manual de protese fixa

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SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA MOZAR MARTINS DE SOUZA

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Page 1: Manual de Protese Fixa

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

MOZAR MARTINS DE SOUZA

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MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

2

MANUAL

DE

PRÓTESE FIXA

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MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

3

INDICE

Materiais e Equipamentos 05

Materiais e Técnicas de Moldagem 07

Vazamento de Modelos

08

Montagem em Articulador 17

Enceramento 20

Preparo de Troquel 23

Inclusão 25

Fundição 27

Restaurados 37

Coroa Veneer 53

Coroas de Jaqueta 56

Enceramento Diagnóstico 64

Restauração Provisória 66

Ponte Fixa 68

Solda 75

Núcleo 80

Bibliografias

85

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MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

4

MATERIAIS E TÉCNICAS DE MOLDAGENS

EM PRÓTESE FIXA

A moldagem é um conjunto de operações clínicas

com o objetivo de reproduzir negativamente a cavidade

bucal. Dependendo do material utilizado a moldagem

poderá ser rígida ou elástica. Os materiais mais

utilizados em prótese fixas são aqueles que, ao serem

retirados da boca, apresentam-se elásticos. Destes

modelos de dentes e estruturas adjacentes pode-se

obter o modelo que é a reprodução positiva da boca.

Para que a restauração possa ser feita com

precisão, o modelo de gesso deve representar uma

duplicação a mais exata possível do dente preparado.

Isto significa obter uma moldagem isenta de distorções,

que deve preencher os seguintes requisitos:

Deve ser uma duplicação exata do dente, incluindo

a área de preparo e suficiente superfície de dentes não

preparada, para permitir ao dentista e ao protético

visualizar com segurança a localização e configuração

da linha de término.

Page 5: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

5

Os dentes e tecidos vizinhos ao dente devem ser

exatamente reproduzidos para permitir uma boa

articulação do modelo e o contorno adequado da

restauração.

O molde do preparo não deve apresentar bolhas de

ar, especialmente na área da linha de término.

CONFECÇÃO DE TROQUÉIS

Page 6: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

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Troquel:

É o modelo individual do dente preparado sobre o

qual será esculpido o padrão de cera.

Função do Troquel:

1 – Permitir que se tenha acesso às áreas

proximais e de vedamento periférico.

2 – Assegurar a adaptação íntima do padrão de

cera e da futura restauração metálica fundida na área

marginal (linha de término do preparo).

Sistemas Básicos de Troquel:

1 – Troquel isolado (primeiro vazamento).

2 – Troquel removível – pinos maciços.

Característica do Troquel:

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MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

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1 – Podem ser confeccionados em pinos ou

totalmente em gesso (maciço).

2 – Deve possuir um cabo de aproximadamente 2,5

cm.

3 – Seus contornos devem assemelhar-se aos de

um dente natural.

4 – Sua linha de término deve ser acentuada com

lápis.

Os Troquéis podem confeccionados com:

1 – Gesso pedra especial.

2 – Cimento de silicato.

O cabo de um troquel deve

possuir comprimento

suficiente para ser

manuseado com facilidade

devendo, para isso, medir cerca de 2,5 cm.

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MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

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Os contornos de um troquel devem ser semelhantes aos

de um dente natural.

Observações sobre pinos para confecção de troquel

Os pinos para troquel são encontrados no mercado

odontológico em vários formatos e materiais. Os mais

utilizados são os pinos metálicos, podendo ser simples e

de vários tamanhos (de acordo com o dente preparado).

São indicados para dentes anteriores ou posteriores. Ou

duplos, sendo sua utilização e posicionamento a critério

particular de cada profissional. São mais indicados para

dentes posteriores.

VAZAMENTO DE MODELOS

INTRODUÇÃO:

O modelo de trabalho é o mais importante ponto de

base para a execução dos trabalhos protéticos, é sobre

Page 9: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

9

ele que todos os passos técnicos devem ser executados.

Para tanto, deve ser obtido com um material capaz de

reproduzir com fidelidade a anatomia das áreas bucais a

serem tratadas. Quase que universalmente, os gessos

dentais tem sido o material requisitado para este fim, por

apresentarem fácil manipulação e características

favoráveis às finalidades específicas a que se destinam.

VAZAMENTO DE MODELOS COM TROQUÉIS

REMOVÍVEIS

A superfície do modelo de trabalho e a superfície

do troquel deve m apresentar-se duras o suficiente para

resistir à abrasão durante a confecção do padrão de

cera. Portanto, para a confecção do modelo de troquel,

deve-se usar um gesso especial extra-duro.

Page 10: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

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São estes os procedimentos laboratoriais

executados durante a confecção do modelo com troquel:

1 – Equipamentos, materiais e instrumentais devem estar

sempre no local de vazamento, limpos e secos.

2 – De posse da moldeira com o molde deve-se analisar

bem os preparos, verificando e os mesmos foram

copiados com exatidão.

3 – Fazer a descontaminação do molde.

4 – Eliminar a tensão superficial, quando necessário.

5 – Antes de usar o gesso, misturar suas partículas no

recipiente.

6 – Marcar com um lápis cópia os locais onde serão

colocados os pinos.

7 – Manipular o gesso especial, respeitando a indicação

da relação água/pó recomendada pelo fabricante.

8 – Observar o tempo de manipulação e a consistência

do gesso.

9 - Retirar o gesso do recipiente com uma colher bem

seca.

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MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

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10 – Manipular o gesso no gral, trazendo-o para a borda

do mesmo e vibrar suavemente até depositá-lo no fundo.

11 – Manter o gral encostado no vibrador, durante o

vazamento.

12 – Colocar pequena quantidade de gesso especial,

manipulado sob vibração mecânica, com o auxílio de um

pincel ou gotejador nos dentes preparados.

Observar o gesso correr nos preparos, até que cubra

somente a área dentada, o suficiente para se fazer o

preparo do troquel.

13 – Durante este procedimento deve-se atentar bem

para a área de preparo, a qual deve estar isenta de

bolhas de qualquer natureza, observando o

posicionamento do dente preparado a fim de se localizar

os pinos do troquel.

14 – Pequenas retenções deverão ser confeccionadas

fora da área de troquel, de modo que o desprendimento

do restante do dente não preparados, quando os

troquéis forem seccionados.

Page 12: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

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15 – Posicionar os pinos na área de preparo, antes que o

gesso tome a presa final, o que poderia ocasionar a

fratura do modelo nesta região.

16 – O posicionamento dos pinos pode ser feito

manualmente ou mecanicamente, ficando um passo

discutível. A face lisa do troquel deverá ser direcionada

para a mesial ou distal do preparo a fim de facilitar a

secção do troquel.

17 – Uma vez que o gesso especial tomou presa, deve-

se isolar com vaselina líquida a região de gesso em volta

do pino de troquel. Deixar secar e isolar novamente.

Nunca usar isolante de película ou pastoso.

18 – Colocar uma bolinha de cera utilidade em cima de

cada pino.

19 – Manipular o gesso pedra respeitando a indicação do

fabricante, quanto à relação de água/pó, e colocar sobre

o gesso especial cobrindo o molde. Não usar vibrador

para este procedimento.

20 – Fazer as devidas retenções para montagem no

articulador.

21 – Colocar as moldeiras sobre uma área plana, sem

vibração, durante a presa.

Page 13: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

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22 – Marcar tempo de presa recomendada pelo

fabricante.

23 – A moldeira não deve ser tocada nem movida de

lugar, antes da presa final do gesso.

24 – Limpar equipamentos, instrumentais e pias

imediatamente após o uso.

25 – O armazenamento do gesso deve ser feito em

recipientes vedados, à prova de água, e em local seco.

Obs.: Fazer o vazamento do modelo antagonista, caso

tenha área de preparo, seguindo os mesmos passos

acima citados. Os troquéis só devem ser seccionados

após a confecção do padrão de cera.

Amostra de um

vazamento de

gesso em

modelo

com troquel: o

posicionamento

de pinos e confec-

ção das retenções devem ser feitas antes da presa

Page 14: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

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do gesso.

Modelo de trabalho retirado

do molde após sua presa

final.

TROQUELIZAÇÃO TIPO DIE-CAST

1 – Se necessário, fazer a duplicação do modelo de

trabalho observando bem a região do preparo, que deve

estar isenta de bolhas.

2 - Marcar os dentes preparados com lápis cópia (locais

onde serão colocadas as retenções).

3 – Manipular gesso especial e preencher o molde, no

vibrador, somente até cobrir os dentes, fazendo

retenções mecânicas nos dentes que foram preparados

e entre os preparos (vazar com auxílio do gotejador).

Page 15: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

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4 – Não tocar até tomar a presa. Final.

5 – Retirar delicadamente o modelo do molde e observar

o seu posicionamento no troquelizador tipo Die-Cast

(retirar alguma interferência, se necessário).

6 – Hidratar o modelo vazado.

7 – Preencher o interior do Die-Cast com gesso (pedra

ou pedra especial), conforme a orientação do professor.

Posicionar o modelo de gesso especial sobre o mesmo

pressionando-o suavemente para não cobrir o colo e os

dentes.

8 – Dar acabamento ao gesso

9 – Aguardar a presa final.

Obs.: Quanto mais tempo o gesso tomar presa, mais fácil

será sua remoção do troquelizador.

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MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

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RELAÇÃO – ÁGUA / GESSO

A – Modelo total gesso especial . . . . . . . . . . . . . . . .

. . . . . 19 ml x 80 grs.

B – Modelo total gesso pedra . . . . . . . . . . . . . . . . . .

. . . . . 30 ml x 90 grs.

C – Modelo total gesso especial com preparo

removível . . 11 ml x 40 grs.

D – Complemento total gesso pedra removível . . . .

. . . . . . 17 ml x 50 grs.

E – Modelo parcial gesso pedra . . . . . . . . . . . . . . . .

. . . . . 08 ml x 20 grs.

F – Modelo parcial gesso especial com preparo

removível . 03 ml x 10 grs.

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MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

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G – Complemento parcial gesso pedra removível . .

. . . . . . 05 ml x 15 grs.

H – Modelo para metálico cerâmica (gesso

especial) . . . . . 10 ml x 31 grs.

I – Muflo número 3 (gesso pedra ou comum) . . . . . .

. . . . . . 15 ml x 45 grs.

J – Montagem em articulador total (gesso pedra) . .

. . . . . . 1a parte = 17 ml.

K – . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

. . . . . 2a parte = 17 ml.

L – Montagem em articulador parcial (gesso pedra)

. . . . . = 14 ml.

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MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

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UTILIDADE DOS MATERIAIS DE MOLDAGEM

ALGINATO: (irreversíveis)

Possuí uma reprodução regular, indicando que os

detalhes e os pormenores serão reproduzidos menos

satisfatoriamente, pois isto, é utilizado durante a

moldagem anatômica em Prótese Total, Prótese Parcial

Removível e Prótese Fixa para se obter modelos de

estudos.

É um hidrocolóide (algas marinhas) porém

irreversível, é o único material de moldagem usado pelo

técnico em Prótese Dental, cuja finalidade no laboratório

é a reprodução de modelos.

ELASTÔMEROS: (elásticos)

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MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

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Podem também ser chamado de materiais à base

de borracha.

CLASSIFICAÇÃO:

Materiais elásticos e

Reação química irreversível.

CARACTERÍSTICAS:

Apresenta grande elasticidade, é um material não

aquoso e borrachóide.

Quimicamente existem:

Polissulfetos, silicones e poliéster.

As alterações dimensionais são menores que as

dos hidrocolóides, é mais resistente.

APRESENTAÇÃO:

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SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

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Pasta/pasta e

Pasta/líquido.

INDICAÇÃO:

Moldagem de áreas retentivas, áreas dentadas.

Técnica de dupla moldagem.

CONFECÇÃO DO MODELO:

O vazamento do modelo pode aguardar algum

tempo variando com os diferentes tipos de elastômeros.

Devemos seguir as instruções do fabricante.

COMPOSIÇÃO:

Alginato de sódio, sulfato de cálcio, fósforo de sódio

ou carbono de sódio, fluoreto de zinco alcalinos e

corantes.

MANIPULAÇÃO:

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SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

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Proporção água/pó 1:1 ( de acordo com o

fabricante). Feita a mistura, espatular com vigor, até

conseguir uma substância bastante homogênea. Uma

relação pó/água aumenta a resistência mecânica, a

resistência ao rasgamento e a consistência diminuindo

os tempos de trabalhos e de presa, bem como a

flexibilidade.

TRATAMENTO DO MOLDE:

O alginato sofre muito rapidamente alterações

morfológicas e dimensionais. Deve-se evitar portanto,

armazenar o molde mesmo que por um curto período de

tempo, pois poderão ocorrer dois tipos de fenômenos:

Sinérese: Exsudação de água, isto é, a perda de água

da estrutura do gel, ocasionando a contração de moldes,

portanto, aumento do modelo.

Embebição: É a absorção de água pela estrutura do gel

e que é freqüentemente acompanhada de expansão,

portanto, diminuição do modelo.

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MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

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RESUMINDO:

Sinérese = perda de água == aumento do

modelo,

Embebição = absorção de água == diminuição do

modelo.

REMOÇÃO DO MODELO:

Após a presa do gesso no molde, retirá-lo sob água

corrente com movimentos brandos e lateralidade.

GESSO:

Obtido pela trituração da gipsita que depois é

submetida a elevação de temperatura para extrair a água

do sulfato de cálcio. Dependendo do tipo de calcinação,

teremos vários tipos de gesso.

TIPOS DE GESSO

GESSO COMUM:

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MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

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Calcinado a seco em caldeiras abertas.

Partículas com formas irregulares e porosas.

Escoamento difícil.

Necessita de mais água para sua manipulação.

Menos resistente.

Coloração branca.

Tempo de presa curto.

UTILIDADE:

Preenchimento de muflos.

GESSO PEDRA:

Calcinado lentamente com vapor em caldeiras

fechadas sob pressão.

Partículas regulares e crismáticas, mais finas e

menos poroso.

Escoamento fácil.

Necessita de menos água para sua manipulação.

Mais resistente.

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MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

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Coloração branca, creme e amarelada.

Tempo de presa maior que a do gesso comum.

UTiLIDADE:

Modelo de estudo, antagonista e montagem em

articulador.

GESSO PEDRA ESPECIAL:

Calcinado lentamente com vapor em caldeiras

fechadas sob pressão.

Partículas pequenas, necessita de pouca água para

manipulação.

Mais resistente que o gesso pedra.

Maior tempo de presa que o gesso pedra.

Contém modificadores de cores.

UTILIDADE:

Confecção de troquel.

RELAÇÃO ÁGUA/PÓ:

O pó deve ser pesado.

A água deve ser medida.

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MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

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Todos os dois, seguindo as instruções do

fabricante.

TEMPO DE PRESA:

É o tempo que vai do início da mistura até o

endurecimento final do gesso.

CUIDADOS COM O GESSO:

Os pós de gesso devem ser armazenados em

ambientes fechados e a prova de umidade e á

temperatura ambiente. A quantidade em estoque deverá

ser sempre de acordo com o gasto.

TIPOS DE ARTICULADORES

Articulador é um aparelho que possibilita a fixação

Page 26: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

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dos modelos de trabalho na posição semelhante à do

arco dental, reproduzindo os registros de interesse

protético para a confecção da prótese. Existem três tipos

mais comuns de articuladores:

JON:

Articulador pequeno, dotado de

movimentos de abrir e fechar e

de lateralidade, usado em

enceramentos de pequenas

incrustações.

CHARNEIRA:

Articulador que só faz

movimentos de abertura

e fechamento. É indicado

para incrustações, P.P.R.

e P.T.R., podendo ser

encontrado em dois tamanhos mas seu uso é restrito

devido a simplicidade.

COM MOLA:

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MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

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Além dos movimen-

tos de abrir e fechar,

possui o movimento

de lateralidade.

É indicado para

trabalhos de P.P.R. e P.T.R. com restrições.

SEMI AJUSTÁVEIS GNATUS ou BIO-ART:

É um dos mais completos, possuindo movimentos

de abertura e fechamento da boca, lateralidade da

mandíbula, profusão, além de se poder planejar a

prótese. É usado em enceramento progressivo e até em

reabilitações orais, devido a seus recursos.

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MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

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ARTICULADOR TOTAL AJUSTÁVEL:

Tem por objetivo fazer o diagnóstico da oclusão,

planejamento e execução do trabalho protético. Tanto o

articulador semi-ajustável como o totalmente ajustável,

possuem três dispositivos acessórios:

a) – Arco facial; b) – Pino guia incisal;

c) – Guia incisal (plataforma incisal).

d) – Arco facial: permite obter do paciente a

distância intercondilar e transportá-la para o

articulador;

e) – Pino guia incisal: trabalha em conjunto com o

guia incisal fazendo os movimentos laterais e

protrusivos;

f) – Guia incisal (plataforma incisal): reproduz, na

prática, a inclinação do plano oclusal.

Page 29: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

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MONTAGEM EM ARTICULADOR

Montagem em Articulador Anatômico Simples

(Charneira):

Montam-se os dois modelos ao mesmo tempo,

usando-se uma mordida em cera de máxima

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MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

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intercuspidação habitual.

Montagem em Articulador Semi-Ajustável:

Monta-se primeiro o modelo superior com o auxílio

do arco facial ou mesa, depois se adapta o modelo

inferior sobre o superior em posição de oclusão,

ajustando-se o pino guia incisal à plataforma incisal.

