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Manual de Monografia Jurdica
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MANUAL DE MONOGRAFIA JURDICA
Noes gerais
A monografia jurdica representa o trabalho de concluso de curso dos bacharis em
Direito. Exige, para tanto, que o aluno do curso de Direito escolha um professor orientador
referente rea que pretenda desenvolver seu trabalho. Trata-se de uma pesquisa cientfica,
que traz um estudo minucioso acerca de determinado tema, no sendo exigida uma
abordagem indita sobre o assunto em pauta.
A monografia difere-se da dissertao e tese.
Dissertao: exigida para a obteno do ttulo de Mestre em Direito. Sendo assim,
haver a necessidade de defesa da tese no mestrado (Ps-graduao stricto sensu). A Banca
examinadora composta de trs integrantes (doutores).
Tese: exigida para a obteno do ttulo de Doutor em Direito. A Banca examinadora
composta por cinco integrantes, doutores em Direito.
O curso de Direito da FAECA DOM BOSCO exige que o aluno defenda sua
monografia, no 10 perodo, perante a Banca Examinadora, que dever ser composta por dois
professores:
- Orientador (ser o Presidente): quem orientou o aluno na elaborao da monografia. - Arguidor: responsvel por fazer a arguio dos alunos.
Observe-se que um terceiro professor, no pertencente casa, poder ser convidado
por conta e risco do aluno, desde que haja concordncia da Coordenadoria.
Assim, teremos:
- Um orientador (escolhido conforme a lista de professores divulgada semestralmente pelo Ncleo de Monografia Jurdica);
- Um orientando (aluno que desenvolver o trabalho monogrfico) e - Um arguidor (professor responsvel por fazer a arguio do aluno durante a banca
examinadora, questionando-o acerca de dvidas e questes pertinentes ao tema).
A monografia dever ser desenvolvida segundo as normas da ABNT (Associao
Brasileira de Normas Tcnicas), organizao que define as normas para publicaes
acadmicas realizadas no pas.
ETAPAS PARA A ELABORAO DA MONOGRAFIA
1. ETAPA: PRAZO - o aluno (no 8 perodo) dever observar os prazos estipulados em
Edital publicado pelo Coordenao de Monografia Jurdica - CMJ, para escolha do tema,
orientador, projeto de pesquisa etc.
2. ETAPA: REA - o aluno dever escolher a rea em que pretende desenvolver o trabalho
monogrfico e o professor orientador, por meio de Formulrio prprio. Esse momento
muito importante para o aluno, j que o mesmo passar 8 meses sob a orientao do professor
escolhido. Mas ateno: o professor-orientador possui um limite de vagas, o qual fixado por
Edital. Sendo assim, ao atingir esse limite, a Coordenao da Monografia no aceitar outros
alunos orientandos para os professores que j estejam com suas vagas encerradas.
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Manual de Monografia Jurdica
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3. ETAPA: TEMA - Escolha do tema. O aluno deve observar que a escolha do tema
fundamental. Justamente por isso, interessante que o orientando faa uma pesquisa
bibliogrfica antes da definio final. Temas com poucas referncias bibliogrficas podero
dificultar a pesquisa do aluno. Alm do mais, o tema deve ser restrito. Ex: se o aluno se
propuser a realizar trabalho monogrfico com o tema Propaganda Eleitoral, encontrar uma
grande dificuldade, j que um tema amplo e que requer a preocupao do aluno em tratar de
diversos tpicos. O aluno teria que abordar toda a matria acerca do tema: o que a
propaganda eleitoral, quando a propaganda enganosa, quando ela ofensiva, quando ela cita
o adversrio, quando deve existir o direito de resposta em funo da propaganda etc.. Se o
aluno restringir um pouco, colocando propaganda enganosa, seu trabalho ser menor, mas
ainda assim um tema amplo. O ideal especificar ao mximo. Ex: Quando a propaganda
ofensiva realizada pelo candidato.
4. ETAPA: PROJETO DE MONOGRAFIA - Elaborao do projeto de monografia,
conforme modelo apresentado pela Coordenao de Monografia Jurdica, nos termos deste
manual.
5. ETAPA: MONOGRAFIA - Incio da monografia. Essa etapa dividida em nove fases:
1 fase: levantamento bibliogrfico.
2. fase: pesquisa de explorao, fazendo uma coleta de dados.
3 fase: pesquisa de seleo anlise dos textos que mais se enquadram ao tema proposto.
4. fase: pesquisa especfica - leitura e elaborao de resumos dos textos mais especficos ao
assunto abordado.
5 fase: pesquisa analtica anlise do material selecionado, interpretando-o formao de
opinio a respeito do tema.
6. fase: desenvolvimento do trabalho.
7. fase: reviso gramatical.
8. fase: entrega da monografia.
9. fase: defesa pblica da monografia.
Como se observa, o aluno dever separar o material que ir utilizar. Caso faa a opo
por pesquisa de campo, dever organizar essa pesquisa, observando como e quais as pessoas
que sero entrevistadas etc.
Aps separar o material, o aluno dever selecionar aquilo que interessa sua pesquisa.
importante que o aluno elabore fichamento do material que entendeu ser importante.
Temos algumas espcies de fichamento:
- Ficha bibliogrfica
Representa apenas a indicao de toda a bibliografia consultada.
CASSONE, Vittorio. Direito tributrio. 16. ed. So Paulo: Altas, 2004. 519p.
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- Ficha de transcrio (para citaes)
Realizadas a partir de cpia fiel de frases/pargrafo do texto. Observem que preciso destacar
de que obra e pgina foi retirada a citao, para futura insero da citao na monografia. Ex:
Entendemos que a alquota zero uma coisa e iseno outra. Conforme o caso, podem at
ter os mesmos efeitos. Entretanto, a questo ganha relevo quando os efeitos so diferentes
(CASSONE, Vittorio. Direito tributrio. 16. ed. So Paulo: Altas, 2004. p. 260).
- Ficha de resumo
Exposio abreviada das ideias principais do autor. Significa retirar a essncia do texto
analisado.
- Ficha de comentrio
Visa explicar e interpretar criticamente a ideia do autor, inclusive estabelecendo comparaes
com outras obras da mesma rea de conhecimento.
Feito isso, o aluno j poder iniciar a redao da monografia, lembrando que a introduo e a
concluso, devem ser feitas apenas com o trmino do trabalho monogrfico.
