matrizes de competÊncias dos programas …...dominar e aplicar os conhecimentos da anatomia...

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ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br [email protected] 1 MATRIZES DE COMPETÊNCIAS DOS PROGRAMAS DE RESIDÊNCIA MÉDICA COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA SUMÁRIO RESOLUÇÃO PÁGINA RESOLUÇÃO Nº 1, DE 4 DE ABRIL DE 2019 - Aprova a matriz de competências dos Programas de Residência Médica em Cirurgia de Cabeça e Pescoço no Brasil 3 RESOLUÇÃO Nº 2, DE 4 DE ABRIL DE 2019 - Dispõe sobre a matriz de competências dos Programas de Residência Médica em Cirurgia Cardiovascular no Brasil 9 RESOLUÇÃO Nº 3, DE 8 DE ABRIL DE 2019 - Dispõe a matriz de competências dos Programas de Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia 17 RESOLUÇÃO Nº 4, DE 8 DE ABRIL DE 2019 - Aprova a matriz de competências dos Programas de Residência Médica em Oncologia Clínica 37 RESOLUÇÃO Nº 5, DE 8 DE ABRIL DE 2019 - Dispõe sobre a matriz de competências dos Programas de Residência Médica em Cirurgia do Aparelho Digestivo no Brasil 47 RESOLUÇÃO Nº 6, DE 8 DE ABRIL DE 2019 - Dispõe sobre a matriz de competências dos Programas de Residência Médica em Cirurgia da Mão no Brasil 54 RESOLUÇÃO Nº 7, DE 8 DE ABRIL DE 2019 - Dispõe sobre a matriz de competências dos Programas de Residência Médica em Cirurgia Plástica no Brasil 59 RESOLUÇÃO Nº 8, DE 8 DE ABRIL DE 2019 - Dispõe sobre a matriz de competências dos Programas de Residência Médica em Dermatologia no Brasil 65 RESOLUÇÃO Nº 9, DE 8 DE ABRIL DE 2019 - Aprova a matriz de competências dos Programas de Residência Médica em Neurocirurgia 71 RESOLUÇÃO Nº 10, DE 8 DE ABRIL DE 2019 - Dispõe sobre a matriz de competências dos Programas de Residência Médica em Cirurgia Oncológica 80 RESOLUÇÃO Nº 11, DE 8 DE ABRIL DE 2019 - Dispõe sobre a matriz de competências dos Programas de Residência Médica em Anestesiologia no Brasil 88 RESOLUÇÃO Nº 12, DE 8 DE ABRIL DE 2019 - Dispõe sobre a matriz de competências dos Programas de Residência Médica em Alergia e Imunologia no Brasil 93

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1

MATRIZES DE COMPETÊNCIAS DOS PROGRAMAS DE RESIDÊNCIA MÉDICA

COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA

SUMÁRIO

RESOLUÇÃO

PÁGINA

RESOLUÇÃO Nº 1, DE 4 DE ABRIL DE 2019 - Aprova a matriz de competências dos Programas de Residência Médica em Cirurgia de Cabeça e Pescoço no Brasil

3

RESOLUÇÃO Nº 2, DE 4 DE ABRIL DE 2019 - Dispõe sobre a matriz de competências dos Programas de Residência Médica em Cirurgia Cardiovascular no Brasil

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RESOLUÇÃO Nº 3, DE 8 DE ABRIL DE 2019 - Dispõe a matriz de competências dos Programas de Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia

17

RESOLUÇÃO Nº 4, DE 8 DE ABRIL DE 2019 - Aprova a matriz de competências dos Programas de Residência Médica em Oncologia Clínica

37

RESOLUÇÃO Nº 5, DE 8 DE ABRIL DE 2019 - Dispõe sobre a matriz de competências dos Programas de Residência Médica em Cirurgia do Aparelho Digestivo no Brasil

47

RESOLUÇÃO Nº 6, DE 8 DE ABRIL DE 2019 - Dispõe sobre a matriz de competências dos Programas de Residência Médica em Cirurgia da Mão no Brasil

54

RESOLUÇÃO Nº 7, DE 8 DE ABRIL DE 2019 - Dispõe sobre a matriz de competências dos Programas de Residência Médica em Cirurgia Plástica no Brasil

59

RESOLUÇÃO Nº 8, DE 8 DE ABRIL DE 2019 - Dispõe sobre a matriz de competências dos Programas de Residência Médica em Dermatologia no Brasil

65

RESOLUÇÃO Nº 9, DE 8 DE ABRIL DE 2019 - Aprova a matriz de competências dos Programas de Residência Médica em Neurocirurgia

71

RESOLUÇÃO Nº 10, DE 8 DE ABRIL DE 2019 - Dispõe sobre a matriz de competências dos Programas de Residência Médica em Cirurgia Oncológica

80

RESOLUÇÃO Nº 11, DE 8 DE ABRIL DE 2019 - Dispõe sobre a matriz de competências dos Programas de Residência Médica em Anestesiologia no Brasil

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RESOLUÇÃO Nº 12, DE 8 DE ABRIL DE 2019 - Dispõe sobre a matriz de competências dos Programas de Residência Médica em Alergia e Imunologia no Brasil

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2

RESOLUÇÃO Nº 13, DE 8 DE ABRIL DE 2019 - Aprova a matriz de competências dos Programas de Residência Médica em Medicina do Trabalho

99

RESOLUÇÃO Nº 14, DE 8 DE ABRIL DE 2019 - Aprova a matriz de competências dos Programas de Residência Médica em Hepatologia

104

RESOLUÇÃO Nº 15, DE 8 DE ABRL DE 2019 - Aprova a matriz de competências dos Programas de Residência Médica em Patologia

110

RESOLUÇÃO Nº 16, DE 8 DE ABRIL DE 2019 - Aprova a matriz de competências dos Programas de Residência Médica em Pneumologia

117

RESOLUÇÃO Nº 17, DE 8 DE ABRIL DE 2019 - Aprova a matriz de competências dos Programas de Residência Médica em Endocrinologia e Metabologia

122

RESOLUÇÃO Nº 18, DE 8 DE ABRIL DE 2019 - Aprova a matriz de competências dos Programas de Residência Médica em Gastroenterologia

127

RESOLUÇÃO Nº 19, DE 8 DE ABRIL DE 2019 - Aprova a matriz de competências dos Programas de Residência Médica em Urologia

133

RESOLUÇÃO Nº 20, DE 8 DE ABRIL DE 2019 - Aprova a matriz de competências dos Programas de Residência Médica em Genética Médica

142

RESOLUÇÃO Nº 21, DE 8 DE ABRIL DE 2019 - Aprova a matriz de competências dos Programas de Residência Médica em Otorrinolaringologia

146

RESOLUÇÃO Nº 22, DE 8 DE ABRIL DE 2019 - Aprova a matriz de competências dos Programas de Residência Médica em Ortopedia e Traumatologia

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR

COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA

RESOLUÇÃO Nº 1, DE 4 DE ABRIL DE 2019

Aprova a matriz de competências dos

Programas de Residência Médica em Cirurgia

de Cabeça e Pescoço no Brasil.

A COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA (CNRM), no uso das

atribuições que lhe conferem a Lei nº 6.932 de 07 de julho de 1981, o Decreto nº 7.562, de 15 de

setembro de 2011, e o Decreto 8.516, de 10 de setembro de 2015.

CONSIDERANDO a atribuição da CNRM de definir a matriz de competências para

a formação de especialistas na área de residência médica;

CONSIDERANDO a Lei no 6.932/81, que estabelece em seu Art. 5º. a jornada

semanal dos Programas de Residência Médica, incluídas as atividades de plantão e teórico-

práticas;

CONSIDERANDO que o Programa de Residência Médica em Cirurgia de Cabeça

e Pescoço possui duração de dois anos, respeitando a carga horária semanal conforme

legislação vigente;

CONSIDERANDO a Resolução CNE/CP nº 3 de 18 de dezembro de 2002 que

define competência profissional como a "capacidade de mobilizar, articular e colocar em ação

conhecimentos, habilidades, atitudes e valores necessários para o desempenho eficiente e

eficaz de atividades requeridas pela natureza do trabalho e pelo desenvolvimento tecnológico";

CONSIDERANDO a decisão tomada pela plenária da CNRM na sessão plenária de

21 de junho de 2017 que estabeleceu também como pré-requisito ao Programa de Residência

Médica o médico ter cursado programa de residência médica em Otorrinolaringologia.

CONSIDERANDO decisão tomada pela plenária da CNRM na sessão plenária de

21 de março de 2018 que aprovou a matriz de competências aos programas de residência

médica de Cirurgia de Cabeça e Pescoço. , resolve:

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Art. 1º Fica aprovada a matriz de competências dos programas de residência

médica em Cirurgia de Cabeça e Pescoço, na forma do anexo a esta Resolução.

Parágrafo único. E obrigatório o uso da matriz de competências para os programas

que se iniciarem a partir de 1ºde março de 2020.

Art. 2º O acesso a programas de residência em Cirurgia de Cabeça e Pescoço é

facultado ao médico residente que tenha concluído com sucesso programa de residência médica

em Cirurgia Geral, Otorrinolaringologia ou Programa de Pré-requisito em Área Cirúrgica Básica.

Art. 3º Fica revogado o artigo 1º, II-B, da Resolução CNRM nº 2, de 17 de maio de

2006.

Art. 4º Esta resolução entra em vigor em sua publicação.

MAURO LUIZ RABELO

Presidente da Comissão

ANEXO

MATRIZ DE COMPETÊNCIAS: CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO

OBJETIVOS GERAIS

Formar e habilitar médicos na área de Cirurgia de Cabeça e Pescoço a adquirir as

competências necessárias para realizar procedimentos diagnósticos, terapêuticos e cirúrgicos,

no ensino, na pesquisa e na assistência aos pacientes portadores de afecções congênitas,

benignas, oncológicas e urgências traumáticas e não traumáticas em Cirurgia de Cabeça e

Pescoço. Constituir competências para a educação continuada em Cirurgia de Cabeça e

Pescoço.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1. Realizar avaliação pré-operatória do paciente que será submetido a

procedimento cirúrgico utilizando o domínio dos conteúdos das informações gerais, exame

clínico, geral e loco-regional, e da interpretação dos exames complementares.

2.Indicar e interpretar os exames necessários à realização do procedimento

anestésico-cirúrgico.

3. Contribuir no preparo pré-operatório dos pacientes com a finalidade de diminuir

o risco operatório.

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4.Estratificar o risco-benefício de cada opção terapêutica e decidir sobre a

possibilidade da realização do procedimento proposto, baseando-se nas melhores evidências

científicas e no melhor para o paciente, mantendo sua assistência após o tratamento.

5.Dominar as técnicas da realização de procedimentos de pequeno, médio e

grande porte na área de Cirurgia de Cabeça e Pescoço.

6. Dominar e aplicar os conhecimentos da anatomia cirúrgica da região da cabeça

e pescoço, do crânio e do tórax.

7.Identificar e tratar as complicações clínicas e cirúrgicas durante o perioperatório.

8.Avaliar a técnica e aplicabilidade dos exames de imagens: ultrassonografia,

tomografia computadorizada, ressonância magnética, de medicina nuclear e endoscopia

digestiva alta.

9.Dominar a técnica de nasofibrolaringoscopia e laringoscopia direta e indireta.

10.Demonstrar conhecimento e a aplicabilidade das novas tecnologias em Cirurgia

de Cabeça e Pescoço para o benefício do paciente.

11 contribuir no cuidado e manejar o paciente em cuidados paliativos relacionados

às doenças tratadas pelo Cirurgião de Cabeça e Pescoço.

12. Produzir um artigo científico e apresentá-lo em congresso médico ou publicá-lo.

13.Executar tarefas crescentes em complexidade, incorporando novas habilidades

durante o treinamento.

14.Desenvolver competências que permitam valorizar o significado de fatores

biopsicossociais que interfiram na saúde.

15. Estimar e promover as ações de saúde de caráter preventivo concernentes à

segurança do paciente.

16.Estimular a capacidade crítica e reflexiva da atividade médica, no âmbito da

Cirurgia de Cabeça e Pescoço, considerando-a em seus aspectos científicos, éticos e sociais.

Competências por ano de treinamento

Primeiro ano- R1

Adquirir conhecimento teórico-prático dos fundamentos da Cirurgia de Cabeça e

Pescoço. Dominar a anamnese e exame físico loco-regional com auxílio da propedêutica

armada. Desenvolver competências com habilidades técnicas para auxílio e realização de

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procedimentos de pequeno e médio porte. Avaliar as condições clínicas pré-operatórias do

paciente e planejar a melhor estratégia terapêutica a ser adotada.

COMPETÊNCIAS AO TÉRMINO DO PRIMEIRO ANO

1.Reunir na avaliação pré-cirúrgica informações acuradas e essenciais do paciente

e suas queixas, bem como o exame físico completo, geral e loco-regional.

2. Avaliar e interpretar via aérea difícil e deliberar a melhor estratégia com a equipe

anestésica, bem como decidir por uma via aérea definitiva.

3.Dominar as técnicas de cricotireoidostomias e traqueostomias.

4. Dominar a anatomia vascular da região da cabeça e pescoço e dominar as

técnicas de venóclises periféricas e central.

5.Analisar os exames ultrassonográficos, tomográficos, ressonância magnética e

de medicina nuclear da região da cabeça e do pescoço.

6. Analisar as alterações genéticas e os exames de biologia molecular aplicados à

Cirurgia de Cabeça e Pescoço.

7. Dominar as técnicas de laringoscopia indireta e direta, de nasofibrolaringoscopia

e de traqueoscopia.

8. Conhecer materiais e equipamentos da prática básica da Anestesiologia.

9.Dominar a realização das diferentes técnicas de biópsias percutâneas, guiadas

ou não, e abertas da região da cabeça e do pescoço.

10.Identificar e tratar as causas de sangramento e de outras complicações

perioperatórias.

11. Avaliar e tratar as causas de infecção cirúrgica e preveni-las.

12. Avaliar e tratar a insuficiência respiratória causada por doença da região da

cabeça e do pescoço.

13.Compreender e analisar a propedêutica da disfagia.

14.Contribuir com a assistência ao paciente em cuidados paliativos relacionados às

doenças tratadas pelo Cirurgião de Cabeça e Pescoço.

15. Dominar o diagnóstico e indicação terapêutica concernentes às bases da

cirurgia oncológica da pele, de ossos e de partes moles na área de cabeça e pescoço.

16. Elaborar e aplicar o termo de consentimento livre esclarecido de acordo com as

normas vigentes.

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17.Avaliar a terapêutica, bem como as complicações decorrentes do tratamento

oncológico cirúrgico, radioterápico e quimioterápico.

18. Analisar as bases do diagnóstico e da indicação terapêutica concernentes às

operações craniomaxilofaciais.

19.Instituir terapêutica pertinente com o grau de complexidade do ano de

treinamento nos agravos da cabeça e Pescoço.

20.Dominar as técnicas operatórias de: manejo cirúrgico da via aérea

(cricotireoidostomias e traqueostomias eletiva e de urgência); biópsia de linfonodo cervical;

tireoidectomias; paratireoidectomias; ressecções de glândulas salivares; operações das afecções

congênitas da cabeça e do pescoço; laringoscopia de suspensão diagnóstica; procedimentos

transorais de pequeno porte; ressecções de afecções superficiais da região da cabeça e

pescoço; tratamento cirúrgico das doenças infecciosas.

21.Valorizar e solicitar a necessidade de interconsultas com outros especialistas

quando se fizer necessário.

22.Elaborar prontuário médico legível para cada paciente, contendo os dados

clínicos para a boa condução do caso, preenchido em cada avaliação em ordem cronológica,

com data, hora, assinatura e número de registro no Conselho Regional de Medicina e mantê-lo

atualizado;

23.Realizar a prescrição do plano terapêutico, informado e aceito pelo paciente

e/ou seu responsável legal;

Segundo Ano - R2

Deverá ser capaz de estimar e realizar a avaliação pré-operatória e planejamento

cirúrgico para cirurgias de médio e grande porte. Realizar cirurgias de médio e grande porte.

Contribuir na formação e ensino dos Residentes do primeiro ano sob supervisão do preceptor e

cirurgião assistente. Demonstrar compromisso com sua formação, tanto teórica, quanto prática e

científica. Dominar o diagnóstico, terapêutica e prognóstico concernentes às cirurgias

oncológicas em cabeça e pescoço.

COMPETÊNCIAS AO TÉRMINO DO SEGUNDO ANO

1. Avaliar e planejar a anestesia para cirurgia de pequeno, médio e grande porte.

2. Comunicar-se efetivamente com médicos e outros profissionais de saúde.

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3. Dominar a comunicação ao paciente das vantagens, desvantagens e riscos de

cada procedimento proposto.

4. Dominar a indicação da técnica cirúrgica e conduzi-la operacionalizando de

forma racional com os recursos disponíveis, dentro dos princípios da boa prática médica.

5. Planejar e executar os passos do procedimento cirúrgico de forma sequencial e

organizada, no intuito de conseguir um desfecho favorável.

6. Julgar, durante a cirurgia, a necessidade de aplicar variantes técnicas aceitas

cientificamente, a fim de resolução das contingências.

7. Avaliar e tratar as complicações das operações da Especialidade.

8. Acessar e interpretar as evidências científicas relevantes à prática da Cirurgia de

Cabeça e Pescoço e ler criticamente artigo científico.

9. Produzir um artigo científico.

10. Analisar a técnica e os princípios do mapeamento intra-operatório de nervos.

11. Analisar as técnicas de reabilitação dos pacientes submetidos a procedimentos

ablativos da cabeça e do pescoço.

12. Dominar as técnicas operatórias de: esvaziamentos cervicais; ressecções de

grande porte de tumores da boca, faringe, laringe, nasossinusais, da face e do pescoço;

reconstrução dos defeitos da cabeça e do pescoço; ressecções endoscópicas nasossinusais,

orais, faríngeas e laringo-traqueais; operações craniomaxilofaciais, bem como dominar as

técnicas de osteossíntese do esqueleto craniofacial;

13. Analisar os custos da prática médica e utilizá-los em benefício do paciente,

valorizando os padrões de excelência.

14. Valorizar a relação custo/benefício às boas práticas na indicação de

medicamentos e exames complementares.

15. Valorizar o Sistema Único de Saúde, avaliando a estrutura e a regulação

16. Aplicar os conceitos fundamentais da ética médica.

17. Aplicar os aspectos médico-legais envolvidos no exercício da prática médica.

18. Compreender a aplicabilidade da Cirurgia Robótica em Cirurgia de Cabeça e

Pescoço.

ROSANA LEITE DE MELO

Secretaria Executiva da CNRM

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LUIZ BARBALHO

Presidente da SBCCP

(Publicada no DOU nº 67, segunda-feira, 8 de abril de 2019, Seção 1, página 20)

RESOLUÇÃO Nº 2, DE 4 DE ABRIL DE 2019

Dispõe sobre a matriz de competências dos Programas

de Residência Médica em Cirurgia Cardiovascular no

Brasil.

A COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA (CNRM), no uso das

atribuições que lhe conferem a Lei nº 6.932 de 07 de julho de 1981, o Decreto nº 7.562, de 15 de

setembro de 2011, o Decreto 8.516, de 10 de setembro de 2015.

CONSIDERANDO a atribuição da CNRM de definir a matriz de competências para

a formação de especialistas na área de residência médica;

CONSIDERANDO a Lei no 6.932/81, que estabelece em seu Art. 5º a jornada

semanal dos Programas de Residência Médica, incluídas as atividades de plantão e teórico-

práticas;

CONSIDERANDO que a CNRM possui prerrogativa legal de regular, supervisionar

e avaliar as Instituições e os Programas de Residência, bem como adotar eventuais medidas de

supervisão;

CONSIDERANDO a Resolução CNE/CP nº 3 de 18 de dezembro de 2002 que

define competência profissional como a "capacidade de mobilizar, articular e colocar em ação

conhecimentos, habilidades, atitudes e valores necessários para o desempenho eficiente e

eficaz de atividades requeridas pela natureza do trabalho e pelo desenvolvimento tecnológico";

CONSIDERANDO a evolução técnico científica nos últimos anos concernente à

Cirurgia Cardiovascular e a decisão tomada pela plenária da CNRM na sessão plenária de 19 de

abril de 2017 que aprovou a mudança de 4 anos para 5 anos de formação sem a necessidade de

pré-requisito em Cirurgia Geral.

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CONSIDERANDO decisão tomada pela plenária da CNRM na sessão plenária de

18 de maio de 2017, resolve:

Art. 1º. Fica aprovada a matriz de competências dos Programas de Residência

Médica de Cirurgia Cardiovascular anexa, que passa a fazer parte desta Resolução.

Parágrafo único. E obrigatório o uso da matriz de competências para os programas

que que se iniciarem a partir de 1ºde março de 2020.

Art. 2º. Os Programas de Residência Médica em Cirurgia Cardiovascular terão

duração de cinco anos de treinamento em serviço, acesso direto, sem a necessidade de prévia

realização de residência médica em Cirurgia Geral.

Art. 3º. Revogar o artigo 7º. e item 07 dos Requisitos Mínimos dos Programas de

Residência Médica da Resolução CNRM 2/2006, de 17 de maio de 2006.

MAURO LUIZ RABELO

Presidente da Comissão

ANEXO

MATRIZ DE COMPETÊNCIAS DOS PROGRAMAS DE RESIDÊNCIA MÉDICA

EM CIRURGIA CARDIOVASCULAR

OBJETIVOS GERAIS

Formar e habilitar médicos na área da Cirurgia Cardiovascular a adquirir as

competências necessárias para diagnosticar e tratar com eficácia as doenças estruturais

cardiovasculares.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1. Diagnosticar as cardiopatias, utilizando o domínio dos conteúdos de informação,

o exame clínico do paciente e a interpretação dos exames laboratoriais e de imagem;

2. Indicar os exames por imagem ao diagnóstico das cardiopatias, interpretar as

informações e indicar a terapêutica;

3. Analisar a morfopatologia das lesões cardíacas e vasculares e a fisiopatologia e

avaliar a terapêutica cirúrgica;

4. Contribuir no preparo pré-operatório dos pacientes com vistas a diminuir o risco

operatório;

5. Estimar o risco operatório e decidir sobre a operabilidade do paciente;

6. Indicar ou contraindicar o tratamento cirúrgico;

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7. Avaliar os fatores de risco relativos aos procedimentos cirúrgicos;

8. Dominar as técnicas operatórias e suas variantes específicas a cada tipo de

lesão cardíaca e vascular;

9. Selecionar, nos casos concretos, sobre as vantagens e desvantagens de cada

procedimento cirúrgico;

10. Avaliar o material e equipamento utilizados na especialidade e empregá-los

com eficácia;

11. Diagnosticar as complicações mais prevalentes, dando a solução indicada;

12. Desenvolver o hábito de estudo contínuo, buscando as informações na

literatura especializada;

13. Escrever um artigo científico, utilizando o método de investigação e apresentá-

lo em congresso médico;

14. Executar tarefas crescentes em complexidade durante as cirurgias,

incorporando novas habilidades psicomotoras progressivamente no treinamento;

15. Dominar a epidemiologia das doenças cardiovasculares.

Competências por ano de treinamento

Primeiro Ano - R1

Proporcionar conhecimento teórico-prático com os fundamentos da Cirurgia

Cardiovascular.

Proporcionar ao Médico Residente a familiarização com os principais métodos

diagnósticos em cardiologia, com o uso de vídeo-cirurgia, o uso de cateteres e os princípios

básicos da circulação extracorpórea.

Deverá realizar treinamento nos seguintes rodízios a fim de adquirirem o

conhecimento básico necessário: Hemodinâmica ; Métodos de diagnóstico não invasivo em

cardiologia; Técnica operatória ; Cirurgia Vascular e Endovascular ; Cirurgia Torácica ;

Circulação Extra-corpórea e Unidade de Terapia Intensiva

COMPETÊNCIAS AO TÉRMINO DO R1

1. Desenvolver habilidades básicas à atividade cirúrgica;

2. Usar os métodos diagnósticos em cardiologia, notadamente eletrocardiograma e

métodos de imagem. Analisar tomografia, ressonância nuclear magnética e cintilografia

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miocárdica. Compreender o papel do ecocardiograma nas disfunções valvares, na insuficiência

cardíaca e na isquemia miocárdica

3. Utilizar cateteres em hemodinâmica e interpretar a anatomia radiológica

cardíaca, coronariana e vascular. Interpretar as cinecoronariografias, localizando as estenoses e

avaliar o local da realização da anastomose distal aortocoronariana.

4. Dominar os princípios básicos da cirurgia vascular. Realizar a sutura de uma

artéria e uma veia. Interpretar as consequências da doença vascular periférica aguda e crônica e

saber tratá-las. Dominar o tratamento das tromboses venosas profundas. Avaliar o tratamento

endovascular nas doenças vasculares. Avaliar o tratamento de aneurisma de aorta abdominal e

doença carotídea

5. Usar técnica de vídeo em cirurgia cardiovascular e torácica.

6. Interpretar a fisiopatologia da circulação extra-corpórea. Interpretar a circulação

extra-corpórea: oxigenadores, bomba de roletes e centrífuga, tubos, conexões e cânulas

7. Analisar os princípios da cirurgia torácica: toracotomias, indicação, colocação e

manuseio dos drenos torácicos.

8. Usar o desfibrilador de pás externas e internas para debelar arritmias

indesejáveis durante a cirurgia. Tratar parada cardiorrespiratória

9. Interpretar as causas de sangramento e de outras complicações cirúrgicas e

diagnosticá-las e tratá-las. Avaliar a necessidade de re-operar paciente com sangramento pós-

operatório

10. Tratar as principais arritmias cardíacas mais prevalentes em pós-operatório de

cirurgia cardíaca: fibrilação atrial, taquicardia supra-ventricular, taquicardia e fibrilação

ventriculares

11. Dominar as causas, prevenção e tratamento de infecção cirúrgica. Dominar a a

indicação de desbridamento e drenagem da ferida cirúrgica

12. Diagnosticar e tratar choque cardiogênico. Identificar e analisar as diversas

formas de choque utilizando os meios diagnósticos. Dominar o tratamento das diversas formas

de choque

13. Dominar a intubação orotraqueal, a punção venosa profunda e a cateterização

arterial.

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14. Identificar e interpretar a insuficiência respiratória, analisar as diversas formas

de ventilação e dominar os critérios de extubação.

COMPETÊNCIAS AO TÉRMINO DO R2

1. Diagnosticar as cardiopatias adquiridas mais prevalentes, utilizando a história,

exame clínico e a interpretação dos exames laboratoriais e por imagem;

2. Recapitular e analisar, antes da cirurgia, em texto especializado, cada passo da

intervenção e anatomia cirúrgica, com a finalidade de diminuir as contingências.

3. Demonstrar segurança na condução da cirurgia mantendo-se atento aos

detalhes em consonância aos princípios da boa prática;

4. Dominar a montagem do sistema do oxigenador e as linhas de perfusão na

máquina extra-corpórea, bem como o sistema de infusão de cardioplegia;

5. Dominar as técnicas de circulação extra-corpórea sendo capaz de administrar a

perfusão ao paciente;

6. Diagnosticar a síndrome de baixo débito ao final da cirurgia;

7. Dominar o uso do desfibrilador de pás internas durante a cirurgia;

8. Instalar marcapasso epimiocárdico e instituir tratamento de bradiarritmias no pré

e pós-operatório, por estimulação com gerador externo;

9. Reconhecer e diagnosticar o pneumotórax no per operatório, dominar a

drenagem transtorácica com drenos tubulares subaquáticos em aspiração contínua;

10. Dominar a drenagem do mediastino anterior e realizar a síntese dos diferentes

tipos de toracotomias.

11. Analisar o diagnóstico dos tipos de dissecção aguda da aorta com base na

história e exame físico e pela interpretação dos exames de imagem;

12. Monitorar os pacientes com dissecção aguda e instituir o tratamento

farmacológico;

13. Dominar a indicação de re-intervenção por sangramento no pós-operatório,

com e sem comprometimento hemodinâmico;

14. Diagnosticar e julgar as infecções na toracotomia e sinais de mediastinite,

indicando a cirurgia.

COMPETÊNCIAS AO TÉRMINO DO R3

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1. Orientar a ação do perfusionista no trans-operatório, em cooperação visando a

prevenção da ocorrência de complicações evitáveis;

2. Construir e manter com os anestesistas comunicação permanente quanto às

variações dos parâmetros fisiológicos que interferiram no resultado imediato da cirurgia;

3. Dominar a realização da proteção miocárdica.

4. Dominar as técnicas de descompressão das cavidades esquerdas.

5. Dominar a realização de revisão sistemática das áreas de sutura para excluir

sangramentos;

6. Escolher as cânulas apropriadas e os sítios de canulização para estabelecer

com efetividade a circulação extracorpórea;

7. Escolher e executar toracotomias, valorizando os planos de dissecção

progressiva para expor o coração e os grandes vasos;

8. Selecionar a melhor via de acesso às cavidades do coração

9. Selecionar os fios de sutura a cada estrutura cardíaca ou vascular, dominando

tecnicamente a realização das suturas em um ou mais planos;

10. Recompor a hemodinâmica pré operatória do paciente com autotransfusão,

observando as medidas dos parâmetros fisiológicos e o comportamento do coração;

11. Disponibilizar, por dissecção anatômica regrada, os enxertos venosos para a

cirurgia de revascularização do miocárdio;

12. Dominar o diagnóstico de arritmias pelo ECG, indicando o tratamento cirúrgico

a céu aberto, ou com estimulação cardíaca artificial;

13. Dominar, por punção ou dissecção de veias, a introdução dos cabos eletrodos

de marcapasso para estimulação uni e bicameral e o respectivo gerador, por controle

fluoroscópico e intensificador de imagem;

14. Avaliar a monitorização dos portadores de marcapasso definitivo com

analisadores, sendo capaz de reprogramar o sistema implantado.

COMPETÊNCIAS AO TÉRMINO DO R4

1. Dominar a indicação da cirurgia cardíaca, baseado nas variáveis específicas

descritas na literatura especializada e universalmente aceitas;

2. Dominar os fatores de risco que influenciam os resultados imediatos e tardios do

tratamento cirúrgico das lesões cardíacas prevalentes;

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3. Dominar a técnica cirúrgica eficaz para solucionar as lesões cardiovasculares 4.

Reconstruir as estruturas cardíacas ou vasculares, testando sempre que possível a efetividade

do reparo, utilizando os meios e equipamentos aceitos cientificamente para esta finalidade;

5. Escolher a prótese valvar mais adequada de acordo com as variáveis pré e

operatórias;

6. Dominar a disponibilização, por dissecção anatômica regrada, os enxertos

arteriais;

7. Dominar a indicação do momento oportuno da cirurgia, o tipo de técnica e suas

variantes, bem como os sinais de alerta de ruptura ou isquemia grave;

8. Dominar o diagnóstico os aneurismas de cada segmento da aorta torácica pelo

exame clínico e a indicação cirúrgica.

9. Analisar nos métodos diagnósticos (Tomografia Computadorizada,

ecocardiograma transesofágico e ressonância eletromagnética ou outros) o sítio inicial da

dissecção aórtica e sua expansão, com o fito de planejar a cirurgia;

10. Reconhecer e analisar as cardiopatias congênitas, à luz de documentos de

investigação diagnóstica e dominar a indicação cirúrgica.

11. Analisar e descrever as técnicas cirúrgicas das cardiopatias congênitas mais

prevalentes.

COMPETÊNCIAS AO TÉRMINO DO R5

Neste quinto ano o R5 deverá apto a coordenar a equipe cirúrgica e a apoiar a

supervisão do programa de residência, tendo maior participação na condução do ato operatório ,

sob supervisão .

Durante 6 meses o R5 poderá optar por se manter na cirurgia cardiovascular como

residente ou ter treinamento especifico em área: cirurgia coronariana, cirurgia valvar, cirurgia da

aorta, cirurgia cardíaca pediátrica, transplante cardíaco ou estimulação cardíaca artificial

Ao final do 5º ano de treinamento, o residente deverá estar apto a:

1. Julgar as vantagens e desvantagens de cada procedimento utilizado;

2. Decidir e estimar, durante a cirurgia, a necessidade de aplicar variantes técnicas

aceitas cientificamente, no intuito de resolver dificuldades inesperadas;

3. Planejar e dominar a execução dos passos do procedimento cirúrgico de forma

sequencial e organizada e orientar os assistentes.

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4. Dominar a comunicação, de forma clara e objetiva, com cada membro da

equipe, explicitando e dirigindo o que espera de cada um num determinado procedimento;

5. Dominar a reconstrução de valvas cardíacas, após análise de elemento por

elemento no per operatório, delineando a reconstrução à luz das técnicas cientificamente

comprovadas;

6. Dominar a reconstrução das estruturas intra-cardíacas destruídas pela

endocardite infecciosa, com retalho de tecidos biológicos e com implante concomitante de

próteses valvares;

7. Dominar a instalação dos sistemas de suporte circulatório mecânico por

diferentes vias;

8. Dominar e efetuar as diferentes técnicas de reconstrução da aorta com próteses

tubulares ou com uso de próteses expansíveis intraluminais;

9. Analisar as indicações para transplante cardíaco, os critérios de morte cerebral e

a seleção dos doadores e receptores; Dominar a realização da retirada do coração, sua

proteção, armazenamento e transporte até a sala de cirurgia do receptor; Analisar as técnicas de

implante biatrial, bicaval e bipulmonar;

10. Dominar a execução das técnicas menos complexas, paliativas e curativas em

cirurgias congênitas.

11. Analisar as complicações mais frequentes e tratamento da cirurgia

cardiovascular pediátrica.

ROSANA LEITE DE MELO

Secretária Executiva da CNRM

FÁBIO JATENE

Presidente da SBCCV

(Publicada no DOU nº 67, segunda-feira, 8 de abril de 2019, Seção 1, páginas 21/22)

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RESOLUÇÃO Nº 3, DE 8 DE ABRIL DE 2019

Dispõe a matriz de competências dos Programas de

Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia.

A COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA (CNRM), no uso das atribuições

que lhe conferem a Lei nº 6.932 de 07 de julho de 1981, o Decreto nº 7.562, de 15 de setembro de 2011,

e o Decreto 8.516, de 10 de setembro de 2015.

CONSIDERANDO a atribuição da CNRM de definir a matriz de competências para a

formação de especialistas na área de residência médica;

CONSIDERANDO a atribuição da Comissão Mista de Especialidade (CME) composta pela

CNRM, AMB e CFM, em definir as especialidades médicas no Brasil;

CONSIDERANDO a resolução CFM 2.148/2016 que homologa a Portaria 1/2016 da

Comissão Mista de Especialidade em seu art. 1º "O Conselho Federal de Medicina (CFM), a Associação

Médica Brasileira (AMB) e a Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) reconhecerão as

mesmas especialidades e áreas de atuação";

CONSIDERANDO a Resolução CNE/CP nº 3 de 18 de dezembro de 2002 que define

competência profissional como a "capacidade de mobilizar, articular e colocar em ação conhecimentos,

habilidades, atitudes e valores necessários para o desempenho eficiente e eficaz de atividades

requeridas pela natureza do trabalho e pelo desenvolvimento tecnológico";

CONSIDERANDO a Lei no 6.932/81, que estabelece a jornada semanal dos Programas de

Residência Médica, incluídas as atividades de plantão e teórico-práticas

CONSIDERANDO que o Programa de Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia

possui duração de três anos, acesso direto, respeitando a carga horária semanal conforme legislação

vigente;

CONSIDERANDO decisão tomada pela plenária da CNRM na sessão plenária de 17 e 18

de abril de 2018 que aprovou a matriz de competências aos programas de residência médica de

Ginecologia e Obstetrícia, resolve:

Art. 1º Fica aprovada a matriz de competências dos programas de residência médica em

Ginecologia e Obstetrícia, na forma do anexo a esta Resolução.

Parágrafo único. É obrigatório a aplicação da matriz de competências para os programas

que se iniciarem a partir de 1º de março de 2020.

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Art.2º Os programas de Residência Médica, previamente denominados de Obstetrícia e

Ginecologia, passam a denominar-se Programas de Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia, em

consonância com o nome da Especialidade Médica referida.

Art. 3º Fica revogado o item 42 dos Requisitos Mínimos dos Programas de Residência

Médica da Resolução CNRM nº 2/2006, de 17 de maio de 2006.

Art. 4º Esta resolução entra em vigor em sua publicação.

MAURO LUIZ RABELO

Presidente da Comissão

ANEXO

MATRIZ DE COMPETÊNCIA: GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA

OBJETIVO GERAL

Formar e habilitar médicos na área da Ginecologia e Obstetrícia, clínica e cirúrgica, com

competências que permitam dirimir as situações, os problemas e os dilemas na área da Ginecologia e

Obstetrícia e a dominar a realização dos procedimentos diagnósticos e terapêuticos da especialidade,

assim como avaliar as opções não operatórias e desenvolver um pensamento crítico-reflexivo em relação

à literatura médica, tornando-o progressivamente responsável e independente.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Dominar as bases do atendimento obstétrico de baixo e alto risco e complicações

frequentes durante a gravidez, o trabalho de parto, parto e puerpério.

Contribuir e valorizar a assimilação da cultura de segurança do paciente entre os

profissionais e serviços de saúde no país

Competências por ano de treinamento

Primeiro ano - R1

I- ATENÇÃO À SAÚDE E CUIDADOS COM A GRAVIDEZ E SUAS COMPLICAÇÕES NO

PERÍODO PRÉ-NATAL

1- Dominar o conhecimento das adaptações do organismo materno à gravidez e

mudanças no ciclo gravídico-puerperal.

2- Dominar o conhecimento sobre a rotina pré-natal às gestantes de risco habitual,

incluindo os exames complementares e os esquemas vacinais preconizados.

3- Valorizar a relação médico-paciente com a gestante, atuando na atenção pré-natal e

diagnóstico precoce de complicações.

4- Valorizar a participação do acompanhante e/ou familiares de escolha da mulher nas

consultas de pré-natal.

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5- Dominar o atendimento pré-natal às gestantes de risco habitual, acompanhando a

evolução do ganho de peso e crescimento fetal.

6- Avaliar fatores de risco, sintomas e sinais de complicações clínicas e obstétricas mais

prevalentes na gestação, como hipertensão, diabetes, doenças infecciosas, prematuridade, gestação

pós-termo, placentação anormal, sangramento no terceiro trimestre, cesariana anterior, crescimento fetal

anormal e gestação múltipla.

7- Manejar e orientar quanto aos sintomas e sinais comuns na gestação de risco habitual

(gastrintestinais, vasculares, urogenitais, entre outros).

8- Propor as profilaxias necessárias e possíveis quando identificar fatores de risco e

articular o sistema de referência para as gestações de alto risco.

9- Avaliar a importância do aleitamento materno à mãe e ao bebê e as Políticas Nacionais

de saúde materno-infantil e aleitamento.

10- Transmitir, com segurança, as orientações sobre o acompanhamento pré-natal e

aleitamento às gestantes e familiares.

11- Analisar o conhecimento sobre os 10 passos da Iniciativa Hospital Amigo da Criança.

II ATENÇÃO A SAÚDE E CUIDADOS COM A GRAVIDEZ E SUAS COMPLICAÇÕES NO

PERÍODO INTRA-PARTO

1- Julgar os princípios baseados em evidências científicas da assistência obstétrica

humanizada.

2- Dominar a anatomia do assoalho pélvico, a vascularização e inervação da pelve e

períneo.

3- Dominar a avaliação básica da bacia obstétrica.

4- Avaliar os mecanismos de parto e as diferentes fases clínicas do Trabalho de Parto.

5- Dominar o diagnóstico de trabalho de parto.

6- Dominar a rotina de cuidados obstétricos durante o trabalho de parto e parto sem

complicações.

7- Dominar a realização do acompanhamento e assistência ao trabalho de parto com

utilização do partograma e de métodos de monitorização da vitalidade fetal.

8- Dominar a realização do acompanhamento e assistência ao parto normal sem

complicações.

9- Analisar e identificar as evoluções eutócicas e distócicas do trabalho de parto.

10- Analisar e implementar as primeiras medidas nas complicações durante o parto como

corioamnionite e distócia de ombro.

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11- Demonstrar conhecimento sobre as indicações e contra-indicações da

instrumentalização do parto (Fórcipe e Vácuo).

12- Demonstrar conhecimento sobre a IHAC (Iniciativa Hospital Amigo da Criança) e sobre

a importância das estratégias para o sucesso do aleitamento materno exclusivo como contato pele a pele

e aleitamento materno na primeira hora de vida (ainda na sala de parto).

III ATENÇÃO A SAÚDE DA MULHER E CUIDADOS COM AS COMPLICAÇÕES NO

PERÍODO PUERPERAL

1- Demonstrar conhecimento sobre assistência ao puerpério normal e complicações.

2- Avaliar os fatores de risco, sintomas e sinais das complicações puerperais prevalentes

como hemorragia pós-parto, tromboembolismo venoso, depressão, mastite e outras infecções puerperais.

3- Dominar o conhecimento sobre a fisiologia da apojadura e da ejeção láctea.

4- Realizar orientações sobre as técnicas de aleitamento materno (posicionamento, pega e

oferta em livre demanda), sobre a prevenção de fatores que dificultam o aleitamento (fissuras e mastites)

e sobre práticas prejudiciais (uso de bicos e mamadeiras).

5- Identificar e manejar adequadamente as intercorrências puerperais de baixa

complexidade como ingurgitamento mamário, mastite e blues puerperal.

6- Dominar a realização das orientações à contracepção durante o aleitamento materno.

IV- TÉCNICAS EM PROCEDIMENTOS E CIRURGIAS EM OBSTETRÍCIA

1- Dominar a realização do toque vaginal para avaliação da bacia óssea, variedade de

apresentação e dilatação cervical.

2- Dominar a realização da cardiotocografia anteparto e intraparto e anteparto.

3- Demonstrar a realização de ultrassonografia para avaliação fetal, identificando o úmero

a variedade de posição, a apresentação, a viabilidade e a localização placentária.

4- Dominar a realização das manobras de assistência ao parto vaginal espontâneo.

5- Avaliar a realização de episiotomia seletiva.

6- Dominar a realização da episiorrafia ou sutura de lacerações de 1º grau.

7- Dominar a realização de parto cesárea em parturientes sem cesárea prévia.

8- Dominar a realização de curetagem e aspiração intrauterina em abortamentos de

primeiro trimestre.

9- Avaliar a aplicação de ácido tricloroacético em verrugas genitais.

V-PROCEDIMENTOS E CIRURGIAS EM GINECOLOGIA (LAPAROTOMIAS)

1- Dominar as bases da anatomia abdominal e pélvica.

2- Dominar as bases dos princípios cirúrgicos, precauções universais e técnica asséptica.

3- Dominar o posicionamento do paciente para a laparotomia.

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4- Atuar de forma eficaz como um assistente cirúrgico.

5- Dominar as habilidades cirúrgicas básicas (como a sutura simples, a sutura contínua e

pontos Donnati).

VI- HABILIDADES TÉCNICAS EM PROCEDIMENTOS E CIRURGIAS EM GINECOLOGIA

(CIRURGIAS VAGINAIS)

1- Demonstrar conhecimento básico sobre a anatomia perineal.

2- Dominar o posicionamento da paciente à cirurgia vaginal.

3- Atuar como assistente em cirurgias vaginais.

4- Dominar a realização de incisão vaginal ou vulvar simples e síntese (perineoplastia,

exérese ou marsupialização da glândula de Bartholin).

VII- HABILIDADES TÉCNICAS EM PROCEDIMENTOS E CIRURGIAS EM

GINECOLOGIA (ENDOSCOPIA)

1- Demonstrar conhecimento da anatomia da parede abdominal e da cavidade

abomino/pélvica sob visão laparoscópica.

