marketing para cooperativas - unisalesiano · the marketing strategies should base on the analysis...
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UNISALESIANO
Centro Universitrio Catlico Salesiano Auxilium
Curso de Administrao
Grasyela de Cssia dos Reis
Monique Gargaro dos Santos
Raquel Aparecida Gonalves
Tatiane Aparecida Colognesi
MARKETING PARA COOPERATIVAS CAMDA Cooperativa Agrcola Mista de
Adamantina Lins - SP
LINS SP
2008
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GRASYELA DE CSSIA DOS REIS
MONIQUE GARGARO DOS SANTOS
RAQUEL APARECIDA GONALVES
TATIANE APARECIDA COLOGNESI
MARKETING PARA COOPERATIVAS
LINS SP
2008
Trabalho de concluso de curso apresentado banca examinadora do Centro Universitrio Catlico Salesiano Auxilium, curso de Administrao, sob orientao da Prof Esp. Jovira Maria Sarraceni e orientao tcnica da Prof M. Sc. Heloisa Helena Rovery da Silva.
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Reis, Grasyela de Cssia; Santos, Monique Gargaro; Gonalves, Raquel Aparecida; Colognesi, Tatiane Aparecida
Marketing para cooperativa: Camda Cooperativa Agrcola Mista/ Grasyela de Cssia dos Reis; Monique Gargaro dos Santos; Raquel Aparecida Gonalves; Tatiane Aparecida Colognesi.
Lins, 2008. 91p. il. 31cm.
Monografia apresentada ao Centro Universitrio Catlico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO, Lins
SP, para graduao em Administrao, 2008
Orientadores: Jovira Maria Sarraceni; Heloisa Helena Rovery da Silva
1. Cooperativa Agropecuria. 2. Estratgia de Marketing. 3. Ferramenta Estratgica. 4. Mercado Cooperativista. I Ttulo.
CDU 658
R31m
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GRASYELA DE CSSIA DOS REIS
MONIQUE GARGARO DOS SANTOS
RAQUEL APARECIDA GONALVES
TATIANE APARECIDA COLOGNESI
MARKETING PARA COOOPERATIVAS
Monografia apresentada ao Centro Universitrio Catlico Salesiano Auxilium,
para obteno do ttulo de Bacharel em Administrao.
Aprovada em: _____/______/_____
Banca Examinadora:
Prof Orientadora: Jovira Maria Sarraceni
Titulao: Especialista em Gesto de Negcios pelo Instituto Toledo de Ensino,
Araatuba - SP.
Assinatura: ______________________________________________________
1 Prof(a): ______________________________________________________
Titulao: _______________________________________________________
_______________________________________________________________
Assinatura:_________________________________
2 Prof(a): ______________________________________________________
Titulao: _______________________________________________________
_______________________________________________________________
Assinatura:_________________________________
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DEDICATRIAS
A Deus quando, algumas vezes, sentindo-me desacreditada e perdida nos meus objetivos, ideais ou minha pessoa, me deu foras e coragem para prosseguir.
Aos meus pais Maria Tereza dos Santos Reis e Joo Antnio dos Reis, alicerces da minha grande conquista, que no decorrer da minha vida, proporcionaram-me, alm de extenso carinho e amor, os conhecimentos da integridade, da perseverana e de procurar sempre em Deus a fora maior para o meu desenvolvimento como ser humano.
Aos meus irmos Marcos e Marcelo por caminharem sempre ao meu lado.
Ao meu sobrinho Vinicius pelo amor e admirao.
Aos meus amigos, que de alguma maneira participaram da construo e realizao deste to desejado sonho.
Obrigada por fazerem parte da minha vida, dividindo comigo momentos bons e momentos ruins, pois desses momentos que tiro as lies de vida e otimismo que preciso, por essa razo, dedico a vocs minha imensa gratido e sempre amor.
Grasyela Reis
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A Deus, por me dar foras, sabedoria e pacincia ao longo dessa
jornada...
A todos do Unisalesiano e Professores por me acolherem to bem e
acreditarem em meu sonho... Obrigada...
Ao meu pai, Euclides, que sempre me ensinou os melhores caminhos
a serem trilhados, um heri, em quem sempre pude confiar, minha eterna
gratido...
A minha me, Ivani, obrigada por tudo, pois sempre esteve ao meu
lado nas horas boas e ruins, uma bno em minha vida; sem voc eu no
seria ningum. Amo voc me...
A minha irm, Milena: voc um presente de Deus em minha vida
mesmo sendo mais nova, sempre esteve ao meu lado e me incentivando
para que eu realizasse todos os meus sonhos.... valeu Mi....
Aos meus avs, avs, tios, tias, primos, primas, amigos e amigas por
sempre estarem ao meu lado, me compreenderem em tudo e saberem o
quanto isso era muito importante para mim...
Ao meu grupo de TCC;; no tenho nem palavras para agradecer a
compreenso de todas vocs, meninas. Obrigada Tati, Grasy, Raquel.
Monique
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Dedico minha me e ao meu padrasto pelos esforos que
fizeram para que eu chegasse at aqui. Ao meu pai que hoje no
est mais presente entre ns, mas de onde quer que esteja est
orgulhoso de mim.
Ao meu esposo que sempre me incentivou e me deu foras para
que eu continuasse. Ana Jlia, meu maior presente de Deus.
minha irm e minha equipe de monografia, que muito me
apoiou, compreendeu e ajudou.
Raquel
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Dedico meus esforos minha me Lourdes A. Gerola
Colognesi e ao meu pai Alcides Colognesi, que foram responsveis pelo inicio de minha vida e da minha verdadeira jornada. Meus pais so as jias preciosas da minha vida, que me iluminam com sua existncia.
Ao grande amor da minha vida, Marco Antonio, que me acompanhou durante esse curso, suportando minha ausncia e simplesmente me apoiando com amor, sem medir esforos para me ver feliz; dedico esta vitria a voc, que sempre foi minha inspirao.
A minha irm... Telma: voc uma pessoa maravilhosa, que alegra minha vida com o brilho dos teus olhos.
Aos meus irmos Jader e Alex.
Aos meus preciosos amigos Ana Helena, Bruno, Cibele, Flvia e Valquria, pelo apoio, compreenso, amor e por partilharem com generosidade sua sabedoria.
Aos extraordinrios seres humanos que formam a equipe de mestres e professores do Centro Universitrio Catlico Auxilium, em especial aos Professores: Heloisa Helena Rovery da Silva, I rso Tfoli, Jovira Maria Sarraceni e Marcos Alves Angotti.
Deus: Obrigada pelo Dom da vida, pela inteligncia e oportunidade
concebida.
Tatiane Aparecida Colognesi
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AGRADECIMENTOS
A Deus, por abenoar-nos em mais uma etapa de nossas vidas, dando-nos a fora que precisvamos para elaborar esse projeto, pois sem o apoio divino, no seriamos capazes de superar tantos obstculos que surgiram na passagem deste momento.
A todos os Professores, representados por nossa orientadora Jovira, que nos ensinaram muitas coisas, pela competncia, dedicao e empenho em doar seus ensinamentos. Lutamos muito para alcanar este momento e agora concludo o trabalho, agradecemos a todos; vocs foram essenciais para a realizao deste projeto.
A nossa Famlia, pelos momentos em que estivemos ausentes, pela compreenso e amor dedicado, por sempre estarem ao nosso lado, nos fortalecendo e passando a certeza de que iramos vencer.
A Turma do 8 A de 2008, pelo companheirismo, cooperao, pacincia, por deixar mais agradvel nossas aulas aps cansativos dias de trabalho, temos a certeza que construmos slidas amizades.
Ao Unisalesiano, a todos os funcionrios que, de alguma maneira, contriburam para o nosso crescimento e desenvolvimento.
Cooperativa Camda, pelo apoio e empenho no desenvolvimento deste trabalho e pela contribuio para o nosso fortalecimento profissional.
equipe da monografia, um agradecimento recproco entre as quatro integrantes.
Grasyela Monique
Raquel Tatiane
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RESUMO
O mercado agrcola tem crescido consideravelmente nos ltimos anos e, dessa forma, passou a ocupar um lugar de destaque no meio cooperativista. Com esse crescimento, o marketing passou a ser visto como ferramenta estratgica essencial e um diferencial que pode viabilizar o melhor caminho entre uma cooperativa agropecuria e a venda direta de seus produtos e servios para o produtor rural. Para uma cooperativa agrcola, as estratgias de marketing devem ser baseadas na anlise do gerenciamento especializado de oportunidades e ameaas, para que tudo ocorra de forma eficiente e eficaz. Dentro da cooperativa, para que um trabalho se desenvolva com sucesso, so necessrios: acompanhamento, planejamento, criao, execuo de campanhas, anncios, divulgao de matrias tcnicas, informativos e revistas especializadas. A cooperativa agrcola mista de Adamantina participa de projetos scio-ambientais, onde a ateno est diretamente voltada para a qualidade de vida dos associados, cooperados e funcionrios, paralelo aos projetos desenvolvidos pela cooperativa, que beneficiam o pblico interno e tambm a comunidade, contando com o apoio de empresas fornecedoras. As cooperativas, em geral, necessitam de boa comunicao para atender seu pblico e fortalecimento de laos de amizade e credibilidade com seus cooperados e associados se pretendem continuar no mercado com um bom nvel de competitividade. Assim, torna-se imprescindvel a implantao de estratgias de marketing voltadas para cooperativas, em especial, cooperativas agrcolas. O objetivo da pesquisa foi demonstrar a importncia das estratgias de marketing para a cooperativa perante o cenrio atual. A cooperativa Camda, utilizada como ferramenta estratgica as anlises dos documentos contbeis e, atravs dos resultados obtidos por este meio, busca alavancar, cada vez mais, o ramo cooperativista agropecurio, traduzindo seu esforo e investimento na melhor relao custo-benefcio.
