manual de funcionamentos de elevadores

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Página 1 de 28 UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E DO MUCURI CAMPUS JUSCELINO KUBITSCHEK DIAMANTINA - MG PRÉDIO DO CENTRO DE IDIOMAS ELEVADORES ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

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UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO

JEQUITINHONHA E DO MUCURI CAMPUS JUSCELINO KUBITSCHEK DIAMANTINA - MG

PRDIO DO CENTRO DE IDIOMAS ELEVADORESESPECIFICAES TCNICAS

JANEIRO / 2014

Contedo

Conhecimentos Iniciais............................................................................................................... 3

1. Esquema bsico de funcionamento do elevador .................................................................. 4

2. Caractersticas fundamentais dos elevadores....................................................................... 7

3. Tipos de acionamento ........................................................................................................... 9

4. Comandos............................................................................................................................ 12

4.1. Comando automtico coletivo ..................................................................................... 12

4.2. Comando automtico coletivo seletivo na descida ..................................................... 13

4.3 Comando automtico coletivo seletivo na subida e na descida ................................... 13

4.4. Comando em grupo...................................................................................................... 13

Obra Civil ..................................................................................................................................... 14

1. Estrutura Civil ...................................................................................................................... 14

1.1. Casa de Mquinas ........................................................................................................ 14

1.2. Caixa ............................................................................................................................. 16

1.3. Poo .............................................................................................................................. 17

2. Servios que devem ser executados pela construo..................................................... 19

Dimensionamentos das Caixas.................................................................................................... 20

1.Clculo da lotao da cabina em funo da sua rea til ................................................ 20

2. Portas .............................................................................................................................. 21

MINISTRIO DA EDUCAOUNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI ESPECIFICAES TCNICAS - ELEVADORESPRDIO CENTRO DE IDIOMAS CAMPUS JK

3. Dimensionamento ........................................................................................................... 25Pgina 21 de 28

Conhecimentos Iniciais

1. Normas

A Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT) emitiu as seguintes normas sobre

Elevadores Eltricos, Escadas Rolantes e Esteiras Rolantes:

1.1. Elevadores Eltricos - Terminologia

Norma NBR-5666

Defi ne os termos empregados em instalaes de Elevadores Eltricos.

1.2. Elevadores Eltricos de Passageiros - Requisitos de segurana para construo e instalaoNorma NBR NM-207

Editada em novembro de 1999 esta norma cancela e substitui a NBR-7192 passando a ter vigncia a partir de 30-12-1999. Trata de requisitos de segurana relativos a elevadores eltricos de passageiros e estabelece as regras mnimas para instalao de elevadores nos edifcios/construes.

1.3. Clculo de Trfego nos Elevadores - Procedimento

Norma NBR-5665

Fixa as condies mnimas que devem ser observadas no clculo de trfego das instalaes de elevadores de passageiros.

1.4. Projeto, Fabricao e Instalao de Escadas Rolantes e Esteiras Rolantes - Procedimento

Norma NBR-NM 195

Fixa as condies mnimas a serem observadas na elaborao do projeto, na fabricao e na instalao de escadas e esteiras rolantes.

Vrias leis federais, estaduais ou municipais, em especial os cdigos de obras, fazem exigncias adicionais, complementando as normas existentes e sempre obedecendo pelo menos aos seus requisitos mnimos.

1. Esquema bsico de funcionamento do elevador

A cabina montada sobre uma plataforma, em uma armao de ao constituda por duas longarinas fixadas em cabeotes (superior e inferior). O conjunto cabina, armao e plataforma denomina-se carro.

O contrapeso consiste em uma armao metlica formada por duas longarinas e dois cabeotes, onde so fixados pesos (intermedirios), de tal forma que o conjunto tenha peso total igual ao do carro acrescido de 40 a 50% da capacidade licenciada.