2- Demonstrar conhecimento sobre os princípios e funcionamento da vídeocirurgia, suas

indicações, vantagens e limitações e sobre as implicações hemodinâmicas do pneumoperitonio.

3- Posicionar paciente para a cirurgia ginecológica endoscópica.

4- Dominar a montagem e desmontagem de todo o sistema de insuflação, iluminação e

demais equipamentos do set básico de vídeo-laparoscopia, verifica o seu bom funcionamento e ajusta os

parâmetros no sistema.

5- Dominar a inserção e manuseio do manipulador uterino, da microcâmera e óticas de 0 e

30°.

6- Dominar a realização de punção umbilical pela técnica aberta.

7- Realizar incisões para laparoscopia simples e fechamento.

8- Executar a inserção de instrumentos endoscópicos.

VIII-CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS

1- Dominar as bases da anatômica abdominal e pélvica e as mudanças anatômicas

relacionadas a gestação.

2- Demonstrar conhecimento sobre a avaliação de comorbidades relevantes à cirurgia

obstétrica e ginecológica.

3- Dominar as estratégias profiláticas à redução das complicações pós-cirúrgicas.

4- Avaliar o diagnóstico de complicações comuns do pós-operatório como: sangramentos,

infecções e trombose.

5- Dominar a realização da avaliação pré-operatória e identificar as comorbidades.

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6- Realizar avaliação e acompanhamento pós-operatório das pacientes submetidas a

cirurgia obstétrica e/ou ginecológica, identificando a ocorrência das comorbidades relacionadas a cirurgia

obstétrica e /ou ginecológica.

IX- ATENÇÃO À SAÚDE E CUIDADOS NAS DESORDENS DO ASSOALHO PÉLVICO

(INCONTINÊNCIA URINÁRIA, FECAL E PROLAPSOS GENITAIS)

1- Dominar as bases da anatomia do assoalho pélvico normal.

2- Dominar o conhecimento sobre fisiologia e anatomia funcional do assoalho pélvico.

3- Demonstrar conhecimento sobre a fisiopatologia das desordens do assoalho pélvico,

seus sinais, sintomas e fatores de risco.

4-Formular o diagnóstico diferencial das desordens do assoalho pélvico.

X- ATENÇÃO À SAÚDE E CUIDADOS NA ABORDAGEM DAS MASSAS PÉLVICAS E

TUMORES DE OVÁRIO

1-Demonstrar conhecimento básico em relação às massas pélvicas, incluindo diagnóstico

diferencial, sinais e sintomas.

2- Formular o diagnóstico diferencial das massas pélvicas.

3- Demonstrar conhecimento inicial para acompanhamento das massas pélvicas e opções

de tratamento.

XI- ATENÇÃO À SAÚDE E CUIDADOS NA DOR PÉLVICA AGUDA E CRÔNICA

1- Dominar as bases das patologias relacionadas a dor abdominal/pélvica reconhecendo

fatores de risco, sinais e sintomas.

2- Analisar o diagnóstico diferencial das causas relacionadas a dor pélvica aguda e

crônica.

3- Demonstrar conhecimento sobre os métodos para investigação, avaliação e tratamento

da dor pélvica aguda e crônica.

XII- ATENÇÃO À SAÚDE E CUIDADOS NA CONTRACEPÇÃO E PLANEJAMENTO

FAMILIAR

1- Dominar o conhecimento sobre as opções contraceptivas disponíveis.

2- Dominar os métodos contraceptivos hormonais e não hormonais, sua eficácia,

reversibilidade, forma de uso, riscos, benefícios, complicações, contraindicações e elegibilidade, incluindo

a contracepção de emergência.

3- Dominar o aconselhamento básico sobre a eficácia, riscos, benefícios, complicações e

contraindicações dos métodos contraceptivos disponíveis e verificar quais são as preferências e

condições de uso pela paciente.

4- Prescrever e orientar o uso dos métodos contraceptivos reversíveis.

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5- Dominar o conhecimento sobre os aspectos ético-legais dos métodos contraceptivos

definitivos.

6- Orientar e encaminhar aos programas de planejamento familiar os casais que desejam

e apresentam critérios favoráveis a anticoncepção definitiva.

XIII- ATENÇÃO À SAÚDE E CUIDADOS NO SANGRAMENTO UTERINO ANORMAL

1- Dominar a fisiologia do ciclo menstrual normal e os mecanismos de descamação

endometrial.

2- Demonstrar conhecimento sobre a definição de sangramento uterino normal e anormal

e as diferentes causas estruturais e não estruturais do sangramento uterino anormal.

3- Formular o diagnóstico diferencial do sangramento uterino anormal nas diferentes faixas

etárias;

4- Selecionar os exames e procedimentos necessários para a abordagem diagnóstica

inicial do sangramento uterino anormal.

5-Determinar o plano terapêutico inicial para a fase aguda do sangramento uterino

anormal.

6- Acompanhar ambulatorialmente as pacientes que apresentaram sangramento uterino

anormal indicar e realizar adequadamente curetagem uterina simples em casos de sangramento uterino

agudo.

XIV- INFECÇÕES EM GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA

1- Dominar os diagnósticos das afecçõess infecciosas mais prevalentes em ginecologia e

obstetrícia: ITU (baixa e pielonefrite), vulvovaginites, úlceras e verrugas genitais, doença inflamatória

pélvica, corioamnionite, mastites puerperaise não puerperais, endometrites, bartolinites.

2- Dominar os diagnósticos das principais doenças infectocontagiosas na gravidez com

risco de transmissão vertical: Hepatites B e C, herpes vírus, HTLV I/II, influenza, rubéola, toxoplasmose,

citomegalovirose, infecção pelo HIV, sífilis, arboviroses.

3- Demonstrar conhecimento e indicar as imunizações em cada fase da vida da mulher.

4- Dominar os diagnósticos, avaliação inicial, diagnóstico diferencial e tratamento clínico

inicial para as condições infecciosas mais prevalentes em ginecologia e obstetrícia em nível ambulatorial:

ITU baixa, vulvovaginites, úlceras genitais, doença inflamatória pélvica, mastite puerperal e não

puerperal, sífilis latente e toxoplasmose na gravidez.

5- Dominar a realização de procedimentos terapêuticos simples para verrugas genitais e

condilomatose vulvovaginal (aplicação de ácido tricloroacético, podofilina e/ou podofilotoxina, imiquimode,

exérese cirúrgica).

XV- CONDIÇÕES E PATOLOGIAS RELACIONADAS A GINECOLOGIA ENDÓCRINA

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1- Dominar a fisiologia do ciclo menstrual normal, desenvolvimento puberal normal e

anormal.

2- Demonstrar conhecimento sobre as queixas e condições prevalentes relacionadas a

ginecologia endócrina (amenorreia, anovulações crônicas, infertilidade, climatério, hirsutismo,

galactorréia, tensão pré-menstrual e dismenorreia primária).

XVI- ATENÇÃO A SAÚDE E CUIDADOS NO CONTROLE DO CÂNCER DE COLO NOS

NÍVEIS PRIMÁRIO E SECUNDÁRIO

1- Demonstrar conhecimento sobre o câncer do colo uterino e as estratégias de prevenção

a nível primário e secundário.

2- Aconselhar as pacientes sobre as medidas de prevenção primária (inclusive vacinação)

e prevenção secundária.

3- Dominar a realização da coleta e a intepretação do laudo da colpocitologia.

4- Dominar a realização do acompanhamento das pacientes com alterações citológicas de

baixo grau e o encaminhamento com alterações de alto grau.

5- Realizar o diagnóstico diferencial das lesões do colo uterino a nível primário,

encaminhando os casos suspeitos para os níveis secundário e/ou terciário.

XVII- ATENÇÃO À SAÚDE E CUIDADOS NAS PATOLOGIAS MAMÁRIAS A NÍVEL

PRIMÁRIO E SECUNDÁRIO

1- Dominar os diagnósticos das patologias mamárias benignas e malignas mais

prevalentes (mastalgia cíclica e acíclica, alterações funcionais, cistos e nódulos mamários, fluxo papilar e

câncer de mama).

2- Dominar a realização da avaliação inicial, diagnóstico diferencial e tratamento inicial nas

patologias mamárias benignas mais prevalentes (mastalgia cíclica e acíclica, alterações funcionais, cistos

e nódulos mamários, fluxo papilar).

3- Avaliar as mulheres de alto risco para o câncer de mama utilizando, dados clínicos e

modelos de cálculo de risco, e elaborar planos de cuidado no nível de atenção primária.

4- Dominar a orientação do rastreamento do câncer de mama em nível de atenção

primária interpretando os resultados de exames de imagem e avaliar a classificação BI-RADS.

XVIII- ATENÇÃO A SAÚDE E CUIDADOS NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS EM

GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA

1- Dominar os diagnóstico das principais urgências em ginecologia e obstetrícia:

emergências hipertensivas, eminência de eclampsia, eclampsia, sangramento obstétrico da primeira e

segunda metade da gestação, choque, parada cardiorrespiratória, abdome agudo de origem infecciosa e

hemorrágica, sepse, prolapso de cordão, descolamento placentário, sofrimento fetal agudo, ruptura

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uterina, distócias, sangramento puerperal, depressão e psicose puerperal, distúrbios endocrinológicos

agudos (cetoacidose, hipoglicemia grave, crise tireotóxica), violência e abuso sexual.

2- Identificar, realizar abordagem inicial (anamense e exame físico dirigidos) e diagnóstico

sindrômico das urgências ginecológicas e obstétricas em nível primário de atenção.

3- Dominar o tratamento e acompanhamento nas urgências e emergências de baixa

complexidade a nível primário de atenção.

4- Dominar a realização da estabilização clínica e encaminhamento adequado nas

urgências e emergências de alta complexidade.

5- Dominar a técnica de curetagem e aspiração intrauterina em abortamentos de primeiro

trimestre.

XIX- ATENÇÃO A SAÚDE E CUIDADOS EM DESORDENS NÃO ORIGINÁRIAS DO

APARELHO REPRODUTOR

1- Demonstrar conhecimento em relação às desordens mais comuns não originárias do

aparelho reprodutor mas que estejam a ele relacionados em sua evolução como causa, consequência

e/ou co-morbidade agravante (hipertensão arterial, diabetes, dislipidemias, síndrome metabólica,

obesidade, anorexia, depressão, osteopenias, lúpus, disfunções tireoidianas, infecção pelo HIV).

2- Demonstrar habilidade para realizar anamnese, exame físico, formular o diagnóstico

diferencial e escolher os exames e procedimentos necessários para a abordagem diagnóstica inicial.

XX- SEGURANÇA DO PACIENTE EM GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA

1- Reconhecer e identificar as limitações do trabalho em equipe (por exemplo, não

comprometimento "não tenho nada a ver com isso, isso é problema da enfermagem") e as falhas de

comunicação verbal e escrita entre os membros da equipe (por exemplo, a distorção de informações

passadas verbalmente, falta de informações em prontuários) como uma das principais causas evitáveis

de danos aos pacientes.

2- Demonstrar disposição para treinamentos e desenvolvimento de habilidades em equipe.

3- Valorizar os sistemas de vigilância institucional para monitorar a segurança do paciente

(por exemplo, infecção de sítio cirúrgico, relatórios de erro médico).

XI- PROFISSIONALISMO

1- Valorizar os papéis dos membros da equipe de cuidados de saúde e a comunicação

eficaz.

2- Valorizar a importância da transição de cuidados (passagem de plantão e

encaminhamentos) e das reuniões de equipe.

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3- Demonstrar a pontualidade nas atividades clínicas e responder prontamente às

solicitações de avaliações e interconsultas; preencher adequada e tempestivamente os registros

administrativos, como registros médicos, relatórios.

4- Aceitar o feedback construtivo para melhorar a sua capacidade de demonstrar

compaixão, integridade e respeito pelos outros e modificar o próprio comportamento com base no

feedback.

Segundo ano - R2

I- ATENÇÃO À SAÚDE E CUIDADOS COM A GRAVIDEZ E SUAS COMPLICAÇÕES NO

PERÍODO PRÉ-NATAL

1- Manejar com base em evidências científicas atuais intercorrências clínicas e obstétricas

prevalentes na gestação como anemia, hipertensão, diabetes, doenças infecciosas, cesariana anterior,

crescimento fetal anormal e gestação múltipla.

2- Avaliar as apresentações atípicas de intercorrências clínicas e obstétricas apontando a

necessidade de referência e / ou transferência de cuidados para estas pacientes.

3- Dominar a realização de exames básicos de avaliação fetal, como a cardiotocografia

anteparto e ultrassonografia.

4- Identificar fatores que dificultam o aleitamento materno como uso de medicamentos,

malformações das mamas, mamilos invertidos, presença de papilomas e orientar cuidados adequados

nessas condições.

5- Dominar os diagnósticos das enfermidades que contra-indicam o aleitamento materno.

II- ATENÇÃO A SAÚDE E CUIDADOS COM A GRAVIDEZ E SUAS COMPLICAÇÕES NO

PERÍODO INTRA-PARTO

1- Dominar a realização do acompanhamento e assistência ao trabalho de parto e parto de

alto risco.

2- Realizar acompanhamento e assistência na evolução distócica do trabalho de parto.

3- Dominar a assistência em complicações intra-parto como sofrimento fetal agudo,

prolapso de cordão e descolamento prematuro da placenta.

3- Dominar a realização de partos instrumentalizados (fórcipe e vácuo).

4- Dominar a realização das manobras específicas de assistência ao parto pélvico e

distócia de ombro.

5- Avaliar a assistência nas complicações do pós-parto imediato como lacerações do

trajeto.

III- ATENÇÃO A SAÚDE DA MULHER E CUIDADOS COM AS COMPLICAÇÕES NO

PERÍODO PUERPERAL

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1-Avaliar os medicamentos contra-indicados durante o aleitamento materno.

2- Manejar outros fatores que dificultam o aleitamento materno (hipogalactia, traumas

papilares, ducto bloqueado e abscesso mamário).

3- Dominar a realização da inibição e indução da lactação a partir de indicações baseadas

em evidências.

4- Identificar e avaliar a assistência inicial na depressão puerperal.

5- Interpretar os resultados de exames anatomopatológicos e laboratoriais para determinar

a etiologia dos resultados obstétricos.

IV- HABILIDADES TÉCNICAS EM PROCEDIMENTOS E CIRURGIAS EM OBSTETRÍCIA

1- Dominar a realização de genitoscopia e avaliar as lesões e sítios de biópsia.

2- Dominar o tratamento de lesões no colo uterino (eletro ou criocauterização).

3- Realizar ultrassonografia para biometria e/ou perfil biofísico fetal.

4- Dominar a realização da evacuação uterina em perdas fetais do segundo trimestre

(indução, curetagem e curagem pós-aborto).

5- Dominar a realização do tratamento cirúrgico da gestação ectópica.

6- Dominar a técnica de parto cesárea em parturientes com cesárea prévia.

V- HABILIDADES TÉCNICAS EM PROCEDIMENTOS E CIRURGIAS EM GINECOLOGIA

(LAPAROTOMIAS)

1- Dominar o manuseio de tecidos e planos cirúrgicos.

2- Avaliar as diversas fontes de energia disponíveis para cirurgia.

3- Dominar a técnica cirúrgica dos procedimentos ginecológicos de menor complexidade

por laparotomia (salpingooforectomia uni ou bilateral, ooforoplastia uni ou bilateral, miomectomia,

histerectomia sub total, histerectomia total abdominal).

4- Avaliar as complicações cirúrgicas e elaborar um plano inicial de abordagem do caso.

VI- HABILIDADES TÉCNICAS EM PROCEDIMENTOS E CIRURGIAS EM GINECOLOGIA

(CIRURGIAS VAGINAIS)

1- Dominar o manuseio de tecidos e planos cirúrgicos e a solicitação dos instrumentos

necessários para o fluxo do procedimento.

2- Dominar a técnica cirúrgica ginecológica de menor complexidade por via vaginal

(colporrafia anterior, colporrafia posterior, correção do prolapso da parede vaginal anterior pela técnica

sítio específica, correção do prolapso da parede vaginal posterior pela técnica sítio específica,

uretrocistoscopia diagnóstica, hidrodistensão sob narcose no diagnóstico e tratamento da bexiga

dolorosa, cirurgia de Sling retopúcico e transobturatório com ou sem o uso de malhas).

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3- Interpretar e identificar complicações da cirurgia vaginal e elaborar um plano inicial de

abordagem do caso.

VII- HABILIDADES TÉCNICAS EM PROCEDIMENTOS E CIRURGIAS EM

GINECOLOGIA (ENDOSCOPIA)

1- Dominar a utilização das diversas fontes de energia disponíveis para cirurgia

endoscópica e a solicitação dos instrumentos necessários para o fluxo do procedimento.

2- Dominar a realização punção umbilical pela técnica Veress e direta.

3- Dominar a técnica de procedimentos ginecológicos de menor complexidade como

laqueadura tubária, ooforoplastias simples e histeroscopia diagnóstica por via endoscópica sem

complicações.

4- Avaliar e identificar complicações cirúrgicas em endoscopia e elaborar um plano inicial

de abordagem do caso.

VIII- CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS

1- Dominar a indicação das opções cirúrgicas para as morbidades Ginecológicas.

2- Dominar a realização do preparo pré-operatório das pacientes que serão submetidas a

cirurgia obstétrica e/ou ginecológica.

3- Dominar o tratamento das comorbidades perioperatórias mais comuns relacionadas à

cirurgia obstétrica e /ou ginecológica.

IX- ATENÇÃO À SAÚDE E CUIDADOS NAS DESORDENS DO ASSOALHO PÉLVICO

(INCONTINÊNCIA URINÁRIA, FECAL E PROLAPSOS GENITAIS)

1- Dominar as bases da fisiologia e anatomia do assoalho pélvico anormal.

2- Avaliar e interpretar os resultados dos exames de investigação das desordens do

assoalho pélvico tais como estudo urodinâmico e uretrocistoscopia.

3- Estabelecer planos iniciais de tratamento clínico para pacientes com desordens não

complicadas do assoalho pélvico.

4- Dominar o tratamento cirúrgico das desordens do assoalho pélvico (colporrafia anterior,

colporrafia posterior, correção do prolapso da parede vaginal anterior pela técnica sítio específica,

correção do prolapso da parede vaginal posterior pela técnica sítio específica, uretrocistoscopia

diagnóstica, hidrodistensão sob narcose no diagnóstico e tratamento da bexiga dolorosa, cirurgia de

Burch, Sling retopúcico e transobturatório com ou sem o uso de malhas).

5- Estabelecer planos de tratamento clínico para pacientes com desordens complicadas do

assoalho pélvico;

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6- Planejar o tratamento clínico para pacientes com desordens complicadas do assoalho

pélvico identificar e estabelecer novos planos de cuidado para as condições de insucesso terapêutico nas

desordens do assoalho pélvico.

7- Avaliar as necessidades de tratamento multiprofissional nas desordens do assoalho

pélvico e mobilizar a equipe multiprofissional envolvida.

X- ATENÇÃO À SAÚDE E CUIDADOS NA ABORDAGEM DAS MASSAS PÉLVICAS E

TUMORES DE OVÁRIO

1- Dominar a abordagem diagnóstica dirigida para investigação das massas pélvicas.

2- Planejar o tratamento abrangente para as massas pélvicas.

XI- ATENÇÃO À SAÚDE E CUIDADOS NA DOR PÉLVICA AGUDA E CRÔNICA

1- Dominar a avaliação da musculatura abdominal e pélvica para identificar pontos de

gatilho, espasmos musculares.

2- Avaliar técnicas de automassagem em áreas de espasmo muscular.

3- Avaliar diagnóstico da dor pélvica aguda e crônica.

4- Avaliar o diagnóstico diferencial entre as causas psíquicas e biológicas da dor pélvica

crônica.

5- Dominar o tratamento medicamentoso para a dor pélvica aguda e crônica.

6- Dominar a técnica de bloqueios loco-regionais de pontos de gatilho na dor pélvica

crônica.

7- Planejar o tratamento multiprofissional para da dor pélvica.

XII- ATENÇÃO À SAÚDE E CUIDADOS NA CONTRACEPÇÃO E PLANEJAMENTO

FAMILIAR

1- Dominar o aconselhamento sobre a eficácia, riscos, benefícios, complicações e

contraindicações da esterilização feminina e masculina.

2- Dominar a técnica de inserção de dispositivo intrauterino (DIU) e implante contraceptivo.

XIII- ATENÇÃO À SAÚDE E CUIDADOS NO SANGRAMENTO UTERINO ANORMAL

1- Avaliar os exames e procedimentos à abordagem diagnóstica dirigida do sangramento

uterino anormal (Ultrassonografia, curetagem semiótica, Ressonância Nuclear Magnética, investigação

hormonal e hematológica).

2- Planejar o tratamento para cada faixa etária e diagnóstico clínico.

3- Dominar a realização de biópsia de endométrio através de curetagem semiótica.

4- Realizar procedimento de inserção de SIU-LNG (Sistema intrauterino liberador de

levonorgestrel).

XIV- INFECÇÕES EM GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA

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1- Dominar a avaliação inicial, diagnóstico diferencial e elaborar planos de tratamento e

acompanhamento para condições infecciosas em ginecologia e obstetrícia a nível hospitalar (mastite

complicada por abscesso, DIP aguda, abscesso tubo-ovariano, aborto infectado, endomiometrite,

pielonefrite, sepse).

2- Demonstrar conhecimento e realizar orientações para imunização em situações

especiais (HIV, doença auto-imune, imunossupressão, mulheres em tratamento para câncer,

transplantadas).

3- Dominar o acompanhamento ginecológico de mulheres soropositivas (HIV).

4- Dominar a realização de biópsias simples nas lesões do trato genital inferior.

5- Dominar o tratamento nas lesões do colo uterino (eletro/criocauterizações).

XV- CONDIÇÕES E PATOLOGIAS RELACIONADAS A GINECOLOGIA ENDÓCRINA

1- Dominar os principais fármacos utilizados em ginecologia endócrina: estrogênios,

progestágenos, androgênios, análogos de GnRH e SERMS (clomofeno, raloxifeno, tamoxifeno).

2- Demonstrar conhecimento sobre a definição de fecundidade, fertilidade e infertilidade.

3- Dominar a investigação básica do casal infértil contemplando: avaliação dos fatores

masculino, ovulatório, cervical, canalicular e tubo-peritoneal.

4- Avaliar o diagnóstico diferencial, realizar abordagem terapêutica e acompanhamento

clínico nas condições e patologias relacionadas a ginecologia endócrina: desenvolvimentos puberal

anormal, amenorreia, anovulações crônicas de diferentes etiologias (hipotalâmica, relacionadas aos

estados nutricionais, hiperprolactinemias, galactorréia, disfunções tireoidianas, insuficiência ovariana

prematura, Síndrome dos Ovários Policísticos, Síndrome Metabólica), Climatério, disfunções adrenais,

infertilidade).

XVI- ATENÇÃO A SAÚDE E CUIDADOS NO CONTROLE DO CÂNCER DE COLO NOS

NÍVEIS PRIMÁRIO E SECUNDÁRIO

1- Avaliar a investigação e tratamento inicial das alterações citológicas de alto grau

(colposcopia e biópsia dirigida).

2- Planejar o acompanhamento, encaminhamento e tratamento para condições de

anormalidade do exame colposcópico e anormalidades de resultados da biópsia do colo uterino.

XVII- ATENÇÃO À SAÚDE E CUIDADOS NAS PATOLOGIAS MAMÁRIAS A NÍVEL

PRIMÁRIO E SECUNDÁRIO

1- Dominar a realização de procedimentos de investigação inicial de patologias mamárias

(punção/ biópsia aspirativa de cistos e nódulos mamários, biopsia percutânea com agulha grossa sob

visualização direta).

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2- Dominar os procedimentos cirúrgicos no tratamento de patologias mamárias benignas:

exérese de ductos principais, exérese de nódulos palpáveis e de lesões não palpáveis, fistulectomia e

tratamento cirúrgico para ginecomastia de grau 1.

3- Planejar o acompanhamento, encaminhamento e tratamento em casos de anormalidade

do exame clínico, mamografia ou ecografia.

4- Demonstrar conhecimento sobre as diversas modalidades terapêuticas para o câncer de

mama e sobre a sequência do tratamento.

XVIII- ATENÇÃO A SAÚDE E CUIDADOS NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS EM

GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA

1- Dominar o diagnóstico diferencial e o tratamento clínico nas urgências e emergências

clínicas a nível hospitalar: emergências hipertensivas, eminência de eclampsia, eclampsia, choque,

parada cardiorrespiratória, sepse, depressão e psicose puerperal, distúrbios endocrinológicos agudos

(cetoacidose, hipoglicemia grave, crise tireotóxica).

2- Realizar diagnóstico diferencial e indicar procedimento cirúrgico nas urgências e

emergências a nível hospitalar: aborto infectado, doença trofoblástica gestacional, prenhez ectópica rota,

sofrimento fetal agudo, prolapso de cordão, distócias e sangramento puerperal.

3- Dominar o esvaziamento uterino em casos de abortamento infectado, abortamento do

segundo trimestre ou doença trofoblástica gestacional (curagem curetagem, aspiração).

4- Dominar a técnica de laparotomia exploradora e tratamento cirúrgico em casos de

abdome agudo hemorrágico (prenhez ectópica, ruptura de cistos ovarianos hemorrágicos).

5- Dominar a realização de parto cesárea de urgência.

6- Dominar a realização de parto fórceps de alívio nas urgências clínicas e/ou obstétricas.

7- Demonstrar conhecimento sobre os aspectos que envolvem a assistência às vítimas de

abuso sexual: normas do Ministério da Saúde, tratamento e profilaxia de infecções, aspectos médicos

legais, medidas legais de proteção das vítimas menores de idade e abortamento previsto em lei.

8- Dominar o planejamento ao atendimento e orientações às mulheres e/ou seus

responsáveis legais em casos de violência sexual.

XIX- ATENÇÃO A SAÚDE E CUIDADOS EM DESORDENS NÃO ORIGINÁRIAS DO

APARELHO REPRODUTOR

1-Demonstrar habilidade para interpretar resultados de exames para as desordens mais

comuns não originárias do aparelho reprodutor, mas que estejam a ele relacionados em sua evolução

como causa, consequência e/ou co-morbidade agravante (hipertensão arterial, diabetes, dislipidemias,

síndrome metabólica, obesidade, anorexia, depressão, osteopenias, lúpus, disfunções tireoidianas.

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2- Demonstrar habilidade para formular a abordagem terapêutica inicial para as desordens

acima descritas de menor complexidade (hipertensão arterial, diabetes, disfunções tireoidianas).

XX- SEGURANÇA DO PACIENTE EM GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA

1- Valorizar e avaliar as técnicas e métodos para verificar e promover a segurança do

paciente ( checagem de medicação e cirurgia segura).

2- Analisar a epidemiologia de erros médicos e as diferenças entre quase-erros, quase-

acidentes, acidentes, eventos adversos, eventos sentinela e erros médicos.

XI-PROFISSIONALISMO

1- Atuar em equipes de saúde interprofissionais e multiprofissional.

2- Comunicar-se de forma eficaz com médicos e outros profissionais de saúde sobre o

atendimento prestado ao paciente.

3- Engajar-se na tomada de decisão compartilhada, incorporando quadros culturais dos

pacientes e das famílias.

Terceiro ano - R3

I- ATENÇÃO À SAÚDE E CUIDADOS COM A GRAVIDEZ E SUAS COMPLICAÇÕES NO

PERÍODO PRÉ-NATAL

1- Avaliar os diferentes padrões de apresentação de complicações médicas e obstétricas

(inclusive apresentações atípicas) bem como suas diferentes opções de tratamento.

2- Reconhecer as indicações para inter-consultas, referência e / ou transferência de

cuidados de gestantes com complicações clínicas e obstétricas (com aloimunização materna,

malformações fetais, entre outras).

3- Dominar a realização de acompanhemento pré-natal de gestantes com intercorrências

clínicas e/ou obstétricas.

4- Dominar a realização de exames avançados de avaliação fetal, como cardiotocografia

anteparto, ultrassonografia, Dopplervelocimetria e amniocentese.

5- Valorizar a orientação do aleitamento nas condições que podem interferir na

amamentação, como doenças infectocontagiosas, drogadição, entre outras.

II-ATENÇÃO A SAÚDE E CUIDADOS COM A GRAVIDEZ E SUAS COMPLICAÇÕES NO

PERÍODO INTRA-PARTO

1- Avaliar as complicações de maior complexidade durante o trabalho de parto e parto e

dominar as indicações para inter-consulta, referência e/ou transferência de pacientes com complicações

durante o parto.

2- Dominar a realização dos partos instrumentalizados de maior complexidade como

fórcipe de rotação (Kielland).

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III- ATENÇÃO A SAÚDE DA MULHER E CUIDADOS COM AS COMPLICAÇÕES NO

PERÍODO PUERPERAL

1- Dominar o manejo das complicações puerperais de maior complexidade (como a

tromboflebite séptica puerperal e a embolia pulmonar).

2- Avaliar e orientar as pacientes sobre o risco de recorrência das complicações

apresentadas no pré-natal, parto e pós-parto como, por exemplo, pré-eclampsia, parto pré-termo, distócia

de ombro, depressão em gestação futura.

3- Demonstrar conhecimento e oferecer apoio as atividades do banco de leite humano.

IV- HABILIDADES TÉCNICAS EM PROCEDIMENTOS E CIRURGIAS EM OBSTETRÍCIA

1- Dominar as técnicas operadoras de: conizacão e excisão da zona de transformação e

cerclagem.

2- Dominar a realização do Parto vaginal em apresentações pélvicas (incluindo o segundo

gemelar).

3- Avaliar e reparar as perfurações ou ruptura uterina, lacerações vesicais e lacerações

perineais de 3ª e 4º graus.

4- Dominar a realização do tratamento cirúrgico da hemorragia pós-parto (Técnica de B-

LINCH, histerectomia puerperal).

V- HABILIDADES TÉCNICAS EM PROCEDIMENTOS E CIRURGIAS EM GINECOLOGIA

(LAPAROTOMIAS)

1- Dominar a realização de procedimentos ginecológicos de maior complexidade por

laparotomia (histerectomia total abdominal ampliada com ou sem linfadenectomia).

2- Avaliar a tomada de decisões intra-operatórias, incluindo a capacidade de modificar um

plano cirúrgico inicial com base nos achados cirúrgicos.

3- Avaliar e executar a assistência nas complicações cirúrgicas, incluindo o uso adequado

de consulta intra-operatória.

VI- HABILIDADES TÉCNICAS EM PROCEDIMENTOS E CIRURGIAS EM GINECOLOGIA

(CIRURGIAS VAGINAIS)

1- Dominar os procedimentos ginecológicos de maior complexidade por via vaginal

(Fixação da cúpula vaginal pela técnica Macall, Fixação da cúpula vaginal utilizando a o ligamento

sacroespinhal, fixação da cúpula vaginal utilizando a o músculo ileococcígeo).

2- Estimar a tomada de decisões intra-operatórias, incluindo a capacidade de modificar um

plano cirúrgico inicial com base nos achados cirúrgicos.

3- Avaliar a assistência nas complicações cirúrgicas, incluindo o uso de consulta intra-

operatória.

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4-Avaliar e escolher novas tecnologias baseando-se em evidências científicas.

VII- HABILIDADES TÉCNICAS EM PROCEDIMENTOS E CIRURGIAS EM

GINECOLOGIA (ENDOSCOPIA)

1- Dominar a realização de procedimentos ginecológicos endoscópicos de complexidade

intermediária como histerectomia total não complicada e polipectomias por via histeroscópica.

2- Julgar a tomada de decisões intra-operatórias, incluindo a capacidade de modificar um

plano cirúrgico inicial com base nos achados cirúrgicos.

3- Avaliar e tratar as complicações em cirurgia endoscópica, incluindo o uso adequado de

consulta intra-operatória.

4-Avaliar e escolher novas tecnologias baseando-se em evidências científicas.

5- Dominar os conhecimentos necessários para o tratamento cirúrgico em pacientes com

complicações clínicas complexas.

VIII- ATENÇÃO À SAÚDE E CUIDADOS NA ABORDAGEM DAS MASSAS PÉLVICAS E

TUMORES DE OVÁRIO

1- Dominar diagnóstico e tratamento de pacientes com massas pélvicas.

2- Estabelecer a linha de cuidado necessária para a condução do caso de forma

hierarquizada (atenção primária, secundária ou terciária).

IX- ATENÇÃO À SAÚDE E CUIDADOS NA DOR PÉLVICA AGUDA E CRÔNICA

1- Dominar o diagnóstico e tratamento de pacientes com dor abdominal e pélvica com

relação a padrões variados de apresentação e dor pélvica refratária ao tratamento.

2- Planejar a terapêutica para pacientes com dor pélvica crônica, atípica e complexa e

para pacientes com múltiplas e/ou complexas comorbidades.

3- Dominar a realização de orientações específicas sobre contracepção para pacientes

com condições clínicas especiais que dificultam a contracepção.

4- Dominar o tratamento das complicações decorrentes da utilização de métodos

contraceptivos e avaliar a necessidade de encaminhamento ou transferência de pacientes com

complicações graves.

X- ATENÇÃO À SAÚDE E CUIDADOS NO SANGRAMENTO UTERINO ANORMAL

1- Demonstrar conhecimento sobre novas opções terapêuticas para o sangramento uterino

anormal (ablação endometrial e embolização das artérias uterinas).

2- Avaliar a terapêutica ao sangramento uterino anormal refratário a tratamento inicial.

3- Realizar outros procedimentos diagnósticos para sangramento uterino anormal (US,

histeroscopia diagnóstica, biópsia endometrial dirigida por histeroscopia).

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4- Dominar a realização de procedimentos terapêuticos para o sangramento uterino

anormal (miomectomia e histerectomia).

XI- INFECÇÕES EM GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA

1- Dominar o diagnóstico e tratamento dos quadros clínicos infecciosos de apresentações

complexas incomuns e/ou complicações (vulvovaginites de repetição, infecções refratárias ao tratamento

inicial).

2- Dominar o diagnóstico e tratamento de verrugas genitais e condilomatose vulvovaginal

(cirurgia de alta frequência ou exérese cirúrgica ampla).

3- Dominar a técnica dos procedimentos ambulatoriais eletrocirúrgicos com alça no Trato

Gastrintestinal: biópsias, exéreses de lesões, cauterizações; Excisão da Zona de Transfoirmação

(EZT/LEEP); conização clássica.

4- Valorizar a abordagem multidisciplinar em pacientes com quadros infecciosos

complexos.

XII- CONDIÇÕES E PATOLOGIAS RELACIONADAS A GINECOLOGIA ENDÓCRINA

1- Analisar ou avaliar os principais procedimentos terapêuticos utilizados em Reprodução

Assistida (Inseminação Intra-Uterina, Fertilização in vitro e Injeção intracitoplasmática de

espermatozóides), incluindo os princípios gerais das técnicas, os aspectos éticos e legais, protocolos de

estimulação ovariana e os procedimentos laboratoriais mais utilizados, as indicações, seleção dos casais,

expectativas de sucesso, riscos e complicações.

2- Planejar o acompanhamento de ciclos induzidos para procedimentos de reprodução

assistida de baixa complexidade.

3- Avaliar o aconselhamento de casais inférteis para procedimentos de reprodução

assistida de alta complexidade.

4- Formular o diagnóstico diferencial e a abordagem terapêutica de pacientes com

desenvolvimento puberal anormal.

5- Planejar a abordagem clínica e acompanhamento de pacientes com agenesia vaginal e

malformações do seio urogenital para neovaginoplastia.

XIII- ATENÇÃO A SAÚDE E CUIDADOS NO CONTROLE DO CÂNCER DE COLO NOS

NÍVEIS PRIMÁRIO E SECUNDÁRIO

1- Dominar o diagnóstico e tratamento das lesões de alto grau utilizando novos

procedimentos (cirurgia de alta frequência, laser), incluindo a conização e a exérese da zona de

transformação.

2- Planejar o acompanhamento de pacientes submetidas ao tratamento do câncer de colo

uterino.

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3- Dominar o diagnóstico e tratamento do câncer de colo uterino em estágios iniciais

(conização, histerectomia).

XIV-ATENÇÃO À SAÚDE E CUIDADOS NAS PATOLOGIAS MAMÁRIAS A NÍVEL

PRIMÁRIO E SECUNDÁRIO

1- Planejar o acompanhamento de pacientes submetidas a tratamento oncológico de

câncer de mama;

2- Avaliar a prevenção primária para pacientes de alto risco para câncer de mama.

3- Dominar o diagnóstico e tratamento às patologias mamárias de maior complexidade,

como ressecção segmentar, mastectomias totais (simples) e exérese de mama axilar acessória.

4- Dominar a assistência no pós-operatório de cirurgias mamárias (oncológicas ou não).

5- Valorizar a abordagem multidisciplinar e hierarquizada (nos níveis primário, secundário

e terciário de atenção) para pacientes com patologias mamárias complexas.

XV-ATENÇÃO A SAÚDE E CUIDADOS NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS EM

GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA

1- Dominar o diagnóstico e tratamento das urgências e emergências de maior

complexidade a nível hospitalar: prolapso de cordão, descolamento e/ou acretismo placentário, ruptura

uterina, sangramento puerperal refratário ao tratamento inicial.

2- Dominar a técnica de histerectomia puerperal.

3- Planejar o acompanhamento inicial nos casos confirmados de doença trofoblástica

gestacional, identificando e encaminhando os casos, quando necessário, aos serviços de referência.

4- Avaliar as indicações para inter-consulta ou abordagem multidisplinar dos casos.

5- Avaliar as inter-consulta, referência e/ou transferência de pacientes aos serviços de

referência, quando necessário.

XVI- ATENÇÃO A SAÚDE E CUIDADOS EM DESORDENS NÃO ORIGINÁRIAS DO

APARELHO REPRODUTOR

1- Analisar e planejar a abordagem terapêutica inicial para as desordens acima descritas

de maior complexidade (osteoporose, síndrome metabólica, transtornos alimentares, infecção pelo HIV).

XVII-SEGURANÇA DO PACIENTE EM GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA

1- Coordenar a elaboração de relatórios de segurança do paciente e de análise de

sistemas de vigilancia.

2- Analisar as normas nacionais de segurança do paciente, bem como a sua

utilização/aplicação na instituição.

3- Analisar os erros e quase-erros para o sistema de vigilância institucional e seus

superiores.

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4- Valorizar a melhoria da qualidade da segurança do paciente.

XVIII- PROFISSIONALISMO

1- Coordenar, compor e apreciar as orientações em equipe multidisciplinar para pacientes,

familiares e membros da equipe.

2- Valorizar a gestão de riscos no processo de comunicação e atuar como modelo de

comunicação eficaz para colegas mais jovens.

3- Estimar a comunicação apropriada com pacientes e familiares em situações de maior

complexidade (más notícias).

4- Coordenar equipes inter-profissionais e interdisciplinares de saúde para alcançar os

melhores resultados.

5- Liderar de forma eficaz as transições de cuidados (passagem de plantão e

encaminhamentos) e reuniões de equipe.

6- Atuar de forma a garantir que os direitos do paciente sejam atendidos em tempo hábil.

7- Avaliar a autoconsciência sobre fadiga e stress, e buscar formas de atenuar seus

efeitos.

8- Colaborar, auxiliar e apoiar os residentes menos experientes em seu processo de

aprendizado e desenvolvimento técnico.

ROSANA LEITE DE MELO

Secretária Executiva

CÉSAR EDUARDO FERNANDES

Presidente da FEBRASGO

(Publicada no DOU nº 70, quinta-feira, 11 de abril de 2019, Seção 1, páginas 192/196)

RESOLUÇÃO Nº 4, DE 8 DE ABRIL DE 2019

Aprova a matriz de competências dos Programas de

Residência Médica em Oncologia Clínica.

A COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA (CNRM), no uso das

atribuições que lhe conferem a Lei nº 6.932 de 07 de julho de 1981, o Decreto nº 7.562, de 15 de

setembro de 2011, e o Decreto 8.516, de 10 de setembro de 2015.

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38

CONSIDERANDO a atribuição da CNRM de definir a matriz de competências para

a formação de especialistas na área de residência médica;

CONSIDERANDO a atribuição da Comissão Mista de Especialidade (CME)

composta pela CNRM, AMB e CFM, em definir as especialidades médicas no Brasil;

CONSIDERANDO a resolução CFM 2.148/2016 que homologa a Portaria 1/2016

da Comissão Mista de Especialidade em seu art. 1º "O Conselho Federal de Medicina (CFM), a

Associação Médica Brasileira (AMB) e a Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM)

reconhecerão as mesmas especialidades e áreas de atuação";

CONSIDERANDO a resolução CFM 2.162/2017 que homologa a Portaria 1/2017

da Comissão Mista de Especialidade que estabeleceu a Oncologia Clínica como especialidade

médica;

CONSIDERANDO a Resolução CNE/CP nº 3 de 18 de dezembro de 2002 que

define competência profissional como a "capacidade de mobilizar, articular e colocar em ação

conhecimentos, habilidades, atitudes e valores necessários para o desempenho eficiente e

eficaz de atividades requeridas pela natureza do trabalho e pelo desenvolvimento tecnológico";

CONSIDERANDO a Lei no 6.932/81, que estabelece a jornada semanal dos

Programas de Residência Médica, incluídas as atividades de plantão e teórico-práticas

CONSIDERANDO que o Programa de Residência Médica em Oncologia Clínica

possui duração de três anos, acesso com pré-requisito em Clínica Médica, respeitando a carga

horária semanal conforme legislação vigente;

CONSIDERANDO decisão tomada pela plenária da CNRM na sessão plenária de

23 de setembro de 2018 que aprovou a matriz de competências aos programas de residência

médica de Oncologia Clínica, resolve:

Art. 1º Fica aprovada a matriz de competências dos programas de residência

médica em Oncologia Clínica, na forma do anexo a esta Resolução.

Parágrafo único. É obrigatório a aplicação da matriz de competências para os

programas que se iniciarem a partir de 1º de março de 2020.

Art. 2º Os programas de Residência Médica em Cancerologia/ Cancerologia

Clínica passam a denominar-se Programas de Residência Médica em Oncologia Clínica.

Art. 3º Fica revogado o item 5.B dos Requisitos Mínimos dos Programas de

Residência Médica da Resolução CNRM 2/2006, de 17 de maio de 2006.

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39

Art. 4º Esta resolução entra em vigor em sua publicação.

MAURO LUIZ RABELO

Presidente da Comissão

ANEXO

MATRIZ DE COMPETÊNCIAS ONCOLOGIA CLÍNICA

OBJETIVO GERAL DO PROGRAMA

Formar e habilitar médicos na área da Oncologia Clínica com competências que os

capacitem a dirimir as situações, os problemas e os dilemas na área da Oncologia Clínica e

dominar a realização dos procedimentos diagnósticos e terapêuticos da especialidade.

Desenvolver um pensamento crítico-reflexivo em relação à literatura médica, tornando-o

progressivamente responsável e independente.

OBJETIVO ESPECÍFICO DO PROGRAMA

Tornar o médico residente apto a executar de forma independente e segura os

diagnósticos, tratamentos na Oncologia Clínica.

1. Desenvolver e aprimorar habilidades técnicas, raciocínio e a capacidade de

tomar decisões na área de oncologia clínica

2. Realizar avaliação do paciente, utilizando o domínio dos conteúdos de

informações gerais, exame clínico e interpretação dos exames complementares, contribuindo à

redução do risco terapêutico.

3. Valorizar a significação dos fatores somáticos, psicológicos e sociais que

interferem na saúde.

4. Estimar e promover as ações de saúde de caráter preventivo concernentes à

segurança do paciente.

5. Promover a integração do médico em equipes multiprofissional na assistência

aos pacientes.