A Monografia Jurdica dever ser apresentada na seguinte ordem:
Elementos pr-textuais:
- Capa (obrigatrio); - Folha de rosto (obrigatrio); - Folha de exame (obrigatrio); - Epgrafe (opcional) - Dedicatria (opcional); - Agradecimento (opcional); - Resumo na lngua verncula (obrigatrio); - Lista de ilustraes (opcional); - Lista de tabelas (opcional); - Lista de abreviaturas e siglas (opcional); - Lista de smbolos (opcional) - Sumrio (obrigatrio);
Elementos Textuais:
- Corpo da monografia (introduo, desenvolvimento e concluso) (obrigatrio);
Elementos Ps-textuais
- Referncias (obrigatrio); - Glossrio (opcional); - Apndice(s) (opcional); - Anexo(s) (opcional); - ndice(s) (opcional)
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A seguir, uma demonstrao dos elementos obrigatrios e de alguns elementos
facultativos comumente utilizados nos trabalhos monogrficos:
CAPA
Dever conter, nesta ordem, os seguintes elementos, escritos em caixa alta (letras maisculas):
a) nome do aluno;
b) ttulo do trabalho em negrito (e subttulo se houver);
c) grau acadmico pretendido;
d) nome da Instituio;
e) cidade da Instituio;
f) ano da entrega.
Modelo:
FOLHA DE ROSTO
Dever conter, nesta ordem, os seguintes elementos, escritos em caixa alta (letras maisculas):
a) nome do aluno;
b) ttulo;
c) natureza do trabalho e nome do orientador;
d) nome da Instituio;
e) cidade da Instituio;
f) ano da entrega.
Modelo:
NOME DO ALUNO
TTULO
BACHARELADO EM DIREITO
FAECA DOM BOSCO DE MONTE APRAZVEL 2015
NOME DO ALUNO
TTULO
Trabalho de Concluso de Curso
apresentado, na forma de uma
monografia, banca examinadora do Curso de Direito da FAECA
DOM BOSCO - de Monte
Aprazvel; sob a orientao do(a)
Titulao Nome do orientador,
visando obteno do grau
bacharel em Direito.
FAECA DOM BOSCO DE MONTE APRAZVEL
2015
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FOLHA DE EXAME
a) nome do aluno;
b) ttulo;
c) local para assinatura dos membros da Banca Examinadora;
d) nome da Instituio;
e) cidade da Instituio;
f) ano da entrega.
Modelo:
EPGRAFE
Facultativa. Tem de ser pertinente e apresentar uma relao evidente com o tema do trabalho.
Representa uma citao, pensamento, provrbio, seguido da indicao de sua autoria. Deve
ser colocada entre aspas.
Modelo:
DEDICATRIA
A dedicatria facultativa. Geralmente o trabalho dedicado aos familiares e amigos.
A dedicatria feita no final da pgina, margem direita.
NOME DO ALUNO
TTULO
BANCA EXAMINADORA
___________________________
___________________________
MONTE APRAZVEL
2015
O princpio dos princpios o
respeito da conscincia, o amor da
verdade.
Rui Barbosa
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Modelo:
AGRADECIMENTO
O agradecimento tambm facultativo. feito, em regra, queles que auxiliaram o aluno de
alguma forma na execuo do trabalho.
Modelo:
RESUMO
Mnimo de 250 palavras e no mximo at 500 palavras em um nico pargrafo.
Seqncia:
a) objetivo do trabalho;
b) importncia;
c) metodologia;
d) resultados.
Obs.: as palavras-chave1 devem vir aps o texto (mnimo de trs e mximo de 6 palavras-
chave) separados por ponto.
1 Palavras atravs das quais o texto pode ser identificado.
Dedico este trabalho monogrfico
aos meus pais, que sempre
estiveram ao meu lado,
acreditando no meu potencial.
AGRADECIMENTO
Agradeo aos meus amigos Fulano de Tal e Fulano de Tal pelo apoio de
sempre.
Ao meu orientador Fulano de Tal pela orientao e ateno durante a
execuo deste trabalho monogrfico.
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Modelo:
RESUMO
O presente estudo tem por objetivo a anlise do princpio da seletividade e da distributividade
na prestao de benefcios e servios no sistema de seguridade social, frente aos ditames
norteadores do Estado do bem-estar e da justia sociais. A importncia deste estudo latente,
j que explora uma rea carecedora de pesquisa. Ademais, trata-se de um tema principio
lgico, base de sustentao do sistema Democrtico de Direito. A avaliao de referido
princpio deu-se atravs de estudos doutrinrios e da comparao entre a Lei do Estado e a
Questo Social com vistas observncia da seleo das necessidades a serem amparadas
e da justia distributiva, a fim de se atingir uma concluso real e especfica. Os resultados
obtidos nos reportam concluso de que o princpio da seletividade e da distributividade das
prestaes no sistema de seguridade social visam garantir a proteo social ao maior nmero
de pessoas possvel. Para tanto, verificar as necessidades de cada qual, para que os recursos
do sistema sejam distribudos de forma igualitria nas reas da sade, da previdncia e da
assistncia social.
Palavras-chave: Princpio. Seletividade e Distributividade. Igualdade. Seguridade Social.
SUMRIO
O ideal que o sumrio traga a seguinte diviso:
- Introduo; - Diviso em Captulos, itens e subitens; - Concluso; - Referncias; - Anexo (se houver).
Modelo: Tema - Princpios do sistema de seguridade social
SUMRIO
INTRODUO ........................................................................................ ..........10
CAPTULO 1 DA QUESTO SOCIAL .............................................................. 15
1.1 Contexto Histrico da Questo Social: A Evoluo dos Direitos Sociais ........ 15
1.1.1 Questo Social: conceito ............................................................................ 15
1.1.1.1 A questo social e os direitos fundamentais do homem: breve evoluo
histrica............................................................................................ ...................16
1.1.1.2 Os direitos do homem e o reconhecimento Internacional dos Direitos
Fundamentais...................................................... .................................................25
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1.1.2 Os direitos sociais constitucionalmente assegurados: uma conquista social . 26
CAPTULO 2 DA ORDEM SOCIAL .................................................................. 31
2.1 Do Bem-Estar e Justia Sociais ..................................................................... 31
2.1.1 Noo geral ............................................................................................... 31
2.1.2 Ideal constitucionalmente consagrado ........................................................ 36
2.1.3 Da necessidade de proteo dos riscos sociais ............................................ 38
2.1.3.1 Evoluo social ....................................................................................... 38
2.1.3.2 Conceito ................................................................................................. 38
CAPTULO 3 DOS PRINCPIOS CONSTITUCIONAIS ..................................... 47
3.1 Os Princpios Constitucionais: alicerce do Sistema Democrtico de Direito ... 47
3.1.1 Do conceito de princpio ............................................................................ 47
3.1.1.1 Normas-regra e normas-princpio ............................................................ 50
3.1.2 A importncia dos princpios constitucionais no ordenamento jurdico ........ 57
3.1.3 Justia social ............................................................................................. 60
3.1.3.1A noo de igualdade ............................................................................... 62
3.1.3.1.1 A igualdade formal e real ..................................................................... 67
3.1.3.2 O princpio fundamental da cidadania ...................................................... 72
3.1.3.3 O princpio fundamental da dignidade da pessoa humana ......................... 75
31.3.4 O princpio da proporcionalidade ............................................................. 82
CONCLUSO .................................................................................................. 104
REFERNCIAS ............................................................................................... 116
ANEXOS ......................................................................................................... 124
REFERNCIAS (de acordo com a ABNT/NBR 6023, ago./2002)
A bibliografia deve ser apresentada na seguinte ordem:
a) Sobrenome do autor (em caixa alta, seguido de vrgula). Ex: ALVIM,
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b) Nome do autor (em caixa baixa, sendo em maisculas apenas as iniciais, com ponto no final). Ex: Arruda.