Tanto a cabina como o contrapeso deslizam pelas guias (trilhos de ao do tipo T), atravs de corredias. As guias so fixadas em suportes de ao, os quais so chumbados em vigas, de concreto ou de ao, na caixa.

O carro e o contrapeso so suspensos por cabos de ao ou novos elementos de trao que passam por polias, de trao e de desvio, instaladas na casa de mquinas ou na parte superior da caixa.

O movimento de subida e descida do carro e do contrapeso proporcionado pela mquina de trao, que imprime polia a rotao necessria para garantir a velocidade especificada para o elevador. A acelerao e o retardamento ocorrem em funo da variao de corrente eltrica no motor. A parada possibilitada pela ao de um freio instalado na mquina.

Alm desse freio normal, o elevador dotado de um freio de segurana para situaes de emergncia.

O freio de segurana um dispositivo fixado na armao do carro ou do contrapeso, destinado a par-los, de maneira progressiva ou instantnea, prendendo-os s guias quando acionado pelo limitador de velocidade. Sua atuao mecnica.

O limitador de velocidade, por sua vez, um dispositivo montado no piso da Casa de Mquinas ou no interior da caixa, constitudo basicamente de polia, cabo de ao e interruptor. Quando a velocidade do carro ultrapassa um limite preestabelecido, o limitador aciona mecanicamente o freio de segurana e desliga o motor do elevador.

Posicionamento dos componentes do elevador para projetos de edifcios sem casa de mquinas

A construo de edifcios sem casa de mquinas para instalao de elevadores se tornou possvel para edifcios residenciais de mdio porte e edifcios comerciais de pequeno porte e trfego. Os equipamentos de trao passam a ser instalados na parte extrema superior da caixa enquanto os dispositivos de comando se distribuem pela cabina, botoeiras de chamadas dos pavimentos e interior do batente da porta do ltimo pavimento. Nestas instalaes o contrapeso est localizado normalmente ao lado, na caixa.

O projeto de edifcios com elevadores que dispensam a construo de casa de mquinas proporciona maior versatilidade para o projeto arquitetnico, a possibilidade de ocupar o ltimo pavimento com rea de cobertura para os condminos ou a construo de mais um pavimento tipo, observados os limites de altura da edificao de acordo com os cdigos de edificaes locais. A reduo de custos e prazos de obra civil so fatores adicionais para a opo de execuo de projetos nesta modalidade.

2. Caractersticas fundamentais dos elevadores

As caractersticas bsicas que definem o elevador de passageiros so sua velocidade nominal e a lotao da cabina. Aps determinadas essas variveis, tem-se por consequncia definidos os equipamentos que comporo o elevador.

A tabela 1 mostra as combinaes mais usuais e econmicas entre velocidade e capacidade.

A determinao da velocidade e da capacidade dos elevadores de um edifcio feita atravs do seu Clculo de Trfego (vide Captulo 5).

A grande maioria dos edifcios residenciais apresenta um fluxo de usurios que bem atendido por elevadores com velocidade de 1,00 m/s e capacidade de 6 a 9 pessoas.

Em funo disso, os principais fabricantes planejam a especifi cao dos componentes dos elevadores destinados a trabalhar nessas faixas de velocidade e capacidade, permitindo obter redues no s nos processos construtivos da obra civil, mas tambm nos custos e prazos de fabricao.

3. Tipos de acionamento

Os motores das mquinas de trao dos elevadores podem ser acionados atravs de corrente alternada (CA) ou de corrente contnua (CC - fornecida por conversores estticos que substituem os motores geradores), sendo a energia eltrica fornecida pela rede do edifcio.

A figura 2 mostra a diferena bsica entre os tipos de acionamento (2a, 2b e 2c - corrente alternada; 2d -corrente contnua).Em 2a o elevador parte da velocidade zero (V0) diretamente para a sua velocidade nominal

(V1), invertendo o processo na frenagem. Chama-se corrente alternada - uma velocidade.