6. Estimular a educação permanente.

7. Valorizar a capacidade crítica e reflexiva da atividade médica, no âmbito da

Oncologia considerando-a em seus aspectos científicos, éticos e sociais.

8. Dominar as técnicas diagnósticas, laboratoriais e radiológicas, relacionadas às

afecções oncológicas.

Ao término do R1

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40

1. História clínica, realizar o exame físico, formular hipóteses diagnósticas, solicitar

e interpretar exames complementares e traçar condutas às afecções mais prevalentes em

Oncologia Clínica.

2. O padrão de tratamento nas afecções mais prevalentes em Oncologia Clínica:

câncer de mama, câncer de próstata, câncer colorretal, câncer de pulmão, câncer de colo de

útero, câncer de cabeça e pescoço e câncer de estômago

3. Dominar os conceitos básicos de fisiopatologia do câncer, o processo de

transformação de célula normal em tumoral.

4. As etiologias do câncer: vírus, tabaco, obesidade e os mecanismos pelos quais

estes agentes causam câncer.

5. Dominar os princípios fundamentais do tratamento do câncer.

6. Avaliar os sinais e sintomas relacionados aos diversos tipos de câncer.

7. Realizar classificação de risco das afecções oncológicas, diferenciando os casos

para acompanhamento ambulatorial ou unidade de internação;

8. Demonstrar cuidado e respeito na interação com os pacientes e familiares,

considerando valores e crenças;

9. Dominar o conceito de prevenção em oncologia: Conceitos de "Overdiagnosis",

"lead time bias" e impacto individual e populacional de exames de rastreamento;

10. Dominar os conceitos de prevenção primária, secundária e terciária; avaliar o

impacto das mudanças de hábitos em prevenção primária e as limitações do rastreamento;

11. A epidemiologia e etiologia dos canceres mais prevalentes; interpretar a

diferença entre epidemiologia populacional vs risco individual e a incidência e sobrevida em

função de variáveis demográficas;

12. Dominar os conceitos de incidência, prevalência, sensibilidade, especificidade,

valor preditivo positivo e negativo, fatores de risco; impacto da prevalência sobre sensibilidade e

especificidade;

13. Dominar os conceitos de eficácia e efetividade;

14. Compreender as bases de diagnóstico molecular (painéis somáticos, painéis

germinativos, assinaturas gênicas, FISH, CISH, PCR);

15. Compreender os princípios de testes diagnósticos de patologia: histologia,

imuno-histoquímica e as limitações de biópsia por congelação;

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41

16. Compreender quais testes avaliam DNA, RNA ou proteínas e suas respectivas

funções;

17. Dominar os conceitos de estadiamento clínico e estadiamento patológico;

18. Dominar a nomenclatura em patologia: borderline, displasia, linhagens;

19. Dominar os conceitos de biomarcadores prognósticos e preditivos;

20. Dominar as indicações dos testes radiológicos necessários ao diagnóstico e

seguimento (tomografia, ressonância nuclear magnética, ultrassonografia, cintilografia óssea,

PET-CT, radiografias e outros);

21. Dominar conceitos de controle de dor, sedação paliativa, controle de sintomas

e efeitos colaterais dos tratamentos;

22. Dominar tratamento de urgências oncológicas e trombose em câncer;

23. Avaliar e manejar as toxicidades específicas dos tratamentos, incluindo eventos

adversos imunorelacionados;

24. Dominarr as pré-medicações necessárias ao tratamento oncológico como meio

de prevenir efeitos adversos;

25. Desenvolver a habilidade de apresentar casos clínicos e conduzir discussão de

casos em equipe multiprofissional e inter-profissional;

26. Avaliar as principais diferenças de desfechos em estudos clínicos;

27. Compreender a função e atuação dos Comitês de Ética em Pesquisa;

28. Dominar os diferentes tipos de estudos clínicos (fase I, II, III, IV, basket trial,

umbrella trial);

29. Avaliar a resposta através das ferramentas RECIST, irRECIST, qualidade de

vida (QOL30) e toxicidade (Common Toxicity Criteria);

30. Assumir a responsabilidade sobre o cuidado clínico aos pacientes;

31. Comunicar com desenvoltura com outros colegas sobre a situação clínica dos

pacientes;

32. Interpretar as síndromes hereditárias de predisposição ao câncer;

33. Avaliar as diferenças entre painéis germinativos e testes de mutações

somáticas;

34. Avaliar interações medicamentosas.

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42

35. Interpretar as limitações do estadiamento TNM e o valor prognóstico paralelo

de características moleculares dos tumores

36. Analisar os métodos de acompanhamento de toxicidade cardíaca

(Ecocardiograma, MUGA Scan);

37. Dominarr as regras para dosagens de quimioterápicos;

38. Analisar as indicações de radioterapia para os tumores mais incidentes (câncer

de mama, câncer de próstata, câncer colorretal, câncer de pulmão, câncer de colo de útero,

câncer de cabeça e pescoço e câncer de estômago)

39. Distinguir a farmacologia de quimioterápicos, terapias-alvo e

hormonioterápicos;

40. Coordenar o manejo de extravasamento de drogas antineoplásicas.

41. Valorizar a necessidade de interconsultas com outros especialistas quando se

fizer necessário

42. Elaborar prontuário médico legível para cada paciente, contendo os dados

clínicos para a boa condução do caso, preenchido em cada avaliação em ordem cronológica,

com data, hora, assinatura e número de registro no Conselho Regional de Medicina e mantê-lo

atualizado;

43. Realizar a prescrição do plano terapêutico, informado e aceito pelo paciente

e/ou seu responsável legal;

44. Elaborar e aplicar o termo de consentimento livre esclarecido de acordo com as

normas vigentes.

Ao Término do R2

1. Dominar as bases de biologia tumoral relacionando-a com a prática clínica;

2. Avaliar as principais mutações em oncogenes, genes supressores de tumores,

proteínas de reparo, e co-receptores imunológicos;

3. Analisar as mutações determinantes de sensibilidade e de resistências às

drogas;

4. Compreender as vias de sinalização celular e fundamentos e limitações das

técnicas e dos testes moleculares.

5. Avaliar as diferenças de imunidade celular e humoral e dominar conceitos de

imunidade inata e adaptativa;

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43

6. Dominar a inibição de co-receptores imunológicos e compreender as diversas

modalidades de imunoterapia (CAR-T cells, Dendritic Cell Therapy, vacinas, inibidores de check-

points);

7. Dominar a associação de imunoterápicos com outras terapias;

8. Dominar conceitos de hiperprogressão e pseudoprogressão durante

imunoterapia;

9. Avaliar as terapias biológicas;

10. Interpretar as modalidades de biópsia e suas indicações, citologia e biópsia

líquida e os fundamentos e limitações das técnicas de imunohistoquímica, FISH e PCR;

11. Realizar um heredograma e selecionar teste genético mais adequado para

investigação de predisposição hereditária ao câncer;

12. Avaliar as estratégias redutoras de risco para câncer de mama, cólon, tumores

ginecológicos;

13. Dominar as principais alterações moleculares: mutações pontuais, aberrações

em número de cópias, translocações, inserções e deleções ("point mutations", "copy number

aberrations", "translocations", "insertions and deletions");

14. Avaliar a integração entre painéis moleculares e parâmetros patológicos e

clínicos;

15. Interpretar as variantes de significado indeterminado;

16. Dominar as implicações prognósticas e terapêuticas das síndromes de

predisposição ao câncer;

17. Identificar pacientes para consultoria especializada de oncogeneticista;

18. Dominar o diagnóstico das principais neoplasias hematológicas (LLC, Linfomas

Não Hodgkin, Linfoma de Hodgkin, Mieloma Múltiplo, Leucemia Mielóide Aguda, Leucemia

Linfoide Aguda, Leucemia Mielóide Crônica);

19. Dominar a elaboração e aplicação de Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido;

20. Compreender as diretrizes (ESMO, ASCO, NCCN) que levam em conta custo

para países em desenvolvimento;

21. Valorizar a função de órgãos reguladores em Saúde: ANVISA, ANS e

CONITEC

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44

22. Dominar princípios de oncogeriatria;

23. Dominar cuidados paliativos e terminalidade no que tange avaliação

multiprofissional reconhecimento de aspectos psíquicos, habilidade de comunicação com

familiares, discussão de diretrizes e diretrizes antecipadas de vontade;

24. Desenvolver as habilidades de comunicação com pacientes em situação crítica,

uso de linguagem leiga e orientar pacientes na busca de informações confiáveis.

25. Valorizar as reuniõesmulti e inter-profissional.

26. Colaborar com o desenvolvimento do R1 no que tange ao manejo de urgências

oncológicas, detecção e tratamento de efeitos colaterais mais comuns;

27. Dominar indicações e contra-indicações de fatores de crescimento;

28. Avaliar as estratégias de preservação de fertilidade;

29. Dominar princípios de radioterapia: teleterapia, braquiterapia, IMRT, SBRT,

IGRT, radiocirurgia, janela terapêutica;

30. Dominar as indicações de radioterapia curativa como tratamento primário e as

indicações de radioterapia em associação com terapia sistêmica;

31. Compreender o conceito de efeito apscopal, radiation recall;

32. Compreender radiofármacos, suas indicações e efeitos colaterais;

33. Avaliar os princípios de cirurgia oncológica: cirurgias preservadoras de órgãos,

cirurgias minimamente invasivas e suas indicações

34. Analisar as terapias ablativas: radioembolização, ablação por radiofrequência,

crioablação, ablação por HIFU

35. Demonstrar cuidado, respeito na interação com os pacientes e familiares,

valores culturais, crenças e religião dos pacientes, oferecendo o melhor tratamento.

36. Valorizar o Sistema Único de Saúde, avaliando a estrutura e a regulação

37. Aplicar os conceitos fundamentais da ética médica;

38. Aplicar os aspectos médico-legais envolvidos no exercício da prática médica;

Ao Término do R3

1. Estabelecer limites para o tratamento oncológico considerando futilidade,

prognóstico e valorizar os aspectos psico-sociais, culturais e religiosos de pacientes e familiares.

2. Dominar tratamentos das neoplasias menos prevalentes e os princípios gerais

de oncologia que permitem avaliar e estabelecer o melhor tratamento para tumores raros;

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3. Dominar conceitos de validade analítica, validade clínica e utilidade clínica.;

4. Dominar critérios ESCAT (ESMO Scale for Actionability of Molecular Targets);

5. Avaliar a importância de biobancos e sua utilidade;

6. Avaliar os conceitos de farmacoeconomia e farmacovigilância.;

7. Dominar a prevenção para portadores de predisposição hereditária ao câncer;

8. Dominar o tratamento das neoplasias hematológicas mais comuns (LLC,

Linfomas Não Hodgkin, Linfoma de Hodgkin, Mieloma Múltiplo, Leucemia Mielóide Aguda,

Leucemia Linfoide Aguda, Leucemia Mielóide Crônica);

9. Dominar os princípios de vacinação durante e após tratamento do câncer;

10. Compreender os fundamentos, usos e limitações dos principais testes

moleculares, citogenética, citometria de fluxo, hibridização in situ (FISH), reação de polimerase

emcadeia (RT-PCR), sequenciamento de Sanger, microarrays e "Next Generation Sequencing";

11. Analisar as atribuições das diversas instâncias em pesquisa clínica

(Investigador Principal, Subinvestigadores, Monitores, etc) e as normas a serem seguidas em

pesquisa clínica (GCP -Good Clinical Practice).;

12. Dominar os fundamentos da Bioética;

13. Dominar a prevenção, diagnóstico e tratamento dos seguintes canceres:

Câncer de cabeça e pescoço;Câncer de Pulmão de Pequenas Células; Câncer de Pulmão Não-

Pequenas Células; Mesotelioma; Timoma e Carcinoma de Timo; Câncer de Esôfago; Câncer de

estômago; Câncer de reto; Câncer de cólon; Câncer de canal anal;Câncer hepatobiliar;

Adenocarcinoma de pâncreas; Câncer de rim; Câncer urotelial;Câncer de pênis; Câncer de

próstata; Tumores de células germinativas; Câncer de ovário; Câncer de endométrio; Câncer

cervical; Câncer de vulva; Neoplasia trofoblástica gestacional; Câncer de mama;

Osteossarcoma; Sarcoma de partes moles;GIST; Melanoma; Tumores de pele não-melanoma;

Câncer de tireóide; Neoplasias neuroendócrinas; Neoplasias de sistema nervoso central;

Carcinoma de sítio primário desconhecido; Leucemias agudas; Leucemias crônicas; Mieloma

Múltiplo; Linfoma de Hodgkin; Linfoma Não-Hodgkin; Neoplasias mieloproliferativas; Neoplasias

associadas ao HIV; Neoplasias associadas à gravidez;

14. Dominar tratamento de câncer em pacientes com HIV e gestantes;

15. Valorizar os aspectos psicossociais do Câncer: Identificar necessidades

psicossociais dos pacientes - depressão e ansiedade; estabelecer assistência multiprofissional;

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16. Valorizar os aspectos legais de responsabilidade individual e institucional;

17. Avaliar as implicações da judicialização e suas consequências na saúde

privada e pública;

18. Compreender a estrutura tripartite do financiamento da saúde no Brasil;

19. Dominar o conceito de QUALY e ATS (Avaliação de tecnologia em saúde);

20. Identificar os medicamentos essenciais da OMS (Essential Medicines List,

WHO);

21. Colaborar com o desenvolvimento do R1 e R2 no que tange ao manejo de

urgências oncológicas, detecção e tratamento de efeitos colaterais mais comuns

22. Tomar decisões sob condições adversas, com controle emocional e equilíbrio,

aplicando liderança para minimizar eventuais complicações, mantendo consciência de suas

limitações;

23. Demonstrar respeito, integridade e compromisso com os preceitos da ética

médica;

24. Analisar os custos da prática médica e utilizá-los em benefício do paciente,

valorizando os padrões de excelência;

25. Valorizar a relação custo/benefício às boas práticas na indicação de

medicamentos e exames complementares;

26. Produzir um artigo científico, utilizando o método de investigação adequado e

apresentá-lo em congresso médico ou publicar em revista cientifica ou apresentar publicamente

em forma de monografia.

ROSANA LEITE DE MELO

Secretaria Executiva

SERGIO DANIEL SIMON

Presidente da SBOC

(Publicada no DOU nº 70, quinta-feira, 11 de abril de 2019, Seção 1, páginas 196/197)

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RESOLUÇÃO Nº 5, DE 8 DE ABRIL DE 2019

Dispõe sobre a matriz de competências dos Programas de

Residência Médica em Cirurgia do Aparelho Digestivo no

Brasil

A COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA (CNRM), no uso das atribuições

que lhe conferem a Lei nº 6.932 de 07 de julho de 1981, o Decreto nº 7.562, de 15 de setembro de 2011,

e o Decreto 8.516, de 10 de setembro de 2015.

CONSIDERANDO a atribuição da CNRM de definir a matriz de competências para a

formação de especialistas na área de residência médica;

CONSIDERANDO a Resolução CNE/CP nº 3 de 18 de dezembro de 2002 que define

competência profissional como a "capacidade de mobilizar, articular e colocar em ação conhecimentos,

habilidades, atitudes e valores necessários para o desempenho eficiente e eficaz de atividades

requeridas pela natureza do trabalho e pelo desenvolvimento tecnológico";

CONSIDERANDO a Lei no 6.932/81, que estabelece a jornada semanal dos Programas de

Residência Médica, incluídas as atividades de plantão e teórico-práticas

CONSIDERANDO que o Programa de Residência Médica em Cirurgia do Aparelho

Digestivo possui duração de dois anos, com pré-requisito em Cirurgia Geral ou Programa de Pré-requisito

em Área Cirúrgica Básica, respeitando a carga horária semanal conforme legislação vigente;

CONSIDERANDO decisão tomada pela plenária da CNRM na sessão plenária de 18 de

abril de 2018 que aprovou a matriz de competências aos programas de residência médica de Cirurgia do

Aparelho Digestivo;, resolve:

Art. 1º Aprovar a Matriz de Competências dos Programas de Residência Médica de

Cirurgia do Aparelho Digestivo, anexa, que passa a fazer parte desta Resolução.

Art. 2º A partir de 1ºde março de 2020, os Programas de Residência Médica em Cirurgia

do Aparelho Digestivo terão a obrigatoriedade da aplicação da matriz de Competências.

Art. 3º Revogar o item 10 dos Requisitos Mínimos dos Programas de Residência Médica

da Resolução CNRM 2/2006, de 17 de maio de 2006.

Art. 4º Esta resolução entra em vigor em sua publicação.

MAURO LUIZ RABELO

Presidente da Comissão

ANEXO

MATRIZ DE COMPETÊNCIAS: CIRURGIA DO APARELHO DIGESTIVO

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OBJETIVOS GERAIS DO PROGRAMA

Treinar o médico residente de Cirurgia do Aparelho Digestivo para realizar o diagnóstico e

tratamento cirúrgico das doenças do aparelho digestivo, avaliar as opções não operatórias e desenvolver

pensamento crítico-reflexivo, tornando-o progressivamente responsável e independente.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS DO PROGRAMA

Tornar o médico residente capacitado a executar de forma independente e segura os

procedimentos cirúrgicos essenciais para cada ano de treinamento, habilitando-o a adquirir as

competências necessárias para diagnosticar e tratar com eficácia as doenças benignas e malignas do

Aparelho Digestivo. Valorizar a educação continuada.

COMPETÊNCIAS POR ANO DE TREINAMENTO

Ao término do primeiro ano - R1

Formular hipóteses para o diagnóstico e diagnósticos diferenciais das afecções do

aparelho digestivo e órgãos anexos e indicar os exames complementares pertinentes e a terapêutica.

1. Dominar a anatomia cirúrgica do abdome; resposta endócrino-metabólica ao trauma;

nutrição em cirurgia do aparelho digestivo;

2. Dominar o atendimento aos pacientes críticos (unidade de terapia intensiva e na

emergência) e identificar e tratar as principais complicações clínicas pós-operatórias;

3. Indicar e interpretar os principais exames de imagem;

4. Conduzir o preparo do paciente no pré-operatório;

5. Conhecimento sobre a prevalência da desnutrição e de suas repercussões no paciente

de cirurgia do aparelho digestivo: alterações da digestão e/ou absorção dos nutrientes; impacto do câncer

digestivo no estado nutricional, das doenças inflamatórias intestinais, do trauma e dos estados

hipermetabólicos, dentre outros;

6. Avaliar a importância dos principais métodos de triagem nutricional e de avaliação

nutricional na desnutrição: avaliação global subjetiva e métodos antropométricos, bioquímicos e de

composição corporal;

7. Avaliar as principais alterações metabólicas da resposta orgânica ao jejum e

decorrentes da resposta orgânica ao trauma/hipermetabolismo/sepse e suas consequentes necessidades

nutricionais;

8. Avaliar os princípios dos programas de aceleração da recuperação pós-operatória

(ERAS, ACERTO, ASER e outros validados);

9. Demonstrar conhecimentos dos princípios da imunonutrição (preparo imunológico

perioperatório);

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10. Coordenar os conhecimentos das indicações e contraindicações de suplementos orais

e de nutrição enteral, e as vantagens e desvantagens de cada uma das vias de nutrição enteral:

nasogástrica, naso-duodenal/jejunal (pós-pilórica), jejunostomia e gastrostomia (cirúrgica e endoscópica);

11. Coordenar as indicações e contraindicações da nutrição parenteral e as vantagens e

desvantagens da via central e periférica;

12. Dominar diagnóstico, tratamento e prevenção das complicações mecânicas,

metabólicas e infecciosas da nutrição parenteral;

13. Dominar a realização de laparotomias e laparoscopias diagnósticas e para

estadiamento de afecções neoplásicas benignas e malignas;

14. Dominar a realização de cirurgias paliativas como gastroenteroanastomoses,

derivações biliodigestivas, enterectomias, gastrostomias, colostomias, jejunostomias, ileostomias, bem

como, suas reconstruções, tubos gástricos e esofagostomias;

15. Dominar e aplicar as manobras relacionadas ao controle de danos em cirurgia

abdominal de urgência;

16. Dominar o conhecimento da fisiopatologia da hipertensão intra-abdominal e as

indicações e técnicas de peritoniostomias, o tratamento e os cuidados perioperatórios do abdômen

aberto, bem como, curativo a vácuo e outras técnicas de fechamento e reconstrução da parede

abdominal; uso de drenos na cavidade abdominal (tipos e indicações);

17. Dominar a correção cirúrgica de hérnias da parede abdominal nas suas várias formas

de apresentação clínica e variantes técnicas de correção cirúrgica (herniorrafias incisionais, ventrais e

inguinais);

18. Dominar o atendimento e orientação nos casos de hemorragia digestiva, manejo da

ressuscitação volêmica e tratamento clínico, endoscópico e cirúrgico, conforme cada caso;

19. Dominar o uso dos equipamentos de videocirurgias para realização de cirurgias

minimamente invasivas;

20. Valorizar o Sistema Público de Saúde, suas propriedades e possibilidades, consciente

dos mecanismos utilizados para concessão de medicamentos para os pacientes de acordo com as

normas vigentes;

21. Analisar os custos da prática médica em benefício do paciente mantendo os padrões

de excelência;

22. Realizar pesquisa clínica nas bases de dados científicas e conhecer o essencial de

metodologia científica para apresentações em sessões clínicas e formulação de trabalhos científicos;

23. Obedecer aos conceitos fundamentais da ética médica e os aspectos médico-legais

em sua abrangência com ênfase para a Cirurgia do Aparelho Digestivo;

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24. Dominar as bases do diagnóstico, estadiamento e tratamento das seguintes afecções:

doenças funcionais esofágicas; esclerodermia e esofagite eosinofílica; megaesôfago (acalásia) e

distúrbios motores; doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) e suas complicações; grandes hérnias

hiatais; divertículos esofágicos e faringoesofágico (Zenker); estenoses esofágicas benignas (péptica,

cáustica e outras); leiomiomas e cisto de duplicação do esôfago; úlcera gástrica e duodenal e suas

complicações: úlcera estenosante e hemorrágica; câncer gástrico; litíase biliar e suas complicações:

colecistite calculosa aguda e crônica, coledocolitíase, papilites e litíase intra-hepática; icterícia obstrutiva;

colangite; estenose cicatricial das vias biliares; pancreatite aguda; pancreatite crônica; pseudocistos do

pâncreas; câncer da vesícula biliar e das vias biliares; tumores císticos do pâncreas: neoplasia mucinosa

intraductal pancreática e cistoadenomas do pâncreas; Nódulos incidentais hepáticos (tumores benignos

do fígado: hemangioma, hiperplasia nodular focal e adenoma); Metástases hepáticas (em especial de

câncer colorretal);

25. Dominar a anatomia radiológica do fígado e sistema portal;

26. Analisar o papel da radiologia intervencionista no diagnóstico e como terapêutica das

doenças do aparelho digestivo;

27. Analisar o papel da quimioterapia no tratamento das doenças malignas do aparelho

digestivo;

28. Dominar o diagnóstico e tratamento das afecções anorretais (doença hemorroidária,

fissura anal, abscesso e fístula anal) e das doenças sexualmente transmissíveis (HPV) e o desbridamento

de lesões de partes moles perineais;

29. Dominar o diagnóstico e o tratamento das fístulas simples (interesfincterianas) e das

complexas (transesfincterianas, e supraesfincterianas;

30. Dominar o diagnóstico e o tratamento do prolapso mucoso da procidência de reto;

31. Dominar diagnóstico e tratamento de cisto pilonidal, cisto dermóide e tumor pré-sacral;

32. Dominar diagnóstico e tratamento clínico e cirúrgico das doenças inflamatórias

intestinais (Doença de Crohn e Retocolite ulcerativa);

33. Dominar diagnóstico e tratamento de diverticulose e diverticulite aguda;

34. Dominar diagnóstico e tratamento do Megacólon;

35. Dominar diagnóstico e tratamento da obstrução intestinal;

36. Demonstrar conhecimento em endoscopia digestiva alta, colangiopancreatografia e

ultrassonografia endoscópica (ecoendoscopia) e nas condutas nas lesões esôfago-gástricas, duodenais e

papila duodenal;

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37. Demonstrar conhecimento em Colonoscopia, as indicações e noções básicas sobre

conduta nos pólipos e o domínio do seguimento pós-polipectomia, bem como, o diagnóstico e tratamento

das síndromes polipóides;

38. Dominar o rastreamento do câncer gastrointestinal;

39. Demonstrar conhecimento no diagnóstico da incontinência fecal: os testes funcionais

(manometria anorretal, videodefecografia, tempo de trânsito colônico e eletroneuromiografia anal);

40. Demonstrar conhecimento sobre o câncer colorretal e de ânus;

41. Demonstrar conhecimento sobre os métodos de imagem, indicações e interpretação,

no diagnóstico e tratamento do câncer colorretal (Tomografia, Ressonância magnética nuclear e ultrasson

endoanal)

42. Dominar o preparo de cólon (anterógrado e retrógrado);

43. Dominar a indicação do tratamento cirúrgico da obesidade grave e doenças

metabólicas associadas, através das seguintes ações: reconhecer os pacientes com obesidade e

transtornos metabólicos passíveis de indicação cirúrgica; ter capacidade de realização do preparo pré-

operatório de forma a diminuir o risco cirúrgico; escolher a técnica cirúrgica e sua variante mais indicada

de forma personalizada a cada caso, de modo a obtenção dos melhores resultados imediatos e tardios

depois da cirurgia; estimar precocemente as complicações que podem ocorrer depois das cirurgias

bariátricas e metabólicas, instituindo o tratamento adequado; realizar o acompanhamento pós-operatório

prevenindo problemas cirúrgicos e nutricionais;

44. Dominar a realização, por via aberta ou minimamente invasiva, dos seguintes

procedimentos: Hiatoplastia com fundoplicatura na DRGE; Miotomia com fundoplicatura no megaesôfago;

Diverticulectomia e miotomia no Divertículo de Zenker; Colecistectomia; Colangiografia intra-operatória e

pós-operatória; Drenagem da via biliar; Esplenectomia; Resseções não regradas do fígado

(nodulectomias hepáticas); Ressecções anatômicas hepáticas menores (segmentectomias e bi-

segmentectomias); Apendicectomias; Enterectomias, colostomias e ileostomias (confecção e

fechamento);

45. Dominar a realização de biópsia hepática;

46. Valorizar e solicitar a necessidade de interconsultas com outros especialistas quando

se fizer necessário

47. Elaborar prontuário médico legível para cada paciente, contendo os dados clínicos

para a boa condução do caso, preenchido em cada avaliação em ordem cronológica, com data, hora,

assinatura e número de registro no Conselho Regional de Medicina e mantê-lo atualizado;

48. Realizar a prescrição do plano terapêutico, informado e aceito pelo paciente e/ou seu

responsável legal;

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49. Elaborar e aplicar o termo de consentimento livre esclarecido de acordo com as

normas vigentes;

50. Demonstrar cuidado, respeito na interação com os pacientes e familiares, valores

culturais, crenças e religião dos pacientes, oferecendo o melhor tratamento.

Ao término do segundo ano -R2

1. Dominar a seleção, avaliação de risco, princípios oncológicos e técnicas operatórias do

paciente com câncer do aparelho digestivo (esôfago, junção esofagogástrica, estômago e intestino

delgado, fígado, pâncreas e vias biliares, cólon, reto e ânus, e do peritônio);

2. Dominar os aspectos do câncer do aparelho digestivo relacionados a fatores de risco e

campanhas de prevenção, rastreamento e vigilância epidemiológica;

3. Participar de modo decisivo no atendimento multiprofissional do paciente com câncer do

aparelho digestivo, envolvendo a oncologia clínica, nutrição, radiologia, radioterapia dentre outros;

4. Analisar os métodos de imagem aplicados no diagnóstico e tratamento do câncer do

aparelho digestivo;

5. Dominar a base do diagnóstico anatomopatológico e suas implicações na classificação

de estadiamento TNM;

6. Analisar a biologia dos tumores (oncogenes e marcadores) e aplicar o conhecimento

nas bases da oncologia clínica e cirúrgica;

7. Demonstrar conhecimentos sobre o uso racional dos quimioterápicos e

imunossupressores, da radioterapia e seus benefícios e toxicidade;

8. Dominar o uso racional de antibióticos;

9. Dominar as bases do diagnóstico, estadiamento e tratamento das seguintes afecções:

Câncer do esôfago e da cárdia; câncer da papila de vater; câncer do pâncreas;

10. Dominar a realização, por via aberta ou minimamente invasiva, os seguintes

procedimentos: Gastrectomias parciais ou totais com ou sem linfadenectomias para as afecções benignas

e malignas do estômago; Tratamento das obstruções intestinais por tumores benignos ou malignos;

Reintervenções sobre o estômago como degastrectomias em casos benignos e malignos; Vagotomias e

suas variantes técnicas; Reconstrução do trato digestivo após gastrectomias totais ou subtotais;

Esofagectomia nas afecções benignas; Esofagectomia com linfadenectomia por diferentes acessos

(transtorácico ou transhiatal) no câncer do esôfago e cárdia; Reconstruções esofágicas: Esôfago ou

faringo gastro ou coloplastias; Cirurgia das grandes hérnias hiatais; Reoperações na DRGE e

megaesôfago; Litotomia das vias biliares intra e extra-hepáticas; Papilotomia; Anastomose biliodigestiva;

Duodenopancreatectomia; Gastroduodenopancreatectomia; Pancreatectomia distal com e sem

espelenectomia; Anastomoses: pancreatojejunal, cistogástrica e cistojejunal; Necrosectomia pancreática;

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11. Dominar o tratamento cirúrgico da hipertensão portal;

12. Dominar as ressecções anatômicas hepáticas maiores (hepatectomias direita,

esquerda e trissetorectomias); Hepatectomias regradas nos tumores primários do fígado;

Linfadenectomia do hilo hepático;

13. Dominar diagnóstico e tratamento cirúrgico do câncer colo-retal-anal;

13. Compreender as indicações de cirurgias de exenteração pélvica;

14. Dominar o diagnóstico e o tratamento cirúrgico da obesidade grave e doenças

metabólicas associadas, como as técnicas e resultados dos procedimentos cirúrgicos: Banda gástrica

ajustável, Gastrectomia vertical, Bypass gástrico com derivação jejunal, Derivação bileo-pancreática nas

suas variantes de Scopinaro, Duodenal-Switch total ou parcial (bipartição intestinal) e as perspectivas de

novas modalidades técnicas;

15. Compartilhar o manejo com a equipe multiprofissional através das seguintes ações:

Coordenar a equipe multiprofissional; atuar na prevenção de trombose venosa e embolia pulmonar;

avaliar os aspectos metabólicos e entero-hormonais do paciente obeso, bem como da Diabetes Mellitus

Tipo 2 e seu tratamento através da Cirurgia Metabólica; Avaliar as alterações nutrológicas mais comuns e

conduzir seu tratamento;

16. Analisar as técnicas endoscópicas de diagnóstico e tratamento das principais

complicações da cirurgia bariátrica;

17. Dominar os aspectos relacionados ao diagnóstico e tratamento das Urgências em

cirurgia bariátrica;

18. Dominar os aspectos relacionados a Cirurgia revisional, como indicações, seleção dos

pacientes e aspectos técnicos;

19. Demonstrar conhecimento das indicações e contra-indicações do transplante de

fígado, pâncreas, intestino e multi-visceral;

20. Dominar diagnóstico e tratamento das complicações cirúrgicas dos pacientes cirróticos;

21. Dominar os aspectos éticos do transplante com doador vivo e falecido e os critérios

para ser doador vivo e falecido e como diagnosticar a morte encefálica, bem como, notificar e manter os

doadores com morte encefálica;

22. Dominar as técnicas de captação de órgãos do aparelho digestivo;

23. Reconhecer as complicações precoces e tardias do transplante de órgãos do aparelho

digestivo, bem como, as reações adversas e complicações do uso dos imunossupressores;

24. Dominar as bases para preservação de órgãos para transplante;

25. Produzir de artigo científico;

26. Compreender a aplicabilidade da Cirurgia Robótica;

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27. Tomar decisões sob condições adversas, com controle emocional e equilíbrio,

aplicando liderança para minimizar eventuais complicações, mantendo consciência de suas limitações;

ROSANA LEITE DE MELO

Secretária Executiva

NICOLAU GREGORI CZECZKO

Presidente da CBCD

(Publicada no DOU nº 70, quinta-feira, 11 de abril de 2019, Seção 1, páginas 197/198)

RESOLUÇÃO Nº 6, DE 8 DE ABRIL DE 2019

Dispõe sobre a matriz de competências dos Programas

de Residência Médica em Cirurgia da Mão no Brasil.

A COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA (CNRM), no uso das

atribuições que lhe conferem a Lei nº 6.932 de 07 de julho de 1981, o Decreto nº 7.562, de 15 de

setembro de 2011, e o Decreto 8.516, de 10 de setembro de 2015.

CONSIDERANDO a atribuição da CNRM de definir a matriz de competências para

a formação de especialistas na área de residência médica;

CONSIDERANDO a Resolução CNE/CP nº 3 de 18 de dezembro de 2002 que

define competência profissional como a "capacidade de mobilizar, articular e colocar em ação

conhecimentos, habilidades, atitudes e valores necessários para o desempenho eficiente e

eficaz de atividades requeridas pela natureza do trabalho e pelo desenvolvimento tecnológico";

CONSIDERANDO a Lei no 6.932/81, que estabelece a jornada semanal dos

Programas de Residência Médica, incluídas as atividades de plantão e teórico-práticas

CONSIDERANDO que o Programa de Residência Médica em Cirurgia da Mão

possui duração de dois anos, com pré-requisito em Ortopedia e Traumatologia ou Cirurgia

Plástica, respeitando a carga horária semanal conforme legislação vigente;

CONSIDERANDO decisão tomada pela plenária da CNRM na sessão plenária de

18 de julho de 2018 que aprovou a matriz de competências aos programas de residência médica

de Cirurgia da Mão, resolve:

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ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br [email protected]

55

Art. 1º Aprovar a Matriz de Competências dos Programas de Residência Médica de

Cirurgia da Mão, anexa, que passa a fazer parte desta Resolução.

Art. 2º A partir de 1ºde março de 2020, os Programas de Residência Médica em

Cirurgia da Mão terão a obrigatoriedade da aplicação da matriz de Competências.

Art. 3º Revogar a resolução CNRM 2 de 20 de agosto de 2007.

Art. 4º Esta resolução entra em vigor em sua publicação.

MAURO LUIZ RABELO

Presidente da Comissão

ANEXO

Matriz de competências: Cirurgia da Mão

OBJETIVOS GERAIS

Formar e habilitar médicos especialistas em Cirurgia da Mão.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1. Dominar o conhecimento da anatomia e biomecânica do membro superior.

2. Capacitar e treinar os médicos residentes no diagnóstico das afecções da mão e

do membro superior.

3. Capacitar e treinar os médicos residentes em técnicas cirúrgicas para tratamento

das perdas cutâneas dos membros superiores e inferiores, incluindo técnicas convencionais e de

microcirurgia.

4. Capacitar ao atendimento ao traumatizado da mão e membro superior, incluindo

a) a assistência ao amputado de qualquer nível do membro superior.

b) técnicas microcirúrgicas e reimplantes.

c) tratamento das lesões vasculares.

d) tratamento das lesões tendíneas.

e) tratamento das lesões nervosas.

f) tratamento das lesões ósteo-articulares e perdas ósseas.

5. Capacitar no atendimento às doenças não traumáticas da mão e membro

superior, incluindo as

a) do tecido conjuntivo e de revestimento.

b) dos tendões e suas sinoviais.

c) dos ligamentos e ósteo-articulares.

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56

d) do sistema nervoso periférico.

e) infecciosas.

6. Capacitar nas urgências do membro superior.

7. Valorizar e solicitar a necessidade de interconsultas com outros especialistas

quando se fizer necessário.

8. Elaborar prontuário médico legível para cada paciente, contendo os dados

clínicos para a boa condução do caso, preenchido em cada avaliação em ordem cronológica,

com data, hora, assinatura e número de registro no Conselho Regional de Medicina e mantê-lo

atualizado;

9. Realizar a prescrição do plano terapêutico, informado e aceito pelo paciente e/ou

seu responsável legal;

10. Elaborar e aplicar o termo de consentimento livre esclarecido de acordo com as

normas vigentes.

COMPETÊNCIAS POR ANO DE TREINAMENTO

Primeiro ano- R1

Compreender e analisar as bases do conhecimento teórico-prático para a prática

da especialidade em cirurgia da mão.

Desenvolver habilidades para realização de cirurgias de pequeno porte e algumas

de médio porte.

Iniciar o trabalho científico pertinente à especialidade.

Ao Término do primeiro ano

1.Coletar história clínica, realizar o exame físico, formular hipóteses diagnósticas,

solicitar e interpretar exames complementares e traçar condutas para as afecções mais

prevalentes em mão;

2. Dominar a técnicas de acesso cirúrgico dos membros superiores.

3. Dominar a semiologia dos membros superiores.

4. Avaliar a fisiologia e biomecânica dos membros superiores.

5. Avaliar as afecções dos membros superiores: ortopédicas, vasculares,

neurológicas e cutâneas, sua abordagem global, quanto ao diagnóstico clínico, métodos

diagnósticos complementares e princípios de tratamento.

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57

6. Dominar o preparo pré-operatório e seguimento pós-operatório imediato e tardio

dos pacientes com afecções nos membros superiores.

7. Dominar a a Realização de procedimentos cirúrgicos de pequeno e médio porte:

afecções cutâneas - retalhos não microcirúrgicos; tratamento de síndromes compartimentais;

fraturas simples; lesões traumáticas de tendões e nervos, exceto plexo braquial; síndromes

compressivas; afecções sinoviais, exceto as de abordagem artroscópica.

8. Avaliar as atividades de reabilitação da mão / terapia da mão, valorizando o

trabalho da equipe multiprofissional.

9.Dominar as técnicas microcirúrgicas vasculares e neurológicas em modelos

experimentais.

10.Dominar as técnicas vídeo-endoscópicas nos membros superiores em modelos

experimentais

11. Analisar os exames eletroneurofisiológicos.

12. Participar de pesquisas e/ou trabalhos científicos no âmbito da especialidade.

13. Dominar a consulta à literatura científica nacional e internacional.

14. Dominar a realização da prescrição e acompanhamento do paciente da

internação até a alta hospitalar;

15. Valorizar a importância médica, ética e jurídica de registrar os dados e a

evolução do paciente no prontuário de forma clara e concisa, manter atualizado no prontuário os

resultados dos exames laboratoriais, radiológicos, histopatológicos, pareceres de outras clínicas

chamadas a opinar e quaisquer outras informações pertinentes ao caso;

16.Demonstrar cuidado, respeito na interação com os pacientes e familiares,

valores culturais, crenças e religião dos pacientes, oferecendo o melhor tratamento;

17. Aplicar os conceitos fundamentais da ética médica em sua abrangência;

18. Aplicar os aspectos médico-legais envolvidos no exercício da prática médica;

19. Obter o consentimento livre e esclarecido do paciente ou familiar em caso de

impossibilidade do paciente, após explicação simples, em linguagem apropriada para o

entendimento sobre os procedimentos a serem realizados, suas indicações e complicações;

Segundo ano - R2

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58

Capacitar para o exercício pleno da especialidade, nas áreas de propedêutica, uso

racional dos exames subsidiários, indicações dos tratamentos conservadores e cirúrgicos,

planejamento pré-operatório, técnicas cirúrgicas e manejo pós-operatório.

Realizar cirurgias de médio e grande portes.

Contribuir na formação dos residentes de primeiro ano.

Finalizar o trabalho científico.

Ao término do segundo ano

1. Dominar o atendimento do paciente com afecções nos membros superiores,

ortopédicas, traumáticas, neurológicas, vasculares, cutâneas e reumatológicas.

2. Dominar a realizarção de procedimentos cirúrgicos de médio e grande porte:

afecções cutâneas complexas - retalhos micro-cirúrgicos; fraturas complexas e/ou com perdas

de substâncias; lesões do plexo braquial; reimplantes; afecções congênitas; artroplastias

3. Avaliar as técnicas de transferências microcirurgicas de dedos do pé para a mão

e retalhos funcionais.

4. Analisar a aplicabilidade das próteses de substituição funcionais.

5. Dominar as técnicas vídeo-endoscópicas nos membros superiores.

6. Tomar decisões sob condições adversas, com controle emocional e equilíbrio,

aplicando liderança para minimizar eventuais complicações, mantendo consciência de suas

limitações;

7. Demonstrar respeito, integridade e compromisso com os preceitos da ética

médica;

8. Produzir um trabalho científico.

ROSANA LEITE DE MELO

Secretária Executiva

MILTON BERNARDES PIGNATARO

Presidente da SBCM

(Publicada no DOU nº 70, quinta-feira, 11 de abril de 2019, Seção 1, páginas 198/199)

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RESOLUÇÃO Nº 7, DE 8 DE ABRIL DE 2019

Dispõe sobre a matriz de competências dos Programas de

Residência Médica em Cirurgia Plástica no Brasil.

A COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA (CNRM), no uso das atribuições

que lhe conferem a Lei nº 6.932 de 07 de julho de 1981, o Decreto nº 7.562, de 15 de setembro de 2011,

e o Decreto 8.516, de 10 de setembro de 2015.

CONSIDERANDO a atribuição da CNRM de definir a matriz de competências para a

formação de especialistas na área de residência médica;

CONSIDERANDO a Resolução CNE/CP nº 3 de 18 de dezembro de 2002 que define

competência profissional como a "capacidade de mobilizar, articular e colocar em ação conhecimentos,

habilidades, atitudes e valores necessários para o desempenho eficiente e eficaz de atividades

requeridas pela natureza do trabalho e pelo desenvolvimento tecnológico";

CONSIDERANDO a Lei no 6.932/81, que estabelece a jornada semanal dos Programas de

Residência Médica, incluídas as atividades de plantão e teórico-práticas

CONSIDERANDO que o Programa de Residência Médica em Cirurgia Plástica possui

duração de três anos, com pré-requisito em Cirurgia Geral ou Programa de Pré-requisito em Área

Cirúrgica Básica, respeitando a carga horária semanal conforme legislação vigente;

CONSIDERANDO decisão tomada pela plenária da CNRM na sessão plenária de 22 de

agosto de 2017 que aprovou a matriz de competências aos programas de residência médica de Cirurgia

Plástica, resolve:

Art. 1º Aprovar a Matriz de Competências dos Programas de Residência Médica de

Cirurgia Plástica, anexa, que passa a fazer parte desta Resolução.

Art. 2º A partir de 1ºde março de 2020, os Programas de Residência Médica em Cirurgia

Plástica terão a obrigatoriedade da aplicação da matriz de Competências.

Art. 3º Revogar o item 13 dos Requisitos Mínimos dos Programas de Residência Médica

da Resolução CNRM 2/2006, de 17 de maio de 2006.

Art. 4º Esta resolução entra em vigor em sua publicação.

