crack no Sudeste aumentou 166 vezes e o de pasta base 5,7 vezes.

Levantamentos epidemiológicos não detectavam a presença do crack antes de 1989.

Em 1993, no entanto, por menores em situação de rua 36% e, em 1997, 46% (Noto et al, 1998). Os serviços ambulatoriais

Em São Paulo nos serviços ambulatoriais especializados a proporção de usuários de crack pulou de 17% (1990) para 64% (1994), entre os dependentes de cocaína que buscavam tratamento (Dunn et al, 1996), atingindo níveis superiores a 70%.

Page 42: MECANISMOS CEREBRAIS

Efeitos da Cocaína Físicos e Psicológicos

É procurada por…Prazer e Euforia Aumento da vigília Estimulo da atenção e desempenho cognitivo Melhora da fadiga e aumento da energia físicaSupressão do apetite

Mas causa também…Ansiedade e PânicoTremor Mutismo e catatoniaAlucinação e Paranóia Insônia Compensação sedativa (álcool e BZD) Aumento da pressão arterial e frequência cardíacaCrises Convulsivas AVCAumento da temperatura

Page 43: MECANISMOS CEREBRAIS

Consequências a Longo Prazo do Abuso de Cocaína

Psíquicas Adicção Alterações de humor Alucinações auditivas Psicose paranóide Desatenção e

inquietação Disfunção Executiva

Clínicas Arritimias cardíaca Vasculite cerebral Atrofia Cerebral Perda do olfato Lesão de septo nasal Hepatite B e C HIV/AIDS Desnutrição

Page 44: MECANISMOS CEREBRAIS

Mecanismo de Ação da Cocaína

SINAPSE DOPAMINÉRGICA INIBIÇÃO DA RECAPTAÇÃO DA DOPAMINA PELA COCAÍNA

Page 45: MECANISMOS CEREBRAIS

Mecanismo de Ação da Cocaína

Page 46: MECANISMOS CEREBRAIS

Consequência do Abuso de Cocaína no Metabolismo Cerebral

Efeito do uso crônico da cocaína

Normal

Page 47: MECANISMOS CEREBRAIS

Dependência de Cocaína e Disfunção Executiva

PRAZER e DESEJO

INIBIÇÃO E DECISÃO

+-

A cocaina ativa o sistema de motivação o e prazer ao mesmo tempo em que compromete o sistema de inibição de desejo e

tomada de decisão

Page 48: MECANISMOS CEREBRAIS

Anfetaminas Tipos de anfetaminas

Dextroanfetamina Metanfetamina Pemolina Metilfenidato Dietilpropiona

Uso oral ou aspirada Mecanismo de ação dopaminérgico Duração de efeito de 6 a 12 horas

Page 49: MECANISMOS CEREBRAIS

Anfetaminas - Efeitos Prazer e euforia Aumento da vigília Estimulo da atenção e desempenho

cognitivo Aumento da energia física Supressão do apetite Altos níveis de tolerância , dependência e

abstinência Hipertensão arterial Taquicardia e arritimias Alteração do ciclo do sono e apetite Psicose anfetamínica Vasculite Isquemia cerebral , renal e cardíaca

Page 50: MECANISMOS CEREBRAIS

MDMA Droga sintética :

Metilenodioximetanfetamina Usada em pastilhas ou pó Uso oral ou inalado Estrutura química dupla :

relacionada a anfetamina e a mescalina Mecanismo de ação dopaminégico e

serotoninérgico Efeito de 6 a 8 horas

Page 51: MECANISMOS CEREBRAIS

MDMA Efeitos

Euforia e prazer Distorcões senso-perceptivas Efeito altamente dependente de contexto Intensa agitação psicomotora Hipertermia Aumento da PA e FC Crise convulsiva Parada cardíaca Depressão , letargia e desatenção pós-uso