NOTA 1 : Utilizado no passado para acionamento de elevadores de passageiros, sua aplicao se restringe hoje ao acionamento de equipamentos de transporte vertical de cargas como monta-cargas. Este acionamento no proporciona qualquer parmetro de conforto e de consumo de energia exigidos pelo mercado. No apresenta tambm compatibilidade com os modernos recursos de hardware e software dos sistemas de comando microprocessados.

Em 2b o elevador parte da mesma forma, mas antes da frenagem final reduz sua velocidade a

da velocidade nominal.

(V2 - velocidade baixa). Chama-se corrente alternada - duas velocidades.

NOTA 2 : Esta soluo tem parmetros de conforto e nmero de partidas por hora que restringem sua aplicao a edifcios de pequeno e mdio porte ou mdia intensidade de trfego.

Na figura 2c, temos acionamento por tenso e freqncia variveis VVVF. Atravs de um circuito tiristorizado, a velocidade controlada em funo de um padro desejado; o que permite obter acelerao (V0 para V1) e desacelerao (V1 para V0) suaves do carro, evitando- se assim o salto na passagem da velocidade alta para zero ou vice-versa. Perfeitamente integrada aos mais modernos recursos de hardware e software de comando, controle de velocidade e despacho, permite operar em condies ideais e em todas as velocidades, alcanando 10,00 m/s.

a soluo tecnolgica mais avanada para acionamento de equipamentos de transporte vertical, aliando alto grau de conforto economia de energia. Supera em at 60% a reduo na demanda por energia quando comparada aos sistemas de frenagem dinmica (VVFD) aos quais veio substituir. Aplica-se a edifcios de pequeno, mdio e grande porte ou qualquer intensidade de trfego.A diferena de 2c para 2d consiste no fato de que, neste ltimo tipo, o controle da acelerao desacelerao possibilitado pela existncia de conversores estticos (ou motogeradores), que fornecem a tenso varivel (corrente contnua) ao motor de trao do elevador.NOTA 3 : Esta hoje uma soluo restrita que vem sendo substituda pela aplicao de acionamento VVVF. Em edifcios construdos, que estejam passando por modernizao dos equipamentos de transporte vertical, ao substituir painis de comando a rels, por painis de comando micro processados, se especificam conversores estticos em substituio aos motores geradores, permitindo, pela compatibilidade dos sistemas do novo hardware, o aproveitamento das mquinas de trao originalmente instaladas. A instalao de conversores estticos em substituio a motores geradores proporciona economia de energia, ao mesmo tempo que libera espao nas reas destinadas casa de mquinas.

medida que passamos de um tipo de acionamento para outro (no sentido 2a - 2d, na figura), obtemos as seguintes vantagens principais, em doses crescentes:

Vida mais longa de vrios componentes, menos afetados pelas solicitaes decorrentes das partidas e frenagens (cabos de trao, engrenagens, polias, sapatas de freio, contatos, etc.). Nivelamento mais preciso do carro com o piso do andar independente da carga transportada, ao realixar a frenagem com velocidade cada vez menor. Menor sobrecarga trmica sobre o motor e menor perda de energia, pois na passagem da alta para a baixa velocidade em CA (2V), toda a energia cintica transformada em calor. Menor consumo de energia eltrica em 2c.

Pelo volume crescente da especificao de acionamento por tenso e freqncia variveis, VVVF, a reduo de custos aliada economia proporcionada construo civil com a reduo no dimensionamento.

das linhas adutoras de energia, chaves e cabeamento eltrico, faz com que as aplicaes CA 2V

se restrinjam cada vez mais em relao aos limites de velocidade e fluxo de trfego.

a) Limite de velocidade:

Cada tipo de acionamento dos acima descritos tem uma faixa de velocidade de atuao, fora da qual o processo se torna tcnica ou economicamente invivel:

b) Fluxo de trfego:

Para elevadores CA 2V, quanto maior o nmero de partidas horrias do elevador, maior a possibilidade de se ter sobrecarga trmica sobre o motor.Como o nmero de partidas horrias funo do fluxo de trfego mais ou menos intenso, o tipo de acionamento , pois, funo do fluxo de trfego previsto para o edifcio, sendo recomendada a especificao VVVF.