Obs.: o nome deve ser citado como est na obra, ainda que incompleto.
c) Ttulo da obra (em negrito, sem aspas, seguido de ponto; havendo subttulo no ser utilizado negrito). Ex: Curso de direito do consumidor.
Ex.2: Direito previdencirio: questes controvertidas.
d) Edio (que dever ser indicada apenas a partir da 2 edio; em se tratando da primeira edio, no dever haver qualquer meno a respeito). Ex: 3. ed.
e) Cidade de publicao (seguida de dois pontos. Ex: So Paulo:) f) Editora: que dever vir seguida de vrgula. Ex: Forense, g) Ano de publicao: colocar o ano de publicao da edio consultada. Ex: 2004.
Exemplos:
Livro
ALVIM, Arruda. Cdigo do consumidor comentado. 2. ed. So Paulo: Revista dos
Tribunais, 1995.
BITTAR, Carlos Alberto. Direitos do consumidor: cdigo de defesa do consumidor (Lei
8.078 de 11 de setembro de 1990). Rio de Janeiro: Forense Universitria, 1991.
Livro com vrios autores
At trs autores:
BALERA, Wagner; MUSSI, Cristiane Miziara. Direito previdencirio. 2. ed. So Paulo:
Mtodo, 2005. (Srie provas e concursos).
Mais de trs autores:
Utilizar a expresso et al ou et alii.
GRINOVER, Ada Pelegrini et al. Cdigo brasileiro de defesa do consumidor. 7. ed. rev. e
atual. Rio de Janeiro: Forense Universitria, 2001.
Duas obras do mesmo autor
No dever ser repetido o nome, substitudo por um trao sublinear equivalente a seis
espaos.
CARVALHO, Paulo de Barros. Direito tributrio: fundamentos jurdicos da incidncia. So
Paulo: Saraiva, 1998.
______ . Curso de direito tributrio. 12. ed. rev. e ampl. So Paulo: Saraiva, 1999.
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Manual de Monografia Jurdica
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Obra de autoria coletiva, com um coordenador ou organizador
MONTEIRO, Meire Lcia Gomes (Coord.). Introduo ao direito previdencirio. So
Paulo: Ltr, 1998.
Organizador (Org.)
Editor (Ed.)
Coordenador (Coord.)
Compilador (Comp.)
Artigo jurdico
FREITAS, Arystbulo de Oliveira. Responsabilidade civil objetiva no cdigo de defesa do
consumidor. Revista de direito do consumidor [do Instituto brasileiro de poltica e direito
do consumidor]. So Paulo: Revista dos Tribunais, n. 11, jul./set., 1994.
Captulo de livro
MUSSI, Cristiane Miziara. Contribuio social sobre a folha de salrios. In: NETO CUTAIT,
Michel (Org.). Contribuies sociais em debate. Leme/SP: JH Mizuno, 2003. cap. 6, p. 129-
155.
Artigo de internet
MUSSI, Cristiane Miziara. O princpio da boa-f objetiva na sociedade contempornea. Jus
Navigandi, Teresina, ano 9, n. 528, 17 dez. 2004. Disponvel em:
. Acesso em: 12 set. 2005.
Trabalhos de Concluso de Curso (monografia)
MUSSI, Cristiane Miziara. A capacidade contributiva analisada sob seus aspectos
objetivo e subjetivo. 2000. 86 f. Trabalho de Concluso de Curso (Bacharel em Direito)
Centro Universitrio de Rio Preto, DOM BOSCO, So Jos do Rio Preto, 2000.
Dissertao
SCHERKERKEWITZ, Isso Chaitz. Consideraes sobre o sistema Constitucional
Tributrio. 1994. 234 f. Dissertao (Mestrado em Direito) Faculdade de Direito,
Pontifcia Universidade Catlica de So Paulo PUC, So Paulo, 1994.
Teses
MUSSI, Cristiane Miziara. Os efeitos do recebimento dos benefcios previdencirios no
contrato de trabalho. 2007. 380 p. Tese (Doutorado em Direito). Faculdade de Direito,
Pontifcia Universidade Catlica de So Paulo PUC, So Paulo, 2007.
NEVES, Edmo Colnaghi Neves. Princpios Constitucionais Tributrios. 1994. 241 p. Tese
(Doutorado em Direito). Faculdade de Direito, Pontifcia Universidade Catlica de So
Paulo PUC, So Paulo, 1994.
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Dicionrio
HOUAISS, A. Novo dicionrio Folha Websters: ingls/portugus, portugus, ingls. So
Paulo: Folha da Manh, 1996. Edio exclusiva para o assinante da Folha de S. Paulo.
MAIA JR., Raul; PASTOR, Nelson (Coord.). Magno dicionrio brasileiro de lngua
portuguesa. So Paulo: Difuso Cultural do Livro, 1995.
Em caso de legislao
BRASIL. Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispe sobre o estatuto da criana e do
adolescente e d outras providncias.
Em caso de legislao codificada
BRASIL. Cdigo civil. Organizao de textos, notas remissivas e ndices por Juarez de
Oliveira. 67. ed. So Paulo: Saraiva, 2002.
Em caso de jurisprudncia
TRT15 R. - Ac. 37885/00 - Proc. 11147/99 - 2T - Rel. Juiz Lus Carlos Cndido Martins
Sotero da Silva - DOESP 03.10.2000.
Obs.: so elementos essenciais: a) jurisdio e rgo judicirio competente; b) ttulo (natureza
da deciso ou ementa) e nmero; c) partes envolvidas (se houver); d) relator; e) local, data e
dados da publicao; f) Quando necessrio devem ser acrescentados elementos
complementares referncia para melhor identificar o documento .