MAURO LUIZ RABELO

Presidente da Comissão

ANEXO

MATRIZ DE COMPETÊNCIAS: CIRURGIA PLÁSTICA

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60

OBJETIVOS GERAIS

Formar e habilitar médicos na área da Cirurgia Plástica com competências que os

capacitem a dirimir as situações, os problemas e os dilemas na área da Cirurgia Plástica e dominar a

realização dos procedimentos cirúrgicos da especialidade. Valorizar e se responsabilizar por sua

educação continuada.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1. Desenvolver e aprimorar habilidades técnicas, raciocínio e a capacidade de tomar

decisões na cirurgia plástica;

2. Realizar avaliação pré-cirúrgica do paciente, utilizando o domínio dos conteúdos de

informações gerais, do exame clínico do paciente e da interpretação dos exames complementares,

contribuindo para a redução do risco operatório;

8. Estratificar o risco cirúrgico e decidir sobre a possibilidade de realização da cirurgia

proposta;

3. Valorizar a significação dos fatores somáticos, psicológicos e sociais que interferem na

saúde;

4. Estimar e promover as ações de saúde de caráter preventivo concernentes à segurança

do paciente;

5. Promover a integração do médico em equipes multidisciplinares na assistência aos

pacientes;

6. Estimular a capacidade de aprendizagem e de participação em programas de educação

permanente;

7. Estimular a capacidade crítica e reflexiva da atividade médica, no âmbito da Cirurgia

Plástica, considerando-a em seus aspectos científicos, éticos e sociais;

9. Dominar as técnicas cirúrgicas de cirurgia plástica e suas variantes específicas com

grau crescente de complexidade no decorrer dos três anos de treinamento;

10. Realizar o procedimento cirúrgico com segurança em todas as suas etapas;

11. Identificar e tratar complicações intra e pós-operatórias;

12. Produzir um artigo científico e apresentá-lo em congresso médico ou submetê-lo ou

publicá-lo.

Competências por ano de treinamento

PRIMEIRO ANO - R1

Compreender e analisar a base do conhecimento teórico-prático dos fundamentos da

cirurgia plástica. Avaliar as condições clínicas do paciente antes do ato cirúrgico e decidir pela melhor

estratégia a ser adotada.

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61

Desenvolver competências com habilidades técnicas para realização de cirurgias de

pequeno porte e auxiliar cirurgia de médio e grande porte do Programa Básico da Cirurgia Plástica sob

supervisão.

AO TÉRMINO DO PRIMEIRO ANO - R1

1- Reunir na avaliação pré-operatória, informações acuradas e essenciais sobre o paciente

e suas queixas, bem como o exame físico completo, geral e específico;

2. Compreender e analisar as causas de infecção cirúrgica, instituindo a prevenção e

tratamento;

3. Dominar as Bases da Cirurgia Plástica Geral;

4. Avaliar o diagnóstico e terapêutica concernentes às queimaduras, desde as mais

simples às mais complexas e instituir a terapêutica pertinente;

5. Dominar as normas e legislação vigente de segurança da instalação de uma Unidade de

Queimados;

6. Avaliar o diagnóstico e indicação terapêutica das bases da cirurgia oncológica da pele,

óssea, partes moles, com ênfase na área de cabeça e pescoço e mama;

7. Avaliar a terapêutica e as complicações decorrentes do tratamento oncológico cirúrgico,

radioterápico e quimioterápico.

8. Avaliar as bases do diagnóstico e indicação terapêutica das cirurgias cranio-

maxilofacial, traumática e não traumática, oncológica, fissuras labio-palatina e outras deformidades

congênitas. Instituir terapêutica pertinente com o grau de complexidade do ano de treinamento;

9.Avaliar o diagnóstico e indicação terapêutica das cirurgias de reconstrução da região

auricular, deformidades congênitas ou adquiridas, e instituir terapêutica;

10. Avaliar as cirurgias da região nasal, funcionais e reconstrutora, deformidades

congênitas ou adquiridas e instituir terapêutica pertinente;

11. Valorizar e solicitar a necessidade de interconsultas com outros especialistas quando

se fizer necessário;

12. Elaborar prontuário médico legível para cada paciente, contendo os dados clínicos

para a boa condução do caso, preenchido em cada avaliação em ordem cronológica, com data, hora,

assinatura e número de registro no Conselho Regional de Medicina e mantê-lo atualizado;

13. Realizar a prescrição do plano terapêutico, informado e aceito pelo paciente e/ou seu

responsável legal;

14. Elaborar e aplicar o termo de consentimento livre esclarecido de acordo com as

normas vigentes;

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62

15.Demonstrar cuidado, respeito na interação com os pacientes e familiares, valores

culturais, crenças e religião dos pacientes, oferecendo o melhor tratamento.

SEGUNDO ANO - R2

Estimar e realizar a avaliação pré-cirúrgica e planejamento operatório para cirurgias de

médio e grande porte. Realizar cirurgias de médio porte e algumas de grande porte, bem como, auxiliar

as cirurgias de grande porte, sob supervisão.

TÉRMINO DO SEGUNDO ANO - R2

1. Planejar e dominar as cirurgias de médio e algumas de grande porte;

2. Demonstrar segurança na condução da cirurgia de acordo com os princípios da boa

prática;

3. Avaliar, diagnosticar e tratar as complicações cirúrgicas intra e pós-operatórias;

4. Dominar a indicação de re-intervenção nas intercorrências do pós-operatório e instituir a

terapêutica;

5. Avaliar o diagnóstico e terapêutica das cirurgias funcionais e de reconstrução da região

orbito-palpebral, deformidades congênitas ou adquiridas, tumorais e instituir o tratamento;

6. Avaliar o diagnóstico e terapêutica das cirurgias funcionais e de reconstrução da mama,

deformidades congênitas ou adquiridas, tumorais e instituir terapêutica;

7. Avaliar o diagnóstico e terapêutica concernentes às cirurgias funcionais e de

reconstrução da mão e membros superiores, deformidades congênitas ou adquiridas, tumorais e instituir

terapêutica pertinente;

8. Avaliar o diagnóstico e terapêutica concernentes às cirurgias funcionais e de

reconstrução do aparelho urogenital, deformidades congênitas ou adquiridas, tumorais e instituir

terapêutica;

9. Avaliar o diagnóstico e terapêutica das cirurgias funcionais e de reconstrução dos

membros inferiores, deformidades congênitas ou adquiridas, tumorais e instituir terapêutica.

10. Avaliar o paciente com lesão raqui-medular e instituir medidas preventivas e terapias

no campo da cirurgia plástica;

11. Avaliar o diagnóstico e terapêutica da obesidade, grandes perdas ponderais ou pós

cirurgias bariátricas, deformidades congênitas ou adquiridas, tumorais e instituir terapêutica;

12. Avaliar o diagnóstico e terapêutica das Bases da Microcirurgia, funcionais e de

reconstrução;

13. Avaliar o diagnóstico e terapêutica das feridas e dominar o tratamento cirúrgico e o uso

de biomateriais (abordagem integrada): terapia com pressão sub-atmosférica; engenharia de tecidos e

curativos especiais;

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14. Compreender as bases da embriologia e Genética Médica aplicadas à Cirurgia

Plástica;

15. Valorizar o Sistema Único de Saúde, avaliando a estrutura e a regulação

16. Aplicar os conceitos fundamentais da ética médica;

17. Aplicar os aspectos médico-legais envolvidos no exercício da prática médica.

TERCEIRO ANO - R3

Estimar e realizar a avaliação pré-cirúrgica e planejamento operatório às cirurgias de

médio e grande porte. Realizar cirurgias de médio e grande porte. Contribuir na formação e ensino dos

residentes do segundo e primeiro ano, sob supervisão do preceptor. Dominar as técnicas da Cirurgia

Plástica Estética. Demonstrar compromisso com sua formação teórica, prática e científica. Conclusão de

um artigo científico. Compreender, analisar e avaliar o diagnóstico e terapêutica concernentes às cirurgias

estéticas e reparadoras, bem como, dominar as técnicas cirúrgicas, estética e reparadora, da cirurgia

plástica.

AO TÉRMINO DO TERCEIRO ANO- R3

1. Saber comunicar ao paciente as vantagens e desvantagens e risco de cada

procedimento;

2. Dominar a indicação da técnica cirúrgica e conduzi-la operacionalizando de forma

racional com os recursos disponíveis;

3. Planejar e executar os passos do procedimento cirúrgico de forma sequencial e

organizada, no intuito de conseguir um desfecho favorável;

5. Julgar, durante a cirurgia, a necessidade de aplicar variantes técnicas aceitas

cientificamente, a fim de resolução das contingências;

6. Comunicar-se de forma clara e objetiva com todos os membros da equipe;

7. Avaliar e tratar as complicações da cirurgia plástica;

8. Avaliar o diagnóstico e terapêutica e dominar a técnica operatória das cirurgias estéticas

da face: ritidoplastia (lift) facial, frontal, cervical; blefaroplastias; osteostomias estéticas da face;

rinoplastia; calvície e métodos de correção cirúrgica; orelha em abano. Avaliar e realizar peeling químico

e dermoabrasão (Lifting químico);

9. Avaliar o diagnóstico, terapêutica e dominar a técnica operatória das cirurgias estéticas

da Mama: mastoplastia redutora; mastoplastia de aumento com ou sem próteses; cirurgias secundárias

da mama; ginecomastia; correção cirúrgica da ptose mamária; correção cirúrgica da assimetria mamária;

10. Dominar a técnica operatória das cirurgias estéticas da parede abdominal:

abdominoplastias e miniabdominoplastias; lipoabdominoplastias; reconstrução da parede abdominal após

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deformidade congênitas ou adquiridas; correção cirúrgica de diástase dos retos abdominais; plástica

umbilical; reconstrução de umbigo; lipodistrofias e lipoaspiração;

11. Dominar a técnica operatória das cirurgias de Lipodistrofias dos membros superiores e

inferiores, da face, do ronco e do abdômen; enxertos de gordura;

12. Avaliar o diagnóstico, indicação terapêutica e dominar a técnica operatória das

cirurgias de lifting de coxas e cruroplastias;

13. Dominar a técnica de Procedimentos ancilares: preenchimentos; toxina botulínica;

laser e dermoabrasao (resurfacing);

14. Analisar diagnóstico e indicação terapêutica dos princípios básicos da cirurgia vídeo-

endoscópica: facial, mamária e abdominal no campo da Cirurgia plástica;

15. Avaliar o diagnóstico de alopecias e indicação terapêutica concernentes aos princípios

básicos da cirurgia capilar;

16. Avaliar a indicação terapêutica concernentes aos princípios básicos do uso de células

tronco, com ênfase na obediência à legislação brasileira.

17. Analisar os custos da prática médica e utilizá-los em benefício do paciente, valorizando

os padrões de excelência;

18. Valorizar a relação custo/benefício às boas práticas na indicação de medicamentos e

exames complementares e técnicas cirúrgicas;

19.Tomar decisões sob condições adversas, com controle emocional e equilíbrio,

aplicando liderança para minimizar eventuais complicações, mantendo consciência de suas limitações;

20. Produzir um artigo científico

ROSANA LEITE DE MELO

Secretária Executiva

LUCIANO CHAVES

Presidente da SBCP

(Publicada no DOU nº 70, quinta-feira, 11 de abril de 2019, Seção 1, páginas 199/200)

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RESOLUÇÃO Nº 8, DE 8 DE ABRIL DE 2019

Dispõe sobre a matriz de competências dos Programas

de Residência Médica em Dermatologia no Brasil.

A COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA (CNRM), no uso das

atribuições que lhe conferem a Lei nº 6.932 de 07 de julho de 1981, o Decreto nº 7.562, de 15 de

setembro de 2011, e o Decreto 8.516, de 10 de setembro de 2015.

CONSIDERANDO a atribuição da CNRM de definir a matriz de competências para

a formação de especialistas na área de residência médica;

CONSIDERANDO a Resolução CNE/CP nº 3 de 18 de dezembro de 2002 que

define competência profissional como a "capacidade de mobilizar, articular e colocar em ação

conhecimentos, habilidades, atitudes e valores necessários para o desempenho eficiente e

eficaz de atividades requeridas pela natureza do trabalho e pelo desenvolvimento tecnológico";

CONSIDERANDO a Lei no 6.932/81, que estabelece a jornada semanal dos

Programas de Residência Médica, incluídas as atividades de plantão e teórico-práticas

CONSIDERANDO que o Programa de Residência Médica em Dermatologia possui

duração de três anos, acesso direto, respeitando a carga horária semanal conforme legislação

vigente;

CONSIDERANDO decisão tomada pela plenária da CNRM na sessão plenária de

22 de agosto de 2018 que aprovou a matriz de competências aos programas de residência

médica de Dermatologia, resolve:

Art. 1º Aprovar a Matriz de Competências dos Programas de Residência Médica de

Dermatologia, anexa, que passa a fazer parte desta Resolução.

Art. 2º A partir de 1ºde março de 2020, os Programas de Residência Médica em

Dermatologia terão a obrigatoriedade da aplicação da matriz de Competências

Art. 3º Revogar o item 11 dos Requisitos Mínimos dos Programas de Residência

Médica da Resolução CNRM 2/2006, de 17 de maio de 2006.

Art. 4º Esta resolução entra em vigor em sua publicação.

MAURO LUIZ RABELO

Presidente da Comissão

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66

ANEXO

MATRIZ DE COMPETÊNCIAS: DERMATOLOGIA

OBJETIVOS

Formar e habilitar médicos especialistas na área de Dermatologia Clínico-Cirúrgica

e sanitária com competências que os capacitem a atuar nos diferentes níveis de complexidade

da área, utilizando ferramentas clínicas, exames complementares e propedêutica armada para o

diagnóstico e tratamento das doenças cutâneo-mucosas, dos anexos e dos fâneros, na criança e

no adulto, em uma abordagem de concepção integral e centrada no indivíduo, estabelecendo

relação respeitosa, produtiva e resolutiva com pacientes, familiares e demais profissionais da

área da saúde e mantendo compromentimento com a educação médica continuada e integrada

às políticas públicas de saúde.

COMPETÊNCIAS POR ANO DE TREINAMENTO

PRIMEIRO ANO (R1)

Proporcionar conhecimento teórico-prático com os fundamentos e princípios da

dermatologia. Proporcionar ao médico residente a familiarização com as principais ferramentas e

métodos clínicos utilizados na dermatologia, assim como o treinamento para manejo clínico e

cirúrgico das doenças cutâneo-mucosas, dos anexos e dos fâneros, mais prevalentes.

COMPETÊNCIAS AO TÉRMINO DO R1

1. Dominar a utilização dos componentes da abordagem centrada na pessoa;

2. Estabelecer comunicação respeitosa, ética com pacientes, colegas médicos da

mesma ou de outra especialidade e outros profissionais da área da saúde;

3. Desenvolver habilidade para comunicar-se com os pacientes/responsáveis sobre

a investigação diagnóstica e plano terapêutico, bem como suas complicações, efeitos

inesperados, mudanças de plano terapêutico, com ênfase na segurança do paciente;

4. Dominar a embriologia, estrutura e funções da pele, assim como suas relações

com órgãos internos;

5. Valorizar a pele como órgão de comunicação interpessoal;

6. Dominar as bases da imunologia aplicadas à dermatologia:organização do

sistema imune, princípios básicos da resposta imune, autoimunidade e compreensão do sistema

imune associado à pele;

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7. Dominar os princípios básicos de biologia molecular aplicados à investigação e

diagnóstico em dermatologia;

8. Dominar as bases da genética aplicada à dermatologia;

9. Dominar os princípios básicos de doença aplicados à dermatologia: inflamação,

neoplasia, distúrbios metabólicos e genodermatoses;

10. Analisar a epidemiologia nacional e mundial das doenças tegumentares;

11. Dominar a semiologia clínica dermatológica. Realizar anamnese obtendo

informações acuradas e essenciais sobre o paciente e suas queixas, bem como o exame físico

completo, geral e específico dermatológico utilizando-se da propedêutica própria e da aplicação

do jargão adequado para a descrição das lesões elementares;

12. Dominar a avaliação dos nervos periféricos, assim como das cadeias

linfonodais periféricas;

13. Formular hipóteses diagnósticas, propor exames complementares para o

diagnóstico, propor tratamentos clínicos e/ou cirúrgicos e orientações de medidas preventivas

para as doenças mais prevalentes em dermatologia nos ambientes ambulatoriais e de pacientes

internados;

14. Dominar o diagnóstico, tratamento e orientações de medidas preventivas para

infecções sexualmente transmissíveis com manifestação cutânea, hanseníase e outras doenças

infecciosas prevalentes;

15. Dominar os princípios da biópsia da pele, como suas técnicas e seleção do

local para sua realização;

16. Compreender e analisar o método científico e seus principais tipos de

pesquisas. Estar capacitado para fazer pesquisas bibliográficas na área, leitura e interpretação

crítica de artigos científicos;

17. nalisar problemas sociais e psicológicos associados a doenças dermatológicas

e reconhecer a importância dos grupos de apoio aos pacientes e associações de pacientes;

18. Valorizar a importância médica, ética e jurídica de registrar os dados e a

evolução do paciente no prontuário de forma clara e concisa, manter atualizado no prontuário os

resultados dos exames laboratoriais, radiológicos, histopatológicos, pareceres de outras clínicas

chamadas a opinar e quaisquer outras informações pertinentes ao caso;

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19. Valorizar e solicitar a necessidade de interconsultas com outros especialistas

quando se fizer necessário

20. Realizar a prescrição do plano terapêutico, informado e aceito pelo paciente

e/ou seu responsável legal;

21. Realizar a prescrição e todo o acompanhamento do paciente da internação até

a alta hospitalar; prescrever as medicações, sabendo reconhecer as características

farmacocinéticas e farmacodinâmicas de cada droga no paciente com doença hepática,

interações medicamentosas e impacto em outros órgãos e sistemas;

22. Demonstrar e aplicar os conhecimentos sobre a indicação e interpretação de

exames de imagem com e sem contraste;

23. Avaliar as indicações e contraindicações dos métodos diagnósticos e

terapêuticos relacionados à especialidade;

24. Compreender os custos da prática médica e utilizá-los em benefício do

paciente, mantendo os padrões de excelência;

25. Valorizar a relação custo/benefício para as boas práticas na indicação de

medicamentos e exames complementares;

26. Dominar suporte de vida.

27. Dominar o manejo das afecções clínicas mais prevalentes na urgência e

emergência.

28. Dominar a base do manejo das afecções clínicas e cirúrgicas com interface na

Dermatologia

29. Compreender diagnóstico e tratamento das queimaduras.

30. Dominar os princípios básicos de curativos.

31. Demonstrar cuidado, respeito na interação com os pacientes e familiares,

valores culturais, crenças e religião dos pacientes, oferecendo o melhor tratamento

SEGUNDO ANO (R2)

Consolidar as competências (conhecimento, habilidades e atitudes) na área do

exercício da dermatologia com grau crescente de complexidade do treinamento e adição de

novos conhecimentos e habilidades dermatológicos mais complexos.

COMPETÊNCIAS AO TÉRMINO DO R2

1. Realizar pronto-atendimentos dermatológicos.

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69

2. Dominar a técnica de diversos tipos de biópsias cutâneas, os principais

procedimentos cirúrgicos dermatológicos ambulatoriais de pequeno porte.

3. Dominar o diagnóstico, tratamento e orientações de medidas preventivas para

as doenças mais prevalentes em dermatologia nos ambulatórios de dermatologia geral.

4. Dominar o atendimento dos pacientes internados, bem como prestar inter-

consulta especializada a outras especialidades;

5. Avaliar as manifestações sistêmicas das doenças cutâneas, manifestações

cutâneas das doenças sistêmicas e as reações adversas tegumentares aos medicamentos em

geral, e às novas drogas-alvos e imunológicas utilizadas em oncologia e em outras áreas

médicas;

6. Manejar o atendimento às doenças nas faixas etárias pediátrica e geriátrica;

7. Aplicar o atendimento cosmiátrico básico e intermediário em dermatologia;

8. Realizar e analisar os exames não invasivos através de propedêutica armada

como dermatoscopia e vídeo-dermatoscopia;

9. Dominar a técnica de coleta de material e identificação microscópica e de

culturas dos fungos patogênicos para pele, bem como identificar e reconhecer padrões de

cultivos fungicos de complexidade intermediária em micologia;

10. Realizar acompanhamento e revisão dos exames realizados na rotina

dermatológica e reconhecer padrões de complexidade intermediária em dermatopatologia;

11. Dominar os mecanismos de ação, doses, interações medicamentosas e efeitos

adversos de medicamentos de uso tópico e sistêmico em dermatologia;

12. Avaliar as principais indicações do uso geral de aparelhos para tratamentos

físicos como crioterapia, terapia fotodinâmica, fototerapia, bases da radioterapia, laseterapia e

outras fontes de energia não laser;

13. Analisar os custos da prática médica e utilizá-los em benefício do paciente,

valorizando os padrões de excelência;

14. Valorizar a relação custo/benefício às boas práticas na indicação de

medicamentos e exames complementares;

15. Valorizar o Sistema Único de Saúde, avaliando a estrutura e a regulação

16. Aplicar os conceitos fundamentais da ética médica;

17. Aplicar os aspectos médico-legais envolvidos no exercício da prática médica;

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18. Obter o consentimento livre e esclarecido do paciente ou familiar em caso de

impossibilidade do paciente, após explicação simples, em linguagem apropriada para o

entendimento sobre os procedimentos a serem realizados, suas indicações e complicações;

TERCEIRO ANO (R3)

Consolidar as competências (conhecimento, habilidades e atitudes) na área do

exercício da dermatologia com grau crescente de complexidade e acréscimo do treinamento em

questões clínico-cirúrgicas dermatológicas mais avançadas.

COMPETÊNCIAS AO TÉRMINO DO TERCEIRO ANO

1. Dominar a indicação das terapêuticas medicamentosa, física e cirúrgica das

doenças dermatológicas genéticas, inflamatórias (infecciosas e não infecciosas) e neoplásicas,

suas eficácias, segurança e custo;

2. Dominar o manejo geral de aparelhos para tratamentos físicos como crioterapia

e fototerapia. Avaliar o manejo da terapia fotodinâmcia e laserterapia e outras fontes de energia

não laser;

3. Realizar exames dermatoscópicos de rotina e analisar a indicação e do

mapeamento digital corporal;

4. Avaliar os padrões avançados de complexidade de análise em micologia, em

dermatopatologia e em tricologia;

5. Dominar as indicações dos tratamentos mais complexos em dermatologia, como

o uso de agentes imunossupressores, terapias alvo e imunobiológicos;

6. Dominar a técnica de procedimentos dermato-cosmiátricos de maior

complexidade incluindo correção de cicatrizes e técnicas cirúrgicas de repigmentação;

7. Dominar procedimentos cirúrgicos de maior complexidade na abordagem de

tumores cutâneos e ungueais;

8. Responsabilizar-se por seu aprendizado continuado;

9. Dominar os mecanismos de ação, doses, interações medicamentosas e efeitos

adversos de medicamentos imunobiológicos e biossimilares para uso em doenças

dermatológicas;

10. Tomar decisões sob condições adversas, com controle emocional e equilíbrio,

aplicando liderança para minimizar eventuais complicações, mantendo consciência de suas

limitações;

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11. Valorizar o Sistema Único de Saúde, avaliando a estrutura e a regulação;

12. Produzir um artigo científico.

ROSANA LEITE DE MELO

Secretaria Executiva

JOSÉ A. SANCHES

Presidente da SBD

(Publicada no DOU nº 70, quinta-feira, 11 de abril de 2019, Seção 1, páginas 200/201)

RESOLUÇÃO Nº 9, DE 8 DE ABRIL DE 2019

Aprova a matriz de competências dos Programas de

Residência Médica em Neurocirurgia.

A COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA (CNRM), no uso das

atribuições que lhe conferem a Lei nº 6.932 de 07 de julho de 1981, o Decreto nº 7.562, de 15 de

setembro de 2011, e o Decreto 8.516, de 10 de setembro de 2015.

CONSIDERANDO a atribuição da CNRM de definir a matriz de competências para

a formação de especialistas na área de residência médica;

CONSIDERANDO a Resolução CNE/CP nº 3 de 18 de dezembro de 2002 que

define competência profissional como a "capacidade de mobilizar, articular e colocar em ação

conhecimentos, habilidades, atitudes e valores necessários para o desempenho eficiente e

eficaz de atividades requeridas pela natureza do trabalho e pelo desenvolvimento tecnológico";

CONSIDERANDO a Lei no 6.932/81, que estabelece a jornada semanal dos

Programas de Residência Médica, incluídas as atividades de plantão e teórico-práticas

CONSIDERANDO que o Programa de Residência Médica em Neurocirurgia possui

duração de cinco anos, acesso direto, respeitando a carga horária semanal conforme legislação

vigente;

CONSIDERANDO decisão tomada pela plenária da CNRM na sessão plenária de

19 de abril de 2017 que aprovou a matriz de competências aos programas de residência médica

de Neurocirurgia, resolve:

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Art. 1º Fica aprovada a Matriz de Competências dos Programas de Residência

Médica em Neurocirurgia, na forma do anexo a esta Resolução.

Parágrafo único. E obrigatório o uso da matriz de competências para os programas

que se iniciarem a partir de 1ºde março de 2020.

Art.2º Fica revogado o item 38 do anexo da Resolução CNRM nº 2, de 17 de maio

de 2006, dos Requisitos Mínimos dos Programas de Residência Médica.

Art. 3º Esta resolução entra em vigor em sua publicação.

MAURO LUIZ RABELO

Presidente da Comissão

ANEXO

MATRIZ DE COMPETÊNCIAS: NEUROCIRURGIA

OBJETIVOS GERAIS

Formar e habilitar médicos na área da Neurocirurgia a adquirir as competências

necessárias para diagnosticar e tratar com eficácia e eficiência as afecções neurocirúrgicas,

promover a formação de um especialista, capaz de desenvolver e executar programas de

assistência, ensino e pesquisa nas áreas de abrangência da neurocirurgia.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Selecionar, nos casos concretos, sobre as vantagens e desvantagens de cada

procedimento cirúrgico.

Responsabilizar-se pela sua educação continuada.

1º ANO DE TREINAMENTO

Dominar as bases da morfologia, função e principais processos patológicos que

envolvem o sistema nervoso.

COMPETÊNCIAS AO TÉRMINO DO R1

1- Identificar o nível de consciência do paciente pela Escala de Coma de Glasgow

(ECGla), determinar as condições de risco iminente de morte e adotar as medidas adequadas de

reanimação e apoio.

2-Dominar as técnicas de história clínica e exame neurológico com a

sistematização dos dados obtidos a fim de estabelecer os diagnósticos sindrômico, topográfico e

etiológico básicos em Neurologia.

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3- Realizar anamnese e exames físico e neurológico, bem como ser capaz de

identificar e estabelecer o diagnóstico clínico do paciente em morte encefálica

4- Analisar e avaliar os exames complementares iniciais de diagnósticos

nosológicos e etiológicos.

5- Avaliar os limites e riscos envolvidos nos seguintes procedimentos: Punção

Lombar para obtenção de líquido cefalorraquidiano, eletroencefalograma, radiografias simples do

crânio e coluna vertebral, tomografia computadorizada do crânio e coluna vertebral (sem e com

contraste).

6- Dominar a técnica de punção liquórica para obtenção de líquido céfalo-

raquidiano.

7- Avaliar e executar punção lombar para coleta de líquor e realizar provas

manométricas.

8- Avaliar e executar as condutas básicas nas principais emergências

neurológicas/neurocirúrgicas: Doença Vascular Cerebral Isquêmica e Hemorrágica, Traumatismo

Cranioencefálico e Traumatismo raquimedular, Hipertensão Intracraniana, Epilepsia e Infecção

do Sistema Nervoso Central

9- Dominar os conceitos básicos de embriologia, anatomia macroscópica e

microscópica das estruturas do SNC, parênquima, ventrículos, nervos cranianos e espinhais,

liquido cérebro-espinhal e vascularização.

10- Analisar as características especiais do fluxo sanguíneo e do metabolismo

cerebral, barreira hemato-encefálica e hemato-liquórica.

11- Analisar os mecanismos dos controles segmentar e supra segmentar da

motricidade, bem como áreas responsáveis por funções corticais superiores, noções básicas da

avaliação clínica eletrofisiológica: EEG, ENMG e potenciais evocados.

12 - Dominar a avaliação clínica e atendimento inicial ao politraumatizado com TCE

e/ou TRM, identificar e analisar as principais doenças vasculares do encéfalo e conhecer a

fisiopatologia e o tratamento.

13 - Avaliar os principais tipos de coma e estabelecer medidas iniciais no

tratamento, identificar e tratar uma crise convulsiva; conhecer e analisar as principais etiologias

da epilepsia e reconhecer e explicar a indicação cirúrgica.

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14 - Reconhecer e analisar os aspectos biológicos e identificar e analisar as

manifestações clínicas das neoplasias do sistema nervoso.

15 - Analisar as radiografias simples, tomografia computadorizada do crânio e da

coluna vertebral nas doenças traumáticas.

16. Valorizar e solicitar a necessidade de interconsultas com outros especialistas

quando se fizer necessário

17. Elaborar prontuário médico legível para cada paciente, contendo os dados

clínicos para a boa condução do caso, preenchido em cada avaliação em ordem cronológica,

com data, hora, assinatura e número de registro no Conselho Regional de Medicina e mantê-lo

atualizado;

18. Realizar a prescrição do plano terapêutico, informado e aceito pelo paciente

e/ou seu responsável legal;

19. Elaborar e aplicar o termo de consentimento livre esclarecido de acordo com as

normas vigentes.

20. Demonstrar cuidado, respeito na interação com os pacientes e familiares,

valores culturais, crenças e religião dos pacientes, oferecendo o melhor tratamento

2º ANO DE TREINAMENTO

Desenvolver um profissional apto a realizar o diagnóstico clínico, estabelecer as

linhas de investigação a serem realizadas e iniciar os procedimentos clínicos e cirúrgicos

estabelecidos cientificamente. Capacidade para leitura e interpretação dos principais exames de

neuroimagem

Capacidade de orientar o pré e o pós-operatório das principais doenças

neurocirúrgicas.

Ter adquirido noções básicas de Neurointensivismo.

COMPETÊNCIAS AO TÉRMINO DO R2

1. Interpretar e avaliar as principais linhas, planos e projeções utilizados em

radiografias simples de crânio e coluna vertebral.

2. Reconhecer e analisar as anomalias congênitas, os sinais de hipertensão

intracraniana e as fraturas nas radiografias simples de crânio e coluna vertebral. Conhecer e

descrever os princípios da formação de imagem por tomografia computadorizada e ressonância

magnética de crânio e coluna, bem como identificar e analisar os principais tipos de lesões

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traumáticas, expansivas, congênitas e acidentes vasculares e ser capaz de identificar e analisar

na arteriografia encefálica os sistemas carotídeos e vertebro basilar, com seus respectivos

principais ramos.

3. Analisar e avaliar os princípios de pré e pós-operatório em neurocirurgia,

conhecer e analisar os princípios gerais de neurointensivismo, conhecer e analisar os princípios

gerais em neuroanestesia e ser capaz de identificar, avaliar e estabelecer o diagnóstico clínico e

tomar as medidas iniciais no tratamento (monitorização) da hipertensão intracraniana.

4. Conhecer e analisar os princípios gerais da cirurgia intracraniana.

5. Ser o cirurgião auxiliar, sempre sob supervisão de um preceptor, em cirurgias

de: Lesões congênitas do encéfalo e da medula espinhal, Hidrocefalias, Traumatismo

cranioencefálico, Traumatismo raquimedular, Traumatismo de plexos e nervos periféricos

6. Conhecer e analisar a classificação, quadro clínico, diagnóstico e tratamento das

hidrocefalias, quanto a procedimentos como derivação ventricular externa e derivação ventrículo-

peritoneal e atrial.

7. Dominar o tratamento cirúrgico dos afundamentos cranianos simples e

hematomas intracranianos traumáticos.

8. Dominar a instalação do dispositivo de tração esquelética craniana nas fraturas

de coluna cervical que necessitem de redução e conhecer e analisar os princípios gerais da

cirurgia raquimedular.

9. Identificar, analisar, avaliar e diagnosticar as lesões traumáticas do plexo

braquial e dos principais nervos periféricos.

10. Conhecer e avaliar os princípios básicos de instrumentação em neurocirurgia e

auxiliar, no campo operatório, as cirurgias de malformações congênitas raquimedulares.

11. Demonstrar respeito, integridade e compromisso com os preceitos da ética

médica;

12. Dominar a comunicação verbal e não verbal.

3º ANO DE TREINAMENTO

Desenvolver um profissional apto a realizar o diagnóstico neurocirúrgico,

estabelecer, interpretar e avaliar os exames complementares relevantes e executar atos

neurocirúrgicos sob supervisão de neurocirurgião da Unidade ou preceptor designado pelo

mesmo.

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Assegurar que ao final do 3º ano, o residente alcance as seguintes competências e

conhecimentos para interpretar laudos neuropatológicos e correlacioná-los com os próximos

passos na orientação ao paciente neurocirúrgico

Desenvolvera aptidão para participar como cirurgião auxiliar ou como cirurgião de

ato cirúrgico tutorado por preceptor da Unidade de Treinamento. A participação poderá ser

efetuada totalmente ou em parte de um elenco de procedimentos no adulto e na criança, para os

quais seja considerado apto e inclui: Como cirurgião: Abscesso / empiema intracraniano,

Craniotomia descompressiva, Hemorragia parenquimatosa espontânea, Tumores ósseos do

crânio e Como auxiliar:Doenças degenerativas da coluna, Tumores intracranianos supra e

infratentoriais, Tumores intra-raquidianos e da coluna vertebral, Aneurismas e malformações

vasculares.

COMPETÊNCIAS AO TÉRMINO DO R3

1.. Ter noções da reação do sistema nervoso central aos principais processos

patológicos: inflamatórios, traumáticos e isquêmicos, identificar as características

macroscópicas, características anatomopatológicas e conhecer o comportamento biológico dos

principais tumores do sistema nervoso central, ter noções da patologia das lesões vasculares,

traumáticas, infecciosas e parasitárias do sistema nervoso.

2. Avaliar as alterações da angiografia medular nas principais doenças do canal

raquidiano., conhecer as alterações da ressonância magnética encefálica nas principais doenças

do SNC., conhecer os princípios gerais do neurointensivismo e noções dos princípios gerais em

neuroanestesia.

3. Identificar as manifestações clínicas, efetuar o diagnóstico radiológico, conhecer

o tratamento medicamentoso e saber indicar o tratamento cirúrgico da hipertensão intracraniana,

lesões cerebrais e medulares congênitas, traumatismos cranianos e raquidianos.

4. Avaliar as manifestações clínicas e efetuar o diagnóstico, analisar os

mecanismos de regeneração e indicação dos exames eletrofisiológicos e saber indicar o

tratamento cirúrgico das lesões traumáticas de plexos e nervos periféricos.

5. Aplicar os princípios básicos do atendimento ao politraumatizado (ATLS).

6. Realizar o tratamento cirúrgico dos processos infecciosos parasitários cerebrais

e medulares, da isquemia cerebral (craniotomias descompressivas) e da hemorragia

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parenquimatosa espontânea encefálica, tratamento dos tumores ósseos do crânio e da coluna

vertebral

7. Participar como auxiliar do tratamento: Tumor supra e infratentoriais, Tumores

raquidianos e medulares, Hérnias discais / Espondilose, Aneurismas e malformações vasculares

8. Dominar o conhecimento sobre do microscópio cirúrgico quanto ao manuseio e

cuidados na preservação do equipamento.

9. Valorizar o Sistema Único de Saúde, avaliando a estrutura e a regulação

10. Aplicar os conceitos fundamentais da ética médica;

11. Aplicar os aspectos médico-legais envolvidos no exercício da prática médica;

4º ANO DE TREINAMENTO

Desenvolver o diagnóstico neurocirúrgico, estabelecer e interpretar os exames

complementares relevantes e executar atos neurocirúrgicos sob supervisão de neurocirurgião da

Unidade ou preceptor designado de treinamento e em continuidade com o Programa de

Formação do Neurocirurgião.

Assegurar que, ao final do 4º Ano, o residente alcance as seguintes competências:

Aptidão para participar, como cirurgião auxiliar ou como cirurgião, de ato cirúrgico

tutorado por preceptor da Unidade de Treinamento. A participação poderá ser efetuada

totalmente ou em parte de um elenco de procedimentos, na criança e no adulto, para os quais

seja considerado apto e inclui: Doenças degenerativas da coluna, Abscesso / empiema

intracraniano, Isquemia cerebral, Hemorragia parenquimatosa espontânea, Tumores ósseos do

crânio e da coluna vertebral, Disrafismos fechados e cirurgia de nervos periféricos, Cirurgia de

instrumentação de coluna, Tumores intracranianos supra e infratentoriais, Tumores intra-

raquidianos extramedulares, Neurocirurgia funcional, Malformações arteriovenosas. Como

cirurgião: Cirurgia dos aneurismas intracranianos e Tumores da base do crânio

Dominar as bases dos princípios das terapias adjuvantes incluindo quimioterapia,

radioterapia e radioterapia estereotactica do sistema nervoso central.

COMPETÊNCIAS AO TÉRMINO DO R4

1. Dominar os princípios básicos da biologia molecular dos tumores do sistema

nervoso e da execução da técnica de realização de angiografias e procedimentos

endovasculares, conhecer as indicações neurocirúrgicas para o tratamento da dor e dos

movimentos anormais e para biópsias estereotáctica

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2. Avaliar as indicações do tratamento cirúrgico e as técnicas cirúrgicas

empregadas no tratamento cirúrgico dos tumores da hipófise, bem como da terapêutica

complementar, dominar os princípios e as principais indicações de diagnóstico e do tratamento

por neuroendoscopia e avaliar as indicações e as abordagens e técnicas cirúrgicas empregadas

do tratamento cirúrgico da epilepsia.

3. Avaliar as indicações do tratamento cirúrgico e técnicas endovasculares, bem

como as técnicas cirúrgicas, empregadas no tratamento dos aneurismas cerebrais e avaliar as

indicações do tratamento cirúrgico e do tratamento complementar e as técnicas cirúrgicas

empregadas das malformações arteriovenosas do encéfalo e da medula espinhal, dos tumores

encefálicos e da base do crânio, dos disrafismos espinhais e da cirurgia de instrumentação de

coluna.

4. Habilitar-se a utilizar o microscópio cirúrgico, o instrumental microcirúrgico, as

técnicas microcirúrgicas de dissecação e a executar exercícios complexos de microcirurgia em

animais de laboratório (microdissecações, enxertos arteriais e venosos e anastomoses de nervos

periféricos), efetuar dissecações microcirúrgicas em espécimes humanos.

5. Indicar a eletrofisiologia intraoperatória, reconhecendo as limitações da técnica e

interpretar os principais achados, em cirurgias dos nervos periféricos, da coluna vertebral e intra-

raquidianas, dos tumores intracranianos.

6. Demonstrar respeito, integridade e compromisso com os preceitos da ética

médica;

7. Analisar os custos da prática médica e utilizá-los em benefício do paciente,

valorizando os padrões de excelência;

8. Valorizar a relação custo/benefício às boas práticas na indicação de

medicamentos e exames complementares;

5º ANO DE TREINAMENTO

Realizar o diagnóstico neurocirúrgico, estabelecer e interpretar os exames

complementares relevantes e executar atos neurocirúrgicos.

Aptidão para participar como cirurgião auxiliar ou como cirurgião de ato cirúrgico

tutorado por preceptor da Unidade de treinamento. A participação poderá ser efetuada

totalmente ou em parte de um elenco de procedimentos para os quais seja considerado apto e

inclui: Doenças degenerativas da coluna, Abscesso / empiema intracraniano, Craniotomia

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descompressiva, Hemorragia parenquimatosa espontânea, Tumores ósseos do crânio e da

coluna vertebral, Disrafismos espinhais, Cirurgia dos nervos periféricos, Cirurgia de

instrumentação de coluna, Tumores intracranianos supra e infratentoriais, Tumores intra-

raquidianos, Neurocirurgia funcional, Cirurgia dos aneurismas intracranianos, Malformações

arteriovenosas do encéfalo e medula espinhal, Tumores da base do crânio

COMPETÊNCIAS AO TÉRMINO DO R5

1.Coordenar as Unidades de internação do serviço de Neurocirurgia, as atividades

de pré e pós-operatório nas Unidades de internação e supervisionar as atividades dos residentes

menos graduados.

2. Exercer as seguintes áreas de atuação: funcional, vascular e base de crânio,

com atividades de enfermaria, ambulatório e centro cirúrgico.

3. Ser capaz de conduzir atos cirúrgicos complexos sob supervisão, tais como:

Cirurgias dos aneurismas Cerebrais, Cirurgias das malformações do SNC, Microcirurgia dos

tumores cerebrais supra e infratentoriais, Cirurgias hipofisárias, por via microscópica e/ou

endoscópica, Tumores intramedulares, Artrodeses e instrumentação da coluna vertebral por via

anterior e posterior, neuroendoscopia cerebral, Cirurgia do plexo braquial, Microcirurgia dos

tumores de órbita, Microcirurgia dos tumores de base de crânio, Descompressão neurovascular

intracraniana, Tratamento microcirúrgico da hérnia discal torácica e cervical, Cirurgia da dor,

Biopsia estereotáctica, Cirurgia vascular extracraniana

4. Saber indicar a eletrofisiologia intraoperatória, reconhecendo as principais

limitações da técnica e interpretar os principais achados, em cirurgias vasculares intracranianas

e intrarraquianas, nos tumores intracranianos profundos e da base do crânio e em

procedimentos funcionais.

Atitudes comportamentais de um profissional durante e ao final do 5o ano de

treinamento:

1. Valorizar o cuidado do paciente com doenças neurocirúrgicas.

2. Compreender o trabalhar em equipe num serviço de Neurocirurgia, nos seus

diferentes setores: enfermarias, UTI, ambulatórios e centro cirúrgico.

3. Julgar o escopo da responsabilidade que o neurocirurgião assume com a família

e com os médicos que encaminharam o paciente.

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4. Reconhecer limitações e recorrer à supervisão de preceptores ou outros

hierarquicamente superiores, quando apropriado.

5. Demonstrar capacidade e de receber orientações construtivas.

6. Executar tarefas com comportamento profissional, envolvendo as áreas de

assistência, vestimenta, postura e na conduta em geral.

7. Respeitar a privacidade de informação do paciente.

8. Tomar decisões sob condições adversas, com controle emocional e equilíbrio,

aplicando liderança para minimizar eventuais complicações, mantendo consciência de suas

limitações;

9.Produzir um artigo científico.

ROSANA LEITE DE MELO

Secretaria Executiva

RONALD DE LUCENA FARIA

Presidente da SBN

(Publicada no DOU nº 70, quinta-feira, 11 de abril de 2019, Seção 1, páginas 201/202)

RESOLUÇÃO Nº 10, DE 8 DE ABRIL DE 2019

Dispõe sobre a matriz de competências dos Programas

de Residência Médica em Cirurgia Oncológica.

A COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA (CNRM), no uso das

atribuições que lhe conferem a Lei nº 6.932 de 07 de julho de 1981, o Decreto nº 7.562, de 15 de

setembro de 2011, e o Decreto 8.516, de 10 de setembro de 2015.

CONSIDERANDO a atribuição da CNRM de definir a matriz de competências para

a formação de especialistas na área de residência médica;

CONSIDERANDO a atribuição da Comissão Mista de Especialidade (CME)

composta pela CNRM, AMB e CFM, em definir as especialidades médicas no Brasil;

CONSIDERANDO a resolução CFM 2.148/2016 que homologa a Portaria 1/2016

da Comissão Mista de Especialidade em seu art. 1º "O Conselho Federal de Medicina (CFM), a

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Associação Médica Brasileira (AMB) e a Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM)

reconhecerão as mesmas especialidades e áreas de atuação";

CONSIDERANDO a resolução CFM 2.162/2017 que homologa a Portaria 1/2017

da Comissão Mista de Especialidade que estabeleceu a Cirurgia Oncológica como especialidade

médica;

CONSIDERANDO que o Programa de Residência Médica em Cirurgia Oncológica

possui duração de três anos, acesso com pré-requisito em Cirurgia Geral ou Programa de Pré-

requisito em Área Cirúrgica Básica, respeitando a carga horária semanal conforme legislação

vigente;

CONSIDERANDO a Resolução CNE/CP nº 3 de 18 de dezembro de 2002 que

define competência profissional como a "capacidade de mobilizar, articular e colocar em ação

conhecimentos, habilidades, atitudes e valores necessários para o desempenho eficiente e

eficaz de atividades requeridas pela natureza do trabalho e pelo desenvolvimento tecnológico";

CONSIDERANDO decisão tomada pela plenária da CNRM na sessão plenária de

22 de setembro de 2018 que aprovou a matriz de competências aos programas de residência

médica de Cirurgia Oncológica, resolve:

Art. 1º Aprovar a Matriz de Competências dos Programas de Residência Médica de

Cirurgia Oncológica, anexa, que passa a fazer parte desta Resolução.