Primeiro Passo:

1 – Colocar o articulador semi-ajustável para trabalhar na

média:

Distância intercondilar nos orifícios do meio;

Cavidade glenóide com apenas um espaçador

chanfrado;

O ângulo de Bennett é de 15 graus;

A inclinação condilar é de 30 graus.

O ramo superior deve estar paralelo ao ramo

inferior, para isto o pino guia incisal deve estar encaixado

Page 31: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

31

no ramo superior na marca que o circula por completo e

também deve estar tocando no centro da mesa incisal.

2 – Verificar se os dois modelos ocluidos cabem no

articulador sem a interferência das retenções.

Segundo Passo:

Na borda de um dos lados das placas dos ramos

superior e inferior do articulador deverá ser colocado um

pedaço de cera utilidade, isolando posteriormente com

um pouco de vaselina pasta, com o objetivo de deslocar

o modelo da placa no final do enceramento.

Colocar três cones de cera utilidade na placa do

ramo inferior, sendo dois mais altos na porção posterior e

um mais baixo na porção anterior, para dar inclinação

aos modelos.

Terceiro Passo:

Ocluir corretamente os modelos superior e inferior e

fixá-los com um pedaço de cera utilidade entre os pré-

Page 32: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

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molares, em ambos os lados.

Quarto Passo:

Colocar o modelo ocluído sobre os cones de cera

utilidade, fazendo uma pequena pressão para fixá-los

nos cones. Observar se a linha mediana coincide com o

pino guia incisal e que tenha uma pequena inclinação.

Verificar se os modelos estão enquadrados na placa e se

não estão mais inclinados para um lado ou para o outro.

Quinto Passo:

Preparar o material de montagem:

Articulador com os modelos ocluidos e fixados;

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MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

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Gesso pedra especial e gesso pedra branco;

Gral de borracha;

Medidor de água e pó;

Espátula para gesso;

Jaleco;

Toalha de rosto.

Sexto Passo:

Hidratar o modelo superior na área das retenções.

Colocar a água medida no gral e sobre ela, despejar o

gesso que também foi previamente medido. Manipular

com a espátula para gesso até que se torne uma mistura

homogênea.

Sétimo Passo:

Colocar sobre o centro do modelo superior todo o

gesso pedra especial manipulado, numa altura que ao

fecharmos o ramo inferior, a porção de gesso seja

comprimida pelo ramo superior. Não tocar, deixar tomar

presa por 40 minutos.

Page 34: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

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Oitavo Passo:

Após 40 minutos, virar o articulador com o ramo

inferior para cima, retirar os cones de cera, tomando

cuidado para não desocluir o modelo (caso isto ocorra,

ocluir novamente). Seguir o mesmo procedimento do

modelo superior.

Nono Passo:

Após os 40 minutos, verificar se os modelos estão

bem ocluidos, caso contrário repita a montagem do

modelo superior.

Caso a montagem esteja correta, completar com o

gesso pedra, dando o acabamento.

Este procedimento poderá ser feito no articulador

Page 35: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

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ou não.

Deixar tomar presa.

Têm-se então, os modelos articulados em relação

cêntrica, estando os elementos condilares na posição

mais posterior do dispositivo da cavidade glenóide,

podendo-se dar início à execução dos trabalhos a serem

confeccionados.

PRÓTESE ODONTOLÓGICA

Definição:

É o ramo da odontologia que tem como objetivo ,

restaurar e manter a estética e função do aparelho

mastigatório, através da substituição total ou parcial dos

dentes.

PRÓTESE FIXA:

Definição:

São confecções de peças protéticas que servem

para restituir partes de um dente natural ou substituir

Page 36: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

36

dentes naturais. São peças dentossuportadas que não

podem ser facilmente retiradas pelo paciente e nem pelo

profissional.

PARA RESTITUIR PARA SUBSTITUIR:

1 – Coroas: - Ponte fixa.

a) - Coroa de jaqueta

b) - Coroa com núcleo metálico

c) - Coroa mista (Veneer)

2 - Restaurações

Page 37: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

37

ENCERAMENTO

Existem três técnicas de enceramento:

- Enceramento Progressivo: É feito através do

acréscimo de cera, obtém-se a função e a forma do

dente a ser esculpido.

- Enceramento Negativo: É obtido através do

negativo do dente antagonista, retirando cera é que se

obtém a forma e função.

- Enceramento Regressivo: É usado para o estudo

da anatomia dental, retirando-se cera obtém-se a forma

do dente.

MÉTODOS DE ENCERAMENTOS:

Page 38: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

38

- Método direto: Quando o enceramento é feito

diretamente na cavidade dentária. A técnica é negativa.

Este método só pode ser usado pelo CD.

- Método Indireto: é quando a escultura é feita no

modelo de gesso, a técnica pode ser progressiva ou

negativa. Sua função e estabelecida pelo modelo

antagonista.

- Método Direto/Indireto: O procedimento é o

mesmo que o método indireto. Depois de esculpido o

padrão de cera é levado á boca do paciente para

conferência ou prova. Devemos neste caso forrar o

preparo do modelo com resina acrílica. (Duraley)

Page 39: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

39

CERAS

FINALIDADE:

As ceras são largamente usadas em prótese

odontológica, principalmente com a finalidade de

reconstituir a forma anatômica perdida.

Na cera através de escultura se reproduz a

estrutura anatômica perdida.

TIPOS DE CERA:

Tipo A: Cera dura de baixo escoamento;

Tipo B: Cera média;

Tipo C: Cera mole.

COMPOSIÇÃO:

Ingredientes Essenciais:

Page 40: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

40

Cera de parafina, cera de carnaúba, corantes.

Todas de origem natural, derivados de fontes minerais

ou vegetais.

PROPRIEDADES TÉRMICAS:

As ceras para incrustações são amolecidas pelo

calor;

A condutibilidade térmica da cera é baixa;

O tempo para aquecê-la totalmente e

uniformemente será igual como para esfriá-la à

temperatura ambiente ou do corpo.

Possui elevado coeficiente de expansão térmica;

A cera para incrustações, expande e contrai

termicamente, mais que qualquer outro material dentário,

por grau de temperatura;

A cera é mais plástica em temperatura mais

elevada.

DISTORÇÃO DA CERA:

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MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

41

A distorção da cera resulta das alterações térmicas

e liberação de tensões. Estas tensões são induzidas pela

tendência natural da cera em contrair no esfriamento,;

por bolhas de ar incluídas, por alterações de forma da

cera durante a moldagem e pela manipulação, tais como

escultura, repuxamento e remoção.

Na cera para incrustação, qualquer empenamento

do padrão, resultará em falta de adaptação da

incrustação metálica rígida sobre o tecido dentário duro e

que não cede.

Causas de distorção:

Qualquer tensão induzida ao padrão de cera;

Métodos de manipulação que criam estrutura

heterogênea na cera, como por exemplo a falta de

equilíbrio de temperatura;

O tempo e a temperatura que o padrão de cera é

armazenado;

Se a cera for derretida e adicionada ao padrão, com

o fim de reparar algumas partes, introduzindo tensões

durante o resfriamento;

Page 42: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

42

Cera imprópria para a técnica empregada.

Redução da distorção:

Usar a cera adequada à técnica empregada;

A fusão da cera no interior do padrão deve ser

uniforme;

Reparos ou escultura posterior do padrão devem

ser evitados;

O padrão deve ser incluído imediatamente após

removê-lo da boca ou do troquel.

Propriedades desejáveis à cera:

A cera deve ser uniforme quando amolecida;

A cor da cera deve contrastar com o material e com

o dente, a fim de facilitar a verificação de falta ou

excesso de cera;

Após o amolecimento não deve haver descamação

ou rugosidade;

A cera não deverá distorcer ou lascar sob a ação

do instrumento a ser utilizado;

Page 43: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

43

A cera deve apresentar textura lisa e brilhante;

O padrão de cera deverá ser rígido e estável

dimensionalmente, até ser eliminado.

Manipulação da cera para incrustações:

Geralmente a cera é amolecida por calor seco. Se a

cera for amolecida sobre a chama, deverá se tomar o

cuidado para não volatizar seus constituintes.

OUTRAS CERAS DE USO ODONTOLÓGICO:

Cera utilidade:

Cera usada para montagem em articulador.

Cera neutra:

Forramento de cavidades do dente preparado, no

modelo de gesso; eliminando áreas retentivas;

Enceramento da porção radicular do núcleo.

Page 44: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

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Cera em bloco:

Enceramento de jaquetas;

Enceramento de faces estéticas.

Pinos de canalização:

Usados para confecção do canal de alimentação na

fundição.

ELEMENTOS DA FORMA FUNCIONAL PROTETORA

Ao iniciar qualquer reconstituição, o protético deve

Ter em mente que a prótese não pode, de modo algum.

Provocar danos ou prejuízos às outras estruturas sadias

da boca. Para que a prótese seja confeccionada de

maneira correta, deve-se observar as formas funcionais

Page 45: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

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protetora, que é responsável pela sustentação dos

dentes no arco e a proteção dos tecidos e da função.

- Ponto de contato proximal: local onde se tocam as

faces mesial e distal de um dente, formando o limite

superior do espaço interdentário;

- Espaço interproximal: é a convexidade das faces

proximais, razão da existência entre as relações

interdentais;

- Ameias: espaços que emergem a partir da área ou

da relação de contato em sentido vestibular ou lingual;

- Bossas vestibulares (cervical) e linguais (terço

médio);

- Dimensões coronárias: perímetro oclusal.

Funções do ponto de contato:

1) – Estabilizadora:

a – manter a integridade e continuidade do arco;

b) – prevenir a mobilidade dental;

c) – manter a oclusão fisiológica correta.

Page 46: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

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2) – Protetora:

a) – proteger a papila interdental contra traumas

mastigatórios.

PREPARO DO TROQUEL

1) – Delimitação: com um lápis, delimitar a área de

trabalho, ou seja, a linha de contorno do preparo;

2) – Seccionar: marcar com lápis as paredes do troquel.

Estas não devem ser totalmente paralelas e sim mais

convergentes para o terço apical;

3) – Soltar os troquéis;

4) – Retocar a mesial e a distal do padrão de cera;

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MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

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5) – Desnudar o troquel para fazer o bisel da peça,

acrescentar cera no ponto de

contato;

6) – Fazer o vedamento

periférico.

Troquel seccionado com uma

serra para troquel,

deixando visível o orifício de posicionamento no modelo.

ACABAMENTO DAS MARGENS DO PADRÃO DE

CERA:

A margem é uma área de importância crítica em

qualquer padrão de cera. Enquanto uma boa margem

pode não garantir o êxito de uma peça fundida, uma

deficiente pode, quase sempre, garantir o seu fracasso.

Um principio de importância fundamental é o de

não se aproximar do troquel com instrumento cortante.

Qualquer instrumento de borda afiada que possa

remover material do troquel durante a escultura das

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MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

48

margens de cera, produzirá uma peça fundida que não

se ajustará no dente preparado.

Verifique com todo cuidado se a margem apresenta

algumas das seguintes falhas:

1 – Margens com excesso de cera:

Nas áreas em que a cera ultrapassar a linha de

termino, poderão ocorrer fraturas ouse remover o padrão

do troquel, dando lugar a uma margem recuada, mais

curta que a devida. Se esta área em excesso não se

quebrar durante a remoção do padrão, ela pode retornar

à forma original. Uma vez fundido o padrão de cera, a

peça fundida, não se adaptará completamente ao

preparo.

2 – Margens curtas:

Uma margem que não tenha sido encerada até a

linha vermelha de demarcação, não fornecerá um

selamento adequado da restauração terminada.

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MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

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3 – Ondulações:

Qualquer rugosidade da cera, nas proximais da

margem será duplicada na peça fundida. Se

permanecerem na restauração terminada e cimentada

estas peças rugosas servirão como ponto de retenção

para placas que produzirão irritações e inflamações nos

tecidos gengivais próximos.

4 – Margens expessas:

Margens expessas ou arredondadas, resultarão em

selamento deficiente das restaurações e os contornos

axiais falhos que, com o tempo originarão problemas

periodontais. As margens do padrão de cera tem que

terminarem em borda fina.

5 – Margens abertas:

Pode ser o

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MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

50

resultado de qualquer das falhas acima mencionadas.

Para obter margens ajustadas é preciso prestar muita

atenção aos detalhes. As margens do padrão de cera

devem ser brunidas e fundidas, assim como esculpidas

para assegurar, adaptação intima da cera ao troquel na

área marginal.

Acrescentar cera com

instrumento.

Uma depressão fica na

borda.

Recortar com Hollemback.

Cera excedente é

retirada com instru-

mento.

Page 51: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

51

Verificação da borda

pela apical.

Limpeza das fissuras nos

troquéis com uma bola de

algodão embe-bida em

material isolan-te.

Elaboração das bordas

com Hollemback. Alise as

superfícies axiais com um

rolo de algodão e material

isolante para troquéis.

Page 52: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

52

INCLUSÃO DO PADRÃO DE CERA

Padrão de cera é a reprodução precisa, em cera,

da estrutura dentária perdida. Cuidados essenciais

devem ser tomados durante a sua confecção.

A inclusão consiste em envolver o padrão de cera

com um material que duplique com exatidão, a sua forma

e detalhes anatômicos. Durante o processo de inclusão

deve-se Ter conhecimento de que as ligas metálicas

odontológicas usadas na confecção de restaurados

metálicos fundidos, apresentam contração de

solidificação. Portanto, torna-se necessário compensar

essa contração através de uma expansão semelhante no

revestimento.

O revestimento sofre, ocasionalmente, momentos de

expansão:

Page 53: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

53

1) – Expansão de presa: Ocorre pelo crescimento

normal dos cristais de gesso, quando a água adicionada

a um revestimento; é uma expansão controlada pelo

tempo;

2) – Expansão térmica: Ocorre quando o anel contendo

material incluído recebe um tratamento que vai da

temperatura ambiente à temperatura elevada no interior

do forno (650o C a 750o C), na qual é realizada a

fundição do metal.

Vimos, então, que o revestimento cumpre três

importantes funções que são a saber:

1) – Reproduzir precisamente a forma anatômica do

padrão de cera;

2) – Resistir e suportar o aquecimento da queima

do padrão de cera e da injeção do metal fluído na

centrifugação;

3) – Compensar a contração da liga metálica

odontológica.

Page 54: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

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Preparo do padrão de cera com pino formador de

canal de alimentação (sprue):

1) – Uma vez confeccionado o padrão de cera, a atenção

deve ser dirigida ao seu acabamento marginal, a fim de

se evitar distorções e infiltrações posteriores;

2) – Todo trabalho protético, depois de terminado o

enceramento, deve ser imediatamente incluído em

revestimento, para evitar distorções do padrão de cera.

Posicionamento do sprue para formação do canal de

alimentação:

1) – O sprue deve ser posicionado na área de maior

volume de cera, respeitando uma inclinação de 45 graus

com uma porção intermediária de cera, a fim de se evitar

distorções de várias naturezas. O diâmetro do pino de

canalização depende do volume do padrão de cera.

2) – Revestir internamente o anel de fundição com uma

tira de amianto, a fim de compensar os momentos de

expansão do revestimento e facilitar a remoção da peça

Page 55: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

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metálica fundida. A tira de amianto deve ficar 5 mm

aquém da borda do anel.

3) – A adaptação do conjunto padrão de cera / pino de

canalização, na base formadora de cadinho, deve ter

reforço de cera para incrustação, ao redor do sprue. Este

procedimento merece atenção para evitar deslocamento

durante o preenchimento do anel com revestimento

manipulado.

4) – Hidratar o amianto.

5) – Aliviar as tensões superficiais do padrão de cera

(Anti-bolhas).

6) – Observar os detalhes a serem verificados durante

uma inclusão.

7) – Manipular o revestimento respeitando a relação

água/pó.

8) – Aplicar revestimento sobre o padrão de cera, com

um pincel limpo, estando todo o conjunto sobre o

vibrador (técnica convencional).

9) – Adaptar o anel com o revestimento aos poucos, sob

vibração, sem deixar cair revestimento diretamente sobre

os padrões de cera, até a borda do anel.

Page 56: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

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10) – Completar o anel com o revestimento, aos poucos,

sob vibração, sem deixar cair revestimento diretamente

sobre os padrões de cera, até a borda do anel;

11) - Deixar tomar presa por no mínimo, 2 horas.

Obs.: Se a fundição for feita alguns dias após a inclusão,

devemos hidratar o anel por aproximadamente 1 minuto,

para evitar trincas no revestimento.

Detalhes a serem observados numa inclusão:

1) – A distância do padrão de cera à extremidade do

anel, deve ser de no mínimo 6 mm;

2) – A distância do padrão de cera à tira de amianto,

deve ser de no mínimo 3 mm;

3) – A distância de um padrão de cera ao outro, deve ser

de no mínimo 2 mm.

Câmara de compensação:

É uma pequena porção de cera acrescida ao pino

de canalização (sprue). A câmara de compensação

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MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

57

funciona como um reservatório de metal fluído que vai

alimentar a peça fundida. Portanto deve ser posicionada

no centro térmico do anel.

Existem outras técnicas de inclusão:

- Boneca;

- Vácuo;

- Higroscópica.