A bibliografia dever ser organizada em ordem alfabtica
ATALIBA, Geraldo. Hiptese de incidncia tributria. 6. ed. So Paulo: Malheiros, 2000.
BALERA, Wagner; MUSSI, Cristiane Miziara. Direito previdencirio. 2. ed. So Paulo:
Mtodo, 2005. (Srie provas e concursos).
______ . Sistema de seguridade social. 2. ed. So Paulo: LTr, 2002.
CARVALHO, Paulo de Barros. Direito tributrio: fundamentos jurdicos da incidncia. So
Paulo: Saraiva, 1998.
VILANOVA, Lourival. Estruturas lgicas e sistema do direito positivo. So Paulo: Max
Limonad, 1997.
Rizzatto Nunes2 menciona as abreviaturas normalmente utilizadas: 2 Manual da monografia jurdica. 5. ed. So Paulo: Saraiva, 2007, p. 157.
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Manual de Monografia Jurdica
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amp. = ampliada
atual. = atualizada
aum. = aumentada
coord. = coordenador
ed. = edio
org. = organizador
p. = pgina ou pginas
rev. = revista
resp. = responsvel
v. = volume
s.e. = sem editor
S.l. = sem local (sine loco)
s.n. = sem editora identificada (sine nomine)
ss. = seguintes
NMERO DE EXEMPLARES PARA A DEFESA
- O aluno dever apresentar trs exemplares impressos e uma cpia em CD.
TIPO DE ENCADERNAO - Espiral: exemplares da defesa
EXEMPLAR DEFINITIVO:
- S ser apresentado pelo aluno que obtiver nota 10,0 pela Banca avaliadora, devendo ser
apresentado no prazo de 30 dias contados da data da defesa em Brochura, capa vermelha, para
a insero na Biblioteca.
FORMAS DE APRESENTAO segundo a ABNT/NBR 14724, ago./2002
Formato: papel branco, formato A4 (21,0 cm x 29,7 cm)
- O projeto grfico de responsabilidade do autor do trabalho.
- Deve ser utilizada a fonte Times New Roman tamanho 12 para o texto e tamanho menor
(tamanho 10) para notas de rodap, paginao e legendas das ilustraes e tabelas. Citaes
de mais de trs linhas: tamanho 10, fonte Times New Roman, com recuo de 4 cm.
Margens : - Superior e Esquerda: 3,0 cm
- Inferior e Direita: 2,0 cm
Espacejamento: - O texto deve ser digitado com espao 1,5 .
- O pargrafo deve ser iniciado com um (1,25 cm).
- As citaes de mais de trs linhas, as notas, as referncias, as legendas das ilustraes e
tabelas, a ficha catalogrfica, a natureza do trabalho, o objetivo, o nome da instituio a que
submetida e a rea de concentrao devem ser digitados em espao simples.
- As referncias, ao final do trabalho, devem ser separadas entre si por espao duplo.
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Manual de Monografia Jurdica
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- Os ttulos das subsees devem ser separados do texto que os precede ou que os sucede por
dois espaos duplos.
- Na folha de rosto e na folha de aprovao, a natureza do trabalho, o objetivo, o nome da
instituio a que submetida e a rea de concentrao devem ser alinhados do meio da
pgina.
- O resumo em lngua verncula pode ser digitado em espao simples.
Paginao: - Todas as folhas do trabalho, a partir da folha de rosto, devem ser contadas seqencialmente,
mas no numeradas.
- A numerao colocada, a partir da primeira folha da parte textual, em algarismos arbicos,
no canto superior direito da folha, a 2 cm da borda superior, ficando o ltimo algarismo a 2
cm da borda direita da folha.
- Se houver apndice e anexo, as suas folhas devem ser numeradas de maneira contnua e sua
paginao deve dar seguimento do texto principal.
Os itens: AGRADECIMENTOS; RESUMO; LISTA DE ILUSTRAES; LISTA DE
TABELAS; LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS; SUMRIO; INTRODUO;
CONCLUSO; REFERNCIAS.
- Devem ser escritos com letras maisculas;
- Podem ser centralizados ou esquerda.
2) O TTULO DO(S) CAPTULO(S):
- Devem ser escritos com letras maisculas;
- Podem ser centralizados ou esquerda.
3) O SUBTTULO pode ser escrito com as iniciais maisculas ou minsculas.
4) A numerao pode ser feita da seguinte maneira:
1 (SEO PRIMRIA)
1.1
1.2
(Sees Secundrias)
1.3
1.1.1
1.1.2
(Sees Tercirias)
1.1.3
1.1.1.1
1.1.1.2
(Sees Quartenrias)
1.1.1.3
1.1.1.1.1
1.1.1.1.2
(Sees Quinrias)
1.1.1.1.3
Obs.: 1) Nas sees quinrias tambm so usadas as letras: a., b, c, d...
2) Os ttulos das divises secundrias, tercirias, quartenrias e quinrias devem ser escritos
com apenas a inicial maiscula.
Recomenda-se:
- Para os ttulos e subttulos (sees) dos captulos: fonte tamanho 12
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Manual de Monografia Jurdica
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- Para os ttulos e subttulos e autor (capa/folha de rosto): fonte tamanho 14
Citaes Diretas:
Citao pelo sistema alfabtico ou autor-data
Sistema no adotado pela instituio.
Deve conter: sobrenome do autor, ano da obra e a pgina da citao.
Quando a autoria for descrita no texto (nome do autor consta no texto): deve ser colocado
entre parnteses (aps o nome do autor), o nome e a pgina onde consta a nota extrada.
Segundo Fbio Zambitte Ibrahim (2006, p. 419), [...] uma vez instaurado, o processo j no
pertence ao particular, mas sim Administrao, que dever dar o fim adequado ao mesmo.
Quando a autoria no for citada no texto: deve-se colocar, logo aps a citao, o sobrenome
do autor, com todas as letras em caixa alta (maisculo), o ano e a pgina de onde se extraiu a
citao.
Ex.:
Desta forma, h a possibilidade do segurado ter iniciado atividade no 13. ms, ou mesmo
ter se inscrito como facultativo, sem perder a condio de segurado, j que a lei prev a perda
da qualidade de segurado somente no dia 16 do 2. ms ao trmino dos prazos(IBRAHIM,
2006, p. 448).
Citao pelo sistema numrico em nota de rodap
Sistema adotado pela Instituio.
Essa forma de citao consiste em inserir nota logo aps a citao ou logo aps o nome do
autor.
Obs.: para colocar a nota de rodap, clique com o mouse no boto esquerdo. Em seguida, v
at inserir (referncia) notas. Preencha as bolinhas: Inserir notas de rodap e Numerao:
Auto-numerao. Clique em ok.