Art. 2oA partir de 1ºde março de 2020, os Programas de Residência Médica em

Cirurgia Oncológica terão a obrigatoriedade da aplicação desta matriz de Competências.

Art.3º Os programas de Residência Médica, previamente denominados de

Cancerologia/Cancerologia Cirúrgica, passam a denominar-se Programas de Residência Médica

em Cirurgia Oncológica, em consonância com o nome da Especialidade Médica referida.

Art. 4º Revogar o item 5.B dos Requisitos Mínimos dos Programas de Residência

Médica da Resolução CNRM 2, de 17 de maio de 2006 e a Resolução CNRM 07, de 05 de

setembro de 2006.

Art. 5º Esta resolução entra em vigor em sua publicação.

MAURO LUIZ RABELO

Presidente da CNRM

ANEXO

Matriz de Competência: Cirurgia Oncológica

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Objetivos Gerais

Capacitar o médico residente de Cirurgia Oncológica a realizar o diagnóstico e

tratamento cirúrgico das afecções oncológicas cirúrgicas, conhecer as opções não operatórias e

desenvolver pensamento crítico-reflexivo, tornando-o progressivamente responsável e

independente. Valorizar e ser por sua educação continuada.

Objetivos Específicos

Executar o atendimento ao paciente oncológico, nos âmbitos individual e coletivo,

com geração de vínculo na relação interpessoal e de identidade enquanto membro do sistema

de saúde, realizar o plano diagnóstico e de tratamento para as afecções na sua área de atuação,

nos cenários de prática ambulatorial e hospitalar, nos diferentes níveis de atenção à saúde, com

intervenções de promoção, prevenção e recuperação, indicar e executar o tratamento cirúrgico e

desenvolver o pensamento crítico e reflexivo ao conhecimento científico e a sua prática

profissional, tornando-o progressivamente autônomo.

Praticar a comunicação verbal e não verbal com empatia, comprometido com o seu

paciente.

Dar seguimento à sua educação continuada buscando manter a sua competência

diante do desenvolvimento do conhecimento com profissionalismo, compreensão dos

determinantes sociais do processo de saúde e de doença e de exercer a liderança horizontal na

equipe interdisciplinar e multiprofissional de saúde.

Ao término do R1

1. Formular hipóteses para o diagnóstico e diagnósticos diferenciais das afecções

oncológicas e indicar os exames complementares pertinentes e a terapêutica;

2. Dominar anatomia cirúrgica, resposta endócrino-metabólica ao trauma e nutrição

em cirurgia;

3. Indicar e interpretar os principais exames de imagem;

4. Conduzir o preparo do paciente no pré-operatório;

5. Dominar a epidemiologia e etiologia do câncer;

6. Avaliar a biologia de tumores, notadamente o processo de transformação de

célula normal em tumoral; mutações em oncogenes, genes supressores de tumores, proteínas

de reparo, e correceptores imunológicos; vias de sinalização celular e fundamentos e limitações

das técnicas e dos testes moleculares;

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7. Avaliar a prevalência da desnutrição e das suas repercussões no tratamento do

paciente de oncológico;

8. Valorizar o Sistema Público de Saúde, suas propriedades e possibilidades,

consciente dos mecanismos utilizados para concessão de medicamentos para os pacientes de

acordo com as normas vigentes;

9. Dominar o estadiamento de tumores: conhecimento da classificação TNM e

implicações prognósticas e terapêuticas; diferença entre estadiamento clínico e patológico;

diferenças entre estadiamento patológico com ou sem tratamento neoadjuvante; "Stage

migration" como consequência de testes mais sensíveis;

10. Demonstrar cuidado e respeito na interação com os pacientes e familiares,

considerando valores e crenças;

11. Avaliar e praticar os conceitos fundamentais da ética médica;

12. Analisar os aspectos médico-legais envolvidos no exercício da prática médica;

13. Obter o consentimento livre e esclarecido do paciente ou familiar em caso de

impossibilidade do paciente, após explicação simples, em linguagem apropriada para o

entendimento sobre os procedimentos a serem realizados, suas indicações e complicações;

14. Estabelecer relação respeitosa com demais médicos e equipe multiprofissional,

além dos demais funcionários da Instituição;

15. Elaborar prontuário médico legível para cada paciente, contendo os dados

clínicos para a condução do caso, preenchido em cada avaliação em ordem cronológica, com

data, hora, assinatura e número do registro no Conselho Regional de Medicina e mantê-lo

atualizado;

16. Realizar a prescrição do plano terapêutico, informado e aceito pelo paciente

e/ou seu responsável legal;

17. Acompanhar o paciente da internação até a alta hospitalar, produzir relatório

específico para continuidade terapêutica e seguimento clínico;

18. Dominar o diagnóstico, plano terapêutico e as seguintes técnicas cirúrgicas nos

canceres das regiões:

1. Mama tumorectomia (excérese) de nódulos, biópsia incisional, biópsias de lestes

cutâneas da mama e drenagens e/ou aspiração de seromas.

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2. Cabeça e Pescoço: - nasofibrolaringoscopia, biopsias, traqueostomias eletivas,

tireoidectomias sem esvaziamento e ressecção de glândula submandibular.

3. Parede Torácica: drenagens torácicas, Pleurodese e biópsias de pleura

4. Trato digestivo alto e baixo: Cirurgias Paliativas (gastrostomia,

gastroenteroamasto-mose, jejunostomia), Fechamento de ileostomia ou colostomia, Ressecção

de lesões do canal anal

5. Aparelho reprodutor feminino: Colposcopia e Curetagem uterina diagnóstica,

Salpingooforectomia via abdominal, Laparoscopia diagnóstica e Histerectomia extra-fascial via

abdominal

6. Orquiectomia subcapsular e Ressecção de lesões para diagnóstico ou

terapêutica do pênis.

7. Pele e tecido ósseo e conjuntivo: Melanomas- Biópsias e Ampliações de

margem e não melanoma - Ressecções locais e Biópsias.

Ao Término do R2

Dominar o atendimento aos pacientes críticos (unidade de terapia intensiva e na

emergência) e identificar e tratar as principais complicações clínicas pós-operatórias;

1. Compreender as bases da imunologia e imunoterapia no câncer. Orientar as

indicações de vacinas para os pacientes oncológicos sob seus cuidados;

2. Dominar o conceito de Prevenção em Oncologia e articular em sua prática

diária: "Overdiagnosis": conceito e impacto; Prevenção primária, secundária e terciária;

Mudanças de hábitos em prevenção primária; Quimioprevenção em mama, cólon, próstata,

cabeça e pescoço e tumores ginecológicos; Prevenção em pacientes com síndromes

hereditárias de risco;

3. Dominar os princípios da oncologia clínica;

4. Dominar os princípios da radioterapia;

5. Compreender o diagnóstico, métodos laboratoriais e patologia Molecular;

6. Analisar os princípios de pesquisa clínica voltadas ao câncer;

7. emonstrar conhecimento sobre os métodos de imagem, indicações e

interpretação, no diagnóstico e tratamento dos cânceres mais prevalentes;

8. Dominar o diagnóstico, plano terapêutico e as seguintes técnicas cirúrgicas nos

canceres das regiões:

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1. Ressecção de setor Mamário (Segmentectomia, Quadrantectomias),

Mastectomia simples, Dutectomia, Centralectomias e Estudo de linfonodo sentinela

2. Cabeça e Pescoço: Tireiodectomia sem esvaziamento, Ressecção simples de

tumor de boca, Ressecção simples de tumor de lábio, Reconstruções simples e Esvaziamentos

cervicais seletivos.

3. Neoplasias do Tórax: Pleuroscopia Videotoracoscopia diagnóstica,

Mediastinoscopia diagnóstica e Toracectomia com ou sem reconstrução

4. Trato digestivo alto e baixo: Gastrectomias paliativas parciais, total e subtotal,

Derivações biliares, Ressecção hepática em cunha, Pancreatectomias corpo-caudais abertas,

Cirurgias paliativas (colon, reto, ânus) e Urgências oncológicas: Colectomias e

Retossigmoidectomia.

5. Aparelho reprodutor feminino: Conização clássica e cirurgia de alta frequência,

Vulvectomia parcial, Colpectomia, Cirurgia de estadiamento e Salpingooforectomia laparoscópica

6. Aparelho Genito urinário masculino: Orquiectomia total bilateral, Cistoscopia

diagnóstica, Cistectomia parcial e Amputações parciais / totais de pênis

7. Pele e tecido ósseo e conjuntivo: Melanomas-Ampliação de margem com

pesquisa do linfonodo sentinela e Reconstruções com retalhos miocutâneos simples e não

melanoma: Ressecções profundas e Reconstruções com rotação de retalho e enxerto de pele.

8. Acessos vasculares no paciente oncológico: Acesso para quimioterapia venosa-

Passagem e retirada de cateter port cath para quimioterapia venosa.

9. Cirurgias de Urgência em Oncologia: Urgências oncológicas: Traqueostomia de

urgência, Diagnóstico e condução de neutropenia febril, Tratamento de pneumotórax,

Toracocentese de alívio, Paracentese de alívio e Diagnóstico condução de compressão medular

neoplásica

10. Dominar a realização de laparotomias e laparoscopias diagnósticas e para

estadiamento de afecções neoplásicas benignas e malignas;

Ao término R3

1. Manejar o suporte para os pacientes e familiares nos casos de medicina

paliativa e de terminalidade da vida;

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2. Tomar decisões sob condições adversas, com controle emocional e equilíbrio,

demonstrando seus conhecimentos e sua liderança no sentido de minimizar eventuais

complicações, mantendo consciência de suas limitações;

3. Demonstrar respeito, integridade e compromisso com os preceitos da ética

médica;

4. Analisar os custos da prática médica e utilizá-los em benefício do paciente,

valorizando os padrões de excelência;

5. Valorizar a relação custo/benefício às boas práticas na indicação de

medicamentos e exames complementares e técnicas cirúrgicas;

6. Valorizar o Sistema Único de Saúde, avaliando a estrutura e a regulação

7. Aplicar os conceitos fundamentais da ética médica;

8. Aplicar os aspectos médico-legais envolvidos no exercício da prática médica;

9. Compreender a aplicabilidade da Cirurgia Robótica;

10. Dominar o diagnóstico, plano terapêutico e as técnicas cirúrgicas nos canceres

das seguintes regiões

1. Mama - Ressecção de Setor mamário com linfadenectomia axilar-

Centralectomia com linfadenectomia axilar, Mastectomia radical, Mastectomia radical modificada,

Linfadenectomia axilar, Exérese de lesão mamária por marcação estereotáxica,Resgate em

recidiva loco-regionais de pequeno porte em câncer de mama e Resgate em recidiva loco-

regionais de grande porte em câncer de mama com toracectomias

2. Cabeça e Pescoço: Tireiodectomia com esvaziamento, Parotidectomia e Cirurgia

de resgate; Cavidade Oral- Reconstruções simples, Esvaziamentos cervicais, Mandibulectomia e

Glossectomia e Laringe: Esvaziamentos cervicais

3. Neoplasias do Tórax: Pulmão- Cunha/nodulectomia aberta, Lobectomias

segmentares e Pneumectomia.

4. Trato digestivo alto e baixo: Esofagectomias abertas, Gastrectomias total e

subtotal D2, abertas e Degastrogastrectomias; Duodenopancreatectomia aberta,

Pancreatectomia corpo-caudal aberta, Ressecções hepáticas segmentares, Hepatectomias

direita e esquerda e Ressecção hepática em cunha; Colectomia aberta, Retossigmoidectomia

aberta com excisão mesorretal total, Amputação abdomino-perineal aberta, Exenterações

pélvicas, Derivacões urinárias em Bricker ou colostomia úmida, Cirurgias para recidivas

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locorregionais, Cirurgia citorredutora para metástases peritoneais e Ressecões de Tumores

retroperitôneais

5. Aparelho reprodutor feminino: Colo e corpo do útero: Histerectomia tipo B e C

aberta, Linfadenectomia pélvica aberta, Linfadenectomia retroperitoneal aberta, Exenterações

pélvicas com reconstrução urinária, Vulvectomia radical e Linfadenectomia inguinofemoral e

Citorredução cirúgicade tumores de ovário.

6. Aparelho Genito urinário masculino: Prostatectomia radical, Cistoprostatectomia

radical, Exenterações pélvicas anteriores com derivações urinárias, Linfadenectomias

retroperitoneais em tumores de testículo, emasculação, Linfadenectomia inguino-ilíaca em

câncer de pênis, Nefrectomias parciais / radicais e Suprarenalectomia

7. Pele e tecido ósseo e conjuntivo: Melanomas: Reconstruções com retalhos

miocutâneos complexos e não melanoma: Linfadenectomias topográficas e Ressecções

alargadas com grupos musculares e ou osso/vasos

8. Cirurgias de Urgência em Oncologia: Condução de paciente com obstrução

intestinal, Cirurgia em paciente com hemorragia intra-abdominal; Condução de pacientes com

fístulas digestivas, Condução de síndrome compartimental abdominal, Condução de síndrome de

compartimento em membros e Condução de paciente com sangramento tumoral

11. Produzir um artigo científico, utilizando o método de investigação e apresentá-

lo em congresso médico ou publicar em revista científica ou apresentar publicamente;

12. Compreender os princípios da Cirurgia Robótica em Oncologia:

particularidades, indicações e riscos;

13. Analisar os custos da prática médica e utilizá-los em benefício do paciente

mantendo os padrões de excelência. Avaliar a relação custo/benefício para as boas práticas na

indicação de medicamentos e exames complementares;

14. Analisar as Síndromes de Predisposição Hereditária e orientação

oncogenética;

15. Manter constante seus processos de aprendizagem (aprender a aprender)

buscando melhorar sua expertise, procurando sempre prestar um atendimento de qualidade

máxima;

16. Aplicar seus conhecimentos e habilidades na prevenção da doença e na

promoção da saúde;

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17. Demonstrar, sob supervisão, as habilidades técnicas adquiridas em todos os

procedimentos oncológicos, desde pequeno a grande porte.

ROSANA LEITE DE MELO

Secretaria Executiva

CLAUDIO DE ALMEIDA QUADRO

Presidente do SBCO

(Publicada no DOU nº 70, quinta-feira, 11 de abril de 2019, Seção 1, páginas 202/203)

RESOLUÇÃO Nº 11, DE 8 DE ABRIL DE 2019

Dispõe sobre a matriz de competências dos Programas de

Residência Médica em Anestesiologia no Brasil.

A COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA (CNRM), no uso das atribuições

que lhe conferem a Lei nº 6.932 de 07 de julho de 1981, o Decreto nº 7.562, de 15 de setembro de 2011 e

Decreto 8.516, de 10 de setembro de 2015.

CONSIDERANDO a atribuição da CNRM definir a matriz de competências para a

formação de especialistas na área de residência médica;

CONSIDERANDO a Lei no 6.932/81, que estabelece a jornada semanal dos Programas de

Residência Médica, incluídas as atividades de plantão e teórico-práticas

CONSIDERANDO a Resolução CNE/CP nº 3 de 18 de dezembro de 2002 que define

competência profissional como a "capacidade de mobilizar, articular e colocar em ação conhecimentos,

habilidades, atitudes e valores necessários para o desempenho eficiente e eficaz de atividades

requeridas pela natureza do trabalho e pelo desenvolvimento tecnológico";

CONSIDERANDO decisão tomada pela plenária da CNRM na sessão plenária ordinária de

21 de junho de 2017, resolve:

Art. 1º Aprovar a Matriz de Competências dos Programas de Residência Médica de

Anestesiologia, anexa, que passa a fazer parte desta Resolução.

Art. 2o. A partir de 1ºde março de 2020, os Programas de Residência Médica em

Anestesiologia terão a obrigatoriedade da aplicação da matriz de Competências.

Art. 3º Revogar o item 03 dos Requisitos Mínimos dos Programas de Residência Médica

da Resolução CNRM 2 de 17 de maio de 2006.

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Art. 4º Esta resolução entra em vigor em sua publicação.

MAURO LUIZ RABELO

Presidente da Comissão

ANEXO

MATRIZ DE COMPETÊNCIAS: ANESTESIOLOGIA

OBJETIVOS GERAIS

Formar e habilitar médicos na área da Anestesiologia a adquirir as competências

necessárias a realizar anestesia aos diversos procedimentos diagnósticos, terapêuticos e cirúrgicos.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1. Realizar avaliação pré-anestésica do paciente que será submetido a anestesia e/ou

analgesia, utilizando o domínio dos conteúdos das informações gerais, exame clínico do paciente e

interpretação dos exames complementares.

2. Indicar exames à realização do procedimento anestésico-cirúrgico.

3. Contribuir no preparo pré-operatório dos pacientes com a finalidade de diminuir o risco

operatório.

4. Estratificar o risco anestésico-cirúrgico e decidir sobre a possibilidade de realização da

anestesia.

5. Dominar as técnicas anestésicas e suas variantes específicas.

6. Dominar e aplicar os conhecimentos da anatomia, fisiologia e farmacologia dos diversos

órgãos e sistemas.

7. Realizar a anestesia com segurança em todas as suas etapas.

8. Identificar e tratar as complicações clínicas durante o intra e pós-operatório.

9. Produzir um artigo científico.

10.Executar tarefas crescentes em complexidade durante as anestesias, incorporando

novas habilidades psicomotoras progressivamente no treinamento.

Competências por ano de treinamento

Primeiro ano- R1

Proporcionar conhecimento teórico-prático com os fundamentos da anestesiologia.

Desenvolver competências com habilidades técnicas para realização de intubação orotraqueal, venóclise

periférica e central, anestesia do neuroeixo entre outras, sob supervisão. Avaliar as condições clínicas do

paciente antes do ato anestésico e decidir pela melhor estratégia a ser adotada.

COMPETÊNCIAS AO TÉRMINO DO PRIMEIRO ANO

1- Reunir na avaliação pré-anestésica informações acuradas e essenciais do paciente e

suas queixas, bem como o exame físico completo, geral e específico.

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2. Reconhecer e interpretar a avaliação da via aérea difícil e manuseá-la com segurança,

obedecendo aos protocolos referendados.

3. Interpretar a anatomia vascular. Realizar venóclises: periférica e central.

4. Avaliar e realizar anestesias com abordagem no neuroeixo.

5. Instalar e interpretar a monitorização básica, bem como realizar o necessário para

manutenção do equilíbrio clínico do paciente.

6. Analisar e utilizar materiais, equipamentos e fármacos da prática da anestesia.

7. Analisar e realizar as diferentes técnicas de anestesia geral.

8. Usar marcapasso externo, assim como desfibrilador de pás externas para tratar

arritmias indesejáveis durante a cirurgia. Realizar reanimação cardiorrespiratória.

9. Identificar e tratar as causas de sangramento e de outras complicações anestésicas

intra e pós-operatório (sala de recuperação pós anestésicos).

10. Dominar o tratamento das arritmias cardíacas mais prevalentes no intra-operatório e no

pós-operatório imediato.

11. Analisar as causas de infecção cirúrgica e preveni-las.

12. Diagnosticar, avaliar e tratar os diversos tipos de choque.

13. Identificar, avaliar e tratar insuficiência respiratória.

14. Analisar as diversas formas de ventilação.

15. Avaliar e realizar a intubação e extubação traqueal.

16. Demonstrar cuidado, respeito na interação com os pacientes e familiares, respeitando

valores culturais, crenças e religião dos pacientes.

17. Aplicar os conceitos fundamentais da ética médica.

18. Aplicar os aspectos médico-legais envolvidos no exercício da prática médica;

19. Avaliar e realizar a intubação e extubação traqueal.

Segundo Ano - R2

Realizar a avaliação pré-anestésica e planejamento anestésico a cirurgias de médio e

grande porte. Adquirir maior desenvolvimento dos procedimentos invasivos como punção arterial e

acesso venoso central guiado por ultrassonografia ou não. Neste ano os conhecimentos sobre avaliação

e tratamento da dor aguda serão mais explorados com abordagem, também, da analgesia controlada

pelo paciente por vias sistêmica e epidural. Receberá maior enfoque para tratamento intensivo de

pacientes cirúrgicos no ambiente da terapia intensiva e na sala de recuperação pós-anestésica. A

habilidade na manipulação da via aérea deverá abranger preparo da via aérea com anestesia regional e

tópica e uso de dispositivos ópticos (videolaringoscópio, fibroscopia básica), além do completo domínio

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da manipulação de dispositivos supra-glóticos. Nas atividades práticas o residente do segundo ano deve

priorizar cirurgias de médio ou grande porte.

COMPETÊNCIAS AO TÉRMINO DO SEGUNDO ANO

1. Avaliar e planejar a anestesia para cirurgia de médio e pequeno porte.

2. Dominar as diversas técnicas de anestesia geral e bloqueio de neuroeixo.

3. Demonstrar segurança na condução da anestesia mantendo-se atento aos detalhes e

obedecendo aos princípios da boa prática.

4. Dominar a montagem das bombas de infusão e as linhas de perfusão.

5. Avaliar e dominar as técnicas de tratamento da dor aguda.

6. Analisar, diagnosticar e tratar as complicações anestésicas intra-operatórias e pós-

operatórias na sala de recuperação pós-anestésica.

7. Dominar o uso do desfibrilador de pás para tratar arritmias e/ou parada cardíaca durante

a cirurgia.

8. Dominar o manuseio do aparelho de anestesia micro-processado.

9. Dominar o manuseio dos monitores básicos e avançados.

10. Avaliar a via aérea difícil e dominar o algoritmo de controle.

11.Conduzir anestesias para re-intervenção por sangramento no pós-operatório, com e

sem comprometimento hemodinâmico.

12. Conduzir adequadamente o paciente para terapia intensiva.

13. Avaliar e realizar bloqueios anestésicos e acessos vasculares guiados por

ultrassonografia.

Terceiro Ano - R3

Ter visão global do paciente a ser submetido a procedimentos cirúrgicos, desde seu

preparo, visando otimização prévia, até manejo intensivo pós-operatório, estratificando riscos dos

diferentes órgãos e sistemas (risco pulmonar; risco renal, delirium, cardíaco e neurológico). Ter domínio

no manejo das vias aéreas, reposição volêmica e transfusão de hemocomponentes, bem como adequada

correção de coagulopatias. Realizar anestesia para cirurgias de grande porte como cirurgia cardíaca,

transplantes em geral, principalmente o receptor do transplante hepático e anestesias para cirurgias

pediátrica e obstétricas, bem como para procedimentos diagnósticos e terapêuticos fora do centro

cirúrgico, incluindo os de alta complexidade, tais como a radiologia vascular. Realizar acesso vascular

central e bloqueios periféricos guiados pela ultrassonografia. Ter adequado comportamento tanto

assistencial, no cuidado do paciente como na relação com colegas e assistentes.

Desenvolver compromisso com sua formação, tanto teórica, quanto prática e científica,

com a entrega no período adequado do trabalho de conclusão de curso.

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COMPETÊNCIAS AO TÉRMINO DO TERCEIRO ANO

1. Dominar a avaliação pré-anestésica, com orientações ao paciente e elaboração do

relatório final do atendimento.

2. Comunicar-se efetivamente com médicos, outros profissionais de saúde e serviços de

saúde relacionados, notadamente com o cirurgião durante ato operatório quanto às variações dos

parâmetros fisiológicos capazes de interferir desfavoravelmente no resultado imediato da anestesia ou da

cirurgia.

3. Avaliar e dominar os diversos tipos de técnicas anestésicas.

4. Dominar a indicação da técnica anestésica e conduzi-la operacionalizando de forma

racional com os recursos disponíveis.

5. Dominar o uso de todos os aparelhos e monitores utilizados na anestesia.

6. Dominar a escolha de fármacos anestésicos, os adjuvantes e outros de uso na

anestesia.

7. Julgar o uso dos instrumentos de manipulação da via aérea.

8. Escolher a melhor analgesia intra e pós-operatória.

9. Julgar e otimizar a hemodinâmica pré-operatória do paciente com cristalóides, colóides

ou transfusão sanguínea/autotransfusão, observando as medidas dos parâmetros fisiológicos e o

comportamento cardiovascular.

10. Avaliar arritmias pelo ECG, instituindo o tratamento.

11. Avaliar as vantagens e desvantagens de cada técnica anestésica utilizada.

12. Decidir, durante a anestesia, a necessidade de aplicar variantes técnicas aceitas

cientificamente, no intuito de resolver dificuldades inesperadas.

13. Avaliar, planejar e executar os passos de um determinado procedimento de forma

sequencial e organizada.

14. Comunicar-se de forma clara e objetiva com cada componente da equipe para

obtenção de melhores desfechos.

15. Avaliar e tratar as complicações mais frequentes da anestesia.

16. Tomar decisões sob condições adversas, com controle emocional e equilíbrio,

aplicando liderança para minimizar eventuais complicações, mantendo consciência de suas limitações;

17. Produzir um artigo científico.

ROSANA LEITE DE MELO

Secretária Executiva

RICARDO ALMEIDA DE AZEVEDO

Presidente da SBA

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93

(Publicada no DOU nº 70, quinta-feira, 11 de abril de 2019, Seção 1, páginas 203/204)

RESOLUÇÃO Nº 12, DE 8 DE ABRIL DE 2019

Dispõe sobre a matriz de competências dos Programas

de Residência Médica em Alergia e Imunologia no

Brasil.

A COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA (CNRM), no uso das

atribuições que lhe conferem a Lei nº 6.932 de 07 de julho de 1981, o Decreto 7.562 de 15 de

setembro de 2011 e o Decreto nº 8.516 de 10 de setembro de 2015.

CONSIDERANDO a atribuição da CNRM definir a matriz de competências para a

formação de especialistas na área de residência médica;

CONSIDERANDO a Lei no 6.932/81, que estabelece em seu Art. 5º. a jornada

semanal dos Programas de Residência Médica, incluídas as atividades de plantão e teórico-

práticas;

CONSIDERANDO a Resolução CNE/CP nº 3 de 18 de dezembro de 2002 que

define competência profissional como a "capacidade de mobilizar, articular e colocar em ação

conhecimentos, habilidades, atitudes e valores necessários para o desempenho eficiente e

eficaz de atividades requeridas pela natureza do trabalho e pelo desenvolvimento tecnológico";

CONSIDERANDO decisão tomada pela plenária da CNRM na sessão plenária

ordinária de 21 de março de 2018, resolve:

Art. 1º Aprovar a Matriz de Competências dos Programas de Residência Médica

em Alergia e Imunologia, anexa, que passa a fazer parte desta Resolução.

Art. 2o. A partir de 1ºde março de 2020, os Programas de Residência Médica em

Alergia e Imunologia terão a obrigatoriedade da aplicação desta Matriz de Competências.

Art. 3º Revogar o item 02 dos Requisitos Mínimos dos Programas de Residência

Médica da Resolução CNRM 2/2006, de 17 de maio de 2006.

Art. 4º Esta resolução entra em vigor em sua publicação.

MAURO LUIZ RABELO

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Presidente da Comissão

ANEXO

MATRIZ DE COMPETÊNCIAS: ALERGIA E IMUNOLOGIA

OBJETIVOS

Formar e habilitar médicos especialistas na área da Alergia e Imunologia com

competências que os capacitem a atuar em diferentes níveis de complexidade, utilizando

ferramentas clínicas e exames complementares ao diagnóstico das doenças alérgicas e

imunológicas, da criança e do adulto, em uma abordagem de concepção integral e centrada no

indivíduo, estabelecendo relação respeitosa com pacientes, familiares e demais profissionais da

área da saúde e mantendo-se comprometido com sua educação continuada.

Competências por ano de treinamento

Primeiro Ano - R1

Proporcionar conhecimento teórico-prático com os fundamentos e princípios da

Alergia e Imunologia, bem como a familiarização com as principais ferramentas e métodos

clínicos utilizados na Alergia e Imunologia e também o treinamento do manejo clínico das

doenças alérgicas mais prevalentes.

COMPETÊNCIAS AO TÉRMINO DO R1

1. Dominar a utilização dos componentes da abordagem centrada na pessoa.

2. Reunir na anamnese, informações acuradas e essenciais do paciente e suas

queixas, bem como o exame físico completo, geral e específico.

3. Estabelecer comunicação respeitosa, ética com pacientes, colegas médicos da

mesma ou de outra especialidade e outros profissionais da área da saúde;

4. Desenvolver habilidade para comunicar-se com os pacientes/responsáveis sobre

o diagnóstico e plano terapêutico, bem como suas complicações, efeitos inesperados, mudanças

de planos terapêutico, com ênfase na segurança do paciente.

5. Dominar as Bases da Imunologia: organização do sistema imune e princípios

básicos da resposta imune;

6. Compreender e analisar os mecanismos de doenças envolvendo o sistema

imune, com ênfase na sensibilização alérgica e desenvolvimento de hipersensibilidade;

7. Estimar a epidemiologia nacional e mundial das doenças alérgicas;

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8. Estimar os principais alérgenos e agentes desencadeantes de sintomas

(poluentes, agentes irritantes e infecciosos) prevalentes nas diversas regiões do país;

9. Analisar e estimar os principais diagnósticos diferenciais das patologias de

natureza alérgica em crianças e adultos.

10. Analisar e dominar as bases fisiopatológicas das doenças alérgicas

destacando-se: rinite alérgica, conjuntivite, asma, sibilância na infância, dermatite atópica,

dermatite de contato, urticária e angioedema, farmacodermias graves, anafilaxia, mastocitose,

alergia a medicamentos, alergia alimentar, alergia a insetos e doenças alérgicas ocupacionais;

11. Analisar e estimar os mecanismos etiopatogênicos e quadro clínico de doenças

alérgicas (asma, aspergilose broncopulmonar alérgica, outras doenças pulmonares de natureza

imunológica, doenças gastrointestinais eosinofílicas, rinite, rinossinusite, alergia ocular, urticária,

angiodema, anafilaxia, mastocitose, dermatite atópica, dermatite de contato, alergia alimentar,

alergia a medicamentos, alergia a insetos, alergia ocupacional);

12. Analisar e avaliar o diagnóstico, diagnóstico diferencial, manejo e terapêutica

concernentes, desde as mais simples às mais complexas, rinoconjuntivite, conjuntivite,

rinossinusite, dermatite atópica, asma, tosse, dispnéia e sibilância recorrente, urticária aguda e

crônica, angioedema, anafilaxia, alergia alimentar, alergia a medicamentos, hipersensibilidade a

insetos e instituir a terapêutica pertinente em todas as faixas etárias.

13. Implementar medidas de prevenção primária, secundária e terciária em relação

às doenças alérgicas.

14. Indicar, avaliar e realizar testes de função pulmonar, bronco-provocação e

provocação nasal.

15. Indicar, interpretar e analisar os exames complementares in vitro mais

utilizados para o diagnóstico das doenças alérgicas, assim como de seus principais diagnósticos

diferenciais.

16. Dominar e realizar os procedimentos e requisitos técnicos referentes à diluição

e à conservação de extratos alergênicos.

17. Conduzir investigação de pacientes adultos e infantis com infecções

respiratórias e dermatológicas recorrentes.

18. Analisar as técnicas laboratoriais e exames utilizados na avaliação do sistema

imunológico.

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19. Avaliar e estimar a investigação laboratorial de imuno-deficiências primárias e

secundárias.

20. Analisar e estimar os métodos diagnósticos para manejo das doenças alérgicas

que incluem desde os ensaios relacionados à avaliação de IgE específica aos exames que

auxiliam no controle e tratamento das doenças alérgicas;

21. Avaliar e estimar os mecanismos de ação, doses, interações medicamentosas

e efeitos adversos dos medicamentos utilizados no tratamento de doenças alérgicas e imuno-

deficiências primárias;

22. Analisar os mecanismos de ação e utilização da imunoterapia alérgeno-

específica;

23. Avaliar os mecanismos de ação, doses, interações medicamentosas e efeitos

adversos de imunobiológicos para uso em doenças alérgicas e imuno-deficiências;

24. Analisar o método científico e principais tipos de pesquisas; pesquisas

bibliográficas e leitura e interpretação de artigos;

25. Analisar problemas sociais e psicológicos associados a doenças alérgicas.

26. Reconhecer a importância dos grupos de apoio aos pacientes e associações

de pacientes;

27. Demonstrar cuidado, respeito na interação com os pacientes e familiares,

respeitando valores culturais, crenças e religião dos pacientes, oferecendo o melhor tratamento;

28. Aplicar os conceitos fundamentais da ética médica;

29. Aplicar os aspectos médico-legais envolvidos no exercício da prática médica;

30. Obter o consentimento livre e esclarecido do paciente ou familiar em caso de

impossibilidade do paciente, após explicação simples, em linguagem apropriada para o

entendimento sobre os procedimentos a serem realizados, suas indicações e complicações;

31. Valorizar o trabalho em equipe inter e multiprofissional exercendo liderança,

compartilhando a responsabilidade dos cuidados dos pacientes com os demais integrantes da

equipe de saúde.

Segundo Ano - R2

Consolidar as competências (conhecimento, atitudes e habilidades) na área da

Alergia e Imunologia ao médico residente com o grau crescente de complexidade do

treinamento.

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COMPETÊNCIAS AO TÉRMINO DO R2

1. Dominar a realização da anamnese e exame físicos completos que permitam

diagnóstico, diagnóstico diferencial e eficiente manejo das imuno-deficiências;

2. Dominar o diagnóstico e tratamento das doenças alérgicas, complicações e

comorbidades mais prevalentes em todas as faixas etárias;

3. Indicar, validar e realizar testes diagnósticos in vivo: puntura de leitura imediata,

intradérmico, prick to prick, testes de contato, testes de provocação com alimentos e

medicamentos.

4. Analisar e realizar a avaliação funcional respiratória, testes de bronco-

provocação (metacolina e exercício) e testes de provocação nasal;

5. Indicar e realizar procedimentos de dessensibilização;

6. Dominar a utilização de extratos alergênicos diagnósticos e terapêuticos, fixar as

concentrações dos alérgenos, prescrever e orientar as diluições adequadas a serem

administradas aos pacientes para imunoterapia alérgeno específica, baseado na intensidade e

importância clínica da sensibilizaçãoo alérgica identificada, observados os padrões

internacionalmente aceitos de excelência técnica.

7. Dominar o manejo e tratamento das doenças alérgicas destacando-se: anafilaxia

(reação alérgica sistêmica), asma, sibilância na infância, rinite, sinusite, conjuntivite, tosse,

dermatite atópica e dermatite de contato, urticária, mastocitose, alergia alimentar, alergia a

inseto, angioedema, angioedema hereditário, alergia a drogas, alergia alimentar, doenças

gastrointestinais eosinofílicas, hipersensibilidade a venenos de insetos, aspergilose bronco-

pulmonar alérgica, pneumonia de hipersensibilidade, doenças alérgicas ocupacionais e imuno-

deficiências primárias.

8. Avaliar, indicar e administrar imunobiológicos e imunossupressores em

pacientes com doenças alérgicas graves;

9. Indicar e interpretar exames complementares in vivo e in vitro para o diagnóstico

das imuno-deficiências primárias e secundárias; dominar o diagnóstico de defeitos genéticos e

quadro clínico das imuno-deficiências primárias e secundárias;

10. Dominar o diagnóstico e tratamento de imunodeficiências primárias.

11.Indicar, estimar e manejar a administração de imunoglobulina humana, assim

como de outros imunobiológicos em pacientes com imunodeficiências primárias e secundárias;

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12. Dominar os diagnósticos diferenciais das doenças alérgicas, tais como: rinite

não alérgica, rinite induzida por drogas, rinossinusite aguda e crônica, asma não alérgica, tosse,

doença pulmonar obstrutiva crônica, otites, enteropatias, doenças eosinofílicas intestinais,

enterocolites, doença do refluxo gastroesofágico, doenças da motilidade gastrintestinal, doença

celíaca, vasculites;

13. Dominar as medidas de prevenção primária, secundária e terciária em relação

às doenças alérgicas;

14. Compreender e estimar a imunização ativa em pacientes com doenças

alérgicas e imunodeficiências;

15. Avaliar, indicar e realizar imunoterapia alérgeno-específica, com ajuste de

doses e manejo de complicações e supervisão dos protocolos de imunoterapia;

16. Realizar, interpretar e validar testes in vivo: puntura, intra-dérmico e testes de

contato;

17. Indicar, realizar e analisar testes de provocação para alimentos, medicamentos

e exercícios;

18. Indicar e realizar protocolos de dessensibilização para medicamentos;

19. Indicar, acompanhar e realizar a aplicação de imunoglobulina e outros

imunobiológicos;

20. Implementar o cuidado a pacientes com múltiplas ou complexas alergias, com

ênfase aos adequados diagnósticos e orientações;

21. Orientar dietas de exclusão em pacientes com alergia alimentar, considerando

aspectos nutricionais e prevenção de escapes;

22. Compreender as limitações relacionadas aos testes alérgicos e as dificuldades

na realização de um diagnóstico etiológico nas imuno-deficiências primárias;

23. Demonstrar respeito, integridade e compromisso com os preceitos da ética

médica;

24. Tomar decisões sob condições adversas, com controle emocional e equilíbrio,

aplicando liderança para minimizar eventuais complicações, mantendo consciência de suas

limitações;

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26. Analisar a relação custo/benefício para o tratamento das doenças em sua área

de atuação, visando selecionar os métodos de investigação diagnóstica eficiente e a melhor

terapêutica, mantendo sempre a qualidade do atendimento;

25. Estimular a capacidade crítica e reflexiva da atividade médica, no âmbito da

Alergia e Imunologia, considerando-a em seus aspectos científicos, éticos e sociais

26. Responsabilizar-se por seu aprendizado continuado.

26. Produzir um artigo científico.

ROSANA LEITE DE MELO

Secretária Executiva

NORMA RUBINI

Presidente da SBAI

(Publicada no DOU nº 70, quinta-feira, 11 de abril de 2019, Seção 1, páginas 204/205)

RESOLUÇÃO Nº 13, DE 8 DE ABRIL DE 2019

Aprova a matriz de competências dos Programas de

Residência Médica em Medicina do Trabalho

A COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA (CNRM), no uso das atribuições

que lhe conferem a Lei nº 6.932 de 07 de julho de 1981, o Decreto nº 7.562, de 15 de setembro de 2011,

e o Decreto 8.516, de 10 de setembro de 2015.

CONSIDERANDO a atribuição da CNRM de definir a matriz de competências para a

formação de especialistas na área de residência médica;

CONSIDERANDO a Resolução CNE/CP nº 3 de 18 de dezembro de 2002 que define

competência profissional como a "capacidade de mobilizar, articular e colocar em ação conhecimentos,

habilidades, atitudes e valores necessários para o desempenho eficiente e eficaz de atividades

requeridas pela natureza do trabalho e pelo desenvolvimento tecnológico";

CONSIDERANDO a Lei no 6.932/81, que estabelece a jornada semanal dos Programas de

Residência Médica, incluídas as atividades de plantão e teórico-práticas

CONSIDERANDO que o Programa de Residência Médica em Medicina do Trabalho possui

duração de dois anos, acesso direto, respeitando a carga horária semanal conforme legislação vigente;

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ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br [email protected]

100

CONSIDERANDO decisão tomada pela plenária da CNRM na sessão plenária de 22 de

agosto de 2018 que aprovou a matriz de competências aos programas de residência médica de Medicina

do Trabalho, resolve:

Art. 1º Fica aprovada a matriz de competências dos programas de residência médica em

Medicina do Trabalho, na forma do anexo a esta Resolução.

Parágrafo único. É obrigatório o uso da matriz de competências para os programas que se

iniciarem a partir de 1º de março de 2020.

Art. 2º Fica revogado o item 30 dos Requisitos Mínimos dos Programas de Residência

Médica da Resolução CNRM nº 2/2006, de 17 de maio de 2006.

Art. 3º Esta resolução entra em vigor em sua publicação.

MAURO LUIZ RABELO

Presidente da Comissão

ANEXO

MATRIZ DE COMPETÊNCIAS: MEDICINA DO TRABALHO

OBJETIVO GERAL

Formar médicos especialistas em Medicina do Trabalho capazes de utilizar conhecimentos

e tecnologias validadas e/ou futuras evidências científicas, sem prescindir do componente arte,

envolvendo a percepção, reflexão, crítica e o juízo moral em cada decisão, para atenção integral à saúde

dos trabalhadores, em nível individual e coletivo.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1. Desenvolver o profissionalismo enquanto capacidade de, diante de situações concretas,

refletir utilizando a razão crítica, além de conhecimentos e valores, para decidir sobre as práticas e

condutas, considerando o direito dos trabalhadores à saúde e à vida.

2. Prover atenção integral à saúde dos trabalhadores, em nível individual e coletivo, por

meio de ações de promoção e proteção da saúde, vigilância e assistência, incluindo a reabilitação física e

profissional, considerando a relação entre as queixas e/ou adoecimento e o trabalho atual e/ou pregresso

desempenhado pelo trabalhador.

3. Julgar e intervir em situações concretas de trabalho, a presença de riscos, presentes ou

potenciais, para a saúde e a integridade física e mental do trabalhador, para a saúde e o bem-estar dos

trabalhadores;

4. Aplicar e desenvolver habilidades para a formulação e implementação de políticas e

gestão da saúde dos trabalhadores, em nível individual e coletivo, considerando, sempre que necessário,

a gestão integrada de Saúde, Segurança do Trabalho e Ambiente (SSA).

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101

5. Desenvolver competências transversais que perpassam todos os outros domínios,

envolvendo o conhecimento e uso apropriado da legislação aplicada à Saúde e a Segurança do

Trabalhador, em especial leis e normas brasileiras na esfera do Trabalho, Previdência Social e Saúde;

normas internacionais e estrangeiras; habilidades de trabalho em equipe, incluindo o exercício da

liderança e a mediação de conflitos; comunicação verbal e não verbal e de relações interpessoais,

pautadas pelo diálogo e empatia; e o aperfeiçoamento e atualização continuados da prática profissional

(aprender a aprender continuamente), além de se comprometer com a formação, o treinamento e a

supervisão de futuros profissionais.

Competências por ano de treinamento

Ao Término do primeiro ano -R1

I - Atenção Integral à Saude dos Trabalhadores, em nível individual e coletivo

1. Dominar anamnese ocupacional, exame clínico e exames complementares, valorizando

a percepção do trabalhador sobre os riscos presentes no trabalho e as repercussões sobre sua saúde.

2. Realizar e/ou acompanhar os procedimentos diagnósticos e o estabelecimento da

relação causal entre as queixas/agravo e a ocupação do trabalhador para definição da conduta

terapêutica e outros procedimentos, como a necessidade de afastamento do trabalho e a notificação aos

setores responsáveis pela vigilância e fiscalização.

3.Avaliar a aptidão para o trabalho, considerando a atividade a ser desempenhada, as

características individuais do trabalhador e as situações de vulnerabilidade ou deficiência, resguardando

o sigilo médico.

4. Saber orientar e conduzir os procedimentos adequados em situações de urgência e

emergência médica e acidentes ampliados.

5. Orientar procedimentos visando a atenção à saúde dos trabalhadores viajantes e

expatriados e programas de vacinação.

6. Dominar a abordagem de situações de urgência clínicas e traumatológicas.

II- Estudo do Trabalho

1. Analisar os fundamentos históricos-conceituais sobre processo de trabalho e suas

consequências sobre a saúde e ambiente.

2. Dominar a legislação e normas específicas referentes ao trabalho, que orientam a

atenção integral à saúde dos trabalhadores.