Obs.: Higroscópica: água a 38o C por 30 minutos e forno

a 150o C.

FUNDIÇÃO DA LIGA METÁLICA

Page 58: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

58

O objetivo único do procedimento de fundição é

proporcionar uma reconstituição metálica da estrutura

dental perdida, com a maior exatidão possível. Para que

esse objetivo seja atingido, é necessário que os passos

laboratoriais que antecedem a fundição tenham sido

efetuados com segurança e precisão.

Após o tempo de presa do revestimento, deve-se

retirar cuidadosamente a base formadora de cadinho e

iniciar o tratamento térmico.

Quaisquer revestimentos soltos, adaptados ao

redor da borda do anel, deve ser removido. O anel de

fundição deve ser aquecido lentamente, pois se o

mesmo for aquecido bruscamente, poderá causar

fraturas no revestimento.

Neste caso, a camada externa do revestimento se

aquecerá antes da camada interna e,

conseqüentemente, a camada externa começara a se

expandir termicamente, ocasionando uma tensão térmica

de dentro para fora, o que resultará em fraturas e trincas

no revestimento. Estas fendas, por sua vez produzirão

rebarbas e espinhas no trabalho fundido.

Page 59: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

59

Um período de aquecimento seguro, para qualquer

tipo de revestimento, não é menor que 60 minutos. Na

técnica de expansão térmica a temperatura do anel é

elevada gradativamente, a partir da temperatura

ambientem, até que sejam atingidos 650 a 700o C.

O processo de fundição mais comum é por

centrifugação. O anel é colocado no forno frio, com o

pino de canalização voltado para baixo, para eliminar a

cera. O forno é ligado com a temperatura de no mínimo

700o C por 20 minutos; em seguida, a temperatura é

ajustada para “média” por mais 20 minutos, quando é

regulada em “máxima” até a temperatura adequada. Ao

atingir esta temperatura, de acordo com a liga metálica a

ser fundida, executa-se a fundição.

Se o anel for mantido a uma temperatura superior à

aquela indicada para a fundição, resultará em uma

fundição rugosa, bem como possível contaminação da

liga, causada pela desintegração do revestimento, que

elimina gases sulfurosos.

Representação esquemática de um anel com a sua

câmara de fundição.

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MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

60

Em {A}, orifício formador de

cadinho;

Em {B}, canal de alimentação

e câmara de compensação

de metal;

Em {C} padrão de cera;

Em {D}, revestimento;

Em {E}, tira de amianto;

Em {F}, anel de fundição.

Uma vez alcançada a temperatura ideal, passa-se

para a fundição da liga metálica, a qual é derretida em

um cadinho refratário e injetada no anel através de

centrifugação.

PASSOS PARA A FUNDIÇÃO DA LIGA METÁLICA

ODONTOLÓGICA

1) – Segurar o contrapeso da centrífuga com a mão

direita e dar tantas voltas quantas forem necessárias

Page 61: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

61

para que, ao ser liberado, a centrífuga gire por, no

mínimo, 30 segundos;

2) – Suspender a trava da base, de modo que fique

apoiada no braço da centrífuga, à frente do conjunto,

onde está posicionado o cadinho;

3) – Colocar o metal no cadinho, em quantidade

suficiente para copiar o trabalho a ser fundido;

4) – Acender o maçarico, observando as regiões de

queima de gás e ar, usando a que é mais indicada para

a fundição da liga, que é a região redutora;

5) – Uma vez derretido o metal no cadinho, retira-lo do

interior do forno, com a pinça tenaz, e posicioná-lo

corretamente na mesa da centrífuga, (verificar a liga a

ser utilizada).

6) – Manter a chama do maçarico dirigida para o cadinho

onde se encontra o metal fluído e, com a outra mão,

tracionar o contrapeso até o deslocamento da trava

armadora. Com cuidado, soltas a centrífuga a fim de

proporcionar a centrifugação do metal derretido.

7) – O metal é injetado para o interior do anel, com uma

velocidade máxima atingida em menos de 1 segundo,

tornando-se gradualmente mais lenta, até parar.

Page 62: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

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Centrífuga e seus componentes básicos.

Representação das posições adequadas durante

uma fundição:

Na esquerda, colocação do anel, no suporte com a

pinça tenaz;

Na direita, preparação do braço da centrífuga para

disparar.

Page 63: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

63

Detalhes importantes para fundição com liga de

prata:

1) – Inicialmente, o anel deve ser aquecido ao

rubro;

2) – Em seguida, deve ser deixado a esfriar, ao ar

livre, por 2 ou 3 minutos, para que a temperatura diminua

até uma faixa entre 450o C e 550o C;

3) – Ponto de fusão do Alloy: 600o C à 650o C;

4) – Sempre verificar as indicações do fabricante.

Liga de fundição (Alloy): É a mistura de dois ou mais

metais.

Considerações sobre a fundição:

Geralmente o combustível empregado é uma

mistura de ar e gás (GLP – gás liquefeito de petróleo).

A temperatura da chama é grandemente

influenciada pela proporção de gás e ar da mistura que,

ao ser queimada lhe dá origem. Deve-se Ter o redobrado

Page 64: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

64

cuidado em se obter um cone de chama em que estejam

bem diferenciadas as regiões de queima.

A região de queima de gás/ar usada para a

fundição é a redutora, na qual a temperatura está

adequada para se realizar a fundição do metal. Ela deve

ser mantida constantemente sobre o metal, até que se

proceda ao processo de fusão da liga metálica. Assim

sendo, a superfície do metal se apresentará brilhante, o

que não ocorreria caso fosse usada a chama oxidante.

Cuidados necessários para a fundição:

1) – A liga metálica não deve ser super aquecida;

2) – Não se deve fundir antes do anel atingir a

temperatura adequada;

3) – Não empregar a chama oxidante;

4) – Não resfriar o anel imediatamente após a fundição.

Page 65: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

65

Obs.: Para a fundição feita com metais Cobre-Alumínio

ou ouro a temperatura do anel deve permanecer entre

650o C a 700o C. Não pode ocorrer o resfriamento do

anel antes da fundição.

Ponto de fusão do Cobre-Alumínio é de 900 à 950o

C.

PADRONIZAÇÃO DO SISTEMA DE INCLUSÃO E

FUNDIÇÃO

Muito raramente vemos um único erro como sendo

responsável pela avaliação final de uma inclusão e

fundição de um elemento inadequado. Na maioria das

vezes é uma combinação de erros manuais (em média

combinação de três erros) que irão causar uma

insuficiência.

Page 66: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

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Causas de erros manuais mais freqüentes:

1) – Posição incorreta do padrão antes de começar o

vedamento periférico;

2) – Uso em geral de agente isolante;

3) – Uso de agente isolante pastoso ou de película;

4) – Falta de concentração do protético;

5) – Aplicação de cera super aquecida, causando

excesso de contração;

6) – Distorção do padrão durante a remoção do padrão

do troquel;

7) – Aplicação de cera no vedamento irregular;

8) – O diâmetro do sprue de alimentação;

9) – Posição do sprue no padrão, na base de borracha

em relação ao centro térmico do anel.

10) – Excesso de agente eliminador de tensão superficial

(Anti-bolhas);

11) – Presa do revestimento enquanto estava sendo

vertido no anel;

12) – Não observar tempo de presa do revestimento;

13) – Relação água/pó incorreta;

14) – Programa de aquecimento do anel muito rápido;

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MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

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15) – Anel em temperatura muito elevada;

16) – Anel em temperatura muito baixa;

17) – Não obedecer tempo de evaporação da cera;

18) – Pressão da centrífuga em excesso;

19) – Pressão da centrífuga insuficiente;

20) – Quantidade de liga metálica usada;

21) – Resfriamento da fundição muito rápido.

Inclusão de ponte para fundição:

Assim como quaisquer trabalhos fundidos, a ponte

confeccionada em cera deverá ser imediatamente

incluída, a fim de se evitar a distorção do padrão de cera.

Verificando a exatidão da abertura de caixas ou

boxes para as facetas estéticas, e a superfície de

separação para solda (se tratar de uma ponte fixa que

necessite de solda), vedamentos periféricos corretos,

sem rebarbas, devemos posicionar os sprues formadores

de pinos de canalização de metal.

Os sprues de cera podem ser posicionados na face

de maior volume de cera, em uma inclinação de mais ou

Page 68: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

68

menos 45 graus, em forma de barras que unem os

componentes da PFF.

Demonstração da fixação do sprue de cera na face de

maior volume de cera, no padrão de cera.

Tal procedimento visa criar um conduto por onde o metal

fluído passará, durante o processo de centrifugação.

Como uma peça metálica, logo após a fundição,

nunca apresenta qualidade superior à aquela da matriz

de cera, ou seja do padrão de cera, esta deve ser

melhorada no que diz respeito ao acabamento. Um

melhor acabamento possível antes de ser incluída no

revestimento. Todo o padrão de cera deve Ter a sua

escultura refinada, ou seja, alisada, sem ranhuras. Todos

os bordos cervicais devem ser minuciosamente

examinados, bem como a superfície interna para se

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MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

69

verificar a adaptação ao modelo individual do dente

preparado, que é o troquel.

Na área externa (oclusal e faces axiais) a cera deve

ser bem polida, bem refinada, usando-se para isso um

pincel bem macio e, um pedaço de algodão úmido.

O pino de cera ou sprue deverá Ter um diâmetro

adequado e atentamente posicionado na área de maior

volume de cera, devendo estar em direção do ângulo

formado entre as paredes do preparo (mais ou menos 45

graus), a fim de facilitar a distribuição da liga metálica, ao

ser injetada por centrifugação.

Nos casos de padrões de cera mais volumosos,

torna-se necessário a utilização de sprues de cera de

maior diâmetro.

O conjunto pino e padrão de cera são colocados

sobre a base conformadora de cadinho, devendo estar

localizado no centro térmico do anel e distante da borda

uns 6 mm. O anel é revestido internamente com uma tira

de amianto, a fim de compensar os momentos de

expansão do revestimento.

Para evitar a formação de bolhas durante o

processo de inclusão do padrão de cera, deve-se tratá-lo

Page 70: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

70

com antitensor superficial (antibolhas), que deverá ser

aplicado com pincel.

O revestimento deve ser manipulado seguindo as

instruções de relação água/pó, fornecida pelo fabricante.

O padrão de cera deve ser pincelado com o

revestimento manipulado (inclusão convencional) e

posteriormente ser vertido para o interior do anel

mediante o auxílio de vibrador mecânico, a fim de

desintegrar as bolhas de ar inseridas na mistura.

Após a presa, mais ou menos durante um espaço

de tempo de aproximadamente 60 minutos, retira-se a

base conformadora de cadinho e posiciona-se o anel no

forno que será aquecido lentamente para provocar a

volatilização da cera, e a desintegração e expansão

térmica do revestimento.

Obs.: O tempo de presa dos revestimentos é fornecido

nas instruções de uso de cada fabricante.

O ciclo de aquecimento poderá ser rotineiro, como

o utilizado nas fundições de outros RMF.

Forno para fundição:

Page 71: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

71

Ligar o forno no mínimo, manter por 20 minutos,

passar para o médio, manter por 20 minutos, passar para

o máximo, deixar que a temperatura indicada seja

alcançada, manter por mais 10 minutos para a

uniformidade da temperatura no interior do forno e

proceder com a fundição normal.

Obs.: Ler especificações de uso das ligas metálicas

fornecidas pelos fabricantes. Atentar-se bem para a

temperatura de fusão, pois não devemos superaquecer o

metal, pois o mesmo perderá propriedades, e o anel com

revestimento, deverá estar a mais ou menos 300 graus

centígrados abaixo do ponto de fusão da liga.

Durante o processo de fundição, armar

corretamente a centrífuga e usar adequadamente a

região de redução do maçarico. Estar sempre atento

para que não haja superaquecimento nem da liga

metálica, nem do anel no interior do forno, o que

prejudicaria sensivelmente a qualidade da ponte fixa

fundida.

Page 72: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

72

EQUIPAMENTOS USADOS NA INCLUSÃO E

FUNDIÇÃO

Além do gral de borracha, espátula para gesso,

espátula 36, pincéis e vibrador, temos:

Espatulador a vácuo:

Manipula e retira as bolhas através de uma bomba

de vácuo e alguns ainda são dotados de um vibrador.

Facilita toda a operação de inclusão além de

proporcionar uma inclusão perfeita.

Anéis para fundição:

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MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

73

Encontrados em vários

tamanhos para atender as necessidades.

São constituídos em aço inoxidável.

Base de borracha:

Acessório indispensável do anel. É nela que será

fixado o pino de canalização com a incrustação, além

dessa função ainda forma no revestimento a base

conformadora de cadinho.

Regulador de Pressão:

Regula a pressão do ar

produzida pelo compressor.

Page 74: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

74

Compressor:

Produz ar, é o alimentador do

laborató-rio, pode ser industrial

ou odontológico.

Maçarico Ar/Glp:

Usado para fundições de

baixa fusão (Au, Ag e

CuAl).

Centrífuga:

Responsável pela

introdução do metal

fluído no anel através

da

centrifugação.

Cadinhos:

Page 75: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

75

Peças refratárias onde

será fluído as ligas

metálicas.

Pinça tenaz:

Pinça usada na retirada e transporte de anéis e cadinhos

quentes.

Forno para fundição: Responsável pela volatização

das ceras e/ou acrílicos e pela expansão dos

revestimentos.

REVESTIMENTOS

Finalidade:

É o material usado para revestir o padrão de cera,

copiando os seus mínimos detalhes, agindo como uma

Page 76: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

76

“fôrma” para receber o metal na fundição, após a

evaporação do padrão de cera.

Revestimento aglutinado por gesso:

- Contém alfa-hemidratado de Gipsita;

- Tempo de presa de 9 a 18 minutos;

- Expansão de presa, compensa a contração da

liga;

- A expansão térmica é de no máximo 700o (650o a

700o graus);

- O revestimento não deve ser reaquecido, porque

pode desenvolver fendas internas;

- É usado para fundição de ligas de baixa fusão

(ouro tipo A e B, Prata, Cobre e Alumínio);

- Manipulado com água (pó + H2O).

Revestimento para soldagem:

- É o revestimento usado para incluir estruturas

metálicas que irão receber solda;

- Expansão térmica mínima;

Page 77: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

77

- Este revestimento deve resistir ao calor durante a

soldagem sem trincar.

Considerações técnicas:

- Os revestimentos devem ser armazenados em

recipientes vedados contra o ar e umidade;

- Durante o uso, os revestimentos devem ser

abertos por curto tempo;

- Deve-se adquirir quantidades adequadas ao

consumo;

- O revestimento deve ser pesado e a água medida,

segundo as instruções do fabricante.

Manipulação do revestimento:

- Devemos sempre seguir as instruções do

fabricante;

- Misturar os cristais;

- Medir o líquido e colocar no gral de borracha;

- Pesar o pó e colocá-lo aos poucos sobre o líquido;

- Espatulação mecânica ou manual;

Page 78: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

78

- Incluir o padrão de cera, que deverá estar limpo e

seco, e devidamente fixo pelo pino de canalização à

base de borracha.

LIGAS METÁLICAS ODONTOLÓGICAS

Introdução:

Liga: É a mistura de dois ou mais metais. Em prótese

odontológica o uso de metais puros é limitado. Sendo

usado as ligas metálicas.

Corrosão: É a deterioração de um metal por reação

com seu meio ambiente. A corrosão é um dos grandes

problemas quando da colocação de uma restauração

metálica no meio bucal.

O meio bucal facilita a corrosão:

- Alimentos com diferentes PHs;

- Ácidos liberados durante a degradação dos

alimentos.

Page 79: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

79

Ouro: Resiste ao ataque químico, sendo portanto o mais

nobre dos metais, indicado para confecção de prótese

odontológica.

Tipos de ligas:

Metais Nobres:

Ouro:

- Metal mais nobre, raramente mancha na cavidade

bucal;

- Elevado coeficiente de condutibilidade térmica;

- Desvantagens: cor;

- Pouco usado devido ao alto custo.

Tipos de ouro – Indicação:

Tipo 1: mole – para pequenas incrustações

(facilmente brunido);

Tipo 2: médio – coroas ¾ espessas, retentores,

pônticos e coroas totais (sujeitas a tensões moderadas).

Page 80: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

80

Tipo 3: duro – coroas ¾ finas, retentores, pônticos e

coroas totais (sujeitas à grande tensões).

Tipo 4: extra duro – estruturas com espaço

protético longo (sujeitas a tensões muito elevadas).

Ouro branco: Predominância de ouro, mas

esbranquiçado com paládio ou paládio e prata.

Platina e Paládio:

- Metais nobres usados conjuntamente com outro

metal, para proporcionar maior qualidade ao trabalho;

- São inertes na cavidade bucal;

- Coloração: esbranquiçada;

- Alta elasticidade.

Liga Prata/Paládio: Esbranquiçadas com predominância

da prata, porém com quantidades de paládio para

promover a nobreza e tornar a prata mais resistente à

manchas.

Page 81: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

81

Liga Paládio/Prata: Liga usada para confecção de

coroas metalo-cerâmicas. Temperaturas de

amolecimento altas o suficiente para permitir a fusão da

porcelana.

Liga Ouro/Platina: Liga usada para coroas, pontes e

incrustações.

Liga de Paládio: Usada em próteses metalo-cerâmicas

e para coroas e pontes.