4. Comandos

O sistema de Comando afeta sensivelmente o rendimento da instalao.

A finalidade do Comando estabelecer a prioridade e o sentido de atendimento s chamadas, de acordo com as caractersticas do edifcio. Para isso so instalados na casa de mquinas painis de comando e de despacho que controlam a partida, a parada, o sentido de movimento do carro, a seleo das chamadas e outras funes correlatas.

Os comandos mais usuais so os descritos abaixo:

4.1. Comando automtico coletivo

o Comando automtico caracterizado por existirem botes de chamada, um para cada pavimento, instalados na cabina, e possuir um nico boto de chamada instalado em cada pavimento, todos ligados ao painel central, de tal maneira que todas as chamadas fiquem nele registradas. O carro vai efetuando as paradas em ordem seqencial independentemente da ordem em que as chamadas tenham sido registradas e pros segue no sentido do movimento inicial atendendo a todas as chamadas feitas.

Aplica-se a edifcios de poucos andares (de 2 at 3 pavimentos) e pouco movimento, em que o trfego predominante seja entre andares, como estabelecimentos comerciais e industriais pequenos.

4.2. Comando automtico coletivo seletivo na descida

o Comando automtico coletivo no qual as chamadas de pavimento somente so atendidas quando o elevador se movimenta em sentido descendente, a partir de chamada superior. Aplica-se a edifcios em que o movimento principal constitudo pelo trfego entre o trreo e os demais pavimentos, sem que haja trfego aprecivel entre os prprios pavimentos. , portanto, o sistema ideal para edifcios de apartamentos.

4.3 Comando automtico coletivo seletivo na subida e na descida

o Comando automtico coletivo no qual existem nos pavimentos intermedirios, dois botes, um de subida e um de descida, e um boto nos pavimentos extremos. Neste sistema de comando as chamadas de pavimento para subir so selecionadas separadamente das chamadas de pavimento para descer, sendo atendidas primeiramente todas as chamadas em um dos sentidos para depois serem atendidas as de sentido oposto.Aplica-se a edifcios onde o fluxo predominante seja entre os andares, tais como escritrios em geral ou de uma nica entidade, reparties pblicas, etc. Em edifcios residenciais se aplica ao pavimento trreo sempre que existirem pavimentos inferiores de garagem.

4.4. Comando em grupo

o comando automtico para grupo de dois ou mais elevadores que operam em conjunto e que tenham o mesmo nmero de paradas, entradas no mesmo hall, somente um pavimento principal de acesso e a mesma destinao de uso (exigncias na NBR-5665). Todos os elevadores de passageiros ou todos de servio, etc., no incluindo elevadores isolados.

Nos mais simples, o comando, alm de efetuar a seleo de chamadas de descida ou chamadas de subida e descida, seleciona tambm qual o elevador dever atender a determinada chamada de pavimento. Estes sistemas so indicados para qualquer tipo de edifcio, sempre com melhor rendimento para o fluxo de trfego.

Aplica-se nos casos em que no h diviso no hall de acesso entre os elevadores social e de servio e sempre que os elevadores estejam prximos, dispostos em grupo (lado a lado ou frente a frente).

NOTA: Obedecendo restries de cdigos de obras locais, a distncia mxima entre carros de um mesmo grupo tem seu limite fixado em 6m (cidade do Rio de Janeiro).Nos sistemas mais complexos, alm das selees acima descritas, o comando determina, nas horas de pico, quais so as chamadas prioritrias (chamadas de pavimento principal, chamadas de descida, chamadas de subida, etc.). Alm disso, esses comandos tm extrema flexibilidade, adaptando-se s mais variadas situaes de trfego. So indicados para edifcios com grande fluxo de trfego.Importante: Nos casos de comando em grupo, recomendada a instalao de uma botoeira nos pavimentos para cada grupo de 3 elevadores.Captulo 2.