3. Realizar e/ou acompanhar os procedimentos de análise de acidentes e incidentes

ocorridos no trabalho, visando sua prevenção.

4. Dominar os fundamentos da Epidemiologia e Bioestatística aplicados à medicina do

Trabalho.

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102

5. Valorizar as questões éticas na Prática da Medicina do Trabalho - Sigilo profissional e

confidencialidade - Código de Ética Médica - Resoluções e Pareceres do Conselho Federal de Medicina

(CFM) relacionados à Medicina do Trabalho - Responsabilidade Civil e Criminal do profissional de saúde.

6. Avaliar a história da Medicina do Trabalho.

7. Compreender as Ciências Sociais e Sociologia do Trabalho: aspectos históricos e

conceituais.

8. Avaliar a psicodinâmica do Trabalho: aspectos históricos, conceituais e principais

escolas.

III - Políticas, organização e gestão:

1. Participar da formulação de políticas de saúde e segurança do trabalhador e da gestão

do cuidado da saúde do trabalhador, em nível individual e coletivo, considerando as situações de

vulnerabilidades e diversidade, valorizando a inclusão social e diversidade.

2. Realizar e/ou participar de estudos do absenteísmo e presenteísmo e do perfil de saúde

dos trabalhadores.

3. Analisar o Programa de Gestão de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS).

Ao Término do segundo ano - R2

I - Atenção Integral à Saude dos Trabalhadores, em nível individual e coletivo:

1. Orientar o trabalhador, suas entidades representativas e o empregador sobre o

problema de saúde/agravo visando prevenir outros casos semelhantes.

2. Dominar as principais legislações e normas que orientam a atenção integral à saúde dos

trabalhadores.

3. Dominar o diagnóstico e a análise da situação de saúde dos trabalhadores de um dado

território, empresa ou atividades produtivas utilizando instrumental clínico-epidemiológico.

4. Valorizar e contribuir para as atividades de Vigilância em Saúde (Sanitária,

Epidemiológica, Ambiental e de Saúde do Trabalhador) desenvolvidas pelos SUS.

5. Analisar e participar da elaboração de planos de contingência e atendimento de

trabalhadores em situações de catástrofes naturais e acidentes ampliados.

6. Preparar relatórios médicos e técnicos para o trabalhador, por demanda judicial, perícia

previdenciária, empregadores, informes para a mídia, entre outros, utilizando linguagem adequada e

resguardando as questões éticas.

7. Dominar as bases da Saúde Ambiental e suas inter-relações com a saúde dos

trabalhadores.

8. Dominar as bases da Toxicologia aplicadas à Medicina do Trabalho.

9. Dominar as bases da Higiene Ocupacional.

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103

10. Dominar o diagnóstico das Doenças do Trabalho: Doenças do Trabalho prevalentes e

interfaces com outras especialidades médicas (Dermatologia, Pneumopatia, Hematologia,

Otorrinolaringologia, Hepatologia, Neurologia e Neurotoxicologia; Ortopedia e Reumatologia, Câncer

Ocupacional).

Estudo do Trabalho

1. Indicar a avaliação, análise e intervenções sobre as situações de risco presentes ou

potenciais para a saúde e a integridade física e mental do trabalhador, segundo as necessidades

definidas pela clínica, pelas exigências legais, valorizado a participação dos trabalhadores.

2. Analisar os resultados de estudos especializados sobre o trabalho, entre eles: Programa

de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA); Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional

(PCMSO); Programa de Conservação Auditiva (PCA); Programa de Proteção Respiratória (PPR); Análise

Ergonômica do Trabalho (AET).

3. Dominar a elaboração e análise de laudos técnicos referentes à concessão de

adicionais de periculosidade e insalubridade, estabelecimento da relação causal da doença com o

trabalho, e provas periciais, obedecendo os preceitos éticos.

4. Dominar o conhecimento sobre Riscos Ocupacionais: químicos, físicos, biológicos e

ergonômicos: metodologias de avaliação e controle.

5. Recomendar e/ou acompanhar o gerenciamento de riscos para a saúde dos

trabalhadores e da comunidade gerados pelos processos de trabalho, considerando a hierarquia das

medidas de controle (importância da proteção coletiva versus proteção individual) e o princípio da

precaução.

III - Políticas, organização e gestão:

1. Dominar as principais legislações e normas que orientam, a atenção integral à saúde

dos trabalhadores.

2. Participar da organização e gestão dos serviços de saúde, considerando princípios e

conceitos de Administração e ferramentas de gestão em saúde.

3. Valorizar as ações de Promoção da Saúde, ética e eficiente, culturalmente adaptados, a

partir da avaliação de necessidades e recursos, focados na adoção de estilo de vida saudável, produção

de autonomia e com participação dos trabalhadores.

4. Compreender os Processos de certificação nacionais e internacionais: normas e

procedimentos;

5. Valorizar as Convenções da OIT - Legislação em Segurança e Medicina do Trabalho -

Legislação Sanitária, Trabalhista e Previdenciária.

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104

6. Valorizar a gestão integrada de Saúde, Segurança e Ambiente: normativas, dificuldades

e vantagens; instrumentos e controle das informações e indicadores de saúde.

ROSANA LEITE DE MELO

Secretária Executiva

MÁRCIA BANDINI

Presidente da ANAMT

(Publicada no DOU nº 70, quinta-feira, 11 de abril de 2019, Seção 1, página 205)

RESOLUÇÃO Nº 14, DE 8 DE ABRIL DE 2019

Aprova a matriz de competências dos Programas de

Residência Médica em Hepatologia

A COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA (CNRM), no uso das

atribuições que lhe conferem a Lei nº 6.932 de 07 de julho de 1981, o Decreto nº 7.562, de 15 de

setembro de 2011, e o Decreto 8.516, de 10 de setembro de 2015.

CONSIDERANDO a atribuição da CNRM de definir a matriz de competências para

a formação de especialistas na área de residência médica;

CONSIDERANDO a Resolução CNE/CP nº 3 de 18 de dezembro de 2002 que

define competência profissional como a "capacidade de mobilizar, articular e colocar em ação

conhecimentos, habilidades, atitudes e valores necessários para o desempenho eficiente e

eficaz de atividades requeridas pela natureza do trabalho e pelo desenvolvimento tecnológico";

CONSIDERANDO a Lei no 6.932/81, que estabelece a jornada semanal dos

Programas de Residência Médica, incluídas as atividades de plantão e teórico-práticas.

CONSIDERANDO que a Hepatologia é área de atuação das especialidades:

Clínica Médica, Gastroenterologia e Infectologia;

CONSIDERANDO que o programa de Residência Médica em Hepatologiae possui

duração de dois anos, respeitando a carga horária semanal conforme legislação vigente;

CONSIDERANDO decisão tomada pela plenária da CNRM na sessão plenária de

15 de maio de 2018 que aprovou a matriz de competências aos programas de residência médica

de Hepatologia, resolve:

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105

Art. 1º Fica aprovada a matriz de competências dos programas de residência

médica em Hepatologia, na forma do anexo a esta Resolução.

Parágrafo único. É obrigatório o uso da matriz de competências para os programas

que se iniciarem a partir de 1º de março de 2020.

Art. 2º O acesso a programas de residência em Hepatologia é facultado ao médico

residente que tenha concluído com sucesso programa de residência médica em Clínica Médica,

Gastroenterologia ou Infectologia.

Atr. 3º. esta resolução entra em vigor em sua publicação.

MAURO LUIZ RABELO

Presidente da Comissão

ANEXO

MATRIZ DE COMPETÊNCIAS: ÁREA DE ATUAÇÃO HEPATOLOGIA

OBJETIVOS GERAIS

Capacitar o médico residente ao exercício da Hepatologia através da integração de

conhecimentos básicos e clínicos, visando o diagnóstico das diferentes síndromes específicas

das doenças hepáticas e seus cuidados terapêuticos a nível ambulatorial e hospitalar.

Desenvolver habilidades para realização de procedimentos diagnósticos e

terapêuticos das doenças hepáticas dentro dos princípios éticos da Medicina na baixa, média e

alta complexidade, incluindo transplante hepático.

OBJETIVO ESPECÍFICO

Tornar o médico residente apto a executar de forma independente e segura os

diagnósticos, tratamentos e procedimentos explicitados como essenciais em Hepatologia para

cada ano de treinamento.

Competências por ano de treinamento

Ao final do primeiro ano - R1

1. Coletar história clínica, realizar o exame físico, formular hipóteses diagnósticas,

solicitar e interpretar exames complementares e traçar condutas para as afecções mais

prevalentes em Hepatologia.

2. Dominar os conceitos básicos, fisiopatologia, critérios diagnósticos e princípios

fundamentais do tratamento das síndromes e das doenças mais frequentes e com maior

gravidade em Hepatologia.

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106

3. Avaliar sinais e sintomas e realizar classificação de risco das doenças hepáticas,

diferenciando os casos para acompanhamento ambulatorial ou unidade de internação.

4. Dominar os conhecimentos sobre as doenças agudas e crônicas mais

prevalentes em Hepatologia nas urgências e emergências e os diagnósticos diferenciais e

conduta terapêutica necessárias para controle clínico destes pacientes na Unidade de

Emergência e Terapia Intensiva.

5. Dominar o conhecimento sobre a anatomia, fisiologia e fisiopatologia do fígado e

vias biliares no diagnóstico e tratamento das doenças hepáticas.

6. Demonstrar e aplicar o conhecimento sobre as principais causas de doenças

hepáticas como a doença alcoólica, doenças autoimunes, doenças hereditárias, infecções virais,

síndrome metabólica e outras.

7. Avaliar e indicar vacinação nos pacientes com hepatopatia aguda e crônica.

8. Adquirir competência para indicar transplante hepático e manejar a terapêutica

de suporte para pacientes em lista de transplante e em imunossupressão pós transplante.

9. Valorizar a importância médica, ética e jurídica de registrar os dados e a

evolução do paciente no prontuário de forma clara e concisa, manter atualizado no prontuário os

resultados dos exames laboratoriais, radiológicos, histopatológicos, pareceres de outras clínicas

chamadas a opinar e quaisquer outras informações pertinentes ao caso.

10. Realizar a prescrição e o acompanhamento do paciente da internação à alta.

11. Prescrever as medicações, analisar as características farmacocinéticas e

farmacodinâmicas das drogas usadas no paciente hepatopata, interações medicamentosas e

impacto em outros órgãos e sistemas.

12. Demonstrar e aplicar os conhecimentos sobre a indicação e interpretação de

exames de imagem com e sem contraste.

13. Avaliar as indicações e contra-indicações dos métodos diagnósticos e

terapêuticos relacionados à especialidade.

14. Analisar os procedimentos endoscópicos digestivos alto e baixo, suas

indicações, contraindicações e complicações.

15. Analisar os princípios dos métodos de imagem em Hepatologia (Ultra-Som,

Tomografia Computadorizada, Ressonância Magnética).

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107

16. Dominar a identificação das imagens clássicas das doenças mais frequentes

em Hepatologia, geradas por métodos endoscópicos, radiológicos e exame histopatológico.

17. Dominar a técnica de paracentese abdominal e biópsia hepática transparietal.

18. Compreender a elastografia hepática e as medidas hemodinâmicas em

Hepatologia.

19. Aplicar os métodos clínicos não invasivo para estadiamento de fibrose

hepática.

20. Valorizar o Sistema Público de Saúde, suas propriedades e possibilidades,

assim como as políticas públicas de saúde na área da Hepatologia.

21. Avaliar os mecanismos utilizados para concessão de medicamentos aos

pacientes através da assistência farmacêutica em farmácia de alto custo e/ou medicamento

estratégico.

22. Analisar os custos da prática médica e utilizá-los em benefício do paciente,

valorizando os padrões de excelência.

23. Valorizar a relação custo/benefício às boas práticas na indicação de

medicamentos e exames complementares.

24. Valorizar e solicitar a necessidade de interconsultas com outros especialistas

quando se fizer necessário.

25. Dominar os conhecimentos de interdisciplinaridade no manejo da síndrome

hepatorrenal, da síndrome hepatopulmonar, do hipogonadismo e da hipoadrenalismo.

26. Realizar pesquisa clínica nas bases de dados científicas e conhecer o

essencial de metodologia científica para apresentações em sessões clínicas e formulação de

trabalhos científicos.

27. Demonstrar cuidado, respeito na interação com os pacientes e familiares,

respeitando valores culturais, crenças e religião dos pacientes, oferecendo o melhor tratamento.

28. Aplicar os conceitos fundamentais da ética médica em sua abrangência

(confidencialidade, pesquisa, eutanásia, Aids e transplantes, entre outros).

29. Aplicar os aspectos médico-legais envolvidos no exercício da prática médica.

30. Obter o consentimento livre e esclarecido do paciente ou familiar em caso de

impossibilidade do paciente, após explicação simples, em linguagem apropriada para o

entendimento sobre os procedimentos a serem realizados, suas indicações e complicações.

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108

31. Estabelecer relação respeitosa com o preceptor, equipe de trabalho e todos os

funcionários do hospital.

Ao término do segundo ano - R2

1. Reconhecer populações de risco para as principais doenças hepáticas e

investigar todas as etapas da história evolutiva da doença, desde o período de pré-patogênese,

com ações de promoção e prevenção de saúde, diagnóstico precoce, tratamento e reabilitação.

2. Realizar o diagnóstico das doenças crônicas e agudas do fígado e instituir o

tratamento;

3. Diferenciar os pacientes com insuficiência hepática aguda ou descompensação

da cirrose, tomando as condutas terapêuticas.

4. Decidir o momento de iniciar tratamento em doenças crônicas de longa duração.

5. Aplicar as diferentes diretrizes nacionais e internacionais para as doenças do

fígado e das vias biliares.

6. Diferenciar entre as diversas atitudes diagnósticas e terapêuticas nacionais e

internacionais, aquelas indicadas ao paciente, conforme o estadiamento de sua doença,

gravidade ou condições mórbidas associadas.

7. Compreender a radiologia intervencionista nas doenças do fígado e os métodos

ablativos de tumores hepáticos.

8. Diferenciar as indicações terapêuticas, efeitos adversos e interações

medicamentosas das drogas utilizadas nos pacientes com hepatopatia.

9. Analisar condutas de interdisciplinaridade no manejo da síndrome hepatorrenal,

da síndrome hepatopulmonar, do hipogonadismo e da hipoadrenalismo.

10. Diferenciar o diagnóstico de hepatotoxicidade por medicamentos alopáticos,

suplementos alimentares, fitoterápicos e insumos vegetais.

11. Demonstrar e aplicar o conhecimento sobre tumores do fígado, desde o

rastreamento, incluindo métodos diagnósticos, estadiamento da doença, indicação de tratamento

e acompanhamento do paciente na evolução da doença.

12. Analisar a relação custo/benefício para o tratamento das doenças em sua área

de atuação, visando selecionar os métodos de investigação diagnóstica adequados e a melhor

terapêutica, mantendo sempre a qualidade do atendimento.

13. Realizar interconsultas em hepatologia na média e alta complexidade.

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109

14. Avaliar as condutas para pacientes em transplante hepático, conduzindo o

suporte da lista de transplante, cuidados pré e pós-operatórios, manejo de imunossupressão e

das complicações precoces e tardias do transplante de fígado.

15. Compreender os princípios gerais e leis nacionais da captação de órgãos.

16. Compreender indicações, contraindicações, custos e riscos envolvidos nos

exames complementares em Hepatologia.

17. Operar equipamento de ultrassom para confirmar pontos para punções em

procedimentos.

18. Dominar a realização de biópsia hepática ecoguiada.

19. Analisar os procedimentos invasivos de diagnósticos e tratamentos na

Hepatologia, como quimioembolização, colocação de TIPS, ablação química e por

radiofrequência de nódulos hepáticos.

20. Analisar resultados de patologia hepática, exames de imagem do abdômen, e

exames laboratoriais no contexto dos casos clínicos.

21. Demonstrar respeito, integridade e compromisso aos preceitos da ética médica.

22. Empregar o suporte necessário para os pacientes e familiares especialmente

nos casos de terapêutica paliativa e de terminalidade da vida.

23. Tomar decisões sob condições adversas, com controle emocional e equilíbrio,

aplicando liderança para minimizar eventuais complicações, mantendo consciência de suas

limitações.

24. Produzir um trabalho científico, utilizando o método de investigação adequado

e apresentá-lo em congresso médico ou publicar em revista científica ou apresentar

publicamente em forma de monografia.

ROSANA LEITE DE MELO

Secretária Executiva

PAULO L. BITTENCOURT

Presidente da SBH

(Publicada no DOU nº 70, quinta-feira, 11 de abril de 2019, Seção 1, páginas 205/206)

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110

RESOLUÇÃO Nº 15, DE 8 DE ABRL DE 2019

Aprova a matriz de competências dos Programas de

Residência Médica em Patologia.

A COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA (CNRM), no uso das

atribuições que lhe conferem a Lei nº 6.932 de 07 de julho de 1981, o Decreto nº 7.562, de 15 de

setembro de 2011, e o Decreto 8.516, de 10 de setembro de 2015.

CONSIDERANDO a atribuição da CNRM de definir a matriz de competências para

a formação de especialistas na área de residência médica;

CONSIDERANDO a Resolução CNE/CP nº 3 de 18 de dezembro de 2002 que

define competência profissional como a "capacidade de mobilizar, articular e colocar em ação

conhecimentos, habilidades, atitudes e valores necessários para o desempenho eficiente e

eficaz de atividades requeridas pela natureza do trabalho e pelo desenvolvimento tecnológico";

CONSIDERANDO a Lei no 6.932/81, que estabelece a jornada semanal dos

Programas de Residência Médica, incluídas as atividades de plantão e teórico-práticas

CONSIDERANDO que o Programa de Residência Médica em Patologia possui

duração de três anos, acesso direto, respeitando a carga horária semanal conforme legislação

vigente;

CONSIDERANDO decisão tomada pela plenária da CNRM na sessão plenária de

19 de julho de 2018 que aprovou a matriz de competências aos programas de residência médica

de Patologia, resolve:

Art. 1º Fica aprovada a matriz de competências dos programas de residência

médica em Patologia, na forma do anexo a esta Resolução.

Parágrafo único. É obrigatório o uso da matriz de competências para os programas

que se iniciarem a partir de 1º de março de 2020.

Art. 2º Fica revogado o item 46 dos Requisitos Mínimos dos Programas de

Residência Médica da Resolução CNRM nº 2/2006, de 17 de maio de 2006.

Art. 3º Esta resolução entra em vigor em sua publicação.

MAURO LUIZ RABELO

Presidente da Comissão

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111

ANEXO

MATRIZ DE COMPETÊNCIAS: PATOLOGIA

OBJETIVOS GERAIS

Formar patologistas generalistas, com competência para atuar nas diferentes

realidades regionais, com compreensão plena do processo saúde e doença, habilidades de

comunicação com os demais profissionais e segmentos da sociedade, apto a trabalhar em

equipe e a construir fluxos de trabalho em seu contexto profissional, em uma rede integrada de

processos de trabalho.

Valorizar meios e ferramentas essenciais e suplementares para o diagnóstico

anatomopatológico, bem como dirigir e gerenciar laboratórios de patologia, com conhecimento

pleno das normas técnicas dos órgãos de controle e aspectos relacionados a Economia em

Saúde para manutenção de laboratórios.

Executar com proficiência diagnóstico e emissão de laudos para as doenças mais

comuns em patologia cirúrgica, citopatologia, imuno-histoquímica, diagnósticos moleculares e

realização de necrópsias completas.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1. Diagnosticar as doenças mais frequentes e correlacionar adequadamente com

os dados clínicos, laboratoriais, radiológicos e de patologia molecular previamente fornecidos.

2. Indicar técnicas suplementares, avaliando as informações fornecidas por estas,

suas aplicações e limitações técnicas.

3. Avaliar os processos fisiopatológicos das doenças mais frequentes e

correlacionar com os achados morfológicos macro e microscópicos das mesmas.

4. Realizar diagnósticos per-operatórios através das técnicas de diagnóstico por

congelação e citologia intra-operatória.

5. Interpretar e avaliar os fatores pré-analíticos, analíticos e pós-analíticos que

interferem direta ou indiretamente na acurácia dos métodos diagnósticos de citologia,

histopatologia, imuno-histoquímica e patologia molecular, incluindo as limitações inerentes aos

casos e aos métodos.

6. Dominar os conhecimentos teóricos e práticos sobre as técnicas laboratoriais

para processamento de espécimes de citologia e histopatologia.

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112

7. Na necropsia, deverá estar apto a avaliar as principais alterações morfológicas

macro e microscópicas, estabelecer a natureza do processo patológico (doenças congênitas,

inflamatórias, neoplásicas, degenerativas, auto-imunes e outras), definição de diagnóstico de

causa imediata de morte e causa básica de morte, bem como realizar adequadamente a

correlação clínico-patológica.

8. Dominar os princípios gerais da patologia cirúrgica, incluindo identificação do

paciente, exame macroscópico, dissecção dos espécimes e seleção adequada dos fragmentos

para análise, com elaboração de laudos diagnósticos conforme normas vigentes.

9. Demonstrar proficiência em documentações fotográficas em meio digital dos

espécimes macroscópicos e imagens microscópicas.

10. Estar apto a apresentar casos e discussões em conferências científicas e

reuniões multidisciplinares com clareza, senso crítico científico, material fotográfico de qualidade,

com conclusões coerentes.

Competências por ano de treinamento

Primeiro ano - R1

PATOLOGIA CIRÚRGICA, LABORATÓRIO E BIOSSEGURANÇA

1. Dominar normas de biossegurança laboratoriais, medidas de proteção contra

doenças transmissíveis, manuseio e uso adequado de equipamentos de proteção individual

(EPIs).

2. Dominar e realizar técnicas de processamento citopatológico, histopatológico,

exame per-operatório ou per-procedimento.

3. Analisar as técnicas de imunofluorescência e imuno-histoquímica.

4. Analisar procedimentos operacionais e aspectos gerenciais adotados no

laboratório de Patologia.

5. Dominar o manuseio dos diferentes tipos de microscópio.

6. Dominar os processos de recepção, fixação, processamento e arquivamento de

amostras, bem como sobre fatores pré-analíticos e analíticos que podem interferir na qualidade

do material examinado.

7. Analisar os conceitos de controle de qualidade interno e externo e acreditação

laboratorial.

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8. Dominar a histologia dos principais órgãos e sistemas e processos patológicos

gerais.

9. Dominar conhecimentos sobre a adequação de guias e formulários de

solicitação de exames anatomopatológicos, segundo os requisitos mínimos exigidos.

10. Avaliar e diagnosticar macro e microscopicamente em biópsias e peças

cirúrgicas as doenças de maior frequência em seu meio de treinamento, realizando correlação

clínico-patológica.

11. Realizar o exame macroscópico conforme protocolo apropriado e reconhecido

das peças simples (biópsias endoscópicas, punchs de pele e produtos de ressecção cirúrgica de

órgãos como: apêndice cecal, vesícula biliar, útero com leiomioma e outros), com representação

adequada das amostras para análise histopatológica, incluindo margens de ressecção.

12. Executar exame anatomopatológico, macroscopia e microscopia, dos casos

mais comuns de patologia cirúrgica e redigir laudo completo de acordo com as normas técnicas

preconizadas.

13. Fotografar peças cirúrgicas e lâminas citopatológicas e histopatológicas com

destreza, nitidez e qualidade para exposição em sessões anatomoclínicas e publicações

científicas.

14. Manipular imagens digitais, programas para elaboração de apresentações e

processadores de texto para finalidades acadêmicas (publicações científicas e sessões

anatomoclínicas).

15. Realizar revisões bibliográficas atualizadas em plataformas de busca, com

visão crítica acerca dos temas pertinentes abordados em cada módulo.

CITOPATOLOGIA E EXAMES PER-OPERATÓRIOS

1. Dominar as técnicas de coloração para citologia mais comumente empregadas e

realizar coloração de Papanicolaou, Panótico ou equivalente.

2. Dominar as classificações para os exames cérvico-vaginais e aplicá-las

conforme consenso científico, realizando escrutínio de forma apropriada.

3. Avaliar a qualidade das amostras.

4. Interpretar os diferentes processos patológicos.

5. Selecionar fragmento de tecido para exame per-operatório, realizando corte e

coloração adequadamente.

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114

NECROPSIAS

1. Dominar o conhecimento e utilização do equipamento de proteção individual

(EPI) para a realização das necropsias, identificar as situações de risco para a biossegurança e

manter o ambiente limpo e apresentável durante sua execução.

2. Durante o exame macroscópico e microscópico das necropsias, o residente

deve distinguir as principais alterações morfológicas e estabelecer a natureza do processo

patológico e realizar a correlação anatomoclínica.

3. Compreender a importância das necropsias e avaliar suas implicações legais

das necropsias, bem como a utilidade científica da necropsia acadêmica e as doenças de

notificação compulsória.

4. Dominar as indicações das necropsias e necessidade das permissões para sua

realização.

5. Saber as indicações das necropsias médico-legais e avaliar as lesões de causas

externas, bem como os procedimentos de encaminhamento ao órgão competente.

6. Avaliar os prontuários e registros dos indivíduos necropsiados e obter história

clínica, após correta identificação dos corpos.

7. Dominar as técnicas de retiradas de órgãos e de dissecção do corpo humano.

8. Selecionar os fragmentos necessários para a análise microscópica e emissão do

laudo macroscópico, microscópico, com diagnóstico de causa imediata de morte e causa básica

de óbito.

9. Indicar os tipos de exames laboratoriais utilizados para auxílio diagnóstico e

interpretar seus resultados no cenário do caso em estudo.

10. Realizar procedimentos para a coleta de cariótipo e demais exames para

investigação de alterações genéticas e moleculares.

11. Realizar procedimentos de coleta de material para aplicação de técnicas de

patologia clínica à necropsia, em especial, microbiológicas e toxicológicas.

Segundo Ano - R2

PATOLOGIA CIRÚRGICA

1. Dominar o diagnóstico macroscopicamente e microscopicamente das doenças

de maior frequência, realizando correlação clínico-patológica e redigindo um laudo completo.

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115

2. Dominar e realizar as técnicas auxiliares: imuno-histoquímica, polarização,

imunoflurescência, microscopia eletrônica, patologia molecular e métodos de quantificação

morfométricos.

3. Analisar os painéis dos anticorpos mais apropriados para complementação

diagnóstica dos casos rotineiros de patologia cirúrgica (painel para carcinoma in situ e invasor da

mama, neoplasias metastáticas de sítio primário desconhecido, neoplasias de células pequenas,

redondas e azuis, entre outros).

4. Interpretar os sistemas de classificação e graduação das neoplasias e utilização

de sistema apropriado para o estadiamento patológico.

CITOPATOLOGIA E EXAMES PER-OPERATÓRIOS

1. Avaliar e executar punções aspirativas por agulha fina (PAAFs) de órgãos

superficiais.

2. Dominar as classificações e realizar os diagnósticos mais frequentes em

citologia cérvico-vaginal, tireoide, de líquidos corporais e órgãos superficiais, emitindo laudos

conforme padronização em vigor, incluindo o método ROSE.

3. Em exames per-operatórios, distinguir processos neoplásicos malignos de

benignos e avaliar comprometimento de margens cirúrgicas.

4. Demonstrar a indicação e os fatores limitantes dos cortes histológicos em

exames per-operatórios.

5. Dominar a preparação de esfregaços e "imprints" citológicos per-operatórios.

Terceiro Ano - R3

PATOLOGIA CIRÚRGICA

1. Dominar os principais eventos moleculares envolvidos na gênese das neoplasias

e processos correlatos, bem como a utilidade diagnóstica, prognóstica e implicações

terapêuticas dos mesmos.

2. Dominar as etapas envolvidas no processamento do material para exame ultra-

estrutural e patologia molecular.

3. Indicar e avaliar os painéis imuno-histoquímicos apropriados à resolução dos

casos mais complexos de Patologia Cirúrgica.

4. Avaliar as reações imuno-histoquímicas e dominar as limitações do método.

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5. Produzir um artigo científico, utilizando o método de investigação adequado e

apresentá-lo em congresso médico ou publicar em revista cientifica ou apresentar publicamente

em forma de monografia.

CITOPATOLOGIA E EXAMES PER-OPERATÓRIOS

1. Dominar PAAFs de órgãos profundos e citologia de líquidos cavitários.

2. Identificar e avaliar diagnósticos mais frequentes em citologia cérvico-vaginal,

co-teste, citologia em meio líquido, imunocitoquímica, citometria de fluxo, imprint em biópsias de

congelação.

3. Executar exames de preparados citológicos de líquidos corporais e emitir laudos,

incluindo imunocitoquímica.

4. Aplicar adequadamente as classificações em vigor e realizar os diagnósticos

mais freqüentes em citologia cérvico-vaginal, líquidos corporais e órgãos superficiais e

profundos, com ênfase em pâncreas e Sistema Nervoso Central.

5. Avaliar exames per-operatórios, incluindo imprints e biópsias por congelação,

em tempo hábil conforme procedimento.

NECROPSIAS

1. Realizar necropsias completas com encerramento das mesmas em tempo hábil,

de casos de morte natural em Serviços de Verificação de Óbito e encaminhar adequadamente os

casos de Patologia Forense.

ROSANA LEITE DE MELO

Secretária Executiva

CLÓVIS KLOCK

Presidente da SBP

(Publicada no DOU nº 70, quinta-feira, 11 de abril de 2019, Seção 1, páginas 206/207)

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RESOLUÇÃO Nº 16, DE 8 DE ABRIL DE 2019

Aprova a matriz de competências dos Programas de

Residência Médica em Pneumologia.

A COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA (CNRM), no uso das atribuições

que lhe conferem a Lei nº 6.932 de 07 de julho de 1981, o Decreto nº 7.562, de 15 de setembro de 2011,

e o Decreto 8.516, de 10 de setembro de 2015.

CONSIDERANDO a atribuição da CNRM de definir a matriz de competências para a

formação de especialistas na área de residência médica;

CONSIDERANDO a Resolução CNE/CP nº 3 de 18 de dezembro de 2002 que define

competência profissional como a "capacidade de mobilizar, articular e colocar em ação conhecimentos,

habilidades, atitudes e valores necessários para o desempenho eficiente e eficaz de atividades

requeridas pela natureza do trabalho e pelo desenvolvimento tecnológico";

CONSIDERANDO a Lei no 6.932/81, que estabelece a jornada semanal dos Programas de

Residência Médica, incluídas as atividades de plantão e teórico-práticas.

CONSIDERANDO que o Programa de Residência Médica em Pneumologia tem duração

de dois anos, acesso com pré-requisto em Cínica Médica, sendo facultado ao médico residente que tenha

concluído com sucesso programa de residência médica em Clínica Médica.

CONSIDERANDO decisão tomada pela plenária da CNRM na sessão plenária de 19 e 20

de junho de 2018 que aprovou a matriz de competências aos programas de residência médica de

Pneumologia resolve:

Art. 1º. Fica aprovada a matriz de competências dos programas de residência médica em

Pneumologia, na forma do anexo a esta Resolução.

Parágrafo único. É obrigatório o uso da matriz de competências para os programas que se

iniciarem a partir de 1º de março de 2020.

Art. 2º Fica revogado o item 50 dos Requisitos Mínimos dos Programas de Residência

Médica da Resolução CNRM 2/2006, de 17 de maio de 2006.

Art. 3º Esta resolução entra em vigor em sua publicação.

MAURO LUIZ RABELO

Presidente da Comissão

ANEXO

MATRIZ DE COMPETÊNCIAS PNEUMOLOGIA

OBJETIVOS

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Formar e habilitar médicos especialistas na área da Pneumologia com competências que

os capacitem a atuar em diferentes níveis de complexidade, utilizando ferramentas clínicas e exames

complementares para o diagnóstico clínico e etiológico das doenças do aparelho respiratório bem como,

para o tratamento, prevenção e reabilitação dos pacientes com problemas relacionados à Pneumologia

em uma abordagem de concepção integral e centrada no indivíduo, estabelecendo relação respeitosa e

produtiva com pacientes, familiares e demais profissionais da área da saúde e mantendo-se

comprometido com sua educação continuada.

COMPETÊNCIAS POR ANO DE TREINAMENTO

Primeiro Ano - R1

Proporcionar conhecimento teórico-prático com os fundamentos e princípios da

Pneumologia.

Dominar as principais ferramentas e métodos clínicos utilizados na Pneumologia.

COMPETÊNCIAS AO TÉRMINO DO R1

1. Dominar a habilidade de comunicação inter e intra-equipe, com os pacientes e

responsáveis com ênfase na segurança.

2. Valorizar o trabalho em equipe, de avaliação e acompanhamento multiprofissional,

criatividade e agilidade na solução de problemas;

3. Desenvolver habilidades para o manejo no estágio final de vida e atuar em cuidados

paliativos nas doenças respiratórias ou outras que acarretem comprometimento respiratório.

4. Elaborar prontuário médico legível para cada paciente, contendo os dados clínicos para

a boa condução do caso, preenchido em cada avaliação em ordem cronológica, com data, hora,

assinatura e número de registro no Conselho Regional de Medicina e mantê-lo atualizado; preencher o

prontuário médico e identificá-lo como instrumento de documentação e pesquisa;

5. Realizar a prescrição do plano terapêutico, informado e aceito pelo paciente e/ou seu

responsável legal; elaborar prescrição segura.

6. Elaborar e aplicar o termo de consentimento livre esclarecido de acordo com as normas

vigentes.

7.Adquirir habilidades e competências específicas na abordagem dos principais problemas

respiratórios;

8. Dominar o conhecimento da fisiopatologia dos principais sinais e sintomas das doenças

respiratórias;

9.Reconhecer e aplicar elementos propedêuticos no diagnóstico das principais síndromes

clínicas, reconhecendo as doenças mais frequentes em nosso meio; dominar a análise dos exames

complementares ao diagnóstico e tratamento das principais síndromes clínicas /respiratórias.

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10. Desenvolver habilidade para identificar e manejar os aspectos psicológicos e sociais

do paciente durante o tratamento;

11.Desenvolver habilidades para realização de procedimentos e manuseio de

oxigenoterapia, inaloterapia e ventilação não invasiva;

12. Analisar a epidemiologia nacional e mundial das doenças respiratórias;

13. Analisar os programas do Ministério de Saúde para o tratamento de doenças

respiratórias;

14. Dominar a relação entre estrutura e função do sistema respiratório, ventilação e

mecânica respiratória, bases fisiológicas do exercício em pessoas saudáveis, e fisiopatologia do exercício

nas doenças;

15. Dominar a realização, supervisão e interpretação dos testes de função pulmonar

incluindo a espirometria, a pletismografia, a capacidade de difusão pela respiração única, os testes de

shunt, de broncoprovocação, a gasometria, a oximetria de pulso e as medidasda complacência pulmonar;

16. Avaliar os componentes de um laboratório de função pulmonar, incluindo

equipamentos, pessoal especializado e custos;

17. Dominar os princípios básicos da radiografia simples do tórax, das técnicas de

tomografia computadorizada, ressonância magnética, tomografia de emissão de positrons (PET-TC),

tomografia de alta resolução, ultrassonografia, e medicina nuclear, riscos da radiação, indicações e

contra-indicações os diferentes métodos de imagem;

18. Dominar a interpretação da radiografia de tórax (PA, AP e perfil) e das alterações na

tomografia computadorizada com destaque à identificação de nódulo, massa, consolidação, atelectasia,

linfadenopatia perihilar e mediastinal, doença pulmonar intersticial, hiperinsuflação/aprisionamento de ar,

bronquiectasias, áreas de vidro fosco, pneumotórax, derrame ou placas pleurais;

19. Dominar os fatores de risco e exposições ambientais e ocupacionais, a fisiopatologia, a

avaliação do estado funcional e gravidade das doenças respiratórias destacando-se: asma, doença

pulmonar obstrutiva crônica, bronquiectasias, insuficiência respiratória, doenças de vias áreas superiores,

tumores torácicos, infecções pulmonares não tuberculosas, tuberculose pulmonar e extrapulmonar,

infeções por micobactérias não tuberculosas, doenças vasculares pulmonares, doenças ambientais e

ocupacionais, doenças pulmonares intersticiais,doenças pleurais, da caixa torácica, musculatura

respiratória e do mediastino e tabagismo.

20. Dominar o diagnóstico, diagnóstico diferencial, manejo e terapêutica doenças

respiratórias destacando-se: asma, doença pulmonar obstrutiva crônica, bronquiectasias, insuficiência

respiratória, doenças de vias áreas superiores, tumores torácicos, infecções pulmonares não

tuberculosas, tuberculose pulmonar e extrapulmonar, infeções por bactérias não tuberculosas, doenças

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vasculares pulmonares, doenças ambientais e ocupacionais, doenças pulmonares intersticiais,doenças

pleurais, da caixa torácica, musculatura respiratória e do mediastino e tabagismo;

21. Valorizar e promover a educação dos pacientes para prevenir e tratar doenças

respiratórias incluindo o uso de dispositivos inalatórios;

22. Estimar a imunização ativa com o objetivo de prevenir doenças respiratórias agudas e

indivíduos sadios eem pacientes com doenças pulmonares crônicas;

23. Dominar os mecanismos de ação, doses, interações medicamentosas e efeitos

adversos dos medicamentos utilizados no tratamento de doenças pulmonares;

24. Dominar o manejo do ventilador, das estratégias ventilatórias em situações especiais,

monitorização e cálculo da mecânica respiratória, visualização e interpretação das curvas dos ciclos

respiratórios.

25. Implementar medidas de prevenção primária, secundária e terciária em relação aos

agravos respiratórias em especial no que se refere ao tabagismo.

26. Analisar o método científico e principais tipos de pesquisas; pesquisas bibliográficas e

leitura e interpretação de artigos; Noções básicas de busca de literatura médica-científica, de métodos

científicos e interpretação dos resultados dos estudos;

27. Desenvolver a habilidade para a permanente avaliação de custo/efetividade das ações

médicas, correlacionando-as com as condições sociais e econômicas da população envolvida;

28.Valorizar a importância dos grupos de apoio aos pacientes e associações de pacientes.

Segundo Ano - R2

Consolidar as competências (conhecimento, atitudes e habilidades) na área de

Pneumologia ao médico residente com o grau crescente de complexidade do treinamento.

COMPETÊNCIAS AO TÉRMINO DO R2

1. Dominar a realização, supervisão e interpretação dos testes de exercício incluindo o

conhecimento do funcionamento e tipos de equipamento e o controle de qualidade;

2. Dominar a realização, supervisão e interpretação dos testes de capacidade física de

campo (teste de caminhada de seis minutos, teste de shuttle, teste do degrau e similares);

3. Dominar a avaliação de disfunção e incapacidade física de pacientes com doenças

respiratórias;

4. Dominar a realização e interpretação da ultrassonografia de tórax (principalmente

avaliação do parênquima pulmonar e do espaço pleural;

5. Dominar o conhecimento sobre os fatores de risco e exposições ambientais e

ocupacionais, a fisiopatologia, a avaliação do estado funcional e gravidade das doenças respiratórias

mais complexas destacando-se: asma e doença pulmonar obstrutiva crônica graves, transplante

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pulmonar, abordagem de pneumopatias em pacientes imunossuprimidos, doenças vasculares

pulmonares crônicas e doenças pulmonares raras;

6. Dominar as indicações e interpretações dos métodos diagnósticos para manejo das

doenças respiratórias mais complexas incluindo angiografia pulmonar e cateterismo cardíaco direito;

7. Dominar as indicações e técnicas de realização dos exames de avaliação do óxido

nítrico exalado e avaliação da alergia por testes cutâneos e séricos;

8. Dominar os mecanismos de ação, doses, interações medicamentosas e efeitos

adversos de imunobiológicos para uso em doenças respiratórias e as indicações e administração de

imunobiológicos e imunossupressores e quimioterápicos em pacientes com doenças respiratórias;

9. Dominar técnicas para coleta de amostras ao diagnóstico de doenças respiratórias

incluindo sangue, escarro, escarro induzido, líquido pleural, biópsia pleura, punção de lesões pulmonares

percutânea e por agulha.

10. Avaliar a indicação de intervenções farmacológicas e cirúrgicas para doenças da

circulação pulmonar (incluindo indicação de embolização de MAV, trombendarterectomia)

11. Dominar os fatores de risco para doenças respiratórias existentes na exposição

ambiental rural e industrial e ter habilidade para a realizar da leitura e classificação radiológica de acordo

com a OIT (Organização internacional do trabalho);

12. Dominar técnicas de suporte ventilatório invasivo: indicações, principais modos e

ajustes do ventilador, monitorização da mecânica respiratória, ajustes em situações especiais, desmame

da ventilação mecânica

13. Dominar técnicas de suporte ventilatório não invasivo: indicações, contraindicações,

principais tipos de interfaces e suportes de fixação, principais modos e ajustes do ventilador

14. Dominar as indicações, contraindicações e cuidados associados com os testes

alérgicos, os tipos de testes alérgicos disponíveis e o protocolo para tratamento de anafilaxia

15. Dominar as evidências que suportam a utilização de reabilitação pulmonar nas

doenças pulmonares, os componentes de um programa de reabilitação pulmonar, incluindo

equipamentos, pessoal especializado e custos

16. Avaliar as indicações dos procedimentos cirúrgicos quando apropriado;

17. Dominar o tratamento da doença pulmonar avançada

18. Avaliar as indicações e contraindicações e técnicas associadas à realização

broncoscopia e interpretar os resultados do exame e do lavado bronco-alveolar;

19. Avaliar os laudos da ultrassonografia endoscópica (EBUS E EUS) para avaliação de

doenças respiratórias

20. Avaliar os laudos de polissonografia e prescrever suporte ventilatório.

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21. Responsabilizar-se por seu aprendizado continuado;

22. Compreender a gestão da carreira.

23.Analisar os custos da prática médica e utilizá-los em benefício do paciente, valorizando

os padrões de excelência;

24. Valorizar a relação custo/benefício às boas práticas na indicação de medicamentos e

exames complementares;

25. Demonstrar cuidado, respeito na interação com os pacientes e familiares,valores

culturais, crenças e religião dos pacientes, oferecendo o melhor tratamento Valorizar o Sistema Único de

Saúde, avaliando a estrutura e a regulação

26. Aplicar os conceitos fundamentais da ética médica;

27.Aplicar os aspectos médico-legais envolvidos no exercício da prática médica;

ROSANA LEITE DE MELO

Secretária Executiva

FERNANDO LUIZ CAVALCANTI LUNDGREN

Presidente da SBAI

(Publicada no DOU nº 70, quinta-feira, 11 de abril de 2019, Seção 1, páginas 207/208)

RESOLUÇÃO Nº 17, DE 8 DE ABRIL DE 2019

Aprova a matriz de competências dos Programas de

Residência Médica em Endocrinologia e Metabologia

A COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA (CNRM), no uso das

atribuições que lhe conferem a Lei nº 6.932 de 07 de julho de 1981, o Decreto nº 7.562, de 15 de

setembro de 2011, e o Decreto 8.516, de 10 de setembro de 2015.

CONSIDERANDO a atribuição da CNRM de definir a matriz de competências para

a formação de especialistas na área de residência médica;

CONSIDERANDO a Resolução CNE/CP nº 3 de 18 de dezembro de 2002 que

define competência profissional como a "capacidade de mobilizar, articular e colocar em ação

conhecimentos, habilidades, atitudes e valores necessários para o desempenho eficiente e

eficaz de atividades requeridas pela natureza do trabalho e pelo desenvolvimento tecnológico";

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ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários SCS Quadra 7 Bloco A nº 100 - Salas 805 e 807 Edifício Torre do Pátio Brasil. Brasília - DF - CEP: 70.307-901 Telefones: (61) 3321-5535 / 3322-9408 www.anaceu.org.br [email protected]

123

CONSIDERANDO a Lei no 6.932/81, que estabelece a jornada semanal dos

Programas de Residência Médica, incluídas as atividades de plantão e teórico-práticas

CONSIDERANDO que o programa de residência médica em Endocrinologia e

Metabologia possui duração de dois anos, acesso com pré-requisito em Clínica Médica, sendo

facultado ao médico residente que tenha concluído com sucesso programa de residência médica

em Clínica Médica, respeitando a carga horária semanal conforme legislação vigente;

CONSIDERANDO decisão tomada pela plenária da CNRM na sessão plenária de

23 de outubro de 2018 que aprovou a matriz de competências aos programas de residência

médica de Endocrinologia e Metabologia, resolve:

Art. 1º Fica aprovada a matriz de competências dos programas de residência

médica em Endocrinologia e Metabologia, na forma do anexo a esta Resolução.