A nota de rodap deve ser completa:
RIZZARDO, Arnaldo. Contratos de crdito bancrio. 2. ed. So Paulo: Revista dos
Tribunais, 1994, p. 224.
Citaes Diretas
Citao direta: transcrio literal do texto (cpia). No pode ocorrer plgio.
- As transcries no texto at trs linhas devem estar encerradas entre aspas duplas. (No
necessrio utilizar o tipo itlico e nem negrito).
As transcries no texto com mais de trs linhas devem ser destacadas com recuo de 4,0 cm
da margem esquerda, com letra menor que a do texto utilizado e sem aspas.
Exemplo (nota de rodap):
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Manual de Monografia Jurdica
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Nelson Nery Jnior afirma que entende-se por relao de consumo a relao jurdica
entre fornecedor e consumidor tendo como objeto o produto ou o servio.3
Para Lavyne Lima Nogueira:
Os servios prestados pelos profissionais liberais, geralmente, envolvem esses bens
jurdicos. Quando, por exemplo, o mdico atende um paciente, um dentista presta
servio, o farmacutico prescreve uma medicao, a vida e a sade do paciente que
esto em jogo. So servios de risco, que podem vir a prejudicar o ser humano de
uma forma irretratvel, da a importncia da aplicao desse direito, a que faz
meno o inc. I do art. 6. do CDC, a relao do consumidor com os profissionais
liberais.4
Exemplo (autor-data):
Nelson Nery Jnior (2000, p. 270) afirma que entende-se por relao de consumo a
relao jurdica entre fornecedor e consumidor tendo como objeto o produto ou o servio.
Para Lavyne Lima Nogueira (2002, p. 205):
Os servios prestados pelos profissionais liberais, geralmente, envolvem esses bens
jurdicos. Quando, por exemplo, o mdico atende um paciente, um dentista presta
servio, o farmacutico prescreve uma medicao, a vida e a sade do paciente que
esto em jogo. So servios de risco, que podem vir a prejudicar o ser humano de
uma forma irretratvel, da a importncia da aplicao desse direito, a que faz
meno o inc. I do art. 6. do CDC, a relao do consumidor com os profissionais
liberais.
Nota de rodap explicativa
A nota de rodap utilizada especialmente em carter explicativo.
Ex.: explicar algum conceito, traduo de citao em outra lngua verncula etc.
Ibid e op. cit.
Utilizados em citaes pelo sistema nota de rodap:
ibid. ou tambm ibidem, que significa no mesmo lugar, isto , na mesma obra e mesma pgina
j citada anteriormente. Ex.:
Ildio das Neves5 enumera quatro motivos que segundo seu entendimento parecem
determinantes para a existncia de sistemas organizados de segurana social criados por
iniciativa privada: razo econmica, social, jurdica e poltica.
Do ponto de vista econmico preciso considerar:
[...] que os efeitos materiais negativos (perda de rendimentos) que os vrios
riscos da existncia (incapacidade para o trabalho, desemprego, famlia,
velhice, invalidez, morte, bem como a doena) apresentam tais implicaes
3 NERY JUNIOR, Nelson. Cdigo brasileiro de defesa do consumidor comentado pelos autores do
anteprojeto, So Paulo: Revista dos Tribunais, 2000, p. 270. 4 NOGUEIRA, Lavyne Lima. Responsabilidade civil do profissional liberal perante o cdigo de defesa do
consumidor. In: Revista de direito do consumidor, So Paulo: LTr, 2002, n. 40, p. 205. 5 NEVES, Ildio das. Direito da segurana social: princpios fundamentais numa anlise prospectiva. Coimbra:
Coimbra Editora, 1996. p. 22.
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Manual de Monografia Jurdica
16
nas modernas sociedades industrializadas que no podem ser considerados
uma questo puramente individual, a resolver por cada cidado, mas dizem
respeito a toda a sociedade, no seu conjunto.6
op. cit., p. 28 (por exemplo), quando se tratar da mesma obra, mas no da mesma pgina.
Tratando da era industrial, Orlando Gomes dispe que:
O trabalhador emancipa-se da vil condio de res. Eleva-se, da condio
indigna de meio-de-produo, para a de agente de produo. Deixa de ser
cousa, para ser pessoa. um homem livre a utilizar instrumentos de trabalho
pertencentes a seu semelhante, mas, ele prprio, j no propriedade viva do
dono desses instrumentos.7
Defendendo a unicidade do Direito, Orlando Gomes afirma no ser
[...] possvel admitir-se a existncia de um ramo jurdico autnomo que esteja
em contradio aberta e irredutvel com o tronco a que deve estar unido. Se os
galhos da rvore jurdica devem alimentar-se da mesma seiva, porque haurida
no mesmo terreno social, no se compreende que possam ser nutridos
diferentemente. Como conceber, com efeito, o nascimento e a viabilidade de
uma cincia jurdica especializada, cujo organismo se sustenta de alimento que
repugna ao organismo-mater que o transmite?8
Citao Indireta
Transcrio no literal das palavras do autor. A interpretao feita pelo pesquisador.
Cuidado! A interpretao deve estar correta!
Citao da citao
Em caso de citao da citao (quando o trabalho monogrfico apresenta a posio de algum
citado por outrem), utilizar a palavra apud. Apud vem do latim junto a; em, citado por,
conforme, segundo Indica a fonte de uma citao indireta. Exemplo:
Imagine que ao ler um livro da Cludia Lima Marques, voc se interesse por uma citao que
a mesma fez de outro autor (Arnaldo Rizzardo). Para citar o outro autor, preciso fazer o
seguinte:
Arnaldo Rizzardo afirma que:
As operaes bancrias se classificam em fundamentais e acessrias. As primeiras
compreendem a intermediao do crdito, isto , o recolhimento de dinheiro de uns e a
concesso de outros. [...] As ltimas visam a colocao e o emprego dos fundos arrecadados
por meio de operaes em que se torna credor do cliente, consistindo nos emprstimos,
financiamentos, aberturas de crdito, descontos, antecipaes etc9.
Assim temos:
Obra indireta + apud + obra direta
Ou:
6 Ibid. 7 GOMES, Orlando. Direito do trabalho. Bahia: Edies Frum, 1941. p. 8. 8 Op. cit., p. 17-18. 9 RIZZARDO, Arnaldo. Contratos de crdito bancrio. 2. ed. So Paulo: RT, 1994. p.15, apud MARQUES, Cludia Lima. Os contratos
no Cdigo de Defesa do Consumidor. So Paulo: RT, 2002. p. 447.