Palavras-chave: Cooperativa agropecuria. Estratgias de marketing. Ferramenta estratgica. Mercado cooperativista.
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ABSTRACT
The agricultural market has been growing considerably in the last years and it has occupied a preferential place in the cooperative environment. Due to that growth, the marketing has been noting as an essential and differential strategic tool which can make possible the best choice between an agricultural cooperative and the direct sale of their products and services for the rural producer. The marketing strategies should base on the analysis of the specialized administration of opportunities and threats for an efficient and effective agricultural cooperative. The attendance, planning, creation, execution of campaigns, advertisements, technical matters divulgation, brochures and specialized magazines are necessary in a successful cooperative. The mixed agricultural cooperative in Adamantina participates in socio-environmental projects, and the attention is directly geared toward the partners and employees quality of life, in parallel to the projects developed by the cooperative that benefit its own public and the community and it is assisted by suppliers companies. The cooperatives need to good communication to serve their public and fortification of friendship and credibility links with their partners if they want to be in the market with an excellent level of competitiveness. It is essential the marketing strategies implantation, which are directed to cooperatives, in particular, agricultural cooperatives. The purpose of this search was to demonstrate the importance of the marketing strategies for cooperative before the current scenario. Camda Cooperative, which was used as strategic tool to the accounting documents analyses and through the results obtained by this work, hopes to increase more and more the agricultural cooperative branch and translates its effort and investment in a best cost-benefit relationship.
Keywords: Agricultural Cooperative. Marketing Strategies. Strategic Tool. Cooperative Market.
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Mercado alvo, produto, preo, promoo, praa ............................. 29
Figura 2: Primeira Cooperativa Camda ........................................................... 40
Figura 3: Matriz Adamantina SP...................................................................... 41
Figura 4: Filial Camda Lins SP ........................................................................ 42
Figura 5: Silos da cooperativa Andradina SP.................................................. 44
Figura 6: Silos da cooperativa Lavnia SP....................................................... 44
Figura 7: Campo experimental......................................................................... 45
Figura 8: Fbrica Andradina. ........................................................................... 45
Figura 9: Eventos realizados ........................................................................... 46
Figura 10: Eventos Sipat.................................................................................. 46
Figura 11: Eventos realizados ......................................................................... 47
Figura 12: Programa lave e devolva................................................................ 48
Figura 13: Programa escola no campo............................................................ 50
Figura 14: Equipamentos de proteo individual ............................................ 51
Figura 15: Segurana sade no campo.......................................................... 51
Figura 16: Crianas no projeto Du Pont na escola.......................................... 51
Figura 17: Evento Camda x Intervert............................................................... 56
Figura 18: Departamento de comunicao, contabilidade, recursos humanos 57
Figura 19: Stand da Camda, na feira Expo-Verde. ......................................... 60
Figura 20: Jornal informativo da cooperativa Camda, novembro 2008 .......... 61
LISTA DE QUADROS
Quadro 1: Smbolos do cooperativismo........................................................... 10
Quadro 2 : Diferena entre sociedade cooperativa e sociedade mercantil..... 14
Quadro 3: Estabelecimentos da cooperativa................................................... 42
Quadro 4: Filiais da cooperativa ...................................................................... 43
Quadro 5: Filial Lins, cidades e quantidade de cooperados .......................... 56
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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
Camda Cooperativa agrcola mista de Adamantina
EPI
Equipamentos de proteo individual
ERP Planejamento de recursos empresariais
Iama Instituto de assistncia ao menor de Adamantina
Minercamda
Minerais camda
OCESP
Organizao das cooperativas do estado de So Paulo
OCB
Organizao das cooperativas brasileiras
SIPAT Semana de integrao e proteo ao trabalhador
4 P S Produto, promoo, preo, praa
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SUMRIO
INTRODUO................................................................................................. 8
CAPTULO I COOPERATIVISMO ............................................................... 10
1 HISTRIA DO COOPERATIVISMO..................................................... 10
1.1 Cooperativismo brasileiro...................................................................... 12
1.2 Cooperativa ........................................................................................... 12
1.2.1 Principais diferenas entre as cooperativas e as empresas tradicionais 13
1.3 Como constituir uma cooperativa.......................................................... 14
1.3.1 Estatuto Social ...................................................................................... 15
1.3.2 Capital social ......................................................................................... 16
1.3.3 Taxas..................................................................................................... 16
1.3.4 Destinao das Sobras e Perdas.......................................................... 17
1.3.5 Fundos................................................................................................... 17
1.4 Princpios do cooperativismo ................................................................ 17
1.4.1 Adeso Livre e voluntria...................................................................... 18
1.4.2 Gesto e controle democrtico dos scios ........................................... 18
1.4.3 Participao econmica dos scios...................................................... 18
1.4.4 Autonomia e independncia.................................................................. 19
1.4.5 Educao, formao e informao ....................................................... 19
1.4.6 Cooperao entre cooperativas. ........................................................... 19
1.4.7 Interesse pela comunidade ................................................................... 20
1.5 Direitos .................................................................................................. 20
1.6 Obrigaes ............................................................................................ 21
1.7 Consideraes sobre aspectos econmicos, administrativos e tcnicos21
1.8 Tipos de cooperativas ........................................................................... 22
1.8.1 Cooperativa agrcola. ............................................................................ 24
1.8.2 As cooperativas no cenrio nacional .................................................... 25
CAPTULO II - ESTRATGIAS DEMARKETING PARA COOPERATIVAS . 27
2 ESTRATGIAS DE MARKETING PARA COOPERATIVAS .............. 27
2.1 Gesto de marketing em cooperativas ................................................. 30
2.2 Conjunto de princpios fundamentais do marketing empresarial.......... 31
2.3 Estratgias de marketing na rea de venda ......................................... 32
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2.3.1 Introduo ao planejamento estratgico.............................................. 33
2.3.2 Conceituao bsica............................................................................. 34
2.3.3 Caractersticas que definem o comportamento no ato da compra....... 34
2.3.4 Nveis de deciso .................................................................................. 35
2.3.5 Tipos de planos, estratgico, ttico,operacional................................... 35
2.3.6 Conceitos de estratgia empresarial .................................................... 36
2.3.7 Anlise ambiental pontos fortes e fracos .............................................. 36
2.3.8 Recursos empresariais.......................................................................... 37
2.3.9 Anlise ambiental externa..................................................................... 37
2.3.10 Ameaas e oportunidades ................................................................... 38
2.3.11 Estratgias genricas........................................................................... 38
2.3.12 Vantagem competitiva.......................................................................... 38
2.3.13 Grupos estratgicos ............................................................................. 39
2.3.14 Alianas estratgicas ........................................................................... 39
CAPTULO III CAMDA- COOPERATIVA AGRICOLA MISTA DE
ADAMANTINA................................................................................................. 40
3 A COOPERATIVA CAMDA.................................................................. 40
3.1 Projetos ................................................................................................. 47
3.1.1 Programa lave e devolva ..................................................................... 47
3.1.2 Programa Adamantina recicla............................................................... 49
3.1.3 Programa escola no campo .................................................................. 49
3.1.4 Programa agricultor nota 10.................................................................. 50
3.1.5 Programa segurana e sade no campo com nfase no uso de EPI .. 50
3.1.6 Projeto horta familiar ............................................................................. 51
3.1.7 Jogo de futebol beneficente .................................................................. 52
3.1.8 Projeto dia nacional do campo limpo .................................................... 52
CAPTULO IV- ESTRATGIAS DE MARKETING NA COOPERATIVA
CAMDA............................................................................................................ 54
4 INTRODUO A PESQUISA............................................................... 54
4.1 Mtodos do estudo de caso... ............................................................... 54
4.2 Tcnicas... ............................................................................................. 54
4.3 Roteiros sobre estratgias de marketing para a cooperativa Camda... 55
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4.4 Estratgias de Marketing da cooperativa Camda................................. 57
4.5 Importncia dos projetos sociais e scio ambientais............................ 59
4.6 Informativos Agrcolas........................................................................... 60
4.7 Discusso............................................................................................. 61
4.8 Parecer final .......................................................................................... 62
PROPOSTA DE INTERVENO ................................................................... 63
CONCLUSO.................................................................................................. 64
REFERNCIAS ............................................................................................... 65
APNDICES .................................................................................................... 69
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INTRODUO
Diante das dificuldades scio-econmicas atuais muitos produtores tm
encontrado como opes um segmento chamado cooperativismo. O termo
deriva-se de cooperativa, que uma associao autnoma de pessoas que se
unem, voluntariamente, para satisfazer aspiraes e necessidades
econmicas, sociais e culturais comuns, por meio de uma empresa de
propriedade coletiva e democraticamente administrada.
Trata-se de um ramo que cresce ano aps ano. Assim o marketing
passou a ser visto como uma ferramenta estratgica essencial e fundamental
para as cooperativas que pretendem se destacar no mercado em que atuam.
Para aplicar o marketing dentro de uma cooperativa preciso que a
mesma esteja envolvida no processo como um todo, no basta apenas
satisfazer os membros j existentes; preciso conquistar novos cooperados.
O presente trabalho pretende analisar as estratgias de marketing, bem
como as aes dos cooperados da cooperativa Camda. Atravs dessa anlise,
novas tcnicas e mtodos sero planejados de acordo com a sua real
necessidade.
Diante do exposto surge a seguinte pergunta problema:
possvel o desenvolvimento de projetos para a captao de novos
cooperados e associados utilizando as estratgias de Marketing em
organizaes cooperativistas?
Os mtodos utilizados foram:
Mtodo de Estudo de Caso realizado na cooperativa Camda, analisando
aspectos voltados para as estratgias de marketing para a captao de novos
cooperados.
Mtodos de Observao Sistemtica observando e analisando todos os
mtodos que envolvem estratgias de marketing da cooperativa Camda, como
suporte para o desenvolvimento do estudo de caso.