Metal seminobre:

Prata:

- Não resiste à corrosão;

- Ponto de fusão baixo;

- Cor: branca;

- Uso de paládio para melhorar a qualidade da liga;

- Ponto de fusão de 650o graus.

Metais não nobres: Os metais não nobres são usados

para a obtenção de ligas alternativas.

Cobre-Alumínio:

Page 82: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

82

- Perfeita compatibilidade biológica;

- Liga dura;

- Ponto de fusão de 900 a 950o graus.

Indicação:

- Próteses unitárias (incrustações e coroas totais),

próteses metalo-cerâmicas (metal e acrílico), próteses

parciais fixas e núcleos;

- Oxida-se com facilidade.

SOLDA

É a liga derretida para unir partes metálicas

adjacentes e menos fusíveis.

Requisitos de uma solda:

- Deve escoar facilmente a uma temperatura inferior

ao ponto de fusão da liga a ser soldada;

- Deve apresentar resistência suficiente à

deformação ou fratura;

Page 83: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

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- Resistente à corrosão e perda de brilho;

- O espaço para a solda deve estar dentro dos

limites de 1,5 mm.

Fundente e Anti-fundente: Usado para facilitar a

soldagem no limite de espaço de 1,5 mm.

Fundente: Substância que promove o escoamento

da solda sobre as partes metálicas, limpando a

superfície.

Exemplo: Bórax (soldagem de ouro).

RMF

CONSIDERAÇÕES SOBRE OS TIPOS DE PREPAROS

EM DENTES

Os preparos em dentes são feitos levando-se em

consideração a anatomia e constituição dos mesmos.

Sabe-se que os dentes humanos são órgãos

mineralizados, resistentes, esbranquiçados, implantados

em osso alveolares, anexados ao maxilar e à mandíbula.

Page 84: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

84

Considerando o dente em seu alvéolo, e

seccionando-o longitudinalmente, teríamos pela ordem,

do exterior para o interior: esmalte, dentina e polpa.

Corte longitudinal de um dente.

É justamente esta constituição morfológica do

dente que, servirá de orientação para se executar

preparos em dentes. Assim sendo, os preparos em

dentes terão duas finalidades:

1 – Finalidade terapêutica: Visando a restauração

do tecido cariado ou até mesmo fraturado, devolvendo

ao dente a sua funcionabilidade e estética através da

restauração de suas faces danificadas.

Page 85: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

85

2 – Finalidade protética: Visando criar artifícios

mecânicos de desgaste nas faces do dente, propiciando

condições de retenção para uma prótese fixa.

Vale considerar que tais preparos protéticos,

freqüentemente são executados em dentes hígidos, ou

seja, em dentes sadios, uma vez que podem servir de

suporte para dentes ausentes, no caso de uma prótese

parcial fixa.

Os preparos com finalidade protética podem ser

classificados de acordo com a extensão da profundidade

que atingem na constituição morfológica do dente. Assim

sendo, podemos fazer as seguintes classificações:

1 – Preparos extracoronários ou preparos

periféricos: São assim chamados porque neles a

área de preparo do dente não ultrapassa o limite do

esmalte, havendo desgaste somente nesta região. Neste

tipo de preparo não há aprofundamento de sulcos, box e

canaletas retentivas próximos da dentina.

As coroas totais são preparos extracoronários ou

periféricos que podem ser totalmente metálicos, do tipo

Page 86: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

86

veneer metalo-plástica ou metalo-cerâmica, jaquetas e

as coroas parciais.

Considera-se que coroas totais são tipos de

preparos extracoronários onde o dente é desgastado em

todas as faces, no limite de esmalte.

As coroas parciais são tipos de preparos onde o

dente sofre desgaste em duas ou mais faces,

conservando uma, freqüentemente a face vestibular por

questões de estética.

2 – Preparos intracoronários ou preparos centrais:

São assim chamados porque o dente é desgastado

além do limite do esmalte, podendo haver

aprofundamento de sulcos, box e canaletas de retenção,

ao nível de dentina.

São tipos de preparos intracoronários ou centrais

as coroas tipo OP (ocluso provisório) que são as DO

(disto oclusal) e as MO (mésio oclusal). São

consideradas também as MOD (mésio-ocluso-distal).

3 – Preparo intra-radiculares: São os preparos feitos

em dentes com grande destruição coronária e que

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MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

87

sofreram tratamento endodôntico. Isto significa que a

área de preparo do dente ultrapassou os limites do

esmalte e dentina.

a) – dentes uni-radiculares;

b) – dentes multi-radiculares:

Condutos paralelos;

Condutos divergentes;

Condutos convergentes.

PREPAROS EXTRA-CORONÁRIOS OU

PREPAROS PERIFÉRICOS

Coroas totais:

Metálicas

Veneer:

Metalo-plástica;

Metalo-Cerâmica.

Jaquetas:

Page 88: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

88

Porcelana;

Plástica.

Coroas Parciais:

Para dentes anteriores ¾;

Para dentes posteriores 4/5.

Considerações sobre coroas totais:

As coroas totais podem ser confeccionadas para

quaisquer elementos dentários das arcadas superior ou

inferior, desde que um diagnóstico minucioso assim

indicar. Para tanto deve ser observada a zona de

localização de cada elemento, para se Ter a firmeza da

coroa total que melhor se adapte a ele. Para os dentes

posteriores, onde a zona estética não é acentuada,

indica-se com mais precisão uma coroa total metálica.

Se o elemento a ser restaurado estiver posicionado em

zona estética posterior, ou seja, se o paciente

diagnosticado possui linha de sorriso muito ampla,

incida-se com mais Frequência uma coroa total veneer.

Page 89: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

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Para dentes anteriores, onde o fator estético é

primordial, indica-se uma coroa total de jaqueta (exceto

para dentes caninos).

A restauração veneer que seja ela metalo-plástica

ou metalo-cerâmica, consiste de uma camada de

material estético aplicado na face vestibular da peça

metálica fundida. Caso seja uma coroa total metalo-

plástica, torna-se necessária a criação de artifícios

retentivos durante a confecção do padrão de cera e

abertura de box estético na face vestibular. Isto porque a

união entre a resina acrílica e o metal restaurador é uma

união física que necessita de artifícios retentivos para

fixação da resina estética que restaurará a face

vestibular do dente.

Para dentes anteriores confeccionam-se coroas

totais de jaqueta por serem o trabalho mais indicado para

zonas altamente estéticas. São indicadas para a

restauração individual de elementos, podendo serem

confeccionadas em porcelana ou em resinas acrílicas.

Podem ser igualadas em cor com os dentes naturais,

restaurando, assim, a estética do paciente.

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MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

90

Preparo de uma coroa total posterior.

Preparo de uma coroa total Preparo de uma coroa

total

Anterior (metalo-cerâmica). Posterior (met.-cerâmica.

PREPAROS PARA COROAS PARCIAIS

Page 91: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

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A coroa parcial é uma restauração que cobre duas

ou mais faces do dente natural. Suas faces normalmente

preparadas são a lingual, as proximais, oclusal ou a

incisal. A racionalização em preservar as partes ou parte

do dente visa a estética e a conservação da estrutura

dentária.

As coroas parciais não oferecem retenção tão

satisfatória quanto as coroas totais, mas respondem às

necessidades funcionais e anatômicas no ato de sua

confecção.

TRES-QUARTOS (3/4)

A coroa ¾ é um dos retentores menos utilizados em

prótese, devido ao seu preparo estar condicionado a

determinadas características importantes que devem ser

seguidas rigorosamente para que possam conservar a

face vestibular do dente e oferecer retenção satisfatória.

Este preparo é indicado para dentes anteriores que

apresentam a face vestibular hígida. Pode ser utilizado

como elemento isolado e como retentor de prótese

parcial fixa, no máximo, com 3 elementos. Depende

Page 92: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

92

sobremaneira de pequenas canaletas ou sulcos

proximais que devem ser paralelos entre si.

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MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

93

Preparo de uma coroa parcial ¾.

Características de uma coroa parcial ¾ com pino

modificada e a função desempenhada por elas.

QUATRO QUINTOS (4/5

Este preparo em dentes posteriores recebe a

denominação de preparo quatro-quintos, porque prepara

as faces: distal, mesial, lingual e oclusal, deixando

Page 94: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

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intacta a face vestibular. É a mais usada das coroas

parciais.

O preparo deste tipo não difere dos preparos para

dentes anteriores, quanto às partes da circunferência

gengival, porém a diferença está em se preparar as

faces mesial, distal, oclusal e lingual. Diferenças também

se constatam quanto aos sulcos proximais da área de

preparo.

Nos dentes anteriores eles se apresentam paralelos

ao terço médio vestibular, enquanto que nos dentes

posteriores eles se apresentam paralelos ao longo eixo

do dente, em forma de sulcos ou canaletas de retenção.

São indicados como retentor de prótese fixa (no

máximo 4 elementos) ou como elemento isolado.

Page 95: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

95

Coroa parcial 4/5 com blindagem de cúspide (molar

inferior).

PREPAROS CLASSE III – CAUDA DE ANDORINHA

São assim chamados porque o preparo apresenta-

se em forma de cauda de andorinha e é um preparo

muito conservador, tendo pouquíssima utilização

protética.

É um tipo de preparo que desgasta o dente em

quaisquer de suas faces proximais, avançando as linhas

de preparo para a face lingual, criando um

estrangulamento seguido de posterior abertura em forma

de uma cauda de andorinha.

Page 96: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

96

Preparo para incrustações de Classe II (cauda de

andorinha).

Preparo Classe III, cauda de andorinha, feita em um

incisivo central superior e em um incisivo lateral superior.

Page 97: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

97

Este é um preparo indicado para dentes anteriores

e servem como suporte para uma prótese fixa semi-

rígida, contendo até 3 elementos dentários. Isto porque

em se tratando de um preparo muito conservador, o

dente que servirá de suporte não suportaria a incidência

de forças advindas do ato da mastigação, uma vez que

os dentes anteriores possuem finalidades mastigatórias

específicas.

PREPARO TRÊS-QUINTOS (3/5

São preparos com indicação protética para dentes

anteriores. Por ser um preparo altamente conservador,

tecnicamente não deve ser utilizado como retentor de

uma prótese parcial fixa, o que poderia ocasionar danos

ao paciente, pois o mesmo não suportaria a incidência

de forças sobre ele.

Tendo em vista a sua área de preparo, trata-se

também de um preparo muito pouco usado em prótese

fixa. Difere dos preparos ¾ no que se refere ao preparo

Page 98: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

98

da área incisal, uma vez que nos preparos 3/5 a área

incisal é preservada.

Preparo 3/5 em um incisivo lateral superior e em um

canino, com o objetivo de suportar uma PPF contendo

dois incisivos centrais e um incisivo lateral superior.

PREPAROS INTRA-CORONÁRIOS OU PREPAROS

CENTRAIS

Os preparos intracoronários também são chamados

de preparos centrais, devido ao fato dos dentes sofrerem

desgastes retentivos além do esmalte, podendo serem

observados aprofundamento de sulcos, box e canaletas

retentivas proximais à dentina.

São considerados preparos intra-coronários ou

centrais as coroas OP (ocluso-proximais) que são as MO

(mésio-oclusal) e as DO (disto-oclusal). As MOD (mésio-

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MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

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ocluso-distal) inlay e onlay são consideradas tipos de

preparos intra-coronários ou centrais.

PREPAROS MOD (MÉSIO-OCLUSO-DISTAL)

É muito discutível o emprego de incrustações, ou

seja, restaurações metálicas fundidas para restaurar

lesões MOD, porque não há nenhum elemento no

preparo que proteja as cúspides isoladas, vestibular e

lingual. O restaurado restitui estruturas perdidas no

dente, mas não protege as estruturas remanescentes.

Existem dois tipos de preparo MOD:

1 – MOD Inlay: Preparo intracoronário que restaura

as faces mesial, distal e oclusal, preservando as

cúspides dos dentes e restabelecendo a função

mastigatória e os dois pontos de contato com os dentes

adjacentes.

É um tipo de preparo intracoronário onde as

paredes axiais e pulpar podem se aproximar da polpa

dental em diferentes graus.

Page 100: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

100

É indicado para pacientes com baixa

suscetibilidade a cáries. Também é indicada para dentes

bem posicionados e com oclusão satisfatória. Servem

como retentores para prótese fixas pequenas (máximo 3

elementos) e como elemento isolado.

Preparo MOD inlay. Em A, vista proximal do preparo e

em B, vista oclusal.

2 – MOD Onlay com blindagem de cúspides:

Tipo de preparo intracoronário que restaura as

faces mesial, distal e oclusal. Prepara as cúspides que

ficam protegidas pelo material restaurador, podendo

proporcionar modificações na oclusão do dente. Utilizada

como retentor para prótese fixa pequena (máximo 3

elementos) ou como elemento isolado.

Page 101: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

101

Preparo de uma restauração MOD onlay.

Observação sobre as MOD inlay e Onlay:

Na literatura protética há divergências quanto à

indicação das MOD inlay ou onlay, no que se refere à

utilização ou não utilização das mesmas como retentores

de PPF.

Page 102: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

102

Alguns autores indicam uma MOD inlay como

retentor de PPF pequena, com no máximo três

elementos,; outros já discutem a sua não retenção e

incapacidade de suportar os esforços advindos da

mastigação. Assim sendo, fica a critério do dentista

indicar ou não tais preparos, ficando a mesma não só

como exclusividade de restaurações individuais como

também há constatação da utilização das MOD onlays

como retentores de PPF pequena até três elementos ou

como elemento restaurador isolado.

RESTAURAÇÃO DISTO OCLUSAL (DO)

É uma restauração metálica fundida que restitui a

face oclusal e a face distal do dente natural,

restabelecendo a função mastigatória e o ponto de

contato com o dente adjacente. Utilizada como elemento

isolado.

Page 103: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

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Preparo disto oclusal (DO em dentes posteriores).

RESTAURAÇÃO MÉSIO OCLUSAL (MO)

É uma restauração metálica fundida que reconstitui

as faces oclusal e mesial de um dente natural,

restabelecendo a função mastigatória e o ponto de

contato com o dente adjacente. Possui as mesmas

funções das restaurações metálicas fundidas do tipo DO.

Utilizada como elemento isolado.

Page 104: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

104

Características de um preparo MO e funções de cada uma delas.

TIPOS MAIS FREQÜENTES DE

TÉRMINO DE PREPAROS

VEDAMENTO PERIFÉRICO

PREPARO COM OMBRO DE 90O

Recomendado para coroas de

jaquetas, bastante estético.

(ausência de bisel) - porcelana.

Page 105: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

105

PREPARO COM OMBRO DE 90O COM BISEL

Recomendado em

dentes posteriores

curtos.(estabilidade).

PREPARO EM CHAFRO

BISELADO

Uso limitado em regiões

estéticas.

Posteriores superiores e em

todos os Inferiores.

PREPARO EM 50O

Page 106: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

106

É indicado onde a estética é um pré-requisito –

Metalo-Cerâmica).

Podemos ter em um mesmo preparo, términos

combinados para vedamento periférico, depende

sobremaneira do tipo de trabalho protético a ser

executado.

MÉTODO INDIRETO

Obtido os modelos de trabalho superior e inferior

articulados, com troquel removível fixo, isolar e proceder

o enceramento ou escultura progressivamente,

observando a oclusão com todos os movimentos do

articulador.

Obs.: Nunca usar isolante pastoso ou de película e

nunca remover o troquel antes do término do

enceramento oclusal.

Page 107: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

107

Enceramento e Escultura Progressiva

Mova o articulador em todos os movimentos de

excursão.

Depois de terminado o enceramento e escultura

oclusal, retirar o padrão de cera do modelo, serrar e

remover os troqueis.

Page 108: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

108

Preparar os troqueis fazendo o desnudamento e

marcando o limite de preparo para o vedamento

periférico do padrão de cera.

MODELOS REMOVÍVEIS EM TROQUELIZADOR

DIE-CAST

Faça um

corte com

serra de

cada lado

dos dentes

prepa-rados.

Rompa com

os dedos o

dente

preparado

se-parando-o

Page 109: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

109

do resto do mode-lo. Não o force isoladamente.

TROQUEIS REMOVÍVEIS COM PINO METÁLICO

Localize e remova a cera das extremidades dos pinos.

Remover o troquel do modelo, fazer o

vedamento periférico, observando os detalhes de

adaptação em todas as faces do padrão de extensão e

forma anatômica. Os pontos de contatos proximais serão

reconstituídos colocando-se o troquel no modelo ou no

troquelizador e retocando sempre que for necessário

deixando com um pouco de excesso para a usinagem

em metal.

Page 110: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

110

Ajustados todos os detalhes, proceder a

canalização e a inclusão do padrão no revestimento.

Padrão de cera pronto para ser incluído em

revestimento.

Obs.: O padrão de cera esculpido deverá ser incluído em

revestimento imediatamente após ter sido retirado do

modelo para não sofrer distorções.

FUNDIÇÃO

Após o prévio resfriamento do anel, fazer a

desinclusão e começar a usinagem.

Page 111: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

111

USINAGEM E POLIMENTO FINAL

Antes que qualquer restauração seja

permanentemente adaptada na boca, ela deve ser

altamente polida. A superfície rugosa em uma

restauração é incômoda e também serve de focos

formadores de impactação de resíduos que também

geram desconforto, além de perda dos tecidos vizinhos.