Obra Civil

1. Estrutura Civil

1.1. Casa de Mquinas

destinada colocao das mquinas, painis de comandos e despacho, limitador de velocidade e outros componentes da instalao.

O posicionamento ideal para a Casa de Mquinas na parte superior do edifcio, sobre a caixa do elevador. Quando a Casa de Mquinas estiver situada em outro local do prdio (por exemplo: na

parte inferior do edifcio, ao lado do Poo), obrigatoriamente dever ser construda uma casa de polias sobre a caixa. A porta de acesso Casa de Mquinas deve ser de material incombustvel e sua folha

deve abrir para fora, estar provida de fechadura com chave para a abertura pelo lado externo e abertura sem chave pelo lado interno.

As mquinas, outros dispositivos do elevador e as polias devem ser instaladas em recinto exclusivo contendo paredes slidas, piso, teto e porta de acesso com fechadura de segurana. Os pisos devem ser antiderrapantes. No devem ser usadas para outros fins que no sejam instalao de elevadores.

No devem conter dutos, cabos ou dispositivos que no sejam relacionados com elevadores. O acesso deve ser utilizvel com segurana, sem necessidade de passar em lugar privado. As entradas devem ter altura mnima de 2,00m e largura mnima de 0,70m. As escadas de acesso devem ser construdas de materiais incombustveis e antiderrapantes com inclinao mxima de 45, largura mnima de 0,70m, possuindo no fi nal um patamar coincidente com a porta de entrada, com dimenses sufi cientes para permitir a abertura para fora da porta da Casa de Mquinas (a escada no pode ser do tipo caracol). Quando o desnvel for inferior a 1,20m a inclinao pode ser de at 60 com degraus de 0,25m de altura Mxima e 0,19m de profundidade mnima. Devem ser providas de ganchos instalados no teto para levantamento de equipamento pesado durante a montagem e manuteno do elevador. Altura mnima de 2,00m.

Quando a funo do edifcio exigir (ex.: moradias, hotis, hospitais, escolas, bibliotecas, etc.) as paredes, pisos e tetos das casas de mquinas devem absorver substancialmente os rudos oriundos da operao dos elevadores. Devem ter ventilao natural cruzada ou forada, com 1/10 de rea de piso.

Devem ser iluminadas, garantindo o mnimo de 200lx ao nvel do piso e possuir pelo menos uma tomada eltrica. Devem dispor de luz de emergncia, independente e automtica, com autonomia mnima de 1hora para garantir iluminao de pelo menos 10lx sobre a mquina de trao. A temperatura da Casa de Mquinas deve ser mantida entre 5C e 40C.

Para possibilitar a entrada dos equipamentos, na maior parte dos casos necessrio construir um alapo no piso da Casa de Mquinas. Quando fechado, deve ser capaz de suportar uma carga de 1000 N em uma rea de 0,20m X 0,20m. Sobre o alapo e sobre cada mquina deve

ser instalado um gancho, com resistncia suficiente para suportar a carga das mquinas durante as operaes de montagem e manuteno.

O dimensionamento da Casa de Mquinas pode variar de prdio para prdio, de acordo com o equipamento a ser instalado. A rea da Casa de Mquinas sempre ser maior que o dobro da rea da caixa.

Sua altura varia tambm de acordo com o equipamento. Na Tabela 2 encontram-se as alturas mnimas, em funo das diferentes velocidades dos elevadores.

1.2. Caixa

o recinto formado por paredes verticais, fundo do poo e teto, onde se movimentam o carro e o contrapeso.