Page 52: MECANISMOS CEREBRAIS

ECSTASY HISTÓRICO

MDMA ( 3,4 metilenodioximetanfetamina ) é a principal substancia do ecstasy

Patenteada pela Merck em 1914 na Alemanha Baixa utilidade clinica e a guerra estudos

abandonados 1960 o químico americano Alexander

Shulgin conduziu experimentos com a MDMA

Page 53: MECANISMOS CEREBRAIS

HISTÓRICO 1970 psicoterapeutas

americanos preconizam o uso de MDMA como facilitador do processo psicoterapêutico

Observações baseadas no empirismo

Estudos com rigor cientifico não foram realizados

Page 54: MECANISMOS CEREBRAIS

HISTÓRICO

Paralelo ao movimento psicoterapêutico cresce o consumo de MDMA no meio universitário

Estudantes batizam a droga de ECSTASY DEA temendo a popularização decide em 1985

incluir a substancia na lista de proibidas sem o uso clinico

OMS segue a medida logo depois

Page 55: MECANISMOS CEREBRAIS

HISTÓRICO

Entre 1987 e 1988 surge na Espanha, na pequena ilha de Ibiza o movimento cultural e musical que originou a cena eletrônica

Reaparece então o uso de ecstasy Do calor do verão e de sua vida noturna a

droga segue para o Reino Unido e outros países da Europa

Page 56: MECANISMOS CEREBRAIS

BRASIL

O uso de ecstasy permaneceu em pequena escala até meados de 1990

Fenômeno tem ganhado visibilidade sugerindo possível aumento de seu consumo

O abuso deixa de ser exclusivo de jovens de classe media e passa para jovens de classe media baixa

Page 57: MECANISMOS CEREBRAIS

ECSTASY

Entre 2001 e 2002 houve pico de consumo de ecstasy mundo afora

EUA após período do pico e de crescimento continuado,os últimos levantamentos mostram declínio

Europa mostram uma estabilidade do consumo

Ásia aumento significativo do uso

Page 58: MECANISMOS CEREBRAIS

PERFIL DO USUARIO BRASIL

Uso restrito a alguns subgrupos da sociedade

Preço elitiza o consumidor R$ 30 a R$ 50 por comprimido.

Jovens adultos de classe A e B, estudantes universitários e pessoas inseridas no mercado de trabalho

Baixa noção de risco pelos usuários

Page 59: MECANISMOS CEREBRAIS

ECSTASY

Comercializado em comprimidos,cápsulas ou em pó

“bala” “ pill” “ pastilha” Lapachinke et al analisaram 25 lotes entre

1996 e 2001 21 apenas MDMA Restante continha

metanfetamina,anfetamina,MDEA e cafeína Droga de varias formulas

Page 60: MECANISMOS CEREBRAIS

FARMACOLOGIA

3,4 MDMA é um derivado anfetaminico ( feniletilamina)

Uso recreativo nas doses de 75mg a 150mg, podendo haver doses subseqüentes após horas de uso

Efeitos duram de 5 a 6 horas Estimula a liberação e inibe a recaptura de

5HT. Age no neurônio pós-sináptico como agonista 5HT2a. Ação alfa adrenérgica e liberação dopaminérgica em vesícula pré-sináptica

Page 61: MECANISMOS CEREBRAIS

EFEITOS

Melhora nas relações interpessoais,na percepção musical e alteração nos sentidos ( tato e audição)

Melhora a autoestima,diminui o apetite,midriase,taquicardia,aumento da temperatura corpórea e bruxismo

Efeitos residuais episódios depressivos pós-uso, fadiga e insônia

Page 62: MECANISMOS CEREBRAIS

COMPLICAÇÕES

Desencadeamento de afecções psíquicas Ataque de pânico e depressão Déficits mnêmicos e da atenção Ação degenerativa do sistema serotonérgico Intoxicação por água, hiponatremia e

hipertermia fulminante Disfunção do sistema imunológico gripe pós-

uso

Page 63: MECANISMOS CEREBRAIS

Destruição do Neurônios Serotoninégicos Ocasionados pelo Uso de Extase (MDMA)

Page 64: MECANISMOS CEREBRAIS

Consequência a Longo Prazo do Abuso de Metanfetanina no Metabolismo Cerebral

Page 65: MECANISMOS CEREBRAIS

FIM DO MODULO 2