Se a superfície de uma RMF for altamente polida ela se

torna protegida da ação corrosiva de placas bacterianas

PASSOS LABORATORIAIS PARA SE FAZER O

ACABAMENTO DOS RESTAURADOS METÁLICOS

FUNDIDOS

1 – Fazer o jateamento dos RMF;

2 – Seccionar as peças fundidas, utilizando o disco

de carborundum montado no mandril com parafuso, de

modo a não lesar a sua estrutura;

3 – Adaptar a peça fundida ao troquel, utilizando

tinta guache vermelha e broca diamantada 710;

Page 112: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

112

Obs:. para verificar sua adaptação, aconselha-se pintar o

troquel com tinta guache de preferência na cor vermelha.

Tal procedimento objetiva, e orienta a adaptação do RMF

às áreas de preparo do dente.

4 – Fazer usinagem externa, utilizando brocas

diamantadas;

5 – Fazer polimento primário utilizando pedra

montada fina;

6 – Avivar os sulcos da face oclusal, utilizando

broca picotada 699;

7 – Alisar os sulcos da face oclusal utilizando broca

lisa 169;

8 – Fazer polimento primário utilizando borracha de

desgaste;

9 – Fazer polimento final utilizando borracha italiana

e borracha siliconada, montadas no mandril de rosca;

10 – Fazer polimento dos sulcos da face oclusal,

com o kit Viking nas cores marrom, verde e azul.

POLIMENTO NO TORNO

Page 113: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

113

- Pedra pomes, utilizando escova de pêlo número

12;

- Pasta universal, utilizando escova de pano.

EQUIPAMENTOS PARA USINAGEM, JATEAMENTO E

POLIMENTO

Usinagem:

Micromotores:

Indispensável em todos os trabalhos protéticos.

Seu uso é diversificado, podendo ser eletrônico, a

chicote (suspensão), de mesa e de corda. Encontrados

com rotações que variam de 0 a 30.000 RPM. O mais

usado é o de até 15.000 RPM.

Page 114: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

114

JATEAMENTO:

Trijato:

Usado na limpeza das peças metálicas.

Responsável pela produção de microporosidades que

vão auxiliar na cimentação. Possui três bicos com

depósitos independentes para a colocação de

microesferas de vidro, óxido de alumínio, (usado

somente em trabalhos de cerâmica) e mistura. No

mercado são encontrados ainda, o bijato e o monojato

com dois, e um bico respectivamente.

Page 115: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

115

POLIMENTO:

Torno de polimento: usado para o polimento final de

metais e resinas acrílicas. Possuem duas velocidades. O

mais usado é o torno com 1/3 de potência e 1.750/3.500

RPM.

Escova de pelo no 27:

usada nas P.T.R. e

P.P.R. com o auxílio de

pedra pomes umedeci-

das.

Escova de pelo no 12:

usada em incrustações

e facetas estéticas em resinas acrílicas.

Page 116: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

116

Escova de pano: usada para dar o brilho final em

todos os trabalhos metálicos e em resinas com o auxílio

de pasta rouge, kaol ou similar.

DISCOS, PONTAS MONTADAS, MANDRIS E BROCAS

Discos:

Carborundum: Para cortar todos os tipos de ligas

metálicas (USA).

De lixa: Para acerto de biseis em acrílico ou metal.

Page 117: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

117

De aço dupla face: Usada em espaços interdentais de

pontes (SWISS).

Borracha: Grosso/polimento, fino/brilho. indicado para

metais e resinas (NAC/ITA).

PONTAS MONTADAS:

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MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

118

Piranhas abrasivas: São usadas após as brocas

diamantadas em usinagens de metais. (NAC).

Para gesso: Desgaste de gesso (NAC).

MANDRIS:

De rosca: Para pontas de borrachas (NAC).

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MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

119

Com parafuso: Para discos em geral.

BROCAS:

Bush lisa ou picotada: Indicada para fazer o

reavivamento de sulcos (GERMANY).

Diamantadas: Usinagens em todas as ligas metálicas,

cerâmicas e resinas (USA).

Page 120: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

120

Max Cut e Mini Cut: Brocas de altíssima qualidade,

indicada para desgaste de metais como CrCo e resinas

acrílicas (GERMANY).

Especímetro: Equipamento de precisão destinado a

medir espessuras de cera ou metal, evitando que fure

nas fundições ou usinagens.

MATERIAIS PARA POLIMENTO E USINAGEM

Page 121: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

121

Objetivo: Polimento- superfície lisa – não haver retenção

de placa bacteriana.

Técnica: A usinagem e o polimento das próteses

odontológicas são obtidas por abrasão.

Abrasão: É o desgaste de uma superfície contra outra

por atrito.

Tipos de Abrasivos

Óxido de Alumínio: Purificado de bauxita em grãos de

vários tamanhos.

Areia: Quartzo, encontrado em várias granulações. É

usada em lixas de papel e em forma de pó para jato de

areia.

Pomes: Material silicoso usado como abrasivo e como

agente de polimento.

Rouge: Composto de óxido de ferro, é apresentado em

formato de barras ou blocos. É o polimento mais fino dos

agentes utilizados nas peças metálicas.

Page 122: Manual de Protese Fixa

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SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

122

COROAS VENEER (MISTA)

COROA MISTA ou VENEER METÁLO-PLÁSTICA:

É uma coroa total mista composta de uma parte

metálica e outra de resina acrílica termicamente ativada.

A porção metálica pode ser confeccionada com qualquer

tipo de liga metálica, reconstruindo a forma anatômica e

funcional do dente. A porção de resina acrílica é

confeccionada de tal forma que restabeleça

exclusivamente a face estética.

São indicadas como elementos isolados, retentores

e pôntico de prótese fixa, retentores de prótese

removível, usados em dentes anteriores e posteriores

onde a função e estética são importantes.

A aderência da face de resina ao metal é por meio

de retenções mecânicas, previamente obtidas no

enceramento.

A resina é confeccionada através de pincel ou

prensagem e o endurecimento ou polimerização da

resina através do calor, com ou sem pressão.

Page 123: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

123

Corte esquemático de coroa metálo-plástica.

Padrão de cera da coroa total de um canino.

Padrão de cera com abertura de caixa.

Page 124: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

124

INCLUSÃO COROA VENEER (MISTA) – PARA

FUNDIÇÃO

Obs.: Mesmo procedimento de inclusão, visto na parte

de RMF.

Revendo:

01) – Logo depois de encerado, deve ser imediatamente

incluído (caixa e retenções);

02) – Com o padrão de cera no troquel, colocar uma

porção de cera intermediária entre o sprue e o padrão de

cera. Com pouca cera, retocar e fixar melhor em volta do

sprue.

Obs.: Local do sprue ----> área de maior volume de

cera:

Ângulo ----> (+ ou -) 45o com a base;

Diâmetro do sprue ----> depende do volume

do padrão de cera.

Page 125: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

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01) – Fixar o sprue na cera utilidade (na base do anel);

reforçar com cera para incrustações na base ao redor do

sprue;

02) – Fixar tira de amianto ao redor do anel com cera

utilidade fundida. (lembrar da distância de 5 mm);

03) – Hidratar o amianto;

04) – Passar antibolhas no padrão de cera;

05) – Observar distâncias entre os padrões (2 mm), da

parede do anel (3 mm) e da extremidade do anel (6 mm);

06) – Manipular o revestimento (consistência de iogurte);

07) – Passar com pincel limpo o revestimento sobre o

padrão em cima do vibrador;

08) – Adaptar a base no anel;

09) – Ainda no vibrador, preencher o anel com

revestimento aos poucos, sem deixar cair diretamente

sobre os padrões, até a extremidade;

10) – Tomar presa sem mexer no mínimo por 2 (duas)

horas.

USINAGEM DE COROA VENEER A PARTIR DA

FUNDIÇÃO

Page 126: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

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01) – Com o disco de carborundum cortar o pino de

canalização;

02) – Fazer adaptação interna com a broca diamantada

(pintar o troquel com a tinta guache e só desgastar onde

marcar na coroa), até a adaptação total;

03) – Com a broca diamantada, retirar o excesso nos

pontos de contato até que entre com uma certa

resistência no modelo;

04) – Vedar a coroa no troquel com a broca diamantada

usinando apenas a cervical, afinando assim o bisel;

05) – Passar a broca diamantada por toda a coroa,

(tomando cuidado para não perder o ponto de contato);

06) – Passar a abrasiva por toda a coroa e fazer o

polimento final;

07) – Opacificar a fase vestibular;

08) – Encerar a face estética com cera branca ou fazer a

face estética através da técnica do pincel.

RESINAS PARA COROAS E PONTES

Cuidados Preliminares:

Page 127: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

127

Opacificar com opacificador de acordo com as

instruções que o acompanham. Para uma boa

reprodução das cores Biotone, a matização deverá ser

feita de acordo com a tabela abaixo:

Isolar com isolante para resinas acrílicas as áreas

de gesso que irão entrar em contato com a resina. Caso

deseje utilizar o modelo mestre no processamento,

duplicá-lo no todo ou em parte.

Pontes com pônticos devem ser mantidas no

modelo durante a aplicação, sendo removidas após

suficiente geleificação da resina e levados para a

polimerização sob ar comprimido e calor.

Page 128: Manual de Protese Fixa

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SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

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Polimerização:

- Temperatura: 120o C;

- Pressão: +/- 90 libras;

- Tempo: 7 minutos – coroas e 14 minutos –

pontes.

TÉCNICA DO PINCEL

Usando dois potes dapen, colocar em um uma

medida de pó (corpo) e no outro meio medida de pó

(incisal).

Em outros dois potes dapen, colocar uma pequena

porção de líquido modelador. Umedecer um pincel

número 01 (pêlo de Marta) no líquido contido num dos

potes dapen, tocar a superfície do pó para corpo e

aplicar a bolinha que se forma na extremidade sobre a

face vestibular já opacificada.

Limpar o pincel no líquido contido no outro pote e

enxugar com papel absorvente. Repetir a operação até

que o contorno do corpo seja obtido. Não utilizar líquido

em excesso, nem demorar muito entre as aplicações.

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MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

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Limpar o pincel, umedecê-lo com o líquido e pegar uma

porção do pó incisal e espalhá-lo sobre o corpo cobrindo

aproximadamente todo o terço incisal. Colocar em

seguida o trabalho na polimerizadora contendo água à

temperatura ambiente.

A resina deverá ficar totalmente coberta pela

água. As restaurações podem aguardar submersas em

água até 30 minutos antes de iniciar a polimerização, o

que permite polimerizar várias peças ao mesmo tempo.

Fechar a polimerizadora, regular a temperatura

para 120o C e aplicar ar comprimido a uma pressão de

90 libras. Polimerizar durante um tempo mínimo de 7

minutos para coroas e de 14 minutos para ponte, após

se chegar a uma temperatura de 120o C.

Após a polimerização, aliviar a pressão, remover os

trabalhos e submetê-la à água corrente até que a peça

esteja suficientemente fria para ser manuseada. O

acabamento é feito removendo o excesso de material

com pedras finas, discos e borracha.

Page 130: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

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USINAGEM - (FACE ESTÉTICA)

01) – Com a piranha abrasiva, tirar os excessos de

resina da face estética. Com a quina da broca dar

anatomia (lóbulos e linhas de imbricação).

USINAGEM - (PARTE METÁLICA)

01) – Passar a borracha de pré-polimento e brilho.

POLIMENTO

01) – Polir com escova de pêlo com pedra pomes

umedecida. Passar 3 vezes em cada superfície; (metal e

resina);

02) – Polir com escova de pano com pasta universal.

Passar 3 vezes em cada superfície;

03) – Polir com borracha para brilho (tipo italiana), só o

metal;

04) – Lavar com água e secar.

COROA DE JAQUETA

Page 131: Manual de Protese Fixa

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SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

131

Coroa de Jaqueta (coroa total de porcelana ou resina

acrílica):

É a mais estética de todas as coroas, no entanto é

a mais frágil delas. Podem ser feitas de resina acrílica; é

muito estética, mas se desgastam e modificam a cor com

facilidade. Estão sendo substituídas pelas coroas totais

de porcelana fundida que apresentam maior

durabilidades e não há modificação de cor.

São indicadas para dentes anteriores, (centrais e

laterais) visando principalmente a preservação da

estética e função.

01 – Efetuar o vazamento do modelo;

Page 132: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

132

02 – Montar no articulador, seguindo o passo a passo da

montagem em articulador, para evitar erros que terão

que ser corrigidos montando novamente;

03 – Enceramento:

- Isolar com vaselina líquida ou isolante para

troquel;

- Fazer um casquete com a própria cera branca;

- Proceder o enceramento das esculturas em cera

branca;

- Fazer os movimentos do articulador e conferir

altura, contorno e alinhamento.

04 – Serrar:

- Riscar com lápis as paredes do troquel. Estas não

devem ser totalmente paralelas e sim mais

convergentes.

05 – Soltar os troqueis:

06 – Retocar a mesial e distal do padrão de cera.

07 – Desnudar o troquel para fazer o bisel da peça,

acrescentar cera nos pontos de contato.

Page 133: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

133

PASSO A PASSO PARA INCLUSÃO EM MUFLO

(JAQUETA)

Obs.: Muflo tem rosca, portanto é diferente de contra-

muflo que não tem rosca.

1A ETAPA:

01 – Afofar o pó (gesso comum);

02 – Isolar o muflo e o contra-muflo com vaselina pasta,

suavemente;

03 – Colocar um papel debaixo do muflo;

04 – Passar antibolhas no interior do padrão de cera,

soprar para tirar o excesso;

05 – Manipular o gesso (consistência de maionese);

06 – Com um gotejador, colocar o gesso dentro do

padrão de cera, pouco a pouco com o uso do vibrador;

07 – Colocar gesso no muflo (já está em cima do papel)

em pequenas porções, quando já estiver cheio,

deitar o padrão de cera começando pela cervical, lingual

para baixo, não apertando muito;

Page 134: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

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08 – Dar acabamento alisando o gesso, tirando o

excesso na parte inferior, assim que começar a tomar

presa;

09 – Deixar tomar presa (+/-) 20 minutos.

2A ETAPA:

10 – Passar vaselina no gesso ao redor do padrão de

cera;

11 – Passar antibolhas na face vestibular;

12 – Parafusar o muflo no contra-muflo, observando a

referência;

13 – Manipular gesso pedra;

14 – Colocar o muflo já parafusado ao contra-muflo no

vibrador e ir colocando o gesso até cobrir, retirando

o excesso;

15 – Deixar tomar presa no mínimo durante meia hora.

PRENSAGEM DA COROA DE JAQUETA

01 – Abrir o muflo;

Page 135: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

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02 – Eliminar com água fervendo toda a cera do muflo e

do contra-muflo;

03 – Jogar água super limpa e fervendo;

04 – Fazer isolamento com isolante de película

(resina/gesso);

Lembrar de agitar o isolante e passar em um único

sentido;

repetir o isolamento e esperar secar, somente o

muflo;

05 – Aquecer o contra-muflo;

06 – Manipular a resina, ½ pote dappen (parte menor) de

pó e líquido até saturar (tampar);

07 – Preencher o muflo com a resina na fase plástica

mais para fibrosa. Quando ela começa a perder o brilho;

08 – Colocar o plástico por cima da resina (cuidado para

não enrugar). Fechar com o contra-muflo quente;

09 – Prensar por 30 segundos;

10 – Abrir, tirar o plástico, recortar os excessos com o

auxílio de uma gilete, retirar na incisal;

11 – Manipular incisal e colocar onde você cortou;

12 – Prensar a incisal com o contra-muflo quente e

colocar o plástico. Prensar por 30 segundos;

Page 136: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

136

13 – Abrir e tirar plástico, recortar os excessos e prensar

com o auxílio do celofane;

14 – Polimerizar no mesmo dia; Colocar o muflo na água

em temperatura ambiente e elevar a temperatura

normalmente até a ebulição com um mínimo de 02

horas;

Obs.: Para trabalhos escolares com 30 minutos.

15 – Deixar esfriar lentamente na própria água;

Mufla e contra-mufla isolada com vaselina pasta.

Page 137: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

137

Inclusão na contra-mufla.

Eliminação da cera.

Instrumentais utilizados para a manipulação da resina

acrílica.

Prensagem e cocção da resina acrílica.

Page 138: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

138

EQUIPAMENTO PARA TRABALHOS EM RESINA

ACRÍLICA:

Potes dapen: São potes de vidro ou plástico, indicado

para manipulação de resina acrílica. Encontrados em

dois tamanhos para suprir as necessidades do

profissional.

Polimerizadoras: Equipamento usado para o

processamento termo-pneumo-hidráulica de resina.

Colocar até o nível, ligar a polimerizadora na tomada e

no interruptor, programá-la para 120o C, para 90 lbs. de

Page 139: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

139

pressão de ar com o tempo de 14 minutos. Essa técnica

poderá ser adotada para qualquer polimerizadora.

EQUIPAMENTOS PARA PRENSAGEM DE RESINAS

ACRÍLICAS:

Muflos: É usado para

fazer duplicações de

modelos em P.P.R.,

inclusão e prensagem de

trabalhos em resina

acrílica em geral. São

encontrados em vários tamanhos, formas e tipos com ou

sem parafusos.