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Manual de Monografia Jurdica
17
Arnaldo Rizzardo (1994, p. 14), apud Cludia Lima Marques, (2002, p. 447) afirma
que As operaes bancrias se classificam em fundamentais e acessrias. As primeiras
compreendem a intermediao do crdito, isto , o recolhimento de dinheiro de uns e a
concesso de outros.
Quando no for transcrito o texto todo (supresses): [...]
Quando houver interpolaes, acrscimos ou comentrios: [ ]
A DEFESA
A defesa da monografia representa um momento formal e solene no qual o aluno - nesse
momento denominado candidato - ir expor o seu trabalho, as razes que o levaram a escrever
sobre o tema, defendendo seu ponto de vista.
Deve-se estudar a monografia?
Mesmo o aluno tendo trabalho na monografia durante alguns meses (seis meses de orientao)
recomendvel que a monografia seja amplamente estudada antes da defesa, para que o aluno
possa relembrar todos os detalhes e questionamentos inseridos na mesma.
Como marcada a defesa?
A defesa feita pelo candidato Banca Examinadora, na data e horrio previamente
agendados e publicados pelo Ncleo de Monografia Jurdica.
Em que perodo do Curso ocorre a defesa?
A defesa ocorre quando o aluno est cursando o 9. perodo do Curso de Direito.
Quais e quantos so os componentes da Banca?
A Banca Examinadora composta por dois professores, sendo que um deles obrigatoriamente
o orientador, nesse momento denominado Presidente da Banca. O outro membro da Banca
nomeado pela Instituio. Caso o aluno queira designar um terceiro membro fora da
Instituio dever efetuar requerimento junto ao Ncleo de Monografia Jurdica e, caso
deferido, arcar com todos os custos referentes a esse terceiro membro.
A postura do candidato.
O candidato deve se portar adequadamente, com o rigor e formalismos exigidos para o
momento.
Como o candidato deve se dirigir Banca?
O Candidato deve se dirigir Banca como Vossa Excelncia. No entanto, caso o orientador
permita, o tratamento pode ser diferenciado. Ex.: senhor, senhora, doutor, doutora etc.
A saudao Banca.
O candidato deve saudar a Banca, agradecendo a participao dos membros da mesma.
Como se vestir?
Os homens devero estar trajando terno completo. As mulheres devero usar traje social.
O candidato pode ler sua apresentao?
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Manual de Monografia Jurdica
18
O candidato no deve ler sua apresentao. Um dos itens de avaliao a apresentao. Caso
o(a) candidato(a) no demonstre segurana nesse momento, poder perder pontos nesse
quesito.
O que levar no dia da defesa?
O candidato deve levar apenas a monografia (lembrando que esta dever ser idntica
apresentada Banca Examinadora, sem redues ou acrscimos de pginas) e a legislao
utilizada, caso entenda pertinente.
Quanto tempo o candidato tem para expor seu trabalho?
O candidato tem 8 (oito) minutos para expor o seu trabalho, podendo ser estendido a 10 (dez)
minutos.
Errata: o que isso?
A errata a correo de alguma informao passada de forma incorreta no texto. S deve ser
elaborada a errata caso o erro seja considerado substancial pelo aluno. Ex.: erro conceitual,
transcrio de texto de lei j revogado, sem a indicao da revogao, evidente erro de
concordncia etc.
Exemplo de errata:
ERRATA
Pg. 40 ltima linha: coaduna leia-se coadunam.
Pg. 41 1. linha: e leia-se so.
Pg. 142 10. linha: exclusiva do empregado leia-se: exclusiva do empregador.
Pg. 200 13. linha cessao leia-se concesso.
Pg. 201 12. linha: pretende leia-se pretendem.
Pg. 217 9. linha: o contrato de trabalho leia-se a aposentadoria.
Pg. 236 a nota de rodap n. 178 no est com a data de acesso ao site: 01/12/2006 e no
est nas referncias.
Pg. 245 13. linha: invalidez obrigatria leia-se invalidez definitiva
Obs.: entregar a errata em papel sulfite branco para todos os membros da Banca no dia da
defesa, ou inseri-la na monografia antes de distribuda aos membros da Banca.
Caso o seu trabalho seja devolvido para correo, significa que est reprovado?
No. O candidato poder refazer o trabalho monogrfico, conforme sugestes da Banca
Examinadora no prazo de 7(sete) dias.
Qual a nota mnima para passar?
A nota mnima para passar 7,0.
Como efetuar as respostas?
De acordo com Rizzatto Nunes10:
[...] as respostas devem ser dadas da seguinte maneira:
10 NUNES, Luiz Antnio Rizzato. Manual da monografia jurdica. 3. ed. So Paulo: Saraiva, 2001. p. 171.
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Manual de Monografia Jurdica
19
Nunca tente enrolar. Busque apresentar posies claras, de acordo com o contedo
da monografia.
Se a pergunta for de difcil resposta e/ou voc no souber como responder, diga que
uma questo muito oportuna, de difcil soluo e que merece uma investigao
mais aprofundada que voc ir fazer. A sinceridade nesse momento importante. A
enrolao dificilmente engana os membros da Banca.
Rizzatto Nunes finaliza afirmando que se os erros apontados pelos membros da Banca
forem formais ou de digitao, aceite as crticas e diga que ir corrigi-los.
Itens de avaliao da monografia
1) Forma: verificar se o aluno seguiu o Manual de Monografia Jurdica. 2) Contedo: analisar se a monografia tem contedo suficiente de acordo com as
hipteses e problemticas do tema.
3) Pesquisa: verificar se o aluno efetuou uma pesquisa cientfica, conforme os mtodos escolhidos (pesquisa bibliogrfica, pesquisa de campo etc.)
4) Apresentao: avaliar a defesa do aluno, em conformidade com a sua exposio e nvel de respostas elaboradas Banca Examinadora.
Como elaborar sua apresentao?
Em primeiro lugar, o candidato deve se lembrar que o tempo disponibilizado pela defesa
curto. No haver a possibilidade de discusses aprofundadas. De igual modo, no ser
possvel detalhar o trabalho monogrfico. O aluno deve ater-se aos conceitos e concluses
gerais do tema.
Caso o candidato ultrapasse o tempo delimitado, o presidente da Banca poder encerrar a
apresentao.
Como elaborar sua apresentao?
Para no errar, o candidato deve formular sua apresentao seguindo essa ordem:
1) Motivo da escolha do tema. 2) Importncia do tema proposto. 3) Objetivos que voc pretendeu alcanar durante seu trabalho monogrfico. 4) Metodologia utilizada. 5) Principais concluses a respeito do tema.
Como finalizar sua apresentao?