Parágrafo único. É obrigatório o uso da matriz de competências para os programas

que se iniciarem a partir de 1º de março de 2020.

Art. 2º Fica revogado o item 19 dos Requisitos Mínimos dos Programas de

Residência Médica da Resolução CNRM nº 2/2006, de 17 de maio de 2006.

Art. 3º Esta resolução entra em vigor em sua publicação.

MAURO LUIZ RABELO

Presidente da Comissão

ANEXO

MATRIZ DE COMPETÊNCIAS: ENDOCRINOLOGIA E METABOLOGIA

OBJETIVO GERAL DO PROGRAMA

Formar e habilitar especialistas em Endocrinologia e Metabologia com as

competências necessárias para atuar em diferentes níveis de complexidade, utilizando

ferramentas clínicas e exames diagnósticos complementares das diversas doenças endócrinas e

metabólicas, nas diferentes fases da vida, a partir de uma abordagem de concepção integral do

indivíduo, mantendo relação respeitosa com pacientes, familiares e demais profissionais da área

da saúde e sendo comprometido com sua educação continuada.

Competências por ano de treinamento

Primeiro ano - R1

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124

Proporcionar ao Médico Residente a familiarização com as principais ferramentas e

métodos clínicos utilizados na Endocrinologia e Metabologia, assim como treinamento quanto ao

manejo clínico das doenças endócrino-metabólicas mais prevalentes.

Proporcionar conhecimento teórico-prático dos fundamentos e princípios da

Endocrinologia e Metabologia.

COMPETÊNCIAS AO TÉRMINO DO PRIMEIRO ANO

1. Dominar a anamnese e a realização do exame físico completo, geral e

específico.

2. Manejar o cuidado do paciente, sob a concepção da centralidade na pessoa,

especialmente nos casos de doenças crônicas, com forte componente psicossocial, manejando

pacientes resistentes as orientações iniciais, valorizando o papel do familiar/cuidador na adesão

ao tratamento.

3. Reconhecer os níveis de atenção na rede SUS (Sistema único de Saúde),

adaptando sua prática, ao contexto sócio-cultural no qual está inserido.

4. Dominar o plano terapêutico, levando em consideração seu nível social e

incluindo medidas não-farmacológicas.

5. Aplicar os princípios da Medicina Baseada em Evidências no cuidado do

paciente, considerando fatores emocionais, ambientais, socioculturais e econômicos associados

ao caso.

6. Valorizar o atendimento em inter e multiprofissional.

7. Dominar a classificação e critérios diagnóstico de diabetes mellitus através dos

critérios existentes (nacionais e internacionais), incluindo o diabetes gestacional.

8. Dominar o rastreamento das complicações crônicas do diabetes:

microvasculares (nefropatia, neuropatia e oftamopatia) e macrovasculares (insuficiência

coronariana, acidente vascular cerebral, insuficiência venosa periférica).

9. Identificar os aspectos clínico-epidemiológicos dos principais tumores

hipofisários, descrevendo a interferência na fisiologia do eixo hipotálamo-hipófise - glândulas

alvo e realizar o diagnóstico e manejo inicial de tumores hipofisários funcionantes ou não

funcionantes.

10. Dominar o exame físico da glândula tireoide e da região cervical.

11. Diagnosticar e manejar o paciente com hipotireoidismo e hiperitireoidismo.

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125

12. Dominar os diagnósticos das afecções estruturais da tireoide e indicação e

interpretação dos exames complementares.

13. Avaliar a indicação da cirurgia tireoidiana de acordo com os critérios do

consenso brasileiro e dominar o manejo pré e pós-operatório.

14. Realizar o exame físico da criança, preencher e interpretar gráficos em

pediatria, valorizando a antropometria e exame puberal (estádios de Tanner).

15. Dominar o metabolismo do cálcio, fósforo e da vitamina D, sabendo realizar o

diagnóstico de deficiência da Vitamina D.

16. Dominar o diagnosticar e tratar osteoporose, classificando-a etiologicamente.

17. Dominar o classificar as dislipidemias, a partir dos conhecimentos em

metabolismo dos lipídeos.

18. Dominar a estratificação de risco cardiovascular (através de escores de risco)

de pacientes com síndrome metabólica.

19. Dominar a anatomia e fisiologia do eixo hipotálamo, hipófise-adrenal,

identificando os aspectos clínico-epidemiológicos das doenças adrenais.

20. Avaliar os diferentes tipos de corticoide e sua bioequivalencia na corticoterapia,

implantando efetivamente um desmame coerente.

21. Dominar o diagnóstico e classificação etiológica de Obesidade e realizar

tratamento conforme as particularidades individuais do paciente.

Segundo Ano - R2

Aprimorar as competências já adquiridas no primeiro ano de residência em

Endocrinologia e Metabologia, ampliando a complexidade diagnóstica e terapêutica das

doenças.

COMPETÊNCIAS AO TÉRMINO DO SEGUNDO ANO

1. Desenvolver prática crítica-reflexiva atualizando-se continuamente.

2. Dominar a prescrição de insulina utilizando os dispositivos disponíveis.

3. Dominar a orientação do paciente ou seu responsável quanto aos locais de

aplicação de insulina, seu armazenamento e o rodízio de aplicações.

4. Dominar o tratamento do diabetes gestacional e suas principais complicações, e

a interação com a equipe multi e interprofissional.

5. o tratamento de crianças e adolescentes com diabetes mellitus tipo 1.

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6. Manejar o paciente com hipopituitarismo, principalmente em situações de

estresse.

7. Dominar o diagnosticar e tratar diabetes insipidus e demais comorbidades na

doença hipofisária.

8. Manejar o paciente no pré e pós-operatório de cirurgia hipofisária.

9. Dominar o diagnóstico e tratamento de paciente com SIADH (Síndrome

Inapropriada do Hormônio Antidiurético).

10. Indicar e interpretar cateterismo de seio petroso nos casos suspeitos de

Síndrome de Cushing.

11. Manejar as emergências tireoidianas: coma mixedematoso e crise tireotóxica.

12. Dominar o diagnosticar e manejar a orbitopatia de Graves.

13. Dominar indicação de radioidoterapia em patologias benignas e malignas da

tireoide.

14. Manejar tratamento do Câncer de tireoide valorizando o trabalho da equipe

multi e inter profissional.

15. Manejar as alterações da tireoide na gravidez.

16. Reconhecer, diagnosticar e tratar as alterações do crescimento e as variantes

de normalidade.

17. Manejar pacientes com síndromes genéticas com alterações endócrinas

(Down, Turner,Klinefelter dentre outras).

18. Dominar o diagnosticar e tratar das afecções da paratireoide: hiperplasia,

adenoma, carcinoma e sua associação com as MEN (Neoplasia Endócrina Múltipla).

19. Manejar os portadores de doenças raras do metabolismo ósseo (Paget,

osteogenesis imperfecta, raquitismo, osteomalácia, entre outras).

20. Avaliar os métodos de imagem empregados em patologias ósseas

(Densitometria, cintilografia, RX e biópsia).

21. Dominar o diagnóstico e tratamento das dislipidemias.

22. Dominar o diagnóstico clínico e laboratorial e tratamento da insuficiência

adrenal.

23. Dominar o diagnóstico e tratamento do hirsutismo, ginecomastia, síndrome dos

ovários policísticos e infertilidade de causa endócrina.

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24. Dominar o diagnóstico e tratamento das alterações de libido, hipogonadismo

masculino e feminino e disfunção erétil, além de prescrever terapia de reposição hormonal

feminina e masculina.

25. Avaliar o processo de desenvolvimento e diferenciação sexual com suas

influências genéticas e hormonais, identificando quando presentes alterações genitais em recém-

nascidos e crianças maiores.

26. Dominar as medicações utilizadas para tratamento de obesidade e saber

manejar seus efeitos adversos.

27. Manejar o paciente no pré e pós-operatório de cirurgia bariátrica.

28. Dominar a investigação da hipertensão arterial secundária e indicar tratamento

das causas endócrinas.

29. Diagnosticar e manejar portadores de Neoplasia Endócrina Múltipla,

destacando o papel da investigação dos familiares.

30. Diagnosticar e manejar a doença hepática gordurosa não alcoólica.

31. Diagnosticar e manejar síndromes poliglandulares autoimunes.

32. 32. Produção de artigo científico.

ROSANA LEITE DE MELO

Secretária Executiva da Comissão

FÁBIO ROGÉRIO TRUJITHO

Presidente da SBEM

(Publicada no DOU nº 70, quinta-feira, 11 de abril de 2019, Seção 1, páginas 208/209)

RESOLUÇÃO Nº 18, DE 8 DE ABRIL DE 2019

Aprova a matriz de competências dos Programas de

Residência Médica em Gastroenterologia.

A COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA (CNRM), no uso das

atribuições que lhe conferem a Lei nº 6.932 de 07 de julho de 1981, o Decreto nº 7.562, de 15 de

setembro de 2011, e o Decreto 8.516, de 10 de setembro de 2015.

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128

CONSIDERANDO a atribuição da CNRM de definir a matriz de competências para

a formação de especialistas na área de residência médica;

CONSIDERANDO a Resolução CNE/CP nº 3 de 18 de dezembro de 2002 que

define competência profissional como a "capacidade de mobilizar, articular e colocar em ação

conhecimentos, habilidades, atitudes e valores necessários para o desempenho eficiente e

eficaz de atividades requeridas pela natureza do trabalho e pelo desenvolvimento tecnológico";

CONSIDERANDO a Lei no 6.932/81, que estabelece a jornada semanal dos

Programas de Residência Médica, incluídas as atividades de plantão e teórico-práticas

CONSIDERANDO que o Programa de Residência Médica em Gastroenterologia

possui duração de dois anos, acesso com pré-requisito em Clínica Médica, sendo facultado ao

médico residente que tenha concluído um programa de residência médica em Clínica Médica;

respeitando a carga horária semanal conforme legislação vigente;

CONSIDERANDO decisão tomada pela plenária da CNRM na sessão plenária de

15 de maio de 2018 que aprovou a matriz de competências aos programas de residência médica

de Gastroenterologia, resolve:

Art. 1º Fica aprovada a matriz de competências dos programas de residência

médica em Gastroenterologia, na forma do anexo a esta Resolução.

Parágrafo único. É obrigatório o uso da matriz de competências para os programas

que se iniciarem a partir de 1º de março de 2020

Art. 2º Fica revogado o item 21 dos Requisitos Mínimos dos Programas de

Residência Médica da Resolução CNRM nº 2/2006, de 17 de maio de 2006.

Art. 3º Esta resolução entra em vigor em sua publicação.

MAURO LUIZ RABELO

Presidente da Comissão

ANEXO

Matriz de Competências: Gastroenterologia

OBJETIVO GERAL

Capacitar o médico residente de Gastroenterologia para a executar o atendimento

clínico, nos âmbitos individual e coletivo, com geração de vínculo na relação interpessoal e de

identidade enquanto membro do sistema de saúde, realizar o plano diagnóstico e de tratamento

para as doenças na sua área de ação, nos cenários de prática ambulatorial e hospitalar, nos

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129

diferentes níveis de atenção à saúde, com intervenções de promoção, prevenção e recuperação,

indicar tratamento cirúrgico quando for o caso e desenvolver o pensamento crítico e reflexivo ao

conhecimento científico pertinente e a sua prática profissional, tornando-o progressivamente

autônomo, capaz de praticar a comunicação verbal e não verbal com empatia, comprometido

com o seu paciente, capaz de dar seguimento à sua educação permanente, buscando manter a

sua competência diante do desenvolvimento do conhecimento com profissionalismo,

compreensão dos determinantes sociais do processo de saúde e de doença e de exercer a

liderança horizontal na equipe interdisciplinar e multiprofissional de saúde.

OBJETIVO ESPECÍFICO

Desenvolver as competências para o médico residente executar de forma

autônoma, ética, humanística, crítica, reflexiva, segura e com responsabilidade social os planos

diagnósticos, terapêuticos e procedimentos explicitados como essenciais em Gastroenterologia

para cada ano de treinamento.

COMPETÊNCIAS POR ANO DE TREINAMENTO

Ao término do primeiro ano- R1

1. Dominar a história clínica, realização do exame físico, geral e específico,

formular e avaliar hipóteses diagnósticas, solicitar e interpretar exames complementares para

construir a árvore de decisão;

2. Identificar situações complexas presentes e colocá-las por prioridades,

ressalvadas aquelas que contenham ameaça iminente à saúde e à vida, planejar e implementar

condutas diagnósticas e terapêuticas às afecções mais prevalentes na Gastroenterologia,

estabelecendo mecanismos de controle que permitam identificar precocemente ajustes nas

condutas em curso;

3. Dominar conhecimentos dos conceitos básicos, fisiopatologia, determinantes

sociais do processo de saúde e doença, critérios diagnósticos e princípios fundamentais das

terapêuticas nas síndromes e nas doenças mais frequentes e graves em Gastroenterologia;

4. Dominar o manejo das doenças gastroenterológicas mais frequentes e

estratificar sua gravidade para indicar internação, atendimento de urgência e emergência e

alocação de infraestrutura do sistema de saúde;

5. Realizar o plano diagnóstico, solicitar e avaliar as provas diagnósticas e instituir

a terapêutica pertinente e o seguimento clínico das principais doenças gastrointestinais;

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6. Identificar e avaliar os pacientes com as doenças agudas e crônicas prevalentes

em Gastroenterologia, nas urgências e emergências, e os seus diagnósticos diferenciais,

especialmente no atendimento dos pacientes com hemorragia digestiva aguda, estados

dolorosos abdominais agudos, pancreatites, enfermidades infecciosas agudas do sistema

digestório e descompensação da cirrose hepática, com estratificação da gravidade com

construção do algoritmo diagnóstico e do plano terapêutico, além de avaliar aspectos do controle

clínico durante o seguimento destes pacientes na Sala de Emergência, na Unidade de Terapia

Intensiva, na Unidade Semi- Intensiva e no Pós-Operatório;

7. Identificar as principais causas de doenças gastroenterológicas como o

alcoolismo, infecções virais, a exposição à risco pelo baixo controle das medidas sanitárias

ambientais e de higiene, além de promover a prevenção de enfermidades pela aderência à

vacinação;

8. Identificar e fazer busca ativa dos fatores e atitudes de risco à saúde e à vida na

área da Gastroenterologia e ser capaz de gerar intervenções que, de modo crítico e reflexivo,

demonstrem impacto na sobrevida e na qualidade de vida da pessoa e da coletividade;

9. Indicar e avaliar as provas diagnósticas e seus resultados para as principais

doenças do aparelho digestório;

10. Elaborar prontuário médico legível para cada paciente, contendo os dados

clínicos para a boa condução do caso, preenchido em cada avaliação em ordem cronológica,

com data, hora, assinatura e número do registro no Conselho Regional de Medicina e mantê-lo

atualizado;

11. Realizar a prescrição do plano terapêutico, informado e aceito pelo paciente

e/ou seu responsável legal;

12. Acompanhar o paciente da internação até a alta hospitalar, produzir relatório

específico para continuidade terapêutica e seguimento clínico;

13. Demonstrar e aplicar os conhecimentos sobre as indicações, contraindicações,

cuidados e interpretação dos resultados dos exames de imagem com e sem contraste;

14. Analisar as indicações, contraindicações e limitações dos métodos diagnósticos

e terapêuticos relacionados à especialidade;

15. Compreender a infraestrutura e os cuidados na realização dos procedimentos

de endoscopia digestiva, sedação, desinfecção dos endoscópios e seus acessórios;

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131

16. Demonstrar conhecimentos sobre a técnica da Endoscopia Digestiva Alta e

Baixa, as indicações, contraindicações e complicações;

17. Saber manusear o equipamento para Endoscopia Digestiva: a unidade de

imagem (monitor, microcâmera e processadora de imagens), o endoscópio, a fonte de luz e os

principais acessórios;

18. Analisar as imagens clássicas das doenças mais frequentes em

Gastroenterologia, geradas por métodos endoscópicos, de imagem e exame histopatológico;

19. Dominar a técnica de paracentese;

20. Demonstrar o conhecimento sobre a realização da biópsia hepática, pHmetria

esófago-gástrica, manometria de esôfago e anorretal e impedanciometria;

21. Valorizar o Sistema Único de Saúde, avaliando a estrutura e a regulação;

22. Valorizar e solicitar interconsultas com outros especialistas.

23. Realizar pesquisa clínica nas bases de dados científicas e conhecer o

essencial de metodologia científica para apresentações em sessões clínicas e formulação de

trabalhos científicos;

24. Demonstrar cuidado, respeito na interação com os pacientes e familiares,

respeitando valores culturais, crenças e religião dos pacientes, oferecendo o melhor tratamento;

25. Aplicar os conceitos fundamentais da ética médica;

26. Aplicar os aspectos médico-legais envolvidos no exercício da prática médica;

27. Obter o consentimento livre e esclarecido do paciente ou familiar em caso de

impossibilidade do paciente, após explicação simples, em linguagem apropriada para o

entendimento sobre os procedimentos a serem realizados, suas indicações e complicações,

salvo em caso de risco iminente de morte.

28. Estabelecer relação respeitosa com o preceptor, equipe de trabalho e todos os

funcionários do hospital;

29. Compreender os mecanismos utilizados para concessão de medicamentos

para os pacientes através da assistência farmacêutica em Farmácia de alto custo e/ou

medicamento estratégico;

30. Analisar os custos da prática médica e utilizá-los em benefício do paciente,

mantendo os padrões de excelência;

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31. Valorizar a relação custo/benefício para as boas práticas na indicação de

medicamentos e exames complementares

Ao Término do segundo ano- R2

1. Dominar o conhecimento sobre a anatomia. Fisiologia e fisiopatologia do

aparelho digestório no diagnóstico e tratamento das doenças;

2. Analisar a biologia dos tumores do aparelho digestório e aplicar o conhecimento

nas bases da oncologia clínica e cirúrgica;

3. Aplicar os conhecimentos sobre a imunologia, nutrição, mecanismos de defesa

do hospedeiro e infecção nos pacientes imunodeprimidos;

4. Dominar as principais doenças sistêmicas que apresentam sinais ou sintomas

gastroenterológicos;

5. Dominar diagnóstico e tratamento das principais afecções gastroenterológicas

como: hepatites virais; das doenças agudas e crônicas do fígado. Doenças Inflamatórias

Intestinais., lesões do pâncreas;

6. Dominar as principais indicações, contraindicações e complicações de

medicamentos biológicos na Gastroenterologia;

7. Demonstrar e aplicar conhecimento no rastreamento de neoplasias do aparelho

digestório;

8. Analisar os aspectos gerais dos transplantes hepático, pancreático, de fezes e

intestinal (tipos, indicações, sistemas de classificação de gravidade, acompanhamento pós-

operatório, complicações);

9. Analisar os princípios gerais da captação de órgãos e suas leis;

10. Aplicar conhecimentos e habilidades na prevenção da doença e na promoção

da saúde;

11. Realizar exame de endoscopia digestiva alta diagnóstica e procedimentos mais

simples relacionados;

12. Analisar os princípios da ultrassonografia e realizar paracenteses guiadas;

13. Analisar a técnica de biópsia hepática transparietal;

14. Identificar indicações, contra-indicações, custos e riscos envolvidos nos

exames complementares em gastroenterologia;

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133

15. Avaliar as imagens endoscópicas e de imagem das doenças

gastroenterológicas, patologias mais frequentes;

16. Manejar o suporte para os pacientes e familiares nos casos de medicina

paliativa e de terminalidade da vida;

17. Tomar decisões sob condições adversas, com controle emocional e equilíbrio,

demonstrando seus conhecimentos e sua liderança no sentido de minimizar eventuais

complicações, mantendo consciência de suas limitações;

18. Produzir um trabalho científico, utilizando o método de investigação adequado

e apresentá-lo em congresso médico ou publicar em revista científica ou apresentar

publicamente em forma de monografia.

ROSANA LEITE DE MELO

Secretária Executiva da Comissão

FLÁVIO ANTONIO QUILICI

Presidente da FBG

(Publicada no DOU nº 70, quinta-feira, 11 de abril de 2019, Seção 1, páginas 209/210)

RESOLUÇÃO Nº 19, DE 8 DE ABRIL DE 2019

Aprova a matriz de competências dos Programas de

Residência Médica em Urologia

A COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA (CNRM), no uso das atribuições

que lhe conferem a Lei nº 6.932 de 07 de julho de 1981, o Decreto nº 7.562, de 15 de setembro de 2011,

e o Decreto 8.516, de 10 de setembro de 2015.

CONSIDERANDO a atribuição da CNRM de definir a matriz de competências para a

formação de especialistas na área de residência médica;

CONSIDERANDO a Resolução CNE/CP nº 3 de 18 de dezembro de 2002 que define

competência profissional como a "capacidade de mobilizar, articular e colocar em ação conhecimentos,

habilidades, atitudes e valores necessários para o desempenho eficiente e eficaz de atividades

requeridas pela natureza do trabalho e pelo desenvolvimento tecnológico";

CONSIDERANDO a Lei no 6.932/81, que estabelece a jornada semanal dos Programas de

Residência Médica, incluídas as atividades de plantão e teórico-práticas

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134

CONSIDERANDO que o Programa de Residência Médica em Urologia possui duração de

três anos, acesso com pré-requisito em Cirurgia Geral ou Programa de Pré-requisito em Área Cirúrgica

Básica, respeitando a carga horária semanal conforme legislação vigente.

CONSIDERANDO decisão tomada pela plenária da CNRM na sessão plenária de 18 de

maio de 2018, resolve:

Art. 1º Fica aprovada a matriz de competências dos programas de residência médica em

Urologia, na forma do anexo a esta Resolução.

Parágrafo único. É obrigatório a aplicação da matriz de competências para os programas

que se iniciarem a partir de 1º de março de 2020.

Art. 3º Fica revogado o item 55 dos Requisitos Mínimos dos Programas de Residência

Médica da Resolução CNRM 2/2006, de 17 de maio de 2006.

Art. 4º Esta resolução entra em vigor em sua publicação.

MAURO LUIZ RABELO

Presidente da Comissão

ANEXO

MATRIZ DE COMPETÊNCIAS: UROLOGIA

OBJETIVOS GERAIS DO PROGRAMA

Formar e habilitar médicos na área da Urologia clínica e cirúrgica com competências que

os capacitem a dirimir as situações, os problemas e os dilemas na área da Urologia e dominar a

realização dos procedimentos diagnósticos e terapêuticos da especialidade, assim como conhecer as

opções não operatórias e desenvolver um pensamento crítico-reflexivo em relação à literatura médica,

tornando-o progressivamente responsável e independente.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS DO PROGRAMA

1. Desenvolver e aprimorar habilidades técnicas, raciocínio e a capacidade de tomar

decisões na área de urologia.

2. Realizar avaliação pré-cirúrgica do paciente, utilizando o domínio dos conteúdos de

informações gerais, exame clínico e interpretação de exames complementares, contribuindo para a

redução do risco operatório.

3. Estratificar o risco cirúrgico e decidir sobre a realização da cirurgia proposta.

4. Valorizar Tos fatores somáticos, psicológicos e sociais que interferem na saúde.

5. Estimar e promover as ações de saúde de caráter preventivo concernentes à segurança

do paciente.

6. Promover a integração do médico em equipes inter e multiprofissionais na assistência

aos pacientes.

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7. Estimular a educação permanente.

8. Estimular a capacidade crítica e reflexiva da atividade médica, no âmbito da Urologia,

considerando-a em seus aspectos científicos, éticos e sociais.

9. Dominar as técnicas diagnósticas, laboratoriais e radiológicas, relacionadas às afecções

urológicas.

10. Dominar as técnicas de cirurgia urológica e suas variantes específicas com grau

crescente de complexidade no decorrer dos três anos de treinamento.

11. Realizar o procedimento cirúrgico com segurança em todas as suas etapas.

12. Identificar e tratar complicações intra e pós-operatórias.

13. Produzir um artigo científico e apresentá-lo em congresso médico ou submetê-lo ou

publicá-lo.

14. Treinar e qualificar os residentes para as seguintes áreas dentro da especialidade:

Andrologia; Doenças Sexualmente Transmissíveis; Endourologia e Laparoscopia; Imagem em Urologia,

Biópsias Dirigidas; Litíase e Litotripsia; Transplante Renal; Urologia Feminina; Urologia Geral;

Uroneurologia e Urodinâmica; Oncologia Urológica; Urologia Pediátrica.

COMPETÊNCIAS AO TÉRMINO DO PRIMEIRO ANO- R1

1. Compreender e avaliar a embriologia, a pato-fisiologia e a anatomia cirúrgica do trato

gênito-urinário.

2. Analisar a base dos fundamentos da urologia.

3. Formular hipóteses para diagnósticos diferenciais em urologia.

4. Indicar os exames complementares pertinentes e a terapêutica mais adequada para

afecções urológicas.

5. Avaliar as doenças urológicas agudas traumáticas e atraumáticas.

6. Avaliar o diagnóstico e indicação terapêutica concernentes às doenças sexualmente

transmissíveis.

7. Dominar o manejo diagnóstico e terapêutico da obstrução urinária aguda, assim como

os diagnósticos diferenciais e exames complementares.

8. Dominar o manejo diagnóstico e terapêutico da litíase urinária: operação de

equipamento, acompanhamento e tratamento das complicações da litotripsia extra-córporea.

9. Avaliar e manejar as principais complicações clínicas pós-operatórias de cirurgias

urológicas.

10. Demonstrar e aplicar os conhecimentos sobre a indicação e interpretação de exames

de imagem com e sem contraste.

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136

11. Registrar os dados e a evolução do paciente no prontuário de forma clara e concisa.

Manter atualizado no prontuário os resultados dos exames laboratoriais, radiológicos, histopatológicos,

pareceres de outras clínicas chamadas a opinar e quaisquer outras informações pertinentes ao caso.

12. Realizar o preparo do paciente no pré-operatório, a prescrição do pré e do pós-

operatório e todo o acompanhamento do paciente da internação até a alta hospitalar.

13. Desenvolver competências com habilidades técnicas para realização de cirurgias de

pequeno e médio porte e auxiliar cirurgias de médio e grande porte do programa básico de Urologia sob

supervisão.

14. Realizar o cuidado da ferida operatória, infecção cirúrgica e seu tratamento quando

necessário, assim como o manuseio de drenos, ostomias e pontos cirúrgicos.

15. Dominar o manuseio do equipamento para cirurgias videolaparoscópicas: a unidade de

imagem (monitor, ótica e processador de imagens), o insuflador (pressões de insuflação), fonte de luz.

16. Analisar os instrumentos cirúrgicos endoscópicos permanentes e descartáveis como

cistoscópico, ureteroscópio semirrígido e flexível, nefroscópio, ressectoscópio, assim como materiais

utilizados durante as cirurgias endoscópicas (dilatadores, cateteres, litotridores e pinças endoscópicas).

17. ompreender os diferentes tipos de energia usados em cirurgia e suas aplicações.

18. Dominar o manejo dos diferentes tipos de cateteres essenciais à prática da

especialidade: sondas vesicais, nefrostomias e cateteres ureterais, nos seus mais diversos materiais e

tamanhos.

19. Realizar sondagem vesical de demora, assim como ter conhecimento sobre as

dificuldades inerentes ao procedimento e suas complicações.

20. Inferir sobre os custos da prática médica e utilizá-los em benefício do paciente

mantendo os padrões de excelência. Analisar a relação custo/benefício para as boas práticas na

indicação de medicamentos e exames complementares.

21. Realizar pesquisa clínica nas bases de dados científicas e conhecer o essencial de

metodologia científica para apresentações em sessões clínicas e formulação de trabalhos científicos.

22. Demonstrar cuidado e respeito na interação com os pacientes e familiares,

considerando valores e crenças.

23. Valorizar os conceitos fundamentais da ética médica em toda sua abrangência.

24. Avaliar os aspectos médico-legais envolvidos no exercício da prática médica.

25. Obter o consentimento livre e esclarecido do paciente ou familiar em caso de

impossibilidade do paciente, após explicação simples, em linguagem apropriada para o entendimento

sobre os procedimentos a serem realizados, suas indicações e complicações.

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26. Estabelecer relação respeitosa com demais médicos e equipe multiprofissional, além

dos demais funcionários da Instituição.

27. Capacita-ser para discussão de artigos científicos, apresentação de casos clínicos e

seminários.

28. Demonstrar, sob supervisão, as habilidades técnicas adquiridas em todos os

procedimentos para essa etapa de sua formação.

29. Dominar a técnica dos exames físico genital (exame digital retal); Peniscopia;

Pielografia ascendente; Semiologia para disfunção erétil.; Teste de ereção fármaco induzida;

Urofluxometria.

30. Dominar a realização de exames endoscópicos de pequena complexidade; Biópsias

penianas e escrotais; Punções percutâneas e endocavitárias com intuito de biópsia e/ou drenagem;

Ultrassonografia básica do trato urinário inferior e superior e de órgãos genitais

31. Dominar a técnica cirúrgica das seguintes cirurgias de pequena e média complexidade:

Abscesso periuretral- tratamento cirúrgico; Biópsia escrotal; Biópsia peniana; Biópsia prostática guiada

por ultra-som; Biópsia renal cirúrgica / por punção; Biópsia testicular; Cistolitotomia; Cistostomia: cirúrgica

e por punção; Correção cirúrgica de hidrocele; Correção cirúrgica de varicocele; Colocação cirúrgica de

duplo J; Correção cirúrgica de torção do testículo; Dilatação uretral; Drenagem de abscesso de epidídimo;

Drenagem de abscesso escrotal; Eletrocauterização de lesões cutâneas genitais; Epididimectomia;

Espermatocelectomia; Exerése de cisto epididimário; Exérese de cisto escrotal; Extração cirúrgica de

corpo estranho uretral; Extração cirúrgica de corpo estranho vesical; Implante de prótese testicular;

Implante de cateter intra-peritonial para diálise; Incisão de prepúcio; Instilação vesical ou uretral;

Litotripsia Extracorpórea por ondas de choque; Meatotomia uretral; Orquiectomia; Orquipexia de testículo

palpável; Plástica de freio bálano prepucial; Plástica escrotal; Postectomia; Prostatectomia a céu aberto;

Punção da túnica vaginal; Punção e aspiração vesical; Redução de parafimose; Ressecção parcial

escrotal; Tratamento do priapismo; Uretrostomia; Ureterolitotomia aberta; Vasectomia (Cirurgia

Esterilizadora Masculina)

32. Dominar a realização dos seguintes procedimentos endourológicos: Retirada e

colocação de cateteres uretrais e vesicais; Biópsia endoscópica de bexiga; Cateterismo ureteral;

Cistoscopia; Colocação endoscópica de duplo J; Corpo estranho extração endoscópica; Dilatação uretral;

Uretroscopia; Ureterorrenoscopia diagnóstica; Uretrotomia interna

33. Dominar o atendimento das urgências urológicas.

COMPETÊNCIAS AO TÉRMINO DO SEGUNDO ANO- R2

1. Demonstrar conhecimento e segurança na condução da cirurgia de acordo com os

princípios da boa prática.

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2. Avaliar, diagnosticar e tratar as complicações cirúrgicas intra e pós-operatórias.

3. Estimar e realizar a avaliação pré-cirúrgica e planejamento operatório para cirurgias de

médio e grande porte.

4. Dominar a indicação de reintervenção nas intercorrências do pós-operatório e instituir a

terapêutica apropriada.

5. Avaliar as indicações, contraindicações e as complicações de cada procedimento

recomendado para o paciente.

6. Avaliar as indicações, assim como interpretação e realização de estudo urodinâmico e

fluxometria.

7. Avaliar a indicação e interpretação dos exames pertinentes do pré-operatório de todos

os órgãos e sistemas de sua área de atuação.

8. Colaborar nas atividades clínicas de rotina: anamnese e exame clínico em ambulatório,

enfermarias, avaliações externas e de urgência.

9. Dominar as bases da videolaparoscopia: indicações e riscos. As alterações da fisiologia.

Os efeitos do pneumoperitônio. As vantagens e desvantagens da cirurgia minimamente invasiva.

10. Demonstrar as habilidades práticas sobre os princípios da videocirurgia (material,

acessos, técnica, contraindicações, conversões entre outros), incluindo as tarefas mais simples da

cirurgia com acesso minimamente invasivo: posicionamento do paciente na mesa operatória, sistemas de

imagem e de insuflação de gases.

11. Dominar a realização de procedimentos endourológicos de média complexidade.

12. Manejar o diagnóstico e tratamento da incontinência urinária feminina e masculina.

13. Demonstrar respeito, integridade e compromisso com os preceitos da ética médica.

14. Respeitar os valores culturais e religiosos dos pacientes oferecendo o melhor

tratamento.

15. Disponibilizar do suporte solicitado para os pacientes e familiares especialmente nos

casos de terapêutica paliativa.

16. Desenvolver competências com habilidades técnicas para realização de cirurgias de

médio porte e auxiliar cirurgia de grande porte do Programa Básico de Urologia sob supervisão.

17. Demonstrar, sob supervisão, as habilidades técnicas adquiridas em todos os

procedimentos para essa etapa de sua formação.

18. Dominar a realização de exames endoscópicos de alta complexidade e Estudos

urodinâmicos.

19. Dominar a técnica da realização dos seguintes procedimentos endoscópicos e

laparoscópicos :Aspiração vesical de retenção urinária por coágulo; Biopsia endoscópica de ureter;

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Cistolitotripsia percutânea; Cistolitotripsia transuretral; Colocação nefroscópica de duplo J;

Eletrocoagulação endoscópica de uretra; Vaporização da próstata; Extração endoscópica de cálculo

vesical; Hemostasia endoscópica da loja prostática; Laparoscopia em ausência testicular; Meatotomia

endoscópica de ureter; Ressecção de válvula de uretra posterior; Ressecção endoscópica da próstata;

Ressecção endoscópica de colo diverticular de bexiga; Ressecção endoscópica de pólipos vesicais;

Ressecção endoscópica de ureterocele; Retirada endoscópica de cálculo de ureter; Tratamento

endoscópico da incontinência urinária; Ureterolitotripsia endoscópica semirígida.

20. Dominar a técnica operadoria das cirurgias de média complexidade: Abscesso renal ou

perirrenal - drenagem cirúrgica; Acesso percutâneo para nefroscopia sob fluoroscopia ou ultra-som;

Amputação parcial do pênis; Amputação total do pênis; Bexiga psoica; Biópsia cirúrgica de ureter;

Nefroureterectomia bilateral em doador de múltiplos órgãos; Cistectomia parcial; Cistoplastia redutora;

Cistorrafia por trauma; Correção de hipospádia distal e médio peniana; Diverticulectomia; Esfincterotomia;

Exploração cirúrgica do deferente; Extração cirurgia de corpo estranho ou cálculo uretral; Fistula

arteriovenosa para hemodiálise; Fístulas urinárias - correção cirúrgica; Implante de prótese peniana;

Linfadenectomia inguinal ou ilíaca; Linfadenectomia pélvica; Lombotomia exploradora; Marsupialização

de cistos renais; Meatoplastia uretral; Nefrectomia simples; Nefrectomia radical; Nefroureterectomia

radical; Nefrolitotomia simples; Nefropexia; Nefrorrafia; Nefrostomia a céu aberto / percutânea; Orquipexia

- testículo não-palpado; Pielolitotomia com nefrolitotomia simples; Pieloplastia aberta; Pielostomia;

Pielotomia exploradora; Plástica de corpo cavernoso; Prostatotomia; Prostatovesiculectomia radical;

Reimplante uretero-vesical; Reparação plástica por trauma testicular; Ressecção cirúrgica de ureterocele;

Ressecção de carúncula uretral; Ressecção endoscópica de colo vesical; Tratamento cirúrgico de

divertículo uretral; Tratamento cirúrgico de doença de Peyronie; Tratamento cirúrgico de fratura do pênis;

Tratamento cirúrgico de incontinência urinária por cirurgia aberta; Tratamento cirúrgico do priapismo;

Tratamento da incontinência urinaria por suspensão endoscópica do colo vesical; Tratamento de

incontinência urinária por Sling vaginal, transobturatório ou abdominal; Tratamento dos prolapsos genitais

femininos; Ureterectomia; Ureterostomia cutânea; Uretroplastia anterior; Vesicostomia cutânea

COMPETÊNCIAS AO TÉRMINO DO TERCEIRO ANO- R3

1. Estimar e realizar a avaliação pré-cirúrgica e planejamento operatório de cirurgias de

médio e grande porte.

2. Realizar cirurgias de médio e grande porte.

3. Dominar os princípios do transplante e da capitação renal.

4. Estimar a relação custo/benefício para o tratamento das doenças em sua área de

atuação visando selecionar os métodos de investigação diagnóstica adequados e a melhor terapêutica,

mantendo sempre a qualidade do atendimento.

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5. Identificar a gravidade do quadro apresentado pelo paciente e priorizar a atenção do

cuidado.

6. Dominar o manejo diagnóstico e terapêutico de neoplasias do trato gênito-urinário,

assim como analisar os exames pertinentes;

7. Dominar a realização de procedimentos endourológicos de alta complexidade.

8. Avaliar o diagnóstico e terapêutica concernentes às cirurgias funcionais e de

reconstrução do aparelho urogenital, deformidades congênitas ou adquiridas, tumorais e instituir

terapêutica pertinente.

9. Avaliar a fisiopatologia, diagnóstico e terapêutica de infertilidade masculina, de

disfunção erétil e do hipogonadismo;

10. Avaliar o diagnóstico e tratamento de condições urológicas infantis.

11. Dominar a técnica cirúrgicas de derivações urinárias;

12. Manter relação médico-paciente ética e dinâmica ajudando-o e aos familiares nas

decisões a serem tomadas para a investigação da doença e nas situações que envolvam os cuidados

paliativos;

13. Contribuir na formação e ensino dos residentes do segundo e primeiro ano, sob

supervisão do preceptor, assim como demonstrar capacidade de liderança na equipe médica.

14. Ser capaz de trabalhar em equipe exercendo liderança, mas dividindo a

responsabilidade dos cuidados dos pacientes com os demais integrantes da equipe de saúde.

15. Tomar decisões sob condições adversas na emergência e no intra-operatório, com

controle emocional e equilíbrio, demonstrando seus conhecimentos e sua liderança no sentido de

minimizar eventuais complicações, mantendo consciência de suas limitações.

16. Compreender suas responsabilidades e limitações. Saber fazer e aceitar críticas

buscando aprimorar seus conhecimentos e habilidades.

17. Manter constante seus processos de aprendizagem (aprender a aprender) buscando

melhorar sua expertise, procurando sempre prestar um atendimento de qualidade máxima.

18. Aplicar seus conhecimentos e habilidades na prevenção da doença e na promoção da

saúde.

19. Demonstrar, sob supervisão, as habilidades técnicas adquiridas em todos os

procedimentos urológicos, desde pequena a grande porte.

20. Compreender as bases da cirurgia robô-assistida: particularidades, indicações e riscos.

21. Dominar a técnica dos exames endoscópicos de alta complexidade.

22. Dominar a técnica cirúrgicas dos seguintes procedimentos cirúrgicos: Oncologia

urológica; Cirurgias radicais; Transplante renal; Derivações Urinárias; Cirurgias laparoscópicas; Cirurgias

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reconstrutivas urológicas; Cirurgias endourológicas; ureterorrenoscopia flexível; ureterorrenolitotripsia

flexível a laser; utilização de laser em urologia;;

23. Dominar a técnica cirúrgica das cirurgias de alta complexidade:Adrenalectomia;

Ampliações vesicais e condutos continentes; Angioplastia renal; Autotransplante renal; Cistectomia

radical; Cistectomia total; Cistouretroplastia - neouretra proximal; Correção cirúrgica de extrofia vesical;

Correção de epispádia; Correção de fístulas urinárias complexas; Correção de hipospádias proximais;

Emasculação; Enterocistoplastia; Enucleação de tumor renal; Epididimovasostomia; Implante de prótese

peniana inflável; Implante de esfíncter urinário artificial; Linfadenectomia retroperitoneal; Marsupializacão

de linfocele; Nefrectomia parcial; Nefrectomia radical; Nefrolitotomia anatrófica; Nefroureterectomia com

ressecção vesical; Neobexiga; Reconstrução peniana por retalho cutâneo à distância; Ressecção de

tumor uretral; Ressecção endoscópica da próstata com laser; Revascularização renal; Transplante renal;

receptor e doador; Tratamento cirúrgico de incontinência urinária masculina; Tumores retro peritoneais

malignos; Ureteroileocistoneostomia; Ureteroileostomia cutânea; Ureterólise; Ureteroplastia;

Ureterosigmoidoplastia; Ureterosigmoidostomia; Ureteroureterocistoneostomia; Ureteroureterostomia

cutânea; Ureteroureterostomia; Uretroplastia posterior; Vaso-vasostomia;

24. Dominar a técnica da realização dos seguimentos: Correção laparoscópica de refluxo

vésico ureteral; Endopielotomia endoscópica (retrógrada, anterógrada); Ligadura laparoscópica de vasos

espermáticos; Linfadenectomia pélvica laparoscópica; Linfadenectomia retroperitoneal laparoscópica;

Marsupialização laparoscópica de cistos renais; Marsupialização laparoscópica de linfocele; Nefrectomia

laparoscópica, doador de rim; Nefrectomia radical laparoscópica; Nefrectomia parcial laparoscópica;

Nefrectomia total laparoscópica; Nefrolitotripsia percutânea; Pieloplastia laparoscópica;

Prostatovesiculetectomia radical laparoscópica; Tratamento endoscópico de tumores do trato urinário

superior (retrógrado/anterógrado); Ureterolitotomia laparoscópica; Ureterorrenolitotripsia flexível a laser

ROSANA LEITE DE MELO

Secretária Executiva da Comissão

SEBASTIÃO JOSÉ WESTPHA

Presidente da SBU

(Publicada no DOU nº 70, quinta-feira, 11 de abril de 2019, Seção 1, páginas 210/211)

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RESOLUÇÃO Nº 20, DE 8 DE ABRIL DE 2019

Aprova a matriz de competências dos Programas de

Residência Médica em Genética Médica.

A COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA (CNRM), no uso das atribuições

que lhe conferem a Lei nº 6.932 de 07 de julho de 1981, o Decreto nº 7.562, de 15 de setembro de 2011,

e o Decreto 8.516, de 10 de setembro de 2015.

CONSIDERANDO a atribuição da CNRM de definir a matriz de competências para a

formação de especialistas na área de residência médica;

CONSIDERANDO a Resolução CNE/CP nº 3 de 18 de dezembro de 2002 que define

competência profissional como a "capacidade de mobilizar, articular e colocar em ação conhecimentos,

habilidades, atitudes e valores necessários para o desempenho eficiente e eficaz de atividades

requeridas pela natureza do trabalho e pelo desenvolvimento tecnológico";

CONSIDERANDO a Lei no 6.932/81, que estabelece a jornada semanal dos Programas de

Residência Médica, incluídas as atividades de plantão e teórico-práticas

CONSIDERANDO que o Programa de Residência Médica em Genética Médica possui

duração de três anos, acesso direto, respeitando a carga horária semanal conforme legislação vigente;

CONSIDERANDO decisão tomada pela plenária da CNRM na sessão plenária de 20 de

junho de 2018 que aprovou a matriz de competências aos programas de residência médica de Genética

Médica, resolve:

Art. 1º Fica aprovada a matriz de competências dos programas de residência médica em

Genética Médica, na forma do anexo a esta Resolução.