Page 140: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

140

Prensas: Podem ser manual ou hidráulica, usadas nas

prensagens de resinas acrílicas.,

Fogão de duas bocas: Podendo ser industrial ou

doméstico, seu uso é diversificado e indispensável no

laboratório.

Tesoura para cortar gesso: Usada para cortar gesso

nas demuflagens e desinclusões.

Page 141: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

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Chaves de fenda: Uso diário diversificado (abertura de

muflos, aperto e desaperto de parafusos.)

RESINAS DENTÁRIAS

Definição: São materiais compostos polímeros (pó)

e monômeros (líquidos), que quando misturados dão

início a uma reação de polimerização, dando origem a

uma plástica que poderá ser modelada. As resinas além

da forma pó e líquida, podem ser apresentadas na forma

de pasta/pasta.

Exemplos:

Sistema pó/líquidos: Biotone, Clássico, Dencor

e Colorstat;

Sistema pasta/pasta: Vitapan, Isosit e etc.

Requisitos para resina dentária:

- apresentar translucidez ou transparência;

Page 142: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

142

- ter estabilidade dimensional (não expandir,

contrair ou distorcer);

- ter resistência mecânica a abrasão (resistir a todo

uso normal);

- ser impermeável aos fluídos bucais (não se tornar

anti-higiênica ou desagradável em sabor ou odor);

- insolúvel nos fluídos bucais ou em quaisquer

substâncias levadas à boca (sem evidência de ataque

corrosivo);

- destituída de sabor, odor e ser não tóxica ou

irritante aos tecidos bucais;

- baixo peso específico;

- sua temperatura de amolecimento deve ser mais

elevada do que a de quaisquer alimentos ou líquidos

quentes ingeridos;

- no caso de quebra inevitável, deveria ser passível

de reparação fácil e eficiente.

Obs.: Nenhuma resina foi encontrada até agora que

preenchesse todos os requisitos acima.

Page 143: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

143

Classificação das resinas:

Uma classificação pode ser feita com base no

comportamento térmico da resina. As resinas sintéticas

são, atualmente moldadas de alguma forma, sob a ação

de calor e pressão, sendo:

1 – Termoplástica: Se a resina for moldada sem

alterações químicas, por exemplo, amolecendo-a sob

calor e pressão e por esfriamento após Ter sido

moldada.

Elas são fusíveis e usualmente solúveis em

solvente orgânico. A ativação ocorre pelo calor. É

também conhecida como termo polimerizável.

2 – Termo endurecida: (auto polimerizável): Quando

uma reação química tiver lugar durante o processo da

moldagem, de forma que o produto final seja diferente

quimicamente da substância original, estas resinas são

insolúveis e infusíveis. A ativação química é também

chamada de auto polimerizável.

Utilização das resinas:

Page 144: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

144

- Restauração de dentes ou da estrutura dental

perdida;

- Fabricação de dentes da dentadura;

- Fabricação de aparelhos removíveis;

- Moldagem de núcleos e Casquetes.

Uso:

Auto Polimerizável Termo

Polimerizável

provisória imediata coroa de jaqueta

moldeiras individuais faces estéticas

chapa de prova provisória

base de aparelhos ortodônticos base de PPR e

PTR.

consertos.

Relação pó/líquido:

Podem ser identificados pelo menos quatro

estágios após a mistura entre o pó e o líquido. São eles:

Page 145: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

145

a) – Estágio 1: o polímero (pó) embebe-se gradualmente

de monômero (líquido), formando uma massa fluída e

sem coesividade (arenosa).

b) – Estágio 2: o monômero ataca o polímero. Esse

estágio é caracterizado pela pegajosidade ou

adesividade da mistura, quando tocada ou levantada

com uma espátula (fibrilar).

C) – Estágio 3: a massa torna-se macia e com

consistência de massa de vidraceiro. Ela não é mais

pegajosa e não adere às paredes do pote de mistura.

Este estágio é freqüentemente chamado de plástico ou

gel e é ideal para o uso em odontologia (plástica).

D) – Estágio 4: a massa torna-se mais coesiva e com

características borrachóides. Ela não é mais

completamente plástica. Neste estágio, o acrílico é

inadequado para ser usado em odontologia

(borrachóide).

Armazenagem:

Page 146: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

146

O acrílico deve ser guardado longe da luz e

outros raios, e em local onde a temperatura não seja

elevada.

Atenção: o recipiente do monômero, deve ser bem

fechado, pois é muito volátil

USINAGEM E POLIMENTO

01 – Pintar o troquel com tinta guache para adaptação;

02 – Com broca 699 ou 700 PM em baixa rotação,

eliminar os resíduos de gesso e adaptar a coroa;

03 – Pedra montada fina para retirar excesso de resina e

retocar a escultura;

04 – Escova de pêlo com pedra pomes úmida no motor

de bancada ou torno de bancada em média rotação;

05 – Escova de pano com branco de Espanha ou Kaol

no torno de bancada em alta rotação;

06 – Lavar em água corrente para eliminar material de

polimento;

Page 147: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

147

PONTE FIXA

DIAGNÓSTICO E PLANO DE TRATAMENTO EM

PRÓTESE FIXA

Inicialmente antecedendo a quaisquer colocações,

saliento que todo trabalho protético fixado na boca de um

paciente, depende sobremaneira da capacidade do

dentista em planejar e executar os preparos.

O campo de tratamento protético abrange desde

restaurações unitárias até a reabilitação de toda a

oclusão do paciente.

Um dente restaurado isoladamente, recebe de volta

a sua função e estética, assim como os dentes ausentes

podem receber substitutos artificiais fixos que

melhorarão o conforto e a capacidade mastigatória do

paciente. Também é possível mediante restaurações

fixas, realizar correções básicas necessárias a um

tratamento de ATM.

Page 148: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

148

Um diagnóstico preciso e acurado da situação do

paciente, deve ser feito pelo dentista, envolvendo as

seguintes situações clínicas:

- anamnese;

- exame intra-oral;

- modelo de estudo;

- exames radiográficos.

Uma vez diagnosticado, inicia-se o plano de

tratamento que de acordo com cada situação, pode

restaurar, reabilitar ou até mesmo substituir dentes

ausentes, como é o caso das PPFs (Prótese parcial

Fixa), mais comumente conhecidas como pontes fixas.

Os dentes naturais ausentes devem ser

substituídos, assim sendo, se o espaço edêntulo localiza-

se em região anterior, o diagnóstico prevê a devolução

da estética. De igual importância é a reposição de dentes

em espaços edêntulos na região posterior, pois o

diagnóstico prevê a restauração da capacidade

mastigatória e outras necessárias à saúde oral do

paciente.

Page 149: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

149

ENCERAMENTO DIAGNÓSTICO

PLANO DE TRATAMENTO INTEGRADO DE

PREPARO DE BOCA

O plano de tratamento integrado representa os

procedimentos em boca, com objetivo de obter uma

prótese mais duradoura para o paciente.

Também conhecidos como preparo de boca, estes

procedimentos são divididos didaticamente em duas

fases as quais estão relacionadas diretamente com a

experiência e a capacidade profissional frente ao caso

clínico e ao comportamento emocional do paciente

durante o tratamento.

Na primeira fase são realizados os procedimentos

curativos (fase curativa), os quais englobam todos os

procedimentos terapêuticos que objetivam a condição de

saúde às estruturas remanescentes, sem se preocupar

com a reabilitação dos dentes.

Estes procedimentos fazem parte da Segunda parte

e estão relacionados diretamente com a construção da

prótese (fase protética).

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MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

150

Podemos dizer que a fase curativa é uma etapa

preparatória para a fase protética, pois o tratamento

terapêutico da primeira está freqüentemente subordinado

à fase protética.

O planejamento prévio é elaborado após uma

minuciosa análise, exame clínico, exame radiográfico,

exames complementares (se necessário) e modelos de

estudo (que são enceramentos diagnósticos). A partir de

uma análise criteriosa das estruturas remanescentes é

que desenvolvemos o plano de tratamento. Em função

deste planejamento, a fase curativa será executada. As

experiências clínicas do profissional auxiliam muitas

vezes a prever o comportamento das reações biológicas

frente aos tratamentos realizados e ao comportamento

emocional do paciente.

Os procedimentos que estão relacionados com a

fase curativa são: emergências (dor e face estética),

extrações, cirurgias,

endodontia, ortodontia e as

fases clínicas e cirúrgicas da

periodontia.

Page 151: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

151

Os procedimentos que estão diretamente

relacionados com a fase protética são: análise funcional

da oclusão em boca e articulador, paralelismo entre

preparos, conjugação com outras próteses.

FASE CURATIVA

1 – Emergências: São na maior parte das vezes, os

motivos pelos quais o paciente procura o profissional.

Pode ser por dor ou estética;

2 – Periodontica: O nosso objetivo é que os dentes

remanescentes do paciente tenham a maior longevidade

possível. É importante que o profissional saiba quais são

as características gengivais normais quanto à dor,

consistência, textura e a tendência ao sangramento, para

que possa tratar as genginopatias que estão presentes

em quase todos os pacientes;

3 – Cirurgia: As principais situações clinicas em que é

necessário realizar cirurgias são: extrações e

alveoloplastias;

Page 152: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

152

4 – Condicionamento da fibromucosa: Mais para a

P.P.R.;

5 – Endodontia: É aconselhável que se aguarde 60 dias

após os tratamentos endodônticos para assegurar uma

reação tecidual favorável;

6 – Dentística: As cáries devem ser tratadas objetivando

a futura prótese;

7 – Ortodontia: É uma especialidade que cada vez mais

integra-se com as outras. Tem trazido enormes

benefícios à cirurgia, ao tratamento das disfunções do

sistema neuro-muscular-articulação, à Dentística e

especialmente às próteses;

8 – Periodontia: (fase cirúrgica) o tratamento cirúrgico

com fins protéticos visa; aumento de coroas clínicas e a

recuperação de espaço biológico.

Page 153: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

153

O aumento de coroa clínicas é um recurso terapêutico

utilizado no preparo periodontal de prótese fixa.

FASE PROTÉTICA

A Segunda fase do preparo de boca compreende

os procedimentos relacionados com a construção da

prótese.

1 – Análise dos modelos de estudo:

Para estudar o caso clínico sobre o modelo

precisamos que estes estejam precisos.

O posicionamento dos dentes no arco, a forma e o

volume dos dentes, facetas de desgaste, qualidade e

número das restaurações existentes, a relação coroa-raiz

devem ser analisadas criteriosamente na boca e no

modelo.

A análise funcional da oclusão em articulador

examina as relações cêntricas (RC) e máxima

intercuspidação e excêntricas (lado de trabalho,

balanceio e protrusivas).

Page 154: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

154

Quando necessário, através dos ajustes oclusais

podemos procurar a estabilidade mandibular.

Desgastes oclusais grosseiros muitas vezes são

realizados na fase curativa, por exemplo: dentes

afetados por trauma.

Dentes que permanecem muito tempo sem o seu

antagonista, extruem, invadindo o espaço anteriormente

ocupado pelo antagônico. Para que um dente nestas

condições possa permanecer no arco, devemos

regularizar os eu plano oclusal, isto implicará na

realização de uma pulpectomia intencional e

posteriormente, cirurgia periodontal, realização de núcleo

metálico e coroa.

Comprometimento

menores do plano

oclusal demandam

soluções mais simples,

desde ajustes diretos

em esmalte à pequenas incrustações metálicas fundidas.

Page 155: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

155

Feito todas estas análises podemos fazer todo o

enceramento que será o passo mais próximo da Prótese

Final.

RESTAURAÇÕES PROVISÓRIAS

É muito importante que o dente preparado seja

protegido e que o paciente se sinta confortável enquanto

a restauração está sendo confeccionada.

Uma boa restauração provisória deve preencher os

seguintes requisitos:

1 – Proteção pulpar: Deve ser feita com um material

que impeça a condução da temperatura. As margens

devem estar bem adaptadas para que não ocorra

infiltração de saliva;

2 – Estabilidade de posição: O dente não deve extruir

nem migrar em direção alguma;

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MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

156

3 – Função oclusal: Fazendo com que a restauração

temporária tenha função oclusal, propicia-se conforto ao

paciente; prevenindo migrações;

4 – Facilidade de limpeza: A restauração deve ser feita

de material e de uma forma tal que facilite a limpeza

durante o tempo em será usada.

5 – Margens Traumáticas: É da maior importância que

as margens das restaurações provisórias não

traumatizem os tecidos gengivais. A inflamação

resultante dará lugar a hipertrofias, recessões gengivais

ou, pelo menos, sangramento durante a cimentação.

Uma restauração com as margens drasticamente

mal adaptadas provavelmente dará lugar a proliferação

de tecidos;

6 – Resistência e retenção: A restauração deve resistir

às forças que atuam sobre ela sem fraturas ou

deslocamentos do dente. A restauração deve

permanecer intacta ao ser retirada, para poder ser usada

novamente se for necessária;

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MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

157

7 – Estética: Em alguns casos, a restauração provisória

deve oferecer um bom efeito estético, principalmente em

dentes anteriores e nos pré-molares superiores.

Existem muitas formas de proteger provisoriamente

um dente enquanto a restauração definitiva está sendo

confeccionada. Abrangem uma infinidade que vai desde

o cimento de óxido de zinco-eugenól, que se coloca no

caso de uma pequena incrustação intracoronária, até às

diferentes coroas totais.

As coroas totais provisórias tanto podem ser pré-

fabricadas como feitas individualmente.

As condições para uma boa coroa provisória podem

ser fácil e plenamente atingidas pela utilização de uma

restauração individual de acrílico. Por sua facilidade,

exatidão e proteção pulpar, prefere-se a técnica indireta

à direta. O contato do acrílico em polimerização com a

dentina recém desgastada poderia ocasionar irritação

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MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

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térmica pelo calor ou irritação química pela ação do

monômero residual.

PROVISÓRIO AUTO – POLIMERIZÁVEL

1 – Reconhecer a arcada, o lado e os dentes

preparados;

2 – Delimitar a área de trabalho;

3 – Isolar o modelo com isolante para troquel;

4 – Confeccionar o enceramento do padrão de cera com

cera branca;

5 – Vedar o enceramento para que ele fique fixo no

modelo;

6 – Hidratar o modelo com o enceramento fixo por

aproximadamente 5 minutos;

7 – Duplicar o modelo com o enceramento em alginato

na proporção de 3 x 3;

8 – Remover o modelo do alginato;

9 – Guardar o enceramento para repetir a duplicação se

necessário;

10 – Isolar o modelo com isolante de película;

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MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

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11 – Entulhar resina acrílica na fase fibrilar para a

plástica no alginato;

12 – Posicionar o modelo no alginato na posição correta

e apertar bem;

13 – Após a polimerização remover o provisório do

alginato e executar o acabamento final.

Vide usinagem e polimento de coroa de jaqueta.

PROVISÓRIO COM DENTE DE ESTOQUE

1 – Reconhecer a arcada, o lado e os dentes

preparados;

2 – Comprar o dente de acordo com o espaço protético;

3 – Fazer a adaptação dos dentes:

Com a broca periforme de aço abrir uma loja na

face palatina, de modo a permitir o encaixe do dente

preparado e, a restabelecer o “plano vestibular” com a

finalidade de dar retenção mecânica à loja, devem estar

estendidos em sentido das proximais;

Page 160: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

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Face cervical: Recorta-se o bordo cervical do dente

(resina) até adaptar-se vestibularmente ao preparo do

dente;

4 – Isolar o modelo com isolante de película;

5 – Posicionar os dentes preparados observando bem o

alinhamento e a altura e fixar por vestibular com cera

branca bem fundida;

6 – Com líquido auto-polimerizável e resina acrílica da

cor do dente, restituir a face palatina utilizando a técnica

do pincel;

7 – Com a broca periforme de aço preparar o ângulo de

higienização do pôntico; (ele deve ser convexo e não

côncavo), observar a altura e o alinhamento do pôntico

em relação ao homólogo e adjacentes;

8 – Posicionar o pôntico no modelo e fixar com cera

branca bem fundida;

9 – Utilizando a técnica do pincel, fazer a união do

pôntico aos retentores pela crista marginal palatina;

10 – Após a polimerização, remover o provisório do

modelo e executar o acabamento final.

PRÓTESE FIXA

Page 161: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

161

CONCEITOS BÁSICOS UTILIZADOS

Prótese Fixa: Concerne a todo trabalho que serve para

restituir partes de um dente natural, ou até mesmo

substituir dentes naturais ausentes. É um trabalho

dentossuportado, sendo para tanto fixos aos

remanescentes, sendo de difícil retirada tanto pelo

paciente, quanto pelo cirurgião-dentista.

Ponte Fixa: É um trabalho protético que visa substituir

dentes naturais ausentes, sendo compostas por barras

que ficam situadas no espaço protético, encontrando-se

suspensas e fixadas aos dentes naturais preparados,

dividindo com eles a absorção dos esforços

mastigatórios.

Pônticos: São elementos constituintes de uma ponte

fixa, cujo objetivo é a substituição anatômica, estética e

funcional do dente natural perdido, devendo sofrer

modificações em relação ao rebordo alveolar a fim de

proporcionar a higienização da área edêntula.

Page 162: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

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Conectores: São as partes que unem os elementos da

ponte fixa, podendo ser rígidos, semi-rígidos, internos e

externos.

Retentores: São os elementos da ponte fixa

responsáveis pela retenção e fixação da ponte fixa nos

elementos de suporte (dentes naturais preparados),

podendo ser principal ou secundário.