Algumas idias podem ser sugeridas:
Finalizando esta explanao, possvel concluir que
Diante do exposto, possvel concluir
Para finalizar, preciso esclarecer
Como se percebe, a presente monografia abordou o tema proposto
Procure no ser repetitivo.
Ao encerrar sua apresentao, coloque-se disposio para responder s eventuais perguntas
da Banca Examinadora.
Artigo
O artigo segue a mesma ordem de pesquisa da monografia.
Geralmente, elaborado nesta seqncia:
1) Nome do artigo 2) Nome do autor com breve resumo curricular
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Manual de Monografia Jurdica
20
3) Orientao (se houver) 4) Palavras-chave 5) Introduo 6) Desenvolvimento 7) Concluses 8) Referncias
preciso verificar:
- as regras para a publicao;
- o qualis do perodico11.
Alguns peridicos exigem:
- Resumo
- Abstract
- Palavras-chave
- Sumrio
Verificar se o local onde ser publicado o artigo adota sistema autor-data ou nota de rodap.
Laudas: de 10 a 30 (regra)
Referncias obrigatoriamente.
Verificar se o tema livre ou se segue uma linha de pesquisa. Ex.: linha de pesquisa
dignidade da pessoa humana.
Obs.: os peridicos possuem, em geral, uma linha de pesquisa. Algumas revistas, por
exemplo, so voltadas para temas de incluso social, outras discutem atualidades na
jurisprudncia etc.
Artigo
Caso no haja um manual de orientaes para publicao em determinado peridico, siga as
seguintes normas:
Fonte: Times New Roman ou Arial tamanho 12.
Seqncia:
- nome do artigo
- nome do autor (breve currculo em rodap)
- resumo
- introduo
- desenvolvimento
- concluso
- referncias bibliogrficas
Resenha
A resenha uma anlise crtica a respeito de um livro, filme, coleo etc. Para ser resenhista,
preciso ter um conhecimento aprofundado sobre o assunto, para poder levantar os pontos
positivos e negativos do texto que est sendo resenhado.
11 Qualis uma lista de veculos utilizados para a divulgao da produo intelectual dos programas de ps-
graduao stricto sensu (mestrado e doutorado), classificados quanto ao mbito de circulao (Local, Nacional,
Internacional) e qualidade (A, B, C), por rea de avaliao. A Capes utiliza o Qualis para fundamentar o
processo de avaliao do Sistema Nacional de Ps-Graduao.
-
Manual de Monografia Jurdica
21
No se trata de um simples resumo, mas de um trabalho em que se avalia criticamente
determinada obra, captulo etc.
Paper
Significado da palavra paper: em portugus a palavra paper significa ensaio, mas esta
expresso no to utilizada pelos pesquisadores que preferem paper.
Conceito: sntese avaliativa, interpretativa e original dos fatos ou informaes a respeito do
tema proposto. No h necessidade do tema ser indito, mas o ponto de vista apresentado
deve ser indito.
Redao do paper:
1) Capa: Instituio, Curso, Disciplina, Professor, e Pessoais (nome, semestre, ttulo do paper, data e local).
2) Introduo; 3) Desenvolvimento: posicionamento, avaliao, reflexo do autor do paper em relao
ao texto/realidade/tema;
4) Concluso: sntese das principais ideias defendidas no desenvolvimento do trabalho; 5) Referncias
Parecer
O parecer jurdico tem como principal funo solucionar determinada problemtica.
Aquele que emite o parecer algum de notrio conhecimento no mundo jurdico, tendo sua
opinio respeitada.
O parecer contratado por determinada empresa para solucionar eventuais pendncias.
O parecer deve conter os seguintes elementos:
1) PARECER (centralizado) destacar em rodap a metodologia utilizada.
2) Nome daquele que elabora o parecer (breve currculo em rodap).
3) Ementa (deve constar o tema em anlise e se o parecer foi favorvel ou desfavorvel
conforme a problemtica).
4) Relatrio ( preciso fazer um relato do caso em anlise).
5) Fundamentao (o relatrio jurdico deve ter embasamento cientfico; utilizar artigos de lei,
doutrina etc.).
6) Concluso (neste momento, aquele que emite o parecer - emitente - deve recomendar
determinado entendimento.
7) Para fechar, coloque: o parecer.
8) Cidade, data e ano.
9) Nome de quem emitiu o parecer.
-
Manual de Monografia Jurdica
22
ANEXOS - CAPAS
3 cm
NOME DO ALUNO FONTE 14
CAPA Obrigatrio
-
Manual de Monografia Jurdica
23
TTULO DA MONOGRAFIA - FONTE 14 NEGRITO (Centralizado)
BACHARELADO EM DIREITO FONTE 14
FAECA DOM BOSCO DE MONTE APRAZVEL
FONTE 14
MONTE APRAZVEL
2015
FONTE 12
3 cm
NOME DO ALUNO FONTE 14
FOLHA DE ROSTO
Obrigatrio 2 cm
-
Manual de Monografia Jurdica
24
TTULO
2 cm
Trabalho de Concluso de Curso apresentado, na
forma de uma monografia, banca examinadora
do Curso de Direito da FAECA Dom Bosco de
Monte Aprazvel, sob a orientao do(a) Titulao
Nome do orientador, visando obteno do grau
bacharel em Direito.
FAECA DOM BOSCO DE MONTE APRAZVEL
FONTE 14
MONTE APRAZVEL
2015
FONTE 12
3 cm
NOME DO ALUNO FONTE 14
2 cm
FOLHA DE
APROVAO
Obrigatrio
-
Manual de Monografia Jurdica
25
2 cm
TTULO DA MONOGRAFIA - FONTE 14 NEGRITO (Centralizado)
BANCA EXAMINADORA FONTE 14
______________________________
______________________________
MONTE APRAZVEL
2015
FONTE 12
2 cm
EPGRAFE
Opcional
-
Manual de Monografia Jurdica
26
O princpio dos princpios o respeito da
conscincia, o amor da verdade.
Rui Barbosa (Fonte 12)
6 cm
Dedicatria
Opcional
10 cm 2 cm
-
Manual de Monografia Jurdica
27
Dedico este trabalho monogrfico
aos meus pais, que sempre
estiveram ao meu lado, acreditando
no meu potencial. (Fonte 12)
10 cm
6 cm
3 cm
AGRADECIMENTO
Agradeo aos meus amigos Fulano de Tal e Fulano de Tal pelo apoio de sempre.
AGRADECIMENTO
Opcional
-
Manual de Monografia Jurdica
28
Ao meu orientador Fulano de Tal pela orientao e ateno durante a execuo
deste trabalho monogrfico.