As Tcnicas utilizadas foram:
Roteiro de observao sistemtica (Apndice A)
Roteiro Histrico da cooperativa Camda (Apndice B)
Roteiro de entrevista para o gerente da cooperativa (Apndice C)
Roteiro de entrevista para os cooperados e associados (Apndice D)
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Roteiro de entrevista para o funcionrio de comunicao (Apndice E)
O conceito de cooperativismo e de marketing para as cooperativas e
funo de captao de novos cooperados foi o pressuposto tcnico que
direcionou este trabalho, que est estruturado da seguinte maneira:
O captulo I - descreve o que cooperativismo e seus conceitos;
O captulo II - aborda o assunto marketing para cooperativas;
O captulo III - apresenta a empresa desde a sua fundao ate os dias
atuais;
O captulo IV - apresenta os dados da pesquisa e suas consideraes
finais.
A proposta de interveno e a concluso encerram o trabalho.
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CAPTULO I
COOPERATIVISMO
1 HISTRIA DO COOPERATIVISMO
A expresso cooperativismo advm da palavra cooperao, originada do
latim cooperari, que significa operar conjuntamente.
Smbolos do Cooperativismo
Cada smbolo no emblema do Cooperativismo tem um significado especial. Um crculo abraando dois pinheiros indica unio do movimento, a imortalidade de seus princpios, a fecundidade de seus ideais e a vitalidade de seus adeptos. Tudo isso marcado pela trajetria ascendente dos pinheiros que, unidos, so muito mais fortes.
Pinheiro - Simboliza a imortalidade e a fecundidade, por sobreviver em terras menos frteis e multiplicar-se facilmente. Os pinheiros unidos so mais resistentes e ressaltam a fora e a capacidade de expanso.
Crculo - Por no ter comeo nem fim, representa a eternidade. Cor Verde:
Remete ao princpio vital da natureza, alm da necessidade de manter o equilbrio com o meio ambiente.
Cor Amarela - O amarelo ouro simboliza o sol, fonte de energia e calor.
Fonte: Angotti, 2002, p.14 Quadro 1- Smbolos do Cooperativismo
O cooperativismo um motivo internacional, que busca constituir uma
sociedade justa, livre e fraterna, com bases democrticas, atravs de
empreendimentos que atendam as necessidades reais dos cooperados.
O esprito de cooperao; de unio, desde as sociedades mais
primitivas, justifica-se por necessidade e oportunidade de ajuda mtua.
O cooperativismo representa a unio entre pessoas voltadas para um
nico objetivo. Atravs da cooperao, busca-se satisfazer as necessidades
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humanas e resolver os problemas comuns, tendo como finalidade maior o
benefcio do homem, no o lucro. Uma organizao dessa natureza
caracteriza-se por ser dirigida de forma democrtica e participativa, de acordo
com aquilo que pretendem seus associados. Seu surgimento deu-se em
conseqncia da Revoluo Industrial.
Atrados pelas novas fbricas, os agricultores e trabalhadores deixaram
o campo e foram para a cidade em busca de melhores condies de vida, o
que resultou em excesso de mo-de-obra. Isso obrigou muitas pessoas a se
submeteram s ocupaes subalternas, jornadas de trabalho absurdas e
salrios miserveis. Inclusive mulheres e crianas passaram a ingressar no
mercado de trabalho em condies abusivas e desumanas (ANGOTTI, 2002)
Assim, em fins do sculo XVIII surgem as primeiras manifestaes do
cooperativismo e, na primeira metade do sculo XIX, na Inglaterra, a fundao
da primeira cooperativa no mundo. Uma cooperativa de consumo, originada por
um grupo de operrios ingleses, teceles de flanela, com vinte e sete homens e
uma mulher, como alternativa s dificuldades de sobrevivncia da poca e sob
a influncia dos primeiros intelectuais idealistas como Robert Owens, Luis
Blanc, Charles Fourier, dentre outros, que defendiam propostas de igualdade,
associativismo e auto-gesto.
Estes teceles fundaram um armazm em conjunto; cada tecelo
contribuiu com uma libra, somando um total de 28 libras. Era a primeira
cooperativa de consumo da histria, idealizada para oferecer aos seus
associados artigos de primeira necessidade.
A Rochdale Society Of Equitable Pioners, (Sociedade dos Pobros
Pioneiros de Rochdale) registrada em 24 de outubro de 1844, no bairro de
Rochdale em Manchester. (ANGOTTI, 2002)
Mais tarde, os teceles aperfeioaram o sistema e desenvolveram um
conjunto de princpios, conhecidos, tempos depois, como Princpios Bsicos do
Cooperativismo. Princpios estes que foram adotados posteriormente por
outras cooperativas que surgiram em diversos pases do mundo.
Com o tempo ocorreram algumas modificaes, porm sua essncia se
manteve a partir desses princpios inicialmente estabelecidos e definidos, a
saber;
a) adeso livre e voluntria;
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b) gesto democrtica pelos cooperados;
c) participao econmica dos membros;
d) autonomia e independncia,
e) educao, intercooperao, formao;
f) cooperao e Interesse pela comunidade.
1.1 Cooperativismo Brasileiro
Angotti (2002), descreve os primeiros experimentos cooperativos no
Brasil em 1890.
Pouco tempo depois surgiram as primeiras cooperativas, originadas
pelos brasileiros atravs do crdito agrcola cooperativo.
O cooperativismo brasileiro teve incio com a fundao das primeiras
redues jesuticas no Brasil, em 1902, com base na ao do jesuta suo
Teodoro Amstadt, cujo poder de persuaso era movido pelo amor cristo e pelo
princpio da ajuda mtua, com o objetivo de construir um estado cooperativo
em bases inteiramente globais. Um modelo de sociedade solidria
fundamentada no trabalho coletivo, onde o bem estar do indivduo e da famlia
sobrepunha-se ao interesse econmico da produo.
1.2 Cooperativa
Cooperativa um grupo de pessoas que se unem, de livre e espontnea
vontade, para satisfazer as necessidades e desejos econmicos, sociais e
culturais comuns, por meio de um empreendimento de propriedade coletiva,
administrado pelos cooperados. Visa melhorar a situao econmica dos
A constituio de 1891 assegurou o direito de associao no Brasil, apesar de no fazer referncia ao cooperativismo, antes disso qualquer corporao de ofcios ou tentativa de associao era proibida. (CORREIA, MOURA, 2001, p. 29)
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mesmos, solucionando problemas ou satisfazendo as necessidades comuns,
que excedam a capacidade de cada indivduo satisfazer isoladamente. A
Cooperativa, assim, torna-se um meio para que pessoas atinjam objetivos
especficos, atravs de um acordo voluntrio para cooperao e ajuda mtua.
(ANGOTTI, 2002)
Uma Cooperativa se diferencia de outros tipos de associaes de
pessoas por sua finalidade econmica. A sua finalidade colocar produtos
e/ou servios de seus cooperados no mercado, em condies mais acessveis
e vantajosas do que os mesmos teriam isoladamente. Desse modo, a
cooperativa pode ser entendida como uma unio de pessoas que prestam
servios aos seus cooperados, facilitando o poder de aquisio e de barganha
de produtos que atendam as suas necessidades.
Composta de normas que regulamentam o seu funcionamento, desde
seu nascimento, sobre vrios aspectos uma Cooperativa pode se parecer com
outros tipos de empresas e associaes, porm se diferencia destas na sua
finalidade, na forma de propriedade e de controle e na distribuio dos
benefcios por ela gerados. Tais diferenas definem uma cooperativa e explica
seu funcionamento.
Para organizar essas caractersticas e possibilitar uma unificao para o
sistema, foram estabelecidos os princpios do cooperativismo, pelos quais
todas as cooperativas devem manter em equilbrio constante o seu
funcionamento, suas relaes com os cooperados e com o mercado. Os
referidos princpios foram formulados recentemente (1995) e so aceitos
mundialmente como base para o sistema. (ANGOTTI, 2002)
1.2.1 Principais diferenas entre as cooperativas e as empresas tradicionais
Uma empresa cooperativa uma sociedade de pessoas, cujo objetivo
principal consiste na prestao de servios; nela o nmero de cooperados
ilimitado; seu controle democrtico e cada associado tem direito a um voto.
Uma empresa no cooperativa uma empresa de capital, cujo objetivo
principal o lucro e tem nmero limitado de acionistas.
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Sociedade Cooperativa Sociedade Mercantil O principal o homem O principal o capital O cooperante sempre o dono e usurio da sociedade
Os scios vendem seus produtos e servios a uma massa de consumidores
Cada pessoa conta com um voto na assemblia
Cada ao ou quota conta com um voto na assemblia
O controle democrtico O controle financeiro uma sociedade de pessoas que funciona democraticamente
uma sociedade de capital que funciona hierarquicamente
As quotas no podem ser transferidas a terceiros
As quotas podem ser transferidas a terceiros
Afasta o intermedirio So, muitas vezes, os intermedirios Os resultados retornam aos scios de forma proporcional s operaes
Dividendos retornam aos scios proporcionalmente ao nmero de aes
Aberta a participao de novos componentes
Limita, por vezes, a quantidade de acionistas
Valoriza o trabalhador e suas condies de vida
Contrata o trabalhador, como fora de trabalho
Defende preos justos Defende o maior preo possvel Promove a integrao entre as cooperativas
Promove a concorrncia entre as sociedades
O compromisso educativo, social e econmico
O compromisso econmico
Fonte: Barbosa, 2006
Quadro 2 - Diferena entre sociedade cooperativa e sociedade mercantil
1.3 Como constituir uma cooperativa
Os procedimentos se constituem em sete etapas:
a) determinao dos objetivos da cooperativa, escolha de uma
comisso e de um coordenador dos trabalhos;
b) verificao das condies mnimas para que a cooperativa seja
vivel;
c) elaborao de proposta de estatuto da cooperativa e distribuio de
uma cpia aos interessados;
d) convocao de todas as pessoas interessadas para a Assemblia
Geral de Constituio da Cooperativa em hora e local previamente
determinados;
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e) realizao de Assemblia Geral de Constituio, com a participao
de todos os interessados na quantia mnima de vinte pessoas,
estabelecida pela lei;
f) documentos para o registro na Junta Comercial do Estado;
g) documentos para Receita Federal.