Pilares: São os dentes naturais preparados com o

objetivo de suportar e reter a ponte fixa.

Elemento de suporte principal: São os dentes naturais

preparados que suportam a ponte fixa, estando ao lado

do pôntico, dividindo a absorção dos esforços

mastigatórios que incidem sobre a PPF.

Elemento de suporte secundário: São os dentes

naturais preparados com preparos extra-coronários,

intra-coronários ou até mesmo intra-radicular, exercendo

funções semelhantes à dos elementos de suporte

principal, auxiliando na execução de suas funções.

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MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

163

ELEMENTOS DE UMA PONTE FIXA:

Em A, tem-se os retentores principais;

Em B, tem-se os pônticos;

Em C, tem-se os conectores externos;

Em D, tem-se os conectores internos;

Em E, tem-se o espaço protético e

Em F, tem-se o retentor secundário.

CLASSIFICAÇÃO DAS PONTES FIXAS

Ponte fixa é a classificação dada às pontes que são

fundidas em monoblocos ou unidas por meio de soldas.

Page 164: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

164

Ponte fixa unida por meio de soldas.

Em A, vista oclusal da confecção por solda e em B, vista

vestibular.

Ponte Semi-fixa: É a denominação dada às pontes que

são fundidas separadamente e unidas por meio de

encaixes ou attachments.

Figura 5 Figura 6

Na figura 5, tem-se um conjunto de attachment intra-

coronário, conjunto formado por um pino macho e outro

fêmea.

Page 165: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

165

Na figura 6, tem-se os dispositivos macho e fêmea

adaptados a uma ponte fixa, proporcionando uma melhor

dimensão vertical.

O desenho mostra o sistema de encaixe vista por

oclusal.

Ponte suspensa: É a denominação dada às pontes

fundidas separadamente e unidas por meio de um dos

pontos de contatos proximais. Neste caso, o pôntico

entra em oclusão com o antagonista somente em

oclusão central, e nos movimentos laterais ele entra em

desoclusão, liberando-o então, do componente

horizontal. Este mesmo procedimento é utilizado para

restaurar dentes que apresentam suporte ósseo

deficiente.

Page 166: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

166

Uma ponte suspensa, unida através do contato proximal.

Ponte adesiva ou prótese de Maryland: Consiste no

mais recente e imaginativo trabalho em prótese parcial

fixa (PFF), onde a retenção do metal se dá através da

união com resinas compostas.

A ligação é composta de três áreas:

- superfície de esmalte atacada;

- resina composta para união;

- superfície de metal atacada.

As próteses adesivas (PA) na atualidade são muito

populares pois se apresentam como uma alternativa às

PPF e PPR convencionais, porque são mais

econômicas, funcionais e não irritam os tecidos moles e

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MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

167

duros, por exemplo, na substituição dos incisivos

inferiores. O ataque ácido e a prótese adesiva agradam

esteticamente, mas isso pode ser atribuído unicamente a

um maior talento dos protéticos.

Uma prótese adesiva posterior, colocada sobre suportes

não preparados ilustrando uma armação metálica

apropriadamente desenhada e bem planejada.

Vista da incisal da prova de inserção da prótese adesiva

sem cobertura incisal.

Uma prótese adesiva anterior substituindo um

incisivo lateral com “asas” proximais e inserção

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MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

168

rotacional, preparada na face distal do incisivo central e

máxima cobertura pela superfície lingual.

A prótese adesiva é encerada dentro dos limites de

escultura de uma ponte fixa comum, respeitando o

pôntico e suas características, principalmente área de

higienização.

PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA A CONFECÇÃO DE

PONTES FIXAS

Todo trabalho protético ao ser executado requer

cuidados e um acurado conhecimento de oclusão. A

oclusão é uma ciência protética que jamais pode ser

esquecida e um conhecimento básico de conceitos

básicos devem ser sempre lembrados e colocados em

prática. Assim, não é diferente durante a confecção de

uma ponte fixa, nela a atenção deve ser redobrada,

senão incorrem em danos oclusais e funcionais para o

paciente.

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MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

169

Equilíbrio articular: É uma condição primária na

confecção de quaisquer trabalhos protéticos. Um dente

sofre normalmente, a atuação de várias forças que

atuam em várias direções tal qual:

Força ocluso-gengival: É uma força que atua na

direção vertical assumindo os sentidos da mastigação,

sendo que nos dentes inferiores ela tua para baixo,

enquanto que nos dentes superiores, ela atua para cima.

Força gengivo-oclusal: É uma força que atua na

direção vertical, porém com sentido inverso ao da

mastigação, pois quando os esforços mastigatórios

fazem com que as forças incidam sobre os dentes, estas

forças são devolvidas em igual intensidade, igual

direção, porém em sentidos opostos.

Força mésio-distal: É uma força que atua na direção

horizontal em sentidos oriundos dos pontos de contatos

proximais.

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MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

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Força disto-mesial: É uma força que atua também na

direção horizontal, advinda dos pontos de contatos

proximais. Se uma força atua no sentido mésio-distal,

outra força reage em igual intensidade na mesma

direção horizontal, porém em sentido oposto, isto é, no

sentido disto-mesial.

Força vestíbulo-lingual: É uma força que atua na

direção horizontal indo de fora para dentro, ou seja, atua

no sentido vestíbulo-lingual.

Força linguo-vestibular: É uma força que atua na

direção horizontal advindo do interior da boca para fora.

É uma força mais comumente aplicada em dentes

anteriores.

Toda vez que um dente perde o ponto de contato,

outro dente correspondente do arco oposto está sujeito a

atuação de todas estas forças, que incidindo sobre as

suas faces, formam componentes de forças cuja

resultante possui intensidade suficiente para deslocá-lo

de sua posição natural, Tal acontecimento faz com que

venha a ocorrer a perda do equilíbrio articular, que é uma

Page 171: Manual de Protese Fixa

MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

171

condição primária para uma oclusão perfeita, de acordo

com a individualidade de cada indivíduo.

A proteção é outro fator gerador de conforto e

eficiência para a ponte fixa. Ela deve proteger os dentes

que servirão de suporte ou dentes pilares, assim como

também deve proteger a gengiva. Para isso, o número

de pônticos devem ser proporcionais ao número de

retentores.

A higienização é um fator que deixa a ponte em

desvantagem sobre quaisquer trabalhos protéticos,

assim sendo, os pônticos devem ser confeccionados de

forma que haja um leve toque na gengiva, de modo que

se forma nesta região um espaço livre denominado área

de higienização.

A resistência é outro fator importantíssimo para a

confecção de uma ponte fixa. Pois, as cargas

mastigatórias que incidem na superfície oclusal da ponte,

devem ser aliviadas, o suficiente para que ela

permaneça imóvel, na região em que foi cimentada. A

ponte fixa deve ser resistente o bastante para suportar e

dissipar estas forças advindas do ato da mastigação.

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MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

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A estética também é um requisito primário, pois o

paciente visa mais este detalhe do que o propriamente

dito, a funcionabilidade da ponte em si. Assim sendo,

uma ponte fixa deve ter a forma, tamanho e cor

adequadas aos dentes naturais do paciente. As faces

estéticas da ponte podem ser confeccionadas em resinas

acrílicas ou em cerâmicas.

Se todos estes princípios básicos forem

observados, uma ponte fixa vai cumprir os objetivos a

que se destina.

Pontes fixas são aparelhos em que a transmissão

das forças mastigatórias é realizada através dos dentes

suportes ou dentes pilares. Substituem anatômica e

funcionalmente os dentes naturais ausentes. Uma vez

cementada nos respectivos preparos, somente poderá

ser retirada pelo profissional e com destruição parcial da

ponte.

Confecção dos pônticos:

O pôntico é o elemento suspenso de uma prótese

parcial fixa, ele substitui o dente natural perdido,

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MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

173

restabelece a função oral e ocupa espaço do dente

ausente.

Requisitos de um pôntico:

- Restaurar a função;

- Ter biocompatibilidade com os tecidos orais;

- Preservar a mucosa do rebordo residual;

- Promover a estética e conforto;

- Permitir a higiene oral efetiva.

Tipos de pônticos:

1 – Pôntico higiênico: São aqueles usados

principalmente na substituição de molares inferiores e

algumas vezes em pré-molares.

Geralmente é afastado da mucosa a uma distância

de 1 mm, embora alguns casos este espaço possa ser

maior. Este tipo de pôntico pode satisfazer as exigências

funcionais, principalmente a higienização, mas

esteticamente deixa a desejar.

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MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

174

2 – Pôntico em forma de cônico: É utilizado para a

substituição de dentes posteriores, onde há a

necessidade de priorizar a estética. Neste caso, o toque

com a mucosa do rebordo deve ser mínima.

3 – Pôntico meio cônico ou em forma de aba:

É utilizado em regiões estéticas

superiores e inferiores, ou seja, para IC,

IL e C. Difere dos pônticos cônicos pelo

aumento do toque com a mucosa do

rebordo e pela diminuição das ameias.

4 – Pôntico em forma de cela:

Seu contato com a mucosa do rebordo

se dá de tal maneira que copia a forma e o

contato do dente natural. Atende as

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MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

175

necessidades estéticas, mas não satisfaz as

necessidades de higienização. Proteticamente, é um

pôntico contra-indicado em quaisquer situações.

Aspecto proximal de um

pôntico fundido em metal

odontológico, nas faces

oclusal e lingual, pronto para receber a faceta estética.

Deve-se então, serem observados os seguintes

princípios:

1 – Todas as superfícies do pôntico, assim como da

PPF, de um modelo geral devem ser convexas, lisas e

corretamente concluídas;

2 – A face oclusal deve estar sempre em harmonia com

a oclusão do dentes adjacentes;

3 – O comprimento total das faces vestibulares deverá

ser igual ao comprimento dos dentes pilares e pônticos

adjacentes, em especial quando a estética é requisito

primário;

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MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

176

4 – Os contornos vestibulares e linguais se conformarão

com os dentes adjacentes naturais;

5 – As ameias, sobretudo por lingual, devem abrir-se ou

projetar-se de modo que permitam movimento de

estimulação natural dos tecidos moles durante a

mastigação e assim proporcionarem a eliminação de

partículas alimentares através dos espaços

interproximais;

6 – As uniões proximais devem ser arredondadas e não

agudas, a fim de facilitar a limpeza tanto natural como

mecânica;

7 – As ameias e o contato dos tecidos moles com o

pôntico permitirão a limpeza fácil com o fio dental, por

parte do paciente;

8 – O contato com o declive vestibular em zonas

estéticas deve ser uniforme e livre de pressão, com

mínima superposição com o rebordo;

9 – Para zonas, onde o equilíbrio estético não é tão

importante, o pôntico pode apresentar em formato

cônico, com um mínimo de toque sobre o rebordo;

10 – A escultura dos retentores deve ser cuidadosa e

minuciosa, de modo que haja uma harmonia entre eles e

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MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

177

o pôntico, a fim de que o conjunto PPF, venha a cumprir

sua função.

PASSOS LABORATORIAIS PARA A CONFECÇÃO

DA PONTE FIXA

De posse do modelo, devemos fazer a sua

montagem em articulador, seguindo os passos

convencionais de uma montagem.

1 – Delimitar atenciosamente a linha de término de cada

preparo, a de se ter com precisão a integridade da área

de trabalho, que não deve ser lesada, em hipótese

alguma;

2 – Ter sempre em mente os traços anatômicos do dente

a ser restaurado ou até mesmo substituído, como no

caso dos pônticos, e também lembrar sempre os

componentes de um dente que são:

- Cúspide – elevação maior;

- Fossa – depressão maior;

- Crista – elevação menor;

- Sulcos depressão menor.

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MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

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3 – Confeccionar a coroa ou restaurado seguindo

sempre os passos de enceramento progressivo,

verificando os contatos oclusais para cada adição de

cera. Fazer o refinamento da escultura, cuidando sempre

dos detalhes anatômicos e morfológicos. Quanto mais

refinada a escultura, mais fácil serão os passos da

usinagem;

4 – Confeccionados cada retentor, observada a sua

oclusão com o modelo antagonista, passa-se para a

confecção do padrão de cera referente ao pôntico. Não

podemos esquecer de todos os cuidados a serem

observados na confecção de um pôntico, tais como

contornos, áreas de higienização, delineamento, altura e

outros que não podem fugir da memória;

5 – Com um pedaço de sprue, do comprimento da área

equivalente ao pôntico, unir os retentores pelas faces

proximais, mais ou menos na altura do terço médio.

Observar se ele não toca no rebordo, e levantar um cone

direcional para se Ter a altura da cúspide ou cúspides

dependendo do dente. Acrescentar cera para formar as

vertentes transversais, cuidando do alinhamento da

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MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

179

escultura com traços anatômicos e morfológicos do

dente a ser substituído. Não podemos esquecer do

arredondamento de faces, principalmente na área de

higienização que deve respeitar um ângulo para que a

limpeza natural e mecânica seja efetiva;

Em A, escultura de uma ponte inferior, detalhando

contornos do pôntico orientado pelo rebordo.

Em B, vista proximal do padrão de cera do pôntico onde

o “H” é a área de higienização que permite a limpeza

natural e mecânica, por parte do paciente.

6 – Após confeccionado o padrão de cera da PPF,

devemos Seccionar os troquéis, cuidando para que não

seja lesado a área de término do preparo. Fazer a

retirada do gesso em volta desta área, reforçar a linha de

término e proceder o vedamento periférico e acertos da

escultura pelas faces proximais;

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MANUAL DE PRÓTESE FIXA

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

180

7 – Após a injeção do metal fluído por centrifugação para

o interior do anel, aguardar o resfriamento do anel por

alguns minutos a fim de que possa tratá-lo com um

choque térmico que tanto é benéfico para o metal

fundido, como auxilia a remoção da ponte fixa do interior

do revestimento. Com o auxílio de uma escova, lavar os

resíduos de revestimento.

8 – Finalmente, a fundição deve ser passada por um jato

de areia para completar a limpeza e separada do pino de

alimentação, com auxílio de disco de carborundum

adaptado ao mandril;

9 – As paredes internas do trabalho (PPF) deve ser

inspecionada a fim de visualizar pequenos nódulos ou

bolhas que impedem a adaptação correto no troquel. Em

hipótese alguma, o trabalho fundido deve ser

pressionado sobre o troquel, pois pode fraturar o gesso e

ocasionar a má adaptação na boca do paciente;

10 – Uma maneira comum e simples de fazer a

adaptação é pintar o troquel na área de trabalho com

uma tinta guache, deixar secar e posicionar o trabalho

fundido suavemente, de modo que as marcas registradas

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MANUAL DE PRÓTESE FIXA

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no interior da peça, as quais deverão ser desgastadas,

melhorando assim a adaptação íntima do troquel;

11 – A usinagem deve se processar tendo sempre o

trabalho adaptado ao troquel para evitar a deformação

das bordas de vedamento;

12 – Faz-se somente a adaptação da ponte fixa no

modelo de trabalho, usando brocas diamantadas e

pedras abrasivas de mini-abrasão. A face oclusal é

trabalhada com brocas de aço fina, a fim de se Ter

melhor acesso aos sulcos e fossas;

13 – Não devemos usar pastas de polimento antes da

soldagem, pois ela dificulta a ação do fundente;

14 – A ponte fixa pré-usinada é testada na boca do

paciente a fim de se fazer a união correta do pôntico ao

retentor. Esta união pode ser feita com o auxílio de cera

pegajosa ou resina (Duraley ou Resinley), sendo um

procedimento de juízo pessoal. Esta união visa uma

adaptação mais correta, efetivando um passo que

implicará na efetivação da funcionabilidade da ponte fixa.

15 – A ponte fixa deverá ser incluída para solda, de

modo que o revestimento proteja todos os bordos finos, e

as outras partes onde a solda não deve penetrar,

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deixando livre a área de conexão bem exposta. As

exigências para uma soldagem rápida e bem sucedida

incluem estabilidade e contato das peças a serem

unidas, acesso e limpeza;

16 – Também é de primordial importância a capacidade

de controle sob o maçarico a fim de se ter um controle

sobre a temperatura a ser utilizada na soldagem;

17 – Quando a soldagem estiver pronta, o conjunto

deverá esfriar de modo que o metal se torne um pouco

escuro e possa receber um choque térmico que é

benéfico tanto para a solda quanto para o metal;

18 – O revestimento é retirado e a ponte fixa usinada

para receber a face estética.

SOLDAS EM PONTE FIXA

O que é soldagem: Soldagem é a união de metais pelo

emprego de um metal de carga, que apresenta

temperatura de fusão substancialmente menor que a das

partes a serem unidas.

O que são fundentes?

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Os fundentes são usados na soldagem para

dissolver impurezas e proteger a superfície contra a

oxidação, enquanto estiver sendo aquecida.

O fundente pode ser empregado em forma de pó ou

em forma de pasta. Se usado em forma de pasta, o

álcool deve ser usado como componente líquido, mais

propriamente que a água.

O que são anti-fundentes?

São quaisquer materiais colocados sobre a peça,

antes do fundente de soldagem ser aplicado, para

confinar o escoamento da solda derretida.

Se a temperatura de soldagem não for

excessivamente alta, a área pode ser marcada com

grafite, que é muito fácil de se usar, principalmente em

superfícies não muito polidas.