FONTE 14
3 cm
RESUMO (Fonte 14)
RESUMO
Obrigatrio
-
Manual de Monografia Jurdica
29
O presente estudo tem por objetivo a anlise do princpio da seletividade e da distributividade
na prestao de benefcios e servios no sistema de seguridade social, frente aos ditames
norteadores do Estado do bem-estar e da justia sociais. A importncia deste estudo latente,
j que explora uma rea carecedora de pesquisa. Ademais, trata-se de um tema principio
lgico, base de sustentao do sistema Democrtico de Direito. A avaliao de referido
princpio deu-se atravs de estudos doutrinrios e da comparao entre a Lei do Estado e a
Questo Social com vistas observncia da seleo das necessidades a serem amparadas
e da justia distributiva, a fim de se atingir uma concluso real e especfica. Os resultados
obtidos nos reportam concluso de que o princpio da seletividade e da distributividade das
prestaes no sistema de seguridade social visam garantir a proteo social ao maior nmero
de pessoas possvel. Para tanto, verificar as necessidades de cada qual, para que os recursos
do sistema sejam distribudos de forma igualitria nas reas da sade, da previdncia e da
assistncia social.
Palavras-chave: Princpio. Seletividade e Distributividade. Igualdade. Seguridade Social.
FONTE 12
3 cm
SUMRIO (FONTE 14)
SUMRIO
Obrigatrio
-
Manual de Monografia Jurdica
30
INTRODUO .................................................................................................. ..........10
CAPTULO 1 DA QUESTO SOCIAL ........................................................................ 15
1.1 Contexto Histrico da Questo Social: A Evoluo dos Direitos Sociais .................. 15
1.1.1 Questo Social: conceito ..................................................................................... 15
1.1.1.1 A questo social e os direitos fundamentais do homem: breve evoluo
histrica.................................................................................................................... ......16
1.1.1.2 Os direitos do homem e o reconhecimento Internacional dos Direitos
Fundamentais................................................................................................................. .25
1.1.2 Os direitos sociais constitucionalmente assegurados: uma conquista social ........... 26
CAPTULO 2 DA ORDEM SOCIAL ........................................................................... 31
2.1 Do Bem-Estar e Justia Sociais .............................................................................. 31
2.1.1Noo geral.......................................................................................................... 31
2.1.2 Ideal constitucionalmente consagrado .................................................................. 36
2.1.3 Da necessidade de proteo dos riscos sociais ...................................................... 38
2.1.3.1 Evoluo social ................................................................................................ 38
2.1.3.2 Conceito .......................................................................................................... 38
CAPTULO 3 DOS PRINCPIOS CONSTITUCIONAIS ............................................... 47
3.1 Os Princpios Constitucionais: alicerce do Sistema Democrtico de Direito ............. 47
3.1.1 Do conceito de princpio ..................................................................................... 47
3.1.1.1 Normas-regra e normas-princpio ...................................................................... 50
3.1.2 A importncia dos princpios constitucionais no ordenamento jurdico .................. 57
3.1.3 Justia social ....................................................................................................... 60
3.1.3.1A noo de igualdade ........................................................................................ 62
3.1.3.1.1 A igualdade formal e real ............................................................................... 67
3.1.3.2 O princpio fundamental da cidadania ............................................................... 72
3.1.3.3 O princpio fundamental da dignidade da pessoa humana ................................... 75
3.1.3.4 O princpio da proporcionalidade ...................................................................... 82
-
Manual de Monografia Jurdica
31
CONCLUSO ............................................................................................................104
REFERNCIAS .........................................................................................................116
ANEXOS ......................................................................................................... 124
FONTE 12
-
Manual de Monografia Jurdica
32
3 cm contados da margem
1 TTULO DO CAPTULO (MAISCULAS, FONTE 14, NEGRITO,
ALINHADO ESQUERDA. NO COLOCAR PONTO FINAL)
1.1 Nome do subttulo
Incio do texto, obedecendo-se 1,25 cm de pargrafo (). Letra 12 (Times New
Roman), espao 1,5. Citaes diretas at 3 linhas devem ser feitas no corpo do texto, entre
aspas.
Para Walter Claudius Rothenburg, da generalidade e da vagueza decorre a
plasticidade que os princpios jurdicos apresentam, permitindo-lhes amoldarem-se s
diferentes situaes e assim acompanharem o passo da evoluo social.12
Citaes com mais de trs linhas devem ser destacadas do texto, letra 10 (Times
New Roman) obedecendo-se 4 cm de pargrafo, justificadas e com espao simples, sem
aspas:
Como preleciona MARIA CARMELITA YASBEK:
Historicamente, a assistncia social pblica o mais importante mecanismo
pelo qual so estendidos aos segmentos mais pauperizados de uma classe
servios e recursos como creches, programas de profissionalizao, programas
de gerao de renda, de moradia, de atendimento a direitos da criana, do
adolescente, da maternidade, do idoso, do portador de deficincia, do homem
de rua e de muitos outros. Trata-se de um conjunto de aes extremamente
diversificadas que tm como alvo prioritrio a situao de espoliao e
segmento tambm diversificado e cada vez maior das classes subalternas. 13
Citao de artigo de lei: segue a mesma formatao das demais citaes:
12 ROTHENBURG, Walter Claudius. Princpios constitucionais. Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris Editor,
1999. p. 21.
13 YASBEK, Maria Carmelita. Classes subalternas e assistncia social. So Paulo: Cortez, 1993. p. 55.
3 cm
-
Manual de Monografia Jurdica
33
Nesta concepo, o artigo 4. da Lei n. 8.742, de 7 de dezembro de 1993 que
estabelece como princpios:
Art.4.
I supremacia do atendimento s necessidades sociais sobre as exigncias de
rentabilidade econmica;
II universalizao dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatrio da ao
assistencial alcanvel pelas demais polticas pblicas;
III respeito dignidade do cidado, a sua autonomia e a seu direito a
benefcios e servios de qualidade, bem como convivncia familiar e
comunitria, vedando-se qualquer comprovao vexatria de necessidade;
IV igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminao de
qualquer natureza, garantindo-se equivalncia s populaes urbanas e rurais;
V divulgao ampla de benefcios, servios, programas e objetos
assistenciais, bem como dos recursos oferecidos pelo Poder Pblico e dos
critrios para a sua concesso.
-
Manual de Monografia Jurdica
34
REFERNCIAS
ASSOCIAO brasileira de normas tcnicas. NBR 6032: informao e documentao:
referncias: elaborao. Rio de Janeiro, 2002.
________. NBR 10520: informao e documentao: citaes em documentos: apresentao.
Rio de Janeiro, 2002.
________. NBR 14724: informao e documentao: trabalhos acadmicos: apresentao. 2.
ed. Rio de Janeiro, 2005.