1.3.1 Estatuto Social
O estatuto da cooperativa a base da empresa por ser a Lei Orgnica
de um estado, sociedade ou associao. Nele constam as linhas gerais de seu
funcionamento, ou seja, trata-se de um contrato que os cooperados fazem
entre si.
So as determinaes como:
a) denominao, localizao da sede, prazo de durao, campo de
atuao, objeto da sociedade, fixao do exerccio social e da data
do levantamento do balano geral;
b) direitos e deveres dos associados, natureza de suas
responsabilidades e condies de admisso, demisso, eliminao
e excluso e normas para representao;
c) capital mnimo, valor da quota-parte, mnimo de quotas-partes a ser
subscrito pelo associado, o modo de integralizao, condies de
sua retirada nos casos de demisso, eliminao ou excluso;
d) forma de devoluo das sobras registradas aos associados, ou do
rateio das perdas apuradas;
e) modo de administrao e fiscalizao, estabelecendo os
respectivos rgos; definio de suas atribuies, poderes e
funcionamento; representao ativa e passiva da sociedade em
juzo ou fora dele; o prazo do mandato e processo de substituio
dos administradores e conselheiros fiscais;
f) formalidades de convocao das Assemblias Gerais e a maioria
delas requeridas para a sua instalao e validade das suas
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16
deliberaes, vedado o direito de voto aos que nelas tiverem
interesse particular sem priv-los de participar dos debates;
g) casos de dissoluo voluntria da sociedade;
h) modo e processo de alienao ou onerao de bens imveis;
i) modo de reformar o estatuto;
j) nmero mnimo de associados.
1.3.2 Capital Social
Para possibilitar a prestao de servio, efetuar as instalaes e
equipamentos necessrios, cada grupo deve elaborar um projeto de viabilidade
econmica especfico para essas instalaes e equipamentos. A partir da
calcula-se o valor com o qual cada um dever contribuir, que a importncia
do capital social.
O capital ser subdividido em quotas-partes, cujo valor unitrio no
poder ser superior ao maior salrio-mnimo vigente no pas. vedado s
cooperativas distriburem qualquer espcie de benefcio s quotas-partes do
capital assim como estabelecer outras vantagens, privilgios, financeiros ou
no, em favor de quaisquer associados ou terceiros. O pagamento das quotas-
partes ser realizado mediante prestaes em tempos determinados,
independente de chamada, por meio de contribuies. As quotas-partes do
capital nunca sero cedidas a terceiros, estranhos sociedade.
1.3.3 Taxas
A taxa de administrao ou servio a principal receita da cooperativa,
atravs dela, de todas as operaes feitas pelo cooperado, a cooperativa reter
um percentual sobre o valor. Numa cooperativa agropecuria, a taxa incidir
sobre o valor da venda dos produtos ou sobre o preo pago pelos insumos. H
tambm taxas de armazenagem, beneficiamento e outras.
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17
1.3.4 Destinao das Sobras e Perdas
A Assemblia Geral decide sobre a destinao das sobras ou das
perdas. As sobras e perdas so originrias da taxa de servio. Resultar em
sobras, a taxa de servio considerada elevada, quanto o valor retido nas
operaes dos cooperados for maior do que o necessrio para o pagamento
das despesas.
Resultar em perdas, a taxa de servio baixa, se o montante retido nas
operaes dos cooperados for insuficiente para cobrir as despesas. As sobras
lquidas apuradas no exerccio podero ser distribudas entre os associados,
depois de deduzidos os percentuais para os fundos reservas ou indivisveis, em
partes diretamente proporcionais s operaes realizadas com a cooperativa.
Os prejuzos verificados no decorrer do exerccio sero cobertos com
recursos provenientes do Fundo de Reserva e, se insuficiente este, mediante
distribuio, entre os associados, na razo direta dos servios usufrudos.
1.3.5 Fundos
As cooperativas so obrigadas a constituir fundo de reserva destinado a
reparar perdas e atender ao desenvolvimento de suas atividades, fundo este
constitudo por 10% das sobras lquidas do exerccio. Alm dos previstos, a
Assemblia Geral poder criar outros fundos, inclusive rotativos, com recursos
destinados a fins especficos, fixando o modo de formao, aplicao e
liquidao.
1.4 Princpios do cooperativismo
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As relaes scio-econmicas mundiais, apesar das diferenas, no
hesitam em mudar. Em 1995, reunido em Manchester, Inglaterra, o XXXI
Congresso da Aliana Cooperativa Internacional completou um sculo de
existncia. No encontro comemorativo, houve tambm um novo debate sobre
importantes questes para o fortalecimento da prtica cooperativista, que
viriam refletir sobre o objetivo de suas organizaes. (ANGOTTI, 2002)
1.4.1 Adeso livre e voluntria
As cooperativas so organizaes voluntrias, abertas a todas as
pessoas aptas a utilizar os seus servios e dispostas a assumir as
responsabilidades como membros, sem discriminaes, sociais, raciais,
polticas, religiosas ou de sexo.
1.4.2 Gesto e controle democrtico dos scios
As cooperativas so organizaes democrticas controladas pelos seus
membros, que participam ativamente na formulao das suas polticas e na
tomada de decises. Os eleitos como representantes dos outros membros so
responsveis perante estes. Nas cooperativas de primeiro grau os membros
tm igual direito de voto. As cooperativas de grau superior, tais como as
federaes, centrais, confederaes so tambm organizadas de forma
democrtica onde seu membros contribuem da mesma forma, e parte desse
capital , normalmente, propriedade comum da cooperativa.
1.4.3 Participao econmica dos scios
A contribuio dos cooperados se d de forma justa e h controle
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19
democrtico o capital da cooperativa. Parte desse capital propriedade comum
das cooperativas. Uma receita maior que as despesas pode ser dividida para
todos os scios at o limite de cada um. O restante pode ser destinado para
investimentos na prpria cooperativa ou para outras aplicaes, sempre de
acordo com a deciso tomada em assemblia.
1.4.4 Autonomia e independncia
As cooperativas so organizaes autnomas, de ajuda mtua,
controladas pelos seus membros. Se estas firmarem acordos com outras
organizaes, incluindo instituies pblicas, ou recorrerem a capital externo,
devem faz-lo em condies que assegurem o controle democrtico pelos seus
membros e mantenham a autonomia das cooperativas.
1.4.5 Educao, formao e informao
A cooperativa oferece educao e formao para os seus dirigentes
eleitos, administradores e funcionrios, de maneira a contribuir intensamente
para o seu desenvolvimento, alm de prtica de aes cooperativistas, de
manuseio de equipamentos e tcnicas em todos os processos produtivos e
comerciais. Procura ainda levar informaes sobre o cooperativismo ao pblico
de todas as classes, pblico em de todas as classes, principalmente o pblico
jovem e os formadores de opinio.
1.4.6 Cooperao entre as cooperativas
Para uma cooperativa, a cooperao a forma eficaz para seus
membros, pois o intercmbio de informaes fortalece o movimento
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20
cooperativista, intensifica o trabalho em conjunto e torna vivel a economia.
1.4.7 Interesse pela comunidade
A cooperativa trabalha para o desenvolvimento sustentvel das suas
comunidades, visando melhores condies scio-culturais, atravs de polticas
aprovadas pelos membros.
1.5 Direitos
Os direitos esto previstos na Lei n 5.764, de 16 de dezembro de 1971.
Conforme Seo II do estatuto Social, artigo 21, pargrafo II.
com a lei 5.764, de 1971, que so estabelecidas as condies de organizao e funcionamento das Cooperativas, que e se fortalece a Organizao das Cooperativas Brasileiras (OCB) e as respectivas representaes estaduais (LUCENA, apud CORREIA; MOURA, 2001, p. 29)
Todo cooperado tem direito a:
a) participar das assemblias gerais, discutindo e votando os assuntos
nela tratados;
b) levar ao conselho administrativo e s assemblias gerais,
propostas de interesse dos cooperados;
c) votar e ser votado para membro do Conselho de Administrao ou
do Conselho Fiscal da cooperativa;
d) utilizar os servios prestados pela cooperativa;
e) ser informado e solicitar informaes sobre as atividades da
cooperativa; inclusive com acesso s demonstraes contbeis;
f) receber retorno;
g) convocar assemblias, caso sejam necessrias;
h) pedir esclarecimentos ao Conselho da Administrao.
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1.6 Obrigaes
obrigao de todo cooperado estar ciente e cumprir o que est
previsto no estatuto da cooperativa.
a) operar com a cooperativa;
b) participar das assemblias;
c) firmar e incorporar as quotas-partes do capital;
d) acatar a deciso da maioria;
e) votar nas eleies da cooperativa;
f) cumprir seus compromissos com a cooperativa.
A responsabilidade coletiva, toda deciso depende da aprovao dos
componentes da assemblia geral e de responsabilidade dos cooperados:
a) aprovao de prestao de contas dos Conselhos de
Administrao e parecer do Conselho Fiscal;
b) aprovao dos planos de trabalho da cooperativa;
c) aprovao de distribuio das sobras;
d) aprovao do aumento de capital da cooperativa;
e) aprovao da reformulao do Estatuto;
f) aprovao da dissoluo voluntria da cooperativa e nomeao de
liquidantes;
g) aprovao para a aquisio e venda de bens mveis e imveis da
cooperativa;
h) aprovao da fuso, incorporao da cooperativa.