A solda derretida não escoará através da linha de

grafite, a menos que uma temperatura seja atingida na

qual o carbono combina-se com o oxigênio, e, assim é

removido da superfície.

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Outras substâncias anti-fundentes são encontradas

no mercado odontológico que visam cumprir a finalidade

a que se destinam, que é criar uma área de limitação

onde a solda será realizada. Tal área de limitação, evita

o escoamento da solda, efetivando o seu confinamento.

REVESTIMENTO PARA SOLDAGEM

A composição do revestimento para soldagem é

semelhante à de um revestimento de quartzo para

fundições. Porém, um revestimento à base de quartzo é

preferível do que um revestimento à base de cristobalite,

por causa da menor expansão térmica do revestimento à

base de quartzo. Além disso um revestimento com baixa

expansão de presa é preferível do que um com

expansão de presa normal elevada.

A expansão de presa tende a alterar o espaço entre

as partes a serem soldadas e pode até mesmo causar

distorções de todas as naturezas. Em nenhuma

circunstância o revestimento deve entrar em contato com

a água, durante a sua presa, pois isso gera expansão

higroscópica. Uma terceira exigência do revestimento

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para soldagem é que ele resista ao calor da chama

durante a soldagem, sem rachar-se.

SOLDAGEM DE PEÇAS INCLUÍDAS EM

REVESTIMENTO

Entre o pôntico e o retentor, ou seja, entre o espaço

onde se fará a solda, deve haver um intervalo adequado

para o escoamento da solda. Uma medida correta da

distância entre as partes a serem unidas é importante

para evitar as distorções de toda a natureza.

Esta distância, teoricamente, relaciona-se com três

fatores:

- Expansão térmica do revestimento durante o

aquecimento;

- Expansão térmica das partes a serem soldadas;

- Contração da solda durante a solidificação.

A expansão térmica do revestimento faz com que

as partes se separem, durante o aquecimento, mas a

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expansão térmica das partes metálicas tendem a fechar

o espaço e neutralizar parcial ou totalmente o efeito da

expansão do revestimento. A contração da solda,

durante a solidificação, é, presumivelmente, da mesma

magnitude que a contração de fundição da liga metálica

para fundições.

Se as partes a serem soldadas estivem em contato

antes do aquecimento, a resistência à união será baixa e

a distorção muito elevada. As partes devem, estar

separadas pelo menos uns 1,5 mm com o objetivo de

impedir distorções e deixar livre o escoamento da solda

fluída.

As superfícies a serem soldadas devem ser

paralelas entre si, uma área de solda em forma de V ou

de cunha pode também causar distorções.

Uma vez que todos estes detalhes

importantíssimos foram observados, deve-se retirar com

cuidado a ponte do modelo de trabalho e passar para a

inclusão em revestimento para solda. O bloco de

revestimento para solda deve ter uma espessura de +/-

2,5 mm.

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Em A, quando as duas superfícies a serem soldadas

estão paralelas entre si, há menor chance de distorção,

sendo que em “B”, o espaço entre as peças não é

uniformente paralelo, apresentando-se em forma de “V”

ou cunha, o que dificulta o escoamento livre da solda,

originando distorções e porosidades.

Ponte incluída em um

bloco de revestimento

deixando visível a

porção

triangular de cera na porção lingual do entalhe.

Após o revestimento ter tomado presa, deve-se

fazer os entalhes linguais e vestibulares em forma de V,

bem direcionados para a área que receberá a solda. O

sprue de cera colocado nesta área, facilitará este

procedimento laboratorial.

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Confecção dos entalhes

linguais e vestibulares no

bloco de revestimento,

proporcionando às canaletas

de soldagem a diferenciação

necessária, de acordo com a funcionabilidade de cada

uma.

O entalhe lingual é mais largo

que o entalhe vestibular.

O entalhe lingual que dará origem à canaleta lingual

deve ser mais largo do que o entalhe vestibular, porque a

solda será aplicada por lingual. A canaleta vestibular é

bastante necessária para se ter acesso para o

aquecimento das peças fundidas. Se essas canaletas

não forem confeccionadas, provavelmente terá uma

solda deficiente e problemática.

Uma vez tomado este cuidado, deve-se passar

para a retirada do Duraley, mediante aquecimento. Todo

cuidado e atenção deve ser dado ao bloco de soldagem,

pois o mesmo deve estar isento de quaisquer tipos de

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impurezas, principalmente na área em que ocorrerá a

soldagem. Se esta área estiver suja ou com resíduos de

cera, Duraley ou até mesmo revestimento, a solda será

comprometida.

A área a ser soldada deve ser isolada, ou seja, com

um lápis ou com anti-fluxo, ou anti-fundente, margear

toda a área que não será soldada. Como vimos, tal

produto tem a capacidade de evitar o escoamento da

solda para áreas indevidas.

Passa-se então, para o aquecimento do bloco de

soldagem e para assegurar um aquecimento uniforme e

homogêneo, todo o bloco deve ser pré-aquecido. Se não

se fizer assim, ao se aplicar a chama do maçarico sobre

o revestimento frio, o calor se distribui irregularmente e

pode acontecer distorções da área de solda.

Toda a área em volta do

ponto de solda deve ser

isollada com grafite ou

com anti-fundente.

Procedimento este, que visa evitar o escoamento para

áreas indevidas, tal como para a área oclusal.

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O bloco de revestimento pode ser pré-aquecido no

forno a uma temperatura de até 300o Celsius, o

aquecimento também pode ser feito sobre uma tela de

amianto e aquecimento com o bico de Fischer, durante

uns 15 minutos. O pré-aquecimento do bloco de

soldagem também pode ser feito diretamente com o bico

de maçarico, cuidando para que o aquecimento seja

uniforme.

Bloco de revestimento de soldagem sendo aquecido

cuidadosamente, até a vermelhidão das partes a serem

soldadas, e quando isto acontecer, a chama deverá ser

direcionada para a vestibular (visto em A).

Em B, quando aquecido convenientemente, a solda

deverá ser colocada pelo entalhe lingual.

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Isto se consegue, circulando repetidas vezes a

chama do maçarico em volta do revestimento até a

vermelhidão das partes a serem soldadas.

De posse de 2 a 3 pedaços de soldas de mais ou

menos 3 mm cobertos com fluxo para solda e atentando

para o aquecimento adequado do bloco de revestimento,

que deve estar aquecido, pois a fusão da solda se dá

pelo aquecimento das peças e não pelo calor direto da

chama do maçarico.

Os pedaços de soldas embebidas com fluxo devem

ser colocados no espaço interproximal lingual (figura

anterior em B).

Atenção merecida deve ser dada à quantidade de

solda utilizada, pois uma quantidade excessiva pode

proporcionar condições para que a solda escoe para

áreas indevidas principalmente para a oclusal.

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Avaliação do tamanho da área soldada.

Em A, temos uma solda correta.

Em B, a área soldada ficou muito larga e, em C, a

área soldada ficou muito estreita.

Lembre-se que a solda não deve ser aquecida

diretamente com a chama do maçarico e se isso

acontecer, podem surgir as seguintes dificuldades:

- A solda formará uma bola e não escoará;

- A solda não escoará pela totalidade da área a ser

soldada.

Então para isso dirija a chama do maçarico sobre o

revestimento obliquamente, porque desta maneira o

aquecimento será mais uniforme e as possibilidades de

distorções menores. Atente-se por concentrar a região

redutora do maçarico, por vestibular, pois a solda

colocada por lingual tende a escoar para a vestibular,

onde se encontra a fonte de calor.

Quando a solda escoar para a vestibular, dirija a

chama para a canaleta vestibular e mantenha aí, até que

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a solda preencha toda a área a ser soldada. Mantenha a

chama do maçarico por alguns segundos até a solda

fique brilhante, desligando o maçarico imediatamente

após perceber este ocorrido.

Coloque o bloco de revestimento com a soldagem

pronta em um lugar para ter um pré-resfriamento, nunca

resfrie a soldagem imediatamente, pois tal procedimento

produz tensões que podem transformar-se em

distorções.

Por outro lado, se deixar esfriar lentamente até a

temperatura ambiente, corre-se o risco da produção de

recristalizaçào excessiva e aumento da granulação da

soldagem, o que enfraquecerá o ponto de solda. A

distorção é minimizada quando se deixa esfriar

naturalmente durante uns 5 minutos e resfriada

bruscamente.

Este choque térmico tanto é benéfico para a solda

quanto para o metal odontológico. Feito o resfriamento, a

peça soldada deverá ser limpa com uma escova e

avaliada o ponto de solda, que deverá estar isento de

porosidades e ter um tamanho adequado, caso contrário,

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deverá ser novamente incluída para novos

procedimentos de soldagens.

Obs.: As vezes é necessário voltar a separar os

componentes de uma ponte já soldada. O motivo mais

freqüente é uma falha de ajuste.

Para separar o ponto de solda, deve-se segurar

com uma pinça a ponte soldada e contrariando o

princípio geral das soldagens, aquecer diretamente a

solda com a chama redutora, até a solda ficar brilhante,

se o aquecimento foi suficiente com um simples golpe as

partes irão se separar.

Usinagem e Confecção da face estética:

A ponte fixa deve agora sofrer os outros passos da

usinagem a fim de receber os passos seguintes da

confecção da face estética.

A usinagem segue:

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- Jatear a ponte para retirar resíduos de

revestimentos;

- Brocas diamantadas para acertar o ponto de

solda;

- Piranhas abrasivas (diferentes abrasões);

- Brocas de aço para revidenciar sulcos e fossas

(acabamento oclusal);

- Borrachas e polimento final no torno com pedra

pomes e pasta universal.

Faces estéticas: A ponte fixa usinada agora recebe um

opacificador que auxilia na mascaração do metal e a

coloração final da face estética.

Fazer a aplicação da resina na face estética

utilizando a técnica do pincel (coroa veneer).

NÚCLEO

Preparo para núcleo (método indireto)

Núcleos intra-radiculares (unirradicular):A

restauração de dentes tratados endodonticamente

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através de núcleos metálicos, tem a finalidade de,

simultaneamente, reforçar o remanescente dental (raiz) e

propiciar condições adequadas de retenção para a

restauração definitiva que será construída sobre ele.

O núcleo intra-radicular é constituído de um pino

para fixação intra-radicular e de uma porção que

reconstitui a parte coronária, como se o dente estivesse

preparado para receber uma coroa total.

A parte radicular é cimentada no interior do conduto

e posteriormente a coroa é cimentada sobre a porção

coronária do núcleo metálico.

O objetivo do núcleo intra-radicular é proporcionar

retenção e suporte para a coroa, principalmente contra

as forças dirigidas lateralmente durante a função

mastigatória.

Facilita também o paralelismo entre vários dentes

suportes para uma prótese fixa.

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Partes anatômicas e fisiológicas de um núcleo intra-

radicular.

Quatro fatores devem ser analisados para a

retenção adequada de um núcleo: comprimento,

inclinação, diâmetro e característica superficial.

Comprimento:

Como regra geral, o comprimento da porção intra-

radicular deve atingir a 2/3 do comprimento da raiz, e a

porção coronária deve ser igual ou menor que a porção

intra-radicular.

A não observância dos 2/3 intra-radiculares poderá

ser a causa do insucesso do trabalho, uma vez que a

capacidade de retenção do núcleo estará evidentemente

diminuída, e também poderá ocorrer a fratura da raiz,

uma vez que as forças que incidirão durante a

mastigação estarão mal localizadas e,

conseqüentemente mal distribuídas.

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Preparos de raiz dental, respeitando os 2/3 do

comprimento da raiz.

Inclinação: A inclinação das paredes do núcleo devem

ser o mais paralelas possíveis, isto para respeitar o

paralelismo entre os dentes, uma vez que o objetivo do

núcleo é devolver ao dente parte de sua função perdida

em decorrência do tratamento endodôntico feito. Este

paralelismo mantém as forças igualmente distribuídas no

longo eixo do dente.

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Preparo de canal radicular mostrando o paralelismo de suas paredes.

Diâmetro: O diâmetro da porção intra-radicular do

núcleo metálico é importante na retenção da restauração

e na sua habilidade para resistir aos esforços

transmitidos durante a função mastigatória.

Quanto maior o diâmetro do pino, maior será a

retenção e resistência.

Preparos de cavidades radiculares, onde o canal é alargado em seu diâmetro natural.

Características superficial: Os núcleos podem

apresentar a porção intra-radicular serrilhada e com

forma de parafuso, tipos geralmente encontrados nos

núcleos pré-fabricados, porém quando confeccionamos

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um núcleo pelo método indireto, este deve apresentar a

porção intra-radicular lisa.

Toda porção coronária do núcleo deve ter a

anatomia semelhante à coroa que nele vai ser

construída.

Considerações sobre pinos pré-fabricados: Os pinos

pré-fabricados são cilíndricos, sendo a sua maioria

desenhada a fim de corresponder com o tamanho da

lima endodôntica.

Pino pré-fabricado usado para

reconstruir o dente e reter uma

restauração.

Pino Rosqueavel Dentatus. Pino Brasseler/Vlock.

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Núcleo unirradicular:

A – porção coronária. B – Coroa. C – Porção intra-radicular. Núcleos multirradicular (birradicular): Para o núcleo

birradicular, observa-se os mesmos aspectos e

características do núcleo unirradicular. São para dentes

posteriores (pré-molar). E em caso de raízes

divergentes, os pinos intra-radiculares serão construídos

individualmente e depois unidos na porção coronária

através de sistema de encaixes (bi-partidos, seccionados

ou germinados.

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A – Coroa. B – Porção coronária. C – Porção radicular.

Núcleos multirradicular (trirradicular): São

confeccionados em dentes posteriores (molares), segue-

se a mesma técnica descrita para o núcleo unirradicular

e birradicular.

CONFECÇÃO DO NÚCLEO SECCIONADO

1 – delimitar o término do preparo com lápis vermelho;

2 – isolar com vaselina pasta em todo o preparo;

3 – fazer dois sprues em resina para incrustações finos

para que adaptem nas raízes do preparo (um para o

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maior radicular na vestibular fêmea, e outro para a

radicular da lingual macho);

4 – aplicar resina para incrustações em cada uma das

radiculares da vestibular utilizando um pincel e líquido

auto-polimerizável;

5 – posicionar o sprue e restituir a porção coronária

observando as características do núcleo;

6 – após a polimerização, retirar e observar a exatidão

das radiculares;

7 – desgastar, usando a broca picotada no 703, o

excesso de resina deixando as faces do núcleo

paralelas;

8 – fazer uma canaleta não retentiva na região interna da

coronária, utilizando uma broca picotada mais fina (no

699);

9 – confeccionar pincelando com resina para

incrustações e líquido auto-polimerizável apenas a

porção radicular da lingual, posicionando o segundo

sprue (macho);

10 – após a polimerização, verificar se a radicular foi

confeccionada corretamente;

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11 – retirar o excesso de resina com a broca picotada no

703, permitindo que a radicular do macho seja removida

sem interferências com a fêmea;

12 – isolar com isolante para troquel a parte interna da

fêmea;

13 – encerar a porção coronária do macho, dando

conformidade anatômica ao núcleo, permitindo o perfeito

encaixe macho/fêmea;

14 – confirmar se o macho sai facilmente sem interferir

na fêmea;

15 – antes de incluir no anel de fundição, quebrar a

ponta do sprue da fêmea para melhor posicionamento

das partes do núcleo no anel.

Cuidados a serem tomados durante a confecção do

padrão de cera para núcleos intra-radiculares:

1 – para se obter o enceramento é necessário isolar bem

a área a ser trabalhada, com um isolante gesso-cera;

2 – uma vez isolada a cavidade intra-radicular gotejar a

cera, copiando assim a área preparada. Recomenda-se

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a cera neutra devido a sua plasticidade e capacidade de

copiar com perfeição as áreas preparadas.

3 – com auxílio de um pedaço de cera utilidade, retirar a

porção intra-radicular confeccionada em cera neutra e

verificar a perfeição da mesma. Isolar novamente e

posicionar a porção retirada, em seu devido lugar e

posição adequada.

4 – confeccionar com cera média para incrustações, a

porção coronária atentando bem para a forma e tamanho

do dente a ser reposto.

5 – após a confecção do padrão de cera, ele deve ser

encaminhado para inclusão e fundição.

DESINCLUSÃO

Para fazermos a desinclusão, devemos deixar o

anel esfriar por pelo menos 10 minutos e após, imergi-lo

em água.

Imergir o anel em água corrente e com o auxílio de

um instrumento e a escova, remover todo o

revestimento. Secar e levar ao jato de areia para uma

limpeza final.

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ADAPTAÇÃO E USINAGEM

1 – pintar o preparo com tinta guache na consistência

média sem exagero;

2 – cortar o pino de alimentação (canalização, sprue)

com disco de carborundum, deixando a superfície

uniforme e anatômica;

3 – remover bolhas na porção radicular e levá-lo ao

modelo pintado observando a adaptação. Se necessário

repita a operação orientando-se nas marcas de tintas no

metal;

4 – fazer a usinagem externa com broca diamantada, até

que retorne a anatomia semelhante à feita no padrão de

cera.

5 – finalizando, leve novamente ao jato de areia.

Observação: Como todo núcleo metálico deve servir de

suporte para peça metálica, coroa ou retentor de ponte

fixa, não devemos executar nenhum tipo de polimento.