As principais exigncias da NBR NM-207 para a Caixa so:

As paredes devem ser constitudas de material incombustvel formando uma superfcie lisa. Se existirem salincias na direo do movimento do elevador, estas devem ser chanfradas a 60 ou mais com a horizontal. Quando houver distncia superior a 11 m entre paradas consecutivas, devem existir portas de emergncia na Caixa. No pode existir na Caixa qualquer equipamento alm do necessrio para o funcionamento do elevador. Na parte superior da Caixa deve existir abertura de ventilao, com rea igual a 1% da rea da seo horizontal da Caixa, no mnimo. Abaixo da soleira de cada pavimento deve existir uma aba com altura de 30 cm, no mnimo, sendo que a sua parte inferior deve continuar com uma inclinao de 60 com a horizontal. Iluminao a cada 7m ao longo do percurso.

NOTA: Soleiras com abas em chapas metlicas podero ser fornecidas e instaladas pelos fabricantes de elevadores.

Cuidado especial deve ser tomado com a prumada do edifcio, pois, conforme mostra a fi gura

3, as dimenses a serem consideradas para a Caixa sero os menores valores encontrados para as medidas a + b e c + d tiradas em todos os andares, a partir de uma mesma linha perpendicular aps a concretagem e retirada das formas de todos os pisos.

Quanto mais alto for o prdio, maior cuidado dever existir por parte do construtor, pois a possibilidade de desvios aumenta com a altura. E aceitvel um desvio de 1,5cm de cada lado, considerando todo o percurso do elevador, acrescido do espao livre superior e do espao livre inferior (profundidade do Poo).

O espao livre superior (distncia entre o nvel da parada extrema superior e o teto da caixa) normalmente maior do que o p-direito da ltima parada. Varia em funo da velocidade do equipamento a ser instalado.Na Tabela 2 encontram-se as alturas mnimas para o espao livre superior, em funo das

diferentes velocidades dos elevadores.

1.3. Poo

o recinto situado abaixo do piso da parada extrema inferior, na projeo da Caixa. As principais exigncias da NBR NM 207 para o Poo so:

Deve existir acesso ao fundo do Poo.

Entre os Poos de elevadores adjacentes deve existir parede divisria, ou proteo de chapa metlica ou tela de arame, de abertura de malha inferior a 5 cm, com altura mnima de 2,50 m acima do nvel do fundo do Poo. Quando houver porta na parede divisria dos Poos de elevadores adjacentes, essa porta dever ter contato eltrico (idntico das portas de pavimento) que interrompa o circuito dos dois elevadores. Em cada Poo deve existir um ponto de luz, de forma a assegurar a iluminao mnima de 20 Ix no piso do Poo, alm de uma tomada eltrica. No deve existir no Poo qualquer equipamento que no faa parte do elevador.

O Poo dever ser impermevel, fechado e aterrado, e nele no dever existir qualquer obstculo que dificulte a instalao dos aparelhos do elevador (como sapatas ou vigas que invadam o Poo, por exemplo).

A profundidade do Poo , tambm, varivel de acordo com o equipamento a ser instalado. Na Tabela 2 encontram-se as profundidades mnimas, em funo das diferentes velocidades dos elevadores.

Importante: Prevendo o projeto, a construo de recintos habitados ou locais por onde possam circular pessoas embaixo do Poo do elevador, ser necessria a instalao de freio de segurana no contrapeso, ou a instalao de um pilar slido abaixo do para-choque do contrapeso, estendendo-se para abaixo at o solo firme, ocasionando a reduo da rea da cabina do elevador em relao soluo normal.

NOTA : Todas as informaes esto calculadas considerando-se 2,30m para altura de cabina at o seu subteto.

*A Casa de Mquinas deve ser executada tomando a medida E em dois nveis e obedecendo alturas mnimas D indicadas.

Importante: As dimenses da Tabela 2 so as mnimas consideradas em funo da velocidade e de algumas capacidades. Podem, entretanto, sofrer variaes tambm em funo das outras capacidades do elevador e do seu Percurso.