1.7 Consideraes sobre aspectos econmicos, administrativos e tcnicos
A cooperativa uma organizao social e tambm um empreendimento
econmico, que viabiliza a realizao do trabalho de seus membros de forma
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22
sustentvel e valoriza a sociedade. O grupo deve trabalhar segundo os
princpios cooperativistas e a correta constituio de fundos, como os de
reserva, social e de investimentos. Atravs da anlise desses fundos, ou seja,
da renda por ela obtida, a cooperativa planeja uma gesto de longo prazo.
Assim a viabilidade econmica envolve aspectos administrativos transparentes
que facilitem a avaliao do empreendimento. Tecnicamente o
empreendimento cooperativo possui requisitos que so tratados como metas,
tais como:
a) comprometimento dos scios em todos os trabalhos;
b) melhorias tecnolgicas;
c) comercializao;
d) plano de negcios;
e) forma de insero econmica;
f) gesto dos resultados.
1.8 Tipos de cooperativa
De acordo com Barbosa (2006) o cooperativismo, mediante sua
organizao social e econmica, atualmente inserida na sociedade, sofre
algumas transformaes e adaptaes para atender prontamente o interesse
de seu quadro social. Em 1993, a Organizao das Cooperativas Brasileiras
(OCB), deu incio a modificaes no quadro de terminologia dos tipos de
cooperativas, com o objetivo de mold-lo-as exigncias atuais no mundo do
trabalho em que elas atuam. So os tipos:
a) Agropecurio: o segmento com o maior nmero de cooperativas
constitudas por associados que desenvolvam qualquer cultura ou
criao rural;
b) Consumo: formado por cooperativas de abastecimento cujas
atividades consistem em formar estoques de bens e consumo, que
priorizam as principais necessidades dos seus associados como a
distribuio de alimentos, roupas, medicamentos, em condies
mais vantajosas de preo;
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23
c) Crdito: composta por cooperativas que renem poupana de seus
associados, para benefcio dos mesmos; realiza emprstimos com
juros menores que os praticados pelos bancos comerciais. As
cooperativas de crdito podem ser de crdito rural, quando atuam
no setor agropecurio, e de crdito urbano, quando funcionam
como crdito dentro de empresa ou de categorias profissionais,
onde o objetivo o benefcio mtuo.
d) Educacional: empreendimento cooperativo que tem como principal
objetivo a educao nas escolas; sua fundao ou sua
manuteno. Seu quadro social formado por professores e pais
de alunos. H tambm as cooperativas de escola, quando
formadas apenas por alunos; as denominadas de cooperativas
escolares.
e) Habitacional: composto por cooperativas que visam proporcionar a
seus cooperados a aquisio de moradia, com destaque principal,
para as atividades de construo, manuteno e administrao de
conjuntos habitacionais;
f) Especial: formado por cooperativas cujo quadro social composto
por pessoas relativamente portadoras de deficincia ou incapazes.
Nela h constante necessidade de tutela, e seu objetivo a maior
integrao destes associados na sociedade;
g) Minerao, ou mineral: composto por cooperativas que acolhem
atividades de garimpo (especficas de minerao), permitindo a
seus associados, classificados como autnomos, uma alternativa
de trabalho;
h) Produo: organiza a produo dos bens de forma que os
associados participem de forma direta de todo processo
administrativo, tcnico e funcional da cooperativa.
i) Servio ou infra-estrutura: constitudo por cooperativas que se
limitam a prestar servios direta e exclusivamente ao seu quadro
social, ou seja, o seu associado o nico usurio do servio. Visa a
prestao de servios de interesse especficos de seu associados.
j) Trabalho: constitudo por cooperativas cujo quadro social formado
por diversos tipos de profissionais, de diversas reas, com
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24
prestao de servios a terceiros. o segmento que mais cresce
atualmente.
k) Sade: composto por cooperativas de mdicos, odontlogos,
psiclogos e outras atividades relacionadas a sade, que atende
prontamente seus associados, a preos mais acessveis que os
oferecidos pela iniciativa privada. Pode tambm ser formada por
seus usurios.
l) Turismo e lazer: considerado o mais novo segmento, composto
por cooperativas que atuam no setor de turismo e lazer.
1.8.1 Cooperativa agrcola
Surgem em Minas Gerais, no ano de 1907, as primeiras cooperativas
agropecurias, um projeto lanado pelo seu governador, que na poca tinha
como objetivo a eliminao dos intermedirios estrangeiros que tinham o
controle da comercializao do caf, que era o produto predominante na
poca. Posteriormente essa prtica cooperativista estendeu-se para o Sul do
Brasil. (ANGOTTI, 2002)
Segundo Machado (2005) no primeiro Congresso da Unio Nacional das
Cooperativas da Agricultura Familiar esteve presente o presidente Luiz Incio
Lula da Silva e o ministro do Desenvolvimento Agrrio, Miguel Rossetto.
Ocasio em que o presidente cita a afirmao do cooperativismo como
instrumento popular de desenvolvimento local sustentvel e solidrio de
agricultores familiares.
As cooperativas agropecurias se diferenciam conforme o tipo dos
produtos que evolvem a sua prtica de comercializao. Por outro lado uma
cooperativa agrcola mista, possui mais de uma seo, que se dividem em
compra em comum e em venda em comum.
O cooperativismo agropecurio o mais conhecido pela sociedade
brasileira, pois alm de participar de forma significativa nas exportaes,
mostrando-nos diferenas na balana comercial abastece o mercado interno
com diversos produtos alimentcios de boa qualidade.
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25
O leque de servios que desenvolve, como abastecimento de mercado,
industrializao e comercializao dos produtos, beneficia o seu quadro social
e educacional, assim como os cooperados agricultores. Essa informao de
grande importncia para os produtores rurais, pois alm de lev-los evoluo,
facilita a participao no mercado competitivo.
Em uma cooperativa agrcola, os produtores rurais agropecurios
trabalham de forma solidria na realizao das vrias etapas da cadeia
produtiva, desde o processo inicial da compra de sementes e insumos at a
colheita, inclusive armazenamento, industrializao e venda no mercado da
produo.
Certa de sua eficincia, a cooperativa pode tambm promover a compra
em comum de insumos com vantagens que, isoladamente, o produtor no
conseguiria. Esse processo conhecido entre os agricultores como poder de
barganha.
Em considerao conjuntura em que o setor est inserido, atualmente
as cooperativas tm plena conscincia de que no basta produzir, mas sim
produzir com qualidade para atender a demanda e a necessidade do mercado,
tendo sempre presente a defesa do consumidor e a proteo ao meio
ambiente. Aes como estas so de extrema importncia para a plena
conscincia de todos que compe o mercado atual.
As cooperativas agropecurias so o seguimento economicamente mais
forte do cooperativismo brasileiro, segundo dados da Secretaria de
Desenvolvimento Rural.
1.8.2 As cooperativas no cenrio nacional
Portela (1999) afirma que o cooperativismo surge como uma alternativa
democrtica que visa igualdade e disposio de reconhecer igualmente o
direito de cada um, a solidariedade e a justia econmica.
O cooperativismo busca o sucesso das pessoas e de empreendimentos
neste mundo globalizado e competitivo. A realidade existente mostra, de um
lado, uma pequena parcela da populao que apresenta uma qualidade de vida
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26
dentro dos padres aceitveis e, de outro, pessoas excludas da vida social,
sendo privadas de quaisquer recursos em um mercado globalizado.
Uma postura individualista o foco de muitas pessoas, em um modelo
scio-econmico que privilegia o mais preparado, aquele que possui mais
atributos no processo de formao pessoal e educacional. Nota-se, ento, o
grande vazio entre os competitivos e excludos, onde o desenvolvimento
desigual reflete em problemas sociais, que resulta em grandes conflitos no
sistema social e econmico. A mudana na economia mundial nos ltimos
tempos traz transformaes em todos os setores, inclusive, no setor
agropecurio.
A primeira mudana mais significante no Brasil foi quando o Estado
abdicou de manter o controle da produo agrcola, seguida da abertura
econmica do pas sobre os preos internos e externos. O setor agropecurio
passou a constituir um dos elos fundamentais do agrobusines. Outro fator
observado a mudana na alimentao dos consumidores que esto mais
exigentes quanto a qualidade dos produtos. Assim a cooperativa agrcola
apresenta uma constante importncia no papel de melhoria para a insero no
mercado, porm o cooperativismo, que antes era visto como um sistema
fechado, depara-se com a necessidade de mudanas para que seja efetiva sua
participao e insero no mercado.
Segundo Mendes (2005) so grandes e irreversveis as transformaes
com que se depara o sistema cooperativista para sobreviver nesse ambiente
competitivo e manter-se fiel aos seus princpios. Desta forma o cooperativismo
se firma com um dos principais segmentos da vida econmica e social, onde
representa a ferramenta ideal, equaciona o conflito entre o capital e o trabalho,
colabora, no s com o desenvolvimento econmico, mas tambm com o
desenvolvimento social, pois tem a funo de atuar com pessoas que esto em
desvantagem competitiva.
Atravs do cooperativismo crescente a alternativa que possibilitem o
equilbrio social com a atividade econmica, dando oportunidade de insero
s pessoas excludas, transformando-as em cidados ativos.
Atravs da eficiente estrutura cooperativista o cooperado garante a
renda suficiente para a sua subsistncia e de suas famlias.
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CAPTULO II
MARKETING PARA COOPERATIVAS
2 ESTRATGIAS DE MARKETING PARA COOPERATIVAS
Kotler (1996) define marketing estratgico como sendo o processo de
anlise de oportunidades, escolha de objetivos e desenvolvimento de
estratgias e formulao de planos estratgicos. O primeiro passo da
estratgia de marketing para as cooperativas a anlise profunda e o
planejamento dos programas a serem desenvolvidos pelas mesmas.
Atualmente a comunicao e o marketing em uma cooperativa so de extrema
importncia, mas certa timidez impede a cooperativa na hora de trabalhar o
marketing. Porm, aos poucos, as cooperativas esto investindo nesta
estratgia, mostrando sociedade suas qualidades e diferenciais competitivos
por meio de investimentos na comunicao e no marketing.