Parágrafo único. É obrigatório o uso da matriz de competências para os programas que se

iniciarem a partir de 1º de março de 2020.

Art. 2º Fica revogado o item 22 dos Requisitos Mínimos dos Programas de Residência

Médica da Resolução CNRM nº 2/2006, de 17 de maio de 2006.

Art. 3º Esta resolução entra em vigor em sua publicação.

MAURO LUIZ RABELO

Presidente da Comissão

ANEXO

MATRIZ DE COMPETÊNCIAS: GENÉTICA MÉDICA

OBJETIVOS GERAIS

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1- Demonstrar conhecimentos de semiologia, elaboração do diagnóstico e plano de

investigação.

2- Dominar a consulta à literatura e bancos de dados.

3- Dominar a coleta e interpretação dos exames laboratoriais em genética.

4- Dominar a comunicação verbal e não verbal, bem como a comunicação efetiva com a

equipe.

5- Realizar relatos científicos.

6- Manter as boas práticas da especialidade.

7- Conduzir clinicamente pacientes com anomalias congênitas e doenças de etiologia

genética.

8- Dominar aspectos reguladores da prática profissional e políticas públicas em Genética

Médica, podendo demandar e responder a demandas dos gestores de saúde.

Ao Término do primeiro ano- R1

I-Avaliação clínica

1- Dominar a técnica de anamnese voltada para a genética com construção e

interpretação de heredograma de pelo menos três gerações.

2- Dominar o exame físico geral e morfológico em pacientes em todas as faixas etárias.

3- Dominar o uso de ferramentas de pesquisa e bancos de dados para diagnóstico clínico.

4- Dominar a investigação de anomalias ocultas.

5- Valorizar a importância médica, ética e jurídica de registrar os dados e a evolução do

paciente no prontuário de forma clara e concisa, manter atualizado no prontuário os resultados dos

exames laboratoriais, radiológicos, histopatológicos, pareceres de outras clínicas chamadas a opinar e

quaisquer outras informações pertinentes ao caso.

II-Investigação Laboratorial

1- Dominar a investigação de testes alterados de triagem neonatal do Programa Nacional

de Triagem Neonatal.

III-Comunicação e Relacionamento

1- Atuar de acordo com normas éticas e de forma humanizada na sua prática profissional.

2- Comunicar diagnósticos e riscos de forma não diretiva, respeitando diferentes culturas e

limitações cognitivas / educacionais.

3- Dominar de comunicação de más notícias.

4- Valorizar o trabalho em equipe inter, multi e transdisciplinar.

5- Dominar a apresentação de casos clínicos.

IV- Gestão do Conhecimento

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144

1- Avaliar artigos científicos de acordo com sua etapa de formação.

2- Atuar de forma pró-ativa para a superação de suas limitações e para a superação de

limitações de conhecimento.

3- Dominar o conhecimento de: Bases cromossômicas da hereditariedade; Padrões de

herança mendeliana ; Padrões de herança não convencionais; Herança complexa e principais doenças

relacionadas; Bases moleculares das doenças genéticas; Aspectos genéticos do desenvolvimento;

Citogenética clássica; Propedêutica em genética clínica; Conceitos básicos em dismorfologia; Deficiência

Intelectual e Transtorno do Espectro Autista; Principais síndromes cromossômicas; Principais síndromes

monogênicas; Triagem neonatal; Fundamentos éticos, legais e sociais do Aconselhamento Genético e

Comunicação de notícias difíceis.

Ao término do segundo ano- R2

I- Avaliação clínica

1- Acompanhar e Realizar exame morfológico em necropsias.

2- Elaborar hipótese diagnóstica, diagnósticos diferenciais e plano de investigação a partir

dos dados clínicos em anomalias congênitas e em deficiência intelectual.

II- Investigação Laboratorial

1- Dominar a investigação de casos de testes alterados de Triagem Neonatal Expandida.

2- Orientar ou coletar materiais biológicos para análise laboratorial (pacientes vivos e pós

mortem).

III- Manejo

1- Dominar o manejo clínico de pacientes com Anomalias Morfológicas Congênitas ou de

início pós-natal através da aplicação de protocolos clínicos disponíveis, com orientações de medidas de

saúde de acordo com a história natural da doença de forma multidisciplinar.

2- Dominar o manejo clínico de pacientes com Deficiência Intelectual de etiologia genética

provável ou comprovada.

3- Estimar riscos de ocorrência e recorrência de agravos de origem genética, mal-

formações congênitas, deficiência intelectual e informá-los de forma não diretiva.

IV- Comunicação e Relacionamento

1- Redigir documentos a serem fornecidos ao paciente, como relatórios, laudos médicos,

carta de emergência e outros.

2- Valorizar a comunicação com médicos e outros profissionais da saúde de outras

especialidades sobre genética.

3- Demonstrar cuidado e respeito na interação com os pacientes e familiares, respeitando

valores culturais, crenças e religião dos pacientes, oferecendo o melhor tratamento.

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4- Aplicar os conceitos fundamentais da ética médica.

5- Aplicar os aspectos médico-legais envolvidos no exercício da prática médica.

6- Obter o consentimento livre e esclarecido do paciente ou familiar em caso de

impossibilidade do paciente, após explicação simples, em linguagem apropriada para o entendimento

sobre os procedimentos a serem realizados, suas indicações e complicações.

V- Saúde Coletiva

1- Avaliar as políticas públicas relacionadas à especialidade.

2- Avaliar a legislação e regulamentações referente à especialidade, incluindo a saúde

suplementar.

VI - Gestão do Conhecimento

1- Manter-se atualizado com a literatura na área.

2- Dominar o conhecimento teórico de: Citogenética molecular; Síndromes de

microdeleção/microduplicação; Anomalias congênitas - epidemiologia e bases etiopatogênicas; Displasias

esqueléticas; Estrutura do genoma humano; Anomalias do desenvolvimento sexual; Principais

genodermatoses; Doenças metabólicas: classificação, quadro clínico, métodos de diagnóstico e

tratamento; Teratógenos; Diagnóstico pré-natal, indicações e técnicas; Aspectos genéticos da infertilidade

/ esterilidade / perdas gestacionais; Avaliação e Comunicação de risco no Aconselhamento Genético;

Bases genéticas do câncer; Genética de populações e comunitária; Medicina baseada em evidências

aplicada a genética.

Ao Término do terceiro ano- R3

I- Avaliação clínica

1- Elaborar hipótese diagnóstica, diagnósticos diferenciais e plano de investigação a partir

dos dados clínicos em Erros Inatos do Metabolismo; Neurogenética e Oncogenética.

II- Investigação Laboratorial

1- Dominar exames complementares em genética e a investigação de anomalias

congênitas e doenças genéticas em nível pré-concepcional e pré-natal.

2- Dominar a comunicação dos resultados de exames complementares em genética.

3- Dominar a orientação às famílias sobre a relevância, limitações e eventuais problemas

técnicos, clínicos e éticos relacionados aos exames genéticos, incluindo testes preditivos e de triagem.

4- Dominar o uso de bancos de dados para interpretação de variantes genéticas.

III- Manejo

1- Dominar o manejo clínico de doenças genéticas: Erros Inatos do Metabolismo;

Neurogenética; Oncogenética e outras doenças genéticas (com interface com outras especialidades).

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2- Dominar a indicação dos tratamentos específicos disponíveis para doenças e agravos

genéticos.

3- Dominar a orientação procedimentos e técnicas de reprodução humana.

4- Dominar o aconselhamento genético pré e pós testes genéticos.

IV- Comunicação e Relacionamento

1- Dominar a comunicação com familiares, organizações da sociedade civil e população

geral.

2- Redigir relatos de caso e/ou artigos científicos e/ou monografia.

V- Saúde Coletiva

1- Interagir e articular com os diferentes atores e instâncias na área da saúde para a

integralidade da ação.

VI- Gestão do Conhecimento

1- Dominar o conhecimento das ferramentas moleculares em genética médica: métodos;

aplicações Neurogenética: doenças neuromusculares e neurodegenerativas; Síndromes de câncer

hereditário; Abordagens terapêuticas das doenças genéticas e Medicina Personalizada.

ROSANA LEITE DE MELO

Secretária Executiva da Comissão

TÊMIS MARIA FÉLIX

Presidente da SBGM

(Publicada no DOU nº 70, quinta-feira, 11 de abril de 2019, Seção 1, páginas 211/212)

RESOLUÇÃO Nº 21, DE 8 DE ABRIL DE 2019

Aprova a matriz de competências dos Programas de

Residência Médica em Otorrinolaringologia.

A COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA (CNRM), no uso das atribuições

que lhe conferem a Lei nº 6.932 de 07 de julho de 1981, o Decreto nº 7.562, de 15 de setembro de 2011,

e o Decreto 8.516, de 10 de setembro de 2015.

CONSIDERANDO a atribuição da CNRM de definir a matriz de competências para a

formação de especialistas na área de residência médica;

CONSIDERANDO a Resolução CNE/CP nº 3 de 18 de dezembro de 2002 que define

competência profissional como a "capacidade de mobilizar, articular e colocar em ação conhecimentos,

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habilidades, atitudes e valores necessários para o desempenho eficiente e eficaz de atividades

requeridas pela natureza do trabalho e pelo desenvolvimento tecnológico";

CONSIDERANDO a Lei no 6.932/81, que estabelece a jornada semanal dos Programas de

Residência Medica, incluídas as atividades de plantão e teórico-práticas

CONSIDERANDO que o Programa de Residência Médica em Otorrinolaringologia possui

duração de três anos, acesso direto, respeitando a carga horária semanal conforme legislação vigente;

CONSIDERANDO decisão tomada pela plenária da CNRM na sessão plenária de 22 de

novembro de 2018 que aprovou a matriz de competências aos programas de residência médica de

Otorrinolaringologia, resolve:

Art. 1º Fica aprovada a Matriz de Competências dos Programas de Residência Médica em

Otorrinolaringologia, na forma do anexo desta Resolução.

Parágrafo único. E obrigatório o uso da matriz de competências para os programas que se

iniciarem a partir de 1ºde março de 2020.

Art. 2º Fica revogado o item 45 do anexo da Resolução Médica da Resolução CNRM

2/2006, de 17 de maio de 2006, dos Requisitos Mínimos dos Programas de Residência Médica.

Art. 3º Esta resolução entra em vigor em sua publicação.

MAURO LUIZ RABELO

Presidente da Comissão

ANEXO

MATRIZ DE COMPETÊNCIAS: OTORRINOLARINGOLOGIA

OBJETIVOS GERAIS

Habilitar médicos a adquirir as competências necessárias para realizar diagnósticos,

procedimentos diagnósticos, tratamentos clínicos e cirúrgicos na área de Otorrinolaringologia.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1. Dominar a anatomia e fisiologia de orelha externa, média e interna, nariz, seios para-

nasais, boca, faringe, laringe, traqueia, face, órbitas, base de crânio e pescoço;

2. Dominar anamnese e exame físico otorrinolaringológico;

3. Dominar o diagnóstico e a solicitação de exames complementares nas afecções da

orelha externa, média e interna, nariz, seios paranasais, boca, faringe, laringe, traqueia, face, órbitas,

base de crânio e pescoço;

4. Dominar o diagnóstico das manifestações otorrinolaringológica;

5. Dominar a realização e avaliação de exames complementares otorrinolaringológicos;

6. Dominar a realização de procedimentos cirúrgicos e cuidados pré e pós-operatórios em

otorrinolaringologia;

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7. Dominar o tratamento das complicações clínicas e cirúrgicas em otorrinolaringologia;

8. Avaliar e realizar o diagnóstico e tratamento das afecções em Medicina do Sono,

Foniatria e Cirurgia Craniomaxilofacial;

9. Produzir um artigo científico, apresentando-o em congressos ou publicando-o em

revistas científicas.

COMPETÊNCIAS POR ANO DE TREINAMENTO

AO TÉRMINO DO PRIMEIRO ANO - R1

1. Dominar as bases da anatomia e fisiologia da orelha externa, média e interna, nariz,

seios paranasais, boca, faringe, laringe, esôfago cervical, traqueia, face, órbitas, couro cabeludo, base de

crânio e pescoço.

2. Avaliar as técnicas do exame físico otorrinolaringológico (otoscopia, rinoscopia anterior

e posterior, oroscopia, laringoscopia, inspeção estática e dinâmica da face, palpação cervical, avaliação

de pares cranianos).

3. Demonstrar habilidades na realização de exame físico armado otorrinolaringológico,

como endoscopia nasal rígida e flexível, faringolaringoscopia rígida e flexível, laringoestroboscopia,

traqueoscopia, vídeo-endoscopia da deglutição, vídeo-quimografia, vídeo-otoscopia, micro-otoscopia,

vídeo-endoscopia do sono.

4. Compreender a realização de exames de avaliação auditiva como audiometrias,

imitanciometria, otoemissões acústicas e audiometrias de tronco cerebral (BERA), e interpretá-los

corretamente;

5. Demonstrar habilidades técnicas para a realização e interpretação do exame físico

otoneurológico, como manobras para diagnóstico e tratamento de vertigens posicionais, manobras do tipo

bed-side tests, testes de equilíbrio estático e dinâmico, incluindo Romberg, Unterberger-Fukuda e

marcha;

6. Planejar e realizar procedimentos otorrinolaringológicos ambulatoriais, como remoção

de cerume; remoção de corpos estranhos otológicos, nasossinusais, faríngeos e laríngeos; cauterização

nasal em epistaxes, tamponamentos nasais anteriores e posteriores; drenagem de abscessos em orelha

externa, nariz, boca, faringe, couro cabeludo, face e pescoço; biópsias de orelha externa, nariz, boca,

faringe, face e pescoço;

7. Dominar a técnica cirúrgica em cirurgias otorrinolaringológicas de pequeno porte ou

complexidade, como adenoidectomias, amigdalectomias, timpanotomias para tubo de ventilação,

cauterização de conchas inferiores, frenotomias, exérese de rânulas, colobomas e cistos, e biópsias;

8. Dominar o auxílio em cirurgias otorrinolaringológicas de médio e grande porte ou

complexidade: timpanoplastias, reconstruções de cadeia ossicular, cirurgias do estribo, otoplastias,

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meatoplastias, mastoidectomias, implantes de próteses de condução óssea, implantes cocleares,

cirurgias de nervo facial, cirurgias de ouvido congênito, temporalectomias, frontoplastias, septoplastias,

turbinectomias, turbinoplastias, rinoplastias, sinusectomias, cirurgias endoscópicas da base de crânio,

dacriocistorrinostomias, acessos à órbita, malformações, uvulopalatofaringoplastias, faringoplastias,

palatoplastias, microcirurgias de laringe, supraglotoplastias, aritenoidectomias, tireoplastias,

tireoidectomias, cordectomias, cricotireoidostomia, traqueostomias, traqueoplastias, correções de

estenoses laríngeas ou traqueais;

9. Planejar e organizar a apresentação de casos clínicos para discussões médicas.

10. Analisar o diagnóstico, tratamento clínico e/ou cirúrgico e complicações das afecções

otorrinolaringológicas inflamatórias, infecciosas, estruturais e/ ou neoplásicas.

11. Desenvolver habilidade para comunicar e aconselhar pacientes/responsáveis sobre

indicação, contraindicação e complicações de procedimentos propostos no plano terapêutico.

12. Valorizar a necessidade de interconsultas com outros especialistas quando se fizer

necessário

13. Elaborar prontuário médico legível para cada paciente, contendo os dados clínicos

para a boa condução do caso, preenchido em cada avaliação em ordem cronológica, com data, hora,

assinatura e número de registro no Conselho Regional de Medicina e mantê-lo atualizado;

14. Realizar a prescrição do plano terapêutico, informado e aceito pelo paciente e/ou seu

responsável legal;

15. Elaborar e aplicar o termo de consentimento livre esclarecido de acordo com as

normas vigentes.

SEGUNDO ANO - R2

Ao Término do segundo ano:

1. Dominar os fundamentos em Otorrinolaringologia.

2. Dominar a anamnese e exame físico otorrinolaringológicos às diversas afecções

otorrinolaringológicas, envolvendo afecções da orelha externa, média e interna, nariz, seios paranasais,

faringe, laringe, traqueia, face, órbitas, base de crânio e pescoço.

3. Avaliar a anamnese e exame físico otorrinolaringológico para diagnosticar distúrbios do

sono e diagnósticos diferenciais de sonolência excessiva diurna;

4. Dominar o exame físico armado otorrinolaringológico (endoscopia nasal rígida e flexível,

faringolaringoscopia rígida e flexível, laringoestroboscopia, traqueoscopia, vídeo-endoscopia da

deglutição, vídeo-quimografia, vídeo-otoscopia, micro-otoscopia, vídeo-endoscopia do sono).

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5. Avaliar os exames complementares para a confirmação diagnóstica das diversas

afecções otorrinolaringológicas envolvendo afecções da orelha externa, média e interna, nariz, seios

paranasais, faringe, laringe, couro cabeludo, traqueia, face, órbitas, base de crânio e pescoço.

6. Avaliar e interpretar os exames complementares de diagnóstico de alergias e conhecer

a realização e interpretação de testes cutâneos de hipersensibilidade imediata;

7. Dominar a realização de exames de avaliação do equilíbrio corporal como oculografia,

testes vestibulares, posturografias.

8. Dominar a realização e análise de exames eletrofisiológicos relacionados ao VII e VIII

par, como otoemissões, potenciais evocados auditivos de tronco encefálico (PEATE), potenciais

evocados de média e longa latência, eletrococleografia, potencial evocado miogênico vestibular;

9. Demonstrar habilidade na indicação e interpretação de polissonografia, e compreender

as diferentes modalidades de monitorização do sono e teste de latências múltiplas do sono;

10. Analisar a indicação e realização de exercícios de reabilitação vestibular e de

reabilitação do nervo facial;

11. Avaliar as manifestações otológicas das doenças sistêmicas.

12. Dominar o diagnóstico, tratamento clínico e/ou cirúrgico e complicações das afecções

otorrinolaringológicas inflamatórias, infecciosas, estruturais e/ ou neoplásicas da orelha externa, média e

interna, nariz, seios paranasais, boca, faringe e laringe;

13. Dominar as técnicas cirúrgicas em cirurgias otorrinolaringológicas de pequeno e médio

porte ou complexidade: adenoidectomias, amigdalectomias, timpanotomias para tubo de ventilação,

cauterização de conchas inferiores, frenotomias, exérese de rânulas, colobomas, timpanoplastias,

septoplastias, turbinectomias, turbinoplastias, microcirurgias de laringe, traqueostomias, exéreses de

cistos cervicais, cirurgias de glândulas salivares, biópsia ou exérese de tumores, drenagens de

abscessos.

14. Planejar e realizar as técnicas cirúrgicas em cirurgias otorrinolaringológicas de grande

porte ou complexidade: reconstruções de cadeia ossicular, cirurgias do estribo, otoplastias,

meatoplastias, mastoidectomias, implantes de próteses de condução óssea, implantes cocleares,

cirurgias de nervo facial, cirurgias de ouvido congênito, temporalectomias, rinoplastias, sinusectomias,

cirurgias endoscópicas à base de crânio, dacriocistorrinostomias, acessos à órbita,

uvulopalatofaringoplastias, faringoplastias, palatoplastias, supraglotoplastias, aritenoidectomias,

tireoplastias, cordectomias endoscópica, traqueoplastias , correções de malformações e traumas.

15. Compreender as frontoplastias, ritidoplastias, blefaroplastias, frontoplastias,

tireoidectomias, reconstruções laringotraqueais, faringectomias, correções de estenoses laríngeas ou

traqueais, laringectomias, esvaziamentos cervicais, cirurgias de esqueleto facial, cirurgias ortognáticas

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16. Dominar o preparo pré-operatório e os cuidados pós-operatórios dos pacientes que

serão submetidos a cirurgias da orelha externa, média e interna, nariz, seios paranasais, boca, faringe,

laringe, traqueia, face, órbitas, base de crânio e pescoço, orientando adequadamente o paciente,

minimizando riscos e prevenindo complicações.

17. Analisar e avaliar publicações científicas, tendo capacidade de se atualizar em temas

específicos.

18. Administrar o tempo para equilibrar suas atividades educacionais e assistenciais

19. Reconhecer situações que necessitem de encaminhamento a outras especialidades

médicas.

20. Demonstrar cuidado, respeito na interação com os pacientes e familiares, valores

culturais, crenças e religião dos pacientes, oferecendo o melhor tratamento.

21. Valorizar o Sistema Único de Saúde, avaliando a estrutura e a regulação

22.Aplicar os conceitos fundamentais da ética médica;

23. Aplicar os aspectos médico-legais envolvidos no exercício da prática médica;

TERCEIRO ANO - R3

Ao Término do terceiro ano:

1. Dominar o conhecimento teórico-prático de Otorrinolaringologia avançada, tendo visão

global do paciente, avaliando pelas melhores opções terapêuticas.

2. Dominar a coordenação da equipe cirúrgica otorrinolaringológica durante o ato

operatório.

3. Dominar diagnósticos diferenciais para os distúrbios do sono e julgar a indicação e

utilização terapias clínicas e cirúrgicas incluindo aparelhos intra-orais e terapias de pressão positiva. Ter

capacidade de interagir com equipe multiprofissional e inter-profissional de Medicina do Sono.

4. Dominar a anamnese e exame físico otorrinolaringológico voltado para Foniatria,

dominar o diagnóstico e tratamento de distúrbios da linguagem, aprendizagem e comunicação, bem como

a indicação de terapias inter e multiprofissionais.

5. Dominar a anamnese e exame físico otorrinolaringológico voltado para cirurgia

craniomaxilofacial. Dominar o diagnóstico e tratamento, bem como a indicação de terapias

multidisciplinares e multiprofissionais.

6. Valorizar o trabalho em equipe multiprofissional;

7. Planejar e realizar a indicação e utilização de monitorização de pares cranianos em

cirurgias Otorrinolaringológicas.

8. Dominar a indicação e utilização de tecnologias em cirurgias otorrinolaringológicas,

como microdebridador, laser e radiofrequência.

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9. Dominar o diagnóstico e tratamento das complicações cirúrgicas intra e pós-operatórias

mais prevalentes na Otorrinolaringologia.

10. Dominar com maior grau de complexidade a técnica cirúrgica em cirurgias

otorrinolaringológicas de pequeno, médio e grande porte, como adenoidectomias, amigdalectomias,

timpanotomias para tubo de ventilação, cauterização de conchas inferiores, frenotomias, exérese de

rânulas, colobomas, timpanoplastias, reconstruções de cadeia ossicular, cirurgias do estribo, otoplastias,

meatoplastias, mastoidectomias, implantes de próteses de condução óssea, implantes cocleares,

cirurgias de nervo facial, cirurgias de ouvido congênito, temporalectomias, implantes cocleares,

septoplastias, turbinectomias, turbinoplastias, rinoplastias, sinusectomias, cirurgias endoscópicas à base

de crânio, dacriocistorrinostomias, acessos à órbita, uvulopalatofaringoplastias, faringoplastias,

palatoplastias, microcirurgias de laringe, supraglotoplastias, aritenoidectomias, tireoplastias,

cordectomias, traqueostomias, traqueoplastias, exéreses de cistos cervicais, cirurgias de glândulas

salivares, biópsias, correções de malformações, cirurgias de esqueleto facial e traumas;

11.Tomar decisões sob condições adversas, com controle emocional e equilíbrio,

aplicando liderança para minimizar eventuais complicações, mantendo consciência de suas limitações;

12.Demonstrar respeito, integridade e compromisso com os preceitos da ética médica;

13.Analisar os custos da prática médica e utilizá-los em benefício do paciente, valorizando

os padrões de excelência;

14. Valorizar a relação custo/benefício às boas práticas na indicação de medicamentos e

exames complementares e procedimentos cirúrgicos.

15. Planejar e realizar estudos científicos e artigos científicos para publicação.

ROSANA LEITE DE MELO

Secretária Executiva

WILMA ANSELMO LIMA

Presidente da ABORL-CCF

(Publicada no DOU nº 70, quinta-feira, 11 de abril de 2019, Seção 1, páginas 212/213)

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RESOLUÇÃO Nº 22, DE 8 DE ABRIL DE 2019

Aprova a matriz de competências dos Programas de

Residência Médica em Ortopedia e Traumatologia.

A COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA (CNRM), no uso das

atribuições que lhe conferem a Lei nº 6.932 de 07 de julho de 1981, o Decreto nº 7.562, de 15 de

setembro de 2011, e o Decreto 8.516, de 10 de setembro de 2015.

CONSIDERANDO a atribuição da CNRM de definir a matriz de competências para

a formação de especialistas na área de residência médica;

CONSIDERANDO a Resolução CNE/CP nº 3 de 18 de dezembro de 2002 que

define competência profissional como a "capacidade de mobilizar, articular e colocar em ação

conhecimentos, habilidades, atitudes e valores necessários para o desempenho eficiente e

eficaz de atividades requeridas pela natureza do trabalho e pelo desenvolvimento tecnológico";

CONSIDERANDO a Lei no 6.932/81, que estabelece a jornada semanal dos

Programas de Residência Médica, incluídas as atividades de plantão e teórico-práticas

CONSIDERANDO que o Programa de Residência Médica em Ortopedia e

Traumatologia possui duração de três anos, acesso direto, respeitando a carga horária semanal

conforme legislação vigente;

CONSIDERANDO decisão tomada pela plenária da CNRM na sessão plenária de

15 de maio de 2018 que aprovou a matriz de competências aos programas de residência médica

de Ortopedia e Traumatologia, resolve:

Art. 1º Fica aprovada a matriz de competências dos programas de residência

médica em Ortopedia e Traumatologia, na forma do anexo a esta Resolução.

Parágrafo único. É obrigatório o uso da matriz de competências para os programas

que se iniciarem a partir de 1º de março de 2020

Art. 2º Fica revogado o item 44 dos Requisitos Mínimos dos Programas de

Residência Médica da Resolução CNRM 2/2006, de 17 de maio de 2006.

Art. 3º Esta resolução entra em vigor em sua publicação.

MAURO LUIZ RABELO

Presidente da Comissão

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ANEXO

MATRIZ DE COMPETÊNCIAS: ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA

OBJETIVOS GERAIS

Formar e habilitar médicos nas competências específicas para o diagnóstico das

diferentes afecções musculoesqueléticas e de suas possíveis complicações, possibilitando a

aplicação do tratamento dessas alterações, o que inclui a capacitação para medidas de urgência

ao paciente traumatizado e para a utilização de condutas iniciais e definitivas.

Capacitar a prestar atendimento qualificado, integral e ético ao paciente na área de

Ortopedia e Traumatologia

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1. Analisar a história clínica, em particular à ortopedia e traumatologia;

2. Avaliar os diferentes sinais e sintomas apresentados pelo paciente para

identificar o diagnóstico;

3. Indicar, solicitar e avaliar exames complementares necessários ao diagnóstico

das afecções ortopédicas;

4. Indicar o tratamento ao diagnóstico mantendo o conceito de interdisciplinaridade

e integralidade do paciente;

5. Aplicar imobilizações provisórias ao tratamento inicial ou ao tratamento

conservador das afecções ortopédicas;

6. Realizar o manejo de urgência no paciente ortopédico:

Avaliar e categorizar a emergência ortopédica.

Executar a fase inicial da emergência médica.

Promover os primeiros auxílios para o suporte vital básico do paciente

politraumatizado.

Identificar complicações agudas produzidas por fraturas e luxações nas situações

de urgência e emergência.

7. Comunicar de forma humanizada a natureza e a gravidade da enfermidade ao

paciente e seus familiares;

8. Esclarecer e obter o consentimento do paciente e/ou familiares para a realização

de procedimentos ortopédicos;

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9. Planejar e executar as técnicas cirúrgicas ortopédicas nos diferentes graus de

complexidade, progressivamente, durante os três anos de treinamento em ortopedia e

traumatologia, prevendo e solucionando as possíveis complicações;

10. Aprimorar a relação médico-paciente e a integração com equipes

multiprofissional, zelando pela ética e pela boa convivência;

11. Desenvolver e participar de ações que auxiliem a população na prevenção de

afecções musculoesqueléticas;

12. Valorizar a responsabilidade do médico desenvolvendo senso crítico para

reconhecer limites do conhecimento e recorrer aos preceptores e ao supervisor do programa de

residência médica, objetivando a segurança e a integridade do paciente;

13. Desenvolver e manter práticas que propiciem a educação continuada e a

capacitação para construção de trabalhos científicos na especialidade, para apresentação e/ou

publicação, durante o período da residência médica.

Competências por ano de treinamento

Primeiro ano de treinamento: R1

Desenvolver e aprofundar os conhecimentos em anatomia, biomecânica e fisiologia

humana do sistema musculoesquelético, com ênfase na anatomia das vias de acesso cirúrgico

ortopédico e na semiologia ortopédica. Buscar o contato com a literatura ortopédica nacional e

internacional e com o estudo da metodologia científica. Iniciar e desenvolver os princípios para o

diagnóstico e o tratamento das afecções em traumatologia e medicina de urgência.

COMPETÊNCIAS AO TÉRMINO DO PRIMEIRO ANO

1. Dominar a realização da anamnese e o exame físico ortopédico; indicar e

interpretar os exames complementares;

2. Dominar o conhecimento de histologia, embriologia, fisiologia, consolidação de

fraturas, osteomielite hematogênica aguda, pioartrites, osteomielitessubaguda e crônica,

infecções específicas e não usuais;

3. Diagnosticar as principais urgências e emergências ortopédicas e manejar

inicialmente seu tratamento dentro do conceito do suporte avançado a vida do paciente;

4. Realizar manobras ortopédicas para a redução de fraturas e de luxações dentro

dos princípios da ética e integridade do paciente;

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5. Confeccionar e aplicar as diversas imobilizações provisórias e aparelhos

gessados, circulares e talas, para garantir o tratamento inicial na situação de urgência e

emergência;

6. Realizar as rotinas pré-operatórias garantindo a condução para uma cirurgia

segura;

7. Realizar os procedimentos para o seguimento do paciente ortopédico no pós-

operatório imediato e tardio;

8. Realizar procedimentos cirúrgicos de pequeno e médio porte sob supervisão

com aprendizado progressivo dos níveis de complexidade cirúrgica e auxiliar nos demais:

Compreender o planejamento cirúrgico e os exames complementares necessários

para o ato cirúrgico.

Acompanhar a indução anestésica.

Posicionar o paciente na mesa cirúrgica.

Realizar a assepsia do membro ou região a ser operada.

Paramentar-se e montar a mesa auxiliar e instrumentar, observando os tempos

operatórios.

Executar medidas, gerais e ortopédicas, pós-operatórias imediatas inerentes ao ato

operatório.

9. Dominar o diagnóstico e tratamento dos agravos de saúde que envolvam os

seguintes procedimentos ortopédicos: amputação de membros, princípios de osteossíntese,

fraturas de clavícula e escápula, luxação acromioclavicular e glenoumeral, instabilidade

glenoumeral, lesões de nervos periféricos, do plexo braquial, fraturas proximais do úmero,

fraturas diafisárias do úmero, fraturas distais do úmero e luxações do cotovelo, fraturas da

cabeça do rádio e olécrano, fraturas supracondilianas do úmero em crianças, demais fraturas do

cotovelo na criança, fraturas dos ossos do antebraço, fraturas distais do rádio no adulto, fraturas

do punho na criança, fraturas do escafóide e ossos do carpo, instabilidade cárpica, fraturas da

mão, luxações da mão, lesões dos tendões flexores e extensores do punho e da mão;

10. Dominar o diagnóstico e manejo das seguintes afecções: fraturas expostas,

processos infecciosos que envolvam o sistema musculoesquelético (osteomielite hematogênica

aguda, pioartrites, osteomielites subaguda e crônica, infecções específicas e não usuais),

fraturas que ocorram associadas ou não a politraumas,traumatismo raquimedular, fraturas e

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luxações da coluna vertebral (cervical, tóraco-lombar e sacral), do anel pélvico, fraturas do

acetábulo, fraturas e luxações do quadril, fraturas proximais do fêmur no adulto, no idoso e na

criança, fratura da diáfise do fêmur, lesões ligamentares do joelho, lesões meniscais, lesões do

aparelho extensor do joelho, luxações do joelho, fraturas distais do fêmur e da patela, fraturas e

lesões ligamentares do joelho, lesões meniscais,lesões do aparelho extensor do joelho, luxações

do joelho, fraturas distais do femur e da patela, fraturas do planalto tibial, fraturas dos ossos da

perna, fraturas e luxações do tornozelo no adulto, fraturas do tornozelo em crianças, entorses do

tornozelo, fraturas do calcâneo, fraturas do tálus e de outros ossos do tarso,lesões da articulação

de Lisfranc, fraturas do antepé, lesões osteocondrais, lesões da unidade músculo-tendínea;

11. Atender as interconsultas de outras especialidades e assistir aos profissionais

de outras áreas em visita médica ao paciente ortopédico;

12. Valorizar os princípios da ética médica;

13. Analisar os custos da prática médica e utilizá-los em benefício do paciente,

valorizando os padrões de excelência;

14. Valorizar a relação custo/benefício às boas práticas na indicação de

medicamentos e exames complementares;

15. Demonstrar cuidado, respeito na interação com os pacientes e

familiares,valores culturais, crenças e religião dos pacientes, oferecendo o melhor tratamento.

16. Elaborar prontuário médico legível para cada paciente, contendo os dados

clínicos para a boa condução do caso, preenchido em cada avaliação em ordem cronológica,

com data, hora, assinatura e número de registro no Conselho Regional de Medicina e mantê-lo

atualizado;

17. Realizar a prescrição do plano terapêutico, informado e aceito pelo paciente

e/ou seu responsável legal;

18. Elaborar e aplicar o termo de consentimento livre esclarecido de acordo com as

normas vigentes.

Segundo ano de treinamento: R2

Dar continuidade ao treinamento das competências desenvolvidas no primeiro ano,

estimulando a aplicação do raciocínio diagnóstico e elaboração de propostas terapêuticas para

as afecções do sistema musculoesquelético, incluindo as doenças ortopédicas e as relacionadas

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a reumatologia, neurologia, cirurgia vascular, malformações congênitas e deformidades

adquiridas.

COMPETÊNCIAS AO TÉRMINO DO SEGUNDO ANO

1. Dominar a realização do preparo pré-operatório e o seguimento pós-operatório

imediato e tardio dos pacientes com afecções ortopédicas;

2. Dominar a realização de procedimentos cirúrgicos ortopédicos de pequeno e

médio porte e auxiliar os preceptores e supervisores nos procedimentos considerados de grande

porte, seguindo as premissas recomendadas desde o início do treinamento;

3. Executar e auxiliar cirurgias traumatológicas de urgência de porte variado

auxiliando os preceptores na orientação aos residentes de primeiro ano;

4. Avaliar as deformidades congênitas dos membros superiores e inferiores, os

distúrbios congênitos da osteogênese, os distúrbios metabólicos e endocrinológicos;

5. Avaliar as osteocondrites, as osteocondroses, as doenças reumáticas,

hemofilias e hemopatias;

6. Avaliar as lesões pseudotumorais, os tumores ósseos benignos, malignos

primários e secundários (metastáticos);

7. Dominar a realização do exame físico e a biomecânica do membro superior, do

membro inferior e do eixo axial;

8. Dominar o conhecimento da biomecânica dos materiais de síntese óssea,

órteses e próteses;

9. Dominar o diagnóstico e o tratamento das displasias do desenvolvimento do

quadril, doença de Legg-Calvé-Perthes, epifisiolise femoral proximal, necrose asséptica da

cabeça femoral e osteoartroses;

10. Dominar a indicação e a técnica cirúrgica para as osteotomias no quadril e para

as artroplastias primárias;

11. Avaliar o diagnóstico e o manejo das patologias neuromusculares e distrofias

musculares, artrogripose, mielomeningocele, paralisia infantil e paralisia cerebral;

12. Dominar o diagnóstico e o tratamento das deformidades angulares e

rotacionais dos membros inferiores;

13. Dominar o diagnóstico e o tratamento da lombalgia (adultos e crianças), psoíte

e discite, espondilolistese, diastematomielia e seringomielia, escoliose idiopática e congênita,

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cifose (Scheuermann e congênitas), hérnias discais (cervical, toracica e lombar), cervico-

braquialgias, síndrome do desfiladeiro torácico, estenose do canal medular (cervical e lombar) e

mielopatias;

14. Dominar o diagnóstico e o manejo do pé equinovaro congênito, pé plano

flexível, pé talus e calcâneo valgo, talalgias e metatarsalgias, hallux valgus, hallux rígido e pé

metatarso varo, pé cavo e deformidades dos dedos, pé neuropático e diabético, lesões

esportivas do tornozelo e pé e calçados esportivos;

15. Dominar o diagnóstico e tratamento de lesões ligamentares crônicas do joelho,

patologia femuropatelar, osteoartrose e osteonecrose do joelho;

16. Dominar o diagnóstico e o tratamento da lesão dos ligamentos e meniscos do

joelho, menisco discóide e cisto poplíteo;

17. Dominar o diagnóstico e o tratamento da síndrome de impacto e das lesões do

manguito rotador, ombro congelado, tendinite calcária do bíceps, instabilidade do ombro e

sequelas de paralisia do plexo braquial;

18. Dominar o diagnóstico e tratamento das epicondilites, síndromes compressivas

dos nervos periféricos dos membros superiores;

19. Avaliar o diagnóstico e tratamento de afecções do punho e da mão, como

cistos sinoviais, doença de Kienböck, doença de Dupuytren, tenossinovites do punho e

rizartrose;

20. Dominar a técnica cirúrgica para artrodeses de pequenas e grandes

articulações;

21. Dominar a técnica cirúrgica para a redução e fixação das fraturas dos membros

superiores e dos membros inferiores;

22. Dominar a técnica cirúrgica para o tratamento emergencial dos

politraumatizados com lesões ortopédicas;

23. Discutir exames complementares e acompanhar inter-consultas, auxiliando nas

ações médicas gerais e ortopédicas, observando, registrando os resultados do tratamento e

sugerindo mudanças de conduta que visem o bem-estar geral dos pacientes;

24. Preparar e apresentar casos clínicos para discussões com os pares e

preceptores incluindo a pesquisa científica para colaborar com a condução ortopédica do

paciente;

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25. Orientar e apoiar os médicos em treinamento do primeiro ano dentro dos

princípios da cordialidade e bom convívio;

26. Participar da prescrição e elaboração de órteses e de programas para a

reabilitação dos pacientes ortopédicos

27. Demonstrar cuidado, respeito na interação com os pacientes e familiares,

respeitando valores culturais, crenças e religião dos pacientes, oferecendo o melhor tratamento;

28. Aplicar os conceitos fundamentais da ética médica;

29. Aplicar os aspectos médico-legais envolvidos no exercício da prática médica;

30. Obter o consentimento livre e esclarecido do paciente ou familiar em caso de

impossibilidade do paciente, após explicação simples, em linguagem apropriada para o

entendimento sobre os procedimentos a serem realizados, suas indicações e complicações;

31. Desenvolver e aprimorar conhecimentos relacionados aos Direitos Humanos,

às regras da Bioética e da Responsabilidade Médica Civil e Criminal e ao Código de Ética

Médica.

32. Demonstrar respeito, integridade e compromisso com os preceitos da ética

médica;

33. Analisar os custos da prática médica e utilizá-los em benefício do paciente,

valorizando os padrões de excelência;

34. Valorizar a relação custo/benefício às boas práticas na indicação de

medicamentos e exames complementares;

Terceiro ano de treinamento: R3

Consolidação do conhecimento global adquirido nos anos anteriores e

aprofundamento nas afecções específicas dos segmentos, orientados pelos grupos das

seguintes áreas de conhecimento: Coluna, Quadril, Joelho, Pé e Tornozelo, Ombro e Cotovelo,

Cirurgia da Mão, Dor, Tumores, Ortopedia Pediátrica, Osteometabólicas, Trauma, Reconstrução

de Membros, Fixadores Externos e Artroscopia.

COMPETÊNCIAS AO TÉRMINO DO TERCEIRO ANO

1. Analisar os princípios de biomecânica geral, marcha normal e patológica e

desenvolvimento postural;

2. Realizar os atos operatórios de alta complexidade ou auxiliar na realização dos

mesmos;

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3. Dominar os princípios para o tratamento das fraturas fechadas, expostas,

descolamentos epifisários, complicações de fraturas e pseudoartroses, com utilização de

fixadores externos e outras sínteses necessárias, cobertura cutânea e amputações de membros;

4. Dominar o diagnóstico e tratamento no trauma esportivo, lesões musculo-

tendineas, entorses, fraturas por estresse e tendinites relacionadas, além de avaliar a

reabilitação e o retorno à atividade;

5. Dominar as técnicas cirúrgicas de reconstrução intra e extra-articular dos

ligamentos do joelho; menisco discoide, meniscorrafia, cisto poplíteo e osteotomias,

compreendendo os princípios de artroscopia, instrumentais utilizados e incluindo o manejo da

artroscopia nas diversas articulações;

6. Avaliar e manejar o tratamento dos agravos da saúde na infância relacionados a

ortopedia pediátrica, dominando o diagnóstico e o tratamento das principais doenças do

desenvolvimento musculoesquelético;

7. Diagnosticar, avaliar e manejar a marcha normal e patológica, paralisia infantil e

cerebral, trauma infantil, alterações do desenvolvimento neuro-postural, miopatias e neuropatias;

8. Avaliar e manejar o tratamento das lesões tumorais, pseudotumorais e

neoplasias malignas;

9. Dominar o diagnóstico e o tratamento da necrose asséptica da cabeça femoral e

das osteoartroses, bem como o domínio técnico das osteotomias e das artroplastias do quadril,

primária e de revisão;

10. Dominar o diagnóstico e o tratamento das doenças congênitas, posturais e

degenerativas da coluna;

11. Dominar o diagnóstico e o tratamento das afecções do ombro e do cotovelo e

avaliar a técnica cirúrgica das artroplastias de ombro;

12. Dominar as técnicas de fixadores externos nas pseudoartroses, infecções,

deformidades congênitas e discrepâncias dos membros inferiores;

13. Dominar o diagnóstico e o tratamento das alterações ortopédicas no joelho,

como, patologias periarticulares, lesões meniscais, condrais e ligamentares do joelho, afecções

fêmoropatelares, osteoartrose e osteonecrose e dominar a técnica cirúrgica das osteotomias e

artroplastias do joelho;

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14. Acompanhar a curto, médio e longo prazo os pacientes a seus cuidados

responsabilizando-se pelas condutas e atentando-se as possíveis complicações, sempre se

reportando e recebendo orientações dos preceptores e supervisor do programa;

15. Supervisionar e auxiliar os preceptores nas atividades dos demais residentes;

16. Participar de equipes multiprofissionais em atendimentos em geral, respeitando

os cuidados éticos e a integridade do paciente;

17. Tomar decisões sob condições adversas, com controle emocional e equilíbrio,

aplicando liderança para minimizar eventuais complicações, mantendo consciência de suas

limitações;

18. Produzir um artigo científico, utilizando o método de investigação adequado e

apresentá-lo em congresso médico ou publicar em revista científica ou apresentar publicamente

em forma de monografia.

ROSANA LEITE DE MELO

Secretária Executiva da Comissão

PATRÍCIA M. DE MORAES BARROS FUCS

Presidente da SBOT

(Publicada no DOU nº 70, quinta-feira, 11 de abril de 2019, Seção 1, páginas 213/214)