2. Servios que devem ser executados pela construo

Construo e acabamento da Casa de Mquinas, do Poo e da Caixa do Elevador, atendendo s exigncias da NBR NM-207 e as indicaes do fabricante. Execuo de pontos de apoio para fi xao das guias do carro e do contrapeso e trabalhos de alvenaria necessrios para a instalao do elevador, de acordo com as indicaes do fabricante.

Fornecimento de energia eltrica provisria e sufi ciente para os trabalhos de montagem do elevador e posteriormente ligao de luz e fora defi nitivas na Casa de Mquinas. Instalao, na Casa de Mquinas, de uma chave trifsica com os fusveis para o

elevador; de um disjuntor bifsico para alimentao da luz do elevador; de uma tomada de terra ligada chave de fora do elevador, de um extintor de incndio de tipo adequado para instalaes eltricas junto porta de acesso, no mximo a 1,0m da mesma; e uma tomada de 600 watts para cada grupo de 2 elevadores, sendo obrigatrio no mnimo, duas tomadas. Obteno das licenas das autoridades competentes, quando necessrias, para a montagem e para o funcionamento do elevador. Fornecimento de um cmodo de fcil acesso, ao nvel da rua, para depsito e bom acondicionamento de materiais e ferramentas destinados montagem dos elevadores. Este cmodo dever ter porta e chave. Construo, no vo livre da frente das Caixas, de um rodap de 0,30m de altura e uma proteo (parapeito ou guarda-corpo) que poder ser feita por meio de 2 peas de pinho (uma a 0,80m e outra a 1,10m do piso). Essa proteo dever ser mantida tambm durante toda a fase de montagem. Para permitir a movimentao dos equipamentos na obra, podero ser necessrios a remoo de tapumes, o preparo de caminhos e rampas, o no fechamento de paredes, a abertura de vos, etc.

Dimensionamentos das Caixas

1. Clculo da Lotao da Cabina em Funo da sua rea til

A relao entre a lotao e a rea til da cabina dada pela seguinte tabela:

2. Portas

Importante:

a) A lotao da cabina calculada razo de 75 kg por pessoa.b) b) O carro dimensionado para receber carga uniformemente distribuda, em arregamento gradual.c) A NBR NM-207, prevendo autilizao da rea da soleira da cabina, admite uma variao de 0,08 m paramais ou para menos, na rea,para qualquer capacidade.

Os tipos de portas para elevadores de passageiros so as seguintes: Pavimento: Abertura Lateral (AL)Abertura Central (AC)

Cabina: Abertura Lateral (AL) Abertura Central (AC)

Por exigncia da NBR NM-207, as dimenses mnimas para as portas so de 0,80m de largura por 2,00m de altura.

A porta da cabina acionada por um operador eltrico, instalado sobre a mesma. As portas de pavimento AL e AC abrem e fecham simultaneamente com a da cabina, atravs de um engate mecnico.

NOTA: As portas do tipo Eixo Vertical (EV) tiveram seu processo de especificao descontinuado, objetivando proporcionar ainda mais segurana para os usurios.As portas automticas ao serem instaladas tanto em edifcios residenciais quanto

comerciais atendem aos seguintes requisitos bsicos:

Agilizam o fluxo de trfego.

No ocupam o espao do hall e do corredor.

No exigem estudos de sentido de abertura de porta beneficiando o fluxo de passageiros em todos os pavimentos. Permitem o acesso de pessoas com as mos ocupadas.

Facilitam o acesso de deficientes fsicos.

So fornecidas com barra de proteo eletrnica.

Aumentam a segurana.

Proporcionam economia e produtividade construo civil ao liberar a rea do hall em todos os pavimentos.