Qualquer compreenso que se faa sobre marketing deve, antes, percorrer os caminhos que levam ao conceito de troca. Alis, em funo deste contexto que seu conceito se articula, pois o marketing consiste em atividades desenvolvidas para gerar e facilitar trocas que pretendem satisfazer as necessidades e desejos humanos. (WALKER; STANTON ETZNEL, apud PIZZINATTO, 2005, p.06). (a)
As cooperativas tm necessidade e, em sua maioria, j possui o seu
prprio departamento de marketing especializado para fazer a comunicao
com os seus pblicos. Esse investimento muito importante, pois atravs das
estratgias de marketing possvel detectar quais so os principais pontos
para trabalhar junto sociedade, bem como a satisfao dos mesmos.
Segundo Pinho (1996) o ponto de partida para o planejamento de uma
organizao a formulao do plano estratgico, que pode ocorrer a partir de
vises diferentes: a viso tradicional, de que a cooperativa vende e o mercado
absorve seu produto e a viso do mercado-alvo. Enquanto na viso tradicional
o setor de marketing da cooperativa considerado secundrio, na viso do
mercado-alvo ele se encontra no mesmo nvel da produo das finanas.
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28
De acordo com Kotler (1998) Marketing um processo social e gerencial
pelo qual indivduos e grupos tm o que necessitam e desejam atravs da
criao, oferta e troca de produtos de valor com outros.
As cooperativas dos dias atuais esto voltadas para o diferencial e o
posicionamento do mercado; no basta apenas ser cooperativa, mas ser
diferente e fazer valer seu produto, sua marca, o que significa ser diferente das
demais cooperativas.
O marketing na cooperativa um instrumento indispensvel para
fortalecer sua imagem, alm de ser um mecanismo de distribuio de seus
negcios para si prpria. Para que isso ocorra a cooperativa deve estar em
sintonia total com seus cooperados, associados, toda sua equipe de
funcionrios e com a disponibilidade dos melhores servios.
Para garantir sua sobrevivncia a cooperativa deve elaborar e praticar
planos estratgicos, onde dever analisar: situao atual do mercado,
tamanho, oportunidades, necessidades, tendncias, produto, venda, preo,
margens distribuio, lucro liquido, competio, concorrentes, qualidades,
canais de distribuio, macro ambiente, tendncias demogrficas, econmicas,
tecnolgicas, polticas, socioculturais, analises de oportunidades e negcios,
mercado alvo, posicionamento, linha de preos e produtos, pontos distribuio,
forca de venda, servio, propaganda, promoo de vendas, pesquisas e
desenvolvimento e tambm pesquisa de marketing. (KOTLER, 1998)
O composto de Marketing conhecido mundialmente como os 4 Ps do
Marketing, descritos em palavras que mantm grafia cujo incio a consoante
P. No Brasil as atividades passaram a ser:
a) produto;
b) preo;
c) promoo;
d) praa
Utilizadas pelas empresas de modo geral e tambm por cooperativas, a
figura 1 mostra o conjunto de ferramentas utilizadas para atingir os objetivos de
marketing no mercado alvo.
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Fonte: Kotler, 2003, p 47(a)
Figura 1- mercado alvo, produto, preo, promoo, praa
O composto de Marketing, como conhecido no Brasil, passou a ser a
teoria mais aceita para efetivar atividades de marketing. A partir dos objetivos
acima que uma cooperativa deve comear a se organizar para as etapas de
um processo de estruturao da sua rea de marketing, sempre interligadas as
oportunidades do mercado, pois atravs disso que as mesmas passam a
conhecer melhor o mercado no qual iro atuar; o conhecido marketing mix.
Segundo Abreu (2000), algumas aes especficas voltadas ao associado
devem ser implementadas pelas cooperativas, para atender s suas exigncias
enquanto consumidor e fornecedor.
Pela doutrina da cooperativa, a organizao deve ultrapassar a simples
satisfao econmica dos seus associados. O leque de servios que lhes pode
oferecer ilimitado, pois o sucesso de uma cooperativa depende largamente
do seu compromisso com esses associados e os servios oferecidos, que so
um excelente meio de aproximar as duas partes. Proporcionar melhores
condies de produo aos associados, possibilita a melhoria de produtividade
e de qualidade do produto, o que vai contribuir para aprimorar o desempenho
da cooperativa.
A cooperativa pode ter uma vantagem competitiva em relao aos seus
concorrentes por sua privilegiada relao com seus associados. Por outro lado
deve preocupar-se com os demais clientes e, para atender tais preocupaes,
de suma importncia seguir rigorosamente as dez leis de marketing para as
cooperativas, estabelecidas por Rios (1998):
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30
a) divulgar permanentemente seu smbolo para a comunidade local,
regional, nacional e internacional;
b) promover seus produtos e servios no mercado em geral;
c) participar livremente de concorrncias pblicas;
d) estabelecer valores pecunirios para seus produtos e servios conforme
as leis do mercado;
e) firmar parcerias produtivas no mercado que redundem em benefcios
para os cooperados;
f) obter margem de contribuio justa na comercializao de seus produtos
e servios;
g) criar canal de comunicao eficaz com os cooperados e a sua respectiva
comunidade;
h) utilizar com criatividade a mdia moderna, porm selecionando com
critrio os veculos que tragam retorno entidade;
i) diversificar seu mix de produtos e servios visando sua adequao s
necessidades do mercado, mas sem violar a filosofia cooperativista;
j) apoiar, sempre que possveis aes que contribuam para o
fortalecimento da cidadania e da manuteno de uma sociedade livre,
onde a qualidade de vida seja o resultado mnimo esperado.
2.1 Gesto de marketing em cooperativas
Em geral, a gesto de marketing das cooperativas, est relacionada a
um plano superior e a atividade de marketing na prtica apenas um meio de
comercializao de produtos. medida que a empresa cooperativa busca
elevar suas atividades, atravs da industrializao e distribuio de seus
produtos, a complexidade da atividade de marketing aumenta. A partir da
seguem algumas etapas bsicas em um processo de estruturao da rea de
marketing em cooperativas que deve visar essencialmente implementao de
um sistema de informaes interligadas oportunidade de negcios e,
finalmente, a definio de estratgias de segmento, posicionamento,
diferenciao do produto, diversificao e crescimento que daro suporte
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31
implementao do marketing e do gerenciamento do mix. (MACHADO FILHO;
MARINO; CORNEJERO, 2003).
2.2 Conjunto de princpios fundamentais do marketing empresarial
Administrao de marketing em cooperativas um conjunto de aes que
envolvem planejamento, organizao, direo e controle da rea comercial de
um estabelecimento, seja empresa privada ou cooperativa. Um bom
planejamento de marketing minimiza os erros, que podem colocar a empresa
em situao desfavorvel, aperfeioa recursos e coloca a empresa frente da
concorrncia; cria diferencial competitivo e agrega valor sua marca; aumenta
a lucratividade atravs de bons negcios e conquista a cada dia novos clientes.
A organizao revela a maneira de como organizar as linhas de
autoridade e comunicao da empresa, onde os deveres e responsabilidades
so de ordem primordial ao seu pessoal para alcanar seus objetivos. A
combinao de fatores tipos como a variedade de produtos, mercados
trabalhados pela empresa, tipo como estrutura usual no ramo de negcio,
crenas e valores compartilhados pelos dirigentes da organizao. essencial
para a forma final de uma empresa. A preocupao das empresas realmente
voltadas para o marketing fazer com que seu produto chegue ao consumidor
final de modo a garantir a satisfao de suas necessidades e desejos de forma
positiva e continuada.
O sistema de marketing contribui diretamente como um canal de
distribuio organizado, estruturado e unificado, em que produtor e
intermedirios, em conjunto, facilitam o fluxo de bens e servios desde a
produo at o consumidor final. (KOTLER, 1998)
Para uma cooperativa aproveitar melhor o potencial de sua equipe, a
mesma dever destinar o processo de gerao de oportunidades ao marketing,
pois, dentro da rea comercial, a cooperativa pode realizar a inteligncia do
mercado, a tcnica de avaliao e a identificao de oportunidades, bem como
o planejamento de aes de relacionamento e campanhas para dar suporte s
vendas. Essa operao conjunta traz muitas vantagens para a empresa
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32
cooperativista, pois estabelece um relacionamento produtivo, mesmo frente ao
constante aumento da competitividade do mercado.
2.3 Estratgias de marketing na rea de venda
A aplicao de estratgias de marketing adequadas para uma empresa
essencial para manter a competitividade no mercado em que atua. O objetivo
da empresa deve ser bem definido, com uma pesquisa bem elaborada, capaz
de detectar os desejos e necessidades do consumidor, para, ento, atender as
expectativas. Estar sempre atento ao que acontece no mercado uma das
melhores tticas para manter-se ativo no mercado. Uma boa pesquisa foca o
planejamento de seus produtos e servios, estratgias de comunicao e
divulgao ao mercado, polticas de preo. Alem de distribuio dos produtos.
Para a organizao, o sucesso atender prontamente as necessidades do
consumidor.
A distribuio adequada do produto um aspecto muito importante, que
dever estar disponvel ao consumidor, no lugar certo, na hora certa e na
quantidade ideal, tendo por finalidade colocar os produtos ao alcance do maior
nmero possvel de consumidores reais e potenciais.
fundamental que o produto ou servio no oferea riscos para a sade fsica ou psquica do consumidor, seja atravs de sua ingesto, ou atravs de tratamentos feitos durante a plantao. Por exemplo, na agricultura, que se diminua o nvel de resduos txicos contidos nos alimentos produzidos; assim como a poluio de solos e guas, se quiser falar de segurana e qualidade. (PIZZINATO, 2005, p. 30) (b)
O canal de distribuio transfere mercadorias e servios desde a
fabricao at o consumidor final, superando a falha em tempo, espao e
posse daqueles que possivelmente o utilizaro. Devem ser analisados os
hbitos dos consumidores finais, tendo em vista, a relao entre fabricante e
consumidor, quantidades adquiridas, assim como pocas de compras e
concentrao geogrfica do mercado consumidor.
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33
Para que, no ato da compra, o consumidor, j predisposto a comprar,
adquira o produto ou servio divulgado, deve-se ter uma boa equipe de vendas,
preparada para prestar um atendimento qualificado a este consumidor; tais
estratgias promovem uma consistente e constante comunicao e divulgao
ao mercado. Por isso o marketing deve ser encarado como conceito de
investimento e no como despesa.
No marketing a distribuio compreende as atividades necessrias para
que a oferta comercializada pela empresa fique acessvel ao seu mercado
consumidor, o que se refere logstica e aos canais atravs dos quais o
produto chega aos clientes. A distribuio o ponto mais visvel aos olhos do
consumidor e dar visibilidade ao produto to importante quanto produzir,
divulgar e compreender o mercado, pois traz ao consumidor a satisfao por
adquirir um produto. A distribuio no deve ser vista como o ponto final do
marketing, mas como um dos elos que mais favorecem as organizaes e
levam nas ao sucesso no mercado.(PIZZINATO,2005)
2.3.1 Introduo ao planejamento estratgico
Segundo Kotler (2003) (b) planejamento estratgico o processo de
desenvolver e manter um ajuste estratgico entre os objetivos, habilidades e
recursos de uma organizao e as oportunidades de marketing em um
mercado em continua mutao.
O conceito de estratgia sempre esteve presente na atividade
empresarial, mesmo na poca de economia menos complexa, poca de
facilidade de colocao dos produtos no mercado.
Para definir os conceitos de planejamento estratgico necessrio
conhecer a natureza do prprio negcio, as potencialidades dos mercados e da
empresa, ter viso de futuro e se preparar para enfrent-lo.
Atualmente, com o crescente desenvolvimento, h algumas modificaes
no cenrio empresarial, como uma maior complexidade nas relaes
econmicas, provenientes do crescimento das empresas e da maior
seletividade na compra dos produtos, entre outros aspectos.
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34
2.3.2 Conceituao bsica
Segundo Kotler (1998) o conceito de Marketing assume que a chave para
atingir as metas organizacionais consiste em ser mais eficaz do que os
concorrentes para integrar as atividades de marketing, satisfazendo, assim, as
necessidades e desejos dos mercados alvos.
Identificados os desejos e necessidades dos clientes, haver maior
disponibilidade de produtos e servios capazes de atender a demanda.
J na viso de Drucker (2002) sobre marketing, deve-se entender o cliente
de maneira que o produto ou servio se adaptem a ele to bem que se venda
por si mesmo. O marketing uma necessidade de sobrevivncia, um
conjunto de processos que envolvem a criao, comunicao e a entrega de
valor para os clientes; a filosofia para analisar as necessidades dos clientes,
tomando as decises corretas para satisfaz-las melhor que a concorrncia.
2.3.3 Caractersticas que definem o comportamento no ato da compra
As compras do consumidor so extremamente influenciadas pelas
caractersticas culturais, sociais, pessoais e psicolgicas. Na maior parte das
vezes os profissionais de marketing no podem controlar esses fatores, mas
devem lev-los em considerao (KOTLER, 2003). (c)
Os fatores culturais envolvem, alem da cultura de cada regio a subcultura
e a classe social; os fatores sociais envolvem os grupos de referencias, as
famlias, papis e status; j os fatores pessoais envolvem idade e estgio no
ciclo de vida, ocupao, situao financeira, estilo de vida, personalidade e
auto-imagem. Por fim, os fatores psicolgicos envolvem a motivao,
percepo, aprendizagem crenas e atitudes.
A soma desses fatores que d origem a um consumidor.
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35
2.3.4 Nveis de deciso
As decises de marketing tm por objetivo definir os melhores planos
estratgicos para abordar o mercado, escolher a melhor campanha publicitria,
selecionar o segmento e o tipo de produto a oferecer. Para isso deve-se optar
pela tcnica mais adequada ao propsito e trabalhar para obter resultados.
Assim torna - se fundamental a utilizao de novas tcnicas para comprovar
que foram alcanados os resultados pretendidos, conhecer os consumidores,
as suas caractersticas e quais os mais rentveis, que padres de
comportamento assumem e que preferncias apresentam.
Para a empresa a adaptao a essas exigncias primordial, pois, nos
dias de hoje, a tecnologia permite recorrer a muitas ferramentas e tcnicas
para a anlise de dados, o que facilita a interpretao de sinais do
comportamento, das preferncias, dos hbitos e dos desejos que os
consumidores apresentam. (DIAS, 2003)
2.3.5 Tipos de planos: estratgico, ttico, operacional
O nvel estratgico estabelece a direo a ser seguido pela empresa,
visando sempre aperfeioar sua relao com o meio ambiente. Pode ocorrer a
partir de duas vises diferentes; uma onde a empresa produz e o mercado
absorve o produto e outra, baseada na viso do mercado alvo.
Segundo Kotler e Armstrong (1999), o marketing estratgico cria uma
proposio de valor total que diferencie os produtos de uma empresa dos de
seu concorrente.
O nvel ttico combina os meios disponveis para a execuo dos planos
estratgicos, consistindo em utilizar, da melhor forma possvel, os recursos da
empresa, para alcanar seus objetivos.
Trabalha as caractersticas especficas do produto, o preo e a
distribuio.
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O nvel operacional enfatiza as atividades de curto prazo, direcionadas ao
atendimento e manuteno dos mercados; enfoca a execuo dos planos
estratgicos atravs dos recursos financeiros disponveis e do elemento
marketing mix.
Esses trs nveis devem atuar de modo sinrgico; a estratgia deve
orientar e determinar as decises. As decises tticas e operacionais lidam
com os objetivos determinados pela estratgia e implementao dos trs nveis
de deciso.
2.3.6 Conceitos de estratgia empresarial
Estratgia uma palavra que deriva do grego strategos, que significa
general no comando das tropas, significado esse que foi evoluindo e passou a
incluir habilidades gerenciais, alm das puramente militares, tornou-se muito
comum nas diversas reas do mercado. No perodo que antecedeu Napoleo
Bonaparte, estratgia significava arte ou cincia de conduzir foras militares
para derrotar o inimigo ou abrandar os resultados da derrota.
A estratgia pressupe o conhecimento da pesquisa de mercado, a
anlise dos pontos fortes e fracos e ameaas a serem enfrentadas, mudando a
sua reflexo para a guerra empresarial, nos dias de hoje. Assim, uma empresa
que define a sua estratgia no autoconhecimento do ambiente competitivo
capaz de superar os oponentes, pelo posicionamento diferenciado, consistindo
em se aproveitar da prpria fora que pode anular ou derrotar o concorrente.
Uma empresa precisa monitorar continuamente as estratgias de seus
concorrentes. (KOTLER, 2000) (a)
Quando se fala em estratgia, o tudo nada. O menos mais. Ser
diferente, focalizar uma escolha e demarcar uma posio nica no mercado
fazem parte da excelncia na estratgica empresarial.
2.3.7 Anlise ambiental: pontos fortes e fracos
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Para que uma empresa seja bem sucedida, ela precisa ter fatores crticos
de sucesso que so nada mais, que a capacidade de recursos que a empresa
precisa para ter sucesso. Para que isso ocorra h necessidade de se avaliar
seus pontos fortes e fracos, o que pode ser feitos atravs de questionrios ou
quadros que julgam qual a verdadeira importncia de cada setor. Muitas
vezes um negcio vai mal porque faltam em seus departamentos as foras
necessrias para se trabalhar em equipe. (AMARO, 2008)
2.3.8 Recursos empresariais
Quando se fala em recursos empresariais, o foco ERP Enterprise
Resource Planning, ou Planejamento de Recursos Empresarias, um software
de planejamento muito utilizado em empresas para diferentes funes e
operaes, sendo bem eficiente em reas de montagem ou entregas de
produtos. A ERP, muito utilizada nos dias atuais, vem enfrentando alguns
problemas, pois a mesma leva muito tempo, muito cara e no traz os
benefcios e custos que promete. Por isso, a empresa deve fazer suas
escolhas estratgicas antes de programar o processo para que no escape ao
controle e obviamente lembrar-se de que um processo cujos resultados vm
a longo prazo. (BUCKHOT; FREY; JUNIOR NEMEC, 1999)
2.3.9 Anlise ambiental externa
As empresas bem sucedidas tm vises do ambiente interno e externo de
seus negcios. Elas reconhecem que o ambiente de marketing est constante
mente apresentando novas oportunidades e ameaas e compreendem a
importncia de continuarem a monitorar e se adaptar ao ambiente (KOTLER,
2000)
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O objetivo dessas empresas identificar ameaas e oportunidades do
ambiente externo, para que possam definir estratgias quanto a
competitividade, produto, mercado e utilizao dos meios de investimento.