As combinaes possveis so as seguintes:

a)Porta da cabina: AL Porta de pavimento: AL

Essa combinao permite obter menores dimenses para as medidas de frente das caixas, sendo uma das solues mais empregadas para edifcios residenciais.O movimento conjunto das portas de cabina e pavimento se d em um mesmo sentido, com o

recolhimento por detrs da parede do hall (sempre esquerda ou direita), sobre as soleiras de cabina e soleiras de pavimento.

As soleiras de pavimento devem ser construdas pela obra civil ou especificadas e fornecidas pelo fabricante dos elevadores.

Dispositivos de comando instalados na botoeira de cabina permitem mant-la estacionada no pavimento, de portas abertas, por perodos maiores de tempo, durante a movimentao de carga e descarga da cabina.

b) Porta da cabina: AC Portas de pavimento: AC

As portas de Abertura Central operam com tempos de abertura e fechamento menores que as de abertura lateral e proporcionam aproveitamento otimizado da rea da Caixa para a colocao da cabina e maior beleza esttica ao hall. Opo adequada para cabinas mais amplas e edifcios comerciais permite que o fluxo de entrada e sada de passageiros se d com mais

agilidade. Exige, entretanto, 1,80m para a dimenso frontal da Caixa para portas de pavimento com 0,80m de largura.

Em funo da largura e do tipo da porta, so sugeridas, como mnimas, as seguintes dimenses para a frente da Caixa:

Em edifcios residenciais, a largura usual das portas de 0,80m, enquanto os edifcios de escritrios devem ter portas com largura maior que esta, visando dar maior velocidade entrada e sada de passageiros.

Especificaes Tcnicas para projeto arquitetnico e obra civil.

3. Dimensionamento

O dimensionamento das Caixas dos elevadores funo da capacidade, da velocidade, do tipo de portas e da localizao do contrapeso.Para velocidades entre 0,60 e 1,50 m/s, contrapeso ao fundo sem segurana no contrapeso e

porta de pavimento com 0,80m, o dimensionamento mostrado nas figuras 4 e 5 a seguir.

As dimenses a e b da cabina so fixadas aps se determinar, atravs do clculo de

trfego, a capacidade e, conseqentemente, a rea da cabina.

Posteriormente, utilizando-se as frmulas apresentadas para cada fi gura, calculam-se as dimenses internas A e B da Caixa.

Figura 4: Portas AC

A = a + 0,40m

B = b + 0,65m

Figura 5: Portas AL

A = a + 0,40m

B = b + 0,70m

NOTA: Essas frmulas so vlidas apenas para elevadores com velocidade entre

0,60m/s e 1,50 m/s e com contrapeso ao fundo. Elevadores com velocidades maiores devem merecer estudo especfico por parte do fabricante.

recomendvel que a dimenso a seja maior que b, o que possibilita melhor acomodao das pessoas na cabina e melhor fl uxo de entrada e sada das mesmas.

Para os elevadores de velocidades 0,75 ou 1,00 m/s e capacidades 6 ou 8 pessoas so indicadas as seguintes dimenses, para A e B, em funo da capacidade:

6 pessoas: A = 1,60m

B = 1,60m

8 pessoas: A = 1,60m

B = 1,85m

8 pessoas

cabina p/ deficientes A = 1,60m fsicos B = 2,05m

Para elevadores com estas dimenses de A e B, o contrapeso previsto sem segurana e instalado ao fundo da Caixa, e as portas de cabina e de pavimento, do tipo AL, com a largura de 0,80 m.

Para elevadores em que o contrapeso deva ser colocado lateralmente (figuras 6 e 7) devero ser instaladas pela construo vigas divisrias de concreto ou de ao, em todos os pavimentos, com redobrado cuidado no prumo.

Estas solues no so aconselhveis, pois, alm de mais onerosas, necessitam de rea da

Caixa superior da soluo contrapeso ao fundo, para uma mesma cabina.

A soluo da figura 8, com a colocao de guias em diagonal, apresenta os mesmos problemas, alm de ter custo de instalao mais elevado e exigir um cuidado especial na prumada, o que a torna desaconselhvel.