2.3.10 Ameaas e oportunidades
Em geral uma empresa precisa analisar alguns aspectos quando se trata
de verificar suas ameaas e oportunidades. As oportunidades de mercado vm
atravs da anlise do mercado e do seu marketing, para que a mesma possa
atuar com lucro. E a ameaas ambientais vm atravs de um desafio que
decorrente das tendncias ou desenvolvimento desfavorvel que levaria total
deteriorao das vendas e do lucro da empresa. (DORNELAS, 2008)
2.3.11 Estratgias genricas
Pode-se descrever estratgia competitiva como aes defensivas e
ofensivas para criao sustentvel de uma empresa, onde a mesma pode usar,
individualmente ou em conjunto, trs estratgicas para uma posio em longo
prazo: custo, diferenciao e foco. (PORTHER, 1998)
2.3.12 Vantagem competitiva
Vantagem competitiva pode ser entendida como a vantagem
propriamente dita que uma empresa tem em relao s outras, como a
concorrncia de nveis econmicos e estratgicos. Sua base est em itens
como: foco no cliente, qualidade do produto, distribuio, valor da marca,
produo com baixo custo, patentes de direitos autorais, proteo do governo
(subsdios e monoplios), e equipe gerencial. (NUNES, 2007)
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2.3.13 Grupos estratgicos
Trata-se de um conjunto de empresas que so do mesmo ramo de
atividades e que optaram por orientaes estratgicas semelhantes em
determinadas funes variveis, embora possam apresentar algumas
diferenas para criao de grupos estratgicos, como: gama de produtos,
canais de distribuio, diferenciao, poltica de preos, cobertura geogrfica,
grau de integrao vertical. (NUNES, 2008)
2.3.14 Alianas estratgicas
Por definio, aliana estratgica uma juno de scios, onde uma das
partes oferece produtos e servios e a outra oferece nicho de mercado.
Entretanto as duas tm o mesmo propsito: o de gerar novos negcios com
ganhos e benefcios de ambas as partes, podendo, assim, desfrutar de seus
ganhos. (COULOMB, 2008)
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CAPTULO III
CAMDA COOPERATIVA AGRICOLA MISTA DE ADAMANTINA
3 A COOPERATIVA CAMDA
No dia 04 de abril de 1965, alguns agricultores uniram-se sob a forma
mais democrtica possvel e criaram um elo com cada plantador da regio. A
histria da Camda est ligada vida de um grupo de pioneiros, homens que
transformaram objetivos em trabalho, venceram dificuldades e souberam com o
prprio esforo, superar a indiferena inicial.
Fonte: Camda, 2008
Figura 2: Primeira Cooperativa Camda
Mais do que ajustar-se s inmeras etapas vividas pela agricultura, a
Camda colaborou para que no ocorressem turbulncias nas terras de seus
associados.
Seu objetivo era fortalecer a comercializao de produtos, aquisio de
insumos, mudas, sementes e outros produtos necessrios para plantio e
colheita. Outro fator importante foi fundar uma representao firme e coesa
junto aos rgos governamentais da poca, sendo que a mais importante
tarefa foi ser uma espcie de indicador de rota a seguir, o divulgador da mais
moderna tecnologia e criador de processos para o manuseio da terra. Assim
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surgiu e regida at hoje por esses princpios, a Camda
Cooperativa Agrcola
Mista de Adamantina.
A misso da Camda, nesses 43 anos sempre foi atender as expectativas
dos cooperados, atravs de orientao tcnica e qualificada e insumos de
reconhecida qualidade, para que sua atividade agrcola ou pecuria alcance
maior produtividade e melhores resultados; exercer uma atividade tcnico-
educacional formativa, desenvolvendo e preparando cooperados como
cidados conscientes e participativos para o aprimoramento contnuo de sua
atividade, da comunidade e da cooperativa.
A viso da cooperativa crescer e se desenvolver em bases
econmicas slidas, sendo referncia na prtica da administrao moderna
com foco no cooperado e nos resultados; ser profissionalizada e caracterizada
pelo estilo participativo de gesto, alicerada nas parcerias com marcas fortes
e nos conceitos de qualidade e confiabilidade; ser reconhecida no setor pela
prtica de uma poltica de recursos humanos que proporciona desafios e
oportunidades de crescimento pessoal e profissional aos seus colaboradores;
cultivar uma identidade de misso, viso e valores, cuja prtica seja claramente
reconhecida pelos cooperados, fornecedores e colaboradores e
imprescindivelmente comprometida com a preservao do meio ambiente.
Cultiva valores fundamentais: tica, honestidade de princpios e
propsitos, confiana e respeito mtuo, pioneirismo e ousadia, integridade,
perseverana, transparncia e comprometimento. A Camda tem seu escritrio
central localizado na cidade de Adamantina, na Rua Chujiro Matsuda, 25 na
Vila Endo.
Fonte: Camda, 2008
Figura 3: Matriz de Adamantina
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Fonte: Camda, 2008
Figura 4: Filial Lins SP
Ao longo desses 43 anos, a cooperativa se expandiu muito, e hoje
possui vrias lojas:
Estabelecimentos da Cooperativa QTD
Lojas 23
Fbrica de Suplemento 01
Recebimentos de milho 01
Campo experimental 01
Clube de Campo 01
Depsitos Fechados 03
Central Estoque 01
Postos de Recebimento de Embalagem (prprio) 02
Postos de Recebimento de Embalagem (conveniados) 13
Fonte: Camda, 2008
Quadro 3: Estabelecimentos da cooperativa
A cooperativa Camda possui vrias filiais espalhadas pelo territrio
nacional como podemos ver abaixo:
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Adamantina Presidente Prudente
Andradina Santa F do Sul
Araatuba So Jos do Rio Preto
Assis Londrina-PR
Dracena Coromandel-MG
Ja Bataguass-MS
Junqueirpolis Campo Grande-MS
Lenis Paulista Dourados-MS
Lins Nova Andradina-MS
Lavnia (silo milho) Paranaba-MS
Macatuba Ribas do Rio Pardo-MS
Pacaembu Trs Lagoas-MS
Penpolis
Fonte: Camda, 2008.
Quadro 4: Filiais da cooperativa
A prtica de compras da cooperativa, a baixa inadimplncia, e a
conscincia da responsabilidade dos companheiros da diretoria tambm so
fatores que atestam a constante preocupao em conduzir a cooperativa de
forma racional, planejada e transparente. As perspectivas de crescimento para
o ano 2008 da Camda so:
a) aquisio de silo para milho em Adamantina;
b) instalao de fbrica de rao anexa ao silo adquirido;
c) construo de prdio para filial de Presidente Prudente;
d) instalao de laboratrio de anlise de solo;
e) abertura de novas unidades em SP/MS/PR;
f) ampliar a assistncia tcnica ao cooperado;
g) elevar o ndice de cooperados atuantes.
A seguir figuras do Silos da Cooperativa.
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Fonte: Camda, 2008
Figura 5: Silos da cooperativa de Andradina - SP
Fonte: Camda, 2008
Figura 6: Silos da cooperativa de Lavnia - SP
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Fonte: Camda, 2008
Figura 7: Campo experimental de Adamantina - SP
A cooperativa possui uma linha prpria de produtos chamada
MINERCAMDA, que sempre garante a qualidade e a confiana dos pecuaristas
associados da Camda. Em 2007, as fbricas de suplemento mineral, rao e
mudas nas cidades de Adamantina (figura 7) e Andradina (figura 8)
trabalharam em dois turnos para atender a demanda crescente, o que significa
que a Camda sempre busca inovaes.
Fonte: Camda, 2008
Figura 8: Fbrica de Andradina SP
Preocupada com a qualidade de vida, no s de seus funcionrios, mas
tambm de seus cooperados, a Camda fomenta uma poltica contnua de
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investimento com seus colaboradores, atravs de programas de estgios
remunerados, plano de benefcios, programas de treinamento e qualificao
profissional, de educao, sade e bem-estar.
Aos cooperados destinam-se diversas palestras, dias de campo, cursos
e treinamentos sobre novas tecnologias, programas de incentivos s boas
prticas agrcolas e segurana no campo e outras campanhas na matriz e nas
filiais, tais como:
a) SIPAT - Proteo e Combate Incndio
Fonte: Camda, 2008
Figura 9: Eventos realizados
b) SIPAT - Os Problemas que Afetam os Trabalhadores
Fonte: Camda, 2008
Figura 10: Eventos realizados
c) Encontro de Jovens Cooperativistas
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Fonte: Camda, 2008
Figura 11: Eventos realizados
Em paralelo, desenvolvem-se projetos, no s voltados para seu pblico
interno, mas para toda a comunidade. Entre eles destacam-se aes de
educao (social e cultural) e preservao ambiental, realizadas em parceria
com seus fornecedores, os quais so:
a) Lave e devolva
b) Adamantina recicla
c) Escola no campo
d) Agricultor nota 10
e) Programa segurana e sade no campo com nfase no uso de
equipamentos de proteo individual
f) Projeto horta familiar
g) Jogo de futebol beneficente
h) Dia nacional do campo limpo.
Outros projetos esto comeando a serem implantados no ano de 2008
como: Mata Viva, Dupont na Universidade, Dupont nas escolas e Mosaico
Teatral.
3.1 Projetos
3.1.1 Programa lave e devolva
As embalagens de agrotxicos passam por um processo de lavagem,
trplice lavagem e so furadas. Tais embalagens no podem ser reutilizadas,
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devem ser incineradas ou recicladas na construo civil para vrias finalidades,
como na fabricao de canos.
Fonte: Camda, 2008
Figura 12: Programa Lave e Devolva
Devido a essa preocupao a Camda tem vrios postos de
recebimentos das embalagens, como:
a) Adamantina - SP
b) Assis - SP
c) Bilac - SP
d) Cambe - SP
e) Campo Grande - SP
f) Campo Novo do Parecis - MT
g) Dourados - MS
h) Jales - SP
i) Ja - SP
j) Monte Carmelo - MG
k) Navira - MS
l) Paraguau Paulista - SP
m) Penpolis - SP
n) So Jos do Rio Preto - SP
o) Tangara da Serra - SP
p) Trs Lagoas - MS
q) Votuporanga - SP
Por outro lado, a CAMDA tambm responsvel pelo destino correto
dos agrotxicos a serem utilizados. Se o veneno vem com instruo de ser
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usado para a soja, no pode ser vendido para cana, o prprio sistema da
empresa no aceita e trava; desta maneira no tem como errar um sistema
prprio, no terceirizado. Os equipamentos e softwares so de ltima
gerao, dando assessorias necessrias aos cooperados, diretores, filiais e
departamentos